TEOLOGIA EM FOCO: JESUS, O HOMEM PERFEITO

quinta-feira, 19 de março de 2020

JESUS, O HOMEM PERFEITO


LEITURA BÍBLICA
Lucas 2.40-52 “E o menino crescia e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de DEUS estava sobre ele. 41 - Ora, todos os anos, iam seus pais a Jerusalém, à Festa da Páscoa. 42 - E, tendo ele já doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume do dia da festa. 43 - E, regressando eles, terminados aqueles dias, ficou o menino JESUS em Jerusalém, e não o souberam seus pais. 44 - Pensando, porém, eles que viria de companhia pelo caminho, andaram caminho de um dia e procuravam-no entre os parentes e conhecidos. 45 - E, como o não encontrassem, voltaram a Jerusalém em busca dele. 46 - E aconteceu que, passados três dias, o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. 47 - E todos os que o ouviam admiravam a sua inteligência e respostas. 48 - E, quando o viram, maravilharam-se, e disse-lhe sua mãe: Filho, por que fizeste assim para conosco? Eis que teu pai e eu, ansiosos, te procurávamos. 49 - E ele lhes disse: Por que é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai? 50 - E eles não compreenderam as palavras que lhes dizia. 51 - E desceu com eles, e foi para Nazaré, e era-lhes sujeito. E sua mãe guardava no coração todas essas coisas. 52 - E crescia JESUS em sabedoria, e em estatura, e em graça para com DEUS e os homens.”

INTRODUÇÃO
Nesta lição teremos a oportunidade de estudar uma das mais importantes doutrinas bíblicas a respeito da pessoa de Cristo, denominada de Cristologia; veremos também o ensino bíblico da Sua dupla natureza; pontuaremos algumas das heresias ditas durante a história da igreja, a respeito da pessoa de Cristo; e por fim, ressaltaremos à luz das Escrituras, porque Jesus é o homem perfeito.

I. A DUPLA NATUREZA DE JESUS

A afirmação correta da plena divindade de Jesus, bem como de sua plena humanidade, tem implicações soteriológicas fundamentais. Jesus é 100% Deus e 100% homem. A doutrina da união “hipostática” é definida pela existência de Cristo em duas naturezas, divina e humana, que não se fundem nem se alteram; por outro lado, não se separam e nem se dividem, compondo e estabelecendo uma só pessoa e uma só “subsistência” eternamente (GRUDEM, 1999, p. 454). Em suma, isso quer dizer que Jesus é plenamente divino e totalmente humano para todo o sempre, visto que, mesmo agora, na eternidade, possui um corpo humano glorificado (At 1.11; Ap 5.6). Vejamos:

1. Natureza divina de Jesus. O Novo Testamento deixa claro que Jesus é o “Filho de Deus”. Isto foi atestado pelo próprio Pai: “E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3.17 ver ainda Jo 3.17; 12.28). No monte da transfiguração houve igual declaração (Mt 17.5). Jesus mesmo declarou ser o Filho de Deus (Jo 9.35-38); o anjo Gabriel disse a Maria: “[...] o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus” (Lc 1.35); os apóstolos também asseveraram isso (At 3.13,26; 8.37; 9,20; Rm 1.4,9; 1ª Co 1.9; 2ª Co 1.19; Gl 2.20; 4.4; 2ª Pd 1.17; 1ª Jo 4.9; Ap 2.18). É bom destacar que “Paulo usa o termo “Filho de Deus” tanto em relação a Jesus como aos cristãos. Entretanto, traça uma distinção entre a filiação dos cristãos, que tem origem na adoção, e a de Jesus, que se origina do fato de ele ser “o Filho do Deus” (Rm 8.32)” (MACGRATH, 2010, p. 408).

A Bíblia nos mostra que Jesus tem todos os atributos divinos:
·         Eternidade (Mq 5.2; Is 9.6; Cl 1.17; Jo 1.1; Ap 1.11).
·         Onipotência (Mt 28.18; Lc 4.35,36,41).
·         Onipresença (Mt 18.20; 28.20; Ef 1.23).
·         Onisciência (Jo 2.24; 4.16-19; 6.64; Mc 2.8; Lc 22.10.12; 5.4-6).
·         Imutabilidade (Hb 1.12; 13.8).

Deve destacar-se ainda que Jesus tinha também as prerrogativas divinas, tais como: poder para perdoar pecados (Mt 9.2; Lc 7.48); receber adoração (Mt 8.2; 9.18; 15.25; Mc 5.6; 9.38; Ap 5.8;13); e, auto existência (Jo 5.26).

2. Natureza humana de Jesus. A expressão “Filho do Homem” é usada pelos escritores dos evangelhos sinóticos 69 vezes aludindo a humanidade do Cristo (Mt 9.6; 12.8; Mc 8.31; Lc 9.56; 12.8). João introduz o evangelho dizendo que: “o Verbo era Deus” (Jo 1.1-c), mas também que: “o Verbo se fez carne” (Jo 1.14-a). O mesmo apóstolo diz que na ceia “recostara sobre o seu peito” (Jo 21.20); e, que “ouviu”, “viu”, “contemplou”, e, “tocou” o Verbo da Vida (1ª Jo 1.1). Paulo, por sua vez, declarou que Jesus: “sendo em forma de Deus [...] esvaziou-se a si mesmo [...] fazendo-se semelhante aos homens” (Fp 2.6,7).

Os escritores do NT deixaram claro que Jesus tinha todos os atributos físicos dos homens, a saber:
·         Ele nasceu de uma mulher (Rm 1.3; Gl 4.4).
·         Cresceu fisicamente (Lc 2.52).
·         Dormiu (Mt 8.24).
·         Comeu (Lc 24.43).
·         Sentiu fome (Lc 4.2).
·         Sede (Jo 4.7; 19.28).
·         Teve cansaço físico (Jo 4.6).
·         Chorou (Jo 11.35).
·         Sorriu (Lc 10.21).
·         Foi tentado (Mt 4.1; Lc 22.28; Hb 4.15).

Ao se fazer homem, Jesus tornou-se tríplice, constituído de: corpo (Mt 26.12; Hb 10.5), alma (Is 53.11,12; Mt 26.38; Jo 12.27), e, espírito (Mt 27.50). Em suma, Cristo, desde sua encarnação, é um ser humano completo. Em Cristo, Deus se fez homem e, novamente, se assim não fosse, não poderia redimir a humanidade. Quem recebeu a promessa de morte não foi o corpo de um ser humano, mas um homem completo, com sua constituição material e imaterial. Logo, somente alguém que possuísse uma natureza humana completa poderia sofrer a penalidade estipulada (MORRIS, 2007, p. 83).

II. FALSAS CONCEPÇÕES A RESPEITO DA DUPLA NATUREZA DE JESUS

Durante a história da igreja, diversas heresias surgiram em relação a pessoa de Jesus. Umas negavam a natureza humana, outras a natureza divina. Vejamos algumas:

1. Gnosticismo. Um grupo herético do 1º e 2º século, que já na época do apóstolo João, afirmavam que não houve uma encarnação real de Cristo, pois pensavam que o corpo de Jesus fosse apenas uma “semelhança”. Para eles, Jesus era, no máximo, uma teofania (uma aparição de Deus em forma humana). Alegavam que o Verbo nunca se tornou carne, realmente. Em oposição, João fez uma declaração simples, direta e poderosa: “O Verbo se fez carne” (1ª Jo 4.2; ver 2ª Jo 7) (BEACON, 2006, p. 30).

2. Arianismo. Os arianos, ou seja, os que seguiam os ensinos de Ário, negavam a divindade de Jesus afirmando entre outras coisas, que Ele teria sido o primeiro a ser criado e por meio do qual, todas as demais coisas vieram a existir. Vale salientar que o arianismo se perpetua até aos nossos dias, principalmente por meio de um segmento religioso heterodoxo, que afirma que Jesus não é Deus, mas que é um ser criado e menor que o Pai. Para apoiar tal afirmação, eles usam uma tradução distorcida da Bíblia, onde as passagens que contém afirmações sobre a divindade de Jesus, foram adulteradas. Por exemplo: em João 1.1 onde se lê: “e o Verbo era Deus” (ARC), eles corromperam o texto traduzindo como: “e o Verbo era um deus”. No entanto, a Bíblia deixa claro o ensino de que Jesus tem em si mesmo plenamente as duas naturezas: divina e humana (Cl 1.19; 2.9).

III. JESUS, O HOMEM PERFEITO

Jesus é incomparavelmente o homem mais célebre que já existiu na face da terra. Nunca existiu e nem existirá, alguém que possuiu um modelo tão completo de todas as virtudes, um tipo tão excelente de caráter quanto Jesus. Vejamos alguns traços do seu perfeito caráter e personalidade:

1. Impecável. Como homem Jesus se distinguiu dos demais, pois não conheceu pecado (Mt 1.18,20; Lc 1.35). Devido a sua impecabilidade, é chamado de: “[…] o Santo e o Justo” (At 3.14; ver Jo 6.69; At 7.52; 22.14), expressão que o exalta como modelo de caráter. Embora tenha vivido em “semelhança da carne” (Rm 8.3). Ele jamais cometeu pecado (2ª Co 5.21; Hb 4.15). Diz ainda a Bíblia apesar de em tudo ser tentado, permaneceu “sem pecado” (Hb 4.15-b). Ele era santo (Hb 7.26), incontaminado e imaculado (1ª Pd 1.19; 2.22), Nele não havia pecado (1ª Jo 3.5); era justo em sentido absoluto (1ª Jo 3.7); tal qualidade foi reconhecida e declarada até mesmo pelos demônios (Mc 1.24); tendo Jesus autoridade para desafiar a todos, dizendo: “Quem dentre vós me convence de pecado? […]” (Jo 8.46). Tanto no Antigo quanto o Novo Testamento ensinam claramente a impecabilidade do Messias (Jr 33.16; Is 53.6; 2ª Co 5.21; Hb 4.15; 7.26; 9.14; 1ª Pd 1.19). Ele nasceu sem pecado (Lc 1.26-35). Viveu de forma irrepreensível durante toda a sua vida (Mt 27.19; Lc 23.47; Jo 18.38). Por isso, sendo perfeito, tornou-se o sacrifício perfeito pelos pecados do mundo (Is 53.12; Hb 7.26-28).

2. Submisso. Uma outra virtude destacável do caráter de Jesus é a sua submissão. O Senhor Jesus apesar da sua natureza Divina, como homem se matriculou na escola da obediência, para nos deixar o exemplo: “Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu” (Hb 5.8).
Em vários momentos de sua vida tal atitude pode ser evidenciada:
·         Em sua encarnação (Fp 2.5-7).
·         Em sua vida familiar obedecendo seus pais José e Maria (Lc 2.51).
·         Ao ser batizado nas águas por João Batista (Mt 3.13-15).
·         Ao fazer e ensinar a vontade de Deus o Pai (Jo 6.38; 8.28).
·         Em não revidar as afrontas (1ª Pd 2.23).
·         Ao entregar a sua vida pela humanidade (Mt 26.39; Fp 2.8).

3. Humilde. Jesus era humilde de coração (Mt 11.29), ele várias vezes lembrou aos seus apóstolos que, mesmo sendo Mestre e Senhor, tinha se tornado servo (Mt 20.25-28; Lc 22.24-27); e, às vésperas de sua crucificação, Jesus deu o maior exemplo de humildade ao lavar os pés dos seus discípulos, um papel destinado ao escravo da casa (Jo 13.1-17). Podemos lembrar especialmente, a dolorosa série de inesquecíveis humilhações que ele sofreu sem queixar-se, mesmo que as tivesse sentido vivamente (Mt 26.55; Mc 14.48; Lc 22.52). A humildade de Jesus também é expressa quando lhe faziam elogios, e ele atribuía toda a glória ao Pai (Mt 19.16-17; Mc 10.17-18; Lc 18.18-19).

4. Carismático. Uma pessoa carismática é: “alguém que desperta carisma ou admiração dos demais, encantador, simpático, cativante, sedutor, atrativo, querido, atraente, atencioso, influente e agradável”. Em seu ministério Jesus revelou sua simpatia e admiração ao dar atenção especial a várias classes de pessoas (Mc 10.13-16; Jo 3.1-10; 4.7-30). Até mesmo os seus opositores se admiravam e testificavam do seu comportamento e de suas palavras (Jo 7.32,45,46).

5. Manso. É uma virtude que se opõe à rudez (Mt 5.5), e o nosso Senhor Jesus Cristo sempre foi manso e benigno (2ª Co 10.1; Mt 11.29). Quem é manso é pacificador (Mt 5.9), e por isso, somos conclamados a seguir a paz e, na medida do possível, ter paz com todos os homens (Rm 12.18; 1ª Co 7.15; Hb 12.14; 1ª Pd 3.11).

6. Misericordioso. É a compaixão pela necessidade alheia (Mt 5.7); Jesus foi misericordioso com os homens em suas fraquezas e privações (Mc 5.19; Hb 2.17; Tg 5.11; 2ª Co 1.3 ver Mt 15.22; 17.15). Lembremos, pois, que a misericórdia é um mandamento divino, e que a Bíblia condena a indiferença para com os pobres (Lc 6.36; Mt 12.7). Sejamos misericordiosos assim como Jesus nos ensinou na parábola do samaritano (Lc 10.37).

7. Coração puro. Outro traço do caráter de Jesus é a pureza de coração (1ª Jo 3.3), e quando olhamos para as Escrituras, vemos que o coração representa a personalidade (Mt 5.8), o centro das emoções humanas (Sl 15.2; 16.9; 51.10; Mc 7.21- 23). Ao repreender os fariseus, o Senhor destaca como a pureza interior é necessária, dizendo serem semelhantes aos “sepulcros caiados” (Mt 23.27). Em contraste com a hipocrisia e malícia dos fariseus, Jesus revela a sua pureza de oração, no perdão concedido a mulher apanhada no ato de adultério (Jo 8.3). O Senhor que conhece os pensamentos (Fp 4.8) e as motivações das ações cotidianas (1ª Co 4.5), manifestou em seu santo e justo julgamento o pecado dos acusadores (Jo 8.7,9), revelando favor à mulher (Jo 8.10,11).

IV. OS TRÊS OFÍCIOS DE CRISTO

Cristo, o título oficial dado a JESUS no Novo Testamento, descreve JESUS como o ungido Salvador. A palavra vem do Grego Christos, que é a tradução do Hebraico Messias (João 1.41). Ambos os termos são originários do significado do verbo ungir com óleo sagrado, daí a expressão Ungido. Esses nomes dados a Jesus expressam a ideia que Deus ungiu JESUS para salvar o seu povo. No Novo Testamento, o título é usado em combinação com o seu nome de nascimento, Jesus Cristo (Mt 1.1; Mc 1.1; Rm 1.4), Cristo Jesus (Rm 1.1; 1ª Co 1.1), com o artigo (Rm 7.4), ou com outro título Senhor (Rm 16.18). É também usado como um nome substituto ou título para Jesus, a única palavra a ser usada dessa maneira (Jo 20.31; Rm 15.3; Hb 3.6; 5.5; 1ª Pe 1.11, 19).

1. O Profeta que havia de vir.
Textos específicos do AT citados no NT. Certos trechos do AT são manifestamente profecias sobre Cristo, porque o NT os cita como tais. Por exemplo, Mateus cita Is 7.14 para comprovar que o AT profetizava aí o nascimento virginal de Cristo (Mt 1.23), e Mq 5.2 para comprovar que Jesus devia nascer em Belém (Mt 2.6). Marcos observa aos seus leitores (Mc 1.2,3) que a vinda de João Batista como precursor de Cristo fora profetizada tanto por Isaías (Is 40.3), quanto por Malaquias (Ml 3.1). Zacarias predisse a entrada triunfante de Jesus em Jerusalém no domingo que precede a Páscoa (Zc 9.9; cf. Mt 21.1-5; Jo 12.14,15). A experiência de Davi, descrita no Sl 22.18, prenuncia os soldados ao derredor da cruz, dividindo entre si as vestes de Jesus (Jo 19.23,24), e sua declaração no Sl 16.8-11 é interpretada como uma clara predição da ressurreição de Jesus (At 2.25-32; 13.35- 37).

O livro de Hebreus afirma que Melquisedeque (cf. Gn 14.18-20; Sl 110.4) é um tipo de Cristo, nosso eterno Sumo Sacerdote. Muitos outros exemplos poderiam ser citados.

Alusões a passagens do AT pelos escritores do NT.
Outra forma de revelação de Cristo no AT consiste em passos do NT que, mesmo sem citação direta, referem-se a pessoas, eventos, ou objetos do AT prefigurando profeticamente a Cristo. Por exemplo, no primeiro de todos os textos proféticos da Bíblia (Gn 3.15), Deus promete que enviará o descendente da mulher para ferir a cabeça da serpente. Certamente, Paulo tinha em mente esse trecho quando declarou que Cristo nasceu de mulher para redimir os que estavam debaixo da lei (Gl 4.4,5; cf. Rm 16.20). João, igualmente, declara que o Filho de Deus veio “para desfazer as obras do diabo” (1ª Jo 3.8). A referência de João Batista a JESUS como Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29,36), recua a Lv 16 e Is 53.7. A referência de Paulo a Jesus como “nossa páscoa” (1ª Co 5.7) revela que o sacrifício do cordeiro pascal profetizava a morte de Cristo em nosso favor (Êx 12.1-14). O próprio JESUS declarou que o ato de Moisés, ao levantar a serpente no deserto (Nm 21.4-9) era uma profecia a respeito dEle, quando pendurado na cruz. E quando João diz que JESUS, o Verbo de DEUS, participou da criação de todas as coisas (Jo 1.1-3), não podemos deixar de pensar em Sl 33.6: “Pela palavra do SENHOR foram feitos os céus” (cf. Hb 1.3,10-12). Essas são apenas algumas das alusões no NT a passos do AT referentes a Cristo.

Quando JESUS fez referência ao cumprimento da profecia de Isaías acerca do poder do Espírito Santo sobre Ele, usou também a mesma passagem para sintetizar o conteúdo do seu ministério, a saber: pregação, cura e libertação (Is 61.1,2; Lc 4.16-19).

1.1. O Espírito Santo ungiu Jesus e o capacitou para a sua missão. Jesus era Deus (Jo 1.1), mas Ele também era homem (1ª Tm 2.5). Como ser humano, Ele dependia da ajuda e do poder do Espírito Santo para cumprir as suas responsabilidades diante de DEUS (cf. Mt 12.28; Lc 4.1,14; Rm 8.11; Hb 9.14).

1.2. Somente como homem ungido pelo Espírito, Jesus podia viver, servir e proclamar o evangelho (At 10.38). Nisto, Ele é um exemplo perfeito para o cristão; cada crente deve receber a plenitude do ESPÍRITO SANTO (At 1.8; 2.4).

2. O Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque.
A intercessão de Cristo.
1.1. Jesus um Homem de oração. Jesus, no seu ministério terreno, orava pelos perdidos, os quais Ele viera buscar e salvar (Lc 19.10). Chorou, quebrantado, por causa da indiferença da cidade de Jerusalém (Lc 19.41). Orava pelos seus discípulos, tanto individualmente (Lc 22.32) como pelo grupo todo (Jo 17.6-26). Orou até por seus inimigos, quando pendurado na cruz (Lc 23.34).

1.2. Jesus nosso Advogado. Um aspecto permanente do ministério atual de Cristo é o de interceder pelos crentes diante do trono de Deus (Rm 8.34; Hb 7.25; 9.24; 7.25); João refere-se a JESUS como “um Advogado para com o Pai” (1ª Jo 2.1). A intercessão de Cristo é essencial à nossa salvação (cf. Is 53.12). Sem a sua graça, misericórdia e ajuda, que recebemos mediante a sua intercessão, nós nos desviaríamos de DEUS e voltaríamos à escravidão do pecado. Sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque, foi o Senhor Jesus, no sacrifício vicário do Gólgota, o oficiante e a vítima ao oferecer-se, de uma vez por todas, para resgatar-nos de nossos pecados (Hb 7.26-28).

3. O Rei dos reis.
Após a sua ressurreição, e já prestes a subir ao Pai, afirmou: “É-me dado todo o poder no céu e na terra” (Mt 28.18). Naquele momento, assumia JESUS o governo não somente do mundo, como de Israel e da Igreja. Ele é o soberano dos reis da terra (Ap 1.5). É o rei de Israel e cabeça da Igreja (Jo 1.49; Cl 1.18). Como herdeiro do trono de Davi, assumirá o governo do mundo durante o Milênio, levando as nações remanescentes à plena obediência (Is 11.1-10; Ap 19.16).

CRISTO (Mt 1.1).
O termo CRISTO (gr. Christos) quer dizer ungido. É a forma grega do hebraico Messias (Dn 9.25,26).

- Desde o início do seu Evangelho, Mateus afirma que Jesus é o Ungido de Deus, ungido com o Espírito Santo (cf. Is 61.1; Lc 4.18; Jo 3.34; At 10.38).

- Foi ungido como Profeta, para trazer conhecimento e verdade (Dt 18.15); como Sacerdote, para oferecer o supremo sacrifício e expiar nossas culpas (Sl 110.4; Hb 10.10-14); e como Rei, para governar, guiar e estabelecer o reino da justiça (Zc 9.9).

O FILHO DE DAVI Mt 1.1
- Mateus comprova que JESUS foi um descendente legal de Davi, levantando a genealogia de José, o qual era da casa de Davi. Embora JESUS tenha sido concebido pelo Espírito Santo, contudo Ele foi formalmente registrado como filho de José e, portanto, tornou-se legalmente um descendente de Davi.

- A genealogia por Lucas (Lc 3.23) mostra a linhagem de JESUS através dos ascendentes de Maria, sua mãe, que também era da linhagem davídica. Lucas enfatiza que Ele procede da carne (filho) de Maria e, portanto, um como nós (cf. Rm 1.3).

Assim, os escritores dos Evangelhos declaram o direito legal e também físico de Jesus

Como enviado.

CONCLUSÃO
O caráter imaculado de Jesus Cristo tem sido demonstrado por toda a Bíblia, mostrando sua aprovação por parte do Pai (Mt 3.17), e confirmado pelos anjos (Mt 1.23) e até dos demônios (Mc 5.7). Mesmo depois de mais de dois mil anos o nome de Jesus e sua vida impõem respeito e tem sido fontes inspiradoras de milhões de vidas em toda terra e em todos os tempos.

FONTE DE PESQUISA
1. ALMEIDA, Trad. João Ferreira, Bíblia Sagrada BÍBLIA SHEDD.
2. ANDRADE, Claudionor correia. A RAÇA HUMANA, Origem, Queda e Redenção. CPAD.
3. ANDRADE, Claudionor Correia de. Dicionário de Profecia Bíblica. CPAD.
4. HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. OBJETIVA.
5. GRUDEM. Wayne. Teologia Sistemática: Atual e Exaustiva. Vida Nova.
6. HOWARD, R.E, et al. Comentário Bíblico Beacon. CPAD.
7. MCGRATH, Alister E. Teologia sistemática, Histórica e Filosófica. SHEDD.
8. MORRIS, Leon L. O evangelho de Lucas - introdução e comentário. Vida Nova.

3 comentários:

  1. Caro pastor Elias,
    Acredito que todo o conhecimento de Deus depende muito mais Dele se mostrar a nós, do que sermos capazes de explicar o que está além de nosso conhecimento e até do nosso nível de consciência, que cresce somente quando, humildemente, aproximamo-nos de Sua Presença para pedir. Considero esta sua mensagem de blog valiosa e por isso poderia até ser desdobrada em vários estudos e chegada a conclusões diferenciadas. Como não temos um espaço para debate com todos neste espaço do CONSELHO DE PASTORES, pouco aprendemos uns com os outros, como é a Vontade do Pai quando dá a um e a outro a unção do Seu Espírito, para conhecimento da Verdade. Seria muito bom se o senhor encabeçasse uma iniciativa de Encontros Temáticos, em um pré-determinado dia, onde os temas de interesse da maioria, fossem abordados segundo as diferentes óticas dos membros participantes do encontro. Seria maravilhoso para o nosso crescimento no sobrenatural, como igreja. Porém, enquanto não chega o DIA DO ENCONTRO TEMÁTICO DOS BLOGUEIROS NA 6ª FEIRA, vamos continuando usando aquilo de que dispomos, ou seja, um espaço de postagem individual que às vezes nem chega ao conhecimento do coletivo, o que é uma pena. Senão vejamos, sobre Jesus, o Homem Perfeito. Sem dúvida, Ele o é, mas, O FILHO É MENOR QUE O PAI, embora SEJA UM COM ELE. Quando Jesus nos falou sobre isso, Ele se reportava à sua condição divina, porque já afirmara também que tudo era revelado do Pai ao Filho e do Filho ao Pai e a quem mais o Filho quisesse revelar. Ele estabeleceu aí, três níveis de autoridade, no mesmo poder. Isso se manifesta também na Ressurreição de Lázaro, quando disse: Pai, eu sei que sempre me ouves, mas, eu te peço, para que todos saibam que Eu estou em Ti e Tu em Mim. Isso não O tornava menor diante de todos, mas, dava um re-significado à vida daquele homem, com características extremamente semelhantes a de um Deus. Sendo Filho tem menor autoridade, embora com o mesmo poder e isso está confirmado quando diz Todo Poder me FOI DADO no Céu e na Terra. E quando parte da Terra afirma: é preciso que eu vá para que venha o Espírito Santo da parte do Pai, que Eu vos enviarei. Ele declara sua capacidade de enviar o Espírito Santo que virá do Pai, mas, a origem é sempre o Pai, tudo na mesma Unidade. Ele, o Cristo de Deus, gerado mas não criado, submete-se ao Pai em Amor, mesmo sabendo e tendo dito que tudo o que é do Pai, também Dele é. Nisso está a Sua Perfeição também: reconhecer-se Filho, capaz de tudo realizar, mas, submetendo-se ao AMOR DO PAI que nunca nada Lhe negou. E assim foi também como Jesus de Nazaré, submisso aos seus pais que adotaram a sua humanidade; e no entanto, Ele era maior que sua família de sangue. Seria isso o nível de perfeição que também nos queria ensinar,que no amor todos são um só? Quando Eva pecou, Adão pecou instantaneamente, porque era UM SÓ COM ELA. Ele já estava perdido , antes mesmo do Senhor gritar o seu nome, em função de sua unidade com o pecado feminino, parte de si. O Pai, o Filho e o Espírito são uma unidade ainda mais perfeita, porque todos são SANTO, SANTO, SANTO. E quando Jesus resolveu se tornar pecado por Amor à Vontade do Pai de que todos fossem salvos, o Pai teve que deixar de vê-Lo como Filho para que Sua Vontade Perfeita fosse cumprida, no mesmo Amor do Filho; este gritou por socorro somente por ser um homem do pecado que precisava de ajuda. Mas, o Cristo segurou Jesus até o fim, para que o Pai e Sua Vontade fosse sobre todas as coisas, como SEMPRE FOI, É E SERÁ. Ainda hoje, como Senhor de Todo Amor na Cosmologia Crística, portanto Salvador e Libertador,se põe na posição de nosso Advogado diante do Pai, porque sabe que TUDO veio Dele, mas com Ele e para Ele Glorioso é este mistério, mantido em segredo, desde toda a eternidade.

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  2. Caro pastor Elias,
    Acredito que todo o conhecimento de Deus depende muito mais Dele se mostrar a nós, do que sermos capazes de explicar o que está além de nosso conhecimento e até do nosso nível de consciência, que cresce somente quando, humildemente, aproximamo-nos de Sua Presença para pedir. Considero esta sua mensagem de blog valiosa e por isso poderia até ser desdobrada em vários estudos e chegada a conclusões diferenciadas. Como não temos um espaço para debate com todos neste espaço do CONSELHO DE PASTORES, pouco aprendemos uns com os outros, como é a Vontade do Pai quando dá a um e a outro a unção do Seu Espírito, para conhecimento da Verdade. Seria muito bom se o senhor encabeçasse uma iniciativa de Encontros Temáticos, em um pré-determinado dia, onde os temas de interesse da maioria, fossem abordados segundo as diferentes óticas dos membros participantes do encontro. Seria maravilhoso para o nosso crescimento no sobrenatural, como igreja. Porém, enquanto não chega o DIA DO ENCONTRO TEMÁTICO DOS BLOGUEIROS NA 6ª FEIRA, vamos continuando usando aquilo de que dispomos, ou seja, um espaço de postagem individual que às vezes nem chega ao conhecimento do coletivo, o que é uma pena. Senão vejamos, sobre Jesus, o Homem Perfeito. Sem dúvida, Ele o é, mas, O FILHO É MENOR QUE O PAI, embora SEJA UM COM ELE. Quando Jesus nos falou sobre isso, Ele se reportava à sua condição divina, porque já afirmara também que tudo era revelado do Pai ao Filho e do Filho ao Pai e a quem mais o Filho quisesse revelar. Ele estabeleceu aí, três níveis de autoridade, no mesmo poder. Isso se manifesta também na Ressurreição de Lázaro, quando disse: Pai, eu sei que sempre me ouves, mas, eu te peço, para que todos saibam que Eu estou em Ti e Tu em Mim. Isso não O tornava menor diante de todos, mas, dava um re-significado à vida daquele homem, com características extremamente semelhantes a de um Deus. Sendo Filho tem menor autoridade, embora com o mesmo poder e isso está confirmado quando diz Todo Poder me FOI DADO no Céu e na Terra. E quando parte da Terra afirma: é preciso que eu vá para que venha o Espírito Santo da parte do Pai, que Eu vos enviarei. Ele declara sua capacidade de enviar o Espírito Santo que virá do Pai, mas, a origem é sempre o Pai, tudo na mesma Unidade. Ele, o Cristo de Deus, gerado mas não criado, submete-se ao Pai em Amor, mesmo sabendo e tendo dito que tudo o que é do Pai, também Dele é. Nisso está a Sua Perfeição também: reconhecer-se Filho, capaz de tudo realizar, mas, submetendo-se ao AMOR DO PAI que nunca nada Lhe negou. E assim foi também como Jesus de Nazaré, submisso aos seus pais que adotaram a sua humanidade; e no entanto, Ele era maior que sua família de sangue. Seria isso o nível de perfeição que também nos queria ensinar,que no amor todos são um só? Quando Eva pecou, Adão pecou instantaneamente, porque era UM SÓ COM ELA. Ele já estava perdido , antes mesmo do Senhor gritar o seu nome, em função de sua unidade com o pecado feminino, parte de si. O Pai, o Filho e o Espírito são uma unidade ainda mais perfeita, porque todos são SANTO, SANTO, SANTO. E quando Jesus resolveu se tornar pecado por Amor à Vontade do Pai de que todos fossem salvos, o Pai teve que deixar de vê-Lo como Filho para que Sua Vontade Perfeita fosse cumprida, no mesmo Amor do Filho; este gritou por socorro somente por ser um homem do pecado que precisava de ajuda. Mas, o Cristo segurou Jesus até o fim, para que o Pai e Sua Vontade fosse sobre todas as coisas, como SEMPRE FOI, É E SERÁ. Ainda hoje, como Senhor de Todo Amor na Cosmologia Crística, portanto Salvador e Libertador,se põe na posição de nosso Advogado diante do Pai, porque sabe que TUDO veio Dele, mas com Ele e para Ele Glorioso é este mistério, mantido em segredo, desde toda a eternidade.

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  3. Caro pastor Elias,
    Acredito que todo o conhecimento de Deus depende muito mais Dele se mostrar a nós, do que sermos capazes de explicar o que está além de nosso conhecimento e até do nosso nível de consciência, que cresce somente quando, humildemente, aproximamo-nos de Sua Presença para pedir. Considero esta sua mensagem de blog valiosa e por isso poderia até ser desdobrada em vários estudos e chegada a conclusões diferenciadas. Como não temos um espaço para debate com todos neste espaço do CONSELHO DE PASTORES, pouco aprendemos uns com os outros, como é a Vontade do Pai quando dá a um e a outro a unção do Seu Espírito, para conhecimento da Verdade. Seria muito bom se o senhor encabeçasse uma iniciativa de Encontros Temáticos, em um pré-determinado dia, onde os temas de interesse da maioria, fossem abordados segundo as diferentes óticas dos membros participantes do encontro. Seria maravilhoso para o nosso crescimento no sobrenatural, como igreja. Porém, enquanto não chega o DIA DO ENCONTRO TEMÁTICO DOS BLOGUEIROS NA 6ª FEIRA, vamos continuando usando aquilo de que dispomos, ou seja, um espaço de postagem individual que às vezes nem chega ao conhecimento do coletivo, o que é uma pena. Senão vejamos, sobre Jesus, o Homem Perfeito. Sem dúvida, Ele o é, mas, O FILHO É MENOR QUE O PAI, embora SEJA UM COM ELE. Quando Jesus nos falou sobre isso, Ele se reportava à sua condição divina, porque já afirmara também que tudo era revelado do Pai ao Filho e do Filho ao Pai e a quem mais o Filho quisesse revelar. Ele estabeleceu aí, três níveis de autoridade, no mesmo poder. Isso se manifesta também na Ressurreição de Lázaro, quando disse: Pai, eu sei que sempre me ouves, mas, eu te peço, para que todos saibam que Eu estou em Ti e Tu em Mim. Isso não O tornava menor diante de todos, mas, dava um re-significado à vida daquele homem, com características extremamente semelhantes a de um Deus. Sendo Filho tem menor autoridade, embora com o mesmo poder e isso está confirmado quando diz Todo Poder me FOI DADO no Céu e na Terra. E quando parte da Terra afirma: é preciso que eu vá para que venha o Espírito Santo da parte do Pai, que Eu vos enviarei. Ele declara sua capacidade de enviar o Espírito Santo que virá do Pai, mas, a origem é sempre o Pai, tudo na mesma Unidade. Ele, o Cristo de Deus, gerado mas não criado, submete-se ao Pai em Amor, mesmo sabendo e tendo dito que tudo o que é do Pai, também Dele é. Nisso está a Sua Perfeição também: reconhecer-se Filho, capaz de tudo realizar, mas, submetendo-se ao AMOR DO PAI que nunca nada Lhe negou. E assim foi também como Jesus de Nazaré, submisso aos seus pais que adotaram a sua humanidade; e no entanto, Ele era maior que sua família de sangue. Seria isso o nível de perfeição que também nos queria ensinar,que no amor todos são um só? Quando Eva pecou, Adão pecou instantaneamente, porque era UM SÓ COM ELA. Ele já estava perdido , antes mesmo do Senhor gritar o seu nome, em função de sua unidade com o pecado feminino, parte de si. O Pai, o Filho e o Espírito são uma unidade ainda mais perfeita, porque todos são SANTO, SANTO, SANTO. E quando Jesus resolveu se tornar pecado por Amor à Vontade do Pai de que todos fossem salvos, o Pai teve que deixar de vê-Lo como Filho para que Sua Vontade Perfeita fosse cumprida, no mesmo Amor do Filho; este gritou por socorro somente por ser um homem do pecado que precisava de ajuda. Mas, o Cristo segurou Jesus até o fim, para que o Pai e Sua Vontade fosse sobre todas as coisas, como SEMPRE FOI, É E SERÁ. Ainda hoje, como Senhor de Todo Amor na Cosmologia Crística, portanto Salvador e Libertador,se põe na posição de nosso Advogado diante do Pai, porque sabe que TUDO veio Dele, mas com Ele e para Ele Glorioso é este mistério, mantido em segredo, desde toda a eternidade.

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