TEOLOGIA EM FOCO

sexta-feira, 19 de março de 2021

A CHAMADA PARA A SALVAÇÃO

 


INTRODUÇÃO. Paulo insiste em que todos, sem distinção, carecem de buscar justiça em Cristo, como se dissesse: “Não há outro caminho para a obtenção desta justiça. Não há um método para justificar alguns, e outro método diferenciado para justificar outros, senão que todos igualmente têm de ser justificados por meio da fé, já que todos são pecadores, e ninguém tem como justificar-se diante de Deus.”

I. TODOS OS HOMENS SÃO PECADORES

1. A Bíblia Sagrada nos revela que Deus criou o homem perfeito. Gn 1.26-27 “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. 27 - Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”.

Gn 2.7 “E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-se alma vivente”.

2. Entretanto, pelo pecado de Adão, todos os homens foram feitos pecadores.

Quando lemos o texto escrito pelo apóstolo Paulo em Rm 3.9-18, vemos nesse texto uma fotografia da nossa condição passada.

1. “Todos estão debaixo do pecado” (v. 9).

2. “Não há um justo, nem um se quer” (v. 11).

3. “Não há ninguém que busque a Deus” (v. 11).

4. “Não há quem faça o bem, não há um só” (v. 12).

5. “Há línguas que tratam enganosamente” (v. 13).

6. “Bocas cheias de maldição” (v. 14).

7. “Pés ligeiros para derramar sangue” (v. 15).

8. “Em seus caminhos há destruição e miséria” (v. 16).

9. “Desconhecem o caminho da paz” (v. 17).

10. “Não há temor de Deus diante de seus olhos” (v. 18).

(Outras ref. Sl 51.5; Rm 3.23; 5.12; 11.23).

E, somente pelo sangue de Cristo o homem pode ser redimido (Ef 1.7; 1ª Jo 1.7,9).

Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;

II. O HOMEM MORREU ESPIRITUALMENTE QUANDO PECOU

1. O homem sem Jesus está morto.

Ef 2.1, 5 “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, 5 - Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)”

2. O homem estava separado de Deus.

Is 59.1-2 “Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o seu ouvido, para não poder ouvir. 2 - Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça.”

3. Sem Cristo. Ef 2.12 “Estáveis naquele tempo sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos aos pactos da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo”.

II. DEUS NOS AMOU PRIMEIRO

Ef 1.4-5 “Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor. 5 - E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade.”

Jo 3.16-17 Jesus diz: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o Seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele”.

III. A CHAMADA PARA A SALVAÇÃO

Mt 11.28-30 “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. 2 Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para vossas almas. 30 Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve”.

1. O que é o jugo de Jesus.

1ª João 5.3 ele responde esta pergunta dizendo: “Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são pesados”.

Em contraste com as minuciosas obrigações do legalismo dos fariseus, o jugo de Cristo é suave.

O jugo do Senhor são os Seus mandamentos e não é pesado, mas é suave e leve de carregar.

Amar a Deus acima de tudo, é o grande mandamento, e o segundo semelhante a este é: Amar o teu próximo como a ti mesmo. Crer na pessoa de Jesus como Messias, Filho de Deus, Salvador e nosso Redentor; não jurar pelos céus e a terra (Mt 5.34-35); Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso testemunho; honra teu pai e tua mãe, e amarás o teu próximo como a ti mesmo (Mt 19.17-18).

III. A SALVAÇÃO É PARA TODOS OS QUE ACEITAM A JESUS COMO SALVADOR

Is 55.1-3 “Ó VÓS, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. 2 Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? Ouvi-me atentamente, e comei o que é bom, e a vossa alma se deleite com a gordura. 3 Inclinai os vossos ouvidos, e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei uma aliança perpétua, dando-vos as firmes beneficências de Davi”.

1. É um evangelho de graça. V. 1 “Ó VÓS, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.”

2. O convite é universal - Um convite divino ao pecador.

“Todos vós que tendes sede...” (v. 1).

Jesus é a água da vida. “...vinde às águas” (v. 1).

Por meio de Jesus Cristo. Jo 413-14 “Jesus respondeu, e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede; 14 Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.”

A Água representa nosso desejo de nos refrescar. É o refrigério para nossa alma.

3. O carcereiro de Filipos perguntou a Paulo e Silas:

At 16.30 “Senhores, que me é necessário fazer para me salvar?”?

At 16.31“Crê no Senhor Jesus e serás salvo.”

4. Quem abrir seu coração para Jesus. Ap 3.20 “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.”

4.1. Jesus é o único caminho. Jo14.6 “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.”

4.2. Jesus é o mediador. 2ª Tm 2.4 “Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade.

4.3. Somente Jesus. At 4.12 “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.”

4.4. Só Jesus pode perdoar nossos pecados. 1ª Jo 2.1 “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo.”

5. A salvação é pela fé. Todos os pecadores podem crer e ser salvos.

Mc 16.16 “Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.”

5.1. A fé vem pala pregação da palavra. Rm 9.31 “E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo”.

5.2. O que é fé.

Hb 11.1 “ORA, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem.”

5.3. Sem fé é impossível agradar a Deus.

Hb 11.6 “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.”

6. A Salvação é pela graça, é um ato da justiça divina, não algo que se compra com dinheiro.

Por isso, convida a quem “não tem dinheiro”.

Ef 2.8-9 “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie.”

7. Nascemos de novo.

Jo 3.1 “E havia entre os fariseus um homem, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus. 2. Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele. 3. Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. 4. Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? 5. Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. 6. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.

8. Tornamos filhos de Deus.

Jo 1.12-13 “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.”

Rm 8.15 “Porque não recebeste o espírito de escravidão para outra vez estardes em temor, mas recebestes o espírito de adopção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.”

Rm 8.16 “E o mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.”

Rm 8.17 “E se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo: se é certo que com Ele padecemos, para que também com Ele sejamos glorificados.”

Eu não sou mais um pecador, mas sim um filho de Deus. Eu sou aquilo que Deus diz que eu sou! Eu era um pecador, mas fui salvo e tornei-me uma nova criatura.

2. Nós somos todas criaturas de Deus. Efésios 2.10 “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.”

Deus criou-nos a todos assim como criou todo o mundo. Mas sermos filhos de Deus isso é muito diferente: só é filho de Deus aquele que de Deus nasce, aquele que entrega a sua vida a Jesus e o recebe como seu Salvador.

A palavra “feitura”, significa literalmente “poema”. Deus está construindo a imagem de Cristo em nós. Fomos criados em Cristo, “para boas obras”. Este é o objetivo de Cristo em nós.

Os seus pecados foram perdoados

A Bíblia apresenta a nossa vida de outrora como uma vida de escravidão ao pecado (Jo 8.34; 1ª Jo 3.4-6,8,9). Mas, diz também que, agora, somos servos da justiça (Jo 8.34; Rm 6.14,18,22). A partir de agora, o que você era sem Jesus já não importa. O que importa é o que você é em Cristo: nova criatura (2ª Co 5.17).

Pr. Elias Ribas

Assembleia de Deus

Blumenau SC

terça-feira, 16 de março de 2021

A QUEDA DO SER HUMANO

TEXTO BÁSICO

Gênesis 3.1-7 “Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim? 2 - E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim comeremos, 3 - Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais. 4 - Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. 5 - Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal. 6 - E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela. 7 - Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.”

INTRODUÇÃO. Ao pecar contra Deus, o homem perdeu o completo domínio sobre a criação e tornou-se vulnerável à morte, em Cristo, porém, temos o Reino e a vida eterna.

I. O LIVRE-ARBÍTRIO DO SER HUMANO

1. O livre-arbítrio.

1.1. O livre-arbítrio é o poder que temos de escolher entre o bem e o mal (Dt 28.1; Js 24.15; 1ª Rs 18.21; Hb 4.7)

1.2. Com o livre-arbítrio somos:

- Seres autônomos.

- Seres conscientes da própria existência.

- Seres conscientes do nosso lugar no Universo criado por Deus.

2. A soberania divina.

2.1. É o direito absoluto que Deus possui sobre toda a Sua criação (Êx 9.29; Dt 10.14; Sl 135.6).

- Deus age como lhe aprouver (Jr 18.6).

- Não nos cabe questionar a sabedoria do Todo-Poderoso (Rm 9.20).

. Todas as ações de Deus são fundamentadas em seu amor, justiça e sabedoria.

2.2. O que Ele fez agora só viremos a compreender mais à frente (Jo 13.7).

2.3. Nós devemos descansar na vontade Divina.

3. A responsabilidade humana.

3.1. Entre o livre-arbítrio e a soberania divina encontra-se a nossa responsabilidade (Jr 35.13).

3.2. Deus nos chamará, um dia, a prestar contas quanto às nossas escolhas (Ec 11.9; 12.14).

- Haverá o juízo final (Ap 20.11-15).

II. A QUEDA, UM EVENTO HISTÓRICO E LITERAL

1. A possibilidade da queda.

1.1. Deus, no Éden, criou o homem livres para obedecê-lo ou não.

1.2. A ordem do Senhor concernente à arvore da vida foi bem clara (Gn 2.16,17).

- Se ignorassem a ordem, arcariam com as consequências

2. A realidade da tentação.

2.1. Eva foi enganada pela serpente (Gn 3.1-6; 2ª Co 11.3).

2.2. No instante seguinte, Adão e Eva pecaram contra Deus (1ª Tm 2.14).

2.3. Tendo em vista a representatividade de Adão, foi ele responsabilizado pela entrada do pecado no mundo (Rm 5.12).

3. A historicidade da queda.

3.1. A narrativa da queda do ser humano tem de ser acolhida como um relato histórico confiável, (2ª Co 11.3; Rm 15.4).

3.2. A Bíblia Sagrada é - a inspirada, inerente, infalível e completa Palavra de Deus.

III. AS CONSEQUÊNCIAS DA QUEDA DE ADÃO

1. A consciência do pecado.

1.1. Nossos pais herdaram uma consciência pecaminosa geradora de obras mortas (Gn 3.1-6; Tt 1.15; Hb 9.14).

- O pecado leva-nos a perder o brilho do rosto e o vigor físico (Sl 31.10; Sl 32.3).

1.2. Eis porque o homem precisa nascer da água e do Espírito (Jo 3.5).

2. A perda da comunhão com Deus.

2.1. No Éden conversavam com Deus, diariamente (Gn 3.8).

2.2. Em consequência de seu pecado, Adão e Eva foram expulsos da presença de Deus (Gn 3.23,24).

2.3. Agora, o homem para reatar a comunhão com Deus, tem de aproximar-se dele pela fé (Hb 11.6).

- Jesus é o nosso mediador (Rm 5.1).

3. A transmissão do pecado à espécie humana.

3.1. O pecado de Adão acabou por alcançar a todos os homens (Rm 3.23; 5.12).

- Até mesmo o recém-nascido já traz consigo essa semente (Sl 51.5).

- Muitas crianças são recolhidas por Deus, na fase de inocência, apesar da iniquidade dos pais (1º Rs 14.13; Mt 2.16).

3.2. Somente em Cristo podemos vencer tanto o pecado original como o experimental (1ª Jo 1.7).

4. A enfermidade da Terra.

4.1. Por causa do pecado de Adão, até a própria Terra adoeceu. (Gn 3.17).

- A Terra geme (Rm 8.22).

4.2. Desde então o nosso planeta vem sofrendo com fomes, tremores de terra e inundações (Mt 24.7).

4.3. Após a Grande Tribulação, o planeta será curado de todas as suas enfermidades (Is 35).

5. A morte física.

5.1. A morte é a mais triste consequência do pecado (Rm 6.23).

5.2. A pior morte que alguém pode experimentar é a separação eterna de Deus; a segunda morte (Ap 2.11; 20.6).

5.3. Nós que temos a Cristo a morte não terá efeito, pois Ele é a ressurreição e a vida (Jo 11.25).

CONCLUSÃO. Devido à sua rebelião contra o Senhor, a raça humana teve de arcar com pesados encargos: a consciência do pecado, a perda da comunhão com Deus, a transmissão do pecado às gerações subsequentes, a enfermidade da terra e, finalmente, a morte física. A fim de sanear o pecado do homem. Deus, em sua presciência, já havia separado o Imaculado Cordeiro, desde a fundação do mundo, para redimir-nos de todos os pecados (Ap 13.8).

Pr. Elias Ribas

Assembleia de Deus

Blumenau SC

segunda-feira, 15 de março de 2021

AS CHAMADAS DE DEUS PARA O HOMEM



Introdução O pecado afastou o homem do Seu criador por isso Deus enviou o Seu Filho Jesus Cristo para salvação de toda a humanidade. Para que o homem se salve é necessário que ele se aproxime do Senhor, pois O Senhor Deus em todos os tempos tem chamado o homem e continua chamando para a salvação. Neste estudo veremos as chamadas de Deus para a humanidade.

I. VINDE OS CANSADOS

Mt 11.28-30 “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. 2- Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para vossas almas. 30- Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve”.

Jesus vendo que Seu povo levava um fardo pesado, imposto pelos fariseus, as exigências da Lei Mosaica que era composta de 613 mandamentos, o qual era impossível ao homem cumprir e além do mais as tradições para serem salvos. Então Jesus ofereceu o Seu fardo, que é leve e agradável de carregar.

1. Que é o jugo de Jesus. Em contraste com as minuciosas obrigações do legalismo dos fariseus, o jugo de Cristo é suave.

1ª João 5.3 “Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são pesados”.

2. Quais são os mandamentos deste jugo Cristo. Amar a Deus acima de tudo, é o grande mandamento, e o segundo semelhante a este é: Amar o teu próximo como a ti mesmo. Crer na pessoa de Jesus como Messias, Filho de Deus, Salvador e nosso Redentor; não jurar pelos céus e a terra (Mt 5.34-35); Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso testemunho; honra teu pai e tua mãe, e amarás o teu próximo como a ti mesmo (Mt 19.17-18). O jugo do Senhor (mandamentos) não é pesado, mas é suave e leve de carregar.

3. Jesus ainda continua chamando os cansados: “Vinde a Mim” todos que estais cansados:

A. O convite de Jesus é para todos.

B. O convite é para vir a Deus através de pessoa Jo 14.6.

C. O convite é para os aflitos.

D. O convite oferece alívio à alma.

E. O convite é para rejeitar o jugo cruel do mundo, e do pecado.

F. O convite é para você deixar suas tradições e dogmas de sua religiosidade, deixar suas penitências (que são os sacrifícios que você coloca para herdar a salvação), para receber o fardo suave de Cristo. O cristão tem que fazer sacrifício para ganhar almas e não para ser salvo, Jesus já carregou por nós toda sentença da Lei e todas as penitências, Ele cumpriu e cravou na cruz do Calvário.

O convite oferece descanso espiritual num Mestre verdadeiramente misericordioso.

IV. VINDE PARA SER LIMPO

Is 1.18 diz: “Vinde então, e argui-me, diz o Senhor: Ainda que vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã”.

Isaías diz que Deus está disposto a purificar e perdoar os pecados aqueles que ouvem e seguem sua voz. Deus é gracioso e perdoador, porém o povo pecador deve escolher entre obediência e o juízo.

No sermão da montanha Jesus diz: “Bem aventura os limpos de coração, porque eles verão a Deus”.

Limpos no gr. Katharos, sem mancha, limpo, imaculado, puro. O pecado macula e corrompe, mas o sangue de Jesus tira as manchas.

III. VINDE Á FESTA DO EVENGELHO

Lc 14.17-24 “Na hora da ceia mandou o seu servo dizer aos convidados: Vinde, pois tudo já está preparado. 18- Não obstante, todos, começaram a escusar-se. Disse o primeiro: um campo e preciso ir vê-lo; rogo-te que me tenhas por escusado”. 19- Outro disse: Comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-las; rogo-te que me tenha por acusado. 20- O outro disse: casei-me e, por isso não posso ir. 21- E, voltando aquele servo, anunciou essas coisas ao seu senhor. Então, o pai de família, indignado disse ao seu servo: Sai depressa pelas ruas e bairros da cidade e traze aqui os pobres, os aleijados, e os mancos e os cegos. 22 E disse o servo: Senhor, feito está como mandaste, e ainda há lugar. 23- Respondeu-lhe o Senhor: Sai pelos caminhos e atalhos e obriga a todos a entrar, para que fique cheia a minha casa. 24- Porque nenhum daqueles homens que foram convidados provará a minha ceia”.

Israel tinha aceitado o convite de Deus para o reino feito pelos profetas. A chegada de Jesus sinaliza a chegada do Reino, mas em sua rejeição dele, a nação está rejeitando a oferta da graça de Deus. Entretanto, o objetivo de Deus não será impedido, e então ele enviará seu gracioso convite aos gentios, (v. 21b – Disse o Senhor: Sai depressa pelas ruas e bairros da cidade e traze aqui os pobres, os aleijados, e os mancos e os cegos).

A grande ceia do Senhor ensina que:

1. Deus honra os homens com Seu convite; é uma afronta desprezá-lo.

2. O Evangelho é de graça, tudo já está preparado.

3. Os homens procuram eximir-se da responsabilidade de comparecer à ceia, porque:

A. Preferem ver as coisas terrenas, e recusam as espirituais.

B. Preferem trabalhar, a receberem de graça (Ef 2.8,9).

C. Preferem buscar um casamento no mundo, e rejeitam as bodas do céu.

4. Rejeitar o convite é uma decisão que perdura toda a eternidade.

5. O desejo de Deus é que se encha esta casa.

As desculpas dos escusados são falsas, rejeitar a festa do Rei para ver um campo ou experimentar uma junta de bois, notamos que uma vez que ninguém compra sem ver e o recém-casado devia levar sua esposa a esta festa.

V. VINDE PARA GANHAR ALMAS

Mt 4.19 está escrito: E disse-lhes: “Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens”.

A chamada dos quatros discípulos: André, Tiago, Pedro e João, aqui são convidados a seguir a Cristo dedicando-se ao discipulado (gr. Mathetes. Aquele que está sendo ensinado);

Eles já haviam encontrado Jesus (ver Jo 1.40-42), mas agora deixaram suas ocupações seculares para segui-lo.

1. Primeiro Jesus chama para a salvação.

2. Jesus para ser discípulo.

3. Para ser ministro do evangelho.

Jamais Jesus envia alguém sem primeiro passar pela sua escola.

IV. VINDE PARA UMA BOA PORÇÃO

Is 55.1-3 “Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei! Vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. 2- Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o produto do trabalho naquilo que não pode satisfazer? Ouvi-me atentamente, e comei o que é bom, e a vossa alma se deleita com a gordura. 3- Inclinai os vossos ouvidos, e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá. Convosco farei uma aliança perpetua, dando-vos as firmes beneficências prometidas a Davi”.

O convite dirige-se a todos os necessitados, de todos os tipos, sem limitação de raça ou de povo; Deus distribui a Sua misericórdia à medida que aceita pela fé. É dom gratuito a todos os que reconhecem suas necessidade, e se arrependem.

Deus sabe que o povo de Israel iria correndo todos os dias para comprar seu alimento, mas Deus quer mostrar que a comida espiritual quem vem de Deus, gratuitamente, é em tudo superior, só entra no gozo dos finos manjares quem come! Só recebe os bens da graça de Deus aquele que os aceita com fé verdadeira e sincera.

1. Vinde às águas - Jesus é a água da vida, em Jo 7.37-38 diz: “No último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se de pé, e clamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. 38- Quem crê em Mim, como diz as Escrituras, do seu interior fluirão rios de água viva”.

No último dia da festa dos Tabernáculos, dia sagrado como sábado, e todos os dias da festa um jarro de ouro com água do tanque de Siloé era derramado como libação sobre o altar do sacrifício matinal. E Jesus já declarava que Ele cumpria o significado do milagre na Rocha de Meribá. Quando o povo de Israel murmurava com Moisés e Arão no deserto porque não tinham água, Moisés se apresentou ao Senhor na porta da congregação e a glória do Senhor lhes apareceu. E o Senhor disse a Moisés: Toma o bordão, junta o povo, tu e Arão, e diante dele falai à rocha, e dará a sua água; assim lhes tirareis água da rocha e dareis a beber a todos (Nm 20.1-13).

Porém, Moisés procedeu de maneira errada diante do povo.

1) Teve mau humor diante do povo em chamar de rebelde.

2) Devia falar a rocha, porém ele feriu duas vezes a rocha.

Quero te convidar a vir a esta Rocha e falar com ela, pois a Rocha é Jesus e dela sairá água pura para matar a tua sede.

2. Jesus é a única fonte de águas. Jo 4.14 Jesus diz: “Aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte que jorra para a vida eterna”.

Cristo é a fonte de vida a jorrar naqueles que vêm a Ele e creem nele.

3. A chamada é Universal. Ap 22.17 “O Espírito e a noiva dizem: vem. Quem ouve diga: vem. Quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida”.

Este é o apelo a Salvação: O Espírito e a Noiva dizem vem.

Uma palavra de salvação está sendo anunciada a toda a humanidade, aqueles que ouvem e aceitam esta palavra vivem a experiência em saber de que Jesus está vivo e tem uma eternidade preparada.

Quem tem sede de salvação venha.

Os que têm sede de justiça dizem: venham.

Os humildes que conhecem que não têm nenhum mérito para receber a salvação venham!

4. Este rio sai do trono de Deus. (Ez 47.1-12).

O convite do Senhor para entrar nesse rio é para todos os que querem ser abençoados. Não fique com as águas pelos artelhos, nem pelos joelhos, mas entre nesse rio, nade nesse rio. As águas deste rio são purificadoras, águas da vida eterna. Esse rio há de ser uma bênção sem par para todos que entrarem nele. Serão sarados todos os males espirituais, sociais, familiares e corporais. É justamente isto que o rio está fazendo, curando, fertilizando, embelezando.

Este rio é Jesus e pode ser comparado ao sangue de Jesus derramado na cruz do Calvário para remissão de nossos pecados. O sangue de Jesus nos purifica e limpa de todo o pecado. Amem!

V. VINDE PARA ORAÇÃO

1ª Tessalonicenses 5.17 “Orai sem cessar.”

Efésios 6.18 “Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos.”

Marcos 13.33 “Olhai, vigiai e orai; porque não sabeis quando chegará o tempo.”

Precisamos estar alertas, “vigiando em todo tempo”, porque estamos numa luta sem trégua! Mas conforta-nos saber que não estamos sozinhos.

Deus, além de estar conosco “todos os dias”, Ele também nos dá a defesa necessária: uma armadura completa, composta por: cinturão da verdade, couraça da Justiça, sapatos da disposição para pregar o evangelho, escudo da fé, capacete da salvação e espada do Espírito.

VI. CHAMADOS PARA SERVIR

Êxodo 8.1 “Depois disse o SENHOR a Moisés: Vai a Faraó e dize-lhe: Assim diz o SENHOR: Deixa ir o meu povo, para que me sirva.”

João 13.14-17 “Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar os pés uns aos outros. 15- Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. 16- Na verdade, na verdade vos digo que não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou. 17- Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes.”

Se o seu superior, que era Senhor e Mestre (professor), estava pronto a realizar esta tarefa para eles, é claro que deviam fazê-lo uns pelos outros. Humildade não é abnegação essencialmente, mas desinteresse próprio em serviço dos outros.

Jesus deixou-nos o exemplo. Isto exclui qualquer pensamento de que o lava-pés seja uma ordenança. As Escrituras silenciam sobre a prática, salvo na qualidade de um serviço ministrado por causa do amor na questão da hospitalidade (1ª Tm 5.10).

A atitude de Jesus em lavar os pés de seus discípulos, por exemplo, é algo que todo cristão deve ter nítido em sua mente. Sendo Senhor e Deus, Ele se curva diante de seus discípulos como servo deles e lava seus pés marcados pelo tempo, pela poeira e pelo esforço.

Em breve, aqueles pés o representariam todo o mundo, e o Mestre faz questão de dizer o quanto nos ama através dessa atitude.

VII. CHAMADOS PARA ADORAR

1. O Que Significa a Palavra Adoração? O dicionário Aurélio define adoração como culto a uma divindade; culto, reverência e veneração. O mesmo dicionário define o verbo adorar como render culto a (divindade); reverenciar, venerar (Dicionário Aurélio). As palavras que definem adoração, no Velho Testamento, significam ajoelhar-se, prostrar-se (#7812, Strongs), como em Êx 20.5. As palavras que definem adoração, no Novo Testamento, significam beijar a mão de alguém, para mostrar reverência; ajoelhar ou prostrar-se para mostrar culto ou submissão, respeito ou súplica (#4352, Strongs), como em Mt 4.10 e Jo 4.24. Adoração então é uma atitude de extremo respeito, inclusive ao divino, que se expressa com ações singulares de reverência e culto.

2. O salmista Davi convida a todos a adorar. Salmos 95.6,7 “Ó, vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor que nos criou. 7- Porque ele é o nosso Deus, e nós povo do seu pasto e ovelhas da sua mão. Se hoje ouvirdes a sua voz.”

Davi sentiu imenso prazer em adorar ao Senhor, e se dedicou ao trabalho de incentivar, organizar e conduzir o culto a Deus em Israel. Salmo 95 é uma chamada à adoração com um contraste interessante. Ou abrimos os corações para dar ao Criador sua devida honra, ou endurecemos os corações e viramos as costas para ele.

3. Adorar em espírito e em verdade. João 4.22-24 “Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus. 23- Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. 24- Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.”

3.1. Adorar em espírito e em verdade é adorar a Deus de todo coração, com a ajuda do Espírito Santo. A verdadeira adoração vem do coração, ou seja, envolve o Espírito Santo e o espírito do homem, não de fatores externos como o lugar, a cerimônia ou palavras repetidas. Adorar em espírito e em verdade é adorar com sinceridade e fé.

3.2. Adorar é mostrar amor, respeito e dedicação a Deus. Rituais como ir à igreja e cantar louvores ajudam a expressar essa adoração mas só têm valor quando são fruto do desejo do coração de adorar a Deus. Deus não se agrada de rituais sem sinceridade (Salmos 51.16-17). Adorar em verdade é adorar por querer adorar a Deus, por tudo que Ele é e tudo que Ele faz.

3.3. Adorar em espírito é adoração viva. O espírito é aquilo que nos liga a Deus e nos dá vida. A verdadeira adoração vem da comunhão com Deus. Podemos ter essa comunhão através do Espírito Santo, que mora dentro de cada pessoa salva (Atos 2.38).

VIII. CHAMADOS PARA EVANGELIZAR

Marcos 16.15,16 “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. 16- Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.”

“Ide por todo o mundo...” A todos os países debaixo do céu; e pregar o evangelho a toda criatura – isto é, a toda a humanidade, a todo ser humano, seja judeu ou gentio, pois nosso Senhor fala sem qualquer limitação ou restrição. Isso era o que Jesus queria ver realizado, se queremos realizar a Sua obra, teremos de entender o evangelho e ser capazes de explicá-lo aos perdidos. Este é o momento de introduzir as lições sobre o caminho da salvação.

IX. CHAMADOS PARA TESTEMUNHAR

Atos 1.8 “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.”

No dia de Pentecostes a promessa de Atos 1.8 se cumpriu. A igreja foi batizada e revestida do poder do Espírito Santo. Entretanto, o poder do Espírito para a igreja não tem, como nunca teve, um fim em si mesmo.

O poder do Espírito tinha como finalidade primordial capacitar os crentes para dar testemunho de Cristo. No Novo Testamento os dons ou manifestações do Espírito (línguas, curas, profecias, etc.) foram dados com o único objetivo de que a igreja testemunhasse de Jesus ao redor do mundo. (2). Nada do que a igreja recebe do Espírito tem nela um fim em si mesmo. “Recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas…”, disse Jesus (At 1.8).

X. CHAMADOS PARA FAZER A VONTADE DO PAI

João 4.34 “Jesus disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra.”

1. A vontade do Pai é amar a Deus acima de tudo. “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22.37-39).

2. A vontade do Pai é que o crente guarde Sua Palavra. “Se alguém Me amar, guardará a Minha palavra; e Meu Pai o amará, e viremos a ele, e faremos nele morada. Quem não Me ama, não guarda as Minhas palavras” (João 14.23-24).

3. A vontade do Pai é ele permaneça na Sua palavra. “Se vós permanecerdes na Minha palavra, verdadeiramente sois Meus discípulos” (João 8.31).

4. Somente quem faz a vontade do Pai entrará no Seu Reino. “Nem todo o que Me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de Meu Pai, que está nos céus. Muitos Me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em Teu nome? e em Teu nome não expulsamos demônios? e em Teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniquidade” (Mateus 7.21-23).

Conclusão. Deus tem desejo que todos venham a Ele para serem abençoados. Deixe tuas tristezas tuas magoas tuas queixas e entre nesse rio nade nesse rio. A chama para todos os seres humanos é para fazer parte do Seu reino.

Pr. Elias Ribas

Assembleia de Deus

Blumenau Sc


terça-feira, 9 de março de 2021

A CHAMADA PARA A SALVAÇÃO

 


Deus nunca força o homem aceitá-lo, mas certamente convida a receberem a salvação. Este convite inclui o dom da graça de Deus e o poder do Espírito Santo para convencer o homem do pecado e ajudá-lo na decisão para sua salvação. Os atos da graça divina mediante a salvação são conhecidos como “a chamada para a salvação”.

“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28).

I.          A NECESSIDADE DA CHAMADA

Certo líder espiritual observou que o homem não descobre a Deus mas, sim, Deus se revela ao homem através das Escrituras Sagradas. Além disto, o homem não pode iniciar ou realizar sua salvação à parte de Deus (Os 4.6; 6.3). Por causa da sua natureza pecaminosa, o homem é espiritualmente um “inválido”, incapaz em si mesmo de dar um só passo em direção a Deus (Rm 3.11). Porque a natureza depravada do homem e seu pecado tornam-se incapaz de vir a Deus, por isso Deus teve que vir até ele. Portanto, Deus precisou prover não somente um meio de salvação (a redenção em Cristo); mas também Ele restaura ao homem a capacidade de buscá-lo. Ele mesmo atrai todos os homens a Si, no recebimento da salvação, mediante o Espírito Santo. Sem esta ajuda divina nenhum homem poderia jamais ser salvo. “Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios” (Rm 5.6). “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6.44, 37, 39,44).

Conforme a resposta positiva que Deus vê no coração do homem em aceitá-lo, ele restaura, liberta, perdoa e transforma o homem numa nova criatura.

II.       SALVAÇÃO OFERECIDA A TODOS

A preservação da vida de Raabe e sua família (Hb 11.31); a benção sobre a vida de Rute (Rt 4.13-22); e a cura de Naamã (2º Rs 5.1-14), são apenas alguns exemplos de que Deus é Senhor e abençoador de todos. Ele quer salvar a todos (Tt 2.11; Mt 11.28; Jo 6.37; Ef 4.6). O profeta Jonas testificou que Deus é misericordioso para aceitar a qualquer um que se arrependa de seus pecados (Jn 4.2). O evangelho de João 1.12, confirma este propósito de Deus: salvar a todos (Jo1.12). Jesus também o declarou (Jo 3.17; 5.24). Infelizmente, muitos são os que rejeitam o convite da graça de Deus e acabam por desprezar a Cristo, acarretando sobre si a ira divina.

III.   A NATUREZA DO CHAMAMENTO

1. É importante compreender que o chamamento de Deus para a salvação.

Deus deseja que todos recebam a salvação em Cristo, e a vida eterna que Ele oferece. Deus deseja que todos os homens sejam salvos. Ele não força a decisão do homem, mas Seu próprio desejo é que o mundo receba. “...não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento’ (2ª Pe 3.9b). Portanto Deus deseja que todos cheguem ao arrependimento e recebam o perdão de seus pecados.

2. O convide de Jesus não é seletivo, mas para todos os homens. “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mt 11.28). Embora o chamamento de Deus seja dirigido a todos os homens, estes não são obrigados a aceitá-lo. O fato do chamamento ser universal, a salvação não é universal, mas individual. Assim como a redenção de Cristo é suficiente para todos, mas eficaz somente para o que crê, assim também a chamada de Deus é válida para o mundo inteiro. Mas aplicável somente aqueles que a atendem.

3. Jesus convida a todos para que recebam a vida eterna. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).

4. Deus chama o homem para desfrutar de uma porção especial no Seu evangelho. “Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite” (Is 55.1).

No capítulo 55 o profeta messiânico prenuncia o evangelho da graça. As primeiras palavras deste capítulo fazem nos lembrar aos de nosso Senhor Jesus Cristo no grande dia da Festa dos Tabernáculo: “No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba” (Jo 7.37). O evangelho faz o seu apelo ao um mundo sedento. Notemos os seguintes pontos:

4.1. Um evangelho de graça: tudo é oferecido “sem dinheiro e sem preço”.

4.2. É um evangelho de fé e não de obras: “Inclinai os ouvidos e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá” (v.3).

4.3. É o evangelho de Cristo (v.4). Deus o tem dado como príncipe e Comandante do povo, para ser o Capitão da sua salvação. Os que o procuram, acham; e todos os que o invocam (v. 6) recebem misericórdia e perdão (v.7).

4.4. É um evangelho de gozo (v.12). Quem o recebe sai cantando, como o eunuco da Etiópia (At 8.39).

4.5. É um evangelho frutífero (v.13). “Em lugar do espinheiro, crescerá o cipreste, e em lugar da sarça crescerá a murta”. As obras da carne cedem lugar ao fruto do Espírito.

IV.    O CHAMADO ESPECIAL

O chamamento básico e geral de Deus é para o arrependimento (Mt 3.2; 2ª Pe 3.9) e para a fé (Rm 10.9; 1ª Jo 3.23). Este é o chamamento para a salvação, o qual envolve outros chamamentos mais específicos. Primeiramente, os que recebem o chamamento para a salvação recebem uma vocação especial para serem num sentido específico os “chamados”, em contraste com o restante do mundo (1ª Co 1.26; Ef 1.18), pois são chamados para serem santos (1ª Co 1.7).

Em segundo lugar, os que “chamados para serem santos” também recebem chamamento para ministérios específicos, assim como Paulo foi “chamado” para ser apóstolo (Rm 1.1).

Pr. Elias Ribas

Assembleia de Deus

Blumenau - SC

sexta-feira, 5 de março de 2021

A SALVAÇÃO OFERTADA POR JESUS CRISTO



Texto Básico

João 3.1-7. “E havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, príncipe dos judeus. 2- Este foi ter de noite com Jesus e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele. 3- Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus. 4- Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura, pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer? 5- Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus. 6- O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. 7- Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo.”

INTRODUÇÃO

A promessa do descendente que seria capaz de desfazer as obras do Diabo cumpriu-se em Jesus de Nazaré. Mais relevante do que humilhar publicamente principados e potestades da maldade, foi o fato de Cristo ter restaurado o fluxo originário do plano de Deus para a humanidade, reaproximando-nos novamente de nossa vocação edênica e concedendo-nos a oportunidade de, outra vez, ter esperança na promessa do céu.

I. ELEIÇÃO 

1. A eleição como uma doutrina biblicamente fundamentada. A Bíblia Sagrada está repleta de textos que anunciam e discutem aquilo que denominamos de Doutrina da Eleição. Por eleição entenda-se a capacidade divina de ser o promotor da condição de salvação daqueles que serão salvos. Em outras palavras, através da eleição, como ato livre e incondicionado, o Altíssimo proporcionou à humanidade a possibilidade da salvação. A Escritura registra casos de eleições/escolhas individuais, coletivas e nacionais, os quais tanto estão ligados à salvação como a outras questões: a escolha/eleição de determinados indivíduos para missões específicas (1ª Sm 16.8-13).

1.1. Eleição dos filhos de Deus para salvação. Rm 8.31-34 “Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? 32- Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas? 33- Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica.34- Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.”

1.2. A eleição/escolha da Igreja para a salvação. Rm 11.7 “Pois quê? O que Israel buscava não o alcançou; mas os eleitos o alcançaram, e os outros foram endurecidos.

Ap 17.14 “Porque Deus tem posto em seus corações, que cumpram o seu intento, e tenham uma mesma ideia, e que deem à besta o seu reino, até que se cumpram as palavras de Deus.”

1.3. Existem anjos que são chamados de escolhidos/eleitos. 1ª Tm 5.21 “Conjuro-te diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, e dos anjos eleitos, que sem prevenção guardes estas coisas, nada fazendo por parcialidade.”

1.4. A eleição nacional dos israelitas como povo em quem Deus cumpriria suas promessas para abençoar todas as nações. Sl 105.6 “Vós, semente de Abraão, seu servo, vós, filhos de Jacó, seus escolhidos.

Is 41.8 “Porém tu, ó Israel, servo meu, tu Jacó, a quem elegi descendência de Abraão, meu amigo.”

A partir destas três dimensões do conceito de eleição, pode-se demonstrar que este conceito não está restrito à temática da salvação, e sim, da soberania divina. Pensemos então na questão da eleição a partir de duas perspectivas básicas, a divina e a humana, e por fim esclareçamos aquilo que não é eleição para que se evite uma apropriação errônea dessa importante doutrina bíblica.

2. A capacidade de Deus eleger, escolher, convocar determinados indivíduos para eventos específicos revela-nos alguns atributos divinos:

2.1. Presciência. Sendo diretamente associada a onisciência (a capacidade de saber de todas as coisas), a presciência é a faculdade de saber antecipadamente como tudo irá acontecer, ou seja, Deus tanto entende tudo sobre todas as coisas que estão acontecendo agora, como sabe todas as possibilidades e consequências antes que estes aconteçam.

1ª Pedro 1.2 “Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas.” (Outra ref. 1º Sm 23.1-13).

2.2. Onibenevolência. O Senhor, por saber tudo, é capaz de fazer sempre a melhor escolha e por sempre ser bom, sua escolha nunca se inclinará para o maligno ou para a produção de malignidade. Por isso, tudo o que Deus deseja é bom, perfeito e agradável.

Rm 12.2 “E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.”

Assim, a eleição não é um instrumento para estabelecimento das arbitrariedades de um deus que age sem levar em consideração nada ou ninguém, ao contrário, a doutrina da eleição é uma garantia que temos de que — naquilo que depender exclusivamente de Deus — sempre receberemos o melhor possível.

2. A urgência da correspondência à dignidade da eleição. 1ª Pedro 1.9,10 “Alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas.10- Da qual salvação inquiriram e trataram diligentemente os profetas que profetizaram da graça que vos foi dada.”

Pedro, exorta-nos a não desperdiçar a graça que nos foi concedida por meio da eleição em Cristo; antes, devemos viver de tal forma que aquilo que Jesus construiu em nós não seja destruído por nossas próprias ações tresloucadas (Hb 12.25-29). Há, desta forma, uma urgente necessidade de valorizarmos tudo o que vem de Deus para nossas vidas, cônscios de que o maligno deseja a todo custo afastar-nos da vocação de Cristo e que nós tanto podemos colaborar para que aqueles que ainda não compreenderam a riqueza da salvação de Deus possam percebê-la:

“Portanto, tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus com glória eterna.” (2ª Tm 2.10).

Como devemos viver na expectativa da segunda vinda gloriosa do Mestre (Hb 9.28).

3. O que não é eleição. A Doutrina da Eleição não pode ser entendida como um instrumento perverso de Deus para selecionar alguns para a salvação eterna, enquanto outros serão aleatoriamente escolhidos para a condenação eterna. Como já dissemos anteriormente, Deus é um todo de bondade, jamais agiria de modo despótico. Por outro lado, a Eleição também não é um instrumento para justificar uma vida de pecados e descompromissada com Deus, pois fomos eleitos para a obediência e as boas obras: “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” (Ef 2.10).

Assim, quem opta por uma existência de pecados e devassidão deve ser consciente das consequências eternas de suas escolhas:

Hb 6.4-6 “Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo. 5- E provaram a boa palavra de Deus, e as virtudes do século futuro. 6- E recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus, e o expõem ao vitupério.”

II. ARREPENDIMENTO E FÉ

1. O arrependimento como uma obra divina. Arrependimento, do grego metanoia — mudança de mentalidade — e do latim repoenitere — ter pesar de…, sentir muita mágoa por uma má ação —, é um dos conceitos centrais da fé cristã. Pode-se dizer que não existe relação com Cristo sem um prévio estabelecimento de um coração arrependido. A humanidade está terrivelmente afetada pelo pecado e pela desobediência (Tt 1.16). Desta forma, por si só, os filhos de Adão não conseguem compreender a graça de Deus que se manifestou em Cristo Jesus (Hb 2.10). A Bíblia Sagrada declara de maneira explícita que a fonte do arrependimento que implica a salvação é Deus (At 5.31; Rm 2.4; 2ª Tm 2.25). Desta maneira, como a salvação é um projeto divino oferecido para a humanidade (Tt 2.11), o arrependimento que é um pré-requisito para a salvação, também é uma possibilidade acessível a todos (At 17.30). Infelizmente, algumas pessoas, mesmo depois de experimentarem a vida transformada pela salvação garantida por Cristo no calvário e manifesta por meio do arrependimento, desprezam a graça e voltam a viver de modo cheio de vergonha e pecado (Hb 6.4-6).

2. A missão de Cristo: chamar pecadores ao arrependimento. Em inúmeras oportunidades Jesus de Nazaré declara que o objetivo central de seu ministério era levar pecadores ao arrependimento (Mt 9.13; Mc 2.17; Lc 15.7,10). É evidente que houve casos em que, apesar do chamado de Cristo, pecadores não se renderam (Jo 6.66). Não existe arrependimento automático, irreflexivo. A obra da salvação é divina, mas o pecado humano pode conduzir pessoas a estágios de desobediência tão grande que os levarão ao inferno (1ª Pe 4.17,18; 2ª Tm 3.2-5).

3. O conteúdo da mensagem evangélica. O grande problema da igreja contemporânea é o investimento de tempo, recursos e energia em atenção a situações e problemas que não são próprios de sua vocação. Nossa vocação é proclamativa (Mc 16.15)! Diante desta centralidade da pregação, uma outra pergunta surge naturalmente: qual deve ser o conteúdo de nossa evangelização? A resposta o próprio Senhor Jesus, já ressuscitado dá-nos em Lucas 24.47. O arrependimento não precisa ser apenas uma consequência de nossa pregação, mas também o próprio objeto de prática. Precisamos de menos pirotecnia gospel em nossos púlpitos, menos autoajuda ou pseudocoaching e mais Bíblia. Mais sermões sobre a necessidade de arrependimento e confissão de pecados, e menos discursos pré-fabricados que apenas procuram domesticar pecados.

O arrependimento é o único caminho para a manutenção de relacionamentos saudáveis; já que somos pecadores cheios de falhas, nossos relacionamentos estariam fadados ao fracasso, não fosse nossa capacidade de arrependermo-nos. Logo, para o desenvolvimento de uma vida comunitária feliz, o arrependimento precisa ser uma postura praticada e que tenha credibilidade. Da parte daquele que age de modo precipitado e fere a outros, exige-se a capacidade de mudança de atitude, isto é, a prática do arrependimento (At 2.38; 3.19). Já com relação àqueles que foram vítimas de ações desacertadas dos outros, o Senhor Jesus exorta-nos a perdoá-los, diante de seu genuíno arrependimento, ainda que seja necessário fazer isso inúmeras vezes num mesmo dia (Lc 17.3-5). Ser cristão é algo muito sério, não é algo para pessoas infantilizadas que só pensam em sua própria satisfação carnal.

III. REGENERAÇÃO

1. O que é regeneração. A palavra regeneração significa literalmente gerar algo que seja novo. Não é apenas um recomeço para aquilo/aqueles que já existem, e sim, uma nova oportunidade que o Criador concede a todos os seus filhos, através de Jesus Cristo. Refletir sobre essa poderosa obra de Deus em nosso favor leva-nos a um nível maior de compreensão do amor do Pai.

2. Características da regeneração na vida de uma pessoa. A compreensão daquilo que é a regeneração torna-se mais fácil de captar a partir do diálogo de Jesus com o erudito fariseu, Nicodemos, em João 3.1-12. Nesse texto, testemunhamos a dúvida do interlocutor de Jesus, que seria a de qualquer um de nós. Quando Jesus fala sobre a necessidade da regeneração (vv. 3,7) Ele utiliza-se da expressão “nascer de novo” que poderia ser traduzida como “nascer de cima”, numa tradução livre, “nascer noutro nível, num nível mais elevado”. Mas o que significaria exatamente isso? Nas palavras de Jesus, é muito mais que assumir uma série de comportamentos ou atitudes sociais, tem a ver com uma transformação radical que atinge a espiritualidade de uma pessoa (v. 6).

A regeneração não é aquilo que uma instituição faz na vida de uma pessoa, ou que a influência de outros indivíduos constrói em nossas opiniões e hábitos, a regeneração é a manifestação da salvação no interior de cada um de nós, operando em nosso ser — e tendo como exclusivas testemunhas nós mesmos (1ª Jo 5.18). Logo, a causa da regeneração é única: a ação do Eterno no interior daquele que teve o privilégio de conhecer a Cristo (1ª Pe 1.23). Somos novamente gerados, nascidos para outro nível de espiritualidade por meio da graça (Gl 4.24,28,31).

Apesar de a regeneração ser uma obra que ocorre no interior do nascido de novo, é possível apontar alguns elementos fundamentais que caracterizam essa operação de Deus em nossas vidas:

2.1. Quem passou pela experiência da regeneração vive na perspectiva do Espírito, por isso, consegue perceber e entender acontecimentos sob uma ótica que os não-regenerados, isto é, aqueles que vivem uma “vida natural” não conseguem atingir (Jo 3.8; 1ª Co 2.11-16).

2.2. O regenerado em Cristo reconhece a paternidade de Deus, por isso, identifica-se com as coisas que são do Criador e com tudo o que é do céu, isto é, de cima; assim ele vive como um morto entre os que vivem em pecado e como um vivo entre os que estão mortos em suas transgressões e delitos (Mt 10.39; Rm 14.8);

2.3. O regenerado consegue, porque vive a experiência da salvação; viver de modo absolutamente diferente (2ª Co 5.17). Neste texto, a prova da nova criação não é algo físico, e sim, um conjunto de consequências espirituais que, naturalmente, tem repercussões materiais.

CONCLUSÃO.

Estudar sobre a obra da salvação realizada por Jesus em nossas vidas é de extrema importância, pois ao pensarmos sobre como as ações de Deus foram previamente projetadas, podemos notar o quão maravilhoso é o amor de Salvador. Tendo recebido do Senhor o presente da salvação, cabe-nos a tarefa de afastar-nos todos os dias do caminho da maldade e desta forma, arrependimento não é apenas uma atitude, mas um estilo de vida para cada um de nós. Viva uma nova vida, viva a salvação!

Comentarista: Thiago Brazil. A salvação ofertada por Jesus Cristo. 1º Trimestre de 2020. CPAD, Rio De Janeiro RJ.