DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS
Ao contrário do que muita gente pensa, a Doutrina das Últimas Coisas não constitui um emaranhado de enigmas ou um quebra-cabeças. Ele é um conjunto de verdades cristalinas e bem estabelecidas a respeito do que Deus está para fazer nestes últimos dias.
Afirmou o apóstolo Paulo: “Se esperamos em Cristo só nesta
vida, somos os mais miseráveis de todos os homens” (1ª Co 15.19). Mas como esperamos em Cristo também na outra vida,
não podemos ignorar o plano de Deus para o final dos tempos? Daí a necessidade
e a urgência de compreender a “Doutrina das Últimas Coisas”.
1.
Definição do
termo.
Doutrina das últimas coisas é o estudo dos eventos que estão
para acontecer segundo as Escrituras. Estes eventos fazem parte do plano divino
e eterno através dos séculos, conforme Ef
3.11 e Is 46.11.
A doutrina das últimas coisas, por conseguinte, são as
verdades da Bíblia Sagrada referente aos últimos dias da história da
humanidade. Em
Teologia Sistemática recebe o nome de Escatologia, em grego
significa literalmente, “Estudo das últimas Coisas”.
Escatologia – O termo escatologia deriva-se de dois
vocábulos gregos:
“Eskatos” = último.
“Logia” = estudo ou tratado – significa estudo das
últimas coisas, doutrinas futuras.
Jesus ensinou muito sobre este assunto nos Seus Evangelhos,
e para o profeta João quando revelou o Apocalipse, temos também referências nos
livros dos profetas.
A escatologia é o ponto alto do estudo teológico. A teologia
só pode ser completa quando apresenta uma doutrina escatológica com uma interpretação
fiel e harmônica.
Na escatologia vemos Deus revelando aos homens algo sobre os
tempos e estações que estabeleceram pelo Seu próprio poder (At 1.7). Para os salvos, estão
reservadas maravilhosas e surpreendentes coisas dentro de um futuro breve. Para
os pecadores, que não se arrependerem, o futuro será dramático, triste e
lamentável.
2.
No Antigo
Testamento.
A escatologia do Antigo Testamento tem como pilares os
seguintes pontos:
A. A salvação e a restauração completa do remanescente fiel
do povo judeu (Ez 36.17-38; Sf 3.13).
B. O aparecimento glorioso e visível do Messias, que levará
Israel à conversão nacional (Zc 12.10).
C. O Dia do Senhor e o julgamento (Is 12.2; 13.9; Ob 1.15).
D. O estabelecimento do Reino de Deus na terra (Is 11.1-16).
E. A ressurreição e o Juízo final (Dn 12.2).
F. O aparecimento do novo céu e da nova terra (Is 65.17).
3.
No Novo
Testamento.
A escatologia do Novo Testamento trata, basicamente, dos
seguintes assuntos:
A. O arrebatamento da Igreja (1ª Ts 4.13-17).
B. O aparecimento do Anticristo (2ª Ts 2.1-12).
C. A grande tribulação (Mt 24.15-28).
D. O reino milenar de Cristo (Ap 20.1-6).
E. O julgamento final (Ap 20.11-15).
F. A inauguração do perfeito estado eterno, tendo a Nova
Jerusalém Celeste (Ap 21.1-27).
II. O OBJETIVO DA DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS
A Doutrina das últimas coisas tem o seguinte objetivo:
1.
Mostrar o que está prestes a acontecer (Ap 22.6).
2.
Preparar o crente para encontrar-se com Deus (1ª Jo 3.3).
3.
Tranquilizar o povo de Deus para os últimos
acontecimentos (Jo 14.1-2).
4.
Alertar a todos que o Noivo está chegando (Ap 22.17-20).
A fim de estudarmos com proveito a doutrina das últimas
coisas, observemos alguns procedimentos importantíssimos.
1.
Reconhecer primeiro a Bíblia.
2.
Orar com profunda reverência.
3.
Evitar especulações e vãs sutilezas da falsa
hermenêutica.
4.
Esperar com alegria a manifestação do Senhor da glória.
1. Falta
de afinidade com o Espírito Santo.
Isso traz confusão
espiritual (1ª Co 2.10-14).
2. Falsa
aplicação do texto bíblico nos seus variados aspectos.
A. Quanto ao povo (Mt 24.14). Judeu, gentio e igreja.
B. Quanto ao tempo (Mt 24.3). Escatológico.
C. Quanto ao lugar (At 2.17-20; Mt 24.29). Só Israel.
D. Quanto ao sentido do texto (Ez 37). Com o povo de Israel.
E. Quanto à mensagem do Texto (Jo 3.5).
F. Quanto à procedência da mensagem existem três
fontes: de Deus, do homem e do Diabo.
A Bíblia diz “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como
obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”
(2ª Tm 2.15).
Manejar: é o mesmo que aplicar corretamente o texto
bíblico quanto aos elementos acima. É um dever de todo o obreiro do Senhor
“saber manejar a Palavra da verdade”.
Não podemos , de forma alguma, ser omissos ou corromper a sã
doutrina.
3. Conhecimento
bíblico desordenado:
Há crentes portadores de um admirável conhecimento bíblico,
porém, de forma solta e desordenada, sem examinar a hermenêutica bíblica.
4. Conhecimento
que é apenas especulação do raciocínio humano (1ª Co 2.14).
Neste tipo de conhecimento que muitos crentes têm não há
qualquer intenção de consagração ao Senhor, e muito menos humildade e
obediência a Sua vontade.
A DIVISÃO DA HUMANIDADE
Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus,
nem aos gentios, nem a igreja de Deus” (1ª
Co 10.32).
Para estudarmos escatologia é necessário aprendermos a
divisão da humanidade em três grupos, conforme o texto acima:
A. Os
Judeus: São os descendentes de Abrão, Isaque e Jacó, Is 51.2; Jo 8.39. Também são chamados
de hebreus, israelitas, filhos de Israel e naturalmente de Israel.
B. Os Gentios: São todos aqueles que não são Judeus.
C. A Igreja de Cristo: São todos os judeus e
gentios convertidos a Cristo.
I. CONTRASTE ENTRE ISRAEL E A IGREJA
1) Escolha
de Deus.
A. Deus escolheu Israel para a sua glória na terra (Gn 15.7; Êx 32.13; Js 11.23).
B. Deus escolheu a Igreja para Sua glória no céu (Ef 2.4-7).
2. Escolha.
A. Israel
foi escolhida através do chamado de Abrão (Gn 12.1-3).
B. A Igreja foi escolhida antes da fundação do mundo (Ef 1.4).
3. Propósito
de Deus.
A.
Fazer de Israel uma nação diferente de todas (Gn 12.2; 46.3).
B.
Fazer da Igreja um corpo diferente de todos (Ef 1.15-23; 2ª Co 11.2).
II. O CHAMADO
· Deus chamou uma pessoa para dela formar uma
nação (Is 51.2).
· A Igreja chamada entre muitas para se tornar um
só corpo (Ef 2.11-26).
1. Encontro
com Cristo.
A. Os
Judeus serão chamados de volta à sua pátria (Jr 33.7-9).
B. A
Igreja será chamada aos céus (1ª Ts
4.13-15).
2. Relação
com Cristo.
A. Cristo
será Rei de Israel (Zc 14-17).
B. Cristo
é a cabeça do corpo, e Noivo da Igreja (Ef
1.22; 4.15).
3. Herança.
A.
A herança de Israel é a terra (Gn 12.7).
B.
A herança da Igreja é o céu (Ef 1.3).
O propósito de Deus com Israel é um e com a Igreja é outro,
totalmente diferente.
Com esta pequena introdução às formas de interpretação das
Escrituras Sagradas, seguidas de alguns exemplos para demonstrar a forma
utilizada para interpretar este estudo, guiado e inspirado pelo Espírito Santo,
empenhemos ao máximo para esclarecer de forma fidedigna este assunto.
Pr. Elias Ribas
Muito bom! Parabéns!
ResponderExcluirgostei DEUS continue abençõando sua vida
ResponderExcluirmuito edificante,para gloria de Deus,parabens
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