Neemias 13.1-8: “Naquele dia,
leu-se no livro de Moisés aos ouvidos do povo; e achou-se escrito nele que os
amonitas e os moabitas não entrassem jamais na congregação de Deus, 2
porquanto não tinham saído ao encontro dos filhos de Israel com
pão e água; antes, assalariaram contra eles a Balaão para os amaldiçoar, ainda
que o nosso Deus converteu a maldição em bênção. 3 Sucedeu,
pois, que, ouvindo eles esta lei, apartaram de Israel toda mistura. 4
Ora, antes disso, Eliasibe, sacerdote, que presidia sobre a câmara
da Casa do nosso Deus, se tinha aparentado com Tobias; 5 e
fizera-lhe uma câmara grande, onde dantes se metiam as ofertas de manjares, o
incenso, os utensílios e os dízimos do grão, do mosto e do azeite, que se
ordenaram para os levitas, e cantores, e porteiros, como também a oferta alçada
para os sacerdotes. 6 Mas, durante tudo isso, não
estava eu em Jerusalém, porque, no ano trinta e dois de Artaxerxes, rei de
Babilônia, vim eu ter com o rei; mas, ao cabo de alguns dias, tornei a alcançar
licença do rei. 7 E vim a Jerusalém e compreendi o
mal que Eliasibe fizera para beneficiar a Tobias, fazendo-lhe uma câmara nos
pátios da Casa de Deus, 8 o que muito me desagradou;
de sorte que lancei todos os móveis da casa de Tobias fora da câmara”.
INTRODUÇÃO. No capítulo 13 de Neemias
nos mostra que a vida cristã não termina após uma vitória. Muitos fracassam por
imaginar o contrário. Após vencerem uma batalha, concluem que a guerra
terminou. O que não deveria acontecer com o povo de Deus, ou seja, a quebra de
promessas que haviam sido feitas a Deus, ocorreu.
Neemias
descobriu que o fogo da devoção havia se apagado em Jerusalém. Seu primeiro
mandato como governador durou onze anos e meio, depois dos quais voltou ao
palácio a fim de dar seu relatório ao rei. É provável que tenha permanecido na
Babilônia por doze anos. Porém, quando voltou a Jerusalém, descobriu que a
situação se deteriorara drasticamente, pois o povo não cumprira os votos que
havia feito (Ne 10).
I. A AMEAÇA DO ECUMENISMO
1. Uma mistura proibida por Deus.
“Naquele
dia, leu-se no livro de Moisés aos ouvidos do povo; e achou-se escrito nele que
os amonitas e os moabitas não entrassem jamais na congregação de Deus, 2
porquanto não tinham saído ao encontro dos filhos de Israel com
pão e água; antes, assalariaram contra eles a Balaão para os amaldiçoar, ainda
que o nosso Deus converteu a maldição em bênção” (vs. 1-2).
1.1. A
proibição de Deus não é racial, mas religiosa. Os amonitas e moabitas adoravam
outros deuses. Eles não só foram hostis ao povo de Deus, mas contrataram um
profeta amante do dinheiro para amaldiçoar o povo de Deus (v. 1).
1.2. A
tolerância com o mal foi a causa da quebra da aliança firmada. O sacerdote
Eliasibe que sempre fora um opositor velado, com a ausência de Neemias por 12
anos, abusivamente usa seu posto para desviar o povo de Deus. “4 Ora,
antes disso, Eliasibe, sacerdote, que presidia sobre a câmara da Casa do nosso
Deus, se tinha aparentado com Tobias” (v. 4).
1.3. Rute era
moabita, mas ao converter-se foi aceita no meio do povo e tornou-se da linhagem
do Messias. Mas aqui, o caso é diferente. A mistura com aqueles que adoram
outros deuses corrompe a teologia, o culto e a moral.
2. Um afastamento necessário.
“Sucedeu,
pois, que, ouvindo eles esta lei, apartaram de Israel toda mistura” (v. 3).
2.1. Deus
nunca ordenou o seu povo a se unir com os pagãos com o fim de ganhá-los. A
ordem de Deus é sempre: Retirai-vos do meio deles…” (2º Co 6.17); 2)
“Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices de seus pecados e para
não participardes de seus flagelos” (Ap 18.4).
2.2. A Palavra
traz santificação. O v. 3 diz que o povo ao ouvir a Palavra de Deus apartou de
Israel todo elemento misto.
2.3. Foi a
leitura pública das Escrituras que tornou Israel consciente das suas obrigações
diante de Deus como seu povo.
2.4. Há muita
coisa do mundo entrando na igreja que precisa ser tirado. “Procurei a igreja e
a encontrei no mundo; procurei o mundo e o achei na igreja”.
2.5. Existem
doutrinas falsas entrando nos seminários, nos púlpitos, nas igrejas.
II. A PROFANAÇÃO DA CASA DE DEUS
1. A família sacerdotal se une aos inimigos de Deus.
1.1. Eliasibe,
o sacerdote se aparenta com Tobias, o amonita. Ele se torna aliado do inimigo.
Ele faz aliança com o próprio adversário. Ele corrompe o sacerdócio. “Ora,
antes disso, Eliasibe, sacerdote, que presidia sobre a câmara da Casa do nosso
Deus, se tinha aparentado com Tobias” (v. 4).
1.2. O neto do
sacerdote tornou-se genro de Sambalá, o arqui-inimigo de Israel. “Também um dos filhos de Joiada, filho do sumo sacerdote
Eliasibe, era genro de Sambalate, o horonita, pelo que o afugentei de mim” (v.
28).
1.3. Formaram
uma aliança espúria, perigosa. Quando Neemias expulsou esse sacerdote, diz
Flávio Josefo que, Sambalá construiu para ele um templo em Gerisim, e aí
começou o culto pagão dos Samaritanos.
2. A família sacerdotal leva o inimigo para dentro da Casa de Deus.
“E
fizera-lhe uma câmara grande, onde dantes se metiam as ofertas de manjares, o
incenso, os utensílios e os dízimos do grão, do mosto e do azeite, que se ordenaram
para os levitas, e cantores, e porteiros, como também a oferta alçada para os
sacerdotes” (v. 5).
2.1. Se não
bastasse o parentesco com o inimigo, agora, Eliasibe leva Tobias para dentro do
templo. Ele põe o inimigo dentro da Casa de Deus. Certamente ele substitui os
sacerdotes e levitas que cuidavam da Casa de Deus, por um homem vil, que
perseguira tão tenazmente o povo de Deus.
2.2. Não há
maior corrupção do que essa de tirar da Casa de Deus os obreiros fiéis e
colocar no lugar, o próprio inimigo.
2.3. Eliasibe,
um líder que aproveita a ausência de Neemias para destruir a obra de Deus. “Mas,
durante tudo isso, não estava eu em Jerusalém, porque, no ano trinta e dois de
Artaxerxes, rei de Babilônia, vim eu ter com o rei; mas, ao cabo de alguns dias,
tornei a alcançar licença do rei” (v. 6).
Eliasibe era o
grande líder religioso, mas em vez de usar sua influência para abençoar o povo,
usou-a para minar a sua fé.
3. A família sacerdotal beneficia o próprio inimigo, e contamina a
Casa de Deus.
3.1. Eliasibe
fez uma câmara grande para Tobias exatamente no lugar onde eram depositados os
dízimos e ofertas para os sacerdotes, levitas e cantores. “E lhe fizera uma câmara grande, onde dantes se
recolhiam as ofertas de cereais, o incenso, os utensílios, os dízimos dos
cereais, do mosto e do azeite, que eram dados por ordenança aos levitas, aos
cantores e aos porteiros, como também as ofertas alçadas para os sacerdotes
(v. 5).
3.2. Neemias
diz que ele fizera isso para beneficiar Tobias. “E
vim a Jerusalém; e soube do mal que Eliasibe fizera em servir a Tobias,
preparando-lhe uma câmara nos átrios da casa de Deus” (v.7).
3.3. Os
dízimos e as ofertas para o sacerdócio tiveram outro destino. “Também soube que os quinhões dos levitas não se lhes
davam, de maneira que os levitas e os cantores, que faziam o serviço, tinham
fugido cada um para o seu campo” (v. 10).
O v. 10 nos
informa que os obreiros da Casa de Deus, por falta de sustento, precisaram
fugir para os campos e o inimigo instalou-se dentro da Casa de Deus e a
profanou. O verbo fugir indica fugir por perseguição. Quantos obreiro hoje, tem
fugido para os campos por cauda da perseguição!
3.4. A
corrupção religiosa é mais ignominiosa. A parcialidade já é um grave pecado,
mas o favorecimento daqueles que são inimigos do povo de Deus é uma declarada
apostasia.
4. Atitudes de Neemias para corrigir essa profanação da Casa de
Deus.
“Isso muito me desagradou; pelo que lancei todos os
móveis da casa de Tobias fora da câmara. Então,
por minha ordem purificaram as câmaras; e tornei a trazer para ali os
utensílios da casa de Deus, juntamente com as ofertas de cereais e o incenso”
(vs. 8-9).
4.1. Sentiu
grande indignação. “Isso muito me desagradou...
(v. 8a). Neemias era um homem capaz de chorar e também de sentir grande
indignação. Ele não era condescendente com o pecado. Ele irou-se contra aquele
terrível mal.
4.2. Lançou
fora todos os móveis de Tobias. Há coisas que são impróprias dentro da Casa de
Deus. Neemias fez uma faxina na Casa de Deus. O inimigo deve sair e também tudo
aquilo que lhe pertence.
4.3. Purificou
as câmaras da Casa de Deus. A Casa de Deus precisa ser um lugar consagrado,
exclusivo para o serviço de Deus.
4.4. Mandou
trazer de volta os utensílios e as ofertas. Os objetos sagrados precisam estar
na Casa de Deus. As ofertas retidas precisam ser novamente trazidas.
III. A DISPERSÃO DOS OBREIROS DE DEUS
1. Quando a igreja deixa de cumprir o seu papel, as contribuições
são retidas.
“Também soube que
os quinhões dos levitas não se lhes davam, de maneira que os levitas e os
cantores, que faziam o serviço, tinham fugido cada um para o seu campo” (v. 10).
1.1. O
sacerdócio estava corrompido. As contribuições estavam sustentando Tobias e não
os obreiros de Deus. Então, os sacerdotes, levitas e cantores deixaram o seu
posto e o povo reteu os dízimos e as ofertas
1.2. Esse
tempo vivido por Neemias em sua segunda visita a Jerusalém é praticamente o
mesmo do tempo do profeta Malaquias. O povo antes do cativeiro trazia o dízimo
para subornar a Deus; agora, ostensivamente, eles o retém para roubar a Deus.
1.3. A
retenção do dízimo é desamparar a Casa de Deus (Ne 10.39).
Malaquias
alertou os sacerdotes para esse problema nesse tempo: reter o dízimo e
administrar o dízimo.
2. Quando a igreja retém as contribuições e as ofertas, os
obreiros se ocupam com outras atividades.
“....de maneira que os levitas e os cantores, que
faziam o serviço, tinham fugido cada um para o seu campo” (v. 10b).
2.1. O projeto
de Deus é que os sacerdotes e levitas trabalhassem integralmente na sua obra.
Eles deviam cuidar exclusivamente das coisas de Deus. Mas, com a retenção do
sustento, eles foram para os campos e a Casa de Deus foi desamparada.
2.2. Com a falta de ensino da Palavra o povo entregou-se a uma vida
espiritual frágil e a um grande declínio moral.
3. Quando os obreiros de Deus voltam a abraçar
a vocação divina, o povo responde com fidelidade em suas contribuições
financeiras.
“Então contendi com os magistrados e disse: Por
que se abandonou a casa de Deus? Eu, pois, ajuntei os levitas e os cantores e
os restaurei no seu posto. Então todo o Judá trouxe para os celeiros os dízimos
dos cereais, do mosto e do azeite” (vs.11-12).
Neemias
contendeu com os magistrados. Eles deixaram de agir, eles foram frouxos na
liderança, permitindo a corrupção do sacerdócio e a dispersão dos obreiros.
4. A administração financeira na igreja precisa ser feita com integridade
e transparência.
“E por tesoureiros pus sobre os celeiros Selemias, o
sacerdote, e Zadoque, o escrivão, e Pedaías, dentre os levitas, e como ajudante
deles Hanã, filho de Zacur, filho de Matanias, porque foram achados fiéis; e se
lhes encarregou de fazerem a distribuição entre seus irmãos” (v. 13).
4.1. Neemias é
um homem íntegro. E ele entende que as coisas de Deus precisam ser tratadas com
seriedade, integridade e transparência. Ele nomeia pessoas fiéis para cuidar
dos dízimos e ofertas na Casa de Deus.
4.2. Hoje,
muitas igreja lidam com dinheiro de forma suspeita. “Irmãos, sede imitadores meus e observai os que andam
segundo o modelo que tendes em
nós. Pois muitos andam entre nós, dos quais, repetidas vezes,
eu vos dizia e, agora, vos digo, até chorando, que são inimigos da cruz de
Cristo. O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles
está na sua infâmia, visto que só se preocupam com as coisas terrenas. Pois a
nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor
Jesus Cristo” (Fl 3.17.20).
[...] Há
igrejas que se tronaram empresas comerciais. Estão mercadejado a Palavra de
Deus e transformam o Evangelho de Jesus em objeto de liquidação. Vende às
pessoas um lugar no céu; não tem nenhum escrúpulo de cobrar quantias vultosas
por uma oração de libertação e cura. Negociam com os carismas de Deus, dizendo
estarem incentivando a fé. De acordo com o apóstolo Paulo, os que agem assim se
tornam inimigos da cruz de Cristo, porquanto o seu Deus é o ventre e a sua
glória é a vergonha (Fp 3.18-19). [PAULO CÉZAR LIMA. Separando o Verdadeiro do
Falso, Obreiro, ano 22, nº 11, Pg. 90. Editora, CPAD, Rio de Janeiro – RJ.
4.3. Zelo pelos recursos da igreja. As
finanças da igreja local devem ser empregadas com fidelidade, sabedoria e
transparência na expansão do Reino de Deus e no socorro aos mais necessitados.
Tomando o exemplo de Neemias, administremos os bens que os santos consagram a
Deus com lisura e temor (Pv 1.7). Menos do que isso, repito, é inaceitável.
IV. A PROFANAÇÃO DO DIA DO SENHOR
1. O líder deve estar atento ao povo. “Procura conhecer o estado das tuas ovelhas; cuida bem
dos teus rebanhos” (Pv 27.23).
1.1.
Procurando ver como procedem. “Naqueles dias vi
em Judá homens que pisavam lugares no sábado, e traziam molhos, que carregavam
sobre jumentos; vi também vinho, uvas e figos, e toda sorte de cargas, que eles
traziam a Jerusalém no dia de sábado; e protestei contra eles quanto ao dia em
que estavam vendendo mantimentos” (Ne 13.15).
1.2. Neemias
viu o erro do povo, pois estavam desviando do mandamento da Lei. “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar
(Êx 20.8).
1.3. O líder é
o responsável peal ordem na casa de Deus. “Por
esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem o que ainda não o
está, e que em cada cidade estabelecesses anciãos, como já te mandei”
(Tt 1.5).
2. Neemias viu que o povo havia quebrado aliança do dia do Senhor
e a consequente profanação do culto foi uma das fortes causas da queda de Judá.
2.1. O sábado
foi dado como descanso. “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis
dias trabalharás, e farás todo o teu trabalho; mas o sétimo dia é o sábado do
Senhor teu Deus. Nesse dia não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem
tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o
estrangeiro que está dentro das tuas portas” (Êx 20-8-10).
2.2. Era
expressamente proibido trabalhar no sábado (Êx 35.3; Nm 15.32).
2.3. O sábado
foi separado como santo (Êx 16.23-29; 20.10-11; 31.17).
2.4. A guarda
do sábado era um sinal entre o Deus que guarda a aliança e o seu povo (Ez
20.12,20).
3. O sábado estava sendo profanado.
3.1. O trabalho e o comércio no dia do Senhor é visto como um mal.
“Naqueles dias vi em Judá homens que pisavam lugares no sábado,
e traziam molhos, que carregavam sobre jumentos; vi também vinho, uvas e figos,
e toda sorte de cargas, que eles traziam a Jerusalém no dia de sábado; e
protestei contra eles quanto ao dia em que estavam vendendo mantimentos. 16 E
em Jerusalém habitavam homens de Tiro, os quais traziam peixes e toda sorte de
mercadorias, que vendiam no sábado aos filhos de Judá, e em Jerusalém” (vs.
15-17).
3.2. Neemias
mais uma vez se levanta para defender a Lei do Senhor.
“Então
contendi com os nobres de Judá, e lhes disse: Que mal é este que fazeis,
profanando o dia de sábado”? (vs. 17).
3.3. Neemias, preocupado com o descanso
do povo, falou acerca do juízo divino aos desobedientes. “Porventura não fizeram vossos pais assim, e não trouxe
nosso Deus todo este mal sobre nós e sobre esta cidade? Contudo vós ainda
aumentais a ira sobre Israel, profanando o sábado” (Ne 13.18).
3.4. A maior
fraqueza do povo é o pecado. Judá não foi derrotado apenas pelo inimigo. Foi Deus
quem trouxe todo o mal contra o seu povo para discipliná-lo por causa da sua
desobediência.
3.5. O
comércio no dia do Senhor corrompia completamente o propósito do descanso e da
adoração nesse dia.
3.6. A
quebra do dia do Senhor e a consequente profanação do culto foi uma das fortes
causas da queda de Judá. “Porventura
não fizeram vossos pais assim, e não trouxe nosso Deus todo este mal sobre nós
e sobre esta cidade? Contudo vós ainda aumentais a ira sobre Israel, profanando
o sábado” (Ne 13.18).
4. Medidas práticas devem ser tomadas para que o dia do Senhor
seja observado.
Neemias
“E sucedeu que, ao começar a
fazer-se escuro nas portas de Jerusalém, antes do sábado, eu ordenei que elas
fossem fechadas, e mandei que não as abrissem até passar o sábado e pus às
portas alguns de meus moços, para que nenhuma carga entrasse no dia de sábado.
Então os negociantes e os vendedores de toda sorte de mercadorias passaram a
noite fora de Jerusalém, uma ou duas vezes. Protestei, pois, contra eles,
dizendo-lhes: Por que passais a noite defronte do muro? Se outra vez o
fizerdes, hei de lançar mão em vós. Daquele tempo em diante não vieram no
sábado. Também ordenei aos levitas que se purificassem, e viessem guardar as
portas, para santificar o sábado. Nisso também, Deus meu, lembra-te de mim, e
perdoa-me segundo a abundância da tua misericórdia” (Ne
13.19-22).
4.1. Hoje, uma
das maiores causas do secularismo galopante é a quebra da observância do dia do
Senhor. Não nos preparamos para o dia do Senhor. Não nos deleitamos nesse dia.
Muitos se entregam a um lazer profano. Outros entregam-se ao trabalho e ao
desejo do lucro. Outros esquecem-se de Deus.
4.2. A
inobservância do dia do Senhor é um forte sinal da decadência espiritual da
igreja. Na Europa e na América muitas igrejas estão vazias. Hoje, muitos
crentes deixaram de se congregar.
4.3. Neemias
ordena, determina, controla, vigia, fiscaliza, protesta, ameaça, põe guardas.
Ele não apenas fala, ele age. Ele não apenas ensina, ele toma medidas práticas
para eliminação do mal. “E sucedeu que, ao
começar a fazer-se escuro nas portas de Jerusalém, antes do sábado, eu ordenei
que elas fossem fechadas, e mandei que não as abrissem até passar o sábado e
pus às portas alguns de meus moços, para que nenhuma carga entrasse no dia de
sábado” (v. 19).
4.4. Quando o
lucro toma o culto do culto, então, estamos em grande perigo. Quando se passa a
confiar na provisão mais do que no provedor.
4.5. O domingo
é o dia do Senhor. Nesse dia devemos descansar de nossas atividades: trabalho e
estudo e reservarmos esse dia para o descanso e para o culto. Nesse dia deve-se
cessar todo o trabalho nos lembrarmos de Deus. A profanação do dia do Senhor é
um sinal do secularismo.
CONCLUSÃO. A restauração da cidade de Jerusalém tem muito a
ver com a forte liderança espiritual de Neemias: Homem sensível, íntegro, leal
a Deus, ao rei e ao povo; estável emocionalmente, tinha grande discernimento
espiritual, profunda coragem e era comprometida com a Palavra e com a oração.
A Palavra foi
lida e Neemias está orando. O grande líder Neemias começa o livro orando e
termina o livro orando. Sem a Palavra de Deus e sem dependência de Deus não há
restauração do povo de Deus.
Se não estivermos
comprometidos com a Palavra de Deus, nossa administração será reprovada por
Deus e pelos homens. Entre as coisas que mais contribuem para a queda do
obreiro (além daí sensualidade, da soberba e do poder) está o amor ao dinheiro!
(1ª Tm 6.10). Tomemos, pois, o exemplo de Neemias. Ajamos com fidelidade e
sabedoria em todas as coisas. E o nome de Cristo será exaltado em nossa vida.
Pr. Elias Ribas
Assembléia de Deus
Blumenau -SC.
Assembléia de Deus
Blumenau -SC.
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