LEITURA
BÍBLICA
Ed
3.2-5, 10-13:
“E levantou-se Jesua, filho de Jozadaque, e seus irmãos, os sacerdotes, e
Zorobabel, filho de Sealtiel, e seus irmãos, e edificaram o altar do Deus de
Israel, para oferecerem sobre ele holocaustos, como está escrito na lei de
Moisés, o homem de Deus. 3 - E firmaram o altar sobre as suas bases, porque o
terror estava sobre eles, por causa dos povos das terras, e ofereceram sobre
ele holocaustos ao Senhor, holocaustos de manhã e de tarde. 4 - E celebraram a
festa dos tabernáculos como está escrito; ofereceram holocaustos de dia em dia,
por ordem, conforme ao rito, cada coisa no seu dia. 5 - E depois disto o
holocausto contínuo, e os das luas novas e de todas as solenidades consagradas
ao Senhor, como também de qualquer que oferecia oferta voluntária ao Senhor. 10-–
Quando, pois, os edificadores lançaram os alicerces do templo do Senhor, então
apresentaram-se os sacerdotes, já revestidos e com trombetas, e os levitas,
filhos de Asafe, com saltérios, para louvarem ao Senhor, conforme à instituição
de Davi, rei de Israel. 11 - E cantavam a revezes, louvando e celebrando ao
Senhor: porque é bom; porque a sua benignidade dura para sempre sobre Israel. E
todo o povo jubilou com grande júbilo, quando louvaram ao Senhor, pela fundação
da casa do Senhor. 12 - Porém muitos dos sacerdotes, e levitas e chefes dos
pais, já velhos, que viram a primeira casa, sobre o seu fundamento, vendo
perante os seus olhos esta casa, choraram em altas vozes; mas muitos levantaram
as vozes com júbilo e com alegria. 13 - De maneira que discernia o povo as
vozes de alegria das vozes do choro do povo; porque o povo jubilou com tão
grande júbilo que as vozes se ouviam de mui longe.”
INTRODUÇÃO
Nesta lição veremos uma definição
etimológica do termo “altar”; pontuaremos o altar como uma prioridade na vida
dos judeus pós-exílio; notaremos quais foram as atitudes condizentes com o
despertamento espiritual na vida dos exilados e que também devemos ter como
crentes; e, por fim, comentaremos sobre a importância do altar na vida do
cristão.
A reconquista
da terra de Israel não foi tarefa fácil. Além da incompreensão dos povos vizinhos,
os lideres judaicos enfrentaram a descrença do povo. Como agir numa hora tão
difícil? Confiando nas providências de Deus, arguem-lhe um altar oferecendo-lhe
sacrifícios de acordo com que prescreve a Lei de Moisés. Dessa forma, mostram
aos adversários que o Senhor ainda luta pelo seu povo. Por que temer?
Às
vezes, encontramo-nos nas mesmas condições. Há dificuldades por todos os
lados, avizinham-se tribulações e as angústias estão sempre presentes. No
entanto, quando erguemos o nosso altar, o Senhor começa a operarem nosso meio.
É hora de levantar o altar!
I.
DEFINIÇÃO DO TERMO ALTAR
1.
Conceito do termo.
A palavra altar vem do hebraico “mizbeah”
substantivo masculino que significa: “altar, o lugar de sacrifício”. e do grego
‘thysiasterion’ (de ‘thysia’, sacrificio): e aindo do latim ‘altare, altaria’
(semelhante a ‘adoleo’ queimar).
É uma palavra bastante comum no AT onde
ocorre cerca de 396 vezes, a primeira ocorrência se encontra em Gênesis 8.20 “E
edificou Noé um altar ao Senhor”. “O altar, de acordo com as Escrituras, era um
lugar construído para nele se oferecerem sacrifícios e holocaustos de animais.
Era um testemunho perpétuo, um favor; sentia-se nele a manifestação divina,
significava a presença de Deus, santificava as ofertas, e era o lugar onde se
realizava a comunhão com o Senhor e por tais razões o altar era respeitado”
[CONDE, 1983, pp. 45-46].
Quase todas as pessoas dessa geração têm
um conceito berrado do verdadeiro altar no sentido genérico e prático que motivou
sua existência. Todos julgam, geralmente, que um altar genuíno é a parte de um
templo, de uma catedral, de uma mesquita ou de uma sinagoga. Muitos, sem
dúvida, vão surpreender-se quando lhe mostrarmos como a Bíblia define o
significa do altar verdadeiro e sua função.
O altar, de acordo com as Escrituras, era
um lugar construído para nele se oferecerem sacrifícios e holocaustos de
animais. Era um testemunho perpétuo, um favor; sentia-se nele a manifestação
divina, significava a presença de Deus, santificava as ofertas, e era o lugar
onde se realizava a comunhão dos fiéis com o Senhor. Por tais razões o altar
era respeitado” (CONDE, Emilio. Tesouro de Conhecimento Bíblicos. 2° ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 1983, pp. 45-46).
II.
O ALTAR COMO UMA PRIORIDADE PÓS-EXÍLIO
1. A
construção do altar (Ed 3.2). Após o despertamento divino e o retorno à
terra prometida, o remanescente judaico estava diante de um desafio: a
renovação do culto e a reconstrução do Templo em Jerusalém. É importante
destacar, que eles não começaram reconstruindo o Templo ou os muros da cidade,
mas reedificando o altar: “… e edificaram o altar do Deus de Israel” (Ed 3.2).
Mais importante que construir o Templo era restabelecer a verdadeira adoração a
Deus e lhes oferecer sacrifícios: “… para sobre ele oferecerem holocaustos” (Ed
3.2). Abraão tinha marcado sua chegada naquela terra exatamente do mesmo modo,
estabelecendo seu altar ao Deus que lhe fez promessas (Gn 12.7). Quando há
despertamento espiritual na vida de um crente, o seu maior desejo e prioridade
será aproximar-se do altar de Deus (Tg 4.8). O crente pode até viver sem o
templo; mas nunca sem altar (1º Rs 18.30).
2.
Em busca do favor de Deus (Ed 3.3). O altar simbolizava a presença e a
proteção de Deus para os judeus. De acordo com Stamps (2012, p. 713) a
restauração do altar foi prioridade por duas razões:
2.1. O povo foi motivado, pelo menos em parte,
a edificar o altar, por causa do perigo representado pelos ‘povos da terra’ (v.
3). Esses israelitas sabiam que Deus os protegeria do mal, somente à medida que
se achegassem a Ele, com fé e obediência (Êx 19.5; 29.43).
2.2. Demonstrava também o propósito
primordial deles como reino sacerdotal de oferecer sacrifícios ao Senhor como
fora determinado na lei por Moisés (Ed 3.2; Êx 19.6; 27.1; Dt 12.4-7). Sempre
que buscamos ao Senhor, alcançamos o seu favor e misericórdia (Hb 4.16).
III.
O DESPERTAMENTO CONDUZ O HOMEM AO ALTAR
1.
Os judeus sentiam a necessidade do acesso a Deus que o altar lhes proporciona.
O propósito que traziam no coração, ao
retornar do cativeiro, precisava ser muito firme, porque estavam rodeados de
inimigos cruéis. A Bíblia diz: “O terror estava sobre eles por causa dos povos
da terra” (Ed 3.3). Por isso mesmo, o povo sentia que precisava do acesso a
Deus, através do altar. “Este será o holocausto contínuo… perante o Senhor,
onde vos encontrarei, para falar contigo ali” (Êx 29.43). Estas bênçãos os
judeus agora almejam através do altar.
2.
Todos os despertamentos genuínos começam com a restauração do altar.
Temos na Bíblia vários exemplos disto.
2.1.
No tempo do profeta Elias, nos dias do rei Acabe. Ver o texto em 1ª
Rs 18.16-40. No confronto com os profetas de Baal, a primeira coisa que Elias
fez foi reparar o altar que estava quebrado. (Rs 18.30). Depois sacrificou
sobre ele, e orou a Deus. O fogo desceu e o povo exclamou: “Só o Senhor é Deus,
só o Senhor é Deus!” O despertamento decorreu do conserto do altar.
2.2.
Quando o piedoso rei Ezequias assumiu o trono de Judá, já no primeiro ano do
seu reinado ele abriu as portas da casa do Senhor e as separou (2º Cr 29.3). Mandou purificar
o templo, tirar fora toda a imundícia, purificar o altar do holocausto que
havia sido substituído no reinado de seu antecessor Acaz, por um altar
construído com modelo copiado de Damasco (2º Rs 16.10-12). Quando então os
sacerdotes sacrificavam sobre o altar santificado, começou um novo cântico na
casa de Deus (2º Cr 29.27-28). O despertamento levou à separação do altar.
2.3.
Quando os judeus voltaram do cativeiro, construíram o altar sobre as suas antigas
bases, do modo como manda a lei (Ed 3.3) e sacrificaram holocaustos ao Senhor.
A alegria foi grande entre os judeus, pois podiam de novo sacrificar a Deus, e
celebrar a festa dos tabernáculos. O culto a Deus havia recomeçado (Ed 3.4,5).
IV.
ATITUDES CONDIZENTES COM O DESPERTAMENTO ESPIRITUAL
1. A
unidade do povo.
O texto relata que a comunidade inteira tinha uma só mente, ou seja, havia
unanimidade naquele projeto: “o povo se ajuntou como um só homem” (Ed 3.1).
Este ajuntamento se deu na praça diante da “Porta das Águas” (Ne 8.1). A
unidade do povo foi de fundamental importância para que o altar, o Templo, e a
cidade fossem reconstruídos. Este exemplo do passado, nos ensina que a unidade
de propósitos torna possível a bênção de Deus e nos capacita a realizar sua
obra mesmo em tempos de crises como vivenciado pelos judeus pós-exílio. Quando
vivemos em união o óleo e o orvalho, símbolos do Espírito Santo, é derramado
sobre nós trazendo bênção e vida: “… porque ali o Senhor ordena a bênção e a
vida para sempre” (Sl 133.3).
2. A
presença de Deus era prioridade. A decisão de construir primeiro o altar é
uma demonstração do quanto estavam preocupados em colocar Deus em primeiro
plano (Ed 3.2). Onde se tem altar, tem adoração e a presença de Deus é
manifestada. As vezes se faz necessário uma limpeza na nossa vida para que a
presença de Deus seja manifesta. Assim foi com Jacó quando Deus o apareceu e
lhe disse: “levanta-te, sobe a Betel e habita ali; faze ali um altar ao Deus
que te apareceu quando fugiste diante da face de Esaú, teu irmão” (Gn 35.1).
Todavia, para Jacó experimentar uma renovação espiritual em sua vida, foi
necessário uma mudança radical na sua casa: “tirai os deuses estranhos que há
no meio de vós, e purificai-vos, e mudai as vossas vestes” (Gn 35.2). Ao
edificar o altar, Jacó chama aquele lugar de El-Betel que significa o “Deus da
casa de Deus” (Gn 35.7). Quando Deus é prioridade na vida do crente, não há
espaço para deuses estranhos (Jz 6.24-26; 1º Rs 18.21; Mt 6.24).
3.
Consagração total.
Com o altar edificado, agora se podia oferecer holocaustos ao Senhor: “… e
ofereceram sobre ele holocaustos ao Senhor, holocaustos de manhã e de tarde”
(Ed 3.3). A palavra hebraica traduzida como holocausto é: “olah”, e significa literalmente: “aquilo que vai para cima”. O
dicionário Vine (2002, p. 692), lembra que no grego o termo advém de: “holokautõma” (Mc 12.33; Hb 10.6,8) e que
denota: “oferta queimada por inteiro”, formado de “holos”, “inteiro”, e “kautos”,
em lugar de “kaustos”, adjetivo
verbal de “kaiõ”, que quer dizer:
“queimar”. Também chamada de oferta queimada, era inteiramente consumida sobre
o altar com exceção da pele e entranhas dos animais (Lv 1.9;1.16; 6.9; 7.8).
Era o único sacrifício regularmente estabelecido para o culto no santuário e
era oferecido diariamente, de manhã e à tarde por isso era chamado de o
sacrifício “tãmíd”, ou seja,
perpétuo, contínuo (Ed 2.3-5; Êx 29.38-42). Vejamos duas verdades sobre o
holocausto que se aplica a vida cristã:
3.1.
Holocausto fala da nossa entrega total a Deus. Na oferta de
holocausto o adorador deveria colocar a mão sobre o animal a ser sacrificado
(Lv 1.4) gesto que simbolizava duas coisas:
A. A identificação do ofertante com o
sacrifício.
B. A transferência de algo para o sacrifício.
No caso do holocausto, o ofertante estava dizendo: “Assim como esse animal é
entregue inteiramente a Deus no altar, também eu me entrego inteiramente ao
Senhor”. Devemos entregar por completo a nossa vida no altar de Deus como
sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (Rm 12.1).
3.2.
Holocausto fala de um ato contínuo. Como já vimos, o holocausto era um
sacrifício contínuo (Nm 28.6) e deveria ser apresentado de manhã e à tarde (Ed
3.3; Êx 29.39). Os judeus construíram o altar para ser usado, e assim, o
fizeram (Ed 3.3-5). Altar sem sacrifício, não tem valor. O apóstolo Pedro nos
exorta a: “oferecer sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus
Cristo” (1ª Pd 2.5). Diariamente o crente deve se preocupar com a manutenção do
seu altar (Lv 6.10-13;), e oferecer seu sacrifício a Deus, somente assim: “O
fogo arderá continuadamente sobre o altar, não se apagará” (Lv 6.13).
3.3
Consciência da dependência divina. O momento de renovação que os judeus
estavam vivendo incluía o reinício da celebração das antigas festas, que faziam
de Israel um povo distinto. E assim aconteceu com a celebração da festa dos
tabernáculos (Ed 3.4). Esta festa era um ajuntamento anual quando os judeus
habitavam em cabanas (tendas) por sete dias para rememorar sua libertação do
Egito, e peregrinação pelo deserto até a terra prometida num tempo em que não
tinham habitação permanente (Lv 23.33-44). Assim como a festa dos tabernáculos
lembrava os judeus a sua dependência de Deus, devemos reconhecer a nossa
dependência constante do Senhor Jesus: “[…] porque sem mim nada podereis fazer”
(Jo 15.5).
V. A
IMPORTÂNCIA DO ALTAR NA VIDA DO CRENTE
Os judeus quando retornaram do cativeiro
babilônico entenderam que sua maior necessidade era restabelecer a sua comunhão
com Deus, e para isto, imediatamente reconstruíram o altar colocando-o em suas
bases, retomando desta forma as ofertas de holocausto ao Senhor. Esta atitude
nos ensina que o altar deve ser uma prioridade em nossas vidas. Observemos
algumas verdades sobre o altar na vida do crente:
1. O
altar é um lugar de oração. Vários personagens da Bíblia edificaram “altares” ao
Senhor com o propósito de invocar o nome do Senhor como por exemplos:
1.1. Abraão (Gn 12.8; 13.4).
1.2. Isaque (Gn 26.25).
1.3. Jacó (Gn 35.1,7).
O altar da oração jamais deve ser
negligenciado pelo crente. Quando falta oração, falta também unção, graça,
temor de Deus e o crente se torna presa fácil para o diabo (Mt 26.41; Lc 22.
31-38). O sacerdote todos os dias deveria oferecer holocaustos no altar, assim
também deve ser a nossa vida de oração (Lc 18.1; Ef 6.18; 1Ts 5.17).
2. O
altar é o lugar do encontro com Deus. O altar do holocausto era um lugar de
encontro de Deus com o homem: “… onde vos encontrarei para falar contigo ali”
(Êx 29.42). Não há privilégio maior para o salvo de que desfrutar da comunhão
com Deus, e ouvir sua voz. Se houver em nós disposição para “oferecer
sacrifícios espirituais” (1ª Pd 2.5), Deus sempre virá ao nosso encontro. Neste
encontro ouvimos a sua voz: “[…] vos encontrarei para falar contigo ali” (Êx
29.42) e recebemos a sua bênção: “… virei a ti e te abençoarei” (Êx 20.24).
3. O
altar é um lugar de santidade e devoção a Deus. Deus exigia dos
sacerdotes santidade diante do altar (Êx 29.44). Uma das orientações que Moisés
recebeu de Deus sobre o altar, era que nele não deveria existir degraus (Êx
20.26). Esta orientação visava proteger os sacerdotes de expor sua nudez aos
olhos do povo. O Senhor quando apareceu a Gideão exigiu dele que antes de
construir um altar a Deus, deveria primeiro derribar o altar de Baal que
pertencia a seu pai (Jz 6.25,26). O altar é um lugar de santidade e devoção ao
Senhor (Rm 12.1). Deus nunca receberá o sacrifício de um altar imundo e
profano, é necessário separar o precioso do vil (Jr 15.19; Is 1.11-16; Ml
1.6-14; 2ª Co 6.14-18).
VI.
CRISTO, O CENTRO DA NOSSA COMUNHÃO COM DEUS
No tempo do Velho Testamento o altar era o
ponto central do culto a Deus No tempo do Novo Testamento o sacrifício de Jesus
no Gólgota é o grande acontecimento, para o qual o altar apontava
profeticamente. Paulo escreveu à igreja em Corinto: “Principalmente vos
entreguei o que também recebi, que Cristo morreu pelos nossos pecados” (1ª Co
15.3).
Escreveu ainda: “Nada me propus entre vós,
senão Jesus Cristo e esse crucificado” (1ª Co 2.2). “Todas as coisas subsistem
por ele” (Cl 1.17). “Para que em tudo (Jesus) tenha a preeminência” (Cl 1.18).
“Para vós os do altar que credes, é preciosa a pedra principal da esquina” (1ª
Pe 2.7). Tudo isto porque Jesus, pela sua morte expiatória, ganhou a redenção
para todo o mundo (Ef 1.7; 2.13-16; Rm 3.23-25; 5.9,10; 1ª Pe 1.18,19).
1.
Toda a Trindade atuou ativamente na morte expiatória de Jesus:
1.1.
O PAI CELESTIAL.
Antes da fundação do mundo o Pai planejou a obra redentora, com o sacrifício de
seu Filho (Ef 3.6-9). “Na consumação dos séculos enviou o seu Filho” (Gl 4.4;
Jo 3.16). O Pai participou diretamente do drama do Gólgota (2ª Co 5.19).
1.2.
CRISTO, O FILHO DE DEUS. Entregou-se a si mesmo em oferta e sacrifício (Ef
5.2; Hb 9.14). Ele levou os nossos pecados sobre o madeiro (1ª Pe 2.24) e
padeceu para levar-nos a Deus (1 Pe 3.18).
1.3.
O ESPÍRITO SANTO.
Ajudou o Filho a vencer todos os obstáculos que altar santificado, se
levantaram contra Ele, até chegar à cruz. Foi pelo Espírito Eterno que Jesus se
ofereceu a si mesmo imaculado a Deus (Hb 9.14).
2. O
Espírito Santo quer, pelo despertamento, mostrar aos homens a grande vitória de
Jesus no Gólgota.
O Espírito Santo quer iluminar o
entendimento dos homens para esta grande realidade: “Depois de serdes
iluminados suportastes grande combate de aflições” (Hb 10.32).
2.1.
O Espírito REVELA.
(Ef 1.17), iluminando os olhos do nosso entendimento para que saibamos a
grandeza de seu poder sobre nós que manifestou em Cristo ressuscitando-o dos
mortos (Ef 1.19,20). O Espírito Santo revelou a Pedro que Jesus era o Cristo, o
Filho do Deus vivo (Mt 16.16,17).
2.2.
O Espírito ENSINA
as profundidades do vitupério da cruz. Quando
Jesus, na estrada de Emaús, explicava aos seus discípulos o que as Escrituras
escreveram sobre a sua morte, os corações deles ardiam (Lc 24.32,45).
2.3. O Espírito EXPLICA o verdadeiro significado
da morte de Jesus na cruz, sobre o infinito alcance do brado: “Está consumado!”
(Jo 19.30).
Deus confirmou esta palavra de seu Filho, fazendo rasgar o véu de alto a baixo
(Mt 27.51) mostrando ao Universo que um novo e vivo caminho havia sido
consagrado pelo véu, isto é, pela carne de Jesus (Hb 10.19,20). Por meio desta
vitória os principados e potestades satânicos foram despojados, e Jesus
triunfou deles em si mesmo (CI 2.15). Por isto temos nele a vitória (1ª Co 15.57;
2ª Co 2.14; Rm 8.37). Pela fé em Jesus Cristo, podemos vencer o mundo (1ª Jo
5.4,5).
Por causa do brado “Está consumado”, a
justiça de Cristo agora é oferecida gratuitamente àqueles que crerem em Jesus
(2ª Co 5.21; Is 53.11; Gl 2.16; At 13.39; Rm 4.22-25).
2.4.
O Espírito PENETRA todas as coisas (1ª Co 2.10). A luz da glória
de Cristo, revelada na cruz, é uma luz que tudo manifesta (Ef 5.13). Quando
esta luz ilumina o painel da nossa consciência, como aconteceu com o profeta
Isaías (Is 6.5-7), sentimos o grande peso dos nossos pecados, e, pelo Espírito
Santo, somos despertados e levados ao arrependimento.
VII.
CUIDADO COM AS IMITAÇÕES
1. Tem
aparência de sabedoria. Colossenses 2.18-23: “Ninguém vos domine a seu
bel-prazer com pretexto de humildade e culto dos anjos, envolvendo-se em coisas
que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão, 19 - E não
ligado à cabeça, da qual todo o corpo, provido e organizado pelas juntas e
ligaduras, vai crescendo em aumento de Deus. 20 - Se, pois, estais mortos com
Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de
ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: - 21 Não toques, não proves,
não manuseies? 22 - As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os
preceitos e doutrinas dos homens; 23 - As quais têm, na verdade, alguma
aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do
corpo, mas não são de valor algum senão para a satisfação da carne.”
Alguns dizem que nem todos os
despertamentos de hoje têm as características que são mencionadas nesta lição.
Concordamos plenamente. Já no tempo dos apóstolos havia “movimentos” que
realmente “tinham uma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humilde e
em disciplina do corpo, mas não são de valor algum, senão para a satisfação da
carne” (Cl 2.23).
2. São falsos apóstolos.
2ª Coríntios 11:14-15 “E não é
maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. 15 - Não é
muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o
fim dos quais será conforme as suas obras.”
Também em nossos dias aparecem movimentos
“que são imitações baratas do verdadeiro despertamento. Muitos destes
movimentos empregam técnicas avançadas de dominações psicológicas.
Estes “avivalistas” ou “especialistas”
sabem com suas técnicas dominar o auditório, e podem fazer o público rir,
chorar, jubilar, pular, bater palmas, etc. Sabem até imitar o batismo como
Espírito Santo, “ensinando” o povo a falar em línguas! São, porém, experiências
sem nenhum poder e sem a menor reverência.
Uma de nossas igrejas sentiu-se obrigada a
orientar os irmãos acerca de o verdadeiro um movimento que faz de suas reuniões
“Shows” com apresentações de cantores “evangélicos.” Nesses “Shows” dominam
aplausos, vaias, gritos, assobios, bebidas alcoólicas, jovens dançando e se
requebrando de modo até mesmo sensual, enquanto os “hinos” estão sendo
entoados. Cuidado! Este tipo de imitação pode fazer com que a glória de Deus se
afaste.
Todo movimento feito sem que o Espírito
Santo esteja na direção, não pode prosperar. E como uma tartaruga deitada de
costas; movimenta os pés, mas fica no mesmo lugar. Mantenhamos o Espírito Santo
na direção. (SD) Então veremos cumprir se a palavra que diz: “Vão indo de força
em força” (Sl 84.7). Glória a Jesus.
CONCLUSÃO
Aprendemos com esta lição que todos os
despertamentos genuínos que a Bíblia apresenta começaram com a restauração do
altar (1ª Rs 18.16-40; 2ª Cr 29.3,27-28; 2ª Rs 16.10-12). Quando os judeus
voltaram do cativeiro, construíram o altar sobre as suas antigas bases, do modo
como manda a lei (Ed 3.3) e sacrificaram holocaustos ao Senhor mostrando assim,
um verdadeiro despertamento espiritual. A alegria foi grande entre os judeus,
pois podiam de novo sacrificar a Deus, e celebrar a festa dos tabernáculos.
FONTE
DE PESQUISA
1. ALMEIDA, Trad. João Ferreira. Bíblia
Sagrada BÍBLIA SHEDD.
2 BERGSTÉN Eurico. O despertamento renova
o altar. Lições Bíblicas do 3° trimestre de 2020 - CPAD.
3. Bíblia Online - ACF - Almeida Corrigida
Fiel
4. HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua
Portuguesa. São Paulo: OBJETIVA. 2001.
5. LOPES, Hernandes Dias. Neemias o líder
que restaurou uma nação. São Paulo: Hagnos, 2006.
6. RENOVATO, Elinaldo. Neemias integridade
e coragem em tempos de crise. Rio de Janeiro: CPAD, 2011.
7. STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo
Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD. 1997.
8. PACKER, J. I. Neemias paixão pela
fidelidade. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
9. VINE, W.E, et al. Dicionário Vine. Rio
de Janeiro: CPAD. 2002.
10. WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico
Expositivo do Antigo Testamento. PDF.