TEOLOGIA EM FOCO: CAPÍTULO II - HISTÓRIA POLÍTICA DO BRASIL

sábado, 28 de outubro de 2023

CAPÍTULO II - HISTÓRIA POLÍTICA DO BRASIL

 

Esse capítulo é o mais longo desse tema (O Brasil uma nação abençoada por Deus) e em breve vou transformar em um livro. Desenvolvi em capítulos para que o leitor consiga ler em partes. Mas para você entender porque o Brasil será abençoado, te convido te convido ler até o final. Mas se não gosta de política, te convido a ler os demais. Todavia é importante ler todos os capítulos para compreender a dor de nosso país hoje.

I.   BREVE HISTÓRIA DO BRASIL

No dia 22 de abril de 2024, o Brasil completou 520 anos desde o seu descobrimento em 1.500, por Pedro Álvares Cabral. 

Qual era o nome do Brasil antes de ser chamado Brasil? 

Antes de receber o nome de Brasil nosso país teve oito nomes: 

·         Pindorama (nome dado pelos indígenas);

·         Ilha de Vera Cruz, em 1500;

·         Terra Nova em 1501;

·         Terra dos Papagaios, em 1501;

·         Terra de Vera Cruz, em 1503;

·         Terra de Santa Cruz, em 1503;

·         Terra Santa Cruz do Brasil, em 1505;

·         Terra do Brasil, em 1505;

·         Brasil, desde 1527. 

Primeiro nome do Brasil derivou da fé. Não a fé numa mulher chamada Vera, mas neste sentido 'vera' significa 'verdadeira'. Ou seja: O Brasil foi considerado a Terra da 'Verdadeira Cruz' pois fora 'descoberto' pelos portugueses que eram cristãos, indo assim de encontro ao lema da coroa que queria: “expandir o império e a fé”.

Os primeiros nomes de “Vera Cruz” e Santa Cruz, é devido à forte religiosidade dos portugueses. E por Brasil.

Portanto, o Brasil teve um início com base na fé da cruz, mas o que sempre atrasou os passos desta nação foi a idolatria e a má política que iremos ver no próximo capítulo.

Salmos 33.12 “Feliz a nação cujo Deus é o Senhor, e o povo que ele escolheu para sua herança.”

Para você compreender sobre o tema do livro “O BRASIL UMA NAÇÃO ABENÇOADO POR DEUS, você precisa conhecer o mal que amargura nossa nação. 

Duas coisas precisam acontecer para uma nação ser abençoada.

1º O grande sábio Salomão escreve em seus provérbios dizendo: “Quando os justos se engrandecem, o povo se alegra, mas quando o ímpio domina, o povo geme. (Pv 29.2).

2º “Feliz a nação cujo Deus é o Senhor, e o povo que ele escolheu para sua herança.” (Sl 33.12).

II. CONHECENDO O MAL QUE DESTRUÓI O BRASIL HOJE

Para você compreender o tema do livro “O BRASIL ABENÇOADO POR DEUS, você precisa conhecer o mal que amargura nossa nação.

Quando ouvimos falar de política principalmente no Brasil, nos causa um desgosto misturado com tristeza, por causa da corrupção e a tirania que hoje governa nossa nação.

Porque o Brasil está nesta situação? Porque o Brasil se tornou uma tirania? Existe uma saída para o Brasil? Sim existe! Eu creio que em breve o Brasil será liberto, porque Deus ama esta nação. Era necessário o Brasil cair no fundo do poço, para que o mundo e todos os brasileiros pudessem ver a maldade e principalmente a corrupção que vem de muito tempo.

Um dos maiores mal que levam as nações a pobreza é o socialismo, por ser um dos regimes mais brutais já surgidos na Terra.

1. Comunismo matou 110 milhões.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, “O comunismo matou 110 milhões de pessoas, o que representa dois terços do total de vítimas provocadas no século 20 por todos os regimes ditatoriais, afirmou o jornal.

O diário russo, que publicou os dados em espaço dedicado ao 80º aniversário da Revolução Russa, baseou-se em pesquisas realizadas por cientistas independentes da Suécia e dos Estados Unidos.

A ex-União Soviética lidera a lista de países que fez mais vítimas. Segundo o jornal, foram mortas 62 milhões de pessoas entre 1917 e 1987. Em seguida está a China comunista, onde foram eliminadas 35 milhões entre 1949 e 1987.

O “Izvestia” cita outros países cujas ditaduras provocaram extermínios, como Camboja (2,2 milhões de vítimas), Vietnã do Norte e Coréia do Norte (1,6 milhões cada), ex-Iugoslávia (1 milhão), Etiópia (725 mil), Romênia (435 mil) e Moçambique (198 mil). A pesquisa aponta o soviético Joseph Stálin como o maior assassino: seu regime teria matado 42,6 milhões de pessoas.” [Fonte de pesquisa: Jornal Folha de São Paulo https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1997/10/31/mundo/14.html - acesso dia 30?052024].

“Segundo o Jornal Folha de São Paulo, como título: “Paredón” cubano vitimou ao menos 3.820” [...] “O Cuba Archive é um bom esforço, mas não são cifras concretas porque a principal fonte é Havana, que não presta contas”, diz Pérez-Stable.”

“No “Livro Negro do Comunismo” (Bertrand Brasil, 1999), diz que entre 15 mil e 17 mil pessoas foram fuziladas. Diferentemente da parte soviética, porém, a seção não pôde contar com arquivos estatais da ilha. [Fonte de pesquisa: Jornal Folha de São Paulo https://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft2103201007.htm - acesso dia 27/05/2024].

Quando leio o 13º mandamento bíblico que diz: “Não matarás” (Êx 20.13), e no ensino das bem aventuranças de Jesus quando diz: “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo.” (Mt 5.21), como de regime da das trevas, comparando assim como um regime demoníaco. Além da corrupção, mentiras, maldades e tortura, o mais triste de tudo, matam as pessoas que discordam de suas ideias.

Astúcia satânica. Falado do bem, amor e democracia, mas são totalitários. Fazem de “promessas de prosperidade e fartura”, mas levam a população a pobreza assim que assumem o poder. 

2. Meios que o comunismo usa para implantar a nova ordem mundial.

Restringem as liberdades individuais, controle das redes sociais, censura à imprensa, prisões injustificadas de jornalistas, rastreamento de mensagens e redes sociais, tentativas de desconstrução da família e dos conceitos judaico-cristãos, além de supostas medidas macabras de despopulação mundial, como a banalização do aborto e genocídios biológicos ideologias de gênero.

III. O COMUNISMO 

Na história de nossa nação, o Brasil sempre foi perseguido por partidos de esquerda marxista, com o pensamento de criar um governo comunista na América Latina e no Brasil sendo a sede e o sustentador desse movimento. Por três vezes, políticos ligados a China comunista, tentaram implantar o sistema de Carl Marx no Brasil, porque o nosso país é muito rico e, por isso a visão de esquerda sempre foi focada no Brasil, pois teria condições de sustentar os países da américa que tivessem um governo socialismo no poder.

O Brasil já enfrentou duas batalhas contra o comunismo, e obteve sucesso. Em 1935 e 1964, porém hoje 2023 eles retornaram de uma forma orquestrada e aparelhada assumiram o poder governamental, portanto, vivemos a sombra de uma queda democrática e a ascensão de um regime comunista.

Pesquisa Ipec aponta que 44% dos brasileiros concordam que o Brasil corre o risco de virar um país comunista.

Segundo o Papa Leão XIII, “o comunismo é uma peste mortífera, que invade a medula da sociedade humana e a conduz a um perigo extremo”.

Na verdade, o comunismo nunca deu certo em lugar algum, por ser um dos regimes mais brutais já surgidos na Terra.

O mundo hoje conhece os horrores do regime: as prisões, as torturas, as execuções sumárias, os Gulag (Glavnoe Upravlenie Legarei), que significa “Administração Central dos Campos”, o massacre de etnias e a perseguições das religiões, além disso ele destrói a economia e a liberdade individual.

Tentativas de ressurgimento comunista surgem de tempos em tempos. O exemplo mais recente foi o do Foro de São Paulo, de 1990, que reuniu partidos marxistas e movimentos guerrilheiros de toda a América Latina, sob o tema de ganhar na América Latina, para o comunismo, o que havia sido perdido. Tal movimento teve um avanço considerável, onde se implantou este regime brutal como Cuba e recentemente na Venezuela e o Brasil corre um grande risco de se proliferar.

De tudo isso fica uma grande indagação: por que, a despeito de ser uma doutrina totalitária, genocida, brutal, reconhecidamente incapaz de atingir suas metas e levando a miséria onde se implanta, o marxismo ainda encontra tantos adeptos mundo afora? 

III. INTENTONA COMUNISTA DE 1935 

“A Intentona Comunista foi um levante organizado pelo Partido Comunista em 1935, também conhecida como Revolta Vermelha de 35, liderado por Carlos Preste.

“Em 1931, Prestes foi convidado para ir a Moscou receber instruções para organizar um levante armado para derrubar o governo de Getúlio Vargas. Para executar a revolta, Prestes contou com o apoio de Olga Benário, agente soviética e sua amante.

Os principais objetivos da Intentona Comunista eram a deposição de Getúlio Vargas do poder e a implantação de um novo governo sob a liderança de Luís Carlos Prestes. Essa tentativa de tomar o poder pelas armas fez com que Vargas decretasse a ilegalidade da “Aliança Nacional Libertadora” cuja a sigla é “ANL”.

Os participantes da Intentona Comunista esperavam ter o apoio da classe trabalhadora, mas isso não aconteceu. As tropas federais derrotaram os revoltosos. Prestes foi preso, e Olga Benário, que era judia, foi deportada para a Alemanha nazista.

O final do ano de 1935 marcou o início de uma violenta repressão do governo central a todos os opositores do regime. Foram feitas milhares de prisões, não somente de comunistas como de simpatizantes e integrantes da ANL, de socialistas, trotskistas e anarquistas.

Desde então, a Revolta de 1935 passou a ser lembrada todos os anos no dia 27 de novembro pelas forças armadas, como um exemplo da ameaça que os comunistas representam para a conservação do regime democrático.”

[Intentona Comunista, Publicado por Carlos César Higa https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/intentona-comunista.htm#:~:text=Em%201931%2C%20Prestes%20foi%20convidado,agente%20sovi%C3%A9tica%20e%20sua%20amante. - acesso dia 09/05/2024]. 

IV. INTENTONA COMUNISTA DE 1964 

1. A influência da Guerra Fria sobre os acontecimentos de 1964. “Antes de entender os eventos de 31 de março de 1964 que levaram ao que se chama de Ditadura Militar em vez de “governo militar”, é preciso entender o que estava acontecendo no mundo. E o acontecimento mais importante que influenciou este episódio foi a Guerra Fria entre os EUA e a URSS, no início do ano 1947.

A Rússia comunista já dominava quinze países, resultando na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Stálin tinha continuado a revolução socialista de Lênin, espalhando o terror vermelho durante as décadas de seu governo. A missão era conquistar o mundo e implementar o comunismo. Para isso, ele enviou tropas para a Polônia, eliminando a oposição ao partido comunista e estabelecendo um governo pró soviético. Fez o mesmo na Bulgária, Tchecoslováquia, Romênia e Hungria, todos com ditadores que respondiam diretamente a Moscou. O sistema comunista não foi imposto de forma democrática nesses países, eles se tornaram comunistas não porque quisessem, mas porque foram obrigados. Agora, é preciso entender o papel dos serviços secretos (KGB) que também estavam presentes no Brasil.

Atenção dos agentes da KGB, estavam voltados para quase toda a América do Sul, mas principalmente para o Brasil. O Brasil havia se tornado um alvo dos comunistas e alguns planos já estavam em ação antes de 1964. [https://www.brasilparalelo.com.br/artigos/ditadura-militar-no-brasil - acesso dia 09/05/2024].

“governo militar” [Grifo meu]. 

2. A estratégia do partido comunista para tomar o poder. O serviço secreto da KGB e sua influência no governo Militar no Brasil.

Segundo o Jornal El País, “Jânio Quadros ainda não tinha sido eleito presidente do Brasil quando, em visita a Moscou, em 1959, fez uma promessa ao tradutor que o acompanhava na viagem pela União Soviética: “Quando eu chegar ao poder, e chegarei com 100% de certeza, você será o primeiro a receber o visto”. O presidente eleito no ano seguinte nunca saberia, mas Alexandr Ivanovich Alexeyev, que atuara como seu tradutor, era um agente da KGB, a “Agência de Inteligência Soviética.” Parte dessa história, que culminaria na retomada das relações do Brasil com a União Soviética em 1961, é contada no livro 1964 - O elo perdido (Vide Editorial, 2017), de Olavo Carvalho. A obra é fruto da primeira investigação brasileira nos arquivos do serviço de inteligência da antiga Tchecoslováquia, o StB (sigla para “Segurança Estatal”), feita pelo paranaense Mauro Kraenski em parceria com o tcheco Vladimír Petrilák. Submetida à KGB, a StB atuou na América Latina durante a Guerra Fria e seus arquivos servem como aperitivo das ações soviéticas no continente, já que os documentos de Moscou seguem restritos.” [Jornal El País https://brasil.elpais.com/brasil/2018/06/04/politica/1528124118_758636.html acesso dia 09/05/2024]. 

“Durante todo o ano de 1963, o PCB (Partido Comunista Brasileiro) foi opositor de Goulart, recusando a estratégia presidencial de aliar o PTB ao PSD para alcançar maioria no Congresso Nacional. Por fim, de fins de 1963 até o governo militar no ano seguinte, os comunistas tornaram-se aliados do presidente. A mudança foi motivada pela decisão de Goulart de romper com o PSD e governar com o apoio político das esquerdas. “Conforme escreveu Marcelo Carvalho em seu blog, “a contra-revolução de 1964”, se insere como uma reação ao que é chamado a ‘terceira tentativa de poder pelos comunistas’. Sendo a primeira tentativa se refere a fracassada Intentona Comunista de 1935.” [Fonte de pesquisa: SciElo Brazil, Partido Comunista Brasileiro e o governo João Goulart, https://www.scielo.br/j/rbh/a/VzG6xG7GSg4cWSBB7qSHCKQ/ - acesso dia 09/052024]. 

3. O que estava acontecendo no Brasil antes do governo Militar?

“Com a renúncia de Jânio, quem assumiu foi seu vice, João Goulart, que tinha ligações com as outras ditaduras populistas latino-americanas. Ele estava na China comunista de Mao Tsé-Tung quando Jânio Quadros renunciou.

Jango sustentava teses de esquerda, mesmo que o Brasil não as quisesse. Além do que vimos, ele começou uma política econômica intervencionista, desenvolvimentista, emissionista e inflacionária. A inflação atingiu 100% ao ano e a situação era insustentável.

Em meio a tudo isso, Goulart concluiu que o melhor era unir-se à extrema esquerda e ainda encorajava os grupos a fazer greves para pressionar o Congresso.

Com a presença da KGB aqui no Brasil, com guerrilheiros treinados em Cuba e com a ajuda da STB, as tensões só aumentaram. Em 1962, já se sabia da existência de pelo menos oito campos de treinamento das ligas camponesas do Brasil que tiveram treinamento de guerrilha em Cuba. Esta era a semente do que mais tarde viria a se tornar o MST.”

[Fonte de pesquisa. Brasil Paralelo. Ditadura Militar no Brasil ou Regime Militar? https://www.brasilparalelo.com.br/artigos/ditadura-militar-no-brasil - Acesso dai 15/052024].

“O historiador Agnaldo Del Nero Augusto argumenta que tal posição era “explicada pelos antecedentes de João Goulart que, quando ocupara a pasta do trabalho no governo Vargas, permitira ampla infiltração de ativos e notórios agentes do comunismo internacional em seu ministério”. E prossegue lembrando que, na sua viajem a China, Jango fizera um pronunciamento radical revelando sua intenção de estabelecer no Brasil uma república popular no que “seria necessário contar com as praças para esmagar o quadro de oficiais reacionários. De posse de uma gravação desse pronunciamento de Goulart, os ministros militares amadureceram a ideia de não deixá-lo assumir. Alimenta ainda a suspeita sobre a inclinação golpista de Jango a grave denúncia feita pelo então deputado Armando Falcão em 22 de Novembro de 1963 quando afirmara que já em1960 João Goulart, na época vice de Juscelino, articulara junto a Leonel Brizola um golpe para derrubar Juscelino e assim evitar as eleições presidenciais pois pressentiam que a candidatura de Lott não era forte suficiente para derrotar Jânio, o que de fato não era.

No governo Jango, o impulso golpista era orquestrado pelos comunistas que sabiam explorar as contradições de seu governo. O caráter oscilante do governo Jango [...] “via a necessidade de reformas de base necessárias para o país sem, no entanto, atentar para o equilíbrio de forças do Congresso que dificilmente aprovaria reformas que consideravam demasiadamente radicais. Sua complacência com o radicalismo de Arraes em Pernambuco, e de Brizola e seu Grupo (paramilitar) dos Onze que do sul clamava “reforma ou revolução”, criava uma situação volátil que os comunistas viam como necessária para fechar o congresso sob pretexto do mesmo não aceitar as reformas de base. O Partido comunista era o núcleo central do planejamento do golpe de estado. João Goulart procurou associar-se a eles nessa preparação, criando uma Frente Popular ao qual o PCB estabeleceu uma série de exigências para integrar.” [Fonte de pesquisa. [WOL. CONTRA-REVOLUÇÃO DE 1964 - https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/historia-do-brasil/contrarevolucao-1964.htm - acesso dia 09/05/2024].

“Foi nessa época que João Goulart passou a ser chamado mais firmemente de “comunista”, inicialmente por um de seus opositores mais ferrenhos, o jornalista Carlos Lacerda, dono do jornal Tribuna da Imprensa, e gradativamente em todos os conflitos políticos. O “comunismo de Jango” se tornaria uma acusação grave, primeira tomada pelos militares, depois pela população e, então, pela própria história, com consequências significativas na trama do golpe de 1964.

Foram alguns dos meses mais críticos do século 20 do Brasil. Segundo Jorge Ferreira, no ano de 1964, já havia um “anticomunismo espalhado pela sociedade”, mas sobretudo apontado na direção de Jango.”

No dia 13 de março de 1964, o presidente falou de improviso em um comício organizado por grupos à esquerda, ligados ao PCB e ao Comando Geral dos Trabalhadores (CGT), em frente à estação Central do Brasil, no Rio de Janeiro. Em um momento definitivo daquela fala – e do futuro do país –, Jango atacou parte da Igreja Católica, contrária à reforma, vociferando que “nem os rosários podem ser erguidos como armas contra os que reclamam a disseminação da propriedade privada da terra”. Fonte de pesquisa, News Brasil, https://www.bbc.com/portuguese/articles/c1rx9vv3lvno - Acesso dia 09/05/2024].

“A conspiração baseava-se no sucesso de duas ações preliminares: “o fechamento do Congresso” e a “dissociação das Forças Armadas”. O primeiro objetivo seria consolidado no Comício da Central de 13 de Março quando seriam anunciadas as reformas de base que por sua vez seriam fatalmente vetadas pelo Congresso. “Nessa ocasião, Brizola exigiu o fechamento do Congresso e a convocação de uma Constituinte para eleição de um Congresso Popular. Declarou que a violência seria respondida com a violência”. O segundo objetivo seria “consolidado por uma cerimônia no automóvel clube onde Jango se confraternizaria com os suboficiais e sargentos que haviam se amotinado, estabelecendo a indisciplina, a quebra da hierarquia militar, e incapacitando a ação combativa das unidades.” E foi assim, no meio de uma grande instabilidade política e social iniciada na posse de Jango e que se seguiu por todo seu governo, que a contrarrevolução foi se formando tendo sido deflagrada com o movimento das tropas do general Olímpio Mourão Filho vindo de Minas Gerais em direção ao Rio de Janeiro na madrugada de 31 de Março de 1964. [CONTRA-REVOLUÇÃO DE 1964. Publicado por: Marcelo Carvalho - https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/historia-do-brasil/contrarevolucao-1964.htm - acesso dia 09/05/2024]. 

“As reformas de base para implantar o comunismo em 1964. 

O Governo de João Goulart pregava:

·         Reestruturação da Constituição;

·         Mudanças drásticas na política agrária, urbana, educacional e tributária. 

As reformas de base incluíam:

·         Estatização de refinarias;

·         Desapropriação de terras;

·         Fixação do preço de aluguéis;

·         Limitação de remessa de lucros para o exterior. 

Estas medidas eram inconstitucionais e o próprio governo já esperava que elas não fossem aceitas pelo Congresso. Por esta razão, Jânio pediu a aprovação do Estado de Sítio, uma medida extremamente autoritária. Ele tentou governar por decretos e isto foi decisivo para que a oposição se manifestasse contra ele.

Em março de 64 houve o ápice da agitação nas ruas, das greves e da crise em que o país se encontrava. Junto com Prestes, grupos comunistas e militares insubordinados, João Goulart organizou comícios em todo Brasil pressionando o Congresso a aprovar as Reformas de Base. 

31 de março de 1964.

“O país sofria uma de suas piores crises, greves, ameaças de guerra civil, caos quase incontrolável, deterioração econômica e financeira, indisciplina nos quartéis e inflação muito alta. Falava-se em matar, fuzilar e destruir. Parecia que em poucos dias ou horas os brasileiros começariam uma guerra civil. Por esta razão, as forças armadas, também ameaçadas, foram chamadas a cumprir a missão que o momento lhes impunha, restabelecendo a ordem e livrando o país da ameaça comunista.

Jango estava no Rio de Janeiro quando as forças comandadas pelo General Olímpio Mourão Filho se aproximaram. Ele foi para Brasília e depois para Porto Alegre, onde se encontrou com o Brizola, que o encorajava a enfrentar. Mas, ele estava com medo, porque sabia que haveria derramamento de sangue.

O país estava a um passo de entrar em uma guerra civil, por isso pode-se dizer que a revolução de 64 foi feita para deter a marcha do Brasil para Havana e Caracas.

Preocupados com a democracia e com a soberania nacional, os brasileiros saíram às ruas na maior manifestação pública da história do Brasil na época, para dizer não ao comunismo. O país estava a um passo de entrar em uma guerra civil... [...] Naquele momento, os militares entraram com o apoio da sociedade, da Igreja Católica, da OAB, da imprensa, da UDN e de vários sindicatos.

Segundo a Constituição de 46, se o Presidente da República se ausentasse do país sem comunicação oficial com a sede do governo, ele estaria impedido. João Goulart estava ainda em território nacional voando de Brasília para Porto Alegre, quando Auro de Moura Andrade (presidente do Congresso Nacional) declarou a vacância do cargo:

“Atenção! O Senhor Presidente da República deixou a sede do governo. Deixou a nação acéfala. Numa hora gravíssima da vida brasileira, abandonou o governo. E essa comunicação faço ao Congresso Nacional. Esta acefalia, esta acefalia configura a necessidade do Congresso Nacional como poder civil, imediatamente, tomar a atitude que lhe cabe nos termos da Constituição brasileira. Está sobre a nossa responsabilidade, a população do Brasil, o povo, a ordem! Assim sendo, eu declaro vaga a Presidência da República!”

Para continuar a revolução que começaram, os líderes das forças armadas formaram uma junta militar, o Supremo Comando da Revolução, que eram os generais.

A primeira medida da nova força supraconstitucional foi:

Ato Institucional Número 1. Estes atos eram decretos com força constitucional para fazer valer novas leis imediatamente.

O número 1 convocava o Congresso para eleger o próximo Presidente da República. Com 98% dos votos, os deputados federais elegeram Humberto de Alencar Castelo Branco, com amplo apoio da população, da classe política e da imprensa.

Ele foi escolhido democrática e legitimamente pelo Congresso Nacional, recebeu votos do próprio Juscelino Kubitschek e do próprio Ulysses Guimarães (político brasileiro famoso por sua oposição à ditadura). Esperava-se que fosse uma transição e que, na sequência, Lacerda e Juscelino Kubitschek disputassem nas urnas.

Assim que Castelo Branco cumprisse o mandato de João Goulart, novas eleições diretas deveriam ser realizadas em 1965. Mas esta ideia não era unânime entre os militares. Diferentes grupos disputavam espaço, exercendo pressão sobre o governo recém-formado. Sob pressão da chamada “Linha Dura”, mais radical entre os militares, o governo Castelo Branco teve seu mandato prorrogado, governando de 1964 a 1967.

Castelo Branco também iniciou o Ato Institucional nº 4 com a intenção de institucionalizar o regime o máximo que pudesse, para que houvesse regras. O produto foi a convocação à constituinte. Isto significa pensar uma nova Constituição para o Brasil, o livro com as normas que regem o Estado. [Fonte de pesquisa. Brasil Paralelo. Ditadura Militar no Brasil ou Regime Militar? https://www.brasilparalelo.com.br/artigos/ditadura-militar-no-brasil - Acesso dai 15/052024].

Durante o governo militar, iniciado em abril de 1964, os presidentes da República eram escolhidos em eleições indiretas, por meio do Colégio Eleitoral, composto por congressistas e delegados das assembleias legislativas de todo o país. [Fonte de pesquisa: https://www.tse.jus.br/jurisprudencia/julgados-historicos/eleicao-de-1985-fidelidade-partidaria-no-colegio-eleitoral - Tribunal Superior Eleitoral.  Acesso dia 16/05/2024]. 

V. NOVA REPÚBLICA 

1. Eleições de 1985. A Nova República também conhecida como ou Sexta República Brasileira, é o período da história brasileira que teve início em 1985. Com as eleições indiretas e finalizando assim o governo militar que durou 21 anos de duração. A Nova República é marcada por ser o período da redemocratização do Brasil e é entendido como a fase “mais democrática de nossa história.”

Neste ano houve as eleições indiretas com dois candidatos: Tancredo Neves (PMDB) e

Paulo Maluf ((PDS/SP), “com uma larga diferença de 300 votos, Tancredo Neves derrotou a chapa de Paulo Maluf e, assim, foi eleito presidente da República.

Assim a Nova República inicia-se com o fim do mandato do presidente e general João Batista de Oliveira Figueiredo.

Uma frase atribuída ao ex-presidente militar João Batista Figueiredo é uma previsão sobre o Partido dos Trabalhadores a 35 anos atrás referindo ao Partido dos Trabalhadores (que estava sendo fundado em 1980) que iria tentar instituir o comunismo no Brasil e só iria sair do poder a custa de muito sangue do povo brasileiro.

Texto de uma das versões que circulam pela web: “Vocês querem, então vou reconhecer ‘esse’ sindicato como Partido (PT). Mas não esqueçam que um dia ‘esse’ partido chegará ao poder e lá estando, tudo fará para instituir o COMUNISMO. Nesse dia, vocês vão querer tirá-los de lá. E para tirá-los de lá, será a custa de muito SANGUE BRASILEIRO.” (Reunião do Gabinete em 1980) João Batista de Oliveira Figueiredo”. 

Às vésperas da posse foi internado, o vice-presidente José Sarney assumiu interinamente, mas em 21 de abril de 1985 veio a falecer. Fato que trouxe comoção nacional. Seu corpo subiu à rampa do Palácio do Planalto onde foi velado e depois levado para sua cidade natal. [Fonte de pesquisa: Interlegis https://www.interlegis.leg.br/comunicacao/noticias/2007/02/tancredo-neves-o-presidente-que-o-brasil-escolheu - acesso dia 16/06/2024]. 

Segundo o blog Ultimato, “um presidente já eleito disse a seguinte frase antes de assumir a presidência: “Agora nem Deus impede que eu suba a rampa do planalto”. O autor da frase, Tancredo Neves, faleceu antes de colocar os pés na rampa do planalto.” [Fonte de pesquisa: https://ultimato.com.br/sites/blogdaultimato/2008/10/13/nunca-desafie-deus/ - acesso dia 16/05/2024]. 

2. Presidentes da Nova República. 

Desde o início da Nova República, os presidentes foram os seguintes: 

1. José Sarney (1985–1990);

2. Fernando Collor de Mello (1990–1992);

3. Itamar Franco (1992–1995);

4. Fernando Henrique Cardoso (1995–2003);

5. Luiz Inácio Lula da Silva (2003–2011);

6. Dilma Rousseff (2011–2016);

7. Michel Temer (2016–2019);

8. Jair Bolsonaro (2019–2022);

9. Luiz Inácio Lula da Silva (2023).

Durante o governo militar a legislação partidária no Brasil permitiu a existência de apenas dois partidos: Arena e MDB. Arena a era um partido político predominantemente conservador e toda a oposição estava reunida no “Movimento Democrático Brasileiro - MDB.

Com o fim do regime militar a perda de fôlego do regime, no entanto, o sistema de bipartidarismo teve fim. Quando foi liberada a criação de partidos políticos, houve grande fragmentação, especialmente por conta da diversidade ideológica no grupo democrático.

Elias Ribas

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