TEOLOGIA EM FOCO

terça-feira, 30 de novembro de 2021

O ALTAR SEMPRE ACESO

 



Levítico 6.9-10-12 “Dá ordem a Arão e a seus filhos, dizendo: Esta é a lei do holocausto: O holocausto será queimado sobre o altar toda a noite até pela manhã, e o fogo do altar arderá nele. 10- E o sacerdote vestirá a sua veste de linho, e vestirá as calças de linho sobre a sua carne, e levantará a cinza, quando o fogo houver consumido o holocausto sobre o altar, e a porá junto ao altar. 12- O fogo, pois, sobre o altar arderá nele, não se apagará; mas o sacerdote acenderá lenha nele cada manhã, e sobre ele porá em ordem o holocausto, e sobre ele queimará a gordura das ofertas pacíficas.” 

INTRODUÇÃO

No Antigo Testamento os sacerdotes eram responsáveis por manter o fogo aceso na Casa do Senhor, no Tabernáculo. Aquele fogo simbolizava a presença de Deus (Lv 9.24). Nosso Deus se manifesta com fogo (Êx 3.2,6; Ap 4.5). Na Nova Aliança todos somos sacerdotes (1ª Pe 2.9; Ap 1.6), e temos a responsabilidade de manter aceso o fogo do céu no altar da nossa vida. O altar sempre aceso significa que tudo deve ser colocado sobre ele. Não pode existir na vida do cristão nada tão valioso que não possa ser colocado sobre o altar para ser queimado em oferta ao Senhor. 

I. O ALTAR É LUGAR DE ENTREGA 

A instrução do Senhor para que o altar ficasse sempre aceso caracteriza que tudo ali era colocado era para ser queimado, isto é, para ser entregue a Ele. O altar é uma figura da cruz, onde Jesus passou pelo fogo do juízo divino. O altar é um lugar de entrega de um animal sem defeito e do derramamento de sangue; o lugar onde algo valioso é entregue ao Senhor para ser queimado em adoração a Ele. Esses sacrifícios repetitivos sobre o altar aceso são tipos do sacrifício único feito por Jesus Cristo. 

1. Entregar no altar o que tem valor. A exigência de Deus para que a oferta fosse sem mancha demonstra que devemos trazer apara o altar de Deus o que é melhor, isto é, algo de valor. Ao exigir que Isaque fosse oferecido em sacrifício e não Ismael, Deus exige de Abraão o filho que lhe era mais querido. Todos que desejam agradar a Deus no altar devem aprender com Abraão. Mesmo depois da promessa se cumprir com o nascimento de Isaque, o mais importante é Deus e não Isaque, e se for necessário oferecer Isaque em holocausto, será feito, pois é a vontade do Senhor. 

Colocar a oferta sobre o altar aceso é querer oferecer ao Senhor por completo, tendo em vista que tudo será consumido pelo fogo. Esse princípio bíblico permeia a vida dos que agradaram a Deus em todas as épocas, de não valorizar nesta vida nada acima d’Ele. Na época do profeta Elias, após anos sem orvalho e sem chuva, ele se apresentou no Monte Carmelo e levantou o altar, colocando sobre este algo de grande valor: água (1º Rs 18.34-35). Quando é oferecido ao Senhor o que é valioso para o homem, Deus reconhece e tem prazer nesta oferta. Este é o grande privilégio da Igreja, que pode colocar sobre o altar aceso o que realmente agrada a Deus. E hoje, somente a Igreja pode oferecer este sacrifício a Deus. 

2. Altar aceso é a lei do holocausto. Deus estabelece que o fogo sobre o altar deveria arder durante todo o dia e toda a noite (Lv 6.12). Durante a travessia do deserto o cuidado com o fogo durante a noite deveria ser maior, pois no deserto, à noite, a temperatura diminui bastante e pode fazer com que o fogo venha a se apagar. Em tempo de frieza é mais difícil manter o fogo aceso e a Igreja deve observar este detalhe para que a temperatura espiritual não diminua no meio do povo de Deus. Jesus fala sobre o esfriamento do amor: “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.” (Mt 24.12). 

Conforme a noite começa e os raios solares se vão, começa a esfriar. Deus quer um altar aceso durante o dia e também durante a noite. Já vivemos o adiantado da hora. Jesus disse que a noite vem (Jo 9.4), e com a noite vem as dificuldades, como a falta de luz (Jo11.10). A frieza espiritual tem tomado conta de muitas vidas e contemplamos o reflexo desse fato nas nossas reuniões, em que muito entretenimento é oferecido com intuito de atrair os crentes para o culto, quando deveria ser um prazer estar na igreja para adorar ao Senhor. Há movimentos que, com o intuito de atrair as pessoas, oferecem milagres, vendem indulgências e talismãs, e prometem bens meramente terrenos. Resultado de um altar que se apaga lentamente devido ao fato da noite ter chegado. 

3. No altar Deus cheira o suave cheiro. O holocausto era uma oferta de cheiro suave ao Senhor e esse bom cheiro hoje é oferecido a Deus por uma Igreja separada deste mundo, consagrada ao Senhor e santificada pelo sangue de Jesus, pela ação da Palavra de Deus e pelo Espírito Santo. Deus nunca ficou sem testemunhas na terra em todas as épocas e hoje também tem os fiéis, que perseveram em meio a todas as adversidades, e estes colocam sobre o altar aceso uma oferta que Deus recebe, uma oferta de cheiro suave (1º Rs 19.18). 

Toda pessoa que quer agradar a Deus tem que conhecer a cruz. Sem o conhecimento da cruz tudo que é oferecido a Deus é proveniente da carne e de modo nenhum pode agradar a Deus (Rm 8.8). Pessoas que não conhecem a cruz são meramente religiosas no seu caráter. Julgam-se capazes de oferecer a Deus alguma coisa do seu labor, da sua capacidade natural, desconhecendo a si próprio e desconhecendo a Deus. Toda oferta que agrada a Deus deve ser em Cristo oferecida. Somente assim Deus pode cheirar o suave cheiro da oferta colocada sobre um altar que arde. 

II. O ALTAR É LUGAR DE ADORAÇÃO 

Deus criou o homem para que O adorasse. Jesus disse que Deus procura verdadeiros adoradores (Jo 4.23). Um leproso ouviu de longe, como ordenava a lei, o Sermão do Monte e a ação da Palavra em seu interior agiu tão forte que ele entendeu que uma lepra não poderia impedi-lo de cumprir o propósito pelo qual fora criado por Deus. Assim, se aproximou de Jesus e O adorou: “E eis que veio um leproso e o adorou, dizendo: Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo.” (Mt 8.2). 

1. O altar de bronze. Havia o altar de bronze (cobre) que ficava no pátio do tabernáculo (Êx 27.2; 40.6) e o altar de ouro que ficava dentro do santuário (Êx 30.1, 6) e o altar de ouro que ficava dentro do santuário (Êx 30.1, 6). O altar para sacrifício era o de bronze, onde o fogo deveria arder continuamente. Nesse altar de bronze eram oferecidos os sacrifícios cruentos no altar de ouro era queimado o incenso aromático pela manhã e tarde. Em ambos altares o cheiro era agradável a Deus, isto é, Deus aceitava a adoração. 

“Alguns estudiosos supõem que os sacerdotes, por turnos, pusessem a intervalos os pedaços do sacrifício sobre o altar, garantindo assim que sempre houvesse algo queimando. Mas considerando-se que o combustível era somente a lenha, o sacrifício ficaria requeimando durante a noite inteira, sem nenhuma ajuda. No entanto, parece que na época do segundo templo, ficar alimentando as chamas fazia parte da prática dos sacerdotes” (R. N. Champlin). É no altar de bronze que o nosso ego desaparece e tudo que está relacionado com a carne é destruído. Renunciamos a nossa vida pela vida de Deus (Gl 2.20). 

2. Uma oferta de fé. A fé é essencial para a adoração do ofertante no altar. Se aproximar do altar sem fé é apenas formalismo; é procurar encontrar o Senhor Deus e entende-lo pela razão humana. O escritor aos Hebreus, ao fazer menção dos primeiros atos de adoração registrados na história humana (as ofertas oferecidas a Deus por Caim e Abel – Gn 4.1-7), enfatiza que Abel foi movido pela fé (Hb 11.4), diferentemente de Caim. Foi também pela fé que Abraão ofereceu Isaque (Hb 11.17). Não basta apenas ofertar (Hb 11.6). 

Aprendemos pela Palavra de Deus a importância de ofertarmos ao Senhor não simplesmente para cumprir uma ordenança ou liturgia, ou um mero formalismo ritual, mas movidos pela confiança, convicção, certeza concreta (Hb 11.1), que se expressa em ação, como demonstrado por Abel, Abraão e outros. 

3. Um altar de adoração. Quando uma oferta é trazida ao altar do Senhor tem também o sentido da adoração. Quando o profeta Elias restaurou o altar de Israel e Deus enviou fogo do céu para consumir a oferta (1º Rs 18.38), o povo adorou ao Senhor (1º Rs 18.39). O altar da adoração deve estar levantado nas nossas igrejas, nas nossas famílias e nas nossas vidas. Deus é adorado no céu pelos seres que lá habitam e também deve ser adorado por todos aqueles que na terra professam o Seu Santo Nome. A adoração só deve ser dada a Deus. Jesus disse que somente Deus deve ser adorado (Mt 4.10). A adoração deve ser em verdade e em Espírito: “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” (João 4.23,24).

Mas a hora chega, e agora é – a antiga dispensação está prestes a passar, e a nova, a começar. “Já” há tanta luz que Deus pode ser adorado de maneira aceitável em qualquer lugar. 

Os verdadeiros adoradores. Todos que verdadeiramente e sinceramente adoram a Deus. Aqueles que fazem isso com o coração, e não apenas na forma.

Em espírito. A palavra “espírito”, aqui, se opõe aos ritos e cerimônias e à pompa do culto externo. Refere-se à “mente”, à “alma”, ao “coração”. Eles devem adorar a Deus com uma sincera “mente”; com a simples oferta de gratidão e oração; com um desejo de glorificá-lo, e sem pompa e esplendor externos. O culto espiritual é aquele onde o coração é oferecido a Deus e onde não dependemos de formas externas para aceitação.

Na verdade. Não por meio de sombras e tipos, não por meio de sacrifícios e ofertas sangrentas, mas da maneira representada ou tipificada por todos esses, Hebreus 9.9 , Hebreus 9.24 . Na verdadeira maneira de acesso direto a Deus através de Jesus Cristo.

Para o Pai procurar. Jesus apresenta duas razões pelas quais esse tipo de adoração deve ocorrer. Uma é que Deus a procurou ou desejou. Ele havia designado o modo antigo, mas o fez porque procurava liderar a mente para si mesmo por essas formas, e preparar as pessoas para o sistema mais puro do evangelho, e agora ele buscava ou desejava que aqueles que o adoravam adorá-lo dessa maneira. Ele sugeriu sua vontade por Jesus Cristo.

O pai procura uma entrega total e não pela metade. Romanos 12.1 Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. 

“...como sacrifício vivo...”. Os animais mortos nos sacrifícios da Lei, eram a sobra do que havia de vir. A morte do único “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”, varreu todas as vítimas mortas do altar de Deus, para dar lugar aos próprios redimidos, como “sacrifícios vivos” para Aquele que “se fez pecado por nós”; ao passo que tudo que sai dos seus corações agradecidos em louvor, e todo ato motivado pelo amor de Cristo, é em si um sacrifício a Deus de cheiro suave (Hb 13.15-16).

“...santo...”. Como os animais, quando oferecidos sem defeito a Deus, eram considerados santos, assim também os crentes, “entregando-se a Deus como os que estão vivos dentre os mortos, e seus membros como instrumentos de justiça para Deus”, são considerados por Ele, não ritualmente, mas realmente “santos”, e assim agradáveis a Deus. 

Um altar aceso continuamente significa uma adoração continuada, uma adoração que não para e que não esteja sujeita a situações que o adorador venha passar. A adoração da Igreja não é afetada pelas crises desta vida, pelas enfermidades ou pelas tempestades que possam advir. Adorar a Deus é grande privilégio a nós concedido e por essa razão o inimigo de nossas almas tenta de todas as maneiras atrair essa adoração para a pessoa dele. Mas o Espírito Santo na vida do crente, na vida da Igreja, leva o povo de Deus a adorar somente ao Senhor. Abel adorou a Deus oferecendo o sangue e a gordura sobre o altar. O sangue manifesta a excelência da vida e a gordura a excelência inerente à pessoa de Cristo, Sendo Deus Espírito, os seus adoradores devem adorá-Lo em espírito e em verdade. Isso é possível, pois Deus nos deu a Sua natureza através do Espírito Santo. 

III. O ALTAR É LUGAR DE ALEGRIA 

A alegria é uma das características do fruto do Espírito (Gl 5.22). Alegria faz parte do caráter dos que se aproximam de Cristo, reconhecendo a obra por Ele realizada. Sua morte e ressurreição nos deu esta alegria por termos comunhão com Deus e pelas gloriosas promessas que estão para se cumprir na vida de todos os que permanecerem fiéis, perseverando até o fim (Mt 24.13). 

1. Alegria pelo perdão. O perdão é necessário porque o homem pecou contra Deus. Sendo o pecado uma ofensa à santidade de Deus, somente Ele pode conceder o perdão. O Homem sem Deus procura de muitas maneiras se justificar perante o Senhor, mas nenhuma delas consegue conceder alegria ao homem, pois não lhe dá a certeza de ter alcançado o perdão. Fazer obras meritórias, meditação transcendental, praticar a mendicância e outras formas criadas pelas religiões não tem como conceder a certeza do perdão. Essa alegria só é alcançada quando contemplamos Cristo, que foi sacrificado por nós. Por essa razão, Davi orou pedindo: “Torna a dar-me a alegria da tua salvação e sustém-me com um espírito voluntário.” (Sl 51.12). 

O perdão só pode ser dado porque com Ele está o perdão (Sl 130.4). O perdão concede ao penitente: alegria imediata, alívio da consciência culpada e restauração da comunhão com Deus. Davi não pediu a Deus segurança do reino, um exército mais forte, mais riqueza, mas, sim “alegria da salvação”. O perdão liberta o homem de todo o tipo de escravidão, dá um novo motivo de vida. Uma pessoa perdoada é uma pessoa alegre, que tem motivos para viver, e não apenas viver, mas viver uma vida com abundância (Jo 10.10). 

2. Alegria pela presença de Deus. O altar é lugar de encontro entre Deus e o homem. O pecador, ao ouvir a voz de Deus, teme e se esconde (Gn 3.10), mas no altar tem uma vítima que toma o lugar do pecador, que muda o medo em alegria (Nm 10.10). O pecador pode entrar pelo átrio da casa do Senhor com alegria: “Dai ao Senhor a glória devida ao seu nome; trazei oferendas e entrai nos seus átrios.” (Sl 96.8). 

Na presença do Senhor há fartura de alegria (Sl 16.11). Para o salvo a presença do Senhor é uma busca constante e incessante, para poder desfrutar do que há de mais precioso. O salmista se alegra pelo convite que lhes é feito, de ir à casa do Senhor (Sl 122.1). Todos os que vivem uma vida totalmente entregue para Deus, e têm como fundamento da vida cristã a obra que Jesus realizou, Sua morte e ressurreição, sempre terão uma mensagem de alegria (Mt 28.8). 

3. Alegria por ser o altar de Deus. O salmista se alegra por se chegar ao altar de Deus: “Então irei ao altar de Deus, do Deus que é a minha grande alegria, e com harpa te louvarei, ó Deus, Deus meu.” (Sl 43.4). A tradução livre do texto “aminha grande alegria” é “a alegria da minha alegria”, como encontramos nos rodapés de algumas Bíblias. O salmista está dizendo que, quando vai ao altar de Deus, ele encontra uma alegria que alegra a alegria dele. 

Existe a alegria humana (natural) e a alegria que é uma das características do fruto do Espírito (espiritual). A alegria natural está na alma, mas a alegria espiritual só tem os que nasceram de novo, pois ela está no espírito do homem. Quando nos aproximamos do altar de Deus, somos inundados pela presença do Espírito Santo e tomados pela Sua alegria, que supera qualquer dificuldade que este mundo possa oferecer. É a alegria do Espírito alegrando a alegria da alma.

CONCLUSÃO. Temos de empreender todos os esforços para que o altar esteja aceso continuamente, para que a qualquer momento que dele nos aproximarmos possamos oferecer a nossa oferta de cheiro suave ao Senhor. Seja no calor do dia, ou no frio da noite, que esta chama esteja sempre acesa.

segunda-feira, 29 de novembro de 2021

CONTINUA A LEI DAS OFERTAS (Lv 7)



Este capítulo trata do ritual da oferta pela culpa e das ofertas pacíficas, como o último capítulo tratou do ritual da oferta queimada, da oferta de carne e da oferta pelo pecado. Neste capítulo 7, dos vs. 1-10, veremos as instruções para as ofertas pela culpa, dos vs. 11-36, veremos o sacrifício pacífico e, finalmente, a conclusão nos vs. 37 e 38, deste trecho que começou em Lv 1.1 e se estendeu até Lv 7.35. 

Como já vimos, é difícil diferenciar uma oferta da outra quando se trata das ofertas pelo pecado, das ofertas pela culpa. Mas sabemos que elas foram plenamente cumpridas em Cristo. Aqui na oferta pela culpa, o sacerdote deveria comer do sacrifício, na porção que tinha direito, somente dentro do átrio do tabernáculo – ver 6.16.

I. A LEI DA OFERTA PELA CULPA 

1. Ritual adicional da oferta pela culpa (7.1-10). Deve-se notar que o sangue da oferta pela culpa não deve ser colocado nas pontas do altar, como era a regra na oferta comum pelo pecado, mas lançado contra a parte interna do altar, como na oferta queimada e oferta de paz. A garupa em Levítico 7.3 deve ser traduzida como cauda, como em Levítico 3.9. 

Conter um preceito geral ou nota sobre a porção dos sacerdotes na oferta pelo pecado, pela oferta pela culpa, pela oferta queimada e pela oferta de carne. O sacerdote oficiante deveria ter a carne da oferta pela culpa e da oferta pelo pecado (exceto a gordura queimada no altar), e a pele da oferta queimada e das ofertas de carne cozida (exceto o memorial queimado no altar), enquanto as ofertas de carne de farinha e de grãos ressecados, que poderiam ser mantidos por mais tempo, seriam propriedade do corpo sacerdotal em geral, todos os filhos de Arão ... um tanto quanto o outro. As peles das ofertas de paz foram retidas pelo ofertante ('Mishna, Sebaeh', 12, 3). 

II. A LEI DAS OFERTAS PACÍFICAS 

1. Ritual adicional da oferta de paz (Lv 7.11-21). Existem três tipos de ofertas de paz:

1.1. Ação de graças. Que expressavam a gratidão a Deus pela ajuda recebida em tempos de tristeza e dificuldades. O ofertante oferecia bolos e coscorões ázimos amassados com azeite, os bolos, feito de flor de farinha, tinham de ser fritos (Lv 7.12-15).

Os produtos trazidos a Deus vinham acompanhado de sacrifícios de louvores. 

1.2. Voto, vs. 16-17. Realmente muito usado nas situações de grande desespero e aflições quando a pessoa quer uma resposta divina e se compromete com votos prometendo algo. São exemplos: Gn 28.20-22; 1ª Sm 1.11.

Os votos eram normalmente acompanhados de ofertas pacíficas por ocasião da declaração e, posteriormente, do cumprimento do voto. Nesse caso, a comida poderia ser comida no mesmo dia ou no dia seguinte. 

1.3. Ofertas movidas, diante do Senhor vs. 30-31. Na última etapa, o adorador entregava a oferta pacífica ao sacerdote, segundo o manual levítico, aspergia o sangue do sacrifício sobre o altar. Em seguida, queimavam a gordura do animal (Lv 7.30). Normalmente fazia parte de um ritual mais amplo no qual o peito do animal era movido, talvez levantado, diante do altar pelo sacerdote e pelo adorador antes de ser entregue ao sacerdote como alimento (Nm 5.25). Esta oferta é mencionada 10 vezes aqui em Levítico. 

Destes, as ofertas de agradecimento foram feitas em memorial agradecido pelas misericórdias passadas; as ofertas votivas foram feitas em cumprimento de um voto previamente feito, de que tal oferta deveria ser apresentada se uma condição de terreno fosse cumprida. As ofertas voluntárias diferem das ofertas votivas por não terem sido previamente prometidas, e das ofertas de agradecimento por não terem referência a nenhuma misericórdia especial recebida. A oferta de agradecimento deve ser comida pelo ofertante e seus amigos, no mesmo dia em que foi oferecida; as ofertas votivas e voluntárias, inferiores à oferta de agradecimento em santidade, no mesmo dia ou no dia seguinte. A razão pela qual um tempo mais longo não foi concedido provavelmente foi que, quanto mais a refeição foi adiada, menos um caráter religioso seria associado a ela. A necessidade de um consumo rápido também afastou a tentação de agir de má vontade em relação àqueles com quem o banquete poderia ser compartilhado, e também impediu o perigo de a carne se corromper. Se alguma carne permanecesse até o terceiro dia, seria queimada com fogo; se comido naquele dia, não deve ser aceito ou imputado àquele que ofereceu, isto é, não deve ser considerado como sacrifício de doce sabor a Deus, mas uma abominação (literalmente, um fedor), e quem o comeu suportar sua iniquidade, isto é, deve ser culpado de uma ofensa, exigindo, provavelmente, uma oferta pelo pecado para expiá-la. O presente de pão que acompanha o sacrifício de animais consistia em três tipos de bolos sem fermento e um bolo de pão fermentado, e um de toda a oferta, ou seja, um bolo de cada tipo, deveria ser oferecido por ser levantado e depois dado para o padre oficiante, os demais bolos fazem parte da refeição festiva do ofertante. Se alguém participasse de um banquete em uma oferta de paz enquanto estivesse em um estado de impureza levítica, ele seria separado do seu povo, isto é, excomungado, sem permissão para recuperar a comunhão imediata, oferecendo uma oferta pelo pecado. São Paulo juntou-se a uma oferta votiva (At 21.26). 

III. DEUS PROÍBE COMER GORDURA E SANGUE 

1. Não comereis gordura (Lv 7.22-27). Esta ordem repetida com frequência baseia-se na explicação de que “toda gordura é do Senhor” (Lv 3.16). A gordura de animais mortos naturalmente ou caçados por predadores poderia ser usada para outros propósitos, mas não como alimento (Lv 7.24). 

2. Não comereis sangue (v. 26). Esta expressão se refere ao ato de comer carne cujo sangue não foi drenado (1º Sm 14.33). A razão dessa proibição é dada em 17.11 e Gn 9.4. [Bíblia de Genebra]. 

Desde que o derramamento de sangue representava perda de vida (Gn 9.4), e que o sangue assim derramado era usado somente para a expiação, nunca se podia comer ou beber. Esta proibição se referia somente ao uso do sangue como alimento, e não deve ser considerada uma lei contra a transfusão de sangue, o que é uma operação médica para salvar vidas. Se queremos atribuir-lhe algum sentido espiritual, seria apenas o de ilustrar a santidade do sangue de Cristo, derramado em nosso favor para que tenhamos a plenitude da vida mediante Seu sacrifício supremo. (Bíblia Shedd). 

IV. CONTINUAÇÃO DO RITUAL DAS OFERTAS DE PAZ 

1. A porção do sacerdote (Lv 7.28-34 – Cf. Lv 3.1). A igual dignidade das ofertas pacíficas com as outras ofertas, é justificada pelo mandamento de que o ofertante a traga com suas próprias mãos, embora possa ter sido considerado apenas a parte constituinte de uma festa e, portanto, enviado pela mão de uma pessoa, o servo. 

2. Oferta movida (Lv 6.30-36). A parte da oferta que os sacerdotes moviam era deles. O movimento de ida e volta para o altar simbolizava a oferta do sacrifício a Deus e seu retorno aos sacerdotes. Estas ofertas ajudavam a manter os sacerdotes que cuidavam da casa de Deus. O Novo Testamento ensina que os ministros deveriam ser mantidos pelas pessoas a quem eles servem (1Co 9:10). Nós devemos dar generosamente àqueles que ministram por nós. (Application Study Bible). 

O peito e o ombro direito deveriam ser agitados e levantados (para “levantado” não significa apenas “retirado”, como alguns já disseram). A ondulação consistia no sacerdote colocando as mãos sob as do ofertante que segurava a peça a ser acenada e movendo-as lentamente para trás e para frente diante do Senhor, de e para o altar; o levantamento foi realizado levantando lentamente as peças levantadas para cima e para baixo. Os movimentos foram feitos para mostrar que as peças, embora não fossem queimadas no altar, ainda eram consagradas de maneira especial ao serviço de Deus. O ombro direito era provavelmente a perna traseira, talvez o quadril. A palavra hebraica é geralmente traduzida como “perna” (Dt 28.35; Salmos 147.10). 

“Esta é a porção de Arão … e de seus filhos” (v. 35). A ênfase no capítulo 7 é sobre a parte que pertencia aos sacerdotes. Deus ordenou uma provisão liberal para o Seu ministério e pretendia que cada israelita compreendesse a responsabilidade de mantê-lo. Isso mantinha o sacerdócio em elevada estima entre o povo. Muito do que era doado revertia aos sacerdotes. 

3. Ofertas preparadas no fogo Lv 7.35 - 38). A oferta da consagração se referia à oferta apresentada na cerimônia em que os sacerdotes foram introduzidos no cargo (8.22). Application Study Bible). 

Deus deu a Seu povo muitos rituais e instruções a seguir (v. 38). Todos os rituais em Levítico deveriam ensinar valiosas lições ao povo. Entretanto, com o passar do tempo o povo se tornou indiferente a estes rituais e começou a perder contato com Deus. Quando os rituais (louvor, adoração, e Palavra de Deus) de sua igreja começarem a parecer secos, tente redescobrir o significado e propósito originais atrás deles. Seu louvor será revitalizado. (Application Study Bible).

 


sábado, 27 de novembro de 2021

A CONSAGRAÇÃO DO SACERDOTE

 


Levítico 8.1-13 “O Senhor disse a Moisés: 2- Traga Arão e seus filhos, suas vestes, o óleo da unção, o novilho para a oferta pelo pecado, os dois carneiros e o cesto de pães sem fermento; 3- e reúna toda a comunidade à entrada da Tenda do Encontro. 4- Moisés fez como o Senhor lhe ordenou, e a comunidade reuniu-se à entrada da Tenda do Encontro. 5- Então Moisés disse à comunidade: Foi isto que o Senhor mandou fazer; 6- e levou Arão e seus filhos à frente e mandou-os banhar-se com água;7- pôs a túnica em Arão, colocou-lhe o cinto e o manto, e pôs sobre ele o colete sacerdotal; depois a ele prendeu o manto sacerdotal com o cinturão; 8- colocou também o peitoral, e nele pôs o Urim e o Tumim; 9- e colocou o turbante na cabeça de Arão com a lâmina de ouro, isto é, a coroa sagrada, na frente do turbante, conforme o Senhor tinha ordenado a Moisés. 10- Depois Moisés pegou o óleo da unção e ungiu o tabernáculo e tudo o que nele havia, e assim os consagrou. 11- Aspergiu sete vezes o óleo sobre o altar, ungindo o altar e todos os seus utensílios e a bacia com o seu suporte, para consagrá-los. 12- Derramou o óleo da unção sobre a cabeça de Arão para ungi-lo e consagrá-lo.13- Trouxe então os filhos de Arão à frente, vestiu-os com suas túnicas e cintos, e colocou-lhes gorros, conforme o Senhor lhe havia ordenado.” 

Levítico 9.1,23,24 “E aconteceu, ao dia oitavo, que Moisés chamou a Arão, e a seus filhos, e aos anciãos de Israel. 23- Então entraram Moisés e Arão na tenda da congregação; depois saíram e abençoaram o povo; e a glória do Senhor apareceu a todo o povo. 24- Porque o fogo saiu de diante do Senhor e consumiu o holocausto e a gordura sobre o altar; o que vendo todo o povo, jubilaram e caíram sobre suas faces.” 

INTRODUÇÃO

Iniciamos esta lição abordando a importância de se valorizar os escritos do AT, já que muitos os consideram como sendo uma mensagem ultrapassada para a Igreja, pois estamos vivendo uma nova dispensação. Esquecendo-se que muito do NT é explicado pelo AT. 

Agostinho escreveu que: “O Novo está contido no Antigo; o Antigo é explicado pelo Novo”. 

Podem-se destacar três figuras básicas na organização do culto no Antigo Testamento: os escribas, os levitas e os sacerdotes. Os escribas eram os escreventes, cuja principal função era copiar as Escrituras. Levitas são descendentes de Levi, um dos doze filhos do patriarca Jacó, filho de Abraão, o Pai da fé. Da tribo de Levi, Deus levantou a Moisés e Arão, para libertação e consagração do povo de Israel. Estabelecido o culto ao Deus Verdadeiro, Deus separou a tribo de Levi em duas classes: (1) Arão e seus descendentes para exercer o sacerdócio, e (2) os que serviam de auxiliares aos sacerdotes, conhecidos apenas como Levitas. Os sacerdotes, por sua vez, eram encarregados do culto divino. Atuavam como mediadores entre Deus e o povo. 

Assim, veremos como se deu a chamada dos filhos de Levi para o ministério sacerdotal. Entre outras perguntas, responderemos a estas: Quem eram os levitas? E por que a sua chamada foi necessária? Veremos ainda como eles deveriam exercer o seu ofício. 

À semelhança dos levitas, nós também fomos chamados a trabalhar na expansão do Reino de Deus. Nesse sentido, atuamos como nação santa, profética e sacerdotal, proclamando o Evangelho e intercedendo tanto pelos crentes quanto pelos que ainda não creem. Que o Espírito Santo nos ajude neste estudo. 

Nos sacrifícios e no sacerdócio temos uma figura do Senhor Jesus Cristo. Ele é perfeito sacerdote. Como sacerdote está diante de Deus para interceder por todos que foram alcançados pelo seu sacrifício. 

I. LEVI, A TRIBO SACERDOTAL 

Em primeiro lugar, vejamos quem foi Levi. Depois, constataremos quão zelosos foram os seus descendentes e como se deu a sua vocação ao ofício sagrado. 

1. O nascimento de Levi. Ao dar à luz a Levi, declarou Lia: “Agora, esta vez se ajuntará meu marido comigo, porque três filhos lhe tenho dado” (Gn 29.34). Por isso, a esposa desprezada de Jacó foi impulsionada a dar o nome de Levi ao seu terceiro filho. E, de fato, os levitas sempre estiveram ligados ao Senhor. Foi assim que o menino passou a ser contado entre os patriarcas das doze tribos de Israel (At 7.8). 

2. O zelo dos levitas. Levi, pelo que inferimos do texto sagrado, sempre teve uma postura zelosa e conservadora em relação à honra da família, haja vista o episódio envolvendo o estupro de sua irmã, Diná (Gn 34.25-31). Mais tarde, após a saída de Israel do Egito, os levitas juntaram-se a Moisés no combate à idolatria gerada pelo bezerro de ouro (Êx 32.26-28). Eram homens da maior firmeza (2º Cr 26.17). 

3. A vocação sacerdotal dos levitas. Não foi sem motivo que o Senhor escolheu a tribo de Levi como o berço de Moisés e Arão (Êx 6.14-27). De um lar tão piedoso, saíram homens e mulheres de comprovada piedade. Aliás, tinha o Senhor uma aliança particular com Levi e sua descendência (Ml 2.4,5). 

Tendo em vista o caráter santo e distintivo da tribo de Levi, aprouve a Deus separá-la para o sacerdócio (Nm 3.45). Nesse processo, o Senhor apresentou os levitas como resgate de toda a nação de Israel. Ao invés de cada família entregar o seu primogênito ao serviço divino, a tribo de Levi foi apartada das demais para dedicar-se inteiramente a Deus (Nm 3.12). Os levitas, pois, foram concedidos como dons a Israel, assim como os obreiros de Cristo foram entregues com o mesmo objetivo à Igreja (Ef 4.8-12). 

4. Acidades dos levitas. Quarenta e oito cidades destinadas para os levitas, por Moisés e Josué (Nm 35.1-8; Js 21). A tribo de Levi não recebeu qualquer parte da terra de Canaã como herança (Nm 18.20-24; 26.62; Dt 10.9; 18.1,2; Js 18.7). Para compensá-los por isso, eles recebiam os dízimos dos israelitas para seu sustento (Nm 18.21), e quarenta e oito cidades lhes foram destinadas, da herança das outras tribos. Dessas cidades os sacerdotes receberam treze (Js 21.4) e seis eram cidades de refúgio, para as quais os homens que acidentalmente matassem alguém podiam ir em busca de proteção (Nm 35. 9-34; Dt 4.41-43). 

II. O SUMO SACERDOTE 

Em todo o AT, vemos Deus sempre vocacionando pessoas para uma obra específica. O sacerdócio era um ofício que exigia a marca da unção para ser exercido. O escritor aos hebreus chega a dizer que esta honra é para quem Deus chama. 

1. O significado da palavra sacerdote. Significado de sacerdote. Sacerdote, no original hebraico כהן, koem são os sacerdotes na Torá, cujo líder era o Cohen Gadol, no grego ιερος / ἱερός hieros hierus, é sagrado no pensamento grego significa quem oferece sacrifícios. 

2. O que é o sacerdócio? O sacerdócio antes do Êxodo se caracterizava pelo ofício exercido pelo chefe de cada família, que tinha o objetivo de passar os valores morais e a noção do verdadeiro Deus de Israel; porém, com a instituição do Tabernáculo e seus diversos rituais tendo que ser cumprido na íntegra, houve a necessidade de se ter alguém responsável por oficializar essas liturgias. Vale salientar que, naquela época, o sacerdócio era hereditário e eles eram responsáveis em manter a pureza para intimidade com Deus. Em nossos dias, podemos comparar este ofício ao exercício ministerial, em que homens vocacionados por Deus exercem seus ministérios; fazendo a vontade de Deus e preparando os membros para o desenvolvimento do corpo (Ef 4.11-14). 

O sumo sacerdote de Israel teria de ser, obrigatoriamente, descendente de Arão, ungido, vitalício e servo de Deus. 

3. Descendente de Arão. Deus em sua soberana vontade escolheu Arão e seus filhos para exercerem o ministério sacerdotal. Não foi uma escolha por mérito da família de Arão.

O sumo sacerdote era o principal representante do culto divino no Antigo Testamento (Êx 28.1). Por essa razão, o Senhor exigia que ele proviesse de uma tribo específica, a de Levi, e de uma família ainda mais específica, a casa de Arão (Êx 6.16-23). Assim, duplamente separado, tinha condições de apresentar-se como a maior autoridade espiritual da nação; era o símbolo da plenitude espiritual requerida pelo Deus de Israel (Sl 133.1-3). 

Constituído a favor dos homens nas coisas concernentes ao Altíssimo, o sumo sacerdote oferecia sacrifícios pelos pecados do povo (Hb 5.1). Portanto, ele fazia a intermediação entre o povo de Israel e o santíssimo Deus. Era sua responsabilidade também instruir o povo santo (Lv 10.10,11). 

4. O sumo sacerdote Arão. Por sua infinita graça, Deus separou uma família para que estivesse perante ele para interceder pela nação de Israel. O grande privilégio de Arão e seus filhos também trouxe uma grande responsabilidade perante Deus e diante da nação.

O sumo sacerdote foi escolhido para servir. Da mesma forma o próprio Jesus também veio ao mundo para servir (Mt 20.28). Serviu com a sua vida e com sua morte.

Ele se fez nossa justiça (2ª Co 5.21);

Ele se fez nosso advogado (1ª Jo 2.1);

Ele se fez nosso confessor (1ª Jo 1.9,10);

Ele se fez nosso intercessor (Hb 7.25);

Ele se fez nosso precursor (Hb 6.20);

Nossa garantia de entrar no céu pela sua morte (Fp 2.8). 

5. Ungido para o ofício. O Senhor determinou que o sumo sacerdote fosse ungido a fim de dignificá-lo como ministro extraordinário do culto divino (Êx 28.41; 29.1-7). Sob a unção divina, teria condições de tornar a nação israelita propícia diante do Santíssimo Deus (Hb 5.1). 

Moisés ungiu o tabernáculo e em seguida Arão (Lv 8.10, 12). Observemos que Arão foi ungido antes do sacrifício ser realizado. Um tipo do Senhor Jesus Cristo, que foi ungido no início do Seu Ministério (Lc 4.18), e antes de morrer na cruz. Todo israelita precisava de um sacerdote para poder chegar a presença de Deus, assim, em Cristo todo salvo tem a ousadia para chegar diante do Senhor. A unção sobre Arão era a aprovação e confirmação de Deus para que ele tivesse autoridade para exercer o ministério sacerdotal em favor de todos os crentes (Hb 7.21). 

6. Vitalício no cargo. A vitaliciedade do sumo sacerdócio está patente na história da família de Arão. Antes de este morrer, Moisés o desvestiu das roupas sacerdotais, para vesti-las em Eleazar, seu filho (Nm 20.23-29). Mais tarde o mesmo Eleazar seria substituído por seu filho Fineias (Js 24.33; Jz 20.28). Todavia, no tempo do Novo Testamento, a vitaliciedade já não era observada (Jo 11.49-51). Ao que tudo indica, havia um rodízio entre os principais membros da família de Arão (Lc 3.2). 

7. Servo de Deus. Apesar da importância do cargo, o sumo sacerdote não era considerado infalível, nem estava acima da Lei de Deus. Sua obrigação era servir o altar e conservar-se puro, a fim de que o nome do Senhor fosse exaltado entre os filhos de Israel (Êx 28.43). O capítulo três de Zacarias descreve a dignidade do sumo sacerdote constituído sobre Israel. 

8. Duas qualificações são necessárias para um verdadeiro sacerdócio. 

8.2. O sacerdote deve ser compassivo, manso e paciente com aqueles que se desviam por ignorância, por pecado involuntário e por fraqueza (Hb5.2; 4.15; cf. Lv 4; Nm 15.27-29). 

8.2. Deve ser designado por Deus (Hb 5.4-6). Cristo satisfaz ambos requisitos. Cristo aprendeu pela experiência o sofrimento e o preço que com frequência se paga pela obediência a Deus num mundo corrupto (Hb 12.2; Is 50.4-6; Fp 2.8). Ele se tornou o Salvador e sumo sacerdote perfeito, porque seu sofrimento e morte na cruz ocorreram sem pecado. Por isso, Ele estava qualificado em todos os sentidos (Hb5.1-6), para nos prover a eterna salvação. (Bíblia de Estudo Pentecostal. 

III. O VESTUÁRIO SACERDOTAL 

Na descrição sobre o Tabernáculo, Deus fala a Moisés sobre as vestimentas sacerdotais nos mínimos detalhes. As roupas sacerdotais, além de mostrar o Ofício e a responsabilidade, apontavam para a autoridade Divina e suas funções, e para Jesus, o Sumo Sacerdote eterno. 

1. Linho fino e túnica branca. Estas peças traziam características que mostravam o quanto os sacerdotes deveriam primar pela santidade. O tecido feito de linho fino representa a realeza e a túnica Branca servia para que o sacerdote jamais se esquecesse de que sua vida deveria ser Santa. Nós, como sacerdotes, precisamos primar por uma vida de santidade e servir integralmente a Deus, pois somos Seus embaixadores. 

2. As orlas tinham companhias de ouro. As orlas da toga sacerdotal eram ornamentadas com companhias de ouro e romãs azuis que se alternavam. Como a romã tem muitas sementes é considerada símbolo de uma vida frutífera; já as companhias de ouro, eram usadas quando o sumo sacerdote ministrava no lugar Santíssimo, pois o barulho delas indicava que o sumo sacerdote não havia morrido. Tudo tinha uma mensagem, e precisamos atentar a estes detalhes a de cumprir com excelência o ministério do Senhor. 

3. O Éfode, o Urim e o Tumim. É necessário falar sobre dois acessórios sacerdotais que têm muito a ver com seu ofício. O Éfode era um corpete contendo 12 pedras de diferentes cores e tipos; simbolizando que o sumo sacerdote deveria carregar as tribos em seu coração, intercedendo por eles. Outro acessório da indumentária é o Urim e Tumim, que eram duas pedras usadas para consultar a vontade de Deus, pois ao sumo sacerdote cabia a tarefa de mostrar ao povo a soberana vontade de Deus. 

IV. A CONVOCAÇÃO DA ASSEMBLEIA 

1. O senhor Deus convoca toda a congregação. Para a realização do ato de consagração dos sacerdotes, Moisés convoca toda a congregação à porta da tenda da congregação (Lv 8.3), como o Senhor lhe ordenara. Todos eles foram lavados com água, símbolo da Palavra de Deus, e depois os vestiu. Uma simbologia perfeita do que acontece com os que hoje são chamados para o serviço do Mestre, pois são purificados pela lavagem da Palavra de Deus e vestidos com as vestes da salvação. Toda a congregação assistiu à cerimônia daqueles que estariam incumbidos do privilégio de responderem pelos interesses mais importantes perante o Senhor (Lv 8.5). 

2. O sacrifício de Arão. Mesmo sendo escolhido para ser o sumo sacerdote, Arão era pecador e necessário era o sacrifício para que pudesse estar diante de Deus pela nação de Israel: “Então fez chegar o novilho da expiação do pecado; e Arão e seus filhos puseram as suas mãos sobre a cabeça do novilho da expiação do pecado.” (Lv 8.14). Sabemos que pelo pecado do sacerdote era necessário um novilho (Lv 4.4). E para começar o seu ofício, Arão precisou ter os seus pecados expiados. Toda pessoa que queira servir a Deus tem que ter a experiência da regeneração: “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo.” (Tt 3.5). 

“Em seguida trouxe o novilho para a oferta pelo pecado, e Arão e seus filhos puseram-lhe as mãos sobre a cabeça.” (Lv 8.14).

V. A CONSAGRAÇÃO DOS SACERDOTES 

A palavra consagrar significa “separar para uso de”. A partir da consagração, o sacerdote seria separado para uso exclusivo de Deus, tendo que viver uma vida digna de sua vocação e fidelidade a Ele. 

1. A consagração dos filhos de Arão. Arão e seus filhos separados para o sacerdócio em Israel são uma figura de Cristo e sua igreja. A responsabilidade de Arão era superior a de seus filhos, mas os filhos de Arão também eram sacerdotes. A igreja de Cristo é chamada de sacerdócio real (1ª Pe 2.9). O sacerdócio da igreja é junto com Cristo, assim como o dos filhos de Arão era com seu pai. 

Enquanto a santificação é uma separação, a consagração tem o sentido de entrega a Deus. Em (Lv 27.28-30) vemos de forma bem clara que tudo que é consagrado ao Senhor passa a pertencer ao Senhor. 

Todavia, nenhuma coisa consagrada, que alguém consagrar ao Senhor de tudo o que tem, de homem, ou de animal, ou do campo da sua possessão, se venderá nem resgatará; toda a coisa consagrada será santíssima ao Senhor. 

Toda a coisa consagrada que for consagrada do homem, não será resgatada; certamente morrerá. Também todas as dízimas do campo, da semente do campo, do fruto das árvores, são do Senhor; santas são ao Senhor. (Lv 27.28-30). 

Os sacerdotes eram consagrados ao Senhor (pertenciam ao Senhor), como nós hoje:

Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus. (1ª Co 6.20). 

2. O sangue nos sacerdotes. Após o sacrifício do animal. Arão e seus filhos estão juntos. Que bela figura de Jesus se identificando com os Seus após ter morrido e ressuscitado. Após a morte e ressurreição de Jesus, a Igreja pode ser morada de Deus, habitação do Espírito Santo. O sangue foi aplicado em Arão como também em seus filhos. O sangue que foi derramado à base do altar era imprescindível em todo o sacrifício pelo pecado (Lv 8.15). A consagração de Arão junto com seus filhos foi com o sangue do carneiro (Lv 8.23), significando que tudo que é oferecido a Deus ou útil para o serviço a Deus tem como fundamento o sangue do sacrifício. 

3. O segundo carneiro da consagração (Êx 29.19-35). Era necessário que outro animal inocente fosse morto. Segundo o Comentário Bíblico Beacon, “parte do sangue era colocada primeiramente na orelha direita, no dedo polegar da mão direita e no dedo polegar do pé direito”. O restante do sangue deveria ser derramado sobre o altar. Sem derramamento de sangue não há remissão de pecado (Hb 9.22). Tudo apontava para o Calvário, onde Cristo derramou seu sangue por nós.

Depois mandou trazer o outro carneiro, o carneiro para a oferta de ordenação, e Arão e seus filhos colocaram as mãos sobre a cabeça do carneiro. Moisés sacrificou o carneiro e pôs um pouco do sangue na ponta da orelha direita de Arão, no polegar da sua mão direita e no polegar do seu pé direito. (Lv 8.22,23). 

4. O azeite nos sacerdotes.

Óleo de oliva

Fazia parte da oferta de manjares (Lv 2.1), era usado como combustível para as lâmpadas (Mt 25.3,4). A beleza produzida pelo óleo pode sublinhar o seu uso na vida religiosa, porque os objetos consagrados ao serviço de Deus eram ungidos com óleo. O profeta (1º Rs 19.16), o sacerdote (Lv 8.12) e o rei (1º Sm 16.13; 1º Rs 1.34) eram ungidos com óleo por serem separados, ou consagrados ao serviço de Deus. O uso ritual era tão importante que se considerava ofensa, levando à excomunhão, usar o óleo santo da unção para fins comuns (Êx 30.32,33) e a pessoa que tivesse recebido tal unção devia ser obedecida (1º Sm 24.6). 

O profeta falava ao povo da parte de Deus, o sacerdote representava o povo diante de Deus e o rei estabelecia a lei de Deus.

A palavra para “unção” é Maseiah, e o Messias é, portanto, “o ungido”. Jesus reuniu em si mesmo a tripla função de profeta, sacerdote e rei. 

Muito simbolismo é envolvido nisto. O Óleo parece ter sido reconhecido como um dom de Deus; a oliveira que cresce num lugar rochoso produzirá abundância de Óleo. O óleo é, pois, associado com o dom de Deus e com o derramamento do Espírito feito por Deus. Jesus disse que o Espírito de Deus estava sobre Ele porque o Senhor o havia ungido (Is 61.1; Lc 4.16-21). 

Após o sacrifício oferecido no altar e o sangue ser colocado sobre Arão e seus filhos (orelha, mão e pé) o sangue e o azeite podem ser espargidos sobre eles. Antes Arão foi ungido sozinho, mas agora ele pode estar junto dos seus filhos. Após Sua morte e ressurreição Jesus pode se identificar com os Seus. Jesus veio para buscar o que se havia perdido e conceder ao homem desfrutar do que Ele sempre gozou junto com o Pai: “E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade.” (Jo 17.19). 

A santificação dos filhos de Arão aconteceu junto com o seu pai. A santificação da Igreja não acontece fora de Cristo. Todos os meios de purificação da alma que o homem inventa são totalmente inúteis diante de Deus. A santificação é oferecida por Deus ao homem através da obra que Jesus realizou e para que o homem possa dela desfrutar precisa ser um com Jesus Cristo. Toda a perfeição que o homem busca só é encontrada em Jesus. O homem só pode estar na presença de Deus com vestes santas, vestes dadas por Deus, para que não se esconda como fez Adão. 

5. Qual era o significado da unção de Arão como sumo sacerdote? O sumo sacerdote tinha deveres especiais que nenhum outro sacerdote tinha. Só ele podia entrar Santo dos Santos no Tabernáculo no Dia da Expiação anual para expiar os pecados da nação. Portanto, ele estava no comando de todos os outros sacerdotes. O sumo sacerdote era um retrato de Jesus Cristo, que é nosso Sumo Sacerdote (Hb 7.26-28). (Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal - CPAD - pág.212). 

“Porque nos convinha tal sumo sacerdote santo, inocente, imaculado, separado dos pecados e feito mais sublime do que os céus, que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente, por seus próprios pecados e, depois, pelos do povo; porque isso fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo. Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos, mas a palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre.” (Hb 7.26-28). 

6. Pormenores da consagração. Na cerimônia de consagração, primeiro acontecia a lavagem por completo, que simbolizava a purificação interna, depois se recebia as vestes sacerdotais, simbolizando a dignidade para o ofício e somente depois se derramava o azeite da unção, para representar a unção do Espírito Santo sobre a vida do vocacionado. Tinha também a aspersão do sangue de carneiro sobre a ponta da orelha direita e sobre o dedo polegar do pé direito (Êx 8.24). Este ritual deixa claro que o ouvido de Arão deveria estar sintonizado com a voz de Deus, assim como suas mãos deveriam se esforçar no desempenho da função sacerdotal e seus pés caminharem sem se cansar para cumprir com excelência sua vocação. 

7. Jesus e o sacerdócio perfeito. Todos os pormenores do Tabernáculo apontavam para a obra de salvação. Jesus não foi somente o sacrifício perfeito, mas também o Sumo Sacerdote por excelência. O escritor aos Hebreus, nos capítulos 4 e 5, mostra a superioridade de Cristo em relação aos demais sacerdotes: Jesus não pecou, cumprindo na íntegra a coroa que os sacerdotes usavam com a epígrafe: "Santidade ao Senhor". Destacamos ainda que o sumo sacerdote entrava uma vez por ano no Lugar Santíssimo para oferecer sacrifício pelo povo, enquanto Jesus abriu a porta, dando, aos santos, acesso ao trono de Deus por intermédio de Seu sangue. O sacerdócio de Cristo não é local, e sim universal. Em Cristo, converge todo o Tabernáculo. 

VI. A GLÓRIA E O FOGO DO SENHOR 

Após a consagração de Arão e seus filhos, Deus faz através de Moisés uma promessa: “porquanto hoje o Senhor vos aparecerá” (Lv 9.4). Tudo o que temos estudado no livro de levítico até agora se resume muito bem nessa promessa. Deus quer um povo santo para que possa conviver no meio dele. 

1. Comendo na tenda da congregação. Arão e seus filhos deveriam ficar sete dias na porta da tenda da congregação. Eram os dias necessários para a consagração deles. Deveriam se alimentar naquele local e fazer tudo o que fora ordenado, pois se assim não fizessem morreriam (Lv 8.35-36). Assim, aprendemos os princípios bíblicos sobre o cuidado, seriedade, zelo e preparo para o exercício do ministério. Os detalhes aqui apresentados não são exigidos hoje para os obreiros da Igreja, porém os princípios permanecem (At 6.1-3; 1ª Tm 3.1-13; Tt 1.5-9). 

A passagem bíblica de Levítico 8.31 ensina para a Igreja de Jesus que, como Arão e seus filhos, estamos também nos alimentandos do que há na tenda (a Palavra de Deus), e não podemos buscar outro alimento, porque se assim o fizermos morreremos. 

Devido o ministério sacerdotal ser consagrado a Deus (pertencer a Deus), em todo tempo eles eram sustentados por Deus. 

O Pr. Antônio Gilberto faz uma observação interessante sobre o assunto:

Os verdadeiros ministros da igreja são chamados e vocacionados pelo Senhor. O ministério pastoral não é simplesmente um cargo ou uma forma de se alcançar status seja ele qual for. Muitos querem viver da obra e não para ela. Quem exerce o santo ministério sem a direta chamada do senhor (o dono da obra) é um intruso e está profanando a obra de Deus. (Pr. Antônio Gilberto - Revista CPAD – 1º Trimestre 2014 - página 80). 

2. Fogo do Senhor. Quando tudo é feito conforme Deus diz que deve ser feito, então acontece o que encontramos em Levítico 9.24: “o fogo saiu de diante do Senhor e consumiu o holocausto e a gordura sobre o altar”. Essa foi a confirmação de que Deus aprovou tudo o que fora feito. Ele mesmo acendeu o altar de Israel e agora a responsabilidade dos sacerdotes era manter o fogo aceso. A regra é simples: Deus acende o fogo no altar e aos Seus servos compete mantê-lo aceso. Infelizmente, o altar de Israel se apagou. Deus acendeu o fogo da Igreja no dia do Pentecostes. Como estamos hoje? 

Com a manifestação poderosa do Senhor queimando a oferta que estava sendo oferecida sobre o altar, o povo se prostrou com júbilo em adoração a Deus. Era um alarido que o povo manifestava, pois estava no seu lugar. O sacerdote Arão, seus filhos, os sacrifícios, o sangue do perdão, a unção, a tenda ungida, tudo para glória de Deus e alegria do Seu povo; assim, o Senhor se manifestou de modo grandioso, com fogo saindo da Sua presença. Deus hoje quer se manifestar de modo semelhante na vida de cada um dos Seus filhos, para que também venhamos nos prostrar em júbilo na Sua presença. 

V. DIREITOS E DEVERES 

Os descendentes de Levi, principalmente os da casa de Arão, deveriam observar estes direitos e deveres: viver do altar, santificar-se ao Senhor e ser uma referência moral, ética e espiritual. 

1. Viver do altar. Já que os sacerdotes dedicavam-se ao ministério do altar, desse mesmo altar deveriam viver (Lv 7.35). Portanto, não tinham eles direito a qualquer herança territorial entre os seus irmãos, porque a sua herança e porção era o Senhor (Nm 18.20). Moisés, porém, divinamente instruído, destinou-lhes cidades estratégicas por todo o Israel (Nm 35.8). Algumas delas serviam também como refúgio aos que, acidentalmente, matavam alguém (Nm 35.6). 

2. Santificar-se ao Senhor. Em virtude de seu ofício, os sacerdotes deveriam erguer-se, em Israel, como referência de santidade e pureza. O sumo sacerdote, por exemplo, tinha de ostentar uma faixa de ouro, em sua mitra, na qual estava escrito: “Santidade ao Senhor” (Êx 28.36). Caso o sacerdote profanasse o seu ofício, seria punido com todo o rigor (Lv 10.1-3). 

3. Tornar-se uma referência espiritual e moral. Os sacerdotes, por serem responsáveis pela aplicação da Lei de Deus, tinham a obrigação de ser uma referência espiritual, moral e ética para os filhos de Israel (Ml 2.1-10). Os filhos de Eli, em consequência de seu proceder, tornaram-se um péssimo exemplo aos israelitas. E, por causa disso, Deus os matou (1º Sm 2.25). Andemos, pois, em santidade e pureza diante do Senhor, pois Ele continua a exigir santidade de todo o seu povo (1º Pe 1.15). 

O sacerdócio levítico era glorioso; seus membros eram considerados príncipes de Deus (Zc 3.8). Todavia, o Senhor Jesus Cristo é superior ao sacerdócio levítico, pois é eterno (Sl 110.4; Hb 7.13-17). Quanto a nós, somos uma nação santa, profética e sacerdotal, pois recebemos a incumbência de proclamar o Evangelho e interceder pelos que perecem (1ª Pe 2.9). Portanto, sirvamos ao Senhor com todo o nosso ser, para que, através de nossa vida, venha o Reino de Deus a este mundo que jaz no Maligno. 

Temos em Cristo um Sumo Sacerdote perfeito que entrou uma vez o santuário celeste com o seu próprio sacrifício, realizando uma perfeita redenção e outorgando a todos os que creem a ousadia para entrar e permanecer na presença de Deus.