BIBLIOLOGIA
1. Através da Bíblia - A Palavra Escrita.
2. através de Jesus Cristo - A Palavra Viva (Jo 1.1). Esta dupla revelação é mui especial e tornou-se necessária devido à queda do homem.
2. A Bíblia alimenta nossas almas (Mt 4.4; Jr 15.16; 1ª Pé 2.2). Não há dúvida que o estudo da Palavra de Deus traz nutrição e cresci mento espiritual. Ela é tão indispensável à alma, como o pão é ao corpo. Nas passagens citadas, ela é comparada ao alimento, porém, este só nutre o corpo quando é absorvido pelo organismo. O texto de lª Pedro 2.2, fala do intenso apetite do recém-nascido; assim deve ser o nosso apetite pela Palavra divina. Bom apetite pela Bíblia é sinal de saúde espiritual.
Não basta assistir aos cultos, ouvir sermões e testemunhos, assistir estudos bíblicos, e ler boas obras de literatura cristã. É preciso ler a Bíblia individualmente. Há crentes que só comem espiritualmente quando lhe dão comida na boca. É a colher do pastor, do professor da Escola Dominical, etc. Se ninguém lhe der comida, ele morrerá de inanição espiritual.
Aplicando a Bíblia à nossa vida, sem dúvida poderemos dizer como disse o salmista Davi: “Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti” (Sl 119.11).
No contexto de toda esta confusão, o crente e estudioso da Bíblia tem grande vantagem sobre as de- mais pessoas. Com o jornal da cidade numa das mãos e a Bíblia na outra, ele é capaz de detectar tanto os problemas quanto de aplicar eventuais soluções a eles. Ele vê o mundo moribundo, espiritualmente enfermo. “Toda a cabeça está enferma e todo o corpo fraco. Desde a planta do pé até à cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, e inchaços, e chagas podres, não espremidas, nem ligadas, nem nenhuma delas amolecida com óleo” (Is 1.5,6). Tudo isto porque, como disse João: “...todo o mundo está no maligno” (lª Jo 5.19).
No princípio da Obra Pentecostal no Brasil, era mui comum ouvir-se pessoas não-crentes se referirem aos pentecostais como “os Bíblias”, decorrente do apego ao livro e à prática da Bíblia. Deveríamos nos penitenciar diante de Deus pelo nosso gradual afastamento das verdades e virtudes do Evangelho propugnadas na Bíblia.
O que diferencia a Bíblia de todos os demais livros do mundo é a sua inspiração divina. É devido à sua inspiração que a Bíblia é chamada A Palavra de Deus.
Não basta mencionar as teorias falsas quanto à inspiração das Escrituras; necessário se faz tratar do que bíblica e teologicamente se entende por inspiração divina das Escrituras.
A teoria da inspiração plenária ou verbal afirma que homens santos de Deus escreveram a Bíblia com palavras de seu vocabulário, porém, sob a influência poderosa do Espírito Santo, de sorte que o que eles escreveram foi a Palavra de Deus. Ensina que a inspiração plenária cessou ao ser escrito o último livro do Novo Testamento, e que depois disso, nem os mesmos escritores, nem qualquer outro servo de Deus pode ser chamado inspirado no mesmo sentido.
A BÍBLIA COMO LIVRO
A Bíblia é um livro antigo. Os livros antigos tinham a forma de rolo (Jr 36.2). Eram feitos de papiro ou pergaminho. O papiro era uma planta aquática que crescia junto aos rios, lagos e banhados do Oriente, cuja entrecasca servia para escrita. Pergaminho é a pele de animais curtida. Seu uso é mais recente que o papiro; vem desde os primórdios da era cristã, apesar de já ser conhecido antes. É também mencionado na Bíblia, como em 2 Timóteo 4.13.
Devido as Escrituras formarem uma unidade perfeita, a palavra Bíblia, sendo um plural como acabamos de ver, passou a ser singular, significando O LIVRO, isto é: O Livro dos livros; O Livro por Excelência. Como O Livro Divino, a definição canônica da Bíblia é “A revelação de Deus à humanidade”.
3.1. Biografia. São os 4 Evangelhos. Descrevem a vida terrena de Jesus Cristo e seu glorioso ministério. Todos os livros que os precedem tratam da preparação para a manifestação de Jesus Cristo, e os que se lhes seguem são explicações da doutrina de Cristo.
Face à possibilidade de adquirir e ler a Bíblia Sagrada, mais que um privilégio, constitui-se num sagrado dever da nossa parte lê-la e dela jamais nos desviarmos.
Apesar de toda essa variedade de formação e ocupação profissional dos escritores da Bíblia, examinados os seus escritos, é possível notar como os mesmos se completam, tratando de um só assunto. O que eles escreveram não se constitui em muitos livros, pelo contrário, são partículas que somadas formam um só livro, poderoso e coerente.
Não obstante tantas e diferentes condições em que os livros da Bíblia foram escritos, juntos eles são duma uniformidade incrível. O pensa- mento de Deus, e não propriamente dos seus escritores, corre uniforme e progressivamente através dela, como um rio que, brotando da sua nascente, assemelha-se a um tênue fio d’água que vai se avolumando até tornar-se num caudaloso “Amazonas” de Deus. Esta harmonia e per- feição é uma característica exclusiva do Livro de Deus.
Pois bem, imagine isto acontecendo nos antigos tempos em que a Bíblia foi escrita. A confusão seria muito maior. Numa época em que os meios de comunicação em nada se assemelhavam aos de nossos dias, nada a não ser a mente de Deus assegurou o sucesso e a harmonia da Bíblia.
A perfeita harmonia da Bíblia, é para a mente humilde e sincera, uma prova incontestável da origem divina da mesma. É uma prova in- sofismável de que uma única Mente via tudo e guiava os seus escritores.
A Bíblia é uma majestosa catedral. Muitos edificadores humanos, cada um por sua vez, contribuíram para a sua estrutura. Mas, quem foi o seu arquiteto? Que mente una foi aquela que planejou e enxergou o edifício pronto e acabado? Sem dúvida, a mente do Deus que é desde o princípio (Gn 1.1).
As Escrituras registram eventos futuros relacionados à Sua pessoa e ministério terreno. Desde o lugar do seu nascimento até a sua segunda vinda e seu reino - tudo foi predito em termos inequívocos, do Gênesis ao Apocalipse.
A referência de Lucas 24.44 é muito importante, porque aí Jesus põe sua aprovação em todas as Escrituras do Antigo Testamento, A Bíblia de seus dias, pois Lei, Profetas e Salmos eram as três divisões da Bíblia nos dias em que o Novo Testamento ainda estava sendo formado.
Jesus também afirmou que as Escrituras são a verdade (Jo 17.17). Ele viveu e procedeu de acordo com elas (Lc 18.31). Declarou que o escritor Davi falou pelo Espírito Santo (Mc 12.35,36). No deserto, ao derrotar o inimigo, fê-lo citando a Palavra de Deus (Dt 8.3; 6.13,16; Mt 4.1-11).
Quando Cristo declarou: “Eu sou... a verdade” (Jo 14.6), Ele estava declarando algo mais que ser verdadeiro. Ele se declarou como a verdade no sentido em que Ele é o tema central da Palavra da Verdade, Ele é o Amém, a Testemunha Fiel e Verdadeira (Ap 1.5; 3.14; Is 55.4). Ele disse acerca de si mesmo: “Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade” (Jo 18.37).
Dentre as profecias fielmente cumpridas na pessoa de Jesus Cristo, o Messias de Deus, destacam-se as seguintes:
Nos dias hodiernos, onde o peca- do se multiplica e o amor se torna escasso entre os homens, a maneira mais segura de termos esperança é a compreensão das promessas divinas feitas no passado. Como já mostramos, muitas delas já foram cumpri- das durante a vida do Messias e no decorrer da história do povo judeu. Essa incrível marca de cem por cento de precisão no passado é uma inquestionável garantia de que as demais promessas se cumprirão no futuro.
1.1. A existência de Deus. Na primeira página da Bíblia encontramos a inequívoca declaração: “No princípio... Deus...” (Gn 1.1). O cristão temente a Deus aceita por fé a verdade da Sua existência segundo a revelação contida na Bíblia. Não se trata de fé cega, mas da fé que se baseia nas Escrituras (Hb 11.5,6).
3.1. A natureza do Espírito Santo. No estudo da natureza do Espírito Santo, destaca-se a sua personalidade. Como uma pessoa que é, o Espírito Santo é chamado na Bíblia de: Espírito de Deus (lª Co 3.16; Gn 1.2); Espírito de Cristo (Rm 8.9); Espírito Santo (At 1.5); Espírito de Vida (Rm 8.2); e Espírito de Adoção (Rm 8.15,16; Gl 4.5,6).
Ninguém aqui na terra (nem mesmo os anjos do céu) sabe a data e hora em que esse evento ocorrerá. A certeza que temos é a de que ele não demorará. Todos os sinais indicam que a plena redenção dos filhos de Deus rapidamente se aproxima (Lc 21.28). Amém!
2.1. A Escritura pode ser mal aplicada quando você ignora o que ela diz sobre determinado assunto.
2.2. A Escritura pode ser mal aplicada quando você toma um versículo fora do contexto.
2.3. A Escritura pode ser mal aplicada quando você lê uma passagem e a obriga a dizer o que ela não diz.
2.4. A Escritura pode ser mal aplicada quando você dá ênfase indevida a coisas menos importantes.
2.5. A Escritura pode ser mal aplicada sempre que você a usa para tentar levar Deus a fazer o que você quer, em vez daquilo que Ele quer que seja feito.
l. Observação. Escolhido o texto bíblico para estudo, lª Pedro 2, por exemplo, proceda da seguinte maneira: leia a passagem cuidadosamente; tome um caderno de anotações e escreva na cabeça duma página a palavra Observação, e em seguida:
1.1. Anote toda e qualquer minúcia do texto; anote substantivos, verbos e outras palavras-chaves. Aqui entra a importância das perguntas: QUEM? QUÊ? QUANDO? POR QUÊ? E COMO?
1.2. Escreva o que lhe parecer obscuro, especificamente o que você não entende da passagem, o versículo 5, por exemplo.
1.3. Anote referências bíblicas doutros textos (elas poderão lançar luz sobre o texto que está sendo estudado).
1.4. Anote as possíveis aplicações encontradas ao longo do estudo do texto em uso.
2.1. Descubra o tema principal do livro. Em atitude de oração leia todo o livro que você escolheu para estudo, a fim de encontrar o tema principal. O tema pode ser encontrado como se fosse um fio que corre por todos os capítulos. Se necessário, leia-o mais de uma vez. Assim o tema começará a surgir na sua mente.
2.2. Desenvolva o tema principal do livro. Os anúncios referentes ao conteúdo do livro ajudam a encontrar o tema principal. Tais anúncios são afirmações que o autor faz, antecipadamente, dizendo o que vem a seguir. Por exemplo, o Evangelho de Mateus começa com o seguinte anúncio: “Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão” (Mt 1.1). Este é o anúncio referente ao conteúdo e logo a seguir vem a genealogia de Jesus.
A experiência tem mostrado que não basta ler a Bíblia. Maior proveito auferirá aquele que a estuda metódica e ordenadamente.
2. Princípio dois. É impossível entender um autor e interpretar corretamente suas palavras sem que ele seja visto à luz de suas circunstâncias históricas. Por circunstâncias, entende-se tudo aquilo que não faz parte da vida normal duma pessoa, mas que esta é levada a participar com o povo da sua época. Particularmente, quanto aos escritores da Bíblia, eles estiveram sujeitos a circunstâncias geográficas, políticas e religiosas; fatos que influíram sensivelmente nos seus escritos. Por exemplo: a menos que compreendamos as circunstâncias políticas sob as quais se achava o apóstolo Paulo, jamais poderemos compreender passagens como a de lª Coríntios 12.3.
a) Ele prega a Palavra de Deus, no entanto é incapaz de crer que Deus vá cumpri-la.
b) Ele prega as suas próprias palavras e espera que Deus as cumpra, como se Deus fosse, de fato, o seu inspirador.
No início do comentário desta lição, afirmamos que a família é a mais antiga instituição da Terra. Ao instituí-la, parece que Deus a organizou inspirado no relacionamento íntimo existente entre Ele e os outros membros da Trindade, e demais seres que habitam o céu. O apóstolo Paulo, particularmente, recomenda que marido e mulher tenham um relacionamento inspirado na comunhão mística entre Cristo e a sua Igreja (Ef 5.22-33). Portanto, o conceito bíblico quanto à família é de que ela tem uma missão e vocação espiritual no mundo.
“Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder” (Dt 6.5).
4. A Bíblia deve afetar todo o nosso ser (Dt 6.6). “E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração”.
A palavra “coração”, aqui empregada, não se refere àquele músculo propulsor do sangue que pulsa em nosso peito. No sentido bíblico, o vocábulo coração refere-se à totalidade do nosso ser. Paulo compreendia assim, quando disse: “A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais; cantando ao Senhor com graça em vosso coração” (Cl 3.16). Para ser fiel à vocação que Deus lhe deu a viver no mundo, a família cristã deve permitir que a Palavra de Deus exerça influência sobre cada um de seus membros, em seu viver diário.
Esta era a ordem do Senhor às famílias que compunham a nação de Israel. Do mesmo modo, Deus quer que na ornamentação de nossa casa testemunhemos da sua Palavra. Conta-se dum pastor que visitando a casa dum seu filho que estava prestes a se casar, ouviu do filho a seguinte pergunta: "Que tal, pai, gostou da decoração da minha casa?" Ao que o pai respondeu: “Tenho uma observação a fazer: Não há nada na sua casa que demonstre que ela será ocupada por um casal crente”.