TEOLOGIA EM FOCO

quinta-feira, 13 de junho de 2013

40 PERGUNTAS PARA UM SABATISTA


1.  Por quê vocês guardam apenas um dos sábados cerimoniais judaicos ordenados por Deus? A cada sete anos, no sétimo ano, acontecia o ano de sábado, ou sabático. Também o ano do jubileu era um sábado (Levítico 25.1-22). Por que guardam apenas um e deixam de guardar os outros, conforme ordenado por Deus?

2. Por que baseiam tanto a sua religião no dia do sábado judaico, quando sabemos que o Senhor ensinou que tanto a lei como os profetas estão baseados no amor e não em guardar a lei levítica? (Mateus 22.34 – 40; 13.8 Romanos 10).

Obs. tradutor: Conheço várias famílias que enfrentam grandes necessidades, fome e privações por que são obrigadas a não aceitarem trabalhar no sábado cerimonial judaico, uma imposição cruel e desumana da religião. Essas famílias não recebem nenhum auxílio da grandiosa, rica Associação Adventista, seja mundial ou local. Será que não veem que envergonham e contradizem os ensinos do Senhor Jesus Cristo que quer misericórdia e não sacrifício? (Mateus 9.13)

3. Por que é que acendem fogo no sétimo dia, embora isto fosse estritamente proibido na lei levítica? (Êxodo 35.3). Não percebem que ao fazer isso vocês quebram a lei do sábado cerimonial judaico que pretendem guardar?

Obs: O “quebrar” do sábado cerimonial judaico impõe a pena de morte ao transgressor. E isso faz parte da lei do sábado, que não pode ser separado. Portanto, se querem guardar a lei que cumpram toda ela, começando por apedrejar os que quebram o sábado cerimonial judaico. (Êxodo 31.15, Tiago 2.10) (Ver pergunta 13)

4. Diga-me quando e onde o Senhor Jesus ensinou ou ordenou (ou alguns de seus apóstolos, ou qualquer outro escritor do Novo Testamento tenha ordenado), que algum gentio estivesse obrigado a guardar os dez mandamentos, conforme o guardavam os judeus, após a ressurreição do Senhor Jesus Cristo? Eu ficarei satisfeito se mencionarem apenas o capítulo e o versículo do livro.

Obs: O Senhor Jesus Cristo, ao contrário, quebrava a lei mosaica e o sábado judaico. Isso é afirmado categoricamente como um dos motivos pelos quais os judeus odiaram o Senhor Jesus Cristo (João 5.18).

5.  Podem me dar alguma passagem da Bíblia onde se é ordenado aos gentios convertidos ao cristianismo, no Novo Testamento, a obrigatoriedade da observância do sábado cerimonial judaico de acordo com a lei dada a Israel no Velho Testamento? Outra vez, simplesmente deem-me o capítulo e o versículo.
6. Vocês afirmam, embora não provem que se guardava o sábado cerimonial judaico antes de ser dada a lei a Moisés no monte Sinal. A lei de a circuncisão também foi dada antes de Moisés (Gênesis 17.10) COMO UM CONCERTO.. Então, por que vocês não praticam a circuncisão, sendo que este é um dos mais claros mandamentos da lei levítica? Lembrem que os gentios só poderiam guardar a lei cerimonial judaica, que incluía o sábado como vocês pretendem guardar, após serem circuncidados (Atos 11.2-3, 15.2)  Outra vez eu pergunto: Por que guardam um mandamento e desprezam outro? (Tiago 2.10)

7. O apóstolo Paulo escreve em Gálatas 3.19 que a lei foi dada por causa das transgressões. Vocês ensinam que a parte da lei que se refere à guarda do sábado cerimonial judaico foi dada ao homem imediatamente depois de sua criação, mas as escrituras dizem que a lei foi dada a Moisés, muito tempo depois da queda.  Não veem que a doutrina dos adventistas, que a lei foi dada em dois momentos, está em completo desacordo com a realidade bíblica?

8.  Por que será que com as ordens dadas aos nossos primeiros pais no Éden, e àquelas que foram dadas aos patriarcas Noé, Abraão, e outros, não há nem uma única referência ao ter que se guardar o sábado cerimonial judaico?  Por que não se menciona a palavra sábado senão quando já havia se passado mais de dois mil anos após a criação do homem? Se as doutrinas dos adventistas fossem corretas, então, não deveria haver referências claras, frequentes e explícitas na Bíblia ao ter-se de guardar-se o sábado cerimonial judaico antes do capítulo 16 do Livro do Êxodo?

Obs: Nem mesmo Abraão recebeu qualquer ordem de guardar os sábados cerimoniais judaicos, que foi dado somente a Moisés. Poderiam os adventistas mostrar algum versículo que provem que os patriarcas guardavam o sábado cerimonial judaico como eles defendem? Essa teoria só existe nos ensinos fantasiosos, fraudulentos e falsos de Ellen G. White.

9.  Onde dizem as Escrituras que Deus havia dado algum mandamento para a guarda do sétimo dia como cerimonial de aliança antes que o povo de Israel fosse redimido da escravidão do Egito? Lembre-se de mencionar o capítulo e o versículo em cada caso, sem fazer referência a Gênesis 2.1-3, pois lá não há mandamento algum.

Obs: O sétimo dia foi santificado apenas na mente de Deus, pois claramente vemos que a Bíblia menciona apenas aquilo que Deus comunicou verbalmente ao homem somente onde aparecem às palavras “...e lhes disse...” , além de “...e ordenou o Senhor..dizendo...” (ver Gên. 1.28-29, 2.16). Nada a respeito do sétimo dia foi dito a Adão ou a Eva.

10. Suponhamos que o mandamento do sábado cerimonial judaico foi dado a Adão no dia da criação. Então, como é que ele poderia ter alguma referência para a data em questão? Adão foi criado no sexto dia, o sétimo dia a que se faz referência no Gênesis se tornaria então o segundo dia de sua existência. Adão, que teria de trabalhar seis dias e logo descansar no sétimo, ficaria confuso, pois faltariam cinco dias em seu cálculo. O sábado cerimonial de Adão não seria o sétimo dia porque trabalharia apenas um único dia. O sábado de Adão, pela lógica, seria um sábado no segundo dia. Que confusão haveria então antes mesmo do pecado entrar no mundo, não é mesmo? (1ª Coríntios 15.33).
Obs: É interessante que os adventistas também fazem uma grande confusão no cálculo de dias, ocasionada pelo zelo farisaico de tentarem guardar a lei levítica dada ao povo de Israel e não a nós, cristãos dentre os gentios. No quarto mandamento, em Êxodo 20.9, lemos claramente que se devem trabalhar seis dias. É uma ordem, e é parte da lei a ser cumprida. Mas os adventistas trabalham apenas cinco, pois também aproveitam o “sabath” dos cristãos gentios, observado no 1º. dia da semana (Apocalipse 1.10), e folgam um segundo dia, geralmente indo a balneários e passeios. Logo de cara começam quebrando a lei que tanto tentam cumprir, não sendo reprovados antes mesmo do final da primeira frase do mandamento.

11.       Você já leu alguma vez Neemias 9.12-14, onde se diz claramente que o sábado cerimonial judaico foi dado a conhecer no Monte Sinai, ao povo de Israel, por intermédio de Moisés? Vendo que o sábado cerimonial judaico foi dado somente a Israel, qual a razão de insistirem em forçar outras pessoas (não israelitas) a guardar o sábado cerimonial judaico?

12.       Por que vocês colocam os gentios debaixo da lei cerimonial do sábado judaico se este nunca foi direcionado a eles? A lei diz claramente: “Tu, pois, fala aos filhos de Israel, dizendo...Guardarão, pois, os filhos de Israel, celebrando-o nas suas gerações por aliança perpétua. Entre mim e os filhos de Israel será um sinal para sempre;” Exôdo de 31.13,16-17. Em nenhum momento é mencionado à ordenança ao povo gentio, que deveria crer no Messias que haveria de vir (cristãos). Leia também Ezequiel 20.10-12.

13.       A lei do sábado judaico, que vocês adventistas pretender guardar, diz claramente: “Seis dias trabalharás, mas o sétimo dia vos será santo, o sábado de repouso ao Senhor; todo aquele que nele fizer qualquer trabalho morrerá.” Exôdo 35.2 – ver também Exôdo 31.14. Se a primeira parte da legislação for obrigatória para os cristãos, também deve ser a segunda parte. De que modo vocês tem agido para poder obedecer à lei que ordena matar àquelas pessoas que trabalhem no dia do sábado cerimonial judaico?

14.       Por que vocês comem comidas preparadas em fogo aceso durante o sábado judaico?  Não sabem que assim infringem a lei em que baseiam sua salvação eterna? (Êxodo 16.23-30 e 35.1-3)

15.       Por que não cumprem toda a lei do sábado oferecendo os sacrifícios que a lei levítica exige? Eles são parte essencial da lei do sábado, de acordo com Números 28.9,10. Mas vocês não respeitam o decreto e infringem a lei do sábado desobedecendo às exigências da guarda do sábado.

16.       Se os mandamentos da lei se referem apenas aos Dez Mandamentos como vocês adventistas pretendem, por que o Senhor Jesus Cristo respondeu acerca da lei citando dois mandamentos que não se encontram entre os dez? (ver Mateus 22.35-40) Ele citou um que está no livro de Levítico 19.18 e outro que se encontra no livro de Deuteronômio 6.5. Por acaso Jesus cometeu um engano? Só uma das alternativas pode estar correta: ou os adventistas estão com a razão e o Senhor Jesus Cristo errado, ou o Senhor Jesus Cristo está com a razão e os adventistas errados.

17.       O Apóstolo Paulo descreve a lei como um ministério de morte gravado em pedras (2ª Corintios 3.1-18 - Éxodo 20.1-17 - Éxodo 31.18 - Éxodo 32.15-16 - Éxodo 34.1-28). Ele também nos diz que este ministério havia de perecer, sendo ele transitório (2ª Coríntios 3.7-11). Podem os adventistas contradizer a Paulo e, principalmente, a Palavra de Deus nos dizendo que este ministério de morte retornou à vida, suplantando a Nova Aliança da Graça que nos foi trazida por Cristo? (Hebreus 12.24)

18.       Em Gálatas 3.19 lemos que a lei foi posta até que viesse a posteridade, deixando assim claro que a lei não seria perpétua, senão que serviria por um tempo definido. A posteridade, Cristo, já veio e nos redimiu da lei. (Gálatas 3.13) De maneira que, segundo as escrituras, já findou o período para a qual nos foi dada a lei. Somos livres dela (Romanos 7.1-6). Vocês aceitam o que a Palavra de Deus diz neste sentido ou negam as escrituras?

19.       Se os cristãos estão obrigados a guardar o sábado cerimonial judaico, porque não foi incluído este detalhe na importantíssima carta enviada às igrejas, após o concílio dos apóstolos e anciãos realizado em Jerusalém para considerar a questão da necessidade dos gentios guardarem ou não a lei? (Atos 15.1-29).

20.       Se os cristãos devem guardar o sábado cerimonial judaico, como se explica que o Senhor Jesus Cristo não faz nenhuma menção do tema, ao enumerar os mandamentos ao jovem rico em Mateus 19.16-22? Como é que o apóstolo Paulo escrevendo por inspiração do Espírito Santo, não trata em nenhuma parte de suas várias epístolas da suposta importância de se guardar o sábado?
  
21.       Nos capítulos 2 e 3 de Apocalipse se encontram sete cartas às igrejas, dirigidas às sete igrejas locais. São as últimas mensagens dadas diretamente às igrejas sobre a terra. Se fosse verdade o que enfatizam os adventistas, não se deveria ter sido recordada a importância da guarda do sábado em algumas dessas cartas?

22.      Se dizem que o domingo se iniciou com Constantino no século IV. Como explicam então que os “pais” da igreja, que escreveram durante os primeiros três séculos depois de Cristo, falem do primeiro dia da semana como sendo aquele em que aconteciam as reuniões dos crentes cristãos?

 Obs: Os cristãos da Igreja Primitiva decidiram naturalmente dedicar o domingo para adorar ao Senhor Jeová, por ter sido o dia da ressurreição de Jesus, fato sem a qual a nossa fé seria vã: (1ª Co 15.14).

“Quanto à coleta para os santos, fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for” (1º Co 16.1-2).

O primeiro dia da semana foi o dia adotado pelos apóstolos como o “dia do Senhor”, que era o domingo.

No primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão, Paulo, que devia seguir viagem no dia imediato, exortava-os e prolongou o discurso até à meia-noite” (At 20.7).

O domingo veio substituir o sábado como dia de culto em celebração da ressurreição.

Achei-me em espírito, no dia do Senhor, e ouvi, por detrás de mim, grande voz, como de trombeta” (Ap 1.10). Na época de ser escrito este Livro (95 d.C.), o domingo já tinha sido consagrado pela a igreja como dia especial de cultuar o Senhor Jesus Cristo.

“Tendo sido sepultados, juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos” (Cl 2.12).

O batismo simboliza a morte do velho homem (2ª Co 5.17; Gl 6.15), ou seja, quando fomos batizados, fomos também sepultados com Cristo, e no batismo também fomos ressuscitados com Ele por meio da fé. Se Jesus ressuscitou no primeiro dia da semana e este dia foi considerado como o “Dia do Senhor” pela igreja primitiva, e, também nós cristãos que recebemos este batismo, fomos ressuscitados com Ele na Sua morte. Então consideramos também este dia como o “Dia do Senhor”.

Assim esta prática foi tornada comum, sem decreto humano e sem imposição. Foi algo espontâneo. Constantino apenas confirmou uma prática antiga dos cristãos.

Nesse período da graça, não precisamos guardar o sábado de descanso, como os israelitas. A Igreja não está debaixo da lei mosaica (Rm 6.14; Lc 16.16; Gl 4.1ss). A Palavra de Deus afirma: “ninguém vos julgue [...] por causa dos [...] sábados, que são sombras das coisas futuras” (Cl 2.16,17). Isso não significa, evidentemente, que devemos desobedecer aos outros mandamentos. 

23.       Por que afirmam que um dos papas mudou o dia de descanso do sétimo dia para o primeiro? Há provas históricas cabais de que os cristãos observavam o primeiro dia durante séculos antes que houvesse papa algum! Como explicam isso?

24.       Se devemos guardar o sétimo dia, como é que os apóstolos e os cristãos primitivos celebravam suas reuniões de maior importância, como a ceia do Senhor, no primeiro dia em vez do sétimo?

 Obs. Os cristãos da Igreja Primitiva decidiram naturalmente dedicar o domingo para adorar ao Senhor Jeová, por ter sido o dia da ressurreição de Jesus, fato sem a qual a nossa fé seria vã: (1ª Co 15.14).

25.       Como sabem que realmente guardam o sétimo dia? Podem estar seguros que não houve erros nos cálculos desde o dia em que Deus descansou? Vocês tem de levar em conta as trocas efetuadas no calendário no ano de 46 a.C., quando se convinha que o ano tivesse somente 345 dias, para corrigir os erros que se haviam acumulados. Deve-se pensar também na lei do ano 1751, essa para “corrigir o calendário”, e que ordenou retirar 11 dias do mês de setembro. Com estas e outras modificações, estão seguros que sabem contar os dias desde a criação de forma absolutamente correta?

26.       Por acaso os sabatistas já leram Colossenses 2.14-17 que nos mostra que a “cédula foi riscada” e “tirada do meio de nós” significando que os rituais cerimoniais da lei mosaica (incluindo a guarda do sábado judaico que vocês defendem) foi cravada  na cruz?

27.       Nos versículos 16 e 17 do mesmo capitulo, vemos que certas coisas exigidas pela lei mosaica, entre elas a observância do cerimonial sabático, não são mais que uma sombra do que haveria de vir, o corpo espiritual de Cristo. Guardar o sábado é assim uma sombra. Como explicam isso?

28.      Por quê Romanos 14.5-6 que mostra que alguns fazem diferença entre dia e dia, mas que outros julgam iguais todos os dias? Ainda se diz: “Cada um esteja seguro em sua própria mente.” Por que o apóstolo Paulo não insiste que aqueles que julgam iguais todos os dias deveriam amar o sétimo dia como superior a todos os demais dias e “santificá-lo” conforme defendem os adventistas?

Obs:: Por acaso os ensinos de Ellen White são mais importantes que os de Paulo? Acreditam mesmo que ela estaria na verdade corrigindo um erro deste apóstolo ao exigir a guarda do sábado para salvação do crente?

29.       O tema principal do sabatismo é guardar a lei, especialmente a lei do sábado. Agora, no Novo Testamento encontramos que 50 vezes se faz menção de se pregar o Evangelho, 17 vezes para se pregar a Palavra, 23 vezes para se pregar a Cristo e 8 vezes para se pregar o Reino. Nem uma vez somente se fala de pregar a lei do sábado, como vocês tanto defendem. Como explicam isso?

Obs: Não veem que os que defendem é uma afirmação herética de que a Bíblia estaria errada e incompleta e os escritos de Ellen White seriam mais importantes que a própria Palavra Eterna de Deus, a ponto de acrescentar nela o que Deus não revelou? Já leram por acaso Provérbios 30.5-6 e Apocalipse 22.18-19?

30.       No Novo Testamento se encontra a palavra sábado 70 vezes. Vocês admitem que em todos os casos, menos em um, se faz referência ao dia de sábado conforme o cerimonial judaico, sem qualquer problema. Porém, neste caso único, a saber, o texto de Colossenses 2.16, onde a palavra é a mesma dos textos no grego, querem nos fazer crer que ela tem outro sentido. Por quê? Não será por que vocês têm consciência de que Colossenses 2.16,17 faz cair por terra seus argumentos doutrinários de que os cristãos estão obrigados a guardar a lei cerimonial mosaica, onde está incluído o sábado que vocês defendem como tábua de salvação?

31.       Vocês sabem que em Gálatas 3:22-25 se diz que a lei nos foi dada como aio (mentor) para nos levar a Cristo, pelo que, vinda a fé, já não estamos debaixo de aio? Portanto, já não estamos debaixo da lei. Devemos desacreditar deste trecho da Bíblia?

32.       Há uma advertência no Novo Testamento contra cada pecado moral (e não cerimonial) mencionado em cada um dos dez mandamentos, menos do quarto. Na verdade, não se faz menção em todo o Novo Testamento da obrigatoriedade de se guardar o sábado cerimonial judaico como atestado moral do crente. Observem as citações das Sagradas Escrituras fazem de cada caso do capítulo 20 de Êxodo (como obrigatoriedade moral e não cerimonial), com sua correspondente menção no Novo Testamento:

a.   Não terás outros deuses diante de mim (Êxodo 20.3; 1ª Coríntios 8.4-6; Atos 17.23-31);
b.   Não farás para ti imagem de nenhuma semelhança (Êxodo 20.4-5, 1ª João 5.21);
c.   Não tomarás o nome do Senhor Teu Deus em vão (Êxodo 20.7; Tiago 5.12).
d.   Guardar o dia de sábado (Êxodo 20.8 – NÃO HÁ NENHUMA REFERÊNCIA NO NOVO TESTAMENTO);
e.   Honra a teu pai e a tua mãe (Êxodo 20.12; Efésios 6.1-3).
f.    Não matarás (Êxodo 20.13; Romanos 13.9).
g.   Não adulterarás (Êxodo 20.14; Romanos 13.9; 1ª Coríntios 6.9; Efésios 5:3)
h.   Não furtarás (Êxodo 20.15; Efésios 4.28).
i.     Não dirás falso testemunho (Êxodo 20.16; Colossenses 3.9; Tiago 4.11).
j.     Não cobiçarás (Êxodo 20.17; Efésios 5.3).

Agora, se é pecado não guardar o sábado como os judeus, como é possível que em todo o Novo Testamento não apareça esta advertência, especialmente quando figuram todos os outros mandamentos das listas dos dez?

33.       O sábado judaico é parte da lei, portanto, colocar-se debaixo da obrigatoriedade de se guardar o sábado como os judeus é pôr-se debaixo da lei. Em Gálatas 3.10 nos é dito que todos os que estão debaixo da lei estão debaixo de maldição. Como vocês podem desejar tanto a maldição de Deus?

34.       Gálatas 5.4 nos diz que “separados estão de Cristo” os que voltam a se colocar debaixo da obrigatoriedade de se guardar a lei como os judeus e que “da graça tendes caído”. Como explicam isso? Ou rejeitam o claro ensino das Escrituras Sagradas?

35.       Se Romanos 7.4 nos ensina que o crente em Cristo está morto para a lei, por que a doutrina adventista apresenta aos seus “crentes” como estando vivos para a lei? Como explicam essa grave contradição com a Palavra de Deus?

36.       Os dez mandamentos gravados em “letras de pedra” são um ministério de morte, segundo 2ª Coríntios 3.7. Este ministério de morte haveria de perecer (2ª Coríntios 3.11). Porém, não é certo que os senhores adventistas, ao citar os mandamentos, quase sempre deixam fora estas palavras introdutórias? Seria por que este texto demonstra que os mandamentos foram dados somente a Israel (por mais que manifestem a nós gentios a santidade de Deus), e deixam a entender que a doutrina adventista está errada?

37.       Já observaram que os dez mandamentos começam com: “Eu Sou o Senhor teu Deus, que te tirou da terra do Egito, da casa da servidão.” (Êxodo 20.2)? Não veem que novamente estamos frente a uma manifestação clara de que se trata das ordenanças dadas especificamente a Israel?

38.       Os dez mandamentos se repetem em Deuteronômio 5 e ali se encontram as seguintes palavras: “Porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito, e que o Senhor teu Deus te tirou dali com mão forte e braço estendido; por isso o Senhor teu Deus te ordenou que guardasses o dia de sábado”. (Deuteronômio 5.15) Novamente vemos claramente que a ordenança do sábado foi dada a um povo que havia saído do Egito. Não veem que isto não se enquadra com a doutrina adventista que afirma que os cristãos gentios do Novo Testamento estão obrigados a guardar o sábado dado a Israel?

39.       Os ensinos adventistas ensinam que há duas leis: (1) os dez mandamentos, que eles chamam de a lei de Deus, e (2) a lei cerimonial, que eles chamam de a lei de Moisés. Poderiam dar-me, por favor, um só capitulo e versículo (no Antigo ou no Novo Testamento) onde é feita esta distinção?

Obs: Os Dez mandamentos faziam parte do antigo concerto que, por sua vez, abrangia os cinco livros da Bíblia conhecido como Pentateuco, constituído de 613 mandamentos, e não apenas dez (Dt 4.12-13; 9.8; Ex 34.27-28).

A Lei foi escrita por Moisés em pergaminhos e foram identificados como sendo “o Livro da Lei”. “E aconteceu que, acabando Moisés de escrever as palavras desta lei num livro... deu ordem Moises aos levitas... tomai este livro da lei, e ponde-o ao lado da arca da aliança do SENHOR vosso Deus” (Dt 31.24).

A Lei continha os “Dez Mandamentos”. Os mandamentos foram originalmente escritos em duas tábuas de pedra pelo dedo de Deus. Moisés os transcreveu das tábuas de pedra e os incluiu no “Livro da Lei” (Êx 31.18; 34.28).

É chamada lei de Deus, porque teve sua origem n’Ele. A lei de Moisés, porque foi Moisés o legislador que Deus escolheu para promulgar a lei no Sinai. Os preceitos, tanto do Decálogo como fora dele, são chamados de lei de Deus ou do Senhor e lei de Moisés (Lc 2.22-23; Hb 10.28). São, portanto, sinônimos e, por isso, não há distinção alguma (Ne 8.1-2, 8, 18).

A Lei e os dez mandamentos precisam ser distinguidos ao lermos o Novo Testamento. Paulo se refere a eles como sendo termos distintos e não sinônimos. 

40.       Observemos Neemias 8.1-3; 8:14; 9:3. Ao se falar de um único livro que se lia, aquelas passagens chamam (1) a lei de Moisés, (2) a lei de Deus, (3) o livro da lei, (4) a lei de Jeová seu Deus. As palavras se mesclam indiferentemente por tratar-se de um só livro, uma lei somente. Ou vocês desprezam mais esta verdade bíblica?

Obs: Quais as diferenças e como identificar a lei moral, lei civil e a lei cerimonial no Antigo Testamento? Qual o lugar de cada uma delas.

Os sabatista dizem que a lei de Deus é o Decálogo, e a de Moisés é a lei cerimonial, ou seja: os demais preceitos, que não são universais. Porém, a Bíblia afirma que existe uma só lei. O que existe, na verdade, são preceitos morais, preceitos cerimoniais e preceitos civis. São divisões distintas, mas uma só lei. 

A estes sabatistas, acredito que lhes falte a leitura de um folheto explicativo com o plano de salvação.

Amém.

Deus te abençoe.

Tradução do espanhol para o português com inserção de algumas notas de comentários breves: 

Pr Miguel Ângelo Luiz Maciel  e Pr. Elias Ribas 


JESUS CUROU NO SÁBADO


 “Sucedeu que, em outro sábado, entrou ele na sinagoga e ensinava. Ora, achava-se ali um homem cuja mão direita estava ressequida. Os escribas e os fariseus observavam-no, procurando ver se ele faria uma cura no sábado, a fim de acharem de que o acusar. Mas ele, conhecendo-lhes os pensamentos, disse ao homem da mão ressequida: Levanta-te e vem para o meio; e ele, levantando-se, permaneceu de pé. Então, disse Jesus a eles: Que vos parece? É lícito, no sábado, fazer o bem ou o mal? Salvar a vida ou deixá-la perecer? E, fitando todos ao redor, disse ao homem: Estende a mão. Ele assim o fez, e a mão lhe foi restaurada. Mas eles se encheram de furor e discutiam entre si quanto ao que fariam a Jesus.¶ Naqueles dias, retirou-se para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus. E, quando amanheceu, chamou a si os seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu também o nome de apóstolos: Simão, a quem acrescentou o nome de Pedro, e André, seu irmão; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelote; Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, que se tornou traidor. E, descendo com eles, parou numa planura onde se encontravam muitos discípulos seus e grande multidão do povo, de toda a Judéia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e de Sidom, que vieram para o ouvirem e serem curados de suas enfermidades; também os atormentados por espíritos imundos eram curados.19 E todos da multidão procuravam tocá-lo, porque dele saía poder; e curava todos” (Lc 6.6-19).

Mais um sábado, e mais uma vez os religiosos tentam acusar Jesus de transgredir a Lei, mas agora são eles os transgressores. No sábado anterior Jesus havia revelado sua Pessoa, o verdadeiro Davi e Messias de Israel, e sua posição de Senhor do sábado. Agora ele irá demonstrar seu poder de curar um homem com a mão direita atrofiada. Tal é o estado de Israel, com a mão tão mirrada que já não é capaz de fazer o bem ou exercer misericórdia.

Os membros do clero estão curiosos para ver se Jesus irá curar o enfermo no sábado, e Lucas revela aqui mais um atributo divino de Jesus: ele é capaz de ler os pensamentos dos fariseus e atende a curiosidade deles. Ele pede ao enfermo que se levante e venha para o meio da sinagoga onde todos possam vê-lo. Então Jesus pergunta aos fariseus e mestres da Lei: “O que é permitido fazer no sábado: o bem ou o mal, salvar a vida ou destruí-la?” (v. 9).

Ninguém se arrisca a responder. Se disserem que é permitido fazer o bem no sábado, então nada impede que o homem seja curado. Se disserem que fazer o mal ou tirar a vida de alguém seria transgredir o mandamento, estarão condenando a si mesmos, pois estão tramando como entregarão Jesus à morte.

“Estenda a mão”, ordena Jesus, e a mão do homem é restaurada. Mas, ao invés de palavras de louvor e gratidão, os religiosos ficam ainda mais furiosos e passam a conspirar contra Jesus, transgredindo assim eles próprios o sábado.

É significativo Lucas dizer que Jesus subiu ao monte para orar e passou a noite em oração. Ele convida seus discípulos a estarem naquele lugar elevado, e é ali que escolhe os que serão seus apóstolos, homens que o seguirão e depois serão responsáveis pelo alicerce da igreja. Judas Iscariotes, o traidor, seria mais tarde substituído por Matias, que igualmente viu a Jesus e sua ressurreição. Paulo é o décimo terceiro apóstolo, nascido fora de época e chamado por Jesus já ressuscitado no céu.

Para ser um apóstolo era necessário ter visto o Senhor, ter sido escolhido por ele, e ser testemunha de sua ressurreição. Muitos não viram o Senhor, não foram escolhidos por Ele e nem testemunharam Sua ressurreição. Mas os apóstolos não eram os únicos discípulos, pois vemos que eles descem do monte em direção à planície, onde estão muitos de seus discípulos e uma grande multidão em busca de seus ensinamentos e cura para suas doenças. A prova de que Jesus é Deus está em seu poder ilimitado. Lucas escreve que “dele saía poder que curava a todos” (v. 19).

-Mas como pode uma pessoa profanar o sábado e ao mesmo tempo fazer o bem? A lei do sábado diz que nenhum trabalho deve ser feito.

Uma coisa é fazer o bem só com a cabeça, outra coisa é fazer o bem com o coração. Veja essa questão: um bombeiro ou  policial, médico ou enfermeiro por exemplo, que trabalham no sábado, eles estão salvando vidas! Então eles são profanos por fazer o bem ao próximo?

"E um deles, intérprete da Lei, experimentando-o, lhe perguntou:  Mestre, qual é o grande mandamento na Lei?  Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas" (Mt 22.35-40).

A lei de Cristo é uma referencia ao “novo mandamento” (Jo 13.34; 1ª Jo 4.21) de amar uns aos outros. Esta lei abrande todo o fruto do Espírito (Gl 5.22-23) e cumpre todo o dever do homem para com Deus e os homens (cf. Gl 5.14).Uma vez que Deus é amor, a lição mais importante que ele quer que você aprenda na terra é como amar. É quando amamos que somos mais parecidos com ele, de modo que o amor é o fundamento de todos os mandamentos que ele nos deu: Toda a lei pode ser resumida neste único mandamento: “Ame aos outros como você ama a si mesmo”.

A nossa fé está baseada na lei de Cristo, que representa a graça de Deus em favor do homem caído, garantindo a nossa salvação. As leis e as cerimônias do Antigo Testamento, não foram capazes de salvar ninguém, conforme o Concílio Apostólico em At 15.11: “Mas cremos que fomos salvos pela graça do Senhor Jesus, como também aqueles o foram”.

Para afirmar aos gentios sobre a lei de Cristo, Paulo diz:

“Aos sem lei, como se eu mesmo fosse, não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo, para ganhar os que vivem fora do regime da lei” (1ª Co 9.21).

“Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço” (Jo 15.10).

“Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor” (1ª Co 13.13).

“Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13.35).

“E o amor é este: que andemos segundo os seus mandamentos. Este mandamento, como ouvistes desde o princípio, é que andeis nesse amor” (2ª Jo 1.6).

Podemos concluir que o amor é o maior mandamento. Contudo devemos entender que Jesus deixou implícito no Seu evangelho muitas ordenanças. Mas o maior dom é o amor.


Elias Ribas


O SÁBADO NA CRIAÇÃO


I.          INTRODUÇÃO

Lembra que Deus é Senhor, criador de todas as coisas; soberano sobre a criação, por esta razão Ele quer que tenhamos entendimento a respeito do sábado.

A palavra sábado no hebraico shabbath significa intervalo é derivado de uma raiz primitiva que significa: cessar, repousar, ou estar imóvel, parar, desistir, descansar; no verbo (Qal) guardar ou observar o sábado. Descansar no hb. shabbathown - observância do sábado, sabatismo. Sabatismo do latim sabbatismus – rigorosa observância do sábado como dia de culto e de descanso. Entre os adeptos dos sabatismo incluem-se os judeus e os adventistas do sétimo dia. Para os judeus era um concerto perpétuo (Êx 31.12-18).

II.       O TEMPO DE DEUS E O TEMPO DO HOMEM

“No princípio, criou Deus os céus e a terra. A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas. Disse Deus: Haja luz; e houve luz. E viu Deus que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas. Chamou Deus à luz Dia e às trevas, Noite. Houve tarde e manhã, o primeiro dia (Gn 1.1-5).

O TEMPO DOS HOMENS. O tempo dos homens é aquele expresso pela palavra grega cronos: o tempo do calendário, do relógio, tempo que costuma nortear a nossa vida.

O TEMPO DE DEUS. Esse tempo tão diferente do nosso, expresso pelo vocábulo kairós.

POR QUE DEUS PRECISOU DE 7 DIAS PARA CRIAR O MUNDO?

Ele não poderia criar tudo em milésimos de segundos (mais rápido do que um piscar de olhos)? E os dias da Criação, foram dias normais de 24 horas ou um período maior?

Quando Jeová criou a terra não foi no tempo literal como o sabatismo ensina. No Salmo 90 está escrito: “Porque mil anos aos teus olhos são como o dia de ontem que passou, e como uma vigília da noite”. E 2ª Pedro 3.8: “Amados, não ignoreis uma coisa: UM DIA PARA O SENHOR É COMO MIL ANOS E MIL ANOS COMO UM DIA”.

Não havia sol e nem lua, e o universo estava sob tempo de Jeová (cronos) e não do homem.

Em segundo lugar o capítulo primeiro de Gênesis trata-se da criação do universo, ou seja de toda a criação de Jeová.

O homem foi a última coisa que Jeová criou: Em Gn 1.27-28 diz: “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. 28 E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra”.

Então Jeová abençoou sua criação. Abençoar é diferente de guardar o sétimo dia.

No capítulo 2 de Gênesis a Bíblia começa a narrar à história do homem:

“Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e todo o seu exército. 2  E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito. 3  E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera (Gn 2.1-3).

Por que a Bíblia diz que Deus descansou no 7.º dia? Como o Todo-Poderoso foi se cansar? Jeová cansa? De maneira nenhuma Ele é Espírito e o profeta Isaías 40.28 diz: “Será que vocês não sabem? Será que nunca ouviram falar disso? O SENHOR é o Deus Eterno, ele criou o mundo inteiro. Ele não se cansa, não fica fatigado; ninguém pode medir a sua sabedoria”. Jesus disse certa vez: “Meu Pai trabalha até agora e Eu trabalho também” (João 5.17). O 7.º dia é chamado na Bíblia de SÁBADO DO ENHOR (Êxodo 20.10) e é frequentemente citado no Antigo Testamento. No Novo Testamento o dia mais citado não é o Sábado, mas a 2.ª VINDA DE CRISTO, chamada pelos profetas de “O DIA DO SENHOR”. Será que o Sábado tem alguma relação com o Retorno de Cristo?

E, havendo Jeová terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito. 3 E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera.


Não encontramos em Gênesis que os patriarcas guardavam o sábado. O sábado foi guardado no Éden, pelos patriarcas? A onde está escrito?

Pr. Elias Ribas

DOMINGO DIA DO SENHOR


Diz a Enciclopédia Encarta: Domingo, no Novo Testamento, é chamado “Dia do Senhor”. Em latim, dominica die, de onde deriva o seu nome nas línguas neolatinas, por exemplo: espanhol, domingo; italiano, domenica; e francês, dimanche; faladas por cerca de 400 milhões de pessoas”. “Dia do Senhor”, é uma expressão traduzida do original grego kuriake emera, de Apocalipse 1.9-10: “Eu João [...] fui arrebatado em espírito no Dia do Senhor [...]”. A palavra hebraica para o domingo é Yom Rishon, que significa “Dia Primeiro”.

A Enciclopédia Histórica Teológica da Igreja Cristã afirma: A frase “o dia do Senhor” (kuriake emera), ocorre uma só vez e isto se dá no último livro (Ap. 1.10) [...] Expressava a convicção de que o domingo era o dia da ressurreição, quando Cristo Jesus conquistou a morte, e se tornou o Senhor de todos (Ef 1.20-22). Não há nenhuma outra ocorrência da expressão de João em toda a Bíblia, nem sequer mesmo na Septuaginta. A expressão “O Dia do Senhor” (yom YHWH) em Joel 2.1, sempre foi vertida para o grego como emera kuriou. Vemos aqui duas razões tremendas: a primeira é a ressurreição de Cristo, que ocorreu, como sabemos, num domingo (Mt 28.1; Mc 16.2; Lc 24.1; Jo 20.1); em segundo lugar vemos distinção do dia senhorial do dia da parousia (arrebatamento – 1ª T. 2.19; 3.13; 4.15; 5.23), que também é chamado Dia do Senhor (At 2.20; 1ª Co 5.5; 2ª Pe 3.10; 1ª Ts 5.2). A palavra kuriakos é uma forma adjetivada da palavra kurios e significa exatamente “que diz respeito ao Senhor”, “pertencente ao Senhor” ou “senhorial”. A tradução mais literal de Apocalipse 1.10 seria: “eu fui arrebato em espírito no dia senhorial”. Como o adjetivo senhorial raramente é usado, partiu-se para o uso do seu sinônimo: dominical. Por quê? A palavra ‘senhor’ em latim é dominus. Daí vem o adjetivo dominical, correspondente ao substantivo “senhor” (por ex. Dom Pedro II = senhor Pedro II). Quando dizemos algo referente ao povo, não dizemos povoal, mas popular, que vem do latim populus. Por isso dominical significa referente ao Senhor. Domingo não é importado do paganismo, como saturdey; nem do judaísmo, como é o sábado. É o nome criado pelo apóstolo João para comemorar o dia da ressurreição de Cristo, consumando a libertação de toda a humanidade.

A palavra domingo é tradução literal da expressão criada por João e vertida para o latim como dominica die, por sua vez corretamente traduzida da Vulgata para as línguas neolatinas como domingo (português e espanhol), domenica (italiano) e dimanche (francês).

Para o cristão, o sábado judaico já não é obrigatório. As exigências cerimoniais foram canceladas na morte de Cristo (Cl 2.14; Rm 14.5-6; Gl 4.9-11). Alem disso, o sábado como dia fixo semanal de descanso foi parte do pacto entre Deus e Israel somente (Êx 31.13-17; Ez 20.12, 20).

Os cristãos observam o domingo como dia de repouso pessoal e adoração ao Senhor. É o dia que Jesus ressurgiu entre os mortos, sendo chamado no N.T. de “o Dia do Senhor”. Uma vez que o cristão não mais obrigado a observar o sábado judaico, ele tem fortes razões bíblicas para dedicar um dia, em sete, para seu repouso e adoração a Deus.

O princípio de um dia sagrado de repouso foi instituído antes da lei judaica:

“E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou” (Gn 2.3).

Isto indica que o propósito divino é que um dia, em sete, fosse uma fonte de benção para toda a humanidade e não apenas para a raça judaica.

[...] Os gloriosos acontecimentos do primeiro dia da semana fizeram com que o dia de descanso tomasse o lugar do sétimo. Enquanto no sábado do Antigo Testamento é comemorada a completa execução da extraordinária obra da criação, infelizmente corrompida pelo pecado, no “sábado cristão”, chamado no Novo Testamento de “Dia do Senhor”, é comemorada a consumação da obra de redenção, ainda maior que a da criação. Na lei o sábado era santo, na graça todos os dias são santos, sendo o primeiro dia separado para o Senhor.

Com a ressurreição de Jesus, proclamou-se a vitória dos filhos do primeiro Adão. Contudo, os evangélicos não estão obrigados a guardar o domingo da mesma maneira como os judeus guardavam o sábado, pois nenhuma recomendação nesse sentido existe no Novo Testamento.

Mas observância daquilo que já foi consumado por Cristo no Calvário é uma ofensa à graça divina. É contestar a gloriosa obra de redenção, concluída por Jesus, considerando ineficaz o sacrifício supremo do Filho de Deus [Abraão de Almeida. Revista Obreiro P. 30].

O propósito espiritual de um dia de descanso em sete é benéfico ao cristão. No A.T. esse dia era visto como uma cessação do labor e ao mesmo tempo um dia dedicado a Deus; um período para se conhecer melhor a Deus e adorá-lo; uma oportunidade para dedicar-se em casa e em público às coisas de Deus (Nm 28.9; Lv 24.8).

Assim como o sábado era sinal do conserto de Israel como povo de Deus (Êx 31.16-17), o dia de adoração do cristão (o domingo) é sinal de que este pertence a Cristo.

Jesus nunca ab-rogou o princípio de um dia de descanso para o homem. O que Ele reprovou foi o abuso dos líderes judaicos quanto à guarda do sábado (Mt 12.1-8; Lc 13.10-17; 14.1-6).

Nove dos dez mandamentos constam no Novo Testamento, exceto o sábado.

1. “Não terás outros deuses diante de mim” (Êx 20.3).
1. “…. vos convertais ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que há neles” (At 14.15).
2. “Não farás para ti imagem de escultura…” (Êx 20.4).
2. “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos” (1ª Jô 5.21).
3. “Não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão…” (Êx 20.7).
3. “…não jureis nem pelo céu, nem pela terra…” (Tg 5.12).
4. “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar” (Êx 20.8).
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5. “Honra teu pai e tua mãe….” (Êx 20.12).
5. “Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo” (Ef 6.1).
6. “Não matarás” (Êx 20.13).
6. “Não adulterarás…” (Rm 13.9).
7. “Não adulterarás” (Êx 20.14).
7. “…não matarás…” (Rm 13.9).
8. “Não furtarás” (Êx 20.15).
8. “…não furtarás…” (Rm 13.9).
9. “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo” (Êx 20.16).
9. “Não mintais uns aos outros…” (Cl 3.9).
10. “Não cobiçarás a casa do teu próximo” (Êx 20.17).
10. “…não cobiçarás…” (Rm 13.9).

 CONSTANTINO E O DOMINGO

Dizem os sabatistas, que o imperador romano, Constantino, trocou o sábado pelo domingo. Isso não é verdade. A palavra domingo, como já vimos caracteriza o “Dia do Senhor”.
Dentre as razões da substituição do sábado pelo domingo como dia semanal de repouso para a Igreja, destaca-se a seguinte:

1        Cristo ressuscitou no primeiro dia da semana (Mc 16.9).
2        O primeiro dia da semana foi o dia especial das manifestações de Cristo ressuscitado. Manifestou-se cinco vezes no primeiro domingo e outra vez no domingo seguinte (Lc 24.13, 33, 36; Jo 20.1; Jo 20.13, 19, 26).
3        O Espírito Santo foi derramado no dia de Pentecostes, um dia de domingo
(Lc 23.15, 16, 21; At 2.1-4).
4        Nos tempos do N.T., os cristãos dedicavam um dia especial, o primeiro dia da semana, para adorar a Deus e comemorar a ressurreição de Cristo (At 20.7; 1ª Co 16.2; Ap 1.10).
5        Os cristãos dos tempos apostólicos costumavam se reunir aos domingos para celebrar a Santa Ceia do Senhor, pregar, e separar suas ofertas para o Senhor.

Os cristãos da Igreja Primitiva decidiram naturalmente dedicar o domingo para adorar ao Senhor Jeová, por ter sido o dia da ressurreição de Jesus, fato sem a qual a nossa fé seria vã: (1ª Co 15.14).

“Quanto à coleta para os santos, fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for” (1º Co 16.1-2).

O primeiro dia da semana foi o dia adotado pelos apóstolos como o “dia do Senhor”, que era o domingo.

No primeiro dia da semana, estando nós reunidos com o fim de partir o pão, Paulo, que devia seguir viagem no dia imediato, exortava-os e prolongou o discurso até à meia-noite” (At 20.7).

O domingo veio substituir o sábado como dia de culto em celebração da ressurreição.

Achei-me em espírito, no dia do Senhor, e ouvi, por detrás de mim, grande voz, como de trombeta” (Ap 1.10). Na época de ser escrito este Livro (95 d.C.), o domingo já tinha sido consagrado pela a igreja como dia especial de cultuar o Senhor Jesus Cristo.

“Tendo sido sepultados, juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos” (Cl 2.12).

O batismo simboliza a morte do velho homem (2ª Co 5.17; Gl 6.15), ou seja, quando fomos batizados, fomos também sepultados com Cristo, e no batismo também fomos ressuscitados com Ele por meio da fé. Se Jesus ressuscitou no primeiro dia da semana e este dia foi considerado como o “Dia do Senhor” pela igreja primitiva, e, também nós cristãos que recebemos este batismo, fomos ressuscitados com Ele na Sua morte. Então consideramos também este dia como o “Dia do Senhor”.

Assim esta prática foi tornada comum, sem decreto humano e sem imposição. Foi algo espontâneo. Constantino apenas confirmou uma prática antiga dos cristãos.

Nesse período da graça, não precisamos guardar o sábado de descanso, como os israelitas. A Igreja não está debaixo da lei mosaica (Rm 6.14; Lc 16.16; Gl 4.1ss). A Palavra de Deus afirma: “ninguém vos julgue [...] por causa dos [...] sábados, que são sombras das coisas futuras” (Cl 2.16,17). Isso não significa, evidentemente, que devemos desobedecer aos outros mandamentos.

Para os israelitas, não guardar o sábado significava quebrar a aliança mosaica (Is 56.4-6; Êx 31.15). Para nós, não cultuar a Deus no domingo — considerado “o Dia do Senhor” — ou em outro dia aprazível não denota quebra de pacto com o Senhor. No máximo, revela negligência, no caso do crente que deixa de ir ao culto por qualquer motivo (Ef 5.14-16).

Concluímos, então que, se o cristão quiser um dia entrar no eterno descanso com Deus, deve ser um cumpridor das doutrinas fundamentais da Palavra de Deus e não de uma lei cerimonial abolida por Cristo que não nos dá o direito de sermos salvos, mas somos salvos pela fé em Cristo Jesus. Amém!

Pr. Elias Ribas
Igreja Evangélica Assembléia de Deus