TEOLOGIA EM FOCO: A MOTIVAÇÃO VERDADEIRA DO NATAL

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

A MOTIVAÇÃO VERDADEIRA DO NATAL


Natal é a festa que comemora, no dia 25 de dezembro, o nascimento de Jesus Cristo. É, também, uma das épocas de maior atividade do comércio. É grande o movimento nos centros comerciais, pois as lojas se enchem de pessoas comprando presentes, fazendo preparativos para festas, renovando o vestuário, gastando o dinheiro do 13° salário que recebeu no final do ano. É uma época de muitas compras, festas, enfeites e luzes.

É momento que muitos aproveitam para elaborar uma decoração especial com motivos natalinos. Alguns destes enfeites fazem alusão ao nascimento de Cristo, como estrela e presépios, mas o que predomina, na decoração natalina, são árvores, guirlandas, luzes, velas, duendes e, principalmente, o Papai Noel.

1. A origem da comemoração do Natal.
A comemoração desta festa tem origem no decreto do papa Júlio 1, no século 4 d.C., aproveitando a ocasião de uma festa pagã, que marcava o início do inverno, no hemisfério Norte.

Junto com a data vieram os símbolos pagãos: árvore, velas, guirlandas e outros. O Papai Noel foi inspirado em São Nicolau, um idoso que viveu na Turquia, no século 3 d.C., que distribuía presentes para as crianças. A roupa vermelha, o trenó, as renas e os ajudantes duendes foram difundidos através do marketing da Coca-cola, a partir de 1930.



A maioria das pessoas, principalmente, nos países ocidentais, comemora o Natal. Vestem roupas novas, dão presentes, participam dos jantares, decoram os ambientes e acendem luzes para a festa. Muitos, entretanto, não se dão conta do verdadeiro significado do Natal. Quando as luzes se apagam, não passou de mais um feriado ou um momento de confraternização.

2. O personagem verdadeiro.
O Natal comemora o nascimento de Jesus Cristo, o filho de Deus, e não podemos permitir a intromissão de qualquer outro personagem, como Papai Noel, duendes, fadas, gnomos ou semelhantes. Não se faz necessário “enfeitar” as casas e, menos ainda, as igrejas, com decoração natalina. Se forem necessários em uma peça teatral ou algo parecido, os símbolos que representam o Natal são a estrela, a manjedoura, os pastores e outros descritos na Bíblia.

Imagine que em uma casa se vai preparar a festa de aniversário do pai da família, cujo nome é José. As pessoas convidadas para a festa são estranhas ao aniversariante, a decoração da festa é de bonecas e casinhas e, bem destacado, acima da mesa este escrito: “Parabéns, Saci-Pererê!”. Como você acha que se sentiria o aniversariante? É o que acontece com a celebração de Natal de muitos: convidados, decoração e aniversariante totalmente estranhos a Jesus.

O Natal é de Jesus e não cabe outro. É a história do nascimento daquele que é o maior personagem da história. O apóstolo Paulo diz que ele é “Aquele que se manifestou em carne foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo e recebido acima, na glória” (1 Tm 3.16). O Natal é a grande ocasião para glorificar a Jesus, “Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém!” (Rm 11.36).

3. A motivação verdadeira.
O Natal não deve ser visto como a comemoração de uma data, mas de um evento. É certo que Jesus não nasceu em 25 de dezembro. Esta data ocorre no inverno em Israel, que é um período frio e chuvoso. Belém está próxima de Jerusalém, que está sobre montes e, no inverno, chega a nevar, em alguns anos.

O período de dezembro corresponde ao nono mês do calendário judaico e está escrito que “todos os homens de Judá e Benjamim, em três dias, se ajuntaram em Jerusalém; era o nono mês, no dia vinte do mês; e todo o povo se assentou na praça da Casa de Deus, tremendo por este negócio e por causa das grandes chuvas” (Ed 10.9). Jeremias informa que o rei estava diante de um braseiro no nono mês, pois era inverno (Jr 36.22).


No nascimento de Jesus “pastores estavam no campo e guardavam durante as vigílias da noite o seu rebanho” (Lc 2.8), o que indica ser verão ou primavera, e nos mostra que o nascimento de Jesus foi bem antes de dezembro.

O Natal, portanto, não celebra uma data, mas o maior evento de todos os tempos: O grande e poderoso Deus, criador dos céus e da terra, encarnou e viveu entre os homens, com a finalidade de dar a sua vida em sacrifício por todos os homens.

Jesus Cristo não deve ser visto apenas como um lindo bebê nos braços de sua mãe ou em uma manjedoura, mas como o verdadeiro Deus, que se fez carne e habitou entre nós (Jo 1.14). O apóstolo João admira-se com o grande milagre da encarnação, dizendo que Jesus é a Palavra de Deus encarnada, que os seus olhos viram e as mãos tocaram. Ele estava dizendo: “nós tocamos em Deus, o apalpamos!” (1ª Jo 1.1,2).

Jesus sabia que a sua missão era dar a sua vida em resgate dos homens pecadores. O que iniciou em Belém, na manjedoura, terminaria no Calvário, em uma cruz. Quando o anjo anunciou a Maria que o seu filho salvaria a humanidade, significava que ele morreria, levando sobre si os pecados de todo o mundo. Não havia outra possibilidade!

O Deus Eterno resolveu ter uma limitada existência humana para garantir a nossa presença ao seu lado na eternidade. Ele é o Senhor que se fez servo para nos tornar participantes do seu reino (Ap 3.21). O grande Deus resolveu ser homem para nos fazer participantes da sua santidade (Hb 12.10). Como diz a letra do hino: ele “morreu a nossa morte pra vivermos sua vida”. Esse é o grande tema e o propósito do Natal.


Festejar o Natal sem experimentar a salvação que o Cristo do Natal veio nos trazer é fazer festa sem saber o motivo e sem ter recebido qualquer benefício.

É como gastar dinheiro para fazer uma festa comemorando o resultado das eleições do Cazaquistão, sem saber onde fica e sem ter nenhum parente lá. É uma festa vazia, sem sentido e sem propósito.

A mensagem do Natal é a revelação da graça de Deus, que enviou seu filho para ser homem e morrer pelos homens, a fim de salvá-los. E a demonstração máxima do grande amor de Deus, enviando o único filho para nos livrar do terrível destino eterno que estava preparado. Como diz a letra do antigo hino: “No Natal a gente sempre agradece / Por Jesus ter nascido em Belém. / Mas nem sempre se lembra, na prece, / Que ele nasce na gente também”.

Quando as luzes do Natal se apagam o que deve ficar é a certeza da vida eterna, garantida pela comunhão com o Jesus Salvador, que nasceu em Belém, e a gratidão pelo grande sacrifício que ele fez, em nosso lugar, para nos dar a gloriosa salvação e nos fazer filhos de Deus.

Se isto for verdadeiro para mim e para você, então podemos fazer muita festa, pois quando as luzes se acenderem ou quando elas se apagarem, sempre será Natal!

Reverberação: www.subsidiosebd.com | Fonte: Jornal Mensageiro da Paz, Dezembro de 2018 – Acervo: Subsídios EBD | Artigo: Márcio Klauber Maia

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