TEOLOGIA EM FOCO

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

O ANO SHEMITA

 


Levítico 25.2-7 “Diga o seguinte aos israelitas: Quando vocês entrarem na terra que lhes dou, a própria terra guardará um sábado para o Senhor. 3- Durante seis anos semeiem as suas lavouras, aparem as suas vinhas e façam a colheita de suas plantações. 4- Mas no sétimo ano a terra terá um sábado de descanso, um sábado dedicado ao Senhor. Não semeiem as suas lavouras, nem aparem as suas vinhas. 5- Não colham o que crescer por si, nem colham as uvas das suas vinhas que não serão podadas. A terra terá um ano de descanso. 6- Vocês se sustentarão do que a terra produzir no ano de descanso, você, o seu escravo, a sua escrava, o trabalhador contratado e o residente temporário que vive entre vocês, 7- bem como os seus rebanhos e os animais selvagens de sua terra. Tudo o que a terra produzir poderá ser comido.” 

INTRODIÇÃO

Assim como Deus criou o mundo em seis dias e no sétimo descansou, Ele também exige, além do descanso semanal sabático, um ano inteiro de consagração para lembrar o dia da criação. Essas ações demonstram o tamanho de sua confiança e compreensão acerca do cuidado de Deus. Deixar de trabalhar e ganhar o sustento uma vez por semana já é uma boa prova dessa confiança. Fazer isso durante um ano, então, é extraordinário, é temer, confiar em Deus para sobreviver e é isso que Ele quer: uma confiança total n’Ele por parte do homem. 

I. O SIGNIFICADO DE SHEMITÁ 

O ano sabático (shmita; hebraico: שמית, literalmente “liberação”), também chamado de ano sabático ou shǝvi’it (שביעית, literalmente “sétimo”), ou “sábado da terra”, é o sétimo ano do ciclo agrícola de sete anos exigido pela Torá para a Bet HaMikdash na Terra de Israel e é observada no Judaísmo contemporâneo. 

Neste sétimo ano, a terra fica em descaso e todas atividades agrícolas, incluindo arar, plantar, podar e colher, são proibidas pela Torá (lei judaica). Apenas o produto do descanso da terra servirá como alimento, inclusive o gado e os animais da terra. Além disso, quaisquer frutas ou ervas que crescem por conta própria e onde nenhuma vigilância é mantida sobre elas são consideradas hefker (sem dono) e podem ser colhidas por qualquer pessoa. Uma variedade de leis também se aplica à venda, consumo e descarte de produtos Shemitá. Todas as dívidas, exceto as de estrangeiros, deveriam ser perdoadas. 

1. Quando começa o semita. O ano sabático, também conhecido como Shemita, começa em Rosh Hashana e termina antes do próximo Rosh Hashana no ano seguinte, ou seja, teve início em 6 de setembro de 2021 e vai até 5 de Setembro de 2022.

O povo judaico está vivendo, o ano 5.782, contado a partir da “criação dos primeiros seres humanos”, Adão e Eva. 

Rosh Hashaná em hebraico; ראש השנה, que significa cabeça do ano, o “Ano-Novo Judaico”. O Shemita é uma festa que ocorre no primeiro dia do primeiro mês (Tixri) do calendário judaico. A Torá refere-se a este dia como Yom ha-Zikkaron (o dia da lembrança) ou Yom Teruah. Nesse período um lavrador judeu não pode realizar nenhuma tarefa em relação ao solo, a não ser cuidados mínimos. Os frutos desse ano são sagrados e o agricultor não pode colhê-los todos para si, mesmo que vejam suas árvores florescerem e darem muitos frutos, porque esses frutos pertencem a Deus e não ao dono da lavoura. Há também uma ordenança para que tudo seja compartilhado igualmente entre todos. Qualquer judeu que queira, pode colher alguns frutos para si, a quantidade necessária para o dia e o proprietário não pode impedi-los. 

O início de um período de introspecção e meditação de dez dias (Yamim Noraim) que acaba no primeiro dia de Yom Kipur. Na literatura rabínica é oitavo tratado na ordem de Mo'ed; em algumas edições anteriores do Mixná e do Talmud é a sétima, e nas atuais edições do Talmud: está em quinto lugar, contém: 1. As regras mais importantes relativas ao ano civil, juntamente com uma descrição da inauguração dos meses pelo Nasi (equivalente ao Presidente) e Ab bet din (equivalente ao Líder do STF). 2. Leis sobre a forma e uso do Shofar e sobre o serviço durante a festa de Rosh ha-Shaná. 

II. QUAL A FUNÇÃO DO ANO SHEMITA 

1. A terra não poderia ser cultivada. O ano sabático é o descanso da terra, ordenado por Deus, que encontramos em que ela não poderia ser cultivada.

Êxodo 23.10,11 “Plantem e colham em sua terra durante seis anos, 11- mas no sétimo deixem-na descansar sem cultivá-la. Assim os pobres do povo poderão comer o que crescer por si, e o que restar ficará para os animais do campo. Façam o mesmo com as suas vinhas e com os seus olivais.” 

Assim como o sábado é o descanso semanal das pessoas e dos animais, a terra também tem o seu sábado: seis anos são para a semeadura, mas o sétimo ano é de descanso. 

Neste sétimo ano, é proibido semear o campo, podar a vinha, segar o que nascer da seara e colher as uvas da vinha não podada. 

Apenas o produto do descanso da terra servirá como alimento, inclusive o gado e os animais da terra. 

Após sete períodos de sete anos, o quinquagésimo ano é santificado - este é o ano do jubileu. 

2. O ano sabático é o ano de remissão das dívidas. É o ano da libertação de todo escravo israelita, pelo perdão de sua dívida, todos esses acontecendo de 7 em 7 anos.

Deuteronômio 15.1,2 “No final de cada sete anos as dívidas deverão ser canceladas. 2- Isso deverá ser feito da seguinte forma: Todo credor cancelará o empréstimo que fez ao seu próximo. Nenhum israelita exigirá pagamento de seu próximo ou de seu parente, porque foi proclamado o tempo do Senhor para o cancelamento das dívidas.” 

Dt 15.12 “Se seu concidadão hebreu, homem ou mulher, vender-se a você e servi-lo seis anos, no sétimo ano dê-lhe a liberdade.” 

- O Shemitá era um ano para descanso da terra, mas tudo que ela produzia sozinho é para o alivio dos pobres e necessitados. 

Êxodo 23.10,11 “Plantem e colham em sua terra durante seis anos, mas no sétimo deixem-na descansar sem cultivá-la. Assim os pobres do povo poderão comer o que crescer por si, e o que restar ficará para os animais do campo. Façam o mesmo com as suas vinhas e com os seus olivais.” 

3. Um mandamento com promessas. Ainda no capítulo 25 de Levítico podemos ver as promessas do Senhor para quem guardar esse período:

“E observareis os meus estatutos, e guardareis os meus juízos, e os cumprireis; assim habitareis seguros na terra. E a terra dará o seu fruto, e comereis a fartar, e nela habitareis seguros. E se disserdes: Que comeremos no ano sétimo? Eis que não havemos de semear nem fazer a nossa colheita; Então eu mandarei a minha bênção sobre vós no sexto ano, para que dê fruto por três anos. (Lv 25.18 -21). 

Em primeiro lugar o Senhor promete segurança ao seu povo em relação aos inimigos. Agora podemos entender qual é o segredo de Israel em estar protegido. É a santificação do Shemitá. Outro compromisso fala de satisfação física e emocional. Mesmo sem semearem eles teriam o suficiente para se fartarem por três anos. Uma promessa de multiplicação e restituição. Entendemos então que a bênção é triplicada para quem santifica um ano a cada sete.

Em segundo lugar o Senhor promete colheitas abundantes para aqueles que observam o shemitá e descreve sua observância como um teste de fé religiosa. Há pouco conhecimento da observância deste ano na história bíblica e parece ter sido muito negligenciado. 

4. No ano do Shemitá também existe perdão dos empréstimos (Lv 25.25-55). Um judeu que comprou ou emprestou dinheiro a outro não pode exigir sua devolução para além do ano sabático. Toda e qualquer cobrança deverá ser feita nos sete anos que antecedem o período. Terminado esse prazo, caso não consiga quitar, então estará perdoado. Isso evita que um cresça mais do que o outro. 

III. O JUÍZO DE DEUS NO SHEMITÁ 

1. Juízos e acontecimentos.

Estamos no ano de 2022 e existe algo que é muito misterioso e por isso mesmo as atenções dos estudiosos estão voltadas para esse Shemeita. A preocupação se relaciona ao juízo de Deus. Os sábios judeus vêm falando constantemente sobre o juízo de Deus contra as nações. Eles provam em seus estudos que em todos os finais de anos de Shemitá sempre ocorre um juízo. Um dos exemplos clássicos foi a destruição das torres Gêmeas no dia 11 de setembro, exatamente em um dos finais de anos de Shemitá. A queda da Bolsa de Valores, a derrota de Hitler na Segunda Guerra, queda de asteroides, queda de impérios e muitos outros acontecimentos relevantes na história da humanidade e que foram previstos por esse rabino, aconteceram exatamente em finais de anos sabáticos. 

Hoje é dia 24 de Fevereiro de 2022 (o ano Shemitah) dá-se início a guerra Rússia contra a Ucrânia, porém esta guerra envolvem a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e Estados Unidos da América. assim  muitos países. 

O ataque fez com que os temores de uma Guerra mais ampla se transformem em realidade. O secretário-geral da ONU, Antônio Guterres, afirmou que a ofensiva russa “deve parar agora”. “Presidente Putin, em nome da humanidade, leve de volta as tropas à Rússia", afirmou. A União Europeia e os Estados Unidos condenaram o ataque “injustificável”.

Esse ano, há uma grande preocupação ao redor do mundo. Calamidades, guerras fome, peste etc. Por tudo isso, se espera um grande julgamento no final desse Shemitá.

Tudo está no controle de Deus, e nada sabemos do amanhã, mas uma coisa sabemos que o Senhor Jesus está voltando para buscar Sua Noiva (Igreja). 

2. Mas, por que Deus julga o povo no ano do Shemitá?

Os judeus ficaram setenta anos sem cumprir o Shemitá, de repente Deus os leva como escravos pelo mesmo período de tempo na Babilônia, como castigo à essa desobediência. O detalhe é que para os judeus, Deus anuncia o que vai fazer e explica o porquê, mas Ele não se preocupa em fazer o mesmo para os gentios, então temos que deduzir. Se Deus julga os judeus pelo não cumprimento do ano sabático, então certamente julga as nações pelas suas injustiças. Precisamos estar preparados. Nos Estados Unidos as pessoas já estão esperando uma grande praga, ou crise que pode ser até uma guerra mundial. Eles estão armazenando comida e muitos itens já estão em falta nos supermercados.  

3. Oferta de justiça. Nesse período Deus julga aqueles que tem muito e não ajuda os pobres. O Shedacá, ‘oferta de justiça’ é preciso ser liberado, também de acordo com o livro de Levítico: 

“E, quando teu irmão empobrecer, e as suas forças decaírem, então sustentá-lo-ás, como estrangeiro e peregrino viverá contigo. Não tomarás dele juros, nem ganho; mas do teu Deus terás temor, para que teu irmão viva contigo. Não lhe darás teu dinheiro com usura, nem darás do teu alimento por interesse. Eu sou o Senhor vosso Deus, que vos tirei da terra do Egito, para vos dar a terra de Canaã, para ser vosso Deus.” (Lv 25.35-38). 

Deus deixou para Israel o plano social infalível – cada um tinha que cuidar do seu irmão que tinha caído na pobreza. Não era um programa político, de um governo central; não era socialismo forçado com impostos e mais impostos. Era voluntário, baseado na lei de Deus e do Seu amor para Israel e os povos. O temor de Deus levava as pessoas cuidarem dos outros. 

Afinal de contas Deus tinha liberto Israel dá mais miserável escravidão no Egito. Deus os adotou como povo e proveu as suas necessidades. Eles deveriam lembrar disto e em troca ajudar outros. Não poderiam reter o que o pobre necessitava, muito menos levar vantagem sobre ele. Levítico 25.17 diz: “Não oprimais ao vosso próximo; cada um, porém, tema a seu Deus; porque eu sou o Senhor, vosso Deus”. 

Muitas pessoas não entendem porque os cristãos ofertam tanto nos cultos na obra missionária e na vida dos necessitados, isso é sabedoria e não loucura, como muitos pensam. Se todos os ricos dessem uma parte de seus bens aos pobres, não seriam julgados Shemitá, seriam promovidos. 

CONCLUSÃO

No ano Shemita, muitos irmãos são abençoados pelo Senhor, mesmo enfrentando calamidades e aflições, porque tem servido o Pai de todo o coração e com propósito, porém muitos enfrentam o juízo de Deus pela falta de reverência, temor, santificação, mas principalmente pela falta de amor a casa de Deus, a obra missionária, e aos necessitado.

Pr. Elias Ribas

Assembleia de Deus

Blumenau - SC

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

QUAL É NOSSO MOTIVO EM SERVIR A DEUS?

 


1. Ambição. É um desejo ardente de posição social, fama, poder; o anseio por progresso pessoal e uma vontade de lutar para conseguir isso. 

Esse lado sombrio da ambição é uma paixão por ser popular, uma luta para entrar nas listas que o público lerá, um esforço para colocar seu próprio retrato em lugares de destaque público. É um desejo de estar acima de todos os outros. Esse motivo errado é condenado em Mateus 20.1-28, onde Jesus mostra três ambições indignas dos homens: 

2. A ambição por recompensa (Mateus 20.1-16). Jesus conta uma parábola a respeito do proprietário de uma vinha que estava ansioso para fazer sua colheita antes que viessem as chuvas. Ele foi à praça pública às 6 horas da manhã e recrutou trabalhadores. A colheita era grande e os trabalhadores poucos, por isso ele voltou a buscar mais trabalhadores às 9, às 12 e às 15 horas. Ele ainda precisava de mais trabalhadores, assim às 17 horas ele contratou o último grupo e, então, pagou a todos, desde o último grupo até ao primeiro. Quando ao primeiro grupo foi pago a mesma quantia que a do último, o qual tinha trabalhado menos horas, aqueles reclamaram ao proprietário dizendo que era injusto. 

2.1. Deus não está interessado nas horas; ele está interessado nos corações.

2.1. O pensamento que é o mais importante na mente de muitos é: “quanto vou ganhar?” Qual é nosso motivo em servir a Deus? Por que somos pregadores, presbíteros, diáconos, professores de aulas bíblicas? O motivo é tanto trabalho por tanto pagamento ou estamos apenas satisfeitos em poder trabalhar para Deus? 

2.2. Não é a quantidade de serviço prestado, mas o amor com que tal é prestado que importa. 

Deus não olha para a quantidade ou a grandeza de nosso serviço. Desde que é tudo o que temos para dar, todo serviço tem igual importância para Deus. Mesmo que não possamos alcançar reconhecimento e recompensa, que o Senhor nos ajude a servi-lo por causa de uma coisa, e só uma coisa: nosso amor por Ele. 

3.A ambição por posição social. (Mateus 20.17-23). Jesus tinha acabado de falar sobre uma cruz (versículos 17-19), mas Tiago, João e sua mãe estão interessados numa coroa. A mãe deles, interessada em promover seus filhos, pede que, quando Jesus entrar no seu reino, eles possam sentar-se um à sua direita e outro à sua esquerda. Seu pedido é na evidência de sua fé em Jesus. Eles creem no que ele tinha dito a respeito de estar sentado no trono da glória “Jesus lhes respondeu: Em verdade vos digo a vós os que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do Homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel” (Mt 19.28). 

É claro que a ambição pecaminosa é o motivo principal do pedido deles. Querem grandeza, querem ser conhecidos. Depois de tantos anos de treinamento e privação, querem ser vistos e respeitados. Obviamente eles estavam se posicionando para o poder. Sem dúvida, eles se sentem aliviados por terem feito esse pedido antes de Pedro! 

Eles ainda mal entenderam a natureza do reino de Jesus e o princípio que faz com que as pessoas sejam grandes nesse reino. Portanto, Jesus falou-lhes sobre o cálice de sofrimento (Mateus 20:23). Disse-lhes: “Vocês não têm nenhuma ideia da agonia e do horror que virão como resultado de seu pedido. Quando pedem glória, estão pedindo sofrimento. Em meu reino, meu Pai faz a promoção mediante a preparação que consiste no cálice da angústia, do sofrimento e da dor.” Há um impulso dentro do coração de cada um de nós para sermos o número um, para chegarmos ao topo. Jesus, porém, ensina a necessidade de sacrifício em vez de superioridade. 

4. A ambição por domínio. Mateus 20.25-28 “Então Jesus, chamando-os, disse: Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiores exercem autoridade sobre eles. Não será assim entre vós. Pelo contrário, todo aquele que entre vós quiser tornar-se grande, seja vosso servo, e quem quiser ser o primeiro, seja o vosso servo. Assim como o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” 

Quando os apóstolos viram a ousadia de Tiago e João, ficaram indignados porque pensaram que estes e sua mãe estavam tirando vantagem injusta. Eles ficaram ciumentos e irados com esses dois irmãos. Antes de criticarmo-los muito, olhemos para nós mesmos.

Não nos sentimos do mesmo modo vendo alguém de nosso círculo avançar para o alto quando nós nos achamos igualmente qualificados?

Os apóstolos estavam rebaixando o reino ao nível dos reis pagãos que usavam de mão forte para manterem suas posições de domínio. No estilo de vida do reino, não há lugar para a ambição egoísta. A grandeza no reino é determinada pelo serviço e não pela posição oficial.

“Eu, para mim, sou meu” São as palavras favoritas dos ambiciosos mundanos, mas precisamos nos lembrar do exemplo de Jesus. Ainda que ele fosse onipotente e pudesse ser senhor sobre tudo, ele veio para resgatar os homens indignos mediante o seu sacrifício de expiação. Todo seguidor precisa ter essa mesma atitude de serviço aos outros, para que Cristo verdadeiramente reine sobre suas vidas. Recompensa, posição e domínio precisam ser sempre substituídos por serviço amoroso e voluntário, em benefício de outros.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

O SERVIÇO NA OBRA DE DEUS

 


João 13.14,15 “Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.” 

I. O SIGNIFICA DO TERMO SERVIÇO 

A palavra do hebraico moderno para serviço é שֵׁרוּת (sherút); Servir é לְשָׁרֵת (lesharêt). No grego a palavra serviço é δουλος (doulos) que vem da palavra δεω (deo) que significada “atar um laço, prender, atar, prender com cadeias, lançar em cadeias.” A palavra δουλος (doulos), então, significa “escravo, servo, homem de condição servil, (metáf.), alguém que se rende à vontade de outro; aqueles cujo serviço é aceito por Cristo para estender e avançar a sua causa entre os homens. Assim, δουλος (doulos) é a palavra comum para escravo, alguém que está permanentemente em servidão, em sujeição a um mestre. 

A segunda palavra para serviço é διακονος (diáconos) também pode designar um escravo ou um homem livre, denota um empregado visto em relação ao seu trabalho. 

A terceira palavra para serviço é οικετης (oiketes) designa um escravo, algumas vezes sendo praticamente equivalente a δουλος (doulos). Geralmente, no entanto, como a etimologia do termo indica, significa um escravo como um membro da família, não enfatizando a ideia servil, mas antes a relação que deveria tender a suavizar a severidade de sua condição. 

A quarta palavra para serviço é υπηρετης (huperetes) significa literalmente um remador inferior, e era usado para descrever um remador comum numa galera de guerra. É então usado, como no N.T., para indicar qualquer homem, não um escravo, que servia numa posição subordinada, sob um superior.

Essa palavra serviço no latim servitium, significa: “escravidão, servidão”, de servus, “escravo”, possivelmente de origem etrusca. Esta gerou também o substantivo “servo”, o adjetivo “servil” e o verbo “servir”. 

Quem presta serviços é um “servidor”. Todo servo no trabalho do Senhor é pequeno, humilde, seja qual for a sua posição. Só o Eterno é infinitamente grande. Se alguém pensa que é grande, não é nada diante d’Ele!

O verdadeiro servo de Deus não tem vontade própria; seu prazer e realização estão em fazer a vontade do Senhor, por amor, gratidão e privilégio. 

II. A SERIEDADE DO SERVIÇO CRISTÃO 

O serviço cristão é uma das formas mais eficazes de testemunho da Igreja. O serviço tem que ter motivação correta. Coração, motivação e intenção. 

O serviço pode ser potencializado ou corrompido dependendo do teu coração. 

1. Definição de coração. “Coração” (hebraico לֵב léb; grego καρδία kardia, no latin cordis que significa “coração e ocorre aproximadamente 1000 vezes, muitas vezes disfarçado de tradução, e o alcance do significado é imenso.

O coração é o centro do intelecto. O coração é o centro das emoções. Por fim, o coração é o centro da vontade humana. Jeremias 29.13 “Quando duas pessoas concordam é porque seus corações estão juntos ou unidos.” 

2. Coração. Deus, em sua infinita sabedoria e soberania, decidiu usar homens e mulheres para a execução de seus planos. Se examinarmos a Bíblia, vamos encontrar Deus usando vidas para cumprir Seus eternos propósitos, tanto antes de Cristo, com o povo de Israel, quanto depois d’Ele, com a Igreja.

Quando Jesus estava executando Seu ministério, tinha como objetivo deixar uma organização que desse continuidade à obra de Deus na terra, e esta organização é a Igreja. 

“Também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão sobre ela.” (Mt 16.18). Jesus disse: “edificarei a minha igreja”. A Igreja é o instrumento de Deus para a realização dessa obra missionária, e responsabiliza-se pela seleção, treinamento e envio de missionários. 

1.2. O serviço precisa estar conectado com o coração. Por exemplo, “concordar” é palavra formada do latim con + cordis, isto é, com coração.

“Discordar”, por outro lado, é o oposto. Vem do latim dis (separar) + cordis (coração). Quem discorda, portanto, afasta-se do coração do outro. “E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração.” (Jr 29.12,13).

Quando invocamos ao Senhor e O buscamos de todo coração Deus, Ele nos ouve, atende nossos pedidos, perdoa nossos pecados, nos recebe como filhos, nos dá a vida eterna. Ao nos entregar totalmente, temos um encontro real com Ele, passamos a ter intimidade com o Pai, intimidade que transforma nossa vida, restaura as feridas, traz luz onde havia escuridão, e alegria no lugar de tristeza. Se você ainda não foi impactado pelo amor de Deus, entregue-se totalmente a Ele, busque-o com todo seu coração, deseje ter intimidade com o Pai, e certamente sua vida será cheia da graça e do amor de Deus. 

1.3. O serviço pode ser corrompido por causa do coração. Salmos 24.3-5 “Quem subirá ao monte do Senhor, ou quem estará no seu lugar santo? 4- Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente. 5- Este receberá a bênção do Senhor e a justiça do Deus da sua salvação. 6- Esta é a geração daqueles que buscam, daqueles que buscam a tua face, ó Deus de Jacó.” 

Após entender que Deus é o dono de toda a criação, Davi percebe um problema: o monte do Senhor é Jerusalém, onde se encontrava o templo. Ele cria que Deus estava no templo, por isso estar no templo era estar na presença do próprio Deus. Deus é santo. O lugar onde Deus está é santo. Sendo santo ele pergunta: “Quem poderá permanecer no seu santo lugar?”

Davi entende que para prestar qualquer serviço diante do El Shaday (louvor, adoração), devem ser limpos de mãos e puros de coração. “Assim é a geração dos que o buscam, dos que buscam a tua presença…” (v. 6). Aqueles que buscam o Senhor são os que foram purificados, regenerados e salvos pela graça e, somente pela graça. 

2. Motivação. Atos 8.13-22 “E creu até o próprio Simão; e, sendo batizado, ficou de contínuo com Filipe; e, vendo os sinais e as grandes maravilhas que se faziam, estava atônito. 14- Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João. 15- Os quais, tendo descido, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo.16- (Porque sobre nenhum deles tinha ainda descido; mas somente eram batizados em nome do Senhor Jesus). 17- Então lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo. 18- E Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espírito Santo, lhes ofereceu dinheiro, 19- dizendo: Dai-me também a mim esse poder, para que aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo. 20- Mas disse-lhe Pedro: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro. 21- Tu não tens parte nem sorte nesta palavra, porque o teu coração não é reto diante de Deus. 22- Arrepende-te, pois, dessa tua iniquidade, e ora a Deus, para que porventura te seja perdoado o pensamento do teu coração.” 

“E creu até o próprio Simão”. Convencido do poder sobrenatural exercido por Felipe, Simão creu intelectualmente, mas a motivação de seu coração estava erada. 

“Os apóstolos [...] enviaram Pedro e João” (v. 14). Jesus tinha dado as chaves (poder) do reino (Mt 16.19) a Pedro. Ele era aquele que Deus usaria para abrir as portas dos corações dos judeus (cap. 2), dos samaritanos (cap. 8) e dos gentios (cap. 10). 

“Então, lhes impuseram as mãos” (v. 17a). Uma prática comum na Igreja primitiva (At 13.1-3; 1ª Tm 4.14). Nesse caso, a imposição de mãos está claramente relacionada à oração para o que aos samaritanos recebessem o Espírito Santo. 

“E Simão, vendo que pela imposição das mãos [...] era dado o Espírito Santo” (v. 18). Simão não queria o Espírito Santo como um dom espiritual que selaria seu batismo, mas para usar o poder e dominar os outros. Queria o poder exterior sem passar pela mudança interna que justifica o dom. É possível que tivesse a intenção de ganhar dinheiro com a habilidade de conceder o Espírito Santo a outros a seu bel-prazer. 

“Dai-me também a mim esse poder” (v. 13). Dai-me também a mim esse poder, para que aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo.

Simão confundiu o trabalho de Deus com suas práticas mágicas. O fato de outros terem pago pelos segredos da sua magia motivou Simão a pensar que esse era o melhor modo para se aproximar de Pedro. Porém, ele logo aprendeu sobre o grave que estava cometendo. 

“Ofereceu-lhes dinheiro” (v. 17 b). Daí vem o termo simonia (Simão), para denotar o comércio de coisas sagradas, principalmente a compra de serviços eclesiásticos. A ambição espiritual aqui se mostra a chave para o caráter deste homem miserável. 

“Teu dinheiro seja contigo para perdição” (v. 20a). Isto é, “Amaldiçoado seja tu e o teu dinheiro contigo”. É a linguagem do horror e indignação mesclados, não muito diferente da repreensão do próprio Pedro por parte do Senhor (Mt 16.23). 

3. Simão ficou motivado, mas o coração não era reto. “...porque o teu coração não é reto diante de Deus” (v. 21). Esta é a fidelidade de um ministro de Cristo a alguém que engana a si mesmo de uma maneira terrível. 

4. Intenção. A palavra intenção no hebraico é כוונה Kavanáh,I vem de כיוון Kivun, que significa direção ou direcionamento para onde se quer atingir. Vem também da expressão Lekaven (לכוון), que significa mirar, ou mais precisamente apontar para alguma direção.

Na tradição judaica, o conceito de intenção se resume em um termo único, kavaná. Literalmente, esta palavra significa “direção”. Apenas focando as nossas palavras na direção correta, para um objetivo exaltado, enchemos a nossa oração de intenção e significado. É muito fácil fazer isso! A maneira de adquirir esta direção é ter uma compreensão profunda das palavras que recitamos. 

4.1. Simão tinha a mesma intenção, mas a motivação errada. “Arrepende-te, pois, dessa tua iniquidade, e ora a Deus, para que porventura te seja perdoado o pensamento do teu coração” (v. 22).

“Arrependa-se… ore…”. Simão pensou que pudesse comprar o poder do Espírito Santo, mas Pedro o repreendeu severamente. O único caminho para receber o poder de Deus está em fazer o que Pedro aconselhou Simão a fazer: afastar-se do pecado, pedir perdão a Deus e ser cheio do seu Espírito. Nenhum bem e nenhuma quantia em dinheiro pode comprar a salvação, o perdão dos pecados ou o poder de Deus. Estes são obtidos somente pelo arrependimento e pela fé em Cristo como Salvador.

O sistema de Simão não olha o coração, mas o sistema de Pedro olha a intenção do coração, e para o Senhor o que importa é o coração. Judas quando andava com Jesus tinha a mesma intenção, mas o coração não era reto. Motivação incorreta, avareza. Não muito diferente nos dias hodiernos, onde grande parte das lideranças cristãs estão com a motivação erada, assim como Geazi, servo de Eliseu. 

4.2. O Senhor Deus se agradou primeiro do coração de Abe e depois de sua oferta. Gênesis 4.4,5 “E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta. 5- Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o semblante.”

Gênesis 4 diz que num certo tempo os dois irmãos trouxeram ofertas ao Senhor. Sendo lavrador, Caim trouxe sua oferta do fruto da terra. Já Abel trouxe sua oferta das primícias do seu rebanho e da gordura deste. Isso significa que ele ofereceu ao Senhor o primeiro e o melhor entre o seu rebanho. 

O texto bíblico revela que Deus se agradou de Abel e de sua oferta. Sim, Deus se agradou não apenas da oferta, mas também do próprio adorador. Na verdade, não há como separar o verdadeiro adorador de sua adoração ao Senhor. Sobre isso o escritor de Hebreus escreve que pela fé, Abel ofereceu maior sacrifício do que Caim e obteve testemunho de que era justo (Hb 11.4).

Mas Caim não fez nada disso. Caim achou que poderia se aproximar de Deus sem fé e de qualquer maneira. Jamais ele teria sucesso, pois sem fé é impossível agradar a Deus (H 11.6). 

5. O Senhor conhece o coração de todos. Jeremias 17.10 “Eu, o Senhor, esquadrinho o coração e provo os rins; e isto para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações.”

No discurso de Pedro em Atos 1.24, o Senhor é chamado “o conhecedor do coração”. O coração do homem pode estar tão oculto que homem algum poderia discernir, mas Deus, que é Criador deles, e Ele conhece todos os pensamentos, conselhos e propósitos deles, e o bem ou ruim que está neles: Somente “o Senhor sonda os corações” (Pv 21.2). O Senhor além de tudo, analise nossas motivações, se estamos ou não no caminho certo, se a nossa será ou não, benção.

Senhor, tu me sondas e me conheces. O Salmos 139.23,24, o salmista declara que “Deus conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos.” O Deus sabe mais sobre sua vida do que ele próprio. Ele reconhece que o conhecimento de Deus vai ao mais profundo de seu ser, onde nem mesmo ele é capaz de ir. A partir do verso 2, o salmista fala sobre como Deus conhece cada momento do seu cotidiano. Mas o salmista vai ainda mais além. Ele declara que Deus percebe de longe os seus pensamentos.

O grande sábio Salomão nos orienta que acima de todas as coisas “...que se devem guardar, devemos guardar o nosso coração, porque dele procedem as fontes da vida.” (Pv 4.23).

Os nossos atos vêm sempre do coração, é o que determina as atitudes e o comportamento, pois é do coração que procedem fontes do bem e do mal conforme o ensino do Metres Jesus: “O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração.” (Lc 6.45). 

Quando temos um coração com a intenção certa, perseveramos. Há uma diferença entre os que servem e não servem. A forma de falar e de se portar é diferente. Quando estamos cheios da Palavra, nossa reação é a Palavra, nenhuma notícia negativa irá interferir nisso.

Os fariseus adoravam o Eterno com a intenções de seus corações erradas: “Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.” (Mt 15.8,9). Eles são fiéis nas formas de adoração; rigorosos nas observâncias cerimoniais, e cumprem a lei externamente; mas Deus requer o coração, e que eles não o tenham rendido. 

6. Deus só recebe dos corações que se movem voluntariamente. Êxodo 25.1,2 “Então falou o SENHOR a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel, que me tragam uma oferta alçada; de todo o homem cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a minha oferta alçada.”

“...de todo o homem cujo coração se mover voluntariamente...” Dar de si passa pelo coração (com um coração motivado e voluntariamente) e pelo entendimento.

Fruto é eterno e o resultado terreno. 

7. Servir no latim é servitium, que significa condição de escravo, jugo e obediência.

O que você tem dado ao Senhor, o que você quer entregar ou que Ele te pediu para entregar? 

7.1. Renúncia é o que Deus pede de ti. Mateus 16.24,25 “Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-me; 25- Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á.”

 

Se alguém deseja ser seguidor de Jesus Cristo, ele deve de uma vez por todas renunciar a si mesmo (suas vontades, seus interesses, suas inclinações) e unir-se com Cristo na cruz. Jesus ao tomar a cruz não procurou fazer a Sua vontade, mas fez a vontade do Pai. Assim também ocorre com Seus discípulos, não procuram viver para fazer suas próprias vontades, mas vivem para fazer a vontade do Pai.

Alguém segue a Cristo colocando sua confiança nele, mesmo que seja confrontado, perseguido, humilhado, mesmo que tenha que renunciar a si mesmo. Só aquele que se prontifica e se dispõe a viver assim é que pode verdadeiramente ser discípulo de Cristo. Porém aquele que deseja ser um discípulo de Jesus, mas não atende ao chamado para a cruz, procurando preservar sua vida (seus amigos, familiares, emprego, estudo, conforto etc.) este perdê-la-á. Pode perder no momento presente e o mais grave, pode perder pela eternidade. Mas quem perder sua vida por amor de Jesus achá-la-á. 

7.2. O exemplo do jovem rico (Mt 19.16-23). Quando o moço, depois de dizer a Jesus que estava guardando os mandamentos, perguntou o que ainda lhe estava faltando, Jesus lhe disse: “...Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me” (v. 21). Todavia, a Palavra de Deus nos informa que ele “...ouvindo esta palavra, retirou-se triste, porque possuía muitas propriedades” (v. 22). Ele cumpria os mandamentos, mas não conseguiu se entregar completamente. Pela letra da lei ele se considerava irrepreensível e talvez até justo diante de Deus, no entanto, seu coração estava preso nos seus bens matérias. 

7.3. Cumprir é um rito e entregar é o que Deus quer. Salmos 37.5 “Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele o fará.” O prazer é estar perto do mestre, a vida eterna, isso é um galardão eterno.

“Entrega o teu caminho ao Senhor”. A palavra “entrega” (גול gal), traduz no original um verbo empregado pelo salmista que literalmente significa “rolar”, no sentido de se ver livre de um peso. Então isso significa que a palavra “entrega” aqui, basicamente quer dizer “deixe seu fardo”. Isso significa transferir todas as suas preocupações para Deus. Esse é o conselho dado pelo salmista ao conectar a confiança no Senhor com a certeza da providência divina. 

8. Obediência é o canal do servo. Colossenses 3.22,23 “Vós, servos, obedecei em tudo a vossos senhores segundo a carne, não servindo só na aparência, como para agradar aos homens, mas em simplicidade de coração, temendo a Deus. 23- E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens.”

Nos textos relacionados podemos tirar algumas aplicações espirituais importantes para nossas vidas:

A primeira aplicação está relacionada a qual deve ser a nossa motivação em servir pessoas ou até mesmo em obedecer nossos líderes?

Às vezes é importante que perguntemos a nós mesmos, porque estamos fazendo o que fazemos. Todo cristão deveria questionar a si mesmo acerca do que o motiva a ser líder do louvor, do Dept. de homens, ou de qualquer ministério na Igreja local.

Eu mesmo costumo fazer esta pergunta, quando estou enfrentando lutas que podem me desmotivar a continuar avançando no serviço do reino.

Em colossenses 3:23 Paulo nos lembra que nossa grande motivação em tudo que fazemos é agradar ao Senhor. Ele diz: “….tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens….”.

A base de todas as ações que nós, cristãos, devemos tomar deve estar enraizada no que Colossenses 3.23 determina. Tudo o que fazemos deve ser para a sua glória, para exaltar o seu nome e para o crescimento do seu reino. E isso não serve somente para a área espiritual, mas inclui a nossa responsabilidade como cidadão, como chefe, como empregado, em todas as esferas do nosso posicionamento na sociedade.

Paulo nos recomenda a servir ao Senhor de todo coração, porque era assim que ele o servia. Havia no coração de Paulo um imenso sentimento de gratidão ao Senhor, que o havia alcançado com sua graça, e mudado toda a sua vida. Esta gratidão ao Senhor levava o apóstolo a querer retribuir ao Senhor, servindo-o de todo coração.

Se você reparar atentamente no que a Bíblia diz, está muito claro que ‘TUDO’ o que fizerdes se refere a exatamente tudo o que nos propomos a ser, dizer, pensar e fazer! Isso significa que nós não podemos ter áreas nas quais nós nos entregamos pela metade. O conselho é: “em tudo o que fizerdes, façam de todo coração”. Isso inclui o nosso trabalho, nossos estudos, nosso tempo com nossa família, nossa vida de oração, nossa forma de servir o próximo e amar nossos inimigos. 

IV. DEUS BUSCA HOMENS DE CORAÇÃO REGENERADOS 

1. Precisamos gerar uma consciência de como está nosso coração. Ezequiel 36.25,26 “Então aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. 26- E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne.”

O Senhor diz que há pessoas com um coração de pedra, endurecido como pedra para a compreensão da verdade e do amor de Deus. Mas aqueles que abraçar Jesus como Salvador e Senhor receberá uma nova marca no coração, isto é, alguém atendeu a Ele e desejou obedecer.

Quando nos tornamos cristãos, nascemos de  novo, ou seja, o Senhor transforma o nosso coração duro e nos dá um novo coração, um coração mais suave. Então nossos corações estão dispostos a não apenas ouvir Palavra de Deus, mas obedecê-la. 

V. VOCÊ SERVE A QUEM? 

1. Devemos servir não de maneira fingida, mas com sinceridade. Ef 6.6-7, “Não servindo à vista, como para agradar a homens, mas como servos de Cristo, fazendo, de coração, a vontade de Deus; 7 servindo de boa vontade, como ao Senhor e não como a homens.”

De acordo com este texto, nosso servir deve obedecer a duas prerrogativas: 

1.1. Não devemos servir apenas na aparência. Existem muitos filhos de Deus que aparentemente se apresentam como servos, porém interiormente se mostram “senhores”, uma vez que suas atitudes denunciam que eles não são submissos a Deus.

Servos e senhores devem servir fielmente a Cristo, mesmo quando ninguém está observando, porém, Deus vê tudo o que fazemos e um dia iremos lhe prestar conta de nossos atos. 

1.2. Devemos servir de coração, fazendo a vontade de Deus. Aqui está a excelência do verdadeiro servir, que é uma disposição que vem de dentro, do coração. E ainda, segundo a vontade de Deus. O verdadeiro servo procura agradar ao Senhor a quem presta serviço, e não tem como pretensão agradar a si mesmo, ou aos homens.

O apóstolo Paulo vai diz que devemos fazer a vontade de Deus que é invisível, mas sempre presente Senhor: a melhor garantia para o seu fiel serviço ao seu mestre terreno quando presente e ausente e de todo coração.

Geazi era um exemplo negativo, um homem muito diferente na presença de seu mestre do que ele era em sua ausência (2º Rs 5.1-18). 

2. Como para o Senhor. Colossenses 3.22-25 “Vós, servos, obedecei em tudo a vossos senhores segundo a carne, não servindo só na aparência, como para agradar aos homens, mas em simplicidade de coração, temendo a Deus. 23- E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens, 24- Sabendo que recebereis do Senhor o galardão da herança, porque a Cristo, o Senhor, servis. 25- Mas quem fizer agravo receberá o agravo que fizer; pois não há acepção de pessoas.” 

O ensino do apóstolo Paulo é para os escravos cristãos. Talvez a questão dos escravos e dos senhores pareça ultrapassada e inaplicável à sociedade moderna, mas, se considerada pela segunda vez, há princípios importantes nesta passagem. Ainda que a escravidão não possa ser oficialmente aceita ou praticada hoje, a admoestação para que o indivíduo se dedique ao seu senhor como se estivesse trabalhando para Deus, e não para pessoas, aplica-se aos empregados. Independentemente de o senhor ser ou não um cristão, deveriam cultivar a obediência não como um peso decorrente de pressão externa, mas uma disposição movida pelo amor a Deus. Isso faz toda a diferença no servir. Essa atitude deveria ocorrer principalmente na ausência do seu senhor. A melhor maneira de agradar alguém é ser fiel mesmo quando não se é observado. 

A dedicação no trabalho e a fidelidade demonstrada ao seu senhor deveria ter como motivação a pessoa de Jesus Cristo que é honrado por Seus servos quando estes vivem na integridade a nova vida. Sendo justo, Deus não se esquece daqueles que por amor ao Seu Nome dão o bom testemunho esperado de um filho. Recompensa-os com bênçãos espirituais e materiais no presente e pôr fim a vida eterna com Deus no porvir (1º Sm 2.30b; Hb 6.10). O cristão na condição de subordinado no ambiente de trabalho busca a excelência no que faz. Essa atitude representa sua forma pessoal de adorar, louvar e servir a Deus. 

O galardão da herança. A forte motivação para servir bem a alguém é encontrada no futuro galardão que Jesus concede àqueles que são fiéis nesse serviço. Normalmente, pensamos que recebemos recompensas eternas graças a práticas espirituais como leitura bíblica, oração ou evangelismo. Aqui, Paulo afirma que todo trabalho feito para a honra de Cristo trará uma recompensa eterna.

Quer concordemos ou não, a verdade é que a lei da semeadura e colheita perpassa nossas ações, seja para bem ou mal. Isso ocorre porque Deus é responsável pelo que ouve e vê e o Seu caráter O impele para exercer a justiça, o juízo ou a misericórdia (Mt 12.35 -37; Lc 12.2-3; Gl 6.7-8).

Há um princípio que rege a vida: o que fazemos revela o que somos e o que somos está vinculado ao que cremos. 

3. Como Jesus, devemos estar dispostos a servir. 1ª Pe 4.10 “Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus”.

A palavra “servir” neste texto é “diakonew” – diakoneo, que quer dizer “ministrar”, “auxiliar”, “servir como provedor de determinada necessidade”. Isto significa “ministrar (servir) ao Senhor em favor de outros”. 

Não foi para ser servido que Jesus veio ao mundo, mas para servir e dar sua a vida (Mc 10.45). Ele mostrou com seu exemplo como deveria agir aqueles que o seguiam e chamavam de Mestre. 

Deus nos chamou para servi-lo e não para sermos servidos. O bom soldado chamado por Cristo não se embaraça com as coisas desta vida (2ª Tm 2.3-5). O servo é aquele que trabalha na obra de Deus, não importa em qual função: pastoreio, evangelização, ensino, pregação, benevolência, visitação, etc., e todos são servos; servos de Cristo e da igreja. 

Temos dons naturais que Deus nos concedeu como seres humanos e concedeu e nos concede também dons espirituais à medida que o buscamos e nos colocamos em Suas mãos. Devemos usar nossos dons para honrar e glorificar a Deus e para beneficiar a igreja e os irmãos em Cristo. 

Como despenseiros, ou seja, mordomos da casa de Deus (corpo de Cristo); temos a responsabilidade de cuidar e guardar as coisas pertencentes ao nosso Senhor; e isto inclui serviço. A graça de Deus é demonstrada de inúmeras formas em nossas vidas e uma delas é servir a Ele e ao nosso próximo. Esta é uma grande honra! 

VI. O OBJETIVO DO SERVIÇO CRISTÃO 

1. Cultuar ao Pai. A palavra “culto” deriva do Latim, cultu, e significa adoração ou homenagem a Deus. Etimologicamente, o termo latino cultu envolve a raiz colo, colere, que indica “honrar”, “cultivar”, etc. Classicamente, os reformados ortodoxos definiram “religião” como recta Deum colendi ratio, “a maneira correta de honrar a Deus”.

Os principais termos que descrevem o ato/atitude de “culto” são o Hebraico, החָשָׁ (shachah) e o Grego, προσκυνέω (proskuneo). Essas duas palavras e seus derivados correspondem a 80% do uso cúltico bíblico. O primeiro vocábulo, shachah, significa “inclinar-se, prostrar-se”, como, por exemplo: “E acontecerá que desde uma lua nova até a outra, e desde um sábado até o outro, virá toda a carne a adorar [lit. “prostar”] perante mim, diz o Senhor” (Is. 66.22). A segunda palavra, proskuneo, indica originalmente “abaixar-se para beijar”, vindo a indicar “prostrar-se para adorar”, “reverenciar”, “homenagear”, etc. O exemplo clássico sai da boca de Jesus: “Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram (προσκυνοῦντας) o adorem (προσκυνεῖν) em espírito e em verdade” (Jo. 4.24).

Há ainda dois importantes termos que expressam ideias de culto. O primeiro é דבַעָ (abad), “servir”, “trabalhar”. Por exemplo, Yaweh diz a Moisés: “Certamente eu serei contigo; e isto te será por sinal de que eu te enviei: Quando houveres tirado do Egito o meu povo, servireis a Deus neste monte” (Êx 3.12). A segunda palavra é λατρεία (latreia), “servir”, como visto no diálogo de Cristo com o Diabo: “Então ordenou-lhe Jesus: Vai-te, Satanás; porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás (προσκυνήσεις), e só a ele servirás (λατρεύσεις)” (Mt 4.10). É interessante notar que um dos locus classicus de adoração e culto utiliza este termo para descrever a entrega do corpo a Deus como “culto racional” (λογικὴν λατρείαν) (Rm 12.1).

O que se pode concluir deste rápido estudo etimológico? “Cultuar” envolve tanto a ‘homenagem ou reverência’ a Deus, quanto o ‘serviço’ a Sua Pessoa! 

2. Glorificar o Pai. João 15.8 “Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.” 

O plano de Deus para nós é que produzamos muito fruto, e assim seu nome será glorificado. O Cristianismo precisa fazer (e faz) diferença em nossa vida. O seu principal objetivo é, sem dúvida alguma, a glorificação do nome de Cristo, pois a Igreja é a comunidade adoradora por excelência.

O bom fruto é produzido somente por uma boa árvore. Mateus 7.16-18 “Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? 17- Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. 18- Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons.” 

“A árvore boa produz bons frutos”, são aqueles comportam-se conforme o ensino de Cristo, deixando enraizar em seus corações a semente da Palavra, produzindo frutos de amor, misericórdia, fidelidade, paz e bondade que são percebidos por todos. Este é o verdadeiro fruto que glorifica o Pai. 

A árvore má produz frutos maus, é comparado a uma árvore má, produzindo frutos maus. São pessoas que, às vezes, até vão às igrejas, ouvem a Palavra, se emocionam, mas continuam produzindo os mesmos tipos de frutos: ódio, contendas, intrigas, fofocas, confusões, incompreensão, infidelidade... Endurecem seus corações e não permitem que a semente de Cristo penetre e cresça. 

Por fim existe também a árvore que não produz nenhum fruto. Pessoas que vão aos cultos, estudam a Palavra, mas não fazem nada na obra de Deus. Estão há anos na mesma estagnação espiritual, como plantações cheias de folhas, mas sem fruto algum que se aproveite; para essa árvore má Jesus diz: “Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem” (Jo 15.2-6). 

VII. CRISTO, UM EXEMPLO DE SERVO 

Mateus 20.28 “Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.” 

1. A missão de Jesus. A missão de Jesus não foi para distribuir cargos, e recompensas aos que o seguiam, mas tinha uma missão que ia muito mais longe, deveria salvar a humanidade, com sua morte e ressurreição.

Jesus quis deixar aos Seus discípulos o exemplo de serviço, e isso se fazia necessário porque, naqueles dias, assim como atualmente, são poucos os que querem servir, a maioria deseja mesmo é ser senhor (Mt 20.20-27). 

2. O pedido ambicioso de uma mãe. Mt 20.20-21 “Então se aproximou dele a mãe dos filhos de Zebedeu, com seus filhos, adorando-o, e fazendo-lhe um pedido. 21- E ele diz-lhe: Que queres? Ela respondeu: Dize que estes meus dois filhos se assentem, um à tua direita e outro à tua esquerda, no teu reino.” 

Os discípulos esperavam que Jesus fosse reinar na terra. Os discípulos, não tinham referência ao reino dos céus, mas apenas ao reino que supunham que Ele estava prestes a estabelecer na Terra. Os dois não entenderam a proposta de Jesus. Estavam preocupados só com os próprios interesses. Mesmo entre os discípulos havia a disputa a respeito de quem seria o maior no Reino de Deus. Em oposição a esse padrão, Jesus sempre se apresentou como um servo, que teria vindo ao mundo para servir, e não para ser servido (Mc 10.45). Paulo reafirma essa doutrina ao declarar aos crentes de Filipos que Cristo, ao vir a terra, esvaziou-se da glória celeste, e assumiu a forma de servo (Fp 2.5-8). No capítulo 13 de João, o Senhor revela a beleza do serviço cristão, e esse, na verdade, não se reverte, pelo menos na dimensão terrena, em ostentação, mas em sacrifício e humildade. 

3. Servir é ajudar os que necessitam de auxílio. O serviço cristão nasce do amor genuíno pelo Salvador e do amor e da preocupação por aqueles que Ele nos dá a oportunidade de ajudar assim como a orientação para fazê-lo. O amor é mais do que um sentimento; quando amamos alguém, queremos ajudar essa pessoa. 

A motivação do relacionamento de Jesus com os discípulos era pautada no amor, Ele os amou até o fim (Jo 13.1). O fundamento de todo e qualquer relacionamento deva ser o amor, aqueles que se assenhoreiam com base no poder jamais terão amigos de verdade. Aquela seria a celebração da última ceia antes de ser entregue às autoridades romanas para ser crucificado. 

Quando o cristão tem convicção do Senhorio de Deus, Ele não se adianta na busca por cargos, pois sabe que o Senhor tem as situações em Suas mãos. Com base nessa certeza, Jesus pegou a toalha e cingiu os lombos, numa atitude de alguém disposto a servir (Jo 13.4). Em seguida, passou a lavar os pés de cada um dos seus discípulos, inclusive o de Judas, e a enxugá-los com a toalha (Jo 13.5). Após aquele ato de demonstração de humildade e serviço Jesus interpretou, para os seus discípulos, seu significado. Jesus revelou ser, de fato, Mestre e Senhor, no entanto, ao invés de buscar honrarias, quis mostrar a sua disposição para o serviço (Jo 13.12) e deixar a instrução para que Seus discípulos fizessem o mesmo (Jo 13.13,14). Portanto, aquele não era um ato apenas para ser admirado, mas para ser imitado na prática cotidiana (Jo 13.15,17), considerando que, no Reino de Deus, maior é o que serve mais (Jo 13.16). 

VIII. POR QUE E COMO DEVEMOS SERVIR? 

1. O amor a Deus e ao próximo deve ser a base e o motivo para o serviço cristão. Para ser aceito por Deus e bênção para a igreja, o serviço cristão deve ser movido pelo amor. Jesus estava movido pelo amor quando lavou os pés dos discípulos. Naquela época isso era um serviço muito ruim, haja visto que as pessoas usavam sandálias abertas e viajam longas jornadas, muitas vezes a pé, e consequentemente, os pés ficam muito sujos. Ainda há o fato de que apenas os escravos lavavam os pés de seus senhores. Homens livres lavavam seus próprios pés. A ação de lavar os pés pode ser encontrada em muitos textos do Velho Testamento (exemplos: Gênesis 18.3 ao 5; 24.32; 43.24 dentre outros). Jesus amou seus discípulos ao ponto de não se importar com a situação em que se encontravam seus pés. Lavou-os. 

Jesus foi tão humilde que a toalha que usava para enxergar-lhes os pés estava posta em seus ombros (…com a toalha que estava cingido.). Esse gesto era costumeiro de um escravo! 

CONCLUSÃO.

Todo ministro é um mordomo na casa do Senhor, e ele tem a responsabilidade de levar o corpo de Cristo a adorar e servir ao Criador na beleza de Sua santidade. Todavia, a intenção do coração do adorador deve estar alinhada aos propósitos do Pai. No capítulo 17 e verso 9 do livro do profeta Jeremias o Senhor diz: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas...”, por essa razão precisamos examinar o nosso coração e averiguar se a intenção está realmente correta. Muitos crentes na igreja estão com propósitos e intenções erradas. Se nosso serviço não for para glorificar o Pai, estamos fazendo tudo errado. É necessário estar sempre avaliando e reavaliando para que possamos crescer no entendimento da Palavra. Precisamos tomar cuidado para que nossa adoração não seja vã. Quando se fala em envolver-se com a presença de Deus, é preciso entender que o Senhor coopera juntamente com a igreja. Quando somos orientados por pessoas certas, precisamos estar com os corações livres para que, assim, prosperemos em tudo que fizermos. Portanto reflita no que foi ensinado.

Pr. Elias Ribas

Assembleia de Deus

Blumenau - SC