TEOLOGIA EM FOCO

terça-feira, 25 de junho de 2019

O SACERDÓCIO CELESTIAL



TEXTO ÁUREO
“Porque nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e exaltado acima dos céus.” (Hb 7.26).

Verdade Prática
Jesus Cristo é o Sumo Sacerdote perfeito, porque, sendo Ele a Oferta e o Ofertante, garantiu-nos, no Calvário, uma salvação eficaz e eterna.

LEITURA BÍBLICA

Hebreus 9.11-15; Apocalipse 21.1-4
Hebreus 9.11-15: “Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, 12 - nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção. 13 - Porque, se o sangue dos touros e bodes e a cinza de uma novilha, esparzida sobre os imundos, os santificam, quanto à purificação da carne, 14 - quanto mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará a vossa consciência das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo? 15 - E, por isso, é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna.”

Apocalipse 21.1-4 “E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. 2 - E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. 3 - E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus. 4 - E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas.

INTRODUÇÃO.
- Há uma relação especial entre o sacerdócio levítico e o sacerdócio cristão. Enquanto o levítico foi estabelecido em Arão, o do Novo Testamento foi estabelecido em Cristo, segundo a ordem de Melquisedeque. Nesta lição, veremos como se deu a escolha dos sacerdotes do Antigo Testamento. Veremos também a importância de suas vestimentas como sinal de autoridade para o serviço divino. E, finalmente, mostraremos por que o sacerdócio de Cristo é superior. Ele é o Sumo Sacerdote perfeito!

- O apóstolo Paulo escreveu que as festas, a dieta e os dias sagrados são “sombras das coisas futuras” (Cl 2.17). O autor aos Hebreus reafirma que a lei era “a sombra dos bens futuros e não a imagem exata das coisas” (Hb 10.1). De tudo o que estudamos até a presente lição, podemos dizer que o Tabernáculo de Israel é um tipo do “Tabernáculo Celestial”. E, nesta lição, veremos que Jesus é o Sumo Sacerdote desse Tabernáculo Celestial, em que a sua Igreja é o sacerdócio real.

I. A ESCOLHA DOS SACERDOTES (Êx 28.1)

1. Deus escolheu a linhagem sacerdotal levítica, e não Moisés. Essa escolha indicava a soberania do Senhor para designar obreiros para sua Obra. No ministério cristão, por meio do Espírito Santo, Deus é quem elege líderes para o ministério (At 13.2).

- Servir na liderança da igreja é um ato de culto a Deus e consiste no oferecimento de sacrifícios espirituais a Deus, incluindo oração, supervisão do rebanho, pregação e ensino da Palavra.

2. Os sacerdotes precisavam pertencer à tribo de Levi. O Altíssimo ordenou que Moisés contasse os filhos de Israel, excetuando a tribo de Levi, a fim de que os levitas se encarregassem dos ofícios do Tabernáculo (Nm 1.49,50; 3.6). Assim, o sacerdócio de Levi obteve uma posição proeminente entre as demais tribos de Israel (Nm 1.52,53).

- A tribo de Levi, incluindo Moisés e Arão não foi incluída no censo registrado em Números 1.52,53, porque estava isenta do serviço militar.

- Os levitas deviam servir ao Senhor por meio do transporte e do cuidado do tabernáculo (Nm 3.5-13; 4.1-33,46-49).

2. Características especiais dos levitas. Aqui, destacaremos duas características especiais dos levitas:

2.1. O chamamento específico para o serviço do Tabernáculo.
- Deus escolheu Arão e seus filhos para ministrar no sacerdócio por um ato de sua graça soberana, pois eles certamente não tinham direito a essa posição nem a mereciam. Contudo, o fato de Deus salvar pecadores como nós e de constituir-nos seu “sacerdócio santo” também é um ato da sua graça, e não devemos jamais deixar de admirar esse privilégio espiritual. “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros” (Jo 15:16). Infelizmente, Nadabe e Abiú desobedeceram ao Senhor e foram mortos (Lv 10).

- Quando Arão morreu, Eleazar tornou-se seu sucessor (Nm 20:22-29), e os descendentes de Itamar deram continuidade ao ministério sacerdotal, mesmo depois do cativeiro (Ed 8.1,2). Como povo de Deus nos dias de hoje, devemos nos lembrar de que nosso primeiro dever é agradar e servir ao Senhor. Se fizermos isso, ele trabalhará em nós e por nosso intermédio para realizar sua obra neste mundo.

- O sumo sacerdote, os sacerdotes e os levitas não podiam se vestir como bem entendessem quando ministravam no tabernáculo.

A. Davam ao sacerdote dignidade e glória (Êx 28.2) e distinguiam-nos do resto do povo, como um uniforme identifica um soldado ou uma enfermeira.

B. Revelavam verdades espirituais relacionadas a seu ministério e a nosso ministério hoje em dia.

C. Se os sacerdotes não usassem suas vestes especiais, correriam risco de vida (vv. 35, 43).

2.2. A unidade, pois todos falavam a mesma língua, defendiam o mesmo comportamento e mantinham a mesma fé. Ambas as características apontam para a importância da unidade da Igreja. A igreja local é o Corpo de Cristo, portanto, o chamamento e a unidade são a sua marca (Jo 17.20,21).

- Em João 17.21, em Sua oração sacerdotal, Jesus roga ao Pai para que ‘todos sejam um’; A base dessa unidade centra-se na adesão à revelação que o Pai deu aos primeiros discípulos por meio do Filho. Os crentes também devem estar unidos em fé comum na verdade que é recebida na palavra de Deus (Fp 2.2). Isso não é mais um desejo, mas tornou-se realidade quando o Espírito veio (At 2.4; 1ª Co 12.13). Não é uma unidade experimental, mas a unidade de vida eterna comum partilhada por todos que creem na verdade, e resulta no corpo de Cristo, todos partilhando da vida dele.

- Jesus, nosso precursor, entrou por nós no Santo dos Santos, feito eternamente sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque. Jesus entrou no “Santo dos Santos”, não como um substituto para nosso acesso, mas como um precursor, porque também entraremos nele. O autor se concentra novamente no papel de Jesus como sumo sacerdote, não da ordem de Arão, mas segundo a ordem de Melquisedeque.

3. A consagração sacerdotal tinha um só propósito. Os sacerdotes foram consagrados para servir no Tabernáculo. Separados pelo e para o Senhor, não podiam executar outra atividade que fugisse a esse propósito (Nm 1.50; 3.12). Logo, o método de Deus para os obreiros do Novo Testamento não é diferente: os obreiros do Senhor não se embaraçam “com negócio desta vida” (2ª Tm 2.4). Ratificando esse princípio, nosso Senhor declarou que o vocacionado para “arar a terra” não pode olhar para trás (Lc 9.62). É preciso olhar para frente e fazer a obra divina com perseverança e fé (Hb 10.38).

- No êxodo, o SENHOR reivindicou para si os primogênitos do sexo masculino de Israel (Êx 13.1-2). O primogênito atuava como sacerdote da família. Porém, quando o pleno ministério da economia mosaica foi estabelecido, Deus transferiu os deveres sacerdotais para os levitas, parcialmente talvez por causa do zelo que haviam demonstrado quando do incidente do bezerro de ouro (Êx 32.29). Os levitas substituíram os primogênitos. O chamado de Deus para o ministério vocacional é diferente do chamado à salvação e do chamado que atinge todos os crentes: o serviço. Trata-se de uma convocação de homens selecionados para servir como líderes da igreja. O sacerdócio em Israel e a chamada divina são tratados a partir do capítulo 28 de Êxodo. A razão para esta chamada divina era a necessidade do povo aprender a adorar a Deus. Era necessário que homens chamados por Deus cuidassem da prática do culto ao Senhor no Tabernáculo e também através da congregação de Israel. A tribo de Levi foi separada para o serviço no Tabernáculo e para o santo ministério sacerdotal. Constuma-se esquecer que antes da entrega da lei por Deus a Israel, havia sacerdotes, uma vez que a Bíblia menciona o rei de Salém, Melquisedeque, como “sacerdote do Senhor” (Gn 14.18; Hb 7.1-3).

II. O SACERDÓCIO CELESTIAL TEM UM ÚNICO SUMO SACERDOTE

1. Um novo e perfeito sacerdócio. O autor da Epístola aos Hebreus escreveu: “Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei” (Hb 7.12). O sacerdócio levítico era imperfeito (Hb 7.11). Nele, os sacrifícios, o culto, as ofertas e a liturgia dos serviços eram apenas sombra do verdadeiro sacerdócio a ser oficiado por Cristo. O sacerdócio do Filho de Deus veio “segundo a ordem de Melquisedeque”, e não segundo a ordem de Arão. Jesus Cristo foi capaz de reconciliar o homem com Deus, por meio de seu sangue, abrindo o caminho para uma comunhão verdadeira com o Pai. O Evangelho da Nova Aliança havia chegado!”

- Uma vez que Cristo é o Sumo Sacerdote do cristão e veio da tribo de Judá, não de Levi (Mt 2.1,6; Ap 5.5), seu sacerdócio está claramente acima da lei que era a autoridade para o sacerdócio levítico (Hb 7.11). Essa é a prova de que a lei mosaica foi abolida. O sistema levítico foi substituído por um novo Sacerdote, que ofereceu um novo sacrifício, sob uma nova aliança. Ele aboliu a lei ao cumpri-la (Mt 5.17) e oferecer a perfeição que a lei nunca poderia alcançar (Mt 5.20).

2. O sacerdócio do Antigo Testamento tinha Cristo como seu antítipo. Ele incorpora em si mesmo todos os tipos e funções do sacerdócio veterotestamentário. Essa é mesmo a mensagem central da epístola aos Hebreus, parecendo muito radical quando exposta pela primeira vez. Ler a epístola aos Hebreus, principalmente trechos como 2.14-18; 4.14-16; 5.1-10 e seu sétimo capítulo.

2.1. Jesus Cristo também foi o cumprimento cabal do sacerdócio de Melquisedeque (Hb. 7).

2.2. Os deveres sacerdotais de Cristo cumpriram-se após o sacerdócio aarônicos ter cumprido seu papel, sendo um cumprimento desse sacerdócio; o seu oficio como sacerdote seguinte a ordem ou categoria de Melquisedeque.

3. O sacerdócio coletivo dos cristãos.
- Por outro lado, segundo o ensino do Novo Testamento, todo crente, sem distinção, faz parte do “sacerdócio real” (1ª Pe 2.9; Ap 1.6; 5.10). Por meio de Jesus Cristo, podemos oferecer sacrifícios espirituais (1ª Tm 2.5; 1ª Pe 2.5). Acerca disso, o apóstolo Pedro escreveu que os crentes representam um corpo sacerdotal em Jesus Cristo (1 Pe 2.9).

- Em Apocalipse, o apóstolo João retoma esse mesmo princípio: “Aquele que nos ama, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados, e nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai, a ele, poder e glória para todo o sempre. Amém” (Ap 1.5,6). O resgate dessa maravilhosa doutrina remonta à Reforma Protestante e ao Movimento Pentecostal.

- As passagens neotestamentários centrais que ensinam essa doutrina são 1ª Pd 2.5,9; Ef 1.5ss. Os sacerdotes do Novo Testamento (todos os crentes) têm acesso ao trono celeste por meio de seu Sumo Sacerdote, Jesus Cristo (Hb. 10:19-22). O sacerdócio dos crentes é vinculado à filiação deles, o que, por sua vez, é uma maneira de definir a salvação da alma. Visto haver acesso pessoal a Deus, por meio de Cristo, não há necessidade da intermediação de nenhuma casta sacerdotal.

Princípios do Sacerdócio Bíblico:
1. Deus Pai ordena sacerdotes; esse é um privilégio e um ato divino (Hb 5.4-6).
2. Os sacerdotes eram nomeados mediadores entre Deus e os homens, sobretudo no tocante ao pecado, à expiação e à reconciliação dos homens, com Deus (Hb 5.1).
3. A expiação pelo sangue de animais sacrificados ocupava o centro das funções sacerdotais (Hb 8.3).
4. O trabalho intercessor dos sacerdotes do Novo Testamento (os crentes) repousa sobre a natureza eficaz da expiação de Cristo. E é aí que os crentes alcançam a Deus (Hb 8.1 ss).
5. O novo pacto, com base no sacerdócio superior de Cristo. Envolve melhores promessas que aquelas do antigo pacto (Hb 8.6). De fato, o novo pacto anulou totalmente o antigo.

- As características gerais do ministério sacerdotal são: chamado divino (Hb 5.4); purificação (Êx 29.4); unção e santificação (Lv 8.12); submissão (Lv 8.24-27) e vestes santas para glória e ornamento (Êx 28.2; 29.6,9). Ademais, o sacerdote só poderia tomar mulher de sua própria nação, e ela deveria ser ou virgem ou viúva de outro sacerdote (Lv 21). Outra característica importante: o sacerdote não podia ministrar como ele queria, pois estava sujeito às leis divinas especiais para ministrar (Lv 10.8).

- Não há dúvida de que o ministro do Senhor nos dias de hoje também deve observar o chamado divino para sua vida, a santificação e a unção de Deus para exercer o seu ministério, o princípio da submissão no seu dia a dia e a necessidade de exercer o seu ministério conforme a vontade de Deus (1ª Tm 3.1-7; 6.11,12; Tt 1.7-9; 1ª Pe 5.1-4).

- O sacerdote mantinha estreita comunhão com Deus e muitas vezes Deus se comunicava com ele diretamente, além disso, Deus lhe revelava como resolver várias questões surgidas entre o povo. Nós, sacerdotes de hoje, temos os nove dons do Espírito Santo para nos servir de capacitação para nosso ministério.

4. Cristo: o Sumo Sacerdote do Novo Testamento.
- O ministério do Novo Testamento mostra que, na Igreja, não há e não pode haver uma classe sacerdotal exclusiva, como ocorre no catolicismo romano. Ora, a palavra “sacerdote” não se aplica a nenhum indivíduo, senão ao próprio Cristo, que se constituiu Sumo Sacerdote do povo redimido. Na Nova Aliança, Cristo é o único mediador entre nós e o Pai Celeste.

3. Jesus Cristo, o Sumo Sacerdote no céu.
- Atente, querido irmão, para o seguinte versículo: “Ora, a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da Majestade, ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem” (Hb 8.1,2).

- Este texto revela que Nosso Senhor, o Sumo Sacerdote perfeito, está à destra do Pai, nos céus, e que, de maneira singular e verdadeira, ministra no Tabernáculo Celestial. Isso aconteceu porque a sua obra foi completa e perfeita. Por isso, Ele é o nosso mediador, advogado e intercessor. Ele proveu para nós um concerto melhor (Hb 8.6).

III. O Sacerdócio Perpétuo e Perfeito de Cristo

1. Jesus trouxe salvação perfeita (Hb7.25). Os sacerdotes do antigo pacto pereceram (v. 23). O sacerdócio arônico foi constituído por centenas de sacerdotes, que se sucediam constantemente, visto que “pela morte foram impedidos de permanecer”. Os sacerdotes arônicos apenas intercediam pelos homens a Deus, mas não os salvavam. Jesus, nosso Sumo Sacerdote, não só “vive sempre para interceder” por nós, como nos assegurou uma perfeita salvação por seu intermédio (v. 25; Rm 8.34). Jesus garante salvação plena (Jo 5.24), sem depender de um suposto purgatório ou de uma hipotética reencarnação.

2. Jesus, sacerdote perfeito (Hb 7.26). A Palavra de Deus indica aqui as qualificações de Cristo, que o diferenciam de qualquer sacerdote do antigo pacto. “Porque nos convinha tal sumo sacerdote:

2.1. Santo. O sacerdote do Antigo Testamento teria que ser santo, separado, consagrado. Até suas vestes eram santas (Êx 28.2,4; 29.29). Contudo, eram homens falhos, imperfeitos, sujeitos ao pecado. Jesus, nosso Sumo Sacerdote, era e é santo no sentido pleno da palavra.

2.2. Inocente. Porque nunca pecou, Jesus não tinha qualquer culpa. Ele desafiava seus adversários a acusá-lo (Jo 8.46).

2.3. Imaculado. O cordeiro, na antiga Lei, tinha que ser sem mancha (Lv 9.3; 23.12; Nm 6.14). Jesus, como o “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29), não tinha qualquer mancha moral ou espiritual.

2.4. Separado dos pecados. Jesus viveu entre os homens, comeu com eles, inclusive na casa de pessoa de baixa reputação, como Zaqueu, mas foi “separado dos pecadores”. Ele não se misturou, nem se deixou influenciar pelo comportamento dos homens maus.

2.5. Feito mais sublime do que os céus. Tal expressão fala da exaltação de Cristo, como dele está predito na Bíblia: “Pela minha vida, diz o Senhor, todo joelho se dobrará diante de mim, e toda língua confessará a Deus” (Rm 14.11).

2.6. Ofereceu-se a si mesmo, uma só vez (Hb 7.27). Os sumos sacerdotes do Antigo Testamento necessitavam de oferecer sacrifícios, muitas vezes, primeiro por eles próprios e, depois, pelo povo. Mas Jesus, por ser imaculado, sem pecado, não precisou fazer isso por si. Tão-somente ofereceu-se num sacrifício perfeito, uma vez, pelos pecadores.

IV. O SACERDÓCIO UNIVERSAL DA IGREJA

1. Uma doutrina bíblica fundamentada na pedra que é Cristo.
Ao longo da Escritura, encontramos várias porções a respeito da “pedra” que é Cristo (Is 28.16; Sl 118.22; Is 8.14). No Novo Testamento, por exemplo, vemos tanto o apóstolo Paulo quanto Pedro citarem Isaías 28.16. Ambos afirmam, mediante o Espírito Santo, que Cristo é a “pedra”. Em Efésios 2.20 está ratificado que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina. Assim, podemos afirmar que o sacerdócio universal dos crentes, em primeiro lugar, está fundamentado na pedra que é Cristo Jesus, nosso Sumo Sacerdote.

2. Distinguindo “a pedra”, que é Cristo, de “pedras vivas” que são os crentes.
Se Cristo é a principal pedra de esquina, os crentes são as pedras vivas constituídas no grande edifício (1ª Pe 2.4). Todos os membros da Igreja de Cristo são pedras vivas edificadas sobre a Pedra Angular - Jesus, o Cordeiro de Deus.

Essa metáfora bíblica ilustra a doutrina fundamental do sacerdócio universal dos crentes. Deus nos vê como sacerdotes, ministrando em sua presença. Somos ministros de um templo espiritual. E cada “pedra viva” constitui esse edifício.

Por isso, você é chamado para ser um sacerdote nestes dias difíceis. Essa escolha foi feita no Calvário, mediante o sacrifício apresentado pelo Sumo Sacerdote Perfeito. Portanto, os requisitos para a escolha desse ofício não estão baseados na etnia ou em qualquer outra distinção humana; mas na graça de Deus, por meio da fé em Cristo Jesus (Ef 2.8). Como sacerdotes de Cristo, temos acesso ao trono da graça.

V. O MAIOR E MAIS PERFEITO TABERNÁCULO

1. O santuário terrestre.
No santuário terrestre, o Tabernáculo, as atividades litúrgicas eram executadas em três lugares: o Pátio (Átrio), o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo. O Pátio era descoberto, mas o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo achavam-se cobertos. A mobília que compunha o Lugar Santo era constituída do Castiçal de Ouro, da Mesa dos Pães da Proposição e do Altar de Incenso. Toda essa imagem tem uma relação especial com o ministério sacerdotal de Jesus Cristo no Santuário Celestial (Jo 6.35; 17.1-26; Hb 7.25).

2. O santuário celestial.
Esse santuário pode ser identificado com o Tabernáculo que não foi feito por mãos humanas (Hb 9.11). É o lugar onde Deus habitará com os homens para sempre (Ap 21.3). Cristo Jesus garantiu-nos essa bênção quando, na consumação de seu sacrifício, o véu do templo rasgou-se de alto a baixo. Assim, o caminho para o Tabernáculo Celestial foi aberto; nosso acesso já está garantido.

3. O sacrifício perfeito de Cristo.
A Palavra de Deus mostra que o sacrifício de Jesus Cristo foi suficiente e eterno (Hb 9.24). Não era preciso passar repetidamente pelo Calvário para garantir-nos a redenção eterna. Bastou um único sacrifício!

Diferentemente do sacrifício antigo, que era parcial, o de Cristo foi definitivo e perfeito. A Bíblia declara que Nosso Senhor, “na consumação dos séculos, uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo” (Hb 9.26). Que mensagem maravilhosa! Que palavra consoladora!

CONCLUSÃO.
Uma vez que o Tabernáculo mosaico passou, temos agora um santuário maior, um sacrifício suficiente e uma salvação definitiva. Na Aliança Antiga, as pessoas comuns não tinham acesso direto ao Santo dos Santos; na Nova Aliança, qualquer pessoa, independente de etnia ou classe, mediante Cristo Jesus, pode entrar na presença de Deus pelo novo e vivo caminho (Hb 10.20).

Lições Bíblicas do 2° trimestre de 2019 – CPAD.

quinta-feira, 20 de junho de 2019

O HOMEM E OS CUIDADOS COM A OBRA DE DEUS



I. A CHAMADA DE DEUS

1. No Antigo Testamento.
1.1. Sacerdotes: A palavra sacerdote no original hebraico Cohem; do lat. Sacerdos. Era o ministro divinamente designado, cuja principal função era representar o homem diante de Deus. Era Deus quem escolhia o sacerdote.
Suas obrigações básicas: santificar o povo, oferecer dons e sacrifícios pelo povo e interceder pelos transgressores (Hb 5.1-3).
No Antigo Testamento todo o sacerdote tinha que ser da tribo dos levitas: “Também os sacerdotes, que se chegam ao Senhor, se hão de consagrar, para que o Senhor não os fira” (Êx 19.22).

1.2. Levitas: Nem todos os levitas eram sacerdotes. Os levitas também eram homens que lidavam com as finanças, ensino, culto e altar.

1.3. Profetas: Eram homens escolhidos por Deus para proclamar a Sua Palavra a nação de Israel.

1.4. Porteiros: Tinha a responsabilidade de cuidar a entrada do Templo.

1.5. Cantores: Eram homens escolhidos por Deus para conduzirem o louvor na Congregação (Ed 2.41, 65).

1.6. Netinis: Servidores do Templo, auxiliares dos levitas, oriundos dos gibionitas, (Js 9.23-27; Ed 2.43-58).

2. No Novo TestamentoEf 4.11-12.
Ministério Geral – Apóstolo, profeta, evangelista, pastor e mestre.
 Ministério Local – Diácono e auxiliar de trabalho.

II. O OBREIRO É UM MORDOMO

1. O obreiro é um despenseiro - 1ª Pe 4.10: “Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus”.

1.1. Na parábola dos talentos Jesus diz: Mt 25.14; Lc 16.1-2: “Pois será como um homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens”.

1.2. Para a igreja de Corinto Paulo escreve dizendo: 1ª Co 4.1-2: “Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos ministérios de Deus. Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel”.

III. O PERFIL DE UM OBREIRO

1. Vida pessoal.

1.1. Dedicação - Rm 12.7-8: “Se ministério, dediquemo-nos ao ministério; ou quem ensina esmere-se no faze-lo. Ou o que exorta faça-o com dedicação; o que contribui, com liberalidade; o que preside, com diligência; que exerce misericórdia, com alegria”.
A Palavra dedicação [no grego paraklesis] significa esforçar-se por satisfazer de forma humilde e sem orgulho; exortando, confortando e encorajando; instruir, ensinar da melhor forma possível.

1.2. Coragem. Coragem no grego tharrheo, significa ter muita coragem, ser de bom ânimo, ser ousado. Ef 6.20: “Eu sou embaixador a serviço desse evangelho, embora esteja agora na cadeia. Portanto, orem para que eu seja corajoso e anuncie o evangelho como devo anunciar”.
Quando Josué sucessor de Moisés assumiu a liderança do povo hebreu o Senhor lhe disse: Js 1.6, 7, 9: “Sê forte e corajoso, porque tu farás este povo herdar a terra que, sob juramento, prometi dar a seus pais. Tão-somente, sê forte e mui corajoso. Não to mandei eu? Sê forte e corajoso; não temas, nem te espante, porque o Senhor teu Deus, é contigo por onde quer que andares”.

1.3. Diligência. Do Latim diligentia, zelo, cuidado, ativo, atenção, dedicação, empregar todos os meios para o trabalho; execução de serviço; É ter urgência em fazer alguma coisa, ser cuidadoso e atento, pronto, esforçar-se na aplicação dos meios para fazer acontecer o que urge ser feito.
Hb 6.11-12: “Desejamos, porém, continue cada um de vós mostrando, até ao fim, a mesma diligência para a plena certeza da esperança. Para que não vos torneis indolentes, mas imitadores daquele que, pela fé e pela longanimidade, herdam as promessas”.

1.4. Dignidade. Do Latim dignitas, “o que tem valor”, de dignus, “digno, valioso, adequado, compatível com os propósitos”.
Dignidade é a qualidade de quem é digno, ou seja, de quem é honrado, exemplar, que procede com decência, com honestidade. É um substantivo feminino, que vem do latim dignitate, que significa honradez, virtude, consideração.
1. Qualidade de digno.
2. Modo digno de proceder.
3. Procedimento que atrai o respeito dos outros.
4. Autoridade moral; honesto; responsabilidade.
1ª Tm 3.7: “Pelo contrário, é necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora, a fim de não cair no opróbrio e no laço do diabo” (Tg 1.9). “O irmão, porém, de condição humilde glorie-se na sua dignidade”.

1.5. Tato. Prudência; habilidade; vocação. Cl 4.7-9: “Quanto à minha situação, Tíquico, irmão amado, e fiel ministro, e conservo no Senhor, de tudo vos informará. Eu vo-lo envio com expresso propósito de vos dar conhecimento da vossa situação e de alertar o vosso coração”.

1.6. Agradável. Do grego charis, significa: graça, aquilo que dá alegria, deleite, prazer, doçura, charme, amabilidade: graça de discurso.
Cl 4.6: “A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um”.

1.7. Bom comportamento. Do grego anastrophe, significa: modo de vida, conduta, comportamento, postura. Cl 4.5: “Portai-vos com sabedoria para com os que estão de fora; aproveitai as oportunidades”.

1.8. Discrição. Vem do Latim discretio, discernimento, capacidade de fazer distinções”, de dis-, com a mesma função que de-, mais cernere, “distinguir, separar, peneirar”.
Discernimento; qualidade de quem sabe guardar segredo; modéstia. Seriedade e prudência adequada na relação com pessoas que não são discípulos de Cristo, habilidade e discrição em transmitir a verdade cristã.
Tg 1.19 “Sabeis estas coisas, meus amados irmãos. Todo o homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar”.

1.9. Porte e asseio - Êx 19.10-11: “Disse também o Senhor a Moisés: Vai ao povo e purifica-o hoje e amanhã. Lavem eles suas vestes”. Lavar no verbo (Piel) do hebraico kabac lavar (roupas, pessoa) e no verbo pual significa: ser lavado.
Asseado no dicionário português significa: limpar-se, ornar, vestir com esmero (Franscisco da Silveira Bueno – Dicionário da língua portuguesa).
O obreiro é um embaixador de Cristo na terra e por isso ele deve ter uma boa apresentação em seu porte higiene em geral.
O encontro de Rute com Boas - Rute 3.3: “Banha-te, e unge-te, e põe os teus melhores vestidos, e desce à eira; porém não te dês a conhecer ao homem, até que tenhas acabado de comer e beber”.
Rute representa a Igreja; Boas tipifica Jesus.

1.10. Cortesia. 1. Qualidade do que é cortês. 2. Educação ou especial cuidado no trato ou no contato com alguém.
Pode significar uma maneira delicada e civilizada de agir, cumprimentar ou mesmo um gesto de doação ou favor para outra pessoa.
1ª Tm 5.1-2: “Não repreendas ao homem idoso; antes, exorta-o como pai; aos moços, como a irmãos. Às mulheres idosas, como a mães; as moças, como a irmãs, com toda a pureza”.

1.11. Assiduidade. Do latim assiduus ou assiduitate, esta palavra remete para algo ou alguém que é ocupado, constante ou contínuo. Pontualidade; responsabilidade. (Jo 2.4b.).

1.12. Liderança. Liderança é a arte de comandar pessoas, atraindo seguidores e influenciando de forma positiva mentalidades e comportamentos.
Marcos 10.35-45, encontramos alguns ensinos de Jesus a respeito do exercício da liderança.
“Jesus e os doze caminhavam até a cidade de Jerusalém, quando dois deles, Tiago e João, aproximaram-se do Mestre com este pedido: “Concede-nos que na Tua glória nos sentemos, um à tua direita, e outro à tua esquerda” (v.37).
No entender do povo do Oriente, quem se assentava nesses dois lugares exercia grande autoridade e influência no reino. O pedido dos dois era realmente audacioso.
Uma verdade que a Bíblia afirma é que o líder exerce, de fato, autoridade sobre o grupo. Sem o exercício da autoridade, não há uma liderança hábil, eficiente e operosa.
Mt 7.28-29: “Ao concluir Jesus este discurso, as multidões se maravilhavam da Sua doutrina, porque as ensinava como tendo autoridade, e não como os escribas”.
A autoridade de Jesus incluía até os demônios e a natureza (Mc 9.25,26; Mc 5.1-13; Lc 8.25).

1.13. Modelo. É o exemplo, padrão a ser seguido.
1ª Tm 1.15-16: “Fiel é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal. Mas, por esta razão, me foi concedida misericórdia, para que, em mim, o principal, evidenciasse Jesus Cristo a sua completa longanimidade, e servisse eu de modelo a quantos hão de crer nele para a vida eterna.”

1.4. Autocrítica e auto avaliação. É avaliação realizada pelo indivíduo que está sendo avaliado (sobre si mesmo).
A auto avaliação é um método que consiste em valorizar a si mesmo a própria capacidade que se dispõe para tal ou qual tarefa ou atividade, assim como também a qualidade do trabalho que se leva a cabo, especialmente no âmbito pedagógico.
2ª Co 13.5: “Examinando-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não reconheceis que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados”.
Quando temos a visão de Deus, temos também a de nós mesmos e das nossas limitações, Is 6.1-5.

1.15. O obreiro deve cuidar da sua saúde.
1ª Tm 5.23 “Não continues a beber somente água; usa um pouco de vinho, por causa do teu estomago e das tuas frequentes enfermidades”.
O vinho nesta época era uso medicinal. No 3.3 Paulo diz que obreiro não devia ser dado ao vinho, ou seja, o obreiro não devia se embriagar com vinho. Mas no uso da medicina não tinha nada a ver.

2. Vida espiritual.

2.1. Amor divino em seu coração - Jo 21-15: “Depois de ter comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que estes outros? Ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo. Ele lhe disse: Apascenta os meus cordeirinhos”.

2.2. Santidade: É uma ordem imperativa de Deus. 1ª Pe 1.16: “Sede santo, por que eu sou santo”. Ser santo significa uma separação do mal: Is 52.11 “Retirar-vos, retirar-vos, saí de lá, não toqueis coisas imundas; saí do meio dela, purificai-vos, vós que levais os utensílios do Senhor”. Lv 20.24 “Ser-me-eis santo, porque Eu, o Senhor, sou santo, e separai-vos dos povos para serdes meus”.
Santo é o ato de santificar; tornar sagrado, santo; separado do mundo e do pecado; dedicado exclusivamente para Deus; ter uma vida de santificação, ou seja, possuir qualidades especificas que nos mantenham ou nos levem a separarmos dos pagãos, das pessoas pecadoras que vivem a vida alienada da presença de Deus; distanciar do pecado e se aproximar de Deus.

2.3. Paciência: É um fruto do Espírito (Gl 5.22).

2.4. Fé: Sem fé é impossível agradar a Deus.

2.5. Fidelidade - 2ª Tm 2.1-2: “Tu, pois, filho meu, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus. E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos pra instruir a outros”.
1ª Co 4.2 “Ora, além disso, o que se quer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel”. 3 Jo 5 “Amados, precedes fielmente naquilo que praticas pra com os irmãos, e isto fazes mesmo quando são estrangeiros”.

2.6. Humildade - Mt 11.27: “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma”.
Mt 5.3: “Bem aventurado os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus”.
Tg 4.10: “Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará”.

2.7. Espírito perdoador Mt 6.12: “E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores”.

2.8. Sabedoria espiritual - Pv 3.13: “Feliz é homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento”.

2.9. Inteligência espiritual - Cl 1.9: “Por esta razão, também nós, desde o dia em que ouvimos, não cessamos de orar por vós e de pedir que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual”.
1ª Co 1.5: “Porque, em tudo, fostes enriquecidos nele, em toda a palavra e em todo o conhecimento”.
Is 11.2: “Repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor”.

2.10. Maturidade espiritual - Ec 10.16 e 1ª Tm 3.6: “Não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo”.

2ª Tm 2.15: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneje bem a palavra da verdade”.

2.11. Visão espiritual na Obra de Deus - Ez 1.1: “Aconteceu no trigésimo ano, no quinto dia do quarto mês, que, estando eu no meio dos exilados, junto ao rio Quebar, se abriram os céus, e eu tive visões de Deus”.

2.12. Visão de almas - Mt 9.36-38: “Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor. E, Então, se dirigiu a seus discípulos e disse: A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da Seara que mande trabalhadores para a sua seara”. (Out. ref. Mc 8.24-25 e At 21.20).

2.13. Apto para ensinar - 2ª Tm 2.24: “Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente”.

3. Vida social.

3.1. Sociabilidade: Viver em sociedade em comunidade; viver bem entre os irmãos; Bom relacionamento. Atos 2. 46:Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração”.

3.2. Conhecimento - Is 50.4: “O Senhor Deus me deu língua de eruditos, para que eu saiba dizer boas palavras ao cansado”.
2ª Pe 3.18: “Antes crescei na graça e no conhecimento...”
Jo 5.39: “Examinais, as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim”.
Examinando as escrituras vamos conhecer Jesus e Ele tem a Palavra de vida eterna, Ele é a vida eterna: esta é a razão.
Pv 23.12: Aplica o coração ao ensino e os ouvidos às palavras do conhecimento”.

3.3. Autodisciplina - 1ª Co 9.27: “Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado”.

4. Perigos do ministério.

4.1. Popularidade - 1ª Ts 2.6: “Também jamais andamos buscando glória de homens, nem de vós, nem de outros”.
Três coisas derrubam o obreiro: 1. Poder. 2. Dinheiro. 3. Sexo oposto.

4.2. Bajulação - 1ª Ts 2.5: “A verdade é que nunca usamos de linguagem de bajulação, como sabeis, nem de intuitos gananciosos, Deus disto é testemunha”.

4.3. Ganância - 1ª Pe 5.2: “Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade”.
1ª Tm 6.5-7: “Contendas de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho; aparta-te dos tais. 6 Mas é grande ganho a piedade com contentamento. 7 Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele.”
A verdade é que nunca usamos de linguagem de bajulação, como sabeis, nem de intuitos gananciosos, Deus disto é testemunha.
2ª Co 17: “Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus; antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus”. (At 20.2830).

4.4. Ganância pelo Poder.
1ª Ts 2.6: “E não buscamos glória dos homens, nem de vós, nem de outros, ainda que podíamos, como apóstolos de Cristo, servos pesados”.

4.5. Sexo oposto - Ne 13.26: “Não pecou nisto Salomão, rei de Israel? Todavia, entre muitas nações não havia rei semelhante a ele, e ele era amado do seu Deus, e Deus o constituiu rei sobre todo Israel. Não obstante isso, as mulheres estrangeiras o fizeram cair no pecado”.
Pv 31.3 “Não dês às mulheres a tua força, nem os teus caminhos às que destroem os reis”.

5. O obreiro e a mensagem.
5.1. O alvo deve ser sempre o pecador.
5.2. Não confundir poder de Deus com braveza.
5.3. A Mensagem deve ser de acordo com o tipo de culto.
A. Culto evangelístico.
B. Culto de ensino.
C. Culto de Santa Ceia.
D. Culto de Batismo.
E. A mensagem tem três tempos: 1. Introdução.
5.4. Explanação.
5.5. Desfecho – não se deve esquecer o tema.

Pr. Elias Ribas

quarta-feira, 19 de junho de 2019

A NUVEM DE GLÓRIA



TEXTO ÁUREO
“Sê exaltado, ó Deus, sobre os céus; seja a tua glória sobre toda a terra.” (Sl 57.5).

Verdade Prática
Adoremos e louvemos a Deus, pois a sua glória enche os Céus e a Terra.

LEITURA BÍBLICA
Êxodo 40.34-38; Números 9.15,16

Êxodo 40.34-38 “Então, a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do Senhor encheu o tabernáculo, 35 de maneira que Moisés não podia entrar na tenda da congregação, porquanto a nuvem ficava sobre ela, e a glória do Senhor enchia o tabernáculo. 36 Quando, pois, a nuvem se levantava de sobre o tabernáculo, então, os filhos de Israel caminhavam em todas as suas jornadas. 37 Se a nuvem, porém, não se levantava, não caminhavam até ao dia em que ela se levantava; 38 porquanto a nuvem do Senhor estava de dia sobre o tabernáculo, e o fogo estava de noite sobre ele, perante os olhos de toda a casa de Israel, em todas as suas jornadas.”

Números 9.15-16 “E, no dia de levantar o tabernáculo, a nuvem cobriu o tabernáculo sobre a tenda do Testemunho; e, à tarde, estava sobre o tabernáculo como uma aparência de fogo até à manhã. 16 Assim era de contínuo: a nuvem o cobria, e, de noite, havia aparência de fogo.”

INTRODUÇÃO.
- Nesta lição estudaremos a definição exegética e etimológica das palavras “glória” e “shekhinah” de Deus; pontuaremos a glória de Deus revelada plenamente na pessoa de Jesus Cristo; e por fim, falaremos da glória do Senhor revelada na vida do crente fiel.

- Êxodo 40 e Números 9 registram o cuidado de Deus com Israel. Na caminhada no deserto rumo à terra prometida, uma nuvem permanecia sobre o Tabernáculo. A imagem dessa nuvem marcou a história de Israel, pois ela cobria a “Tenda da Congregação”, enchia o Templo, enfim, um símbolo vivo de que Deus estava entre o seu povo. Anelemos por essa maravilhosa presença!

I. DEFINIÇÃO O TERMO GLÓRIA
1. Definição exegética do termo.
- O vocábulo mais comum para glória é “kavôd” que significa: “glória, peso, esplendor, copiosidade, majestade, riqueza” dando a ideia de alguma coisa muito importante (Êx 33.18; Sl 72.19; Is 3.8; Ez 1.28).

- A glória de Deus é a revelação de Seu próprio ser, da natureza e da Sua presença para a humanidade e leva o homem a reconhecer a grandeza de Deus e a sua pequenez e indignidade (Is 42.8; 48.9-11; 60.2). A palavra “glória” é uma das mais ricas e diversas no contexto linguístico do AT e são encontrados pelo menos oito termos para designá-la no AT (Êx 40.35; 1º Sm 4.22; 1º Sm 6.5; 1º Rs 3.13; 8.11; 1º Cr 16.28; 29.12; Is 11.10; 24.23; 42.12; Dn 2.37; 1º Cr 29.11,13).

- Na Bíblia, a glória de Deus está muitas vezes associada a brilho, esplendor e a majestade do Todo-Poderoso (Ez 1.28; Lc 2.9; Mt 17.5). Ela descreve a presença visível de Deus como uma nuvem escura, trovões, relâmpagos (Êx 19.9,16,18; 20.18). A manifestação física de que a presença de Deus estava chegando (a glória de Deus) poderia ser a aparência de um fogo consumidor (Êx 24.17; Dt 4.24; Hb 12.29), no caso de Sua autoridade e Seu poder serem vistos. Em outros casos, quando Seu propósito era outro e Ele desejava mostrar outro aspecto do Seu caráter, ao invés de fogo (Êx 13.21; Nm 9.15-16) aparecia nuvem, fumaça, vento ou, então, o cicio suave [BÍBLIA DE ESTUDO PALAVRAS CHAVES: HEBRAICO E GREGO, 2011, pg.1700].

2. Definição etimológica do termo.
- A nuvem que aparecia durante o dia sobre o Tabernáculo era uma forma da “glória visível de Deus” sobre o Santuário. Moisés viu parcialmente esta “glória” na coluna de nuvem e de fogo (Êx 13.21). Em Êxodo 29.43 ela é chamada “minha glória” (Is 60.2).

- A majestade da glória de Deus é tão grandiosa que nenhum ser humano pode vê-la de maneira plena e continuar vivo (Êx 33.18-23). Quando muito, pode-se ver apenas um “aparecimento parcial da glória do Senhor” (Ez 1.26-28). Neste sentido, a glória de Deus designa Sua singularidade, Sua santidade e sua transcendência (Is 6.1-3; Rm 11.36; Hb 13.21). Ela cobriu o Sinai quando Deus outorgou a Lei (Êx 24.16,17), encheu o Tabernáculo (Êx 40.34), guiou Israel no deserto (Êx 40.36-38) e posteriormente encheu o templo de Salomão (2º Cr 7.1; 1º Rs 8.11-13). Mais precisamente, Deus habitava entre os querubins no Lugar Santíssimo do templo (1º Sm 4.4; 2º Sm 6.2; Sl 80.1).

3. Quando “a nuvem cobriu a tenda da congregação”.
- A nuvem aparecia durante o dia sobre o Tabernáculo. Era a shekinah de Deus sobre o Santuário. Embora o termo não se encontre no texto original do Antigo Testamento, shekinah é uma palavra adotada pela tradição judaica. Os sábios judeus evitavam a palavra kaboth (ou kabod), que significa “glória”, por causa de sua sacralidade (cf. 1º Sm 4.21). Assim, shekinah, segundo o sentido aramaico, descreve a manifestação visível da glória de Deus.

4. A glória de sua Presença.
- A ideia que o povo de Israel tinha de Deus era a de que Ele morava no Santuário. Assim, a nuvem sobre o Tabernáculo revelava que o Altíssimo encontrava-se de modo especial no Santuário. Outrora, a mesma nuvem acompanhava Israel desde Sucote (Êx 13.20-22); agora, ela se encontrava sobre o Tabernáculo. Essa nuvem é o sinal grandioso da presença do Todo-Poderoso. O Deus de Israel era o centro do culto e da adoração do seu povo. E do seu coração? Ele é Senhor?

II. DEFINIÇÃO O TERMO SHEKHINAH

1. Definição exegética do termo.
- O termo “shekhinah” significa: “avizinhar, habitar, residir, morar, armar tenda” (Êx 24.16; 25.8; 29.45; 40.34,35; Dt 12.11; Sl 37.3; 85.9; Jr 33.16; Is 8.18; Zc 8.3). Para alguns teólogos a tradução que mais se aproxima da palavra “shekhinah” é: “a presença de Deus vista entre o seu povo” (Dt 12.11; 14.23; 16.2,6,11; 26.2). De acordo com o Dicionário Internacional de Teologia do AT (1998, p. 1743), os verbos hebraico “shakhan” e “shekhen” possuem a mesma raiz da palavra “shekhinah”. Por isso, que quando a glória “kavôd” de Deus era manifestada em forma visível entre o povo de Israel, os rabinos posteriormente através de sua tradição literária (Talmude e Targuns) a chamaram de “shekhinah” porque o Senhor estava “vizinho” dos homens (Êx 13.21; 16.10; 19,9.16; 24.16; 33.18-20; 40.34,35). Deus prometeu habitar entre (no meio) o povo de Israel (Êx 13.20-22; 19.17-19; 40.34-35; 1º R 8.10-12). A glória de Deus também se refere a Sua presença visível entre o seu povo, ou seja, “shekhinah”, na verdade, é a habitação da glória “kavod” de Deus entre nós (Sl 85.9). Há muitas pessoas que fazem confusão com o termo; umas usam-no sem a noção; outras pessoas têm uma visão radical de que o termo não deveria ser usado porque “ele não existe na Bíblia” […]. Há palavras na cultura judaica que, por causa de sua sacralidade, ou perda dos fonemas hebraicos, foram reformulados […]. Portanto, não há nada que proíba usar o termo “shekhinah” (CABRAL, 2019, pgs. 85, 86 151).

2. Definição etimológica do termo.
- A palavra “shekhinah” não apareça na Bíblia judaica (Tanakh – Lei, Profetas e Escritos) nem no NT. O termo é uma expressão extra bíblica, mas não anticíclica, pois, seu princípio é encontrado em toda Escritura Sagrada. Apesar de não aparecer na Bíblia, podemos dizer que é bíblico por aquilo que significa: “a presença de Deus visível”. Esta palavra normalmente está associada aos casos quando Deus se apresentou de forma perceptível ao seu povo. O vocábulo ainda aponta para “residir ao lado” (Êx 25.8; 1º Rs 8.10-11; 2º Cr 6.1,2; Sl 74.2), e, é empregado para designar a presença de Deus (Êx 24.16,17; 29.43; 60.2).

- Quando o Senhor mandou que Moisés construísse a Arca da Aliança, Ele disse que a Sua presença iria com o povo. Então a Arca do Senhor representava a “presença do Senhor no meio do povo” (STAMPS, 1995, p. 1183).

- De acordo com a compreensão dos exegetas do judaísmo a “shekhinah” era uma forma de teofania (aparição ou revelação da manifestação de Deus) muito frequente no relacionamento entre Deus e Israel. Querer atribuir o termo “shekhinah” unicamente a Cabala (parte mística do judaísmo) é esquecer que este termo já era usado pelos rabinos muito antes do cabalismo surgir na história judaica.

3. A glória permanente de Deus.
- Havia uma promessa de Deus para a descendência de Abraão: tomar posse da terra de Canaã. Para cumprir esse objetivo, a presença de Deus permaneceu com Israel desde a saída do Egito até à entrada na terra prometida (Êx 13.20-22). Ele cumpriu sua promessa e guiou Israel pelo meio do Mar Vermelho, derrotando Faraó e seus cavaleiros. Ali, a nuvem do Senhor trouxe trevas e embaraços aos perseguidores egípcios.

- A nuvem conduzia Israel nas suas peregrinações, conforme o apóstolo Paulo menciona em uma de suas cartas: “Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem; e todos passaram pelo mar, e todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar” (1ª Co 10.1,2).

4. A nuvem de Deus nos montes e desertos.
- Moisés subiu ao Monte Sinai e entrou no meio da nuvem e, ali, ficou por 40 dias e 40 noites (Êx 24.15-18). Deus falaria com ele da nuvem, de onde o legislador de Israel receberia as tábuas dos Dez Mandamentos e a revelação quanto à construção do Tabernáculo (Êx 24.15-18 cf. cps. 25 - 27; 34.1-9).

- Enquanto o povo marchava para avançar pelo deserto, a nuvem se movia. Em cada jornada, em cada peregrinação, o Senhor era com o seu povo. Não se desespere, pois, o Espírito Santo conduz a sua Igreja! Ele habita em você!

5. A nuvem se manifestou sobre o propiciatório.
- A Palavra de Deus revela que o propiciatório, que ficava sobre a arca da aliança, era o maior símbolo de sua presença. Ali, Deus se manifestava por meio da nuvem de sua glória (Lv 16.1,2; Nm 7.89).

- À luz da Santa Palavra, não podemos nos conformar com a frieza espiritual e com a indiferença com a Palavra de Deus. Ora, diferentemente daquela época, hoje podemos entrar no Lugar Santíssimo com plena liberdade no Espírito Santo, pois Este foi derramado de maneira abundante sobre o povo de Deus (At 2.1-13). Não se conforme com a frieza e a indiferença espiritual!

III. A GLÓRIA DE DEUS REVELADA EM JESUS CRISTO

1. A glória de Deus revelada na pessoa de Jesus.
- Em linguagem metafórica, a “shekhinah” no NT representa a presença majestosa de Deus e sua decisão de “habitar” (shakhan) entre os homens (Jo 1.14). O verbo shakhan, que deu origem ao termo shekhinah, ressalta a ideia de vizinhança e também proximidade de Deus com os homens. O equivalente da glória de Deus, ou seja, a presença Dele no NT é a pessoa de Jesus Cristo como a “glória de Deus em carne humana” (Cl 1.15,19), que veio habitar entre nós (Mt 1.23). Ele é a maior manifestação visível da presença de Deus entre nós (Mt 1.22-23). O apóstolo Pedro emprega a expressão “a magnífica glória” como um nome de Deus (2ª Pd 1.17). Os pastores de Belém viram a glória do Senhor no nascimento de Cristo (Lc 2.9), os discípulos a viram na transfiguração de Cristo (Mt 17.2; 2ª Pd 1.16-18).

- Cristo como o Logos e Filho de Deus, sempre existiu em glória antes de sua encarnação (Jo 17.5,22,24). Ele é o mistério glorioso de Deus (Cl 1.27). O resplendor de Cristo é a sua glória divina (Hb 1.3). Ele é glorioso por ser a própria imagem de Deus (Jo 1.14). Jesus manifestou a sua glória no princípio de seu ministério (Jo 2.11) (STAMPS, 1995, pg. 1183).

2. A glória de Deus revelada no ministério de Jesus.
- Todo o ministério de Cristo na terra redundou em glória ao nosso Deus (Jo 14.13; 17.1,4,5). Quando Isaías falou da vinda de Jesus Cristo, profetizou que n’Ele seria “revelada a glória de Deus” para que toda a raça humana a visse (Is 40.5). Tanto João (Jo 1.14) como o escritor aos Hebreus (Hb 1.3) testificam que Jesus Cristo cumpriu essa profecia. A glória de Cristo era a mesma glória que Ele tinha com seu Pai antes que houvesse mundo (Jo 1.14; 17.5). A glória do seu ministério ultrapassou em muito a glória do ministério dos profetas do AT (2ª Co 3.7-11). Paulo chama Jesus de “o Senhor da glória” (1ª Co 2.8), e Tiago o chama de “nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória” (Tg 2.1). Repetidas vezes, o NT refere-se ao vínculo entre Jesus Cristo e a glória de Deus. Seus milagres revelavam a Sua glória (Jo 2.11; 11.40-44). Cristo transfigurou-se em meio a “uma nuvem luminosa” (Mt 17.5), onde Ele recebeu glória (2ª Pd 1.16-19) (STAMPS, 1995, pg. 1183).

3. A glória de Deus revelada na morte e ressurreição de Jesus.
- Estêvão a viu na ocasião do seu martírio a glória de Jesus (At 7.55). A hora da morte de Jesus foi o momento da sua glorificação (Jo 12.23,24; 17.4,5). Ele subiu ao céu em glória (At 1.9; 1ª Tm 3.16), agora está exaltado nos céus em glória (Ap 5.12,13), e um dia voltará “sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória” (Mt 24.30; 25.31; Mc 14.62; 1ª Ts 4.17) (STAMPS, 1995, pg. 1183).

IV. ALGUMAS LIÇÕES PARA HOJE

1. A nuvem sobre o Tabernáculo não era comum.
- Deus usa coisas visíveis para ensinar verdades espirituais. Aquela nuvem era especial, pois não obedecia às leis da natureza criadas por Ele próprio. Tinha características de uma nuvem comum, mas não era algo comum. Ele usou a imagem de elementos físicos para manifestar a Sua glória. Não perca a sensibilidade espiritual. Perceba como Deus pode e quer falar, agora, com você. Ele usa coisas comuns para manifestar a sua glória!

2. A nuvem permaneceu sobre o Tabernáculo.
- O Altíssimo estava presente de forma especial no Tabernáculo. Veja o que o texto diz: “a glória do Senhor encheu o tabernáculo” (Êx 40.34). Aquele que é Onipresente não precisa de espaço físico, porque Ele preenche todo o Universo. Não há limites geográficos para Deus. Entretanto, para se relacionar conosco Ele se manifestou num Tabernáculo, revela-se na Igreja local e mostra-se em nossa casa e, por intermédio do seu Santo Espírito, habita em nós.

3. A nuvem não é estática.
- Deus não é inerte, estático; Ele é o Ser que gera vida em abundância (Jo 10.10). Ele se move sobre a Terra, cuida do Universo e interessa-se por sua vida, querido irmão. Ele é um Deus pessoal. Não perca a glória de Deus nem a intimidade com a sua presença. Ande com Deus. Obedeça-lhe a vontade.

V. A GLÓRIA DE DEUS REVELADA NA VIDA DO CRENTE

Como a glória de Deus relaciona-se ao crente pessoalmente?
1. Deus revela Sua glória mediante a habitação do Espírito Santo.
- Deus nos escolheu para sermos sua habitação ambulante aqui na terra, e através de nós manifestar a Sua glória “kavôd” ao mundo. O apóstolo João registrou as palavras de Jesus sobre a manifestação da glória de Deus quando disse: “E eu dei-lhes a glória que a mim me deste […] para que o mundo reconheça que tu me enviaste e que os amaste, como amaste a mim” (Jo 17.22,23). Através do Espírito Santo repousa sobre o verdadeiro crente a glória de Deus (Jo 14.16-17; 1ª Pd 4.14). Paulo também nos revela que a glória de Deus habita em nós pelo seu Espírito Santo (2ª Co 3.18; Ef 3.16-19), e Pedro também afirma esta mesma verdade (1ª Pd 4.14). Concernente que à glória celestial e majestosa de Deus de maneira plena ninguém pode contemplar (Jo 1.18-a); mas, sabemos que ela existe. O apóstolo Paulo afirma que Deus habita em “uma luz (glória) inacessíveis”, que nenhum ser humano pode ver (1ª Tm 6.16). O Espírito Santo nos aproxima da presença de Deus e de Jesus (2ª Co 3.16,17; 1ª Pd 4.14).

2. Deus revelará Sua glória mediante consumação da salvação.
- A experiência da glória de Deus é algo que todos os crentes terão na consumação da salvação: “… com a glória que em nós há de ser revelada” (Rm 8.18). Seremos levados à presença gloriosa de Deus (Hb 2.10; 1ª Pd 5.10; Jd 24), compartilharemos da glória de Cristo: “… para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8.17). Paulo ainda disse que: “… somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito Santo” (2ª Co 3.18-c) e receberemos uma coroa de glória (1ª Pd 5.4). Até mesmo o nosso corpo ressurreto terá a glória do Cristo ressuscitado: “que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso ...” (Fp 3.21 ver ainda 1ª Co 15.42,43).

CONCLUSÃO.
- Concluímos que a glória de Deus transcende a qualquer coisa que o ser humano venha a produzir. A glória do Senhor esteve com Israel, no Antigo Testamento, com a Igreja Primitiva, em Atos, e também está em nossa vida através do seu Espírito Santo.

FONTE DE PESQUISA

1. BÍBLIA SHEDD. Revista Atualizada, 1ª Edição: 1998, Ed. Vida Nova, São Paulo – SP.
2. CABRAL Elienai. Lições Bíblicas do 2° trimestre de 2019 - CPAD.
3. CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. 1 ed. SP: HAGNOS, 2004.
4. HOUAISS, Antônio. Dicionário da Língua Portuguesa. 1 ed. RJ: OBJETIVA, 2001.
5. STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. 1 ed. RJ: CPAD, 1995.
6. MERRIL, E. H. História de Israel no Antigo Testamento. 6 ed., RJ: CPAD, 2007.
7. COLE, Alan. Êxodo, Introdução e Comentário. 1 ed. SP: Vida Nova, 1963.

segunda-feira, 17 de junho de 2019

A BATALHA DE GOGUE DE MAGOGUE- EZEQUIEL 38-39



Ezequiel 38–39 fala de uma grande batalha que ocorrerá em Israel nos “últimos dias” (Ez 38.8,16), e que envolverá um povo de “Magogue” liderado por um rei chamado Gogue. Ezequiel descreveu que essa guerra seria travada nos “montes de Israel” contra os filhos de Israel reunidos nessas terras. O Senhor também disse a Ezequiel que Ele salvaria milagrosamente Seu povo dos exércitos de Magogue, para que todas as nações soubessem “que eu Sou o Senhor” (Ez 38.23). Por causa dessas descrições, Ezequiel parece estar descrevendo a grande batalha que acontecerá antes da Segunda Vinda, ou seja, durante a grande tribulação.

I. QUEM É GOGUE E MAGOGUE

Historicamente falando, Magogue era um neto de Noé (Gn 10.2). Os descendentes de Magogue se estabeleceram no extremo norte de Israel, provavelmente na Europa e no norte da Ásia (Ezequiel 38.15). Magogue eventualmente se tornou o nome da terra onde os seus descendentes se estabeleceram. O povo de Magogue é descrito como guerreiros habilidosos (Ez 38.15; 39:3-9). Gogue é o nome de um futuro líder em Magogue que irá liderar um exército para atacar Israel. O Senhor prediz a condenação de Gogue: “Filho do homem, volve o rosto contra Gogue, da terra de Magogue…profetiza contra ele” (Ez 38.2).

Ezequiel 38 e 39 têm sido interpretados de várias formas ao longo dos séculos. A visão mais popular é a de ver a profecia como uma representação de uma batalha futura que inclui uma aliança de nações lideradas pela Rússia dos dias de hoje em um ataque contra Israel.

A coalizão invasora nesta guerra será composta de:
Magog, Rosh = Rússia e repúblicas da antiga União Soviética Persia = Irã Cush = Sudão, Etiópia e Eritreia Possivelmente Coloque = Líbia, Argélia e Tunisa Gomer, Meseque e Tubal = Turquia (e, possivelmente, Alemanha e Áustria), Beth-togarmah = Turquia, Arménia, Turquia pessoas que falam da Ásia Menor e Ásia Central.

II. GOGUE E MAGOGUE NO ANTIGO TESTAMENTO

Gogue e Magogue são citados em passagens do Antigo Testamento. No livro de Gênesis, Magogue é mencionado como um descendente de Jafé (Gn 10:2; 1º Cr 1.5). Já Gogue, é citado como um rubenita, filho de Semaías (1º Cr 5.4).

Apesar dessas referências iniciais, a passagem mais importante sobre Gogue e Magogue encontra-se no livro do Profeta Ezequiel (caps. 38 e 39). Gogue aparece como príncipe de Meseque e Tubal, e Magogue como sendo um povo, ou seja, a “Terra de Magogue”. Logo, a narrativa de Ezequiel apresenta Gogue da Terra de Magogue.

III. GOGUE E MAGOGUE NO APOCALIPSE

Como já dissemos, a expressão “Gogue e Magogue” aparece no livro do Apocalipse para descrever uma última batalha que precederá o Juízo Final (Ap 20.7-10).

O Apóstolo João relata que acabado o Milênio, Satanás será solto por um pouco de tempo, “e saíra para enganar as nações que estão nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a batalha. Seu número é como a areia do mar” (Ap 20.8).

João continua a narrativa dizendo que as nações, persuadidas por Satanás, cercarão “o acampamento dos santos, a cidade amada“, porém um fogo descerá do céu e as devorará, resultando ainda na condenação eterna de Satanás no “lago de fogo que arde como enxofre“. Depois disso, João começa a descrever em detalhes a cena do Juízo Final. Portanto há duas batalhas chamadas de Gogue e Magogue, a primeira antes da Segunda Vinda e a outra na Grande Tribulação. Elas são semelhantes no sentido que haverá grandes batalhas que destruirão completamente os inimigos de Deus e resultarão em mudanças importantes na Terra.

IV. DIFERENÇA NA BATALHA DE GOGUE E ARMAGEDOM

1. Na batalha de Gogue são mencionados aliados definidos, enquanto na do Armagedom todas as nações estão unidas (Jl 3.2. Sf 3.8. Zc 12.3. 14.4).
2. Gogue vem do Norte quando em Armagedom os exércitos vêm do mundo todo (Ez 38.6-15. 39.2).
3. Gogue vem para saquear enquanto em Armagedom as nações se unem para destruir o povo de Deus (Ez 38.11-12).
Gogue é o líder dos exércitos em sua invasão, mas em Armagedom é a besta quem a lidera (38.7. Ap 19.19).
4. Os exércitos de Gogue são colocados em ordem no campo aberto enquanto em Armagedom são vistos na cidade de Jerusalém (Ez 39.5. Zc 14.2-4).
5. O Senhor pede ajuda na execução de julgamento sobre Gogue enquanto em Armagedom Ele é retratado pisando sozinho o lagar (Ez 38.21. Is 63.3-6).

V. DESTRUIÇÃO DA NAÇÃO DO “NORTE” E SEUS SATÉLITES

Temos nessas profecias a descrição da invasão de Israel por uma nação do “Norte”, nos dias finais da era atual. Ver as expressões “no fim dos anos “, e “nos ‘últimos dias”, em Ez 38.8,16).

1. A intervenção divina.
O invasor e seus aliados serão totalmente derrotados e arruinados no próprio território de Israel, por intervenção divina direta. “Nos montes de Israel cairás, tu e todas as tuas tropas, e os povos que estão contigo; a toda espécie de aves de rapina e aos animais do campo eu te darei, para que te devorem. Cairás em campo aberto, porque eu falei, diz o Senhor Deus.” (Ez 39.4,5).

Deus intervirá porque Israel é o Seu povo e Sua possessão. Em Ezequiel 38.16, Deus chama Israel de “o meu povo “, e “a minha terra “. Isto é altamente significativo e deveria servir de aviso a todos aqueles que se levantam contra Israel.

Esta nação, de que trata as profecias já mencionadas, deverá, na época da invasão em apreço, ser muito poderosa belicamente, sabendo que a nação de Israel, desde há muito é líder reconhecida em matéria de estratégia de ataque e defesa. Nesse tempo Israel deve estar muito mais consolidada e fortalecida como nação, do que atualmente, e certamente possuindo maior território do que o atual (conforme Ez 3 8.8). Alguns estudantes da Bíblia julgam ser Gogue e Magogue símbolos dos poderes do mal contra o povo de Deus nos últimos dias, mas nesses capítulos de Ezequiel (38 e 39) vemos tratar-se claramente de povos e nações reais. Também em Gênesis 10.2 onde temos o rol das nações troncos originaram os demais povos, e também em 1º Crônicas 1.5, vemos que se trata de povos reais e não simples símbolos do mal. Os fatos importantes nesses dois capítulos de Ezequiel é que Deus assegura que estará ao lado de Israel e intervirá sobrenaturalmente, abatendo esses inimigos do Seu povo: Gogue, o líder que intenta destruir Israel, juntamente com a coalizão de nações sob sua liderança. Duas vezes Deus afirma na citada profecia: “Eu sou contra ti, ó Gogue, príncipe e chefe de Meseque e Tubal.” (Ez 38.3; 39.1).

Os países atuais que situam-se ao norte geográfico de Israel são os que compõem a CEI (Comunidade dos Estados Independentes), a ex-União Soviética. Esse bloco de nações adotavam o comunismo ateu até recentemente como sistema político de governo, e ainda relutam nesse sentido. Metamorfoses políticas em grande escala vêm ocorrendo naquela parte do mundo, como é o caso da já citada CEI e também da UE (União Europeia), antes conhecida como MCE (Mercado Comum Europeu).

2. Gogue invadirá Israel
O estudo meticuloso das profecias mencionadas no início deste Texto, mostra que Gogue - a nação ou bloco de nações do norte da Terra, em relação à Israel, invadirá esse pais nos últimos dias. A Bíblia localiza Gogue ao norte de Israel (Ez 38.6,1 5; 39.2; Jl 2.20). Essa poderosa nação do Norte será ajudada nessa invasão por nações europeias, asiáticas e africanas. Veja a lista completa desses atacantes: Magogue, Meseque, Tubal (Ez 3 8.2,3). Persas, etíopes, Pute, Gômer, Togarma, e muitos povos (Ez 38.5,6). Líbios (Dn 11.43).

Pelo estudo dos capítulos 38 e 39 de Ezequiel, e 10 de Gênesis, vemos que muitos nomes geográficos estão hoje modificados devido a evolução das línguas e os problemas de tradução e transliteração. O estudo comparativo da etnologia antiga e moderna dessas regiões, facilitará a identificação das mesmas:

2.1. Gogue. Magogue. Meseque. Tubal (Ez 3 8.2,3). No versículo 2, a “Tradução Brasileira” emprega a expressão “príncipe de Rós“, sendo “Rôs” uma transliteração direta do hebraico, que muitos pensam significar “Rússia”, neste contexto da profecia de Ezequiel. As versões de Almeida “Atualizada” e “Corrigida”, empregam a expressão “príncipe e chefe “.

2.2. Gogue. O próprio texto bíblico explica que se trata do governante de Meseque e Tubal, da terra de Magogue.

2.3. Magogue. Meseque, Tubal. Regiões primitivas ocupadas pelos citas e tártaros, grandes remos do passado, correspondendo hoje à moderna CEI (Comunidade dos Estados Independentes). Josefo declara que Magogue ocupa a região das citas e tártaros (Josefo, Vol.1.6.1). Meseque converteu-se graficamente em Tubal é o moderno nome de Tobolsk, uma das principais cidades russas.

2.4. Gômer, Togarma (Ez 38.6). Gômer veio a Germânia e modernamente a Alemanha, corresponde a Armênia e Turquia.

2.5. Persas, etíopes. Pute (Ez 38.5). A Pérsia tem o moderno nome Ira. Ela adotou este nome em 1935. Em 1932 ela firmou um acordo com Moscou, que em caso de guerra as forças da Rússia terão permissão de cruzar seu território para atacar a Mesopotâmia. Segundo esta profecia de Ezequiel 38.5, o Irá tornar-se-á comunista ou pró-comunista. A Etiópia moderna é fácil localizar pelo seu outro nome: Abissínia. A Etiópia original ficava na bacia dos rios Tigre e Eufrates (Gn 2.14). Daí seus habitantes emigraram para a África e fundaram o extenso reino da Etiópia, do qual hoje a Abissínia é uma pequena fração. Etiópia é palavra grega; em hebraico é Cuxe ou Cush. Os etíopes originaram muitos povos africanos. Pute é a atual Líbia, vizinha do Egito. A Pute primitiva era uma região muito mais extensa. Esses dois últimos povos (líbios e etíopes) são também mencionados na profecia de Daniel 11.43, pertinente ao assunto em pauta.

VI. MOTIVOS DA INVASÃO DE ISRAEL POR GOGUE

1. As riquezas de Israel. Ez 38.11-12: “E dirás: Subirei contra a terra das aldeias não muradas; virei contra os que estão em repouso, que habitam seguros; todos eles habitam sem muro, e não têm ferrolhos nem portas; 12 A fim de tomar o despojo, e para arrebatar a presa, e tornar a tua mão contra as terras desertas que agora se acham habitadas, e contra o povo que se congregou dentre as nações, o qual adquiriu gado e bens, e habita no meio da terra.

Os motivos da invasão de Israel por Gogue serão principalmente dois: as riquezas de Israel, inclusive as do Mar Morto, e a posição estratégica que Israel ocupa. “Assim diz o Senhor Deus: Esta é Jerusalém; pu-la no meio das nações e terras que estão ao redor dela.” (Ez 5.5).

2. Gogue será derrotado no próprio pais de Israel. Ez 39.4,5: “Nos montes de Israel cairás, tu e todas as tuas tropas, e os povos que estão contigo; e às aves de rapina, de toda espécie, e aos animais do campo, te darei por comida. 5 Sobre a face do campo cairás, porque eu o falei, diz o Senhor DEUS. 6 E enviarei um fogo sobre Magogue e entre os que habitam seguros nas ilhas; e saberão que eu sou o SENHOR. 7 E farei conhecido o meu santo nome no meio do meu povo Israel, e nunca mais deixarei profanar o meu santo nome; e os gentios saberão que eu sou o SENHOR, o Santo em Israel.

3. Será uma sobrenatural intervenção divina (Ez 38.1 9,20). Haverá também rebelião entre as próprias tropas atacantes (Ez 38.2 1). Tremendos flagelos sobrenaturais atingirão em cheio o inimigo (Ez 3 8.22). O morticínio será incalculável (Ez 39.1 2).

Muitos confundem esta guerra de Gogue e seus aliados contra Israel, com a Batalha de Armagedom, de que tratamos noutra Lição. Há muita diferença entre os dois conflitos. O ataque de Gogue contra Israel começará no início da 70ª “semana” de Daniel 9.27, isto é, no início da Grande Tribulação (ou um pouco antes). Já o Armagedom ocorrerá no final da “semana “. Na invasão de Israel por Gogue, apenas um grupo de nações participará; já no Armagedom participarão “todas as nações” (Ap 16.14; 19.19; Jl 3.2; Zc 12.3b; 14.2-4,9).

Na época da invasão de Israel por Gogue, o bloco de dez nações, na área do antigo Império Romano, já está formado, e o Anticristo em evidência, ocultando sua verdadeira identidade e propósito.

A queda total e irrecuperável de Gogue e seus aliados, originará um tremendo vazio e desequilíbrio na liderança do poder político e bélico mundial. O vazio deixado pela queda de Gogue deixará o caminho aberto para o surgimento imediato do Anticristo no cenário mundial, como líder e salvador da crítica situação mundial.

VII. CONVERSÃO EM MASSA DE JUDEUS
Ez 39.7: “E farei conhecido o meu santo nome no meio do meu povo Israel, e nunca mais deixarei profanar o meu santo nome; e os gentios saberão que eu sou o SENHOR, o Santo em Israel.”

Como resultado da intervenção divina salvando miraculosamente Israel, os judeus e as nações da Terra reconhecerão que há um Deus que governa todas as coisas. Ez 39.21,22: “Manifestarei a minha glória entre as nações, e todas as nações verão o meu juízo, que eu tiver executado, e a minha mão, que sobre elas tiver descarregado. Desse dia em diante, os da casa de Israel saberão que eu sou o Senhor seu Deus.”

Isso resultará na conversão de muitos judeus e no derramamento do Espírito Santo.
Além disso, no versículo 29, Deus diz: “Não vou esconder meu rosto deles por mais tempo, porque eu derramei o meu Espírito sobre a casa de Israel”, que é uma descrição da restauração espiritual de Israel a Deus depois de o Anticristo é derrotado que é consistente com o que o resto da Escritura diz sobre esse tempo.

Pr. Elias Ribas
Dr. em Teologia