TEOLOGIA EM FOCO

sexta-feira, 12 de junho de 2009

A VERDADEIRA PAZ

Is 9.6 “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”.

INTRODUÇÃO: O mundo atual caminha em busca de paz; muitos procuram a paz no budismo, espiritismo, na Ioga, na idolatria, na cartomante, na magia nos obuses etc. Mas não encontram. Agora eu lhes faço uma pergunta: ONDE ENCONTRAR A PAZ?

I. O QUE É PAZ
{No Hb. Shalon} que significa: harmonia, plenitude, firmeza, bem estar, êxito em todas as áreas. No dicionário Aurélio significa: Tranqüilidade, sossego, descanso da lama.

II. DE ONDE VEM A PAZ
Quando o homem pecou no jardim do Éden desobedecendo a Deus, ele perdeu a paz de espírito. Mas Deus pelo Seu infinito amor providenciou um meio para trazer a paz aos homens.

Em Lc 2.11-14 Os anjos disseram aos pastores: “Glória Deus nas alturas e paz na terra entre os homens a quem ele quer bem”.

A pessoa e a obra redentora de Cristo neste mundo significa uma maior glorificação nos céus, e paz divina para os habitantes da terra.

III. ONDE ENCONTAR A PAZ

1. Em Jesus: Jo 16.33 Jesus diz: “Estas coisas vos escrevo dito para que tenhais paz em mim. No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo”. Jo 14.27 Jesus diz: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o á dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”.

A verdadeira paz, só encontramos em Jesus. A partida de Jesus para o Pai não marca a derrota, mas a vitória. O Espírito Santo continuará comunicando a paz e a segurança de Cristo em nossas vidas, pois Ele é a terceira pessoas da trindade, é o pacificador e o Consolador de Pai para as nossas vidas.

Jamais iremos encontrar paz se não entregarmos a nossa vida a Jesus Cristo. Sem Jesus não existe paz. Paulo aos Rm 5.1 diz: “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”.

2. No evangelho de Jesus: At 10.36 “Esta é a palavra que Deus enviou aos filhos de Israel, anunciando-lhes o evangelho da paz, pr meio de Jesus Cristo. Este é o Senhor de todos”.

Evangelho quer dizer: “Boas Novas de Salvação”.

Sem o conhecimento deste evangelho não encontraremos a paz de Cristo.

3. Pelo Sangue de Jesus Cristo: Cl 1.20 Paulo diz: “E havendo feito a Paz pelo seu sangue da cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus”.

Através do sangue de Cristo derramado na cruz do Calvário, somos redimidos de todas as nossas transgressões e culpas. Somente quando aceitamos o sacrifício de Jesus na cruz do Calvário, encontraremos o perdão de Deus e através do perdão receberemos a paz.

O homem só estará livre da culpa e condenação e encontrará perdão e paz no seu interior, quando aceitar e crer no sacrifício de Jesus na cruz para remissão dos pecados.

Ef 2.13-15 Paulo diz: “Mas, agora, em Cristo Jesus, vós que antes estáveis longes, foste aproximado pelo sangue de Cristo. Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse, em si um novo homem, fazendo a paz”.

IV. O QUE FAZ PAZ

1. Excede todo o entendimento: Fl 4.6-7 Paulo diz: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém sejam conhecidas, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus”.

Neste ponto Paulo era um verdadeiro exemplo. Mesmo enfrentado a morte de um mártir(Fl 1.20), ele não estava preocupado.

A paz divina no coração implica:
Desaparecimento de ansiedade, v.6.
Florescineto de ações de graça, v.7.
Santificação do pensamento, v.8.
Contentamento real em todas as circunstâncias, v.11-12.
Plena confiança no poder de Deus, v.13.

V. PAZ DEVE SER BUSCADA

Rm 8.6 “Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz”.

Depois da morte e ressurreição de Cristo só existem duas esferas: a “carne” e o “Espírito”. A carne não se refere á substância física, mas a “aquilo a que estamos sujeitos” (7.6).

É a esfera onde o poder do pecado e do diabo controlam, onde as obras da carne são praticadas. É impossível o homem morar nos dois lugares ao mesmo tempo. E ele tem o livre arbítrio para escolher o caminho.

Um caminho de morte e um caminho de paz. 1ª Pe 3.11 diz: “Aparte-se do mal, pratique o que é bom, busque a paz e empenhe-se por alcança-la”.

Existem três tipos de paz: Paz de Deus com o homem; paz do homem com Deus; e Paz entre os homens.

VI. A PAZ DEVE FAZER PARTE DA VIDA DO CRISTÃO

Mc 9.50 “Bom é o sal, mas se o sal vier a tornar-se insípido, como lhe restaurar o sabor? Tende sal em vós mesmo e a paz uns com os outros”.

O sal é essencial á vida nesses tempos, sendo o único meio de preservar os alimentos, tais como a carne, peixe etc. Jesus compara um cristão sem sal a um alimento, que não tem sabor.

VII. A PAZ É UM FRUTO DO ESPÍRITO. Gl 5.22.

VIII. SEM ESSA PAZ JAMAIS O HOMEM VERÁ A DEUS

Hb 12.14 “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”.
É um imperativo de Deus a vida cristã.

Sempre viver em paz com o próximo (Mt 5.8, 24).

CONCLUSÃO: O homem que ainda não encontrou Jesus, não entregou sua vida a Ele ainda não conhece essa paz verdadeira. Sem o homem sente um vazio dentro dele, angustia tristeza, amargura, ilusões; esses são os reflexos negativos de uma vida sem Deus. Mas Jesus faz um convite a aceitar essa paz. Em Mt 11.28 Ele diz: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobre carregados, (oprimidos) e eu vos aliviarei”.

O convite é para todos sem distinção. É para os cansados os doentes os aflitos os tribulados os que ainda não encontraram a paz e nunca sentiram essa paz verdadeira de Jesus.

Pr. Elias Ribas

O HOMEM MARAVILHOSO ESTÁ AQUI

Jz 13.18 “Respondeu-lhe o anjo do Senhor e lhe disse: porque perguntas pelo meu nome, que é maravilhoso?”.

Introdução: Após Israel ter entrado na terra prometida Deus instituiu um governo Teocrático. Mas o Senhor constituiu juízes que tinham a missão de julgar de:

1. Julgar a nação – Encargos sociais.
2. E defender a nação dos inimigos.

Neste capítulo vv. 1 A Bíblia diz que fazia 40 anos que Israel estava nas mãos dos inimigos. Israel estava falido, preso saqueado e era escravo dos Filisteus. Aparentemente era impossível Israel se libertar, mas de repente Deus intercede e vem para libertar o Seu povo.

I. QUEM ERA MANOÁ
Um homem da cidade de Zorá, cerca de 22 km ao oeste de Jerusalém (fronteira de Dão e Judá). Manoá era da tribo de Dã.

II. A MULHER DE MANOÁ ERA ESTÉRIL v. 3: Neste tempo uma mulher estéril era desprezada. Esterilidade era o maior desprezo para uma mulher.

III. O ANJO DO SENHOR APARECEU PARA A MULHER DE MANOÁ E DISSE
V. 3 “Apareceu o Anjo do Senhor a esta mulher e lhe disse: Eis que é estéril e nunca tivesse filho; porém conceberás e darás à luz um filho. 4- Agora, pois, guarda-te, não bebas vinho ou bebida forte, nem comas coisa imunda. 5 Porque eis que tu conceberás e darás à luz um filho sobre cuja cabeça não passará navalha; porquanto o menino será nazireu consagrado a Deus desde o ventre de sua mãe...”.

IV. UM HOMEM DE DEUS VEIO A MIM E SUA APARÊNCIA ERA DE UM ANJO DE DEUS:

V. 6 “Então, a mulher foi a seu marido e lhe disse: Um homem de Deus veio a mim; sua aparência era semelhante à de um anjo de Deus, tremenda; não lhe perguntei donde era, nem ele me disse o seu nome”.
A mulher não quis saber nem Seu nome ela ficou maravilhada com a benção.

V. O ANJO DE DEUS É O PRÓPRIO JESUS
É uma teofania, ou seja, a maneira que Jesus se apresenta no Velho Testamento como o anjo de Deus.

- Como é o teu nome v. 17-18: porque perguntas pelo meu nome, que é maravilhoso?”.

Is 9.6 diz: “... e o seu nome será: maravilhoso, Conselheiro, Deus forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”.

alp pele’ significa: maravilha, prodígio extraordinário, coisa difícil de se compreender(referindo-se aos atos divinos de juízo e de redenção)

“Inefável separado”

VI. O ANJO DO SENHOR ESTÁ AQUI PARA

1. Para abençoar o seu povo: Israel era escravo dos filisteus e o Anjo veio para trazer novidade.

2. Para libertar: v. 4 – Jo 8.32 e 36 Jesus diz: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. V. 36 – “Se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”.

A. Da droga, da bebida, do cigarro, da prostituição, da feitiçaria da idolatria.

B. Das tradições e dos dogmas: É eu sou desta igreja porque meu pai era e eu sigo a religião de meu pai.

Nós éramos escravos do pecado e o Anjo do Senhor (Jesus) nos trouxe a liberdade, ou seja, nos libertou do pecado e dos laços do inimigo.

3. Para curar: Is 53.5 “Mas ele foi transpassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos trás a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”. Mt 8.17 diz: “Para que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaías; Ele tomou as nossas enfermidades e carregou com nossas doenças”.

Jesus quando estava neste mundo fez muitas curas:
  • Jesus curou a sogra de Pedro.
  • O paralítico em Carfarnaum.
  • A cura de dois cegos.
  • A cura da mulher que sofria há 12 anos com fluxo de sangue.
  •  A cura da filha de Jairo.
  • Jesus ressuscitou Lazaro.
  • Ressuscitou o único filho de uma viúva.
  • Jesus é o mesmo ontem, hoje e eternamente.

4. Ele está aqui para te dar a Paz: Jo 16.33a Jesus diz: “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo tereis aflições, mas tende bom animo; eu venci o mundo”. Cl 1.20 “E havendo feito a paz pelo sangue na cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, que nos céus”.

5. Para orientar:
Na Birmânia existia uma tribo que haviam conhecido a Deus, mas que ao passar o tempo seus descendentes foram esquecendo dos princípios e caíram no pecado. Mas um dia o cacique da tribo teve um sonho. Chegou um homem e lhes disse: Equipem um cavalo e soltem, mas vão atrás por que ele vai vos levar a um homem branco que tem um livro de Deus. E assim os fizeram conforme o sonho. O cavalão andou muito a uma outra cidade e ali entrou e foi até um terreno baldio e ali parou. Os que estavam junto disseram; Mas aqui não tem nada. Mas logo escutara um barulho, e foram investigar encontraram um homem branco cavando um posso. E então lhe perguntaram: É o Senhor que tem um livro de Deus? E ele respondeu que sim eu tenho. Então sai daí que precisamos falar com o senhor.
· Deus orientou Pedro, para falar com Cornélio.

· Ananias para falar com Paulo.

· Deus orientou Felipe para pregar para o Etíope o eunuco no deserto.

VII. A ÚNICA ORIENTAÇÃO É JESUS
Muitos procuram a solução de seus problemas no horóscopo, cartomante, bruxas, feiticeiros, casa espíritas na idolatria, no budismo em filosofias etc.

A única orientação é Jesus; Ele é Deus e criador de todas as coisas. Ele é onipotente, Onipresente e Onisciente. Só Ele sabe das tuas dificuldades, problemas e vendavais que tu passa.

Procure Ele é Homem maravilhoso.

VII. ELE ESTÁ AQUI PARA RECEBER A NOSSA ADORAÇÃO
Adorar é o ato de reverenciar, de cultuar de louvar.
Existem cinco níveis de adoração:

1. Público: É o ato de adorar na igreja.

2. Espontâneo: Não vou pensar o que vão dizer de mim eu quero é Deus.

3. Tradicional: Aqueles que louvam a Deus sem muito gesto e sem muita ação (Formalismo).

4. Farisaico: Faz tudo para chamar atenção: Os fariseus colocavam sininhos nas mangas dos vestidos para fazer barulho e chamar a tenção. Nas praças levantavam as mãos para o alto e gritavam: Oh! Senhor Jeová.

5. Em verdade e Espírito: São aqueles que ao saírem de suas casas já dizem: Senhor, irei a Tua casa para tributar louvor e gratidão. Vou render graça e bendizer o Teu santo nome, pois só Tu mereces a honra e a glória.

Conclusão: O Homem que me apareceu outro dia está aqui para receber a tua adoração. Ele está aqui para te libertar, te curar, e te abençoar. Glorifique seu nome e tribute louvor a Ele nesta hora.

Pr. Elias Ribas

COMO SER IMITADORE DE DEUS - CRISTO NOSSSO MODELO

 “Sede, pois imitadores de Deus, como filhos amados” (Ef 5.1).

INTRODUÇÃO: Imitador quer dizer parecidos ou semelhantes com alguém. E nós como cristão e filhos amados de Deus Pai devemos ser seus imitadores, ou seja, semelhante a Ele. Semelhantes no serviço (na Sua obra), na paciência, na humildade, na perfeição e no amor.

I. CRISTO É O NOSSO MODELO E EXEMPLO

Um dos propósitos da encarnação foi o de que Cristo nos desse o exemplo:
Mt 11.29 “Tomai, sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”. 1ª Pe 2.21 “Porquanto para isto mesmo que foste chamado, pois também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos”.
Torna-se importantíssimo o estudo do Seu caráter, a fim de conhecermos o padrão, o ideal da jornada do cristão.

II. CRISTO FOI ABSOLUTAMENTE SANTO

Ele foi aquele "ente santo que de ti há de nascer" (Lc 1.35), o "Santo de Deus" (At 2.27); “o Santo e o Justo” (At 3.14), o “santo Servo Jesus” (At 4.27-ARA).
O Senhor Jesus era Santo por natureza; pois o príncipe deste mundo nada tinha nele (Jo 14.30).
Ele era sem pecado (Hb 4.5).
Era também Santo em Sua conduta; pois estava separado dos pecadores (Hb 7.26).
Sempre fazia o que agradava Seu pai (Jo 8.29).
E devemos ser santos porque Ele é Santo (1ª Pe 1.15-16).
Não temos desculpas para escolhermos um ideal mais baixo do que aquele que a Bíblia Sagrada nos aponta.


III. CRISTO VIVEU UMA VIDA DE ORAÇÃO

Jesus orava incessantemente. Lucas menciona várias ocasiões em que Ele orou. Passava longas horas em oração. Às vezes, passava a noite toda em oração (Lc 6.12). Em outras ocasiões, Ele levantava bem cedo e buscava um lugar solitário para orar (Mc 1.35).
Orava antes de se entregar às grandes tarefas, como por exemplo: antes de escolher os doze apóstolos (Lc 6.12-13).

Antes de começar a viagem missionária pela Galiléia: (Mc 1.35-38).
Antes de ir para o calvário: (Mt 26.36-46).
Orava pelos outros: Embora orasse por Si mesmo, nunca se esquecia de orar pelos seus (Lc 22.32; Jo 17).
Orava Intensamente, isto é, orava energicamente (Lc 22.44; Hb 5.7).
Orava perseverantemente (Mt 26.44).
Orava fervorosamente (Jo 11.41-42) e com submissão (Mt 26.39).
Se o Filho de Deus precisava orar, quanto mais nós precisamos buscar a Deus.

IV. NO SERVIÇO (Trabalhador).

Cristo foi um trabalhador incessante.
Is 53.3 está escrito: “Era desprezado, e o mais indigno entre os homens; homem de dores, experimentado nos trabalhos”.

“Jesus lhes disse: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo 5.17). “É necessário que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar” (10 9.4). Começando de manhã bem cedinho (Jo 8.2; Mc 1.35). Ele continuava até tarde da noite (Jo 3.2; Lc 6.12; Mt 8.16).

O Senhor Jesus às vezes não tinha tempo de se alimentar (Mc 3.20-21; Jo 4.31-34), e de descansar (Mc 6.31-34).

Seu trabalho consistia em ensinar (Mt 5.7); pregar (Mc 1.38,39); expulsar demônios(Mt 4.23-24; Mc 5.12,13); curar os enfermos (Mt 8.9); salvar os perdidos (Lc 7.48; 19.9); ressuscitar os mortos (Mt 9.23-26; Lc 7.14,15; Jo 11.43-44); chamar e treinar Seus discípulos (Mt 10; Lc 10).

V. NA OBEDIÊNCIA (Submissão).

Mt 12.50 Jesus diz: “Todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está no céu, esse é meu irmão e mãe”. Sl 40.8 “Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu; a lei está dentro do meu coração”.

VI. NA PACIÊNCIA

1ª Ts 1.4 Paulo diz: De maneira que nós mesmo nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus por causa da vossa paciência e fé, em todas as vossas perseguições e aflições que suportais”. Rm 12.12 “Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverais na oração”. Tg 5.7 “Sede, pois irmãos, pacientes até a vinda do Senhor: Vede que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até receber as primeiras ultimas chuvas”.

VII. NA HUMILDADE

È uma pessoa modesta, simples, despretensiosa (Ausente de orgulho).
Is 53.7 diz: “Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a sua boca; como cordeiro foi levado ao matadouro, e como ovelha muda não abriu a sua boca”.

Mt 11.29 Jesus diz: “Tomai, sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”.

A humildade de Cristo se vê principalmente em Sua humilhação. O Senhor Jesus “Não teve por usurpação ser igual a Deus, mas a si mesmo se esvaziou, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens. E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz” (Fp 2.5-8).

Jesus se ocupou dos serviços mais humildes. "Não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos" (Mt 20.28). O Senhor Jesus nos provou a sua humildade, ele lavou os pés aos discípulos (Jo 13.14).

Fl 2.3 Paulo diz: “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo”.

VIII. CRISTO FOI VERDADEIRAMENTE MANSO

Ele próprio diz: "Sou manso e humilde de coração" (Mt 11.29).
Exemplos de Sua mansidão podem ser vistos na forma como tratou uma pecadora arrependida (Lc 7.37-50).

No modo como Ele atendeu ao duvidoso Tomé (Jo 20.29).

E em Sua ternura para com Pedro após este tê-lo negado por três vezes (Lc 22.61;Jo 21.15-23).

A mansidão de Cristo é claramente mais vista no modo termo como tratou o traidor Judas(Mt 26.47-50; Lc 22.47-48).

E aqueles que o crucificaram (Lc 23.34).

O apóstolo Paulo ensina que o servo do Senhor não deve contender, e, sim ser termo para com todos, paciente, instruindo em mansidão os que se opõem (2ª Tm 2.24-25).

IX. COMO SERVO

Jo 13.5 “Depois colou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxuga-los com a toalha com que estava cingido”

X. SUBMISSO

Fl 2.8 “E achando na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz”.

XI. NA PERFEIÇÃO. (corretos, irrepreensíveis e leais).

1. Deus é perfeito: Mt 5.48 Jesus diz: “Sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai que está nos céus”.
2. È uma ordem de Deus para sermos perfeitos: Gn 17.1 diz: “Quando Abraão tinha noventa e nove anos de idade, apareceu-lhe o Senhor e disse-lhe: Eu sou o Deus todo poderoso; anda na minha presença e sê perfeito”.
3. Corpo, alma e espírito: 1ª Ts 5.23 Paulo diz: “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, alma, e corpo, sejam plenamente considerados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”.

XII. NO AMOR

A Bíblia diz que “o amor de Cristo excede todo entendimento” (Ef 3.19). “O amor de Cristo por nós se toma claro por ser descrito como aquele que excede o entendimento, o que não pode ser dito a respeito de nosso amor por Ele” (Salmond). O amor de Cristo é entendido como o seu desejo e disposição na promoção do bem-estar dos objetos de sua afeição pessoal, e de sua devoção particular. O amor de Cristo se dirige:

A) Em Primeiro Lugar, a Deus Pai. "Para que o mundo saiba que eu amo o Pai, e que faço como o Pai me mandou" (Jo 14.31-ARC).

B) Em Segundo Lugar, Às Escrituras. Ele tinha as Escrituras Sagradas como o registro fiel dos acontecimentos e doutrinas, que Ele veio cumprir (Mt 5.17-18); Ele usou as Sagradas Escrituras na tentação (Mt 4.4-10); esclareceu certas profecias referentes a Ele (Lc 4.14-21; 24.44-49); e declarou que as Escrituras não podem falhar (Jo 10.35).

C) O Amor De Cristo também é dirigido aos homens em geral. O Senhor Jesus foi acusado de ser "amigo de publicanos e pecadores" (Mt 11.19). O Senhor Jesus Cristo amou de tal maneira os perdidos, que deu a Sua vida por eles (Jo 10.11; 15.13; Rm 5.8).

Mais particularmente, Ele ama os seus discípulos. Jesus os ama tanto quanto o Pai O ama(Jo 15.9); os ama tanto que ninguém pode separá-los do Seu amor (Rm 8.37-39).

D) Cristo amou até Seus inimigos. Ele orou por aqueles que o crucificaram (Lc 23.34); e nos exorta a que amemos aos nossos inimigos (Mt 5.43-48).

E) Devemos amar como Ele nos amou: Jo 15.12 Jesus diz: O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como Eu vos ameis”. Jo13.34-35 Jesus diz: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros como eu vos amei a vós, assim também deveis amar uns aos outros”.

CONCLUSÃO: O Senhor Jesus quando esteve neste mundo, deixou o Seu exemplo para ser seguido. Como filhos de Deus, devemos seguir os exemplos que Jesus nos deixou.

Precisamos ser seu imitador, ou parecido com Ele; Assim como Ele é perfeito devemos ser perfeitos também.

Pr. Elias Ribas

SETE RAZÕES PORQUE CREIO EM JESUS

INTRODUÇÃO: Desejo mostrar ao leitores as sete grandes razões porque creio em Jesus como Messias e Salvador.

I. PORQUE JESUS É DEUS

Jo 1.1-3, 10, 14 diz: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dEle, e sem Ele nada do que foi feito se fez. Estava no mundo, o mundo foi feito por meio dEle, mas o mundo não o conheceu. O verbo se fez carne, e habitou entre nós. Vimos a glória, a glória como do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade”.
Ap 19.13 “Estava vestido com um manto salpicado de sangue, e o nome pelo qual se chama é o verbo de Deus”.

O apóstolo João começa seu Evangelho denominando Jesus Cristo de “O Verbo”. As escrituras declaram que Jesus Cristo é a perfeita revelação da natureza e da pessoa de Deus. Assim como as palavras de um homem revelam seu coração e mente, assim também Cristo, como o “O Verbo”, revela o coração e a mente de Deus.

João nos apresenta três características principais de Jesus Cristo como o Verbo.

1. O relacionamento entre o Verbo e o Pai: Cristo preexistia “com Deus” antes da criação do mundo. Ele era uma pessoa existente desde a eternidade, distinto de Deus Pai, mas em eterna comunhão com Ele. Cristo era divino (o verbo de Deus), e tinha a mesma natureza do Pai.

2. Relacionamento entre o Verbo (Cristo) e o mundo: Foi por intermédio de Cristo que Deus Pai criou o mundo e o sustenta. Hb 1.2 diz: A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo. Cl 1.16-17 “Pois nEle foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por Ele e para Ele. E Ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele”.

3. O relacionamento entre o Verbo e a Humanidade: “E o Verbo se fez carne” (v. 14). Em Jesus, Deus tornou-se um ser humano com a mesma natureza do homem, mas sem pecado. Cristo deixou o céu e experimentou a condição da vida e do ambiente humano ao entrar no mundo pela porta do nascimento humano. Vejamos que Cristo não foi criado; Ele é eterno, e sempre esteve em comunhão amorosa com o Pai e com o Espírito Santo. Jesus veio ao mundo com a missão de resgatar e restaurar o homem que estava desligado do Pai, e salvar, isto é, livrar de uma condenação eterna.

II. PORUQE SÓ ELE PODE PERDOAR PECADOS

Ef 4.32 Antes sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo. 1ª Jo 1.9 Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda injustiça.

III. SÓ JESUS TEM A PALAVRA DA VIDA ETERNA

Jo 6.67-68 Então perguntou Jesus aos doze: Não quereis vós também retirar-vos? Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. Jo 8.51 Jesus diz: Em verdade, em verdade vos digo que se alguém guardar a minha palavra, jamais verá a morte.

IV. JESUS É A ÚNICA PORTA DE SALVAÇÃO

Jo 10.7, 9 Portanto, tornou Jesus a dizer: Em verdade vos digo que Eu sou a porta das ovelhas. 9 Eu sou a Porta. Todo aquele que entrar por Mim, salvar-se-á. Rm 5.2 Mediante quem obtivermos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus.

V. SÓ JESUS TEM A SALVAÇÃO PARA AS NOSSAS VIDAS

Is 59.16 diz: “Ele viu que não havia ninguém, e maravilhou-se de que não houvesse intercessor, pelo que o seu próprio braço lhe trouxe a salvação, e a sua própria justiça o susteve. Lc 19.10 Jesus diz: Pois o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido. Jo 3.16 Jesus diz: Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele. Hb 7.25 Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.

VI. SÓ JESUS TEM PODER PARA TRASFORMAR O PECADOR

2ª Co 3.18 Paulo diz: Mas todos nós, com o rosto descoberto, refletindo a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor. 2ª Co 5.17 Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo. Cl 3.10 E vos vestistes do novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou.

O homem que aceita Cristo no seu coração, passa a ser uma nova criatura, isto é, uma transformação de vida; e só em Jesus encontramos esse poder de transformar o homem numa nova criatura.

VII. POQUE JESUS MORREU NUMA CRUZ PARA AQUISIÇÃO DA NOSSA SALVAÇÃO E RESSUSCITOU AO TERCEIRRO DIA

Jo 10.11 Jesus diz: Eu sou o bom Pastor: O bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. Jo 19.17-18 Então os soldados tomaram a Jesus. Ele próprio, levado a cruz, saiu para o lugar chamado Caveira, que em hebraico se chama Gólgota. Onde o crucificaram, e com ele outros dois, um de cada lado, e Jesus no meio.

Em Mt 17.22-23 Ora, achando-se eles na Galiléia, disse-lhes Jesus: O Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens. 23 E matá-lo-ão, e ao terceiro dia ressuscitará. E eles se entristeceram muito. Mt 16.21 Desde então começou Jesus a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muito dos anciões, e dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto e ressuscitar ao terceiro dia.

Hb 12.2 Olhando firmemente para Jesus, autor e consumador da nossa fé, o qual pelo gozo que lhe estava proposto suportou a cruz, desprezando a ignomínia (desprezo), e está assentado à destra do trono de Deus. 1ª Co 15.3 Pois primeiramente vos entreguei o que também recebi: Que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras. Jo 15.13 Jesus diz: Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a própria vida pelos seus amigos.

CONCLUSÃO: Eu creio em Jesus como Messias e Salvador, porque nEle se cumpriram todas as profecias preditas pelos profetas, e a grande razão de crermos nEle é porque Ele morreu e ressuscitou ao terceiro dia; foi visto pelas mulheres, Maria sua mãe a Maria Madalena, pelos dois discípulos no caminho de Emaús, e muitas vezes pelos seus discípulos quando estavam reunidos e pelo apóstolo Paulo no caminho de Damasco. Na carta aos Corinrtos (1ª 15.6) Paulo diz que Jesus foi visto por mais de quinhentos irmãos; e no livro de At 1.10-11 diz que seus discípulos e muitos irmãos que ali estavam viram Jesus subir ao céu, e hoje Ele está à direita de Deus Pai a interceder por nós conforme Hb 1.3; 8:1; 12.2. Portanto, chegamo-nos a Ele com fé e esperança de um dia viver com Ele na eternidade, isto é, na vida após a morte, pois só através de Jesus podemos chegar ao Pai.

Pr. Elias Ribas

EM QUE JESUS EU CREIO


“Indo Jesus para os lados de Cesaréia de Filipe, perguntou a seus discípulos: Quem diz o povo ser o Filho do Homem? E eles responderam: Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou algum dos profetas. Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou? Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus. Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra terá sido desligado nos céus” (Mt 16.13-19).

Ao lermos o episódio descrito no texto, sobrevém uma questão perturbadora: será que cremos no Jesus correto? Mas como, se há só um Jesus verdadeiro? De fato, há quase dois mil anos, o homem que andava pelas regiões da Judéia e Galiléia, sempre acompanhado por doze discípulos, Homem Hábil nas escrituras, reto e íntegro, era chamado pelo nome de Jesus.

Pois quando esse Jesus perguntou aos seus discípulos pela visão que a opinião pública tinha dEle, ouve a resposta: Uns dizem: João Batista; outros: Jeremias, ou algum dos profetas. Se esta era a visão que a opinião pública tinha dEle, e se os discípulos reconheceram que Jesus realmente era o Cristo, o Filho do Deus vivo, convém cada um perguntar-se.

Em que Jesus eu creio?

Num Jesus João Batista? Num Jesus Elias? Ou em um Jesus algum dos profetas? Ou no Jesus, o Cristo, o Filho do Deus vivo?

I. Num Jesus João Batista?

João Batista ensinava com vigor sobre a necessidade de arrependimento e preparação para a vinda do Reino de Deus. Oferecia o batismo aos que estavam arrependidos. Pregou a lei ao rei Herodes, devido ao seu pecado, especialmente o pecado de adultério e acabou tendo a sua cabeça cortada.

Para muita gente Jesus é visto como alguém que prega a lei em toda a sua dureza, chamando de “raça de víboras” e, como João oferece o batismo. Recebe-se o batismo e, falando figuradamente, logo lhe é cortada a cabeça. Assim eles têm um Jesus “sem cabeça”, isto é, que já não exerce a influência em sua vida e em suas decisões. Aqueles que desprezam a Palavra de Deus, não se entregam a uma vida de oração e à prática da fé, é como se estivessem decepando a “cabeça” de suas vidas, Jesus Cristo.

É importante perguntar-se: Creio eu num cristo desses, num Jesus João Batista, de cabeça cortada, que não exerce influência em minha vida e em minhas decisões?

II. Num Jesus Elias?
Elias foi um dos sensacionais profetas de Deus no Antigo Testamento. Grandes realizações o acompanharam. Predisse seca e, após três anos e meio previu que voltaria a chover. Multiplicou farinha e azeite na casa da viúva de Sarepta, além de realizar outros milagres. Subiu ao céu num carro de fogo, conduzido por cavalos de fogo, sem Ter de experimentar a morte.

É muito elevado o número de pessoas e religiões adeptas do “Jesus Elias”. Ele é o Senhor da prosperidade. O seu slogan poderia ser: “Aceite a Jesus Elias como Senhor sobre sua vida e tudo irá mudar: saúde, relacionamentos, negócios, dinheiro, reputação”. A prosperidade e as vantagens não poderiam tardar aos adeptos desse Jesus Elias. Afinal, experimentar a glória já é um grande negócio. É unir o útil ao agradável.
Não quer dizer que cristãos não devam procurar progredir na vida. O problema é se eles procuram um Jesus do qual apenas precisam para resolver os seus problemas e prosperar na vida, esquecendo-se sempre mais daquilo que Jesus diz:

“Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida por minha causa, achá-la-á. Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (Mt 11.27).

III. Um dos profetas
Os discípulos ainda falaram a Jesus que o povo dizia que ele era um dos profetas que ressuscitou. Qualquer um deles. Os profetas eram sujeitos admirados enquanto estavam longe. Mas quando se aproximavam com mensagens, especialmente de condenação à práticas pecaminosas, passavam a ser odiados, perseguidos e muitos deles foram mortos. Os profetas do Antigo Testamento eram extremamente desagradáveis aos que pretendiam viver independentes de Deus. Diria-se hoje que eles violavam o “sagrado direito” de cada um fazer o que bem entende. Também seriam detestados hoje, não é verdade?

Quantas pessoas têm em Jesus nada mais que um dos profetas, que é visto como aquele que, quando vem, é para fazer represálias, tem mil e uma exigências e não passa de um desmancha-prazeres. Enquanto está longe é um bom camarada, mas quando se aproxima passa a ser inconveniente.

Quando a Palavra de Deus parece simpática a alguém, mas não passa disso e, na verdade, há receio de se aproximar de Jesus e da sua Igreja, e há indiferença ou negligencia em praticar a fé e o verdadeiro amor, Jesus é, nada mais nada menos, do que um dos profetas.

A pergunta feita inicialmente se reveste de grande importância para nossa reflexão: “Em que Jesus eu creio?”.

IV. Cristo, o Filho do Deus vivo
Os discípulos, tendo como porta-voz seu companheiro Pedro, reconheceram e confessaram que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo. Este é o Jesus verdadeiro. Este é o Salvador do mundo. Felizmente muitos crêem neste Jesus. Aquele que deve ocupar o 1º lugar no coração dos verdadeiros cristãos, pois não aceita uma posição secundária. Um Jesus que não deu fortuna a nenhum dos seus 12 discípulos e que carregou e sofreu sua cruz. Um Jesus, que, antes de fazer exigências aos homens, satisfez, Ele mesmo, as exigências de Deus, cumprindo todos os seus mandamentos.

Este é o verdadeiro Jesus que Deus Pai nos enviou. O verdadeiro Jesus Cristo que a Bíblia nos mostra e nos ensina. É o único que nos concede vitória sobre o pecado, a morte e o diabo. Aquele que pagou nossa grande dívida e que nos anuncia a absolvição de toda a culpa. O que esse Jesus, o verdadeiro Jesus, fez por nós nenhum outro poderia fazer. Isto é maravilhoso! Pena que os impenitentes, isto é, aqueles que não reconhecem e não se arrependem dos seus pecados, os fascinados pelas coisas do mundo, os que não pensam em ser servidos, não consigam perceber ao receber o grande presente que Ele nos oferece.

Mas, por outro lado, os tristes de coração, arrependidos dos pecados, que reconhecem sua fraqueza diante de Deus, percebem a doçura do perdão dos pecados, a maravilha da reconciliação com Deus, a satisfação do convívio com Deus, sua Palavra, sua Igreja. Reconhecendo o grande amor de Cristo, a graça do perdão e a certeza de que Ele os receberá junto de si nas mansões eternas, estes querem segui-lo com fidelidade e servi-lo com alegria, não importando o preço que será pago para tal – espontaneamente o desejarão fazer.
Este é o incentivo de Jesus: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. Naturalmente isso não é fácil. Mas aquele que assim incentiva, também dará condições e forças para se poder cumprir a sua vontade.

O verdadeiro Jesus nós encontramos na Bíblia Sagrada. Daí a importância de lermos regularmente a Escritura, de ouvirmos sua mensagem e nela meditar. Fora da Palavra apenas se encontram “falsos jesuses”.
Se muitos ainda hoje crêem num Jesus João Batista, num Jesus Elias, num Jesus algum dos profetas, reconheçamos e creiamos no Jesus verdadeiro. Sigamo-lo com fidelidade, não importando as adversidades que possam surgir e sejamos suas testemunhas.

Certamente vai ser fantástico quando formos recebidos no céu e podermos dar um grande abraço e um grande beijo no rosto de Jesus e então viver com ele e com os seus anjos e todos os salvos para todo o sempre.

Não tem razão o apóstolo Paulo quando expressa o seu anseio: tenho o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor?

Para que isso suceda, o que sem dúvida será fantástico e maravilhoso, creiamos no Jesus verdadeiro e sigamo-lo com fidelidade até o fim para ouvirmos seu glorioso convite: Vinde, benditos de meu Pai entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Então podemos dar um grande abraço e um grande beijo em Jesus, estar e viver na sua companhia para todo o sempre. Amém.

Pr. Elias Ribas
Igreja Ev. Assembléia de Deus

quarta-feira, 3 de junho de 2009

PRINCÍPIOS PARA UMA MINISTRAÇÃO ABENÇOADA

"Quem te não temerá, ó Senhor, e não glorificará o teu nome? Porque só tu és santo; por isso todas as nações virão e adorarão diante de ti, porque os teus atos de justiça se fizeram manifestos" - Apocalipse 15.4.

Temos aqui um tema que requer de nós especial atenção. Para alguns, trata-se de um terreno desconhecido. E mesmo para aqueles que têm algum conhecimento, sempre será um desafio novo. Cada culto é uma experiência nova, de onde extraímos lições que vão nos moldando e formando em nós o perfil de verdadeiros adoradores, que em função desse aprendizado, vão sendo confirmados como ministros diante da congregação.A ministração do louvor exige total responsabilidade, entrega e dedicação, daí o fato de que se trata de um ministério, e ministério com peso pastoral. A administração desse serviço se faz garantir através de princípios divinos que devemos encarnar, praticar e deles depender sempre. Esses princípios nos livram da mediocridade e contribuem para que busquemos a excelência nesse ministério, em louvor ao nosso Deus! (Fl 1.10-11).

Sensibilidade - Salmos 43:3.Sensibilidade fala de percepção, de revelação, de ter luz. É uma ferramenta essencial, pois facilita em muito a nossa tarefa. É indispensável no momento do culto, na relação que temos com o Espírito, com os músicos e com as pessoas em geral.Dependência do Espírito - Efésios 5.18.É dependência geral, total e irrestrita. Paulo diz que onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade (II Co 3.17). O dirigente deve ganhar a visão de que o culto é do Espírito Santo e Ele sabe o que é melhor para cada pessoa (Rm 8.26-27). Ele indica o cântico, a frase, a oração a ser feita, enfim, tudo.Inspiração (Palavra de Deus) - Salmos 22.25.O dirigente sempre precisa estar inspirado. A inspiração nasce do nosso tempo diário com Deus (Sl 34.1). A fonte principal é a Palavra. Quanto mais Palavra eu tiver, mais inspirado serei (Cl 3.16).

Expressão - Gálatas 5:22.A Palavra diz que o coração alegre aformoseia o rosto (Pv 15.13). O fruto do Espírito produz amor, paz, alegria etc. O dirigente deve meditar naquilo que canta. Esse exercício constante resulta numa expressão de vida abundante.Segurança (saber o que fazer) - 2ª Co 3.4-6.A congregação espera que o dirigente a conduza na ministração. É como o motorista de um coletivo cheio de pessoas. Todos esperam que ele tenha conhecimento do que faz e possam assim chegar ao seu destino.

Identificação (sacerdote) - Hebreus 5.1.O dirigente é um sacerdote, um intermediário entre Deus e os homens. Portanto, deve estar profundamente identificado com os interesses do Senhor e dos homens.O ministério de Jesus - Hebreus 2.12.O dirigente deve ter a visão de que Jesus está em meio à congregação cantando louvores. Deus habita no meio dos louvores do seu povo (Sl 22.3).

Conclusão: Se estivermos atentos a estes princípios, colheremos resultados surpreendentes do nosso trabalho. A igreja será abençoada, edificada, e o Senhor glorificado junto ao seu povo.
Deus abençoe!

Ronaldo Bezerra(Para falar com o Ronaldo envie sua mensagem para ronaldo_bezerra@hotmail.com)

terça-feira, 26 de maio de 2009

PEÇA O MELHOR PARA DEUS


“Duas coisas te peço, ó Senhor; não as negues a mim, antes que eu morra: afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza, mas dá-me só o pão que é necessário, para que de farto eu não te negue, e diga: quem é o Senhor? Ou empobrecendo, não venha furtar, e profane o nome de Deus” (Pv. 30:8,9).

Estamos vivendo o tempo da “abundância de Deus”, alguém defende com ‘unhas e dentes’ na sua calorosa ‘pregação’, tudo depende da semente de fé. “Pegue o envelope, escreva seu pedido de oração, coloque uma boa semente – em dinheiro, é claro – e exorta (olhe o tamanho da semente que você vai semear)”... Um famoso evangelista recebe uma ‘tremenda revelação’ e lança um livro onde expõe a grande revelação de que Deus há de transferir riquezas e mais riquezas para a igreja neste tempo do fim – afirma: “o que os megaespertalhões ricos e bilionários tem acumulado será redistribuído por Deus para igreja”.

Na página onde consta os agradecimentos da obra lemos as impactantes palavras: “extraordinário livro [...] visão revolucionária e impactante [...] a leitura deste livro marcará sua vida e trará sobre você inúmeras bênçãos” (somente a leitura já será algo fora do natural. Imagine a prática!).Outro empolgado pregador diz que devemos determinar sobre nós, nossa família, amigos, e irmãos as bênçãos de Deus; um mais ousado diz: “libere sobre o teu irmão uma bênção... abençoe teu irmão... declare sobre a vida dele tempos de prosperidade, não te cales, creia, seja um profeta de Deus nesta hora” (hoje está tão fácil ser profeta – é só declarar, liberar uma palavra); mais outro, cheio de gáudio, anima uma platéia ávida por vitória: “peça o melhor para Deus... o melhor carro, a melhor casa... com garagem, uma, duas ou até mais. Deus te dará um, dois, ou mais carros... o melhor emprego, o melhor salário... o melhor desta terra é nosso... o tamanho da tua fé determina o tamanho da tua bênção”.

Bíblias São lançadas como verdadeiros manuais para enriquecer, objetivando dar-se bem na vida, ser bem sucedido. Assim, são inumeráveis os pedidos e determinações diante de Deus para que venha o melhor – desta terra – para nós. Li que bilhões de almas, implicam em assombrosas proporções financeiras, “custará bilhões de dólares alcançar bilhões de almas”. Impactante! Segundo o autor do livro, o trágico, é que há muitos chamados e poucos dólares para enviá-los. Impactante! Pelo que se vê, lamentavelmente, o Reino de Deus está sofrendo sérios prejuízos, e almas estão indo para eternidade sem Deus, unicamente por falta de dinheiro! Veja bem: não é por falta de pregação cristocêntrica, de oração intercessória, de consagração, de estar cheio do Espírito Santo, de culto onde o Espírito Santo esteja presente e fazendo o que Ele quiser, de unidade da Igreja, mas por falta de dinheiro! Porém, na história da Igreja desde o Novo Testamento não vemos isto.

O Evangelho foi propagado sem somas astronômicas de dinheiro; na maioria das vezes, literalmente, sem dinheiro. Uma leitura cuidadosa do Novo Testamento nos mostrará isso:

1. Paulo tinha o objetivo primordial de comunicar o Evangelho, e por vezes isso custou trabalhos sobre trabalhos (para auto-sustento), e com muita fadiga (física mesmo): “Certamente vos lembrais, irmãos, de nosso trabalho e fadiga; trabalhamos noite e dia para não sermos pesados a nenhum de vós, enquanto vos pregamos o Evangelho de Deus” (1ª Ts. 2:9);

2. Paulo tinha o mesmo ofício de Apolo, isto é, fabricantes de tendas (At. 18:3), se servia desse ofício para se sustentar;

3. Paulo, ao sair em propagação do Evangelho, foi suprido em suas necessidades por outros irmãos, diz ele: “Em tudo me guardarei de vos ser pesado, e ainda me guardarei” (2ª Co. 11:9; 12:16a).

Os testemunhos e biografias da história do cristianismo nos mostram a mesma coisa. É só dar uma voltinha por esse brasilzão.O versículo no início deste artigo mostra a sincera oração: primeiro um coração reto diante do Senhor: “afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa”, depois “dá-me só o pão que é necessário” – preste atenção às prioridades.

Hoje há uma inversão de prioridades, muitos querem ser abençoados, enriquecidos, livrados de vários problemas, porém não querem, de forma alguma, relacionamento com Aquele que é Poderoso para abençoar. Nos tempos de Jesus já havia isto (Jo 6:26,27; 51, 60). Quem nasce de novo, é nova criatura, tem uma perspectiva primeiramente espiritual, sumamente espiritual, suas prioridades são mudadas: das coisas da terra passa para as coisas do céu (Mt. 6:33; 6:19-21; Gl. 1:3; 4:1-6; Fp. 1:9-11; Cl. 1:9-10; 3:1-3; I Pe. 2:1-5; II Pe. 1:4-11). É preciso termos desejo de conhecermos, isto é, travarmos um relacionamento com o Deus, pois quando conhecermos com intimidade o Deus da bênção seremos gratos por qualquer situação, provação que Ele nos enviar, permitir; teremos certeza que Ele não deixa termos falta de coisa alguma (Mt. 6:25-34; Fp. 4:19). Estamos, muitas vezes, qual filho que sai de casa, mas não sente falta dos pais, sem, no entanto recusar as benesses financeiras recebidas todos os meses – os recursos são bem vindos, mas o relacionamento íntimo com os pais não faz falta.

Tenho presenciado, pensativo e muitas vezes sem entender, sobre a maioria das campanhas feitas nas igrejas: quase que na sua totalidade envolvem dinheiro ou benesses puramente pessoais, egocêntricas. Todo mundo precisa de dinheiro; todas as pessoas tem uma questão financeira a ser milagrosamente resolvida.

Ouvimos testemunhos de dinheiro aparecendo (milagrosamente) na conta bancária; coisas impossíveis de acontecer na área financeira ocorrem da noite para o dia; endividados se tornam livres e abastados num estalar de dedos; o carro que eu tanto sonhava, Deus (?) (milagrosamente) me deu; quando tomei a decisão e iniciei a novena (ou algo parecido – já que cada igreja determina a campanha pelo nome que quer), antes mesmo de terminar, Deus (?) me respondeu. Os casos são tantos. Os testemunhos os mais diversos. Acabei de ouvir um em que o ‘abençoado’ dizia: depois de vir para a igreja tal e fazer a campanha tal só viajo de avião, a minha empresa que estava falida, cresce assustadoramente, está de vento em popa, e conclui: Deus ‘tá rebentando’. Como dizia um diretor, chefe meu, tempo atrás: mas que tal! Eu não duvido que Deus tenha bênçãos de ordem material, financeira, econômica para dar aos seus filhos (I Cr. 4:10; Pv. 3:9-10; 10:22; II Co. 8:15; 9:8-10). Abraão foi um homem rico; Jó perdeu tudo e Deus lhe deu em dobro; José foi um homem bem sucedido no Egito, pois chegou a ser o segundo em poder no governo; Salomão foi rico e poderoso; conheço irmãos que Deus tem abençoado financeiramente e eles tem abençoado a igreja dessa forma também, além, é claro, dos frutos dignos de arrependimento (Mt. 3:8).

Mas uma boa olhada na Palavra de Deus nos mostrará que não foram (e não são) muitos os ricos, os milionários ou bilionários, nem os poderosos que Deus escolheu para a concretização da Sua obra, para o cumprimento do Seu eterno propósito (Dt. 7:7; I Co. 1:26-29; Mt. 4:18-22; Hb. 11: 1-40), certamente para que ninguém se gloriasse nas suas possibilidades. Conheço irmãos que foram verdadeiros desbravadores para anunciar o Evangelho e morreram financeiramente pobres, e muitos doentes.

Anunciavam o Evangelho a cavalo, outros andavam quilômetros muitas vezes a pé, no entanto nunca vi eles pregarem sobre riquezas e mais riquezas. Não teria Deus o melhor cavalo para lhes dar? Dessa forma não iriam a pé.Não sou contra ser abençoado, ou falar sobre riquezas e abundâncias e mesmo tê-las, o que não consigo entender e aceitar como normal e justo, é que na maior parte, a igreja está girando em torno das coisas daqui, como dizem, “o melhor desta terra é nosso”, então, peça o melhor para Deus – pouco se ouve testemunhos de conversões, batismo com Espírito Santo, uma mensagem que tocou profundamente e fez voltar-se mais sincero para Deus, desejoso de um relacionamento íntimo com Deus. Rotineiramente, os maiores cultos são intitulados da vitória, da restituição, da benção, das colheitas, da multiplicação. Dias destes escutava um programa evangélico e uma vinheta anunciava o grande culto intitulado ‘explosão de milagres’. Dificilmente num culto destes há uma exposição séria, senão profunda, da Palavra. Por quê? Não há tempo para isso. Porém a Palavra diz que os milagres confirmam a Palavra (Mc. 16:20), e não que milagres confirmam outros milagres, ou que os milagres confirmam o ministério de quem quer que seja.“Os apóstolos não agendavam os milagres. Não marcavam cultos de libertação e cura. Não havia previsibilidade antecipada. Não agiam como secretários do Espírito Santo, tentando controlar e manipular a sua agenda. Eles não faziam propaganda dos sinais. Não colocavam faixas anunciando a presença de homens poderosos. Não faziam exposição de seus dotes espirituais. As coisas aconteciam dentro da liberdade e da soberania do Espírito. Eles não desviavam os olhos do povo para a igreja, não trombeteavam suas próprias virtudes. Enfeixavam todos os holofotes sobre Jesus”[1].

Faz tempo que ouço mensagens e apelos triunfalistas, pregações de auto-ajuda, e fico pensando sobre o que realmente é o melhor de Deus para nós, ou o que Deus tem de melhor para nós.

1. Asafe: o melhor de Deus para ele era totalmente oposto a sua visão. Enquanto ele via e deseja a prosperidade do ímpio – e questionava com Deus, tanto na vida quanto na hora da morte, falava da tranquilidade do ímpio, o melhor de Deus para Asafe era que ele estive na dependência divina (Sl. 73:23), fosse guiado pelo conselho do Senhor (Sl. 73:24); desejasse Deus acima de tudo – Deus fosse para ele o mais desejado, o mais excelente (Sl. 73:25); que Deus fosse a sua fortaleza, seu refúgio e que se aproximasse mais desejo (com inteireza de coração) diante de Deus (Sl. 73:26,28);

2. Profeta Amós: o melhor de Deus estava em que ele falasse a Palavra do Senhor, conquanto sua condição fosse de pobreza material (Am. 7:14,15);3. Estevão, o diácono: o melhor de Deus consistia e não livrar-lhe do martírio, mas que ele suportasse as aflições e mesmo assim pregasse uma profunda e bibliocêntrica mensagem e deixasse um testemunho que impactou seus algozes (At; 7). Parece que nesse início Deus perdeu a oportunidade de provar ao mundo que a Igreja veio para conquistar os melhores espaços desta terra!

4. Apóstolo Paulo: a vontade do Senhor estava em ele padecer pelo nome de Cristo, como também consistia em que ele fosse revestido da maravilhosa graça, mas jamais que lhe fosse arrancado o espinho na carne (At. 9:16; II Co. 12:8-9). E isto lhe dava prazer (II Co. 12:10);

Leio sobre a história de Israel; a história do cristianismo desde o Novo testamento, e me pergunto: por que será que Deus deixou homens e mulheres de fé no Velho Testamento, e apóstolos e crentes do passado enfrentarem necessidades? Por que o Evangelho teve que ser propagado em meio a dificuldades extremas, onde até fome passaram os obreiros e crentes de então? Por que Paulo, o grande ícone do cristianismo, se privou de regalias, e até trabalhava com as próprias mãos para não ser pesado às igrejas? Por que o próprio Jesus, os Apóstolos e Paulo (que foi arrebatado ao terceiro céu), não tiveram a ‘grande revelação’ dos dias de hoje: Deus tem riquezas para você – determine, declare, profetize?

Jesus, após a Sua ressurreição, foi revestido de Todo Poder (isso fala de que para Ele não há limites), no entanto não O vemos falando aos Discípulos que Eles seriam prósperos materialmente, que não teriam doenças e que seriam tão influentes em sua mensagem que seriam cabeça e jamais cauda (Mt. 10:19; Lc. 12:11-12; At. 4:1-3, 13).Às vezes procuro imaginar um culto na Igreja em Jerusalém, ou em qualquer outro lugar nos tempos da Igreja primitiva e do primeiro século; ou ainda na China comunista de nossos dias; no Haiti; no Vietnã, nos lugares paupérrimos da África e em tantos outros no nosso Brasil; onde o pregador empolgado, começasse a dizer para que o povo declarasse, determinasse, profetizasse bênçãos e riquezas sobre a vida de quem quer que fosse – será que o povo entenderia alguma coisa? Eis a indagação: será que Deus não tem as mesmas riquezas para estes filhos, ou eles tinham ou tem, como popularmente se diz, muito ‘pecado para pagar’? Imagino o Apóstolo Paulo dizendo aos irmãos para lançarem uma grande semente (em dinheiro) para terem uma grande colheita. Não dê a menor moeda, dê a maior, que a tua bênção será maior. Porém quando abro a Bíblia, leio Paulo, que diz: “No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade [...]” (1ª Co. 16:2 – grifo meu).

Os cristãos davam não porque eram constrangidos por uma promessa mirabolante, porque eram ‘impulsionados’ a acreditarem que teriam muito mais do que estavam dando, isto é, pensando nos benefícios, mas sim, davam porque isso partia do coração, eram intimamente tocados pelo Espírito Santo, então davam, e davam com alegria (2ª Co. 8:3,5,10,12; 9:6,7).

“Os Apóstolos [...] não faziam promessas ao povo de benesses terrenas e temporais, com vistas a atrair multidões. Eles não pregavam um evangelho fácil” [2]. Conforme 2ª Coríntios capítulos 8 e 9, os cristãos davam porque eles tinham gozo, eram ricos em generosidade (dar sem intenção de receber de volta), desejavam servir dessa forma; antes de abundar financeiramente, eles já tinham abundados em fé, ciência, zelo, amor e graça; davam espelhando-se em Cristo, Ele era o exemplo perfeito, queriam imitar o Mestre, queriam dar; tinham prontidão em dar, eram voluntários. Davam porque todo serviço, toda a ação de dar, redundava em glórias a Deus (2ª Co. 9:12-15).

Ao combater os avarentos, Paulo fala sobre a proporção de semear pouco e muito. Muitas vezes ouvimos pregadores dizerem: dê que o Senhor te dará cem vezes mais – e enfatiza: ‘tá’ na Bíblia! Acredito que se baseiam no texto em que Pedro certa vez argumentou com Jesus: “[...] nós tudo deixamos e te seguimos. Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filho, ou campos, por amor de mim e do evangelho, que não receba cem vezes tanto, já no presente, em casas, irmãos, mães, filhos e campos, com perseguições, e no mundo por vir a vida eterna” (Mc. 10:28-30).

Esse texto, de maneira alguma corrobora a máxima, em voga nos dias de hoje, de que dando certa quantia em dinheiro, o Senhor nos dará cem vezes mais da quantia ofertada. Se for, o que aconteceu com os discípulos que foram martirizados e todos morreram, literalmente, pobres?

Paulo, mesmo sendo cidadão romano não tinha mansão em Roma – alugou uma casa. Tomamos cuidado! A oferta não anula a soberania de Deus. Acredito e busco o melhor de Deus, porém vejo o melhor de Deus:

- Na Salvação que de graça foi oferecida (Jo. 3:16; Ef. 2:8,9);- Na vida de renúncia para ser submisso a Deus (Mt. 16:24; Tg. 4:10; 1ª Pe. 5:6);

- Na abundante vida proporcionada pelo Espírito Santo (Jo. 7:38,39; Ef. 5:18);- Na vitória diária sobre o pecado (Rm. 8:5-14; Gl. 5:16,24,25; Cl. 3:5-10);- No poder da Palavra em me tornar sábio (119:98-100);

- No poder de Deus em cumprir Seu propósito (Sl. 138:7,8);

- No poder das provações para me tornar maduro e completo (Tg. 1:2-4; Rm. 5:1-5; Fp. 4:10-13; 2ª Pe. 1:1-11);

- Na graça proporcionada para perder tudo, menos Cristo (Fp. 3:8,9,13,14);- Na busca constante pelas coisas lá de cima (Cl. 3:1-3; Fp. 3:20; 1ª Pe. 2:1-5);- Na prática de orações e súplicas (Ef. 6:18; 1ª Ts. 4:17).Acredito que Deus tem bênçãos imensuráveis para alcançar aos que o amam e o buscam, mas há prioridades inegociáveis na palavra de Deus (Mt. 6:33).

Vejamos esta oração de Paulo, pelos crentes de Éfeso (Ef. 3:14-20):

Primeiramente ele faz referência ao Filho e ao Pai:
1. Jesus Cristo é o Senhor (veja Rm. 10:9);
2. O Nome de Deus é poderoso; Agora ele ora por bênçãos espirituais:
3. Para que sejam “fortalecidos com poder pelo Seu Espírito no homem interior” (veja II Co. 4:16);
4. Para que cristo habite pela fé; esteja constantemente presente nos corações (fé tem o sentido de renúncia, de coragem em servir a Jesus, de entrega total);
5. Para que estejais arraigados, fundados em amor (amor de Cristo);
6. Para que com perfeição conheçam a largura, comprimento, altura e profundidade e conheçam o amor de Cristo;
7. Que sejam cheios da plenitude de Deus. Isso é um longo processo dEle em nós (Cl. 1:6);
8. E encerra dizendo que Ele é poderoso para fazer muito além da nossa limitada capacidade, isto é, Ele é poderoso para nos levar a plenitude de Cristo (Rm. 15:29; Cl. 2:10; cf. Gl. 4:12-16).

Nada substituí o que é espiritual – a prioridade, para o cristão, é o que é do céu (Lc. 12:31). A minha preocupação é com a indelével evidência que se tem dado às coisas da terra: o melhor desta terra é nosso; você tem que pedir o melhor desta terra; o crente não adoece; você não nasceu para sofrer; um Deus rico – dono do mundo – não tem filhos pobres. Enquanto a ênfase está nas coisas da terra, a pregação se dirige à mente, aí sutilmente entra o positivismo, a determinação, o engravidar, o sonho com a visão do que eu quero, e outras coisas do tipo. Dessa forma o alvo, que é o coração não sente nada, não é atingido. O propósito do Senhor sempre foi atingir o coração do homem, as atitudes e frutos estão no coração: “Ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração [...]” (At. 2:37; Dt. 6:5 Cf. Mt. 22:37-40; I Sm. 16:7; Sl. 7:9; 19:8; 57:7; 69:32; 139:23; Pv. 4:23; 20:9; Is. 35:4; Jr. 11:20; 24:7; Ml. 4:6; Mc. 7:21 Cf. At. 5:3; Hb. 3:8; 4:7, 12; 8:10; 10:16; Lc. 24:32).

Muitas vezes, pelo que ouço, parece que a nossa pátria é por aqui mesmo, o céu é uma miragem, uma figura de linguagem, uma utopia, pois pouco se tem falado e pregado sobre o céu. Pouco se tem dito sobre as delícias do céu, sobre as coisas do céu. Em razão disso o que é certo tem sido substituído, sem qualquer análise bíblica, pelo que dá certo. Estamos vendo uma irrefreável busca pelos mais variados meios para alcançar objetivos (ditos) espirituais, conquanto não nos preocupamos com estes meios, pois temos dado ênfase aos fins alcançados ou desejados.Que a oração de Paulo seja respondida, por Deus, sobre nós:

“Por causa disso me ponho de joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome. Oro para que, segundo as riquezas da glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder pelo Seu Espírito no homem interior, para que Cristo habite pela fé nos vossos corações. E oro para que, estando arraigados e fundados em amor, possais perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus” (Ef. 14-19).
Em Cristo.
Adriano Wink Fernandes
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[1] Pentencoste, o fogo que não se apaga. Hernandes Dias Lopes. Candeia
[2] Ibdem