TEXTO
ÁUREO
“Agora, pois, não se apartará a espada
jamais da tua casa, porquanto me desprezaste e tomaste a mulher de Urias, o
heteu, para que te seja por mulher.” (2º Sm 12.10).
VERDADE
PRÁTICA
O pecado é destruidor. O seu alvo é sempre
desviar o homem da comunhão com Deus, levando-o a um estado de depravação
espiritual e moral.
LEITURA
BÍBLICA
2º
Samuel 12.1-15
1 - E o SENHOR enviou Natã a Davi; e,
entrando ele a Davi, disse-lhe: Havia numa cidade dois homens, um rico e outro
pobre. 2 - O rico tinha muitíssimas ovelhas e vacas; 3 - mas o pobre não tinha
coisa nenhuma, senão uma pequena cordeira que comprara e criara; e ela havia
crescido com ele e com seus filhos igualmente; do seu bocado comia, e do seu
copo bebia, e dormia em seu regaço, e a tinha como filha. 4 - E, vindo um
viajante ao homem rico, deixou este de tomar das suas ovelhas e das suas vacas
para guisar para o viajante que viera a ele; e tomou a cordeira do homem pobre
e a preparou para o homem que viera a ele. 5 - Então, o furor de Davi se
acendeu em grande maneira contra aquele homem, e disse a Natã: Vive o SENHOR,
que digno de morte é o homem que fez isso. 6 - E pela cordeira tornará a dar o
quadruplicado, porque fez tal coisa e porque não se compadeceu. 7 - Então,
disse Natã a Davi: Tu és este homem. Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Eu te
ungi rei sobre Israel e eu te livrei das mãos de Saul; 8 - e te dei a casa de teu
senhor e as mulheres de teu senhor em teu seio e também te dei a casa de Israel
e de Judá; e, se isto é pouco, mais te acrescentaria tais e tais coisas. 9 -
Por que, pois, desprezaste a palavra do SENHOR, fazendo o mal diante de seus
olhos? A Urias, o heteu, feriste à espada, e a sua mulher tomaste por tua
mulher; e a ele mataste com a espada dos filhos de Amom. 10 - Agora, pois, não
se apartará a espada jamais da tua casa, porquanto me desprezaste e tomaste a
mulher de Urias, o heteu, para que te seja por mulher. 11 - Assim diz o SENHOR:
Eis que suscitarei da tua mesma casa o mal sobre ti, e tomarei tuas mulheres
perante os teus olhos, e as darei a teu próximo, o qual se deitará com tuas
mulheres perante este sol. 12 - Porque tu o fizeste em oculto, mas eu farei
este negócio perante todo o Israel e perante o sol. 13 - Então, disse Davi a
Natã: Pequei contra o SENHOR. E disse Natã a Davi: Também o SENHOR traspassou o
teu pecado; não morrerás. 14 - Todavia, porquanto com este feito deste lugar
sobremaneira a que os inimigos do SENHOR blasfemem, também o filho que te
nasceu certamente morrerá. 15 - Então, Natã foi para sua casa. E o SENHOR feriu
a criança que a mulher de Urias dera a Davi; e a criança adoeceu gravemente.
INTRODUÇÃO.
- A queda de nossos primeiros pais, trouxe
consequências desastrosas não apenas para eles, mas também para toda a
humanidade. Entender o que aconteceu com Adão e Eva após o primeiro pecado é
chave para compreendermos a situação em que o homem se encontra hoje. Isto
porque, Adão não agiu como uma pessoa particular, mas como representante de
toda a humanidade.
- É muito comum vermos as pessoas fazerem
suas escolhas sem pensar nas consequências que elas trarão. Para muitos, e
talvez para nós mesmos, o que vale na hora da escolha é o prazer imediato e a
vantagem que se obterá. A preocupação com as consequências e implicações é
mínima ou, até mesmo, inexistente. Esse imediatismo, infelizmente, tem afetado
muitas pessoas e não são poucos os crentes que seguem por esse caminho. O
resultado são inúmeros conflitos e dramas familiares.
- A história de Davi e de seu adultério
com Bate-Seba, serve para demonstrar que na vida não podemos fazer nossas
escolhas de modo inconsequente. Todas as escolhas que fizermos trarão
consequências, que podem ser boas ou ruins. Elas nos aproximarão ou nos
afastarão de Deus.
- Hoje veremos como escolhas erradas
resultam em consequências trágicas e como devemos reagir quando isso acontecer
conosco, dado o nosso pecado.
I. O
CONCEITO DE PECADO NO ANTIGO E NOVO TESTAMENTO
1. No
Antigo Testamento.
- No Antigo Testamento, a palavra pecado
tem diversos significados:
a) Errar o alvo, prática de imoralidade e
idolatria (Êx 20.20; Jz 16.20; Pv 19.2).
b) Malignidade, perversidade (Gn 3.5; Jz
11.27).
c) Revolta, rebelião (2º Rs 3.5; Sl
51.13).
d) Iniquidade e culpa (Nm 15.30; 1º Sm
3.13).
e) Transgressão consciente (Lv 4.2).
f) Culpabilidade diante de Deus (Lv 4.13;
1ª Jo 1.7).
g) Desviar-se do bom caminho (Nm 15.22; Sl
58.3).
2. No
Novo Testamento.
- Quem lê o Novo
Testamento depara-se com diversos vocábulos usados pelos escritores para
definir a palavra pecado, que pode ser descrito da seguinte forma:
a) Mal moral (Mt 21.41; Rm 12.17; 1ª Tm
6.10).
b) Impiedade, incredulidade, herege ou
apóstata (Rm 4.5; 1ºª Tm 1.9; 1ª Pe 4.18).
c) Culpa (Mt 5.21,22; Tg 2.10).
d) Pecado propriamente dito, derivado da
palavra grega hamartia (Rm 5.12; At
2.38; Jo 1.29; 1ª Co 15.3).
e) Conduta comprometedora (Rm 1.18; Rm
6.13).
f) Vida sem lei, referindo-se aos
transgressores (Mt 13.41; 1ª Tm 1.9).
g) Adoração falsa (At 17.23).
h) Engano (1ª Pe 2.25; Mt 24.5,6; Ap
12.9).
i) Pecado deliberado (Rm 5.15,20).
j) Induzir os outros errarem por meio de
falsos ensinos (Gl 2.11,21; 1ª Tm 4.2).
- Assim, podemos perceber que o pecado é
sempre maléfico. Suas ações são destruidoras em todos os aspectos,
principalmente em relação ao bom relacionamento com Deus. Por isso, ao homem é
melhor procurar, em Cristo, o perdão de todos os seus pecados, a fim de estar
sempre em comunhão com Deus.
II.
ETAPAS DO PECADO DE DAVI
- A palavra “pecado” significa:
“desobediência a qualquer norma ou preceito” (HOUAISS, 2001, p. 2160). Pode ser
definido como: “transgressão deliberada e consciente das leis estabelecidas por
Deus” (ANDRADE, 2006, p. 295). A palavra hebraica “hatah” e a grega “hamartia”
significam: “errar o alvo, falhar no dever” (Rm 3.23). Em um sentido básico
pecado é: “a falta de conformidade com a lei moral de Deus, quer em ato,
disposição ou estado” (CHAMPLIN, 2015, p. 128). De acordo com a Bíblia, o
pecado é algo gradual (Tg 1.14,15). Notemos as etapas do pecado de Davi:
1. A
traição.
Davi estava no auge do seu reinado quando tragicamente caiu em pecado, vencido
pela sua própria paixão desenfreada: “Então enviou Davi mensageiros, e mandou trazê-la;
e ela veio, e ele se deitou com ela...” (2º Sm 11.4). Depois de ter consumado o
seu ato pecaminoso (2º Sm 11.1-4), Davi, de várias maneiras e durante um bom
tempo, tentou ocultá-lo (2º Sm 11.8,12). As tentativas foram cada vez mais
pecaminosas. Isso sempre acontece com quem tenta esconder seu pecado. A Bíblia
diz que “um abismo chama outro abismo” (Sl 42.7; Nm 32.23).
2. A
mentira.
Primeiro Davi ordenou que Urias viesse da guerra para dar-lhe notícias dela:
“Vindo, pois, Urias a ele, perguntou Davi como passava Joabe, e como estava o
povo, e como ia a guerra”, em seguida, ofereceu-lhe um presente e deu-lhe
licença para ir a sua própria casa (2º Sm 11.6-8), mas, infelizmente, tudo era
mentira, engano e logro. O mal não reconhece limites em suas ações, enquanto
que o bem atua dentro de limites traçados pela ética e infelizmente Davi
esqueceu desta verdade.
3. A
maldade.
Davi insistiu que Urias permanecesse em casa afim de forjar uma situação e
livrar-se de seu pecado. Em noutras palavras reincidiu no mal: “… Não vens tu
de uma jornada? Por que não descestes à tua casa?” (2º Sm 11.10). O pecado traz
dois resultados: separa o homem de Deus e produz maus efeitos no mundo (Is
59.1; Rm 8.19-22). O primeiro pode ser cancelado pelo perdão, mas o segundo
permanece. Alguém já disse que: “Deus não permite que seus filhos pequem com
sucesso”. As consequências do pecado trazem consigo tristeza amarga e profunda
(Rm 2.6-11).
4. A
astúcia.
Davi ofereceu um banquete a Urias com vinho embriagante com o intuito de enganá-lo:
“E Davi, o convidou, e comeu e bebeu diante dele, e o embebedou...” (2º Sm
11.13). Davi só não contava com a lealdade e a sensatez de Urias (2º Sm 11.11).
Quando o crente procede dessa forma, o julgamento divino o aguarda, pois: “O
Senhor não tem o culpado por inocente” (Ne 1.3), e “Deus não se deixa
escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7,8).
Lembremo-nos da admoestação de Paulo: “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja
que não caia” (1ª Co 10.12).
5. A
covardia.
Davi enviou uma carta real ao comandante Joabe, através de Urias, onde estava
contida a sentença de morte do próprio portador (2º Sm 11.14,15; 12.9). Um
assassinato covarde de um leal soldado, planejado pelo próprio rei da nação (2º
Sm 11.16,17). Como Urias era um servo fiel, não violou a carta, pois, se o
tivesse feito, veria que estava levando a própria sentença de morte. Davi
quebrou o sexto mandamento: “Não matarás” (Êx 20.13); o sétimo mandamento: “Não
adulterarás” (Êx 20.14); e o décimo mandamento: “Não cobiçarás” (Êx 20.17).
6. A
Insensibilidade.
Mesmo sabendo da morte de Urias, seu fiel soldado, Davi friamente mandou dizer
a Joabe: “Não te pareça mal aos teus olhos; pois a espada tanto consome este
como aquele” (2º Sm 11.25). Davi tomou Bate-Seba como sua esposa e se portou
tranquilamente como se nada houvera acontecido por cerca de quase um ano (2º Sm
12.14,15) com sua consciência cauterizada sem confessar seu pecado e se
arrepender dele (2º Sm 12.27 ver ainda 1ª Tm 4.2).
7. A
falsa “justiça”.
Quando Davi achava que, morto o esposo da mulher com quem adulterara, o seu
problema estava resolvido, Deus envia o profeta Natã para confrontá-lo (2º Sm
12.1-25). É comum alguém que pecou e não tratou de forma devida o seu pecado
projetar um sentimento de “justiça” e uma falsa santidade perante os outros (2º
Sm 12.5,6). Geralmente ele exige dos outros aquilo que ele mesmo não fez e
cobra santidade, requer compromisso, exige dedicação, no entanto, nega com a
sua prática a eficácia desses valores (Mt 7.3-5; 23.13-33). É comum desculparmos
em nós mesmos aquilo que com veemência condenamos nos outros. Há situação em
que o estado de cauterização da consciência é tão grande que somente um
encontro com Deus é capaz de fazer cair as escamas dos olhos e expor as
misérias humanas.
III.
CONSEQUÊNCIAS DO PECADO DE DAVI
- Consequência é “algo produzido por uma
causa ou conjunto de condições; efeito, resultado, ferimento, sequela,
inferência, ilação” (HOUAISS, 2001, p. 807). O pecado, uma vez consumado, deixa
suas consequências deletérias, ainda que seja perdoado por Deus (Lm 3.39). O
pecado de Davi trouxe consequências, algumas imediatas, e outras, a longo
prazo: “Agora, portanto, a espada jamais se apartará da tua casa ...” (2º Sm
12.10). Deus perdoou seu servo e lhe preservou a vida. Porém, ele pagou um alto
preço pelo seu erro. Uma lição deste episódio é a imparcialidade da justiça
divina, bem como as riquezas de sua misericórdia. Vejamos algumas consequências
dos pecados de Davi:
1.
Consequências emocionais. Os especialistas advertem que há muitas doenças
psicossomáticas, isto é, doenças da alma ou de origem psicológica que afetam
diretamente o corpo (Sl 32.2-5; 39.10,11; 51.8). Os resultados do pecado de
Davi podem ser vistos primeiramente em sua vida sentimental e emocional: “Já
estou cansado do meu gemido; toda noite faço nadar a minha cama; molho o meu
leito com as minhas lágrimas” (Sl 6.6). O pecado causou feridas profundas na
alma de Davi e alguns de seus salmos retratam seus infortúnios (13.2; 22.11;
25.16-18,22; 38.2-3; 41.4,8). A idade em que morreu cerca de setenta anos (2º Sm
5.4; 1º Rs 2.10,11) debilitado como estava, talvez tenha muito a ver com as
angústias e frustrações de sua alma (1º Rs 1.1).
2.
Consequências espirituais. Não há dúvida de que os efeitos do pecado de Davi
também estão na esfera espiritual: “Não me lances fora da tua presença, e não
retires de mim o teu Espírito Santo. Torna a dar-me a alegria da salvação...”
(Sl 51.11,12). A Bíblia nos mostra que há também doenças de origem espiritual:
“Depois Jesus encontro-o no templo, e disse-lhe: Eis que já estás curado; não
peques mais, para que não te suceda alguma coisa pior” (Jo 5.14). Paulo adverte
em sua primeira carta aos coríntios: “Por causa disso [do pecado], há entre vós
muitos fracos e doentes e muitos que morrem” (1ª Co 11.30). Tiago aconselha:
“Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que
sareis...” (Tg 5.16). Davi pôs em prática isso e clamou ao Senhor: “… Tem
piedade de mim; sara a minha alma, porque pequei contra ti” (Sl 41.4).
3.
Consequências físicas. O pecado também traz consequências no corpo do
pecador (Sl 38.3-9). Tanto Davi como Bate-Seba estavam cientes das implicações
de seu erro (Lv 20.10). Após pecar Davi ouviu um dos mais duros julgamentos
pronunciados pelo profeta Natã (2º Sm 12.10-14). O julgamento atingia não
somente sua vida física, mas também incluiria seu reino e sua família (2º Sm
12.18). A sentença que Davi pronunciou tinha base na Lei (Êx 22.1), e isso
mesmo ele experimentou na pele, pois ele sentenciou que o homem da parábola,
que tomou a ovelha do outro deveria pagar quatro vezes mais: “… tornará a dar o
quadruplicado, porque fez tal coisa...” (2º Sm 12.6). Davi tirou a vida de
Urias, e pagou quatro vezes mais por isso:
2.1. O filho que nascera daquele adultério
morreu (2º Sm 12.14).
2.2. Amnom foi assassinado por Absalão (2º
Sm 13.28,29).
2.3. Absalão foi morto por ter-se rebelado
contra o pai (2º Sm 18.9-17).
2.4. Adonias também foi morto à espada (1º
Rs 2.24,25).
4.
Consequências interpessoais. Os efeitos danosos do pecado levam
sofrimentos tanto ao que pecou como a muitas outras pessoas inocentes, e as
vezes termina desfazendo grandes amizades. Bate-Seba a mulher de Urias era
filha de Eliã e neta de Aitofel, e ambos estes homens faziam parte dos
“valentes de Davi”, os súditos leais do rei. No livro de 2 Samuel, capítulo 23,
a partir do versículo 24, começa a listagem dos grandes guerreiros de Davi, e
ali três nomes se destacam: Eliã, Aitofel e Urias (2º Sm 23.34,39). Aitofel,
avô de Bate-Seba, era o grande conselheiro de Davi que, mais tarde, como num
ato de vingança, aconselhou Absalão a possuir as mulheres do rei publicamente
(2º Sm 16.20-23). Os laços de amizade e lealdade deveriam ter servido de freio
ao desejo insano do rei, porém isso não aconteceu infelizmente.
IV.
FASES PARA CONSUMAÇÃO DO PECADO
1. A
atração.
“…e viu do terraço a uma mulher que estava se banhando” (2º Sm 11.2).
- O primeiro passo para o pecado é a
atração: “Mas cada um é tentado, quando atraído” (Tg 1.14-a). A palavra
“atração” significa: “sedução, sentimento de interesse, curiosidade” (HOUAISS,
2001, p. 338). Isto significa dizer que jamais seremos tentados por aquilo que
não nos sentimos atraídos (Gn 25.29,30,34; 39.7-9; Jz 14.1,3). A Bíblia nos
exorta a resistir aos desejos carnais “deixando-os” (Hb 12.1); “negando-os” (Mt
16.24); “mortificando-os” (Cl 3.5); e, se preciso for, “fugindo” deles (2ª Tm
2.22).
2. O
engodo.
“E mandou Davi perguntar quem era aquela mulher ...” (2º Sm 11.3).
- A segunda coisa destacada pelo apóstolo
Tiago é o engodo (Tg 1.14-b). A expressão “engodo” quer dizer: “isca usada para
atrair animais; chamariz” (HOUAISS, 2001, p. 1149). O simbolismo, talvez seja o
da pesca (CHAMPLIN, 2004, p. 23). Da mesma forma, o homem é atraído por algo
que desperta a sua concupiscência. O diabo é especialista em colocar a isca (Gn
3.6; 9.20,21; 2º Sm 11.2; Mt 26.15; Jo 12.6; At 4.35-37; 5.1-10; 2ª Tm 4.10).
3. A
concepção.
“… e mandou trazê-la ...” (2º Sm 11.4-b).
- A terceira fase é a concepção (Tg
1.15-a). Esta fase é bastante perigosa, pois aproxima o homem da queda que é o
próximo passo. O verbo “conceber” quer dizer: “ser fecundado por, engravidar,
gerar, acalentar” (HOUAISS, 2001, p. 1149). Todos somos tentados diariamente
por coisas que se colocam na nossa frente. Diante disto, podemos renunciar ou
permitir que este desejo seja alimentado em nosso interior. Devemos com a ajuda
da graça (2Tm 2.1) e do poder de Deus (Ef 6.10), resistir aos apelos dos nossos
maiores inimigos: a carne (Rm 7.18), o mundo (1Jo 2.15) e o diabo (Tg 4.7).
4. A
consumação.
“Após ter-se deitado com Davi, Bate-Seba achou-se grávida” (2º Sm 11.4-5).
- O verbo “consumar” quer dizer: “levar a
termo; concluir, rematar; cometer, praticar” (HOUAISS, 2001, p. 815). O
resultado da consumação do pecado é a morte: “[…] o pecado, sendo consumado,
gera a morte” (Tg 1.15-b). Foi o que foi dito ao primeiro casal (Gn 2.17), e o
que eles receberam pela desobediência (Rm 5.12; 6.23). Essa morte é
essencialmente espiritual, mas pode também ser física (At 5.5,10; 1ª Co 11.30)
e eterna (1ª Co 6.10; Gl 5.19-21; Ap 22.15), senão houver arrependimento
sincero e abandono do pecado (Pv 28.13).
CONCLUSÃO.
A maneira correta de lidarmos com nosso
pecado é nos arrependermos dele e, com toda a sinceridade, buscarmos em Deus o
perdão, a graça e a misericórdia (Sl 51; Hb 4.16; 7.25), e nos dispormos a
aceitar, sem amargura nem rebelião, a disciplina divina pelo nosso pecado. Davi
tanto reconheceu quanto confessou seus pecados, voltou-se para o Senhor, e
aceitou a repreensão com humildade (Sl 12.9-13,20; 16.5-12; 24.10-25; Sl 51).
FONTE
DE PESQUISA
1.
BÍBLIA
DE ESTUDO APLICAÇÃO PESSOAL, R.C. CPAD.
2.
BÍBLIA
DE ESTUDO PLENITUDE, Revista e Corrigida, S.B. do Brasil.
3.
BÍBLIA
PENTECOSTAL, Trad. João F. de Almeida, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ.
4.
BÍBLIA SHEDD,
Trad. João F. de Almeida RA.
5.
CLAUDIONOR
CORRÊADE ANDRA, Dicionário Teológico, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ.
6.
CHAMPLIN,
R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
7.
GOMES
Osiel, Lição 11: As Consequências do Pecado de Davi, EBD 4 ° Trimestre De 2019,
CPAD RJ.
8.
HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua
Portuguesa. OBJETIVA.
9.
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo
Pentecostal. CPAD.
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