TEOLOGIA EM FOCO

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

EGITO O PRIMEIRO IMPÉRIO MUNDIAL - CAPÍTULO I

Famoso por suas pirâmides e pelo rio Nilo, o Egito foi a primeira potência mundial da história bíblica. Sob seu domínio foi formada a nação de Israel. Moisés, que escreveu os cinco primeiros livros da Bíblia, nasceu e foi educado no Egito. Será que a arqueologia e a História confirmam o que Moisés escreveu sobre aquela antiga nação? Analise alguns exemplos.

O Egito é mencionado na Bíblia, desde o primeiro livro do Gênesis ao último livro do Apocalipse. Moisés está destinado a desempenhar um papel importante na profecia bíblica. Com os recentes acontecimentos lá, é um bom momento para fazer uma pausa e estudar o Egito na história e profecia.

I. HISTÓRIA DO ANTIGO EGITO

 1. A formação da nação Egípcia. O Egito Antigo foi formado a partir da mistura de diversos povos, a população era dividida em vários clãs, que se organizavam em comunidades chamadas nomos. Estes funcionavam como se fossem pequenos Estados independentes.

Por volta de 3500 a.C., os nomos se uniram formando dois reinos: o Baixo Egito, ao Norte e o Alto Egito, ao Sul. Posteriormente, em 3200 a.C., os dois reinos foram unificados por Menés, rei do alto Egito, que tornou-se o primeiro faraó, criando a primeira dinastia que deu origem ao Estado egípcio.

Começava um longo período de esplendor da civilização egípcia, também conhecida como a era dos grandes faraós.

No topo da sociedade encontrava-se o Faraó e sua imensidão de parentes. O faraó era venerado como um verdadeiro deus, pois era considerado como o intermediário entre os seres humanos e as demais divindades. Por isso, era uma monarquia teocrática, ou seja, um governo baseado nas ideias religiosas.

2. O poderoso exército egípcio era invencível. Na conquista de Biblos, o sacerdote desesperado queima resina em um fogareiro, num ritual de magia, pedindo socorro aos deuses enquanto chora pelos mortos. Não funciona. O poderoso Exército egípcio parece invencível. Acaba de romper a machadadas as portas da fortaleza, o último baluarte de resistência de Biblos, a capital do reino de Amurru (no atual Líbano), aliado dos hititas.

A conquista de Biblos, em 1285 a.C., é um marco na história. Sob o comando de Ramsés II, o grande Filho e neto de generais, ele foi criado para vencer. Lutou contra hititas, núbios e assírios. Por suas mãos, o Egito se tornaria o maior império do mundo antigo. Poderoso e rico, o país se tornará uma potência militar, conquistará territórios dos hititas ao norte, dos assírios a leste e dos núbios ao sul, até atingir seu tamanho máximo. Trará escravos, novas matérias-primas e tecnologia. Será o apogeu econômico e cultural do Egito.

Filho e neto de guerreiros, Ramsés II assumiu o poder com 25 anos, em 1290 a.C., e lançou-se em um esforço militar inédito. Em sua primeira campanha militar, com apenas 10 anos, participou da retomada do litoral do Líbano ao lado do pai, Sethi I. Logo nos primeiros anos de governo, Ramsés II levantou uma rede de fortificações perto das fronteiras. Engolidas pelo tempo durante três milênios, essas cidadelas estão voltando à luz.

3. Capital azul-turquesa. Fruto dessa ambição foi a criação da nova capital do Egito, que ele batizou de Pi-Ramsés. “Um guerreiro deveria ficar próximo de seus exércitos, por isso Ramsés II mandou construir sua capital perto do delta do Nilo, quase na fronteira com a Palestina. Seu novo endereço passou a abrigar toda a corte egípcia e a nata de seus comandantes e generais. As outras capitais oficiais, Mênfis, Heliópolis e Tebas, continuaram exercendo o papel de centros políticos e religiosos”, diz a historiadora francesa Bernardette Menu.

Mas o que mais surpreendeu os arqueólogos foi a estrutura militar montada por seu governante. “Havia um sofisticado complexo industrial especializado na produção de armas e carros de guerra. Não sabemos ainda qual era o tamanho do Exército de Ramsés, mas agora temos certeza de que foi o maior da Antiguidade”, diz Brand. Artesãos, ferreiros, criadores de animais, todos eram empregados dessa indústria bélica. “Eles faziam carros de batalha, lanças de cobre, espadas e dardos. É possível que também fabricassem barcos.”

II. O CATIVEIRO PROFETIZADO

Na sequência de nosso estudo vejamos que foi profetizada a escravidão de Israel “Então disse o Senhor a Abrão: Sabe com certeza que a tua descendência será peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos.” (Gn 15.13).

Após preparar a cerimônia da aliança, o texto bíblico diz que ao pôr do sol Abraão caiu num sono profundo (Gn 15.12). Então mais uma vez Deus falou com Abraão; dessa vez dando detalhes acerca do futuro de sua descendência. Deus avisou Abraão que sua descendência haveria de ser peregrina em terra alheia; bem como seria reduzida à escravidão, afligida por quatrocentos anos (Gn 15.13; cf. Êx 12.40).

Então Deus explicou a Abraão que somente na quarta geração sua descendência voltaria àquela terra. O motivo disto era que a iniquidade dos amorreus ainda não havia alcançado um determinado nível (Gn 15.16). Os amorreus eram os povos de Canaã. Esta passagem explica claramente que o ataque posterior dos israelitas contra os cananeus não foi sem fundamento.

Moisés esqueceu algumas vezes de Seu Deus, enquanto recebia a educação no Egito? (Hb 11.14-16). Porque não? (Êx 2.7-9). O que supôs ele, após matar o egípcio? (At 7.25). Foi esta hora determinada por Deus? Quem ensinou a Moisés os 40 anos de peregrinação no deserto? (At 7.25; Êx 3.11).

1. A descendência do povo de Israel. Os filhos de Israel, ou israelitas, foram os descendentes do Jacó, cujo nome foi trocado ao Israel depois que lutou com o anjo (cf. Gn 32.24-30). A família do Jacó se transladou ao Egito por convite do José, um dos filhos do Jacó, que chegou a ser um grande governador de Faraó.

O Livro de Gênesis 47.27-28, relata que Jaco foi viver com sua família na terra de Gosen: “E viveu Israel na terra de Gosen, no Egito, tomando posse da terra e trabalhando-a, começando a prosperar e multiplicando-se muito. 28 Jacob viveu ainda 17 anos depois que veio para o Egito. Ao todo foram 147 os anos da sua vida.

Israel cresceu até chegar a ser uma grande nação. Mas, como estrangeiros e recém-chegados, suas vidas estavam em marcado contraste com as dos egípcios. Os hebreus adoravam a um Deus invisível; os egípcios adoravam muitos deuses. Os hebreus eram nômades; os egípcios tinham uma cultura profundamente estabelecida. Os hebreus eram pastores; os egípcios eram construtores. Além de ser tão diferentes, os hebreus estavam fisicamente separados do resto dos egípcios: viviam no Gosén, ao norte dos grandes centros egípcios.

2. Após a morte de Faraó I. “Depois, levantou-se um novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José, o qual disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é muito e mais poderoso do que nós.” (Êx 1.8-9).

Transcorreram aproximadamente trezentos anos desde a morte de José. Os setenta hebreus que se haviam radicado no fértil crescente do rio Nilo multiplicaram-se em centenas de milhares. Mas o povo israelita, outrora objeto do favor de Faraó, é agora escravo temido e odiado do rei egípcio.

O período após a morte de José trouxe uma mudança completa nas condições dos israelitas. De protegidos dos governantes semitas hicsos, tornaram-se os temidos escravos de uma nova dinastia de reis egípcios nativos. Oprimidos por seus senhores egípcios, os israelitas alcançaram um estado de absoluto desamparo e desespero, quando Deus, fiel a Sua aliança, redimiu-os com grande poder.

No versículo 16 está escrito: “E disse: Quando ajudardes no parto as hebreias e as virdes sobre os assentos, se for filho, matai-o; mas, se for filha, então, viva.”

Uma antiga tradição diz que o Faraó sonhou com uma balança com todo o Egito de um lado e um cordeiro do outro o qual pesava mais que o Egito. Os magos interpretavam esse sonho dizendo que logo nasceria um menino entre os Hebreus que destruiria todo o Egito.

O livro de Êxodo traz a continuidade da geração de José (filho de Jacó), momento em que seus filhos prosperaram e eram numerosos, e viviam num tempo cujo Faraó não conheceu José, e dessa forma, não tinha consideração pelos israelitas, chegando a ordenar às parteiras que matassem todos os meninos que nascessem para que os hebreus não prosperassem (Elas temiam ao Senhor e não cumpriram o que fora ordenado, justificando que as hebreias eram fortes e tinham seus próprios filhos). Neste tempo, a própria mãe de Moisés o escondeu num cesto e o colocou no rio (pouco depois de seu nascimento), próximo ao momento que a filha do faraó costumava banhar-se, e com a ajuda da irmã do menino, a filha do faraó teve compaixão e o criou, como egípcio.

3. Moisés mata um egípcio e foge para Midiã. Aos 40 anos Moisés mata um egípcio que estava torturando um hebreu, Moisés é expulso do reino de faraó e foge para o deserto. Aí começa a sua história (Êx 2.11-12).

Moisés havia sido criado pela filha de faraó e foi educado com toda ciência egípcia e sabedoria, foi educado como um guerreiro dentro do palácio, e foi preparado para ser um príncipe. Sua experiência era vasta, mas não servia para nada no deserto.

O fato de viver os conhecimentos do povo egípcio o favoreceram na forma de lidar com o faraó no momento da libertação de seu povo; a fuga para Midiã e seu casamento com Zípora, a qual lhe deu dois filhos: Gérson e Eliézer, o fixou 40 anos numa região desértica desenvolvendo nela habilidades para enfrentar desafios futuros aparentemente difíceis de vencer. Moisés pode ser apontado como o grande legislador do povo hebreu, um gênio militar, um grande líder; sem dúvida um dos maiores da história mundial. Ao observar o comportamento de Moisés quando Deus o convocava para liderar alguma situação difícil ou impossível aos olhos humanos, Moisés hesitava, mas depois obedecia; pois ele entendia a supremacia divina de Deus.

Moisés no deserto sem saber que era o propósito de Deus para lhe transformar em um grande líder, o homem que iria liderar a saída dos hebreus e conduzir quase dois milhões de pessoas no deserto.

Anos mais tarde, casado, morando em Mídia, trabalhava no campo quando o Senhor falou a Moisés por meio de uma sarça ardente. No diálogo entre eles, o Senhor encoraja a Moisés que retorne ao Egito, pois já havia morrido quem o queria matar; além de dar sinais a Moisés (com o cajado que se transformava em cobra, e a mão ora leprosa ora curada) que seria com ele. O motivo maior desse chamado seria a compaixão de Deus, ao ouvir o clamor do povo escravizado e se lembrar da aliança feita com Abraão, e seus descendentes Isaque e Jacó.

4. As dez pragas no Egito. Como narra a Bíblia, o Faraó Ramsés, cético e de coração endurecido, não escuta os apelos de Moisés para que liberte os hebreus da escravidão, deixando-os partir em busca da terra de Canaã. Deus resolve então punir toda a terra do Egito, enviando as dez terríveis pragas que assolariam sem piedade a natureza, os homens e os animais: rio de sangue, invasão de rãs, infestação de mosquitos, de moscas, peste dos animais, tumores, chuvas de pedra, nuvens de gafanhotos, trevas e morte dos primogênitos foram as catástrofes que assolaram o país do rio Nilo. Depois que se concretizou a última das calamidades, o Faraó finalmente se rende e deixa o povo de Israel partir. Curiosamente, esses flagelos não prejudicaram em quase nada os hebreus, como se pode ler em uma das passagens bíblicas: “No dia seguinte, fez Deus o que tinha dito; e todos os animais dos egípcios morreram, mas não morreu nenhum dos animais dos israelitas” (Êx 9.6). Os infortúnios atingiram principalmente os egípcios, e não só os egípcios poderosos, como também os camponeses humildes, mesmo aqueles que moravam em aldeias distantes, longe dos monumentos e pirâmides.

Depois da última das dez pragas do Egito, aconteceu grande emoção nas terras egípcias e com muita insistência, o povo de Israel enfim conseguiu ser libertado por Faraó. A Bíblia afirma que o rei Faraó ainda se arrependeu da decisão e perseguiu o povo hebreu com seu exército, para capturá-lo de novo e impedir a chegada na terra prometida de Canaã. Sem sucesso na tentativa de capturar o povo Israelita, por que primeiro uma coluna de fogo separava os egípcios dos israelitas e depois todos seus soldados morreram afogados no Mar Vermelho.

A Bíblia diz que Deus abriu o Mar Vermelho para o povo de Israel passar e quando todos já estavam salvos do outro lado, Deus fechou o mar e assim todos os soldados de Faraó morreram.

A saída do Egito é o marco inicial e constitutivo do antigo Israel como povo da aliança. A libertação do Egito é o fundamento da fé desse povo, porque por ela experimentou e passou a conhecer Deus como libertador e forte aliado frente a todas as formas de opressão. A libertação foi narrada como maravilhosa, evidenciando que o Deus que liberta é o mesmo que domina toda a criação.

III. A QUEDA DO IMPÉRIO EGIPCIO

Êxodo, o segundo livro da Bíblia, começa com os israelitas no Egito e descreve sua opressão sob o regime egípcio, sua libertação por Moisés e sua partida para voltar a Canaã, a Terra Prometida. Contudo, Deus lembra a hospitalidade inicial dos egípcios mostraram para com os israelitas e diz: “Você não deve aborrecer o egípcio, pois você era um estrangeiro em sua terra” (Dt 23.7).

Uma vez que Israel entrou na Terra Prometida, os faraós ainda ordenaram invasões ocasionais lá, porque os egípcios consideravam Canaã parte da zona de influência do Egito.

De acordo com o Discovery Channel, na sua série “Egito Revelado”, Ramsés I que também ficou conhecido como o “grande”, morreu aos seus 90 anos de idade. Isso significa que ele escapou da morte na “Travessia do Mar Vermelho” e voltou sozinho para casa, pois nenhum soldado egípcio sobreviveu no mar como descreve a Bíblia.

Com a morte de centenas de soldados no Mar Vermelho, a destruição da agricultura, pecuária e a morte dos primogênitos pelas pragas, o Egito entrou em caos econômico e sem exército, ou seja, a economia do Império Egito ficou toda destruída, e assim os outros países se fortaleceram grandemente.

Depois do século XII a.C., o Egito foi sucessivamente invadido por diversos povos. Em 670 a.C., os assírios conquistaram o Egito, dominando-o por oito anos. Após liberta-se dos assírios, o Egito começou uma fase de recuperação econômica e brilho cultural conhecida com renascença saíta. Essa fase recebeu esse nome porque a recuperação egípcia foi impulsionada pelos soberanos da cidade de Sais. A prosperidade, porém, durou pouco. Em 525 a.C., os persas conquistaram o Egito. Quase dois séculos depois vieram os macedônicos, comandados por Alexandre Magno, e derrotaram os persas. Finalmente, retirando Cleópata do trono de faraó, o Egito foi dominado pelos romanos, que governaram por 600 anos, até a conquista Árabe.

Pr. Elias Ribas

Assembleia de Deus

Blumenau - SC

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

O IMPÉRIO DA ASSIRIA - CAPÍTULO II


I. A OREIM DA ASSIRIA

As origens dos povos assírios estão associadas aos povos semitas que viviam na região do Cáucaso e que migraram para o planalto de Assur, na Alta Mesopotâmia. Os assírios estabeleceram-se nessa região, que hoje compreende o norte do atual Iraque, por volta do ano 2.400 a.C., período em que fundaram a cidade de Assur – em homenagem ao deus de mesmo nome, formando um dos mais importantes impérios da Mesopotâmia.

Entretanto, o império assírio só se ergueu efetivamente por volta de 1.300 a.C. e perdurou até 612 a.C., legando à história das civilizações que se desenvolveram no Oriente Médio várias características, como sua “máquina de guerra”.

A chamada “máquina de guerra” dos assírios compreendia a formação do provável primeiro exército organizado da História, isto é, um exército que devia sua eficiência à sua organização funcional, que se dava entre arqueiros, lanceiros, carros de combate e cavalaria. Foi através de seu exército que os assírios conseguiram submeter várias das civilizações da Mesopotâmia ao seu jugo.

Sua tecnologia militar foi destacada pelo uso do ferro, cobre e estanho para entalhar armas. No auge do poder, controlavam o Chipre, o Egito, a Mesopotâmia e a região hoje ocupada pelo Estado de Israel.

Sua tecnologia militar foi destacada pelo uso do ferro, cobre e estanho para entalhar armas. No auge do poder, controlavam o Chipre, o Egito, a Mesopotâmia e a região hoje ocupada pelo Estado de Israel.

II. OS ASSÍRIOS ATACAM ISRAEL

Foi no reinado de Sargão II, que os assírios conquistaram Israel. Sargão II viveu entre 721 a.C. e 705 a.C. e, entre as marcas de sua conquista esteve a deportação de 27 mil israelitas e a invasão da Síria, em 715 a.C..

O sucessor de Sargão II, Senaquerib (705 a.C. até 681 a.C.) foi o responsável pela transferência da capital para Nínive. Antes disso, a sede em Assur. Senaquerib ainda tentou conquistar Judá. Ele ordenou o cerco à cidade, fracassou e, quando retornou derrotado a Nínive, dois de seus filhos o assassinaram.

Os assírios começaram a expandir seu território e a atacar toda a região em volta de Israel. Os reis de Israel e Judá fizeram várias alianças com os assírios para manter sua independência, pagando-lhes tributos e jurando fidelidade. Mas Oséias, o último rei de Israel, traiu Salmaneser, o rei da Assíria, conspirando com o faraó do Egito (2º Rs 17.3-4).

1. Ezequias e os assírios. “Então saiu o anjo do Senhor, e feriu no arraial dos assírios a cento e oitenta e cinco mil deles; e, quando se levantaram pela manhã cedo, eis que todos estes eram corpos mortos. 37 - Assim Senaqueribe, rei da Assíria, se retirou, e se foi, e voltou, e habitou em Nínive. 38 - E sucedeu que, estando ele prostrado na casa de Nisroque, seu deus, Adrameleque e Sarezer, seus filhos, o feriram à espada; escaparam para a terra de Ararate; e Esar-Hadom, seu filho, reinou em seu lugar.” (Is 37.36-38).

Depois da conquista de Israel, o reino de Judá continuou. Ezequias, rei de Judá, era temente a Deus e foi abençoado. Ele se rebelou contra o rei da Assíria, parando de pagar tributo. Por isso, os assírios atacaram Judá e sitiaram Jerusalém. Senaqueribe, o rei da Assíria, enviou uma mensagem arrogante a Ezequias insultando a Deus e dizendo que ninguém o poderia livrar de suas mãos (2º Rs 18.35).

Essa passagem de Isaías fala de problemas diplomáticos e bélicos entre a Assíria (Senaqueribe), Judá (Ezequias) e o Egito. Senaqueribe, rei da Assíria, conquistou a Babilônia e fez de Nínive a capital do seu império. Suas campanhas de conquista territorial chegaram até a Palestina. Contra essas conquistas se rebelou Ezequias, rei de Judá, apoiado pelo Egito. Senaqueribe penetrou no território da Palestina, saqueou várias cidades e organizou um assédio de Jerusalém.

O povo ficou desmoralizado, mas Ezequias enviou mensageiros ao profeta Isaías para pedir ajuda a Deus. Suas orações foram respondidas e Deus prometeu livrar o reino de Judá das mãos dos assírios, para mostrar Seu poder (2º Rs 19.21-22). Senaqueribe ouviu que o rei do Egito estava vindo para lutar contra ele, então ele se retirou e levantou o cerco.

Mas Senaqueribe não desistiu. Ele voltou a sitiar Jerusalém mais tarde, prometendo acabar com Ezequias. Novamente Isaías profetizou a libertação da cidade e Deus matou 185 mil soldados assírios em uma única noite! Então Senaqueribe se retirou e voltou para Nínive. Lá, ele foi assassinado por dois de seus filhos (2º Rs 19.35-37).

A Bíblia mostra sempre como Deus protege seu povo e o profeta e o instrumento através do qual passa a mensagem divina.

2º Reis 17 conta como a cidade da Samaria caiu diante do Rei da Assíria, depois de tê-lo traído com alianças com o Egito. É o fim do Reino do Norte, que segundo o autor sagrado aconteceu porque “Porquanto não obedeceram à voz do Senhor seu Deus, antes transgrediram a sua aliança; e tudo quanto Moisés, servo do Senhor, tinha ordenado, nem o ouviram nem o fizeram.” (2º Reis 18.12).

Tendo caído Samaria, fica só o Reino de Judá, com a capital Jerusalém. 2º Reis 18 e 19 conta como o Rei da Assíria também afligiu o reino de Judá, tomando todas as suas cidades fortificadas, pois, como dito acima, Ezequias tinha se rebelado contra a Assíria. Ezequias se deu conta do seu erro e enviou uma quantidade de bens à Assíria para obter o perdão. Mas mesmo assim os Assírios marcharam contra Jerusalém. Ezequias então pediu, no Templo, que Deus ajudasse o povo. É aqui que o profeta Isaías entre em ação, dizendo que Senhor viria socorrer Jerusalém (2º Reis 19.20). Naquela noite um anjo do Senhor passou e matou 185 mil soldados assírios. Senaqueribe, então, se retirou para Nínive, onde foi assassinado pelos filhos.

Com a destruição do exército da Assíria pelo anjo do Senhor, o império enfraqueceu fazendo que outros reinos viessem a crescer e a disputar o poder.

Os assírios continuaram como uma ameaça ao reino de Judá até o surgimento do império babilônico. Em 625 a.C., os caldeus tomaram a Babilônia e conquistaram sua independência. Ciaxares, rei da Média, em aliança com o rei dos caldeus, invadiu Assur em 615 a.C. e, em 612 a.C., tomou Nínive, pondo fim ao Estado assírio.

Os babilônios conquistaram o império assírio e puseram fim à sua dominância. Os assírios se tornaram mais um povo conquistado e desapareceram quase completamente.

Deus usou os assírios para castigar Israel, mas também tinha avisado que iria castigar a Assíria por sua crueldade. Os assírios foram usados por Deus, mas não tinham o coração voltado para Ele (Is 10.5-7). Seu objetivo nunca foi glorificar a Deus e eles cometeram pecados terríveis. Por isso, eles foram castigados e destruídos.

Pr. Elias Ribas

Assembleia de Deus

Blumenau - SC

OS QUATRO ÚLTIMOS IMPÉRIOS MUNDIAIS DANIEL CAPÍTULO 2

 


Nabucodonosor era um dos grandes conquistadores da história antiga. Numa série de batalhas, ele venceu os assírios, o povo que dominara a Mesopotâmia durante os séculos anteriores. Defendeu-se contra os egípcios e estabeleceu as fronteiras de um império extenso e próspero. Conseguiu dominar a pequena, mas importante terra que conhecemos hoje como a Palestina, uma região por onde passavam as principais rotas comerciais entre a Ásia e a África. Passou por Jerusalém em 605 a.C. e levou os jovens mais inteligentes e nobres para a Babilônia, onde seriam educados na sabedoria babilônica e teriam oportunidades de até participar do governo do império. Daniel foi um desses jovens.

Daniel ainda muito jovem foi levado para Babilônia como cativo. Em terra estranha ele serviu fielmente a Deus. Levou uma vida imaculada em meio ao paganismo, idolatria e ocultismo da corte oriental babilônica. Ele foi levado para Babilônia na primeira leva de exilados de Judá, em 606 a.C., quando tinha 14 a 16 anos de idade. Aí viveu no palácio de Nabucodonosor, como estudante, estadista e profeta de Deus, atravessando o reino de todos os reis babilônicos, exceto o primeiro deles – Nabopolassar, pai de Nabucodonosor, fundador do neo-Império Babilônico. Chegou até o Império Persa sob Ciro em 536 a.C. (Dn 6.28; 10.1). Prestou cerca de setenta e dois anos de abnegados serviços a Deus e ao próximo.

Em duas ocasiões distintas, o Senhor revela ao profeta Daniel, tipo logicamente as figuras dos quatro últimos impérios mundiais; no capítulo 2 e capítulo 7.

Daniel por duas vezes teve visões e revelações proféticas na Babilônia. São estas visões que nos trazem luz aos acontecimentos que dar-se-ão no tempo do fim. Através da interpretação destas visões, nos situamos profeticamente e historicamente, podemos assim sentir o peso da responsabilidade de estarmos preparados para quando o fim chegar.

Nestas visões está predito o futuro do mundo gentílico na era dos “últimos dias” (Dn 2.28). Isto alcança os tempos da vinda de Jesus e o estabelecimento do Milênio. A matéria profética deste assunto é tão importante que vem repetida no capítulo 7. Uma das diferenças é que no capítulo 2, a revelação divina veio por meio de um sonho profético ao rei Nabucodonosor, rei da Babilônia; e no capítulo 7, por meio de uma visão profética concedida a Daniel.

I. O SONHO DO REI NABUCODOSOR - Daniel capítulo 2.

No livro de Daniel, temos uma profecia muito intrigante que fala do futuro dos reinos da terra e ela se mostrou tão correta, que até mesmo os estudiosos mais céticos ficam extasiados com tantos detalhes e acertos que essa profecia demonstra.

Duas visões panorâmicas de Daniel apresentam a soberania de Deus sobre a história. Nabucodonosor teve a primeira (Dn 2.1) e Daniel, a segunda (Dn 7.1-14). Em cada uma delas, quatro reinos do mundo são apresentados.

Ela veio através de um sonho ao rei Nabucodonosor que na época do profeta Daniel, foi o governante do império no Oriente Médio. No sonho o rei via uma grande estátua com certas peculiaridades e neste artigo vamos entender quais os seus significados bem como ter uma ideia do que ela tem a dizer sobre o futuro da humanidade. Caso tenha interesse em saber mais sobre toda a história, leia todo o livro de Daniel.

1. A crise provocada pelo sonho. Certa noite, o rei Nabucodonosor teve um sonho, uma grande revelação. Ao levantar-se pela manhã esqueceu o que havia sonhado, e seu espírito ficou grandemente perturbado. Então o rei mandou chamar os sábios do palácio: os magos, astrólogos, encantadores, e os caldeus, para revelar ao rei qual tinha sido o seu sonho. Mas, nenhum desses adivinhos e místicos puderam revelar (trazer conhecido) ao rei, o que ele havia sonhado. Jamais alguém poderia revelar sem ajuda divina. Nem mesmo o sonhador ou o próprio Lúcifer saberia, pois ele não é onisciente para saber os mistérios de Deus.

Porém, Nabucodonosor vendo que não podiam trazer conhecido o seu sonho, fez um decreto ordenando a morte de todos os magos, sábios e encantadores. O profeta Daniel e seus três amigos, Ananias, Misael e Azarias, sendo jovens e recém-formados, não foram chamados pelo rei juntamente com os outros sábios, mas o decreto da matança também os incluía.


Daniel, avisado sobre o decreto, prudentemente foi pedir ao rei que desse-lhe um tempo para que pudesse dar a interpretação do sonho. E em seguida foi para sua casa e comunicou o fato aos seus três amigos, que juntos em oração pediram misericórdia ao Senhor Deus, a fim de não perecerem com os demais sábios. Sendo Jeová um Deus compassivo e misericordioso para com seus servos, revelou o sonho do rei ao profeta Daniel numa visão de noite. Após o Senhor Deus ter revelado o sonho do rei ao profeta Daniel, ele O louvou grandemente (Dn 2.20-22).

2. Daniel na presença do rei (Dn 2.25-30). Posto na presença do rei, este jovem judeu declarou as visões que o rei havia tido em sua cama, exatamente como elas aconteceram. Esta primeira visão, embora não tenha sido dada primariamente a Daniel, foi interpretada exclusivamente por ele, e estão registrados em seu livro. Isto causou uma grande surpresa no coração do rei, pois era exatamente o que havia sonhado alguns dias anteriores a este encontro.

II. DANIEL REVELOU E INTERPRETOU O SONHO (Dn 2.36-43).

O resumo:

A cabeça da estátua – de ouro – a Babilônia.

O peito e os braços – de prata – Medos-Persas.

O ventre e as coxas – de cobre – a Grécia.

As pernas – de ferro – Roma.

Os pés – em parte de ferro e em parte de barro – um reino mundial dividido: império dividido.

Na enorme estátua do sonho do rei, está predita a história das nações dos “tempos dos gentios”, começando por Nabucodonosor até a vinda de Jesus em glória.

Esta visão revela, em caráter profético, como dar-se-ão os acontecimentos sociais e políticos concernentes aos grandes reinos, impérios e confederações de países no mundo contemporâneo a Daniel, no período posterior aquele e no futuro (nossos dias).

Prosseguindo, vemos Daniel descrevendo o relato da interpretação do tal sonho. E a interpretação, que segundo ele é fiel, pois ela cumpre-se na íntegra na história da humanidade que são os quatro últimos impérios mundiais.

1. Cabeça de ouro, o reino Babilônico (625 a 538 a.C.). “Tu, ó rei, és rei de reis, pois o Deus dos céus te tem dado o reino, e o poder, e a força, e a majestade. E, onde quer que habitem filhos de homens, animais do campo e aves do céu, Ele te entregou na tua mão e fez que dominasses sobre todos eles; tu és a cabeça de ouro” (Dn 2.37-38).

O Império Babilônico representa o começo, o início dos tempos dos gentios. Sobre a expressão “tempos dos gentios” (Lc 21.24).

Babilônia nos dias de Nabucodosor, detinha a hegemonia mundial, após ter derrotado a Assíria, em 612 a.C.

Depois da morte de Nabucodonosor, encontramos entre os seus sucessores o rei Nabonido (556-538 a.C.). Belsazar, seu filho, estava como co-regente na cidade da Babilônia, quando o Império Caldeu ruiu derrotado por Ciro, rei da Pérsia.

A cabeça de ouro é a Babilônia, o reino do conquistador Nabucodonosor (Daniel 2.37-38).

2. O peito e os braços de prata, o reino Medo-Persa. “E depois de ti, se levantará outro reino, inferior ao teu” (2.32-39). Representa a coligação do Império Medo-Persa, o segundo Império mundial.

Para identificar os próximos dois, consideramos uma visão de Daniel no finalzinho do domínio babilônico, relatada no capítulo 8. Nesta visão, Deus mostrou-lhe mais detalhes sobre os próximos dois reinos, e os identificou como a Média-Pérsia (8.20) e a Grécia (8.21). Ligando as duas profecias, percebemos que a parte de prata representa Média-Pérsia, o reino que venceu a Babilônia em 539 a.C.

3. O ventre e as coxas de cobre, o reino Grego. “E um terceiro reino, de metal, o qual terá domínio sobre toda a terra.” (2.32-39).

Aqui Daniel não traz os pormenores deste império. Mas no capítulo 7, sim. Trata-se do terceiro império mundial, a Grécia. O império que conquistou um território enorme no quarto século a.C.

4. As duas pernas de ferro, o reino Romano. “E o quarto reino será forte como ferro; pois, como o ferro esmiúça e quebra tudo, como o ferro quebra todas as coisas, ele esmiuçará e quebrantará” (Dn 2.40).

As pernas são a parte mais longa do corpo, o que indica a extensão do domínio romano. As duas pernas correspondem a divisão do Império Romano em Ocidental e Oriental, ocorrido em 395 d.C.

O reino de ferro teve início cerca de 170 a.C. e dominou o mundo numa amplitude que nenhum império dantes o fizera.

4.1. Os pés, em parte é ferro, em parte de barro. (Dn 2.33, 41-43). Ferro e barro não se misturam. Isto revela que neste tempo do fim não haverá “nações unidas” de fato. A propalada união das nações nestes últimos dias através da ONU é uma proforma; está previsto nesta profecia. O ferro é o governo ditatorial, totalitário que hoje cada vez aumenta em todos os continentes (v. 40). O barro é o governo do povo, democrático, republicano. O barro é formado de partículas soltas, o que indica governo do povo, como apresenta-se o regime democrático. Já o ferro é formado de blocos compactos, indicando poder centralizado. Temos hoje no mundo estas duas formas de governo. Vemos assim pela Palavra de Deus que a última forma de governo na terra será o governo do Anticristo.

4.2. Os dez dedos dos pés na imagem (2.41-42). São dez reinos, como forma de expressão final do Império Romano, que aparecerá no governo do Anticristo e do falso profeta, no fim dos dias.

São dez reinos, como forma ou expressão final do Império Romano, nos últimos dias da presente dispensação, como se vê no versículo 44: “Mas, nos dias destes reis...”

Esses dez reis correspondem aos dez chifres do quarto animal de Daniel 7.24 e aos dez chifres da besta de Apocalipse 13.1 e 17.3.

Trata-se de um poder político que existiu, e que no presente momento não existe, mas que voltará a existir segundo a palavra profética (“era e não é e está para emergir” - Ap 17.8).

4.3. Os pés, em parte de ferro, em parte de barro (2.33,41-43).

Ferro e barro não se misturam! Isto revela que neste tempo do fim não haverá “nações unidas”.

O ferro é o governo ditatorial, totalitário que hoje cada vez mais aumenta em todos os continentes (v. 40).

O barro é o governo do povo, democrático, republicano. O barro é formado de partículas soltas, o que indica governo do povo, como se apresenta o regime democrático.

Já o ferro é formado de blocos compactos, indicando poder centralizado.

Temos hoje no mundo estas duas formas de governo.

Vemos assim pela Palavra de Deus que a última forma de governo na terra não será o comunismo total, como eles apregoam.

4.4. A crescente inferioridade dos metais na estátua profética (2.32,33).

A escala decrescente dos valores dos metais na estátua profética (2.32-33). Ouro, prata, bronze, ferro com barro, mostra a degradação da raça humana, na área moral, social e política, basta vermos as notícias mundiais para comprovarmos a imoralidade, corrupção e injustiças que fazem parte da humanidade sem Deus. É o que nos assegura esta profecia.

Conforme o pensar deste mundo (inclusive a filosofia comunista), a cabeça devia ser de barro e os pés de ouro. Ao contrário, a cabeça é que é de ouro e os pés de barro!

A imagem de Nabucodonosor é uma descrição bíblica da degeneração da raça humana alienada de Deus.

Os dez dedos dos pés são dez reinos que nos últimos dias entregarão o governo mundial ao Anticristo o oitavo reino.

Pr. Elias Ribas

Assembleia de Deus

Blumenau SC

OS QUATRO ÚLTIMOS IMPÉRIOS MUNDIAIS - DANIEL CAPÍTULO 7 - CAPÍTULO IV


O sonho do profeta Daniel no capitulo sete, é a mesma profecia do capitulo dois que interpretou ao rei Nabucodonosor; esta se deu 40 anos depois, já no reinado de Belsazar filho de Nabonido (Dn 7.1). No capítulo dois, ele descreve aparência exterior deste império; ao passo que, no capitulo sete, revela sua índole e caráter.

No capítulo 2 os impérios são representados por uma imagem de metais em quatro partes, no presente capítulo, estes mesmos impérios são representados por quatro animais.

A imagem de metais é descendente, começando com metal mais valioso (ouro) para o mais forte (ferro). De forma similar, a hierarquia dos animais move-se do mais honroso (leão, rei dos animais) ao poder mais esmagador (animal indescritível, mais feroz que qualquer um conhecido na natureza). 

I.        O CURSO DOS TEMPOS DOS GENTIOS

1. O paralelo entre os capítulos 2 e 7 de Daniel. Duas revelações paralelas no livro de Daniel nos dão a descrição completa deste período. No capítulo 2, por meio de Nabucodonosor, Deus revelou o lado político destes últimos impérios mundiais. No capítulo 7, por meio do profeta Daniel, Deus revelou o lado moral e espiritual através de quatro animais. A história política havia sido mostrada a Nabucodonosor, mas a história espiritual foi mostrada a Daniel. Notemos ainda o seguinte: No capitulo 2, as figuras representadas são tomadas da esfera inanimada, materiais como ouro, prata, bronze, ferro e barro. No capítulo 7, as figuras são representadas por seres animados, aqueles animais estranhos. Nos dois, aparecem quatro elementos, que obviamente seguem um ao outro cronologicamente, alcançando o clímax escatológico – o estabelecimento final do reino de Deus sobre a terra. 

2. O Mar agitado. Dn 7.2-3 “Falou Daniel, e disse: Eu estava olhando na minha visão da noite, e eis que os quatro ventos do céu agitavam o mar grande. “E quatro animais grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar”. 

A palavra “mar” na linguagem escatológica sempre representa as nações gentílicas (Is 17.12,13). O mar agitado representa as nações inquietas (ref. Ap 17.15). A inquietação e perplexidade das nações é uma característica do fim dos tempos, isto pelas crises mundiais cada vez maiores. “Os ventos” podem ser os poderes do mal que incitam e afligem as nações. São poderes usados por Deus para agitar a humanidade e são específicos. Obedecem e cumprem fielmente sua missão, agitando geologicamente mares, rios e a terra com seus vulcões. Açoitam a terra varrendo os continentes, e também sopram brandamente sobre a terra, avisando-a de possíveis catástrofes.

Em seguida é revelado a Daniel quatro animais grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar (Dn 7.3), isto é, saem do meio dos povos.

II.     O PODER DOS GENTIOS 

As nações usam imagens de animais como seus representantes, comunicando uma mensagem sobre como eles vêm a si mesmas. Algumas escolheram uma águia, outras um leão e ainda outras um urso ou um antílope.

Em Daniel 7 também encontramos vários animais. Entretanto, estes animais são indefiníveis ou misturas estranhas de bestas e todos eles são ferozes. Este capítulo nos leva para a parte escatológica do livro. 


1. O Leão com asas de águia.
“O primeiro era como leão, e tinha asas de águia; enquanto eu olhava, foram-lhe arrancadas as asas, e foi levantado da terra, e posto em pé como um homem, e foi-lhe dado um coração de homem” (Dn 7.4). 

Era como o leão e tinha asas de águia (Império Babilônico). O leão corresponde a cabeça de ouro da estátua do capítulo 2 (2.32, 37, 38), a Nabucodonosor, rei do Império Babilônico.

O leão é a cabeça de ouro, refere-se ao orgulho, a vaidade e a fineza da Babilônia; leão com duas asas como de águia, nos diz a respeito da força e rapidez nas suas conquistas, como revela a história do nosso mundo. 

1.1. Breve história do Império Babilônico. O império Babilônico teve início no ano 612 a C.539 a.C.

A cidade era extravagante; luxuosa e pomposa além do que se possa imaginar; era sem rival na história do mundo. Isaías diz a respeito de Babilônia: “Babilônia, a joia dos reinos, glória e orgulho dos caldeus” (Is 13.19). Jeremias diz que a Babilônia era a “glória de toda terra” (Jr 51.41).

Os antigos historiadores declaram que seu muro alcançava 96 km de extensão (24 km de cada lado da cidade), 90 m de altura e 25 de espessura. O muro tinha ainda 250 torres e 100 portões de cobre. Sob o rio Eufrates, que dividia Babilônia ao meio, passava um túnel. Os diversos muros da cidade e do palácio e fortalezas eram tão espessos e altos, que para qualquer tipo de guerra da Antiguidade, Babilônia era uma cidade simplesmente inconquistável. 

1.2. O orgulho pessoal e político do rei. “A grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com o meu grandioso poder, e para glória da minha majestade” (Dn 4.30).

O homem mais orgulhoso da época se vã gloria pelos seus feitos; o Senhor Deus diz ao profeta Isaías: “E a minha glória não a darei a outro” (Is 48.11b). Devemos ter o cuidado, pois, com o costume de receber a glória que pertence só a Deus. 

1.3. As profecias referentes à Babilônia. Veremos a seguir algumas profecias bíblicas vaticinadas pelos profetas que se cumpriram em Babilônia.

Nunca mais seria habitada. “E Babilônia, o ornamento dos reinos, a glória e a soberba dos caldeus, será como Sodoma e Gomorra, quando Deus as transtornou. Nunca mais será habitada nem reedificada de geração em geração: nem o árabe armará ali a sua tenda, nem tampouco os pastores ali farão os seus rebanhos. Mas as feras do deserto repousarão ali, e as suas casas se encherão de horríveis animais” (Is 13.19-21 – outras ref. Jr 50.13, 39; Jr 51.37, 58).

Aos olhos humanos era impossível a Babilônia ser conquistada, mas o que Deus falou por intermédio de Seus profetas cumpriu-se. Diz a história em confirmação com a Bíblia que o rio Eufrates que passava sob a Babilônia secou-se e os Medos e Persas a conquistaram.

“Cairá à seca sobre as suas águas, e secarão” (Jr 50.38). “Quem diz às profundezas: seca-te, e eu secarei os teus rios” (Is 44.27).

Jeremias profetizou 50 anos antes da queda do Império Babilônico e que seria dominado pelo rei da Média. “Alimpai as flechas, preparai perfeitamente os escudos: O Senhor despertou o espírito dos reis da Média: porque o seu intento contra Babilônia é para destruir” (Jr 51.11). Cinquenta anos após Jeremias ter profetizado, o profeta Daniel relata no capítulo 5, a tomada da grande Babilônia.

No ano 538 a.C. o rei Belsazar, filho de Nabonido e neto de Nabucodonosor, rei da Babilônia, estava num grande banquete juntamente com mil convidados, onde bebia muito vinho e davam louvores aos seus deuses. A Bíblia diz que bebiam vinho nas taças de ouro trazidas do templo de Jerusalém quando Nabucodonosor trouxe Israel para o cativeiro Babilônico. Na noite da festa, Belsazar teve uma visão, viu uns dedos de mão de homem que escreviam na parede do palácio real, que dizia: Mene, Mene, Tequel, Ufarsim. Como Daniel já era conhecido pelos seus feitos no palácio, foi comunicado por intermédio da rainha, e então trouxeram o profeta Daniel para fazer a leitura da escrita. No mesmo instante que Daniel viu a escrita a interpretou dizendo: Mene: “Contou Deus o teu reino e o acabou”. Tequel: “Pesado foste na balança, e foste achado em falta”. Peres: “Dividido foi o teu reino, e deu aos medos e aos persas” (Dn 5.26-28). E mais uma vez o profeta Daniel, com a sabedoria divina, trouxe conhecida o enigma divino.

Os Persas formaram uma colisão para derrotar a Babilônia. A Média sob o comando de Dário e a Pérsia sob Ciro. Na mesma noite em que Belsazar teve a visão, os Medos e os Persas invadiram a Babilônia, mataram Belsazar e tomaram o Palácio. Assim terminou o magnífico império babilônico, (a cabeça de ouro da estátua de Dn 2.32, o leão com duas asas de Dn 7.4). 


2. O Urso destruidor.
“Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o qual levantou-se de um lado, tendo na boca três costelas entre seus dentes; e foi-lhe dito: levanta e come muita carne.” (Dn 7.5). 

Depois do império babilônico viria um império que seria um pouco inferior, representado pela prata (Daniel 2.39).

O urso representa o segundo império mundial dos gentios, Medo-Persa. E corresponde ao peito e os braços da estátua (Dn 2.32-39). Este império teve início no ano de 539 a.C. 331 a.C.

As três costelas na boca do urso aludem à conquista da Babilônia, Lídia e Egito pelo império. 


3. O Leopardo altivo.
“Depois disto, eu continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e tinha quatro asas de ave nas suas costas: tinha também este animal quatro cabeças, e foi-lhe dado domínio.” (Dn 7.6). 

O leopardo representa o terceiro império mundial o império Grego, que surgiu no período de 331a168 a.C., tendo como Governante Alexandre o Grande e os quatro generais; Este animal leopardo tinha asas em suas costas, que significa que era rápido como foi Alexandre em suas conquistas.

O leopardo corresponde ao ventre e as duas pernas de bronze da estátua do capítulo 2. 

O leopardo tinha “quatro asas e quatro cabeças”. As quatro asas do leopardo, indicam mais rapidez nas conquistas do que Babilônia, pois era um exército relâmpago em suas conquistas na guerra. As quatro cabeças falam da divisão do Império Grego em 4 partes (quatro reinos). Após a morte de Alexandre, o império Grego foi dividido entre os quatro generais: Cassandro (Macedônia), Lisímaco (Trácia), Ptolomeu(Egito) e Seleuco(Síria) isto representa a divisão do império em quatro reis. 


4. O animal terrível e espantoso.
“O quarto monstro que vi naquela visão era terrível, espantoso e muito forte. Tinha enormes dentes de ferro e com eles despedaçavam e devoravam as suas vítimas; o que sobrava ele esmagava com as patas. Esse monstro era diferente dos outros três e tinha dez chifres” Estando eu considerando as pontas, eis que entre elas subiu outra ponta pequena, diante da qual três das pontas primeiras foram arrancadas; e eis que nessa ponta havia olhos, como olhos de homem, e uma boca que falava grandiosamente.” (Dn 7.7-8). 

O quarto animal seria um rei ou um reino, como os demais animais. Ele representa o quarto império mundial o império romano. Esta besta causou espanto em Daniel, por isso o chamou: espantoso, terrível e muito violento. Este animal tinha dentes de ferro, assim como as pernas de ferro e os pés, correspondem à visão de Nabucodonosor de que o quarto reino é forte como ferro, quebrando em pedaços e esmagando todos os outros (Dn 2.40,41), portanto o ferro representa dureza e maldade deste reino. Este reino seria forte, ou seja, um reino da força, da ferocidade, do esmagamento, como foi o império romano, diferente de todos os reinos.

O reino de ferro dominou o mundo numa amplitude que nenhum império dantes o fizera. Com seus dentes de ferro despedaçava e devorava suas vítimas. 

4.1. Os dez chifres da besta. Este animal possui dez chifres (Dn 7.7, 20) e a estátua possui os dez dedos dos pés da estátua (Dn 2.33, 41) que representam as dez nações na grande do Império Romano que irá ressurgir no governo do Anticristo na tribulação (Ap 17.12). 

4.2. Ele abaterá três reis. “E, quanto às dez pontas, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros e abaterá a três reis.” (Dn 7.24). 

A identificação do império pretendido por esta besta tem sido o ponto crucial dos intérpretes.

Os dez chifres são dez reis ou reinos anteriores ao “pequeno chifre” (v. 8), o qual arranca três deles. Aqui está uma nova fase do quarto império. O o pequeno chifre simboliza o aparecimento do anticristo (2ª Ts 2.3-4,8). Também a simbologia usada sugere que esse chifre se refere a um indivíduo e não a um reino. Nesse chifre havia olhos como os de homem e uma boca que proferia palavras insolentes. 


4.3. Pequeno chifre.
Desejo ser sucinto neste quesito, pois no estudo do último Império mundial, desejo elucidar com mais clareza.

Segundo a visão de Daniel a ponta pequeno se eleva após sua ascensão, a princípio “pequeno” (Dn 7.8); mas depois de destruir três dos dez, ele se torna maior que todos (Dn 7.20; Dn 7.21). Para entendermos este mistério precisamos nos reportar para o livro apocalíptico onde o anjo explica para o apóstolo João dizendo: “o mistério da mulher e da besta e tem sete cabeças e dez chifres.” (Ap 17.7); “E a besta, que era e já não é, é ela também o oitavo, e é dos sete, e vai à perdição. (Ap 17.11).

Esta visão nos traz ao fim dos tempos dos gentios. Quando a quarta besta com dez chifres e o chifre pequeno, a última coisa falada sobre este império mundial, está em pleno andamento, então chega o fim.

Os três desaparecidos, ele é o oitavo (cf. Ap 17.11); uma cabeça distinta, e ainda “dos sete”. Como os reinos mundiais anteriores tinham suas cabeças representativas, vejamos:

1º O primeiro império mundial na história, conforme a Bíblia foi o Egito, na época de José no Egito, e da fome generalizada sobre a terra; quando também os israelitas permaneceriam escravos no Egito por aproximados 400 anos. (Livro de Êxodos – Bíblia). E o Egito, nessa época chegava a ter sob seu comando mais de um milhão de escravos hebreus a servir-lhe.

2º Segundo império mundial na história conforme a história é a Assíria. No tempo dos reis de Israel e Judá. São exatamente os reis da Assíria que deportam os judeus (do norte em Israel) transportando-os a outras nações, destruindo Israel (reino do norte) em cumprimento ao castigo da lei de Moisés; e, ao mesmo tempo, os reis da Assíria levariam povos estrangeiros p/ habitarem Israel, em lugar dos hebreus (por toda a Galileia e Samaria). (Isaías e 2º Reis e 2º Crônicas).

3º Terceiro império mundial na história – Babilônia – Daniel 1 e 2.

4º Quarto império mundial – Medos e Persas – Daniel 6 – Esdras e Neemias.

5º Quinto império mundial – Grécia –  Daniel 2.32c – Daniel 7.6 – Daniel 11  – Livro de Macabeus.

6º Sexto império mundial na história – Roma – Daniel 2.33a – Daniel 7.7 – os Evangelhos.

7º E o Sétimo e último império mundial. O sétimo reino (ONU), surgira com dez reis e entregarão o poder ao Anticristo no final dos tempos.

8º O oitavo império mundial. O governo único através do Anticristo.

Desde Antíoco Epífanes, o anticristo do terceiro reino em Daniel 8.1 e Daniel 8.27 era o inimigo pessoal de Deus; assim será o anticristo final do quarto reino, seu antítipo.

“O anticristo que já se manifestou na pessoa de Atíoco Epifânio (Dn 8.9,22), reaparecerá em forma ainda mais forte e global”. [Comentário Russel Shedd].

A Igreja sempre sofreu perseguições por vários anticristos no decorrer da história, porém, após seu arrebatamento da terra, levantar-se-á um que receberá poder de satanás no final dos tempos (Ap 13.2); será diferente dos outros reis (Dn 7.24); falará coisas espantosas (Dn 7.7); vai blasfemar contra Deus, caluniar Seu nome, (Dn 7.25; 11.36; Ap 13.5); irá perseguir o povo de Deus (Israel – Ap 12.3), fará guerra contra os santos (Dn 7.21,25; Ap 13.6-7), irá oprimir os santos e será́ bem sucedido por 3 anos e meio (Dn 7.25; Ap 13.7). Ele Mudará os tempos e as leis. Ele vai tentar mudar o calendário, talvez para definir uma “nova era” Nova ordem mundial, relacionada a si mesmo (Dn 7.25). 

Pr. Elias Ribas

Dr. em teologia

Assembleia de Deus

Blumenau - SC

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

O SÉTIMO IMPÉRIO MUNDIAL - CAPÍTULO V

 



As profecias (de Daniel) muito nos dizem sobre os impérios mundiais desde a Babilônia ao último império, neste mundo (que, em tese, seria o 5º reino na estátua mostrada, em sonhos, a Nabucodonosor – rei da Babilônia – Daniel 2), mas o sétimo império mundial na história, a contar-se primeiramente do Egito (no tempo que Israel era escravo no Egito), e o império Assírio (tempo dos reis em Israel e Judá), os quatro impérios (Babilônia, Medo-Persa, grego e Romano (Dn 2; 7)), e por fim o último império comandado pelo Anticristo nos tempos finais da Grande Tribulação.

Para entendermos como se dará o aparecimento do último Império mundial é necessário sabermos o que a ONU representa e qual o seu papel preponderante entre as nações. A ONU (Organização das Nações Unidas) é o organismo internacional que surge no final da II Guerra Mundial em substituição à Liga das Nações. Tem como objetivos manter a paz, defender os direitos humanos e as liberdades fundamentais e promover o desenvolvimento dos países em escala mundial.

Com o surgimento da epidemia do corona-vírus, certamente trará uma transformação em escala global, ou seja, ordem mundial mudará. O mais notável é que muitos especialistas concordam que uma nova ordem mundial surgirá.

Obviamente, não há dúvida de que entraremos em um novo processo em escala global. A reforma da ONU, como afirmam alguns comentaristas políticos, é inevitável. O mundo não gira mais em torno de EUA e EUROPA. Hoje os Países emergentes têm se tornado cada vez mais participativos e fortes, isso tanto politicamente quanto economicamente, e esta pressão da potencialidade dos emergentes tem sugerido e levado a ONU para uma reforma.

Se a reforma da ONU se configurar nos moldes como tem exigido o bloco do G20, teremos consequentemente um cumprimento profético exato. Se comenta muito sobre uma reforma onde os permanentes que no momento são 5 passariam para 10. Dentro deste contexto entre tantas ideias e discussões, a probabilidade maior caso a reforma se confirme é que os números dos permanentes passariam para 10.

1. O projeto da Nova Ordem Mundial. Os líderes mundiais já têm um projeto de uma moeda única, e uma única religião como forma de pacificação do mundo e evitar conflitos futuros. Já temos um exemplo de moeda forte além do dólar, o euro, que funciona em 95% da Europa. Primeiro unificam-se os Megablocos comerciais com o amplo apoio da ONU e depois caminhamos para a unificação total da economia.

Segundo é adotar um governo único mundialmente sob o prisma da agenda da ONU. A Bíblia relata que durante a Grande Tribulação (quem tem a duração de sete anos), o anticristo governará o mundo a partir da Nova Ordem Mundial, e através da Marca da Besta, exercerá um controle econômico total sobre todo o planeta. Hoje, podemos ver com os exemplos citados neste estudo, que a economia está convergindo exatamente para o que está previsto em Apocalipse.

Assim será também a religião mundial implantada pelo Anticristo e o Falso Profeta. Em Apocalipse 17.5 menciona-se “Babilônia, mãe das meretrizes”. Em Apocalipse 17.3 a Bíblia diz que esta meretriz (religião mundial) está montada em uma besta escarlate.

A nova ONU a besta, o Anticristo, será o último império mundial, é um dos sete, ou seja, seis impérios mundiais passados na história, que são: Egito, Assíria, Babilônia, Medo-Persa Grécia e Império Romano. A Nova ONU pode ser o sétimo (o novo rei escolhido pela ONU), será o império do Anticristo, que significa que o anticristo pertença ao mesmo sistema mundano, que os sete primeiros impérios pertenceram também.

2. Proposta a criação da 'organização das religiões unidas' em Roma. Cidade do Vaticano, 15 fev 2008 (RV) - O líder do Partido Democrático italiano, Walter Veltroni, propôs a criação de uma “Organização das Religiões Unidas”, com sede em Roma, e assegurou que a ideia agradou muito ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e ao papa Bento XVI.

3. Planos para uma “paz mundial”. O apóstolo Paulo ao escrever a Igreja de Tessalônica deixa-nos alguns sinais de advertência: “Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão.” (1ª Ts 5.3).

Perceba que o texto não se refere a uma paz mundial sendo praticada, mas apenas ao anúncio dela. Na verdade, nunca houve paz no mundo. Após a corrupção humana, no jardim do Éden, tudo o que vemos é desequilíbrio. A Bíblia relata histórias de guerra, períodos intensos de fome, pragas e doenças, injustiças e maldades de todo tipo, e em todo lugar. Como poderia haver paz num ambiente assim?

E quando ouviremos falar emPaz e Segurança é o sinal com precisão e que antecede a tribulação e o governo do Anticristo.

Dentro da agenda 2030 da ONU, há 17 objetivos e 169 metas que visam transformar o mundo inteiro, entre eles está a “paz universal”. Os planos “ousadíssimos” da Organização das Nações Unidas visam erradicar a pobreza, acabar com a fome e oferecer saúde, educação e até justiça. Será que os seres humanos seriam capazes de fazer justiça a nível mundial? Quais seriam os critérios?

De acordo com informações da própria ONU, a “liderança política” precisa ser mais determinada e ousada. E para “defender as normas”, os líderes devem usar todos os mecanismos de rastreamento, investigação e denúncia para se manifestar contra as violações e condená-las. A questão é “quais seriam essas normas” e “quem seria condenado por não cumpri-las”?

Perceba que estamos falando de uma “paz” produzida e arquitetada para transformar e controlar a humanidade. Uma “falsa paz” que quer aniquilar a liberdade. Só as pessoas livres podem sentir paz. As que são monitoradas e rastreadas não vivem em paz, elas vivem com medo. Elas não praticam a paz, elas são obrigadas a seguir as regras.

Logo, o foco deles não é a paz, mas o “controle” mundial. O anúncio de “paz e segurança” é somente uma publicidade que vai chamar muito a atenção das pessoas, pois é o que elas mais almejam e necessitam. Na verdade, isso está totalmente fora do contexto bíblico.

4. Unificados e uniformizados. Ativistas cristãos têm feito vários alertas sobre tudo o que está por trás da agenda da ONU, o que eles descrevem como “causas não-cristãs”. O jornalista e blogueiro Júlio Severo aponta para a promoção do aborto, apoio total à homossexualidade e ataque à família tradicional.

Outro jornalista cristão, Bernardo Kuster, acredita que a agenda 2030 serve para um propósito de uniformização das políticas dos países, da economia e tudo mais, para transformar a coisa num bloco só, para ficar tudo mais administrável.

Será nesta época que a doutrina terrível da Nova Ordem Mundial, vai atuar na terra assustadoramente, quando o casamento deixará de existir, quando as mulheres tiverem tantos parceiros e a criança pertencerá ao estado, por não saberá dizer quem é o pai. Estará bem claro que a prostituição passou a ser como se fosse uma religião.

Há uma passagem bíblica que transcreve um discurso de Jesus sobre o futuro. Futuro esse que nós vivemos hoje. “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará. (Mt 24.12).

Se olharmos para a sociedade, veremos a iniquidade que está sendo legalizada pelas autoridades mundiais. O casamento gay, a droga, o aborto a prostituição e a pedofilia já está sendo legalizada em muitos países. Estamos vivendo em uma sociedade relativista: “O relativismo é o conceito de que os pontos de vista não têm uma verdade absoluta ou validade intrínsecas, mas eles têm apenas um valor relativo, subjetivo, e de acordo com diferenças na percepção e consideração.” [Wikipédia, a enciclopédia livre].

5. Nova Ordem Mundial Autoritária. Outro jornalista que faz um alerta sobre esse assunto é Michelson Borges. Em seu canal no Youtube, traduziu e postou um documentário com o seguinte tema: “A ONU e a agenda secreta”, onde aponta para uma “Sociedade Sintética” com o objetivo de criar uma única religião mundial, através da unificação de todas as crenças, além de estabelecer um governo único.

A questão é que os modelos seguidos pelos secretários-gerais da ONU são baseados no Manifesto Comunista. Isso fica claro quando suas ideologias são conhecidas.

Da criação da ONU até os dias atuais, não houve um só líder que não estivesse ligado ao comunismo, socialismo, marxismo e até nazismo.

Inclusive este último, o português António Gutérrez, que assumiu o cargo em 2017, atuou como secretário-geral do Partido Socialista em seu país. Ele é conhecido por sua militância em organizações marxistas que reúnem partidos e movimentos de esquerda do mundo inteiro.

Essa paz e essa segurança que, um dia, serão anunciadas, são apenas um sinal do tempo do fim. Depois do anúncio, não virá a paz, mas a destruição e o juízo de Deus sobre os maus. Mas, os justos serão protegidos e guardados. E viverão em paz, mesmo em meio à guerra. [Haverá uma paz mundial? Canal gospel. https://exibirgospel.com.br/2020/10/07/havera-uma-paz-mundial/ - Acesso dia 12/12/2020].

6. Será o último império. Ap 17.12 “Os dez chifres que viste são dez reis, os quais ainda não receberam reino, mas recebem autoridade como reis, com a besta, durante uma hora.”

Os quais ainda não receberam um reino, isto é, eles não existiam quando João escreveu. Está implícito que, durante o período em análise, eles surgiriam e se conectariam, em um sentido importante com a besta e o falso profeta.

“...durante uma hora.” A ONU o sétimo império terá o domínio mundial por um pouco de tempo, ou seja, breve e temporário.

Quando o cenário estiver montado pela ONU, surgirá o Anticristo: “Os dez chifres são dez reis que sairão desse reino. Depois deles um outro rei se levantará, e será diferente dos primeiros reis.”

Assim como ele enganou Eva no Jardim do Éden (Gn 3), sairá para enganar as nações.

A descrição da primeira besta (com sete cabeças, dez chifres e dez diademas) é muito parecida com aquela do grande dragão (que é Satanás) descrito em Apocalipse 12.3. Apesar de os diademas estarem nas cabeças do dragão, eles estão nos chifres da besta de mar. A besta de sete cabeças pode referir-se ao poder do mundo gentílico em relação a Israel, principalmente no fim dos tempos. As cabeças são identificadas tanto como montes como com reis (Ap 17.9,10).

E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade: Há uma ligação fundamental entre o poder do império romano e o diabo. O poder do grande e irreverente perseguidor na terra vem de Satanás. O governo romano (ressurgido nos tempos do fim) se tornou um instrumento na mão do dragão quando este foi pelejar com os descendentes da mulher (12.17). Nos aspectos espirituais de sua batalha, ele teve o apoio de seus gafanhotos e anjos. Na batalha terrestre, ele conta com o apoio do poder governante, o próprio império romano. Em qualquer situação, ele age na esfera limitada pelo domínio absoluto de Deus.

Ap 17.9 “Aqui está o sentido, que tem sabedoria: as sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada. São também sete reis.”

Aqui está o sentido, que tem sabedoria... A explicação do anjo ao apóstolo João revela o significado e chama a atenção de João aos pontos principais.

A mulher está sentada numa besta (v. 3). A visão do Apocalipse revela que a falsa igreja estará montada numa Besta (cf. Dn 7.4; Ap 13.1-2)). Compreende-se que haverá um pacto amistoso da ONU (Império Romano ressuscitado (a besta)) ao poder religioso que dominará na época. Isto prova que na Grande Tribulação a mulher (falsa igreja) estará unida a um sistema político. Trata da confederação de nações sob o governo do Anticristo. Neste tempo a igreja falsa conduz à Besta, mas depois, esta se virará contra àquela e a destruirá: “E os dez chifres que viste na besta são os que odiarào a prostituta, e a colocarão desolada e nua, e comerão a sua carne, e a queimarão no fogo.” (Ap 17.16).

As sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher (meretriz) está sentada... Várias cidades foram conhecidas, ao longo da história, como cidades de sete montanhas ou colinas. A aplicação natural desta expressão no contexto do Apocalipse é à cidade de Roma, bem conhecida na época de João como a cidade de sete colinas. Esta interpretação se ajusta aos outros aspectos da descrição desta cidade que dominava “sobre os reis da terra” (17.18).

O oitavo império mundial é uma espécie de império romano revitalizado sobre o qual o Anticristo estabelece a autoridade imperial de um ditador. Ele vencerá três chifres, ou nações (Dn 7.20) e exigirá autoridade universal.

São também sete reis... Na linguagem simbólica da Bíblia, duas imagens diferentes podem representar uma ideia ou personagem. Por exemplo, Jesus é um Cordeiro e um Leão (5.5-6) e o diabo é um dragão e uma serpente (12.9). Aqui uma imagem representa duas ideias diferentes. As sete cabeças são sete montes, e também são sete reis. Nos versículos seguintes, torna-se evidente que são sete reis específicos. Esta mensagem comunica aos santos na época de João informações sobre o passado e o futuro, identificando a conjuntura histórica em que eles se encontraram.

Os dez reis que reinam por último sob a autoridade da besta (v. l2) cooperam completamente e entregam de volta seu poder e autoridade à besta. Os dez reis são uma confederação de dez nações (ONU), o império romano atual restaurado (Dn 7.7,19,20,23,24).

“Porque Deus tem posto em seus corações, que cumpram o seu intento, e tenham uma mesma ideia, e que deem à besta o seu reino, até que se cumpram as palavras de Deus.” (Ap 17.17).

“...deem à besta o seu reino...” Os dez chifres (os reis do versículo 12) após receberem o poder odiarão a falsa igreja, a prostituta. Como resultado, eles irão destruí-la totalmente. Como essa descrição é parecida com a do juízo de Deus sobre a Babilônia em Apocalipse 18.8, parece que o Senhor usa soberanamente os exércitos da besta como Seu instrumento de juízo sobre o reino do Anticristo (cap. 18) antes que eles mesmos sejam destruídos (Ap 19.19-21).

Com o advento da besta como um rei supremo devido ao auto endeusamento (Dn 11.36; Mt 24-15; 2ª Ts 2), Satanás começou uma ordem completamente nova, a qual é tão radicalmente diferente da grande prostituta, que a besta, ou talvez o sistema político desse mega império, volta-se contra a prostituta destruindo o aspecto religioso da Babilônia.

Continue lendo para compreender o contexto Apocalipse 17: https://pastoreliasribas.blogspot.com/2015/05/a-grande-meretriz-apocalipse-17.html

Pr. Elias Ribas

Assembleia de Deus

Blumenau - SC