TEOLOGIA EM FOCO

quarta-feira, 25 de junho de 2014

OS SINAIS DA VINDA DE JESUS



Nos dias atuais, estamos sendo privilegiados por Deus, pois temos acompanhado e certamente participado do cumprimento de diversas profecias, proferidas há séculos e referentes aos “tempos do fim” e “a volta de Jesus” a este mundo. É visível o que Deus tem feito, bem como, a ação do homem e do diabo, transformando em realidade a Palavra Bíblica.

Um dos mais enfáticos ensinamentos do Senhor Jesus foi que Ele um dia retornaria a esta terra e que os Seus fiéis saberiam quando seria.

No versículo 12 do capítulo 22 de Apocalipse: “Eis que cedo venho”. O Senhor nos prometeu que Ele voltaria nos últimos dias, então Ele já retornou? Essa pergunta realmente é muito importante para nós cristãos, então como, exatamente, podemos saber se o Senhor realmente retornou ou não? Encontraremos a resposta aprendendo sobre os sinais da volta de Jesus.

Os sinais relativos à volta de Nosso Senhor Jesus Cristo estão alinhados numa série de profecias, cujo principal objetivo é alertar a Igreja de Cristo a estarem convenientemente preparados para o arrebatamento da Igreja. No sermão profético, faz-nos o Senhor esta advertência: “Igualmente, quando virdes todas essas coisas, sabei que Ele está próximo, às portas.” (Mt 24.33).

Ao todo, podemos apontar mais de trezentos sinais e profecias referentes ao aparecimento iminente de Cristo. Sendo o tema de maior relevância das Sagradas Escrituras, assim devemos considerar os referidos sinais.

Apesar de parecerem sem importância aos olhos dos incrédulos, todos os sinais relativos à vinda de Jesus têm de ser bíblica e teologicamente considerados. 

I. O QUE É O FIM DOS TEMPOS 

“Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?” (Mt 24.3b).

O fim dos tempos refere-se aos eventos que antecedem à segunda vinda de Jesus Cristo a esta terra. A primeira Ele veio como Messias e salvador, mas a segunda vinda Ele virá para arrebatar Sua noiva e recompensar os salvos pela sua fidelidade: “E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra.” (Ap 22.12).

A Igreja sabe que toda a Bíblia é escrita em torno do Senhor Jesus, o verdadeiro Messias e que Seu reinado será instalado no tempo do fim. Sabemos que Deus revelou aos profetas do Velho Testamento os adventos tanto da primeira quanto da segunda vinda de Jesus Cristo e os finais dos tempos.

Há ainda outras expressões ao longo da Bíblia que também fazem menção a este mesmo período, por exemplo:

O fim - Mateus 24.14 “E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim”.

Últimos tempos – Judas 18 “Os quais vos diziam que nos últimos tempos haveria escarnecedores, que procuram gratificar seus próprios desejos irreverentes, que andariam segundo as suas ímpias concupiscências”.

O tempo do fim - Daniel 12.9 “E ele disse: Vai, Daniel, porque estas palavras estão fechadas e seladas até o tempo do fim”.

Última hora – 1ª João 2.18 “Filhinhos, é já a última hora, o fim desta era; e, como ouvistes que vem o anticristo, aquele que se oporá a Cristo disfarçando-se de Cristo, também agora muitos se têm feito anticristos, por onde conhecemos que é já a última hora (o fim)”.

Há ainda, inúmeras outras referências dentro da Palavra de Deus acerca deste mesmo período.

A última hora mencionada por João é todo o período entre a primeira vinda de Cristo e o seu retorno. O prefixo “anti” aqui significa “oposto” a Cristo.

Os anticristos são mencionados por João como um anúncio da chegada do Anticristo. Os anticristos que o precedem são todos aqueles que se opõem à verdade, pregando o contrário de Cristo, distorcendo Suas palavras, mesmo estando no meio dos que se dizem cristãos. Todo aquele que prega heresias é um anticristo (2.19; 2ª Jo 7).

Há ainda, inúmeras outras referências dentro da Palavra de Deus acerca deste mesmo período. Só a carta de João denota aqueles que simulam e se opõe a Cristo (cf. 2ª Ts 2). 

II. O SERMÃO PROFÉTICO 

Jesus continuou a última semana do Seu ministério em Jerusalém ensinando Seus apóstolos sobre os eventos futuros. Seu discurso é conhecido como o sermão profético no monte das Oliveiras, chamado assim porque era lá que Cristo se sentava para ensinar (Mt 24.3).

O Sermão Escatológico de Jesus também é conhecido como O Sermão do Monte das Oliveiras, devido ao local em que foi proferido. Esse sermão pode ser encontrado nos Evangelhos de Mateus (cap. 24), Marcos (cap. 13) e Lucas (cap. 21 e algumas referências no capítulo 17).

Para muitos estudiosos o Sermão Escatológico de Jesus, principalmente o relato do Evangelho de Marcos, é como um “Pequeno Apocalipse”. A verdade é que qualquer estudo escatológico que seja coerente com as Escrituras, obrigatoriamente, precisa considerar o Sermão Escatológico de Jesus. De forma resumida vamos analisar esse importante sermão de Cristo.

O discurso pronunciado no Jardim das Oliveiras aconteceu na terça-feira depois que se acabaram as controvérsias com os líderes judeus nos átrios do templo. 

III. DISCURSO DE DESPEDIDA DE JESUS 

1. Um discurso de despedida. Foi proferido, portanto, no seu tempo de paixão. 

2. Cristo despede-se, porque vai em direção ao Seu calvário, ao Seu martírio e à Sua morte. Não fala somente de Sua crucificação, mas do fim, da finalidade de toda a humanidade, quando acontecer a sua segunda vinda. 

3. O nascimento, a morte, a ressurreição, a ascensão e pentecoste fazem parte da primeira vinda de Cristo. A segunda está por vir, os seja, Ele vai voltar! “Eis que cedo venho” (Ap 22.12). O Senhor nos prometeu que Ele voltaria nos últimos dias, então Ele já retornou? Essa pergunta realmente é muito importante para nós cristãos, então como, exatamente, podemos saber se o Senhor realmente retornou ou não? Encontraremos a resposta aprendendo sobre os sinais da volta de Jesus. 

IV. A DESTRUIÇÃO DE JERUSALÉM E DO TEMPLO 

Mateus 24.1-3 “E, quando Jesus ia saindo do templo, aproximaram-se dele os seus discípulos para lhe mostrarem a estrutura do templo. 2- Jesus, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derrubada. 3- E, estando assentado no Monte das Oliveiras, chegaram-se a ele os seus discípulos em particular, dizendo: Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?”

Embora em alguns versículos existam profecias que se referem a dois períodos, podemos fazer um esboço do Sermão Escatológico de Jesus em Mateus 24 da seguinte forma: 

1. O discurso acontece fora do templo. “E, quando Jesus ia saindo do templo...”. O texto registrado em Mateus, ocorre fora do templo, no Monte das Oliveiras, segundo o comentário de Hendriksen, no fim da terça-feira da semana em que o Cordeiro Pascal seria imolado. Os discípulos mostram para Jesus, enquanto este se afastava do templo, a beleza monumental do Santuário. 

2. As perguntas dos discípulos Vs. 1-2. “E, saindo ele do templo, disse-lhe um dos seus discípulos: Mestre, olha que pedras, e que edifícios! 2- E, respondendo Jesus, disse-lhe: Vês estes grandes edifícios? Não ficará pedra sobre pedra que não seja derrubada.”

Os discípulos não pedem sinais para a destruição de Jerusalém por exemplo, eles pedem sinais para Sua volta e para o fim dos tempos. Deste modo poderíamos colocar todos os sinais como resposta a essas duas questões sem grandes problemas com o texto, pois foi essa a pergunta e poderia bem ser esta a resposta. Também possível a existência nesse texto de profecias de duplo cumprimento, um cumprimento “típico” apontando para o cumprimento final, isso é bem característico no verso 15, onde o abominável da desolação pode muito bem ser identificado anteriormente como Antíoco IV, e agora novamente poderá ser identificado como Tito e o poderá futuramente ser identificado no próprio anticristo, que seria o cumprimento último da profecia, para onde os “tipos” apontavam. 

3. A reforma do de templo de Jerusalém. Este era o templo que Herodes o Grande iniciou sua restauração desde 20 a.C. Este Herodes não era o mesmo dos dias da crucificação de Cristo (ano 30). O primeiro foi o responsável pela matança dos inocentes em Belém, o segundo, seu filho Herodes, Antipas, participou de seu julgamento.

Este templo não era tão grande e glorioso quanto o de Salomão, mas com muito ouro, prata, mármore. Herodes, o Grande, era idumeu, e não havia comprovação genealógica de que descendesse dos judeus, então, para ser agradável aos judeus, tomou algumas medidas populares como a construção do templo, porque isto trazia ganhos políticos. 

3.1. Herodes não poupou recursos. O muro que cercava o templo era de enormes pedras brancas que pesavam uma tonelada. Os viajantes viam de longe a beleza do templo.

A empolgação dos discípulos com as pedras e os edifícios do templo era uma reação natural diante de sua arquitetura esplêndida e majestosa; cada uma de suas pedras pesava toneladas. As descrições de Josefo (Antiguidades judaicas) expressam sua magnificência. Não havia nada como ele em todo o mundo. Belíssimas pedras de mármore branco com ornamentação de ouro compunham a estrutura de mais de 30 m de altura que começou a ser construída por Herodes em 20 a.C. e foi completada por seu descendente em 66 d.C. 

4. Jesus profetiza a destruição do templo. “...não ficará pedra sobre pedra...” Quando Jesus disse que não ficará pedra sobre pedra que não seja derribada, isso certamente chamou muito a atenção. Porém, essa profecia se cumpriu em 70 d.C., quando o general romano Tito saqueou a cidade. Até hoje existe em Roma o Arco de Tito, erguido pelos romanos para comemorar esse evento, onde é retratado em ilustrações o templo sendo saqueado. Bíblia de Genebra.

Jesus usou a forte construção negativa dupla dos gregos duas vezes neste versículo a fim de negar que ficaria pedra sobre pedra. Era positivamente certo que o Templo seria completamente destruído, um fato confirmado pela história quando em 70 d.C. O Templo e a cidade foram deixados em ruínas, sob o comando de Tito.

Os discípulos na certa não queriam acreditar que o Templo de Deus seria destruído e arrasado outra vez eles estavam impressionados com a arquitetura do templo e sua grandeza, mas Jesus não está nem um pouco impressionado com sua imponência e profetiza sua destruição em termos fortes (Mc 13.2). 

5. Como seria destruída Jerusalém e o templo? No ano de 64 d.C, os judeus se rebelaram contra a autoridade romana por causa dos altos impostos cobrados, quatro legiões foram levadas pelo imperador Tito para sufocar a revolta.

No ano 70, seis anos depois de sua reforma, o templo foi destruído por uma rebelião de soldados romanos que se revoltaram contra os judeus que não assimilaram a fé que defendiam.

Mesmo dividindo o sermão da forma apresentada acima, existem referências à destruição de Jerusalém e do Templo em outras seções, principalmente em profecias de duplo cumprimento, ou seja, Jesus também usa a destruição de Jerusalém para tipificar os momentos associados à Sua Segunda Vinda. De forma resumida podemos pontuar esse evento da seguinte forma: 

5.1. Jerusalém seria sitiada. Esse cenário era bastante improvável para qualquer habitante da época por que se tratava de um momento de grande paz com o Império Romana garantindo a tranquilidade. 

5.2. Jerusalém seria destruída. A cidade seria queimada e sua população dizimada. Esse evento seria o juízo de Deus sobre aquela geração. Após pouco mais de três anos de cerco, o exército romano invadiu Jerusalém e à destruíram. Estima-se que mais de 600 mil judeus foram massacrados. 

5.3. O Templo seria destruído. Herodes havia começado a reconstruir o templo, e nessa época ele estava em fase de acabamento, com abundância de ouro, mármore e madeiras finas entalhadas. Era uma construção realmente imponente (vers. 1), mas Jesus afirma: “Não ficará pedra sobre pedra”. No ano 153 a.C. o templo já tinha sido profanado com Antíoco IV Epifânio, porém nesta profecia de Jesus, o templo seria profanado e destruído. 

5.4. Dispersão. Os sobreviventes desse momento terrível seriam espalhados pelo mundo todo e ficariam dispersos. 

V. O PRINCÍPIO DAS DORES

1. A preocupação dos discípulos era com o fim. “E já está próximo o fim de todas as coisas; portanto sede sóbrios e vigiai em oração.” (1ª Pe 4.7).

A frase “o fim de todas as coisas” se referiria naturalmente ao fim do mundo; a dissolução dos assuntos humanos.

Nós só estaremos preparados para o fim se mantivermos uma relação íntima com Deus, sendo sóbrios e vigiando em oração; e também se tivermos o que a versão ARA chama de um amor intenso uns para com outros (v. 8, que é explicado nos v. 9,10).

Jesus pode vir trazendo consigo Seu juízo a qualquer momento. Por essa razão, todos precisam estar preparados para dar conta do que fizeram em sua vida. Sóbrios. Os cristãos devem controlar seus desejos pecaminosos porque não tarda a volta do Senhor.

Vigiai. Pedro exorta seus leitores para que sejam prudentes e estejam empenhados em buscar a Deus em oração. 

2. O princípio das dores é o tempo em que estamos vivendo. “E, assentando-se ele no Monte das Oliveiras, defronte do templo, Pedro, e Tiago, e João e André lhe perguntaram em particular: Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá quando todas elas estiverem para se cumprir.” (Mc 13.3,4).

“...quando serão estas coisas...” A pergunta dos discípulos tem em vista a destruição do templo. A resposta de Jesus parece incluir tanto este evento específico como o tempo que conduz à vinda do Filho do Homem (v. 26; cf. Mt 24.3). Os eventos em torno da destruição do templo parecem anteceder e tipificar aqueles momentos associados à segunda vinda. [Bíblia de Genebra].

“... que sinal haverá...” Jesus deixa claro que perturbações como guerras, rumores de guerra e desastres, são os “sinais” ou indicadores do tempo em que Ele retornará. Eles não nos dizem quando Ele voltará, mas que Ele voltará. [Andrews Study Bible].

“... cuidado... vigiem...”

V. 5 “E Jesus, respondendo-lhes, começou a dizer: Olhai que ninguém vos engane.”

“... Olhai...” Vigiai! Esteja alerta! Esteja de guarda! O maior foco deste capítulo. Existe o perigo da decepção e o perigo da complacência. [Andrews Study Bible].


Pr. Elias Ribas
Assembleia de Deus
Blumenau SC





quarta-feira, 18 de junho de 2014

ESCATOLOGIA BÍBLICA

DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS

 Ao contrário do que muita gente pensa, a Doutrina das Últimas Coisas não constitui um emaranhado de enigmas ou um quebra-cabeças. Ele é um conjunto de verdades cristalinas e bem estabelecidas a respeito do que Deus está para fazer nestes últimos dias.

 I.  O QUE É A DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS

Afirmou o apóstolo Paulo: “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens” (1ª Co 15.19). Mas como esperamos em Cristo também na outra vida, não podemos ignorar o plano de Deus para o final dos tempos? Daí a necessidade e a urgência de compreender a “Doutrina das Últimas Coisas”.

1.       Definição do termo.

Doutrina das últimas coisas é o estudo dos eventos que estão para acontecer segundo as Escrituras. Estes eventos fazem parte do plano divino e eterno através dos séculos, conforme Ef 3.11 e Is 46.11.

A doutrina das últimas coisas, por conseguinte, são as verdades da Bíblia Sagrada referente aos últimos dias da história da humanidade. Em Teologia Sistemática recebe o nome de Escatologia, em grego significa literalmente, “Estudo das últimas Coisas”.

Escatologia – O termo escatologia deriva-se de dois vocábulos gregos:
“Eskatos” = último.
“Logia” = estudo ou tratado – significa estudo das últimas coisas, doutrinas futuras.

Jesus ensinou muito sobre este assunto nos Seus Evangelhos, e para o profeta João quando revelou o Apocalipse, temos também referências nos livros dos profetas.

A escatologia é o ponto alto do estudo teológico. A teologia só pode ser completa quando apresenta uma doutrina escatológica com uma interpretação fiel e harmônica.

Na escatologia vemos Deus revelando aos homens algo sobre os tempos e estações que estabeleceram pelo Seu próprio poder (At 1.7). Para os salvos, estão reservadas maravilhosas e surpreendentes coisas dentro de um futuro breve. Para os pecadores, que não se arrependerem, o futuro será dramático, triste e lamentável.

2.      No Antigo Testamento.
A escatologia do Antigo Testamento tem como pilares os seguintes pontos:
A. A salvação e a restauração completa do remanescente fiel do povo judeu (Ez 36.17-38; Sf 3.13).
B. O aparecimento glorioso e visível do Messias, que levará Israel à conversão nacional (Zc 12.10).
C. O Dia do Senhor e o julgamento (Is 12.2; 13.9; Ob 1.15).
D. O estabelecimento do Reino de Deus na terra (Is 11.1-16).
E. A ressurreição e o Juízo final (Dn 12.2).
F. O aparecimento do novo céu e da nova terra (Is 65.17).

3.      No Novo Testamento.
A escatologia do Novo Testamento trata, basicamente, dos seguintes assuntos:
A. O arrebatamento da Igreja (1ª Ts 4.13-17).
B. O aparecimento do Anticristo (2ª Ts 2.1-12).
C. A grande tribulação (Mt 24.15-28).
D. O reino milenar de Cristo (Ap 20.1-6).
E. O julgamento final (Ap 20.11-15).
F. A inauguração do perfeito estado eterno, tendo a Nova Jerusalém Celeste (Ap 21.1-27).

II.  O OBJETIVO DA DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS

A Doutrina das últimas coisas tem o seguinte objetivo:
1.      Mostrar o que está prestes a acontecer (Ap 22.6).
2.      Preparar o crente para encontrar-se com Deus (1ª Jo 3.3).
3.      Tranquilizar o povo de Deus para os últimos acontecimentos (Jo 14.1-2).
4.      Alertar a todos que o Noivo está chegando (Ap 22.17-20).


A fim de estudarmos com proveito a doutrina das últimas coisas, observemos alguns procedimentos importantíssimos.
1.        Reconhecer primeiro a Bíblia.
2.        Orar com profunda reverência.
3.        Evitar especulações e vãs sutilezas da falsa hermenêutica.
4.        Esperar com alegria a manifestação do Senhor da glória.


1.       Falta de afinidade com o Espírito Santo.
Isso traz confusão espiritual (1ª Co 2.10-14).
2.       Falsa aplicação do texto bíblico nos seus variados aspectos.
A. Quanto ao povo (Mt 24.14). Judeu, gentio e igreja.
B. Quanto ao tempo (Mt 24.3). Escatológico.
C. Quanto ao lugar (At 2.17-20; Mt 24.29). Só Israel.
D. Quanto ao sentido do texto (Ez 37). Com o povo de Israel.
E. Quanto à mensagem do Texto (Jo 3.5).
F. Quanto à procedência da mensagem existem três fontes: de Deus, do homem e do Diabo.

A Bíblia diz “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2ª Tm 2.15).

Manejar: é o mesmo que aplicar corretamente o texto bíblico quanto aos elementos acima. É um dever de todo o obreiro do Senhor “saber manejar a Palavra da verdade”.

Não podemos , de forma alguma, ser omissos ou corromper a sã doutrina.

3. Conhecimento bíblico desordenado:

Há crentes portadores de um admirável conhecimento bíblico, porém, de forma solta e desordenada, sem examinar a hermenêutica bíblica.

4.  Conhecimento que é apenas especulação do raciocínio humano (1ª Co 2.14).

Neste tipo de conhecimento que muitos crentes têm não há qualquer intenção de consagração ao Senhor, e muito menos humildade e obediência a Sua vontade. 

A DIVISÃO DA HUMANIDADE

 Como se há de entender a Igreja a respeito do Novo Testamento e o Antigo Testamento? Como se poderá entender a natureza e Missão da Igreja entre as nações gentílicas se não estudarmos o que é a verdadeira Igreja e o que é o mundo, segundo a Bíblia?

Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gentios, nem a igreja de Deus” (1ª Co 10.32).

Para estudarmos escatologia é necessário aprendermos a divisão da humanidade em três grupos, conforme o texto acima:

A.  Os Judeus: São os descendentes de Abrão, Isaque e Jacó, Is 51.2; Jo 8.39. Também são chamados de hebreus, israelitas, filhos de Israel e naturalmente de Israel.

B.  Os Gentios: São todos  aqueles que não são Judeus.
C.  A Igreja de Cristo: São todos os judeus e gentios convertidos a Cristo.

I. CONTRASTE ENTRE ISRAEL E A IGREJA
1)     Escolha de Deus.
A.   Deus escolheu Israel para a sua glória na terra (Gn 15.7; Êx 32.13; Js 11.23).
B.   Deus escolheu a Igreja para Sua glória no céu (Ef 2.4-7).

2.   Escolha.
A.  Israel foi escolhida através do chamado de Abrão (Gn 12.1-3).
B.  A Igreja foi escolhida antes da fundação do mundo (Ef 1.4).

3. Propósito de Deus.
A.    Fazer de Israel uma nação diferente de todas (Gn 12.2; 46.3).
B.     Fazer da Igreja um corpo diferente de todos (Ef 1.15-23; 2ª Co 11.2).

II.  O CHAMADO
·   Deus chamou uma pessoa para dela formar uma nação (Is 51.2).
·   A Igreja chamada entre muitas para se tornar um só corpo (Ef 2.11-26).

1.       Encontro com Cristo.
A.    Os Judeus serão chamados de volta à sua pátria (Jr 33.7-9).
B.     A Igreja será chamada aos céus (1ª Ts 4.13-15).
2.      Relação com Cristo.

A.    Cristo será Rei de Israel (Zc 14-17).
B.     Cristo é a cabeça do corpo, e Noivo da Igreja (Ef 1.22; 4.15).

3.      Herança.
A.    A herança de Israel é a terra (Gn 12.7).
B.     A herança da Igreja é o céu (Ef 1.3).

O propósito de Deus com Israel é um e com a Igreja é outro, totalmente diferente.


Com esta pequena introdução às formas de interpretação das Escrituras Sagradas, seguidas de alguns exemplos para demonstrar a forma utilizada para interpretar este estudo, guiado e inspirado pelo Espírito Santo, empenhemos ao máximo para esclarecer de forma fidedigna este assunto.

Pr. Elias Ribas