Êxodo 24.12-15 “Então disse o
Senhor a Moisés: Sobe a mim ao monte, e fica lá; e dar-te-ei as tábuas de pedra
e a lei, e os mandamentos que tenho escrito, para os ensinar. 13- E levantou-se
Moisés com Josué seu servidor; e subiu Moisés ao monte de Deus. 14- E disse aos
anciãos: Esperai-nos aqui, até que tornemos a vós; e eis que Arão e Hur ficam
convosco; quem tiver algum negócio, se chegará a eles. 15- E, subindo Moisés ao
monte, a nuvem cobriu o monte.”
Nos versos 12 ao18 formam a introdução para o momento extraordinário do encontro de Deus com Moisés, quando esse recebe as tábuas da lei.
1. A chamada. “Então o Senhor disse a Moisés: Sobe a mim no monte e espera aí” (v. 12a). Conforme declarado acima, Aarão, Nadabe, Abiú e setenta anciãos acompanharam Moisés até este ponto (24.9-11). Agora Yahweh diz a Moisés para continuar escalando sozinho.
1.2.
Josué o servo de Moisés sobe junto. V. 13 “E levantou-se Moisés com Josué seu
servidor; e subiu Moisés ao monte de Deus.” Neste trecho, o vocábulo servidor
(hb. misharet) é geralmente traduzido
como ministro. Josué foi a primeira pessoa mencionada durante a batalha de
Israel com os amalequitas (Êx 17.9-14;32.17;33.11). Ele era o servo de Moisés.
Josué serviu como auxiliar direto de
Moisés quando ele recebeu a Lei no Monte Sinai. Ele também acompanhou Moisés em
todas as vezes que ele foi à tenda onde encontrava e ouvia o Senhor (Êx 24.13;
32.17; 33.11; Nm 21:28).
Certamente esse foi um período de muito aprendizado para Josué. Ele entendeu como esperar no Senhor e aprendeu a ser um adorador fiel. Além disso, ele pôde adquirir traços do comportamento de Moisés e adicionar ao seu próprio valor pessoal, como a paciência, mansidão e liderança.
1.3. Ele pede ao povo que o aguarde, deixando Arão e Hur na liderança de tudo. “...e eis que Arão e Hur ficam convosco; quem tiver algum negócio, se chegará a eles.” (v. 14). Levando Josué consigo, ele subiu e a glória de Deus cobriu o monte e permaneceu lá por quarenta dias e quarenta noites.
1.4. Deus chama Moisés para que ele suba ao monte. “Sobe a mim ao monte...”. O comando sobe a mim demonstra que apenas Moisés pôde chegar perto de Deus naquela hora. Hoje, todos nós somos chamados a ter uma viva comunhão com Ele por intermédio de Jesus (Hb 4-14-16).
2. Quietude. Esperai-nos aqui,
até que tornemos a vós... (v. 14).
Moisés precisou aguardar a chamada divina, após seis dias no monte, Moisés foi chamado pelo Todo-poderoso. É possível que o sétimo dia de espera fosse também o sétimo dia da semana, o sábado (Shabat).
2.1
A quietude produz encorajamento. 1ª Timóteo 1.18 “Este mandamento te dou,
meu filho Timóteo, que, segundo as profecias que houve acerca de ti, milites
por elas boa milícia.”
Ao que parece, no início do ministério de
Timóteo, foram feitas profecias sobre seu futuro papel na Igreja. Paulo o
encoraja a que combata o bom combate (2ª Tm 4.7). O ministério cristão é uma
incessante guerra espiritual contra os inimigos de Deus.
1ª Timóteo 4.14,15 “Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério. 15- Medita estas coisas; ocupa-te nelas, para que o teu aproveitamento seja manifesto a todos.”
Paulo incentiva Timóteo a ser diligente. O dom é a dádiva espiritual que Timóteo recebeu de Cristo (Ef 4.7,8) por profecia. O dom de Timóteo foi dado por meio de uma mensagem profética (1ª Tm 1.18) e com a imposição das mãos, provavelmente em Listra (At 16.1). A imposição de mãos significava a comissão, com o reconhecimento por parte de Paulo da obra de Deus na vida de Timóteo (2ª Tm 1.6).
3. A
glória de Deus revela-se na nuvem. 24.15,16 “16 “E a glória do Senhor
repousou sobre o monte Sinai, e a nuvem o cobriu por seis dias; e ao sétimo dia
chamou a Moisés do meio da nuvem. Por fim, Deus chama Moisés para subir ao
monte mais uma vez. O objetivo é lhe dar instruções mais precisas sobre Israel.
17- E o parecer da glória do Senhor era como um fogo consumidor no cume do
monte, aos olhos dos filhos de Israel. 18- E Moisés entrou no meio da nuvem,
depois que subiu ao monte; e Moisés esteve no monte quarenta dias e quarenta
noites.”
Nesta passagem, o emprego da palavra glória (hb. kabôd) faz referência à relevância, importância e influência do Altíssimo (Êx 16.7,10;33.18,22;40.34,35).
Essa nuvem é o sinal grandioso da presença
do Todo-Poderoso. O Deus de Israel era o centro do culto e da adoração do seu
povo.
Quando se refere a Deus, a palavra “glória” designa o esplendor e a majestade do Todo-Poderoso entre o seu povo. A grande lição a ser apreendia, aqui, é que a aprovação divina quanto ao nosso ministério é necessária e imprescindível. No estudo da nuvem de glória, percebemos claramente que Deus deseja operar no meio do seu povo. Ele ainda confirma e promove a sua Obra!
3.1.
A nuvem e o monte evidenciam a presença de Deus. Moisés
testemunhou o aparecimento do Senhor no meio de uma nuvem (Êx 19.9), a qual é
intimamente associada à glória de Deus, como em Êxodo 33.9.
A “glória de Deus”, isto é, sua grandeza, sua excelência, sua majestade, sua imponência, é exclusiva, propriedade apenas de Deus, embora ela preencha toda a criação (Is 6.3) e esteja presente nas revelações de Deus.
4. As vestes dos sacerdotes. Títulos não produz identidade. Êxodo 35.19 “As vestes do ministério para ministrar no santuário, as vestes santas de Arão o sacerdote, e as vestes de seus filhos, para administrarem o sacerdócio.”
4.1. A consagração dos sacerdotes. Enquanto Moisés estava no Monte Sinai por 40 dias, o Senhor revelou como Aarão e os sacerdotes deviam ser consagrados, vestidos e ungidos para servir no tabernáculo. O Senhor prometeu que Ele permaneceria com os israelitas se eles cumprissem Suas leis e ordenanças. Também reiterou a importância de santificar o Dia do Senhor e deu a Moisés duas tábuas de pedra contendo a lei.
4.2. As vestimentas sacerdotais
foram especificadas.
Um éfode (v. 5-14), um peitoral (v. 15- 30), um manto (v. 31-35), uma túnica
(v. 39), uma mitra (v. 36-38) e um cinto (v. 39). Outras vestes foram feitas
para os filhos de Arão (v. 40-43).
As vestes santas se tornavam santas por sua consagração no culto a Deus, da mesma forma que acontecia com a mobília e os utensílios do tabernáculo. É provável que as magníficas vestes dos sacerdotes representassem o conceito da justiça imputada perante o Senhor (Zc 3.1-5), para glória e ornamento (Êx 28.2).
4.3. Os sacerdotes deviam se
consagrar antes de entrar no tabernáculo. Os sacerdotes deviam se purificar,
consagrar e ser designados em uma cerimônia especial antes de começar a servir
no tabernáculo. Depois que o cordeiro era sacrificado, a fase seguinte da
cerimônia de purificação simbolizava que os sacerdotes poderiam fazer uso ou
ter acesso ao poder purificador da Expiação de Jesus Cristo.
Pr. Elias Ribas
Assembleia de Deus
Blumenau - SC
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