TEOLOGIA EM FOCO

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

JESUS VEIO PARA POR FIM Á LEI DE MOISÉS?

QUESTÃO – Jesus disse muito explicitamente: “Não penseis que vim revogar a Lei e os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.” Entretanto, certa ocasião Jesus aprovou seus discípulos quando eles quebraram a lei dos judeus quanto ao trabalho no sábado (Mc 2.24), e o próprio Jesus aparentemente aboliu a lei cerimonial ao considerar puros todos os alimentos (Mc 7.19).
Os discípulos de Jesus rejeitaram claramente muito do que era da lei do AT, inclusive a circuncisão (At 15; Gl 5.6; 6.15). De fato, Paulo declarou: “Não estais debaixo da lei e sim da graça” (Rm 6.14), e afirmou, também, que os Dez Mandamentos, gravados em pedra, tinham sido removidos em Cristo (2 Co 3.7,14).
SOLUÇÃO – Na questão quanto se a Lei de Moisés foi abolida por Cristo, a confusão se estabelece por se deixar de fazer distinção entre várias coisas.
Em primeiro lugar, há a confusão do tempo. Durante sua vida terrena, Jesus sempre guardou pessoalmente a Lei de Moisés, inclusive oferecendo sacrifícios aos sacerdotes judeus (Mt 8.4), participando das festas judias (Jo 7.10) e comendo o cordeiro pascal (Mt 26.19). De vez em quando ele violava as tradições falsas dos fariseus, que tinham sido levantadas em torno da Lei (cf. Mt 5.43-44), repreendendo-os: “Invalidastes a Palavra de Deus, por causa da vossa tradição (Mt 15.6). Os versículos que indicam que a Lei foi cumprida referem-se à situação depois da cruz, quando não há “nem judeu nem grego… porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gl 3.28).
Em segundo lugar, há uma confusão quanto a certos aspectos. Pelo menos algumas das referências (se não todas) à Lei, a respeito de elas terem sido abolidas no NT, referem-se a cerimônias e tipos do AT. Esses aspectos cerimoniais e tipológicos da Lei de Moisés foram de forma clara abolidos quando Jesus, o nosso cordeiro pascal (1 Co 5.7), cumpriu os tipos e predições da Lei quando à sua primeira vinda (cf. Hb 7-10). Nesse sentido, Jesus claramente aboliu os aspectos cerimoniais e tipológicos da Lei, não destruindo-a, mas cumprindo-a.
Finalmente, há uma confusão quanto a contexto, mesmo quando as dimensões morais da Lei são discutidas. Jesus, por exemplo, não apenas cumpriu as exigências morais da Lei (Rm 8.2-3), mas também o contexto nacional e teocrático no qual os princípios morais de Deus foram expressos no AT não mais se aplica aos cristãos nos dias de hoje. Por exemplo, não estamos debaixo dos mandamentos como Moisés os expressou para o povo de Israel, porque, ao serem expressos ao povo nos Dez Mandamentos, eles traziam a recompensa de que os judeus viveriam uma longa vida “na terra [da Palestina] que o Senhor, teu Deus, te dá [aos israelitas] (Êx 20.12). Quando o princípio moral contido nesse mandamento do AT é estabelecido no NT, ele se expressa num contexto diferente, a saber, num contexto que não é nacional nem teocrático, mas pessoal e universal.
Para todas as pessoas que honram seus pais, Paulo declara que eles terão “longa vida sobre a terra” (Ef 6.3). De igual forma, os cristãos não mais estão debaixo dos mandamentos de Moisés para cultuarem no sábado (Êx 20.8-11), já que, depois da ressurreição, das aparições, e da ascensão (as quais ocorreram todas no domingo), os cristãos cultuam no domingo em vez de no sábado (veja At 20.7; 1 Co 16.2).
O culto do Shabbath, declarou Paulo, era no AT apenas uma “sombra” da realidade nova que foi inaugurada por Cristo (Cl 2.16-17). Já que até mesmo os Dez Mandamentos, como tais, foram expressos dentro de um contexto nacional, judeu, teocrático, então o NT pode falar corretamente que o que estava “gravado em pedras” foi, “em Cristo, removido” (2 Co 3.7, 13-14).
Entretanto, isso não significa que os princípios morais contidos nos Dez Mandamentos, que refletem a verdadeira natureza de um Deus imutável, não são mais pertinentes aos crentes nos dias de hoje. De fato, cada um dos princípios contidos nos Dez Mandamentos é restabelecido num outro contexto no NT, exceto, é claro, o mandamento para descansar e cultuar no sábado.
Os cristãos hoje não mais se acham debaixo dos Dez Mandamentos tais como foram dados por Moisés, da mesma forma como não estamos debaixo dos requisitos da Lei Mosaica de sermos circuncidados (veja At 15; Gl 3) ou de levarmos um cordeiro ao templo em Jerusalém para ser sacrificado. O fato de estarmos presos a leis morais semelhantes contra o adultério, contra a mentira, contra o roubo e contra o assassinato não prova que ainda estamos debaixo dos Dez Mandamentos, assim como de fato de haver leis de trânsito semelhantes nos diversos estados de um país não implica que um infrator da lei no estado “A” esteja sujeito à lei do estado “B”.
A verdade é que aquele que violou uma lei no estado “A” não violou lei alguma no estado “B”, nem muito menos está sujeito às penalidades impostas neste estado. Da mesma maneira, embora o AT como o NT se pronunciem contra o adultério, a punição no entanto é diferente – a pena capital no AT (Lv 20.10) e somente excomunhão da igreja no NT (1 Co 5.1-13), com a esperança de uma reintegração mediante o arrependimento (cf. 2 Co 2.6-8).
Fonte: Manual Popular de Enigmas e “Contradições” da Bíblia – Norman Geisler e Thomas Howe. Editora Mundo Cristão, 1992, pg. 338-339.  Transcrição: Pr. Airton Evangelista da Costa

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

7 MARCAS DE UM FALSO MESTRE


Por Por Tim Challies


Nada enriquece mais o inferno do que falsos mestres. Ninguém tem maior alegria em atrair as pessoas para longe da verdade, levando-as ao erro. Falsos mestres tem estado presentes em todas as eras da história humana; eles tem sempre sido uma praga e sempre estiveram no ramo da falsificação da verdade. Enquanto suas circunstâncias podem mudar, seus métodos permanecem constantes. Aqui estão sete marcas dos falsos mestres.

1 - Falsos mestres são bajuladores dos homens. O que eles ensinam é para agradar mais aos ouvidos do que beneficiar o coração. Eles fazem cócegas nos ouvidos de seus seguidores com lisonjas e, enquanto isso, tratam coisas santas com esperteza e negligência ao invés de reverência e temor. Isso contrasta bruscamente com um verdadeiro mestre da Palavra que sabe que é responsável perante Deus e que, por isso, anseia mais agradar a Deus do que aos homens. Como Paulo diria, “pelo contrário, visto que fomos aprovados por Deus, a ponto de nos confiar ele o evangelho, assim falamos, não para que agrademos a homens, e sim a Deus, que prova o nosso coração” (1 Tessalonicenses 2.4).

2 - Falsos mestres guardam suas críticas mais severas aos servos mais fiéis de Deus. Falsos mestres criticam aqueles que ensinam a verdade e guardam suas críticas mais acentuadas para aqueles que se apoiam com firmeza no que é verdadeiro. Nós vemos isso em muitos lugares na Bíblia, como quando Corá e seus amigos se levantaram contra Moisés e Arão (Números 16.3) e quando o ministério de Paulo estava ameaçado e minado pelos críticos que diziam que, enquanto suas palavras eram fortes, ele mesmo era fraco e sem importância (2 Coríntios 10.10). Vemos isso mais notavelmente nos ataques viciosos das autoridades religiosas contra Jesus. Falsos mestres continuam a repreender e menosprezar servos fiéis de Deus hoje. Entretanto, como Agostinho declarou, “Aquele que prontamente calunia meu bom nome, prontamente aumenta a meu galardão”.

3 - Falsos mestres ensinam sua própria sabedoria e visão. Isso certamente era verdade nos dias de Jeremias quando Deus disse “Os profetas profetizam mentiras em meu nome, nunca os enviei, nem lhes dei ordem, nem lhes falei; visão falsa, adivinhação, vaidade e o engano do seu íntimo são o que eles vos profetizam” (Jeremias 14.14). E, hoje também, falsos mestres ensinam a loucura dos meros homens ao invés de ensinarem a mais profunda e rica sabedoria de Deus. Paulo sabia: “pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos” (2 Timóteo 4.3).

4 - Falsos mestres deixam passar o que é de suma importância e, ao contrário, se focam nos pequenos detalhes.Jesus diagnosticou essa tendência nos falsos mestres de seu tempo, advertindo-os, “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!” (Mateus 23.23). Falsos mestres colocam uma grande ênfase na sua aderência aos pequenos comandos mesmo quando ignoram os grandes. Paulo advertiu Timóteo daquele que “é enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e contendas de palavras, de que nascem inveja, provocação, difamações, suspeitas malignas, altercações sem fim, por homens cuja mente é pervertida e privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro” (1 Timóteo 6.4-5).

5 - Falsos mestres obscurecem sua falsa doutrina por trás de um discurso eloquente e do que parece ser uma lógica impressionante. Assim como uma prostituta se pinta e se perfuma para parecer mais atraente e sedutora, o falso mestre esconde sua blasfêmia e doutrina perigosa atrás de argumentos poderosos e de um uso eloquente da linguagem. Ele oferece aos seus ouvintes o equivalente espiritual a uma pílula venenosa revestida de ouro; embora possa parecer bonita e valiosa, permanece sendo mortal.

6 - Falsos mestres estão mais preocupados em ganhar os outros para a sua opinião do que em ajudá-los e melhorá-los. Esse é outro diagnóstico de Jesus quando ele refletiu sobre as normas religiosas dos seus dias. “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque rodeais o mar e a terra para fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornais filho do inferno duas vezes mais do que vós!” (Mateus 23.15). Falsos mestres não estão em última instância no ramo de melhorar vidas e salvar almas, mas no ramo de convencer mentes e ganhar seguidores.

7 - Falsos mestres exploram seus seguidores. Pedro avisa acerca desse perigo, dizendo: “Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles, será infamado o caminho da verdade; também, movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme” (1 Pedro 2.1-3). O falso mestre explora aqueles que o seguem porque eles são gananciosos e desejam as riquezas desse mundo. Sendo essa uma verdade, eles sempre ensinarão princípios que satisfazem a carne. Falsos mestres estão preocupados com os bens deles, não com o seu bem; querem servir a si mesmos mais do que aos perdidos; estão satisfeitos em Satanás ter a sua alma contanto que eles possam ter as suas coisas.

Traduzido por Kimberly Anastacio
Via: Ministério Batista Bereia

terça-feira, 13 de agosto de 2013

ESPIRITISMO


I.     HISTÓRICO

O espiritismo é, sem dúvida, o mais antigo engano religioso já surgido. Porém, sua forma moderna como hoje é conhecido, o seu surgimento se deve a duas jovens “Margaret e Kate Fox” de Hydeville, Estado de Nova York, em 1847.

Na França a figura principal dos espiritistas é Alan Kardec. Leon Hippolyte Rivail, nascido em Lion em 1804, filho de um advogado, tomou o pseudônino de Alan Kardec por acreditar ser ele a reencarnação de um poeta celta com esse nome. Disse ele ter recebido a missão de pregar uma nova religião o que começou a fazer em 30 de abril de 1856. Publicou o “Livro dos Espíritos” que ajudou muito na propagação do espiritismo, e também foi o fundador da revista espírita.

Homem dotado de inteligência e inigualável sagacidade, dotado de características físicas mentais de grande resistência, Allan Kardec, foi o apóstolo das novas idéias que haveriam de influir na organização do Espiritismo.

II.   A DIVISÃO DO ESPIRITISMO

Embora consideramos o Espiritismo igual em toda a sua maneira de ser, os próprios espíritas preferem admitir diferentes formas de Espiritismo. Assim, sendo para efeito de estudo, vamos dividir o Espiritismo da seguinte maneira:

1.   Espiritismo Comum.
a)      Quiromancia (Adivinhação pelo exame das linhas da mão)
b)      Cartomancia (adivinhação pela decifração de cartas de jogar);
c)      Grafologia (análise da escrita da pessoa);
d)     Hidromancia (tentativa de adivinhar por meio da água);
e)      Astrologia (previsão do futuro através da análise da posição dos astros no firmamento)

2.   Baixo espiritismo.
a)      Vodú (culto dos negros antilhanos e que se valem do ritual católico)
b)      Candomblé (religião dos negros iorubá, na Bahia);
c)      Umbanda (cultos afro-brasileiros)
d)     Quimbanda (ritual de macumba que se confunde com umbanda)
e)      Macumba (derivado do Candomblé com elementos de várias religiões indígenas, africanas e do catolicismo).

3.   Espiritismo científico.
a)        Ecletismo (sistema filosófico que não segue sistema algum, e que escolhe de cada parte aquela que lhe parece mais próxima da verdade)Z
b)        Esoterismo (atitude de espírito que preconiza que o ensinamento da vedasse deve reservar-se a um número restrito de iniciados);
c)      Teosofismo (conjunto de doutrinas religiosas-filosóficas iniciadas por Helena Petrovna, fanática adepta do Budismo e do Lamaísmo).

4.   Espiritismo Kardecista.
O espiritismo Kardecista é a classe de espiritismo usada no Brasil, e tem como principais teses, entre muitas outras, as seguintes:
b)   Possibilidade de comunicação com espíritos desencarnados.
c)   Crença na reencarnação.
d)   Crença de que ninguém pode impedir o homem de sofrer as conseqüências dos seus atos.
e)   A Crença na pluralidade dos mundos habitados.
f)   A caridade como virtude única, aplicada tanto aos vivos como aos mortos.
g)   Deus, embora exista, é um ser impessoal habitando um mundo longínquo.
h)   Mais perto dos homens estão os espíritos “Guias”.
i)    Jesus foi um médium e reformador judeu, nada mais que isto.

É preciso entender, que embora possuem linha de pensamentos e vínculos parecidos, suas formas, práticas e ritos são diferenciados. Mas atrás deste pensamento Espírita, está “um mentor” que age de muitas formas para atrair os incautos na sua sagacidade. E este “mentor se chama a “antiga serpente”. “E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos” (Ap 12.9).

III.  A VISÃO ESPÍRITA


Allan Kardec arroga ao espiritismo a condição de ser a terceira revelação que veio completar a revelação inicial dada a Moisés, com o Antigo Testamento, depois por meio de Jesus Cristo, com o Novo Testamento. Para Kardec, o espiritismo é a terceira revelação da lei de Deus, mas não tem a personificação, ou seja, não tem nenhuma individualidade, porque é fruto do ensino dado, não por um homem, mas pela consumação dos espíritos, que são vozes do céu, em todos os cantos da terra. Acreditam que o espiritismo é a verdadeira doutrina ensinada pó Jesus Cristo.

O espiritismo não é uma religião cristã. Se fosse Jesus desceria lá. São contrários aos ensinos bíblicos e aos ensinos de Jesus. Por isso eles são podem ser considerados cristãos.

Se o espiritismo ensina a mesma doutrina que o cristianismo, é de se esperar que os seus ensinos concordem com as palavras de Jesus Cristo e dos apóstolos. A melhor maneira de verificar esta afirmação é conferir o ensino do espiritismo com a Bíblia. Como Allan Kardec expressou que o espiritismo é uma revelação que procede de Deus, então essa revelação deve confirmar o que fora revelado pelas anteriores.
Para Kardec, a Bíblia não poderia ser considerada a Palavra de Deus, nem uma revelação sobrenatural. Com esta declaração do próprio codificador do espiritismo a respeito da Bíblia, verifica-se que o espiritismo ensina o oposto do cristianismo.

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2ª Tm 3.16-17).

Os espíritas, quando querem se passar cristãos, usam a Bíblia, citando-as como lhes convém para apoiar suas teorias espíritas. A Bíblia, então, não deixa de ser apenas obra de consulta. Para os espíritas, não faz diferença se ela é ou não a Palavra de Deus, desde que possam usá-la como desejam.

É incrível. Ao mesmo tempo em que alegam ser cristão, o espiritismo nega a Palavra de Deus. E a confusão vai mais longe ainda: ora os expositores e defensores do espiritismo apelam para a Bíblia em busca de apoio, ora negam firmemente que ela tenha valor de fé.

O Senhor Jesus e os apóstolos Pedro e Paulo afirmam repetida e veemente a inspiração divina das Escrituras, reconhecendo-as como a Palavra de Deus para a salvação da humanidade, infalível em seu conteúdo.

IV. ENSINAMENTOS SOBRE DEUS

A doutrina espírita sobre Deus é ambígua, ora assumindo aspecto de deísta, ora aspecto de panteísta, ora confundindo-se com o cristianismo.

No livro dos espíritos, Allan Kardec, explica o que é Deus dizendo: “Deus é a inteligência suprema, causa primaria de todas as coisas. Deus é eterno, infinito, imutável, imaterial, único, todo poderoso, soberanamente justo e bom”. Este conceito acerca de Deus e seus atributos, Kardec concorda com o cristianismo. Mas o fato de uma determinada religião ou seita ter pontos em comum com o cristianismo bíblico não é suficiente para que lhe seja conferido o título de cristã.

V.   DOUTRINAS ESPÍRITAS


    1.      A caridade como meio da salvação.
Creem na salvação pelos méritos pessoais. A Bíblia proclama que isso não é possível. Somos salvos pela graça, por causa das misericórdias divinas. “Pois pela graça de Deus vocês são salvos por meio da fé. Isso não vem de vocês, mas é um presente dado por Deus” (Ef 2.8-9). A salvação não é o resultado dos esforços de vocês; portanto, ninguém pode se orgulhar de tê-la” (NTLH); em Tito 3.3-5: “Pois nós também, outrora, éramos néscios, desobedientes, desgarrados, escravos de toda sorte de paixões e prazeres, vivendo em malícia e inveja, odiosos e odiando-nos uns aos outros. Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo,” - RA; em Isaías 41.24: “ Eis que sois menos do que nada, e a vossa obra é menos do que nada; abominação é quem vos escolhe.” - RC; e em Isaías 64.6: “Todos nós nos tornamos impuros, todas as nossas boas ações são como trapos sujos. Somos como folhas secas; e os nossos pecados, como uma ventania, nos carregam para longe” (NTLH) Jesus é o único meio de salvação. Veja em Atos 4.12: “A salvação só pode ser conseguida por meio dele. Pois não há no mundo inteiro nenhum outro que Deus tenha dado aos seres humanos, por meio do qual possamos ser salvos” (NTLH).

2.      Reencarnação.
A reencarnação é a doutrina central do espiritismo. Destruída esta teoria, o Espiritismo não poderá sobreviver.

A palavra reencarnação é formada do prefixo re (repetir) e do verbo encarnar (tomar o corpo). “O sentido etimológico é tornar a tomar o corpo”.

Reencarnação: o espiritismo acredita na transmigração dos espíritos das pessoas que já morreram para outros que vão nascendo, em um ciclo constante de aperfeiçoamento.

Reencarnação segundo a afirmação de Allan Kardec, é um dogma. “A reencarnação fazia parte dos dogmas judaicos sob o nome de ressurreição” (Evangelho segundo o espiritismo – pg. 24). “A reencarnação é a volta da alma, ou espírito, à vida corporal, mas em outro corpo novamente formado para ele, nada tem de comum com o antigo”. (Evangelho segundo o espiritismo – pg. 25).

3.      Carma.
Paralelamente à doutrina da reencarnação, segue-se a doutrina do carma. Allan Kardec explica essa doutrina dizendo que toda a falta cometida, todo o mal praticado, é uma dívida contraída que deverá ser paga pelo próprio homem mediante o arrependimento, expiação (que é o sofrimento) e reparação (que são as boas obras).

Quanto ao arrependimento, a Bíblia afirma que o ladrão na cruz se arrependeu e ouviu Jesus a promessa de que aquele dia estaria com Ele no Paraíso: “E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23.42-43). Nas palavras de Jesus Ele declrara: “Não eram, eu vo-lo afirmo; se, porém, não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis” (Lc 13.3).

4.      Expiação.
De acordo com os ensinos de Kardec, esta vida é uma expiação. Todo o sofrimento que o ser humano passa aqui nesta terra é justo, pois merecemos sofrer, ainda que seja por conta de outras encarnações.

Quando o homem pratica toda a sorte a maldade, causando dano ao seu semelhante, quer seja, furtar, roubar, matar, etc, são intrometos de justiça divina. Assim quando matamos, furtamos, estupramos, ou torturamos o nosso próximo, não fazemos nada de mal. Estamos a penas dando o que merece! Segundo os espíritas, Deus não pode permitir injustiça e nem desigualdade no mundo. Se permite é por merecem. Então, não há mal nenhum em fazer qualquer tipo de maldade para o nosso próximo. O furto é uma boa obra. De acordo com este ensino, quem faz outras pessoas sofrerem está fazendo um bem, e não um mal. E quem sofre o mal cometido por outra pessoa, merecia por conta de sua encarnação anterior.

Logo, pelas suas doutrinas espíritas, podemos e devemos praticar o mal. Quanto pior o mal que praticamos contra o nosso semelhante, maior será o benefício que eles hão de receber.

Pelos ensinos da Bíblia, quando praticamos o mal a uma pessoa, estamos fazendo um inocente sofrer. Mas pela doutrina espírita, a pessoa a quem pratica o mal contra merece todo o sofrimento.

Com respeito a esta doutrina, o espiritismo adotou a seguinte frase: “Fora da caridade não há salvação”.

As boas obras nunca salvam e nunca ajudarão a salvar. Paulo afirma em Efésios 2.8-10: 8 “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas”.

Somos criados para as boas obras, e não pelas boas obras. E é por meio da fé em Cristo. Na carta aos Coríntios Paulo diz: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2ª Co 5.17).

As boas obras devem ser apenas a manifestação externa do amor que temos por Deus.
No evangelho segundo Mateus, a Bíblia relata uma doutrina concernente ao amor. Quando um fariseu intérprete da Lei, para experimentar Jesus, lhe pergunta: Mestre, qual é o grande mandamento na Lei? Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo (Mt 22. 36-39).

A base do evangelho de Cristo é o amor, primeiro lugar a Deus e segundo lugar ao nosso próximo. Devemos amar a Deus acima de tudo e o nosso semelhante como a nós mesmo.

Se Jesus ensinou a amar, então porque os espíritas incentivam a maldade e o ódio contra seu semelhante? Seria esta a verdadeira religião?

Sobre a doutrina do amor vejamos o que Jesus diz?

“Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros” (João 13.34). “O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei” (João 15.12).

Já imaginamos se todos os seres.

O QUE OS ESCRITORES DA BÍBLIA DIZEM SOBRE ENCARNAÇÃO


A Bíblia jamais fez qualquer referência à palavra “reencarnação”, e, tampouco, confunde-a com a palavra “ressurreição”. Segundo o dicionário escolar da língua portuguesa, de Francisco da Silveira Bueno, “reencarnação” é o ato ou efeito de reencarnar, pluralidade de existência com um só espírito; enquanto que a palavra “ressurreição”, no grego, é “anástasis”, ou seja: levantar, erguer, surgir, sair de local ou de uma situação para outra.

Ressurreição do latim, “resurrectio”, que é o ato de ressurgir, voltar à vida, reanimar-se. Biblicamente, entende-se o termo “ressurreição” como o mesmo que ressurgir dos mortos. É a união do espírito e alma com o corpo ressurreto na vinda de Jesus Cristo (1ª Ts 4.16-17).

Quando Kardec define a volta da alma a outro corpo, com isso, difere da palavra ressurreição, que significa a volta da alma e do espírito ao próprio corpo. Ressurreição é uma doutrinabíblica ensinada por Jesus, e os evangelhos apresentam vários exemplos de pessoas ressuscitadas por Cristo, cujo o espírito retornou ao próprio corpo.

“Entretanto, ele, tomando-a pela mão, disse-lhe, em voz alta: Menina, levanta-te! Voltou-lhe o espírito, ela imediatamente se levantou, e ele mandou que lhe dessem de comer” (Lc 8.54-55).

A reencarnação é uma doutrina antibíblica, ensinada pelo hinduísmo, posteriormente, por Kardec, com pequenas diferenças. Enquanto Kardec admite o retorno da alma a outro corpo, que pode ser de sexo diferente, o hinduísmo, ensina o retorno do espírito aos irracionais.

Segundo a reencarnação a graça de Deus que restaura nos salvos a imagem de Deus é inútil, pois faz do homem seu próprio salvador, invalidando a obra redentora de Jesus.

A Bíblia diz que ao homem está ordenado morrer apenas uma vez, vindo depois disso o juízo (Hebreus 9.27): “Cada pessoa tem de morrer uma vez só e depois ser julgada por Deus” (NTLH). O texto não fala em morte indefinida de vezes, mas uma só vez.

E em Lucas 16.30-31: “Mas ele insistiu: Não, pai Abraão; se alguém dentre os mortos for ter com eles, arrepender-se-ão. Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os morto.”. “E disse ele: Vivendo ainda a criança, jejuei e chorei, porque dizia: Quem sabe se o SENHOR se compadecerá de mim, e viva a criança? Porém, agora que é morta, por que jejuaria eu agora? Poderei eu fazê-la mais voltar? Eu irei a ela, porém ela não voltará para mim.” (2º Samuel 12.22-23 RC). Deus criou o homem para morrer uma só vez e depois o julgamento.

È evidente que a teoria ensinada por Alann Kardec não pode prevalecer, pois se baseia em conceitos de homens e não na Bíblia Sagrada que declara a ressurreição dos mortos.

Em toda a Bíblia são encontrados oito casos de ressurreição, sendo sete casos de restauração de vidas (isto é, ressurreição para tornar a morrer), e um de ressurreição no sentido pleno, final, o de Jesus. Esse foi diferente, porque foi uma ressurreição para nunca mais morrer, não somente pelo fato dEle ser Jesus o Filho de Deus, mas porque ao ressurgir Ele tornou-se o primeiro da real ressurreição (1ª Co 15.20-23).

Vamos citar apenas dois casos de pessoas que foram levantados dentre os mortos após quatro dias e três dias de sepultura: Lazaro e Jesus.

 COMUNICAÇÃO COM OS ESPÍRITOS DOS MORTOS

1. Invocação dos mortos. Reencarnação e invocação de mortos são as duas doutrinas centrais do espiritismo e de toda fraude espírita. Se ambas puderem serem removidas, o espiritismo ruirá irremediavelmente.

Aos hebreus que saíram do Egito e se aproximavam de Canaã, por intermédio de Moisés, disse o Senhor Deus:

“Quando entrares na terra que o SENHOR, teu Deus, te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos. Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR, teu Deus, os lança de diante de ti. Perfeito serás para com o SENHOR, teu Deus. Porque estas nações que hás de possuir ouvem os prognosticadores e os adivinhadores; porém a ti o SENHOR, teu Deus, não permitiu tal coisa” (Dt 18.9-14).

Com base nestas palavras de Moisés, no seu livro O Céu e o Inferno, aduz Allan Kardec: “... Moisés devia, pois, por política, inspirar nos hebreus aversão a todos os costumes que pudessem ter semelhança e pontos de contato com o inimigo”.

2. Deus Condena a Invocação de Mortos. Alegar que Moisés se opunha aos costumes pagãos dos cananeus, simplesmente por razões políticas, como afirma Allan Kardec, é demonstração de ignorância quanto às Escrituras Sagradas.

A proibição divina de se consultar os mortos não prova que havia comunicação com eles. Prova apenas que havia consulta aos mortos, o que não significa comunicação real com eles. Era apenas uma tentativa de comunicação. Na prática de tais consultas aos mortos, sempre houve embuste, mistificação, mentira, farsa e manifestação de demônios. É o que acontece nas sessões espíritas, onde espíritos identificando-se com os nomes de pessoas amadas que faleceram. Alguns desses espíritos têm aparecido, identificando-se com os nomes de grandes homens, ministrando ensinos e até apresentando projetos éticos e humanitários, que terminam sempre em destroços. São espíritos que se prestam ao serviço do pai da mentira, Satanás.

O povo de Deus, porém possui a inigualável revelação de Deus pela Sua Palavra que orienta e disciplina a sua vida:

“Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos? À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva” (Is 8.19-29). “Não vos voltareis para os necromantes, nem para os adivinhos; não os procureis para serdes contaminados por eles. Eu sou o SENHOR, vosso Deus” (Lv 19.31).

“Qualquer homem ou mulher que invocar os espíritos dos mortos ou praticar feitiçarias deverá ser morto a pedradas. Essa pessoa será responsável pela sua própria morte” (Lv 20:27).

O testemunho geral das Escrituras é que os mortos, devido ao estado em que se encontram, não têm parte em nada do que se faz e acontece na terra. Vejas por exemplo o que disseram os grandes sapienses do Antigo Testamento, sobre o assunto.

Salomão: “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol” (Ec 9.5-6).

Davi: “Mostrarás tu prodígios aos mortos ou os finados se levantarão para te louvar?” (Sl 88.10).

Ezequias: “A sepultura não te pode louvar, nem a morte glorificar-te; não esperam em tua fidelidade os que descem à cova. Os vivos, somente os vivos, esses te louvam como hoje eu o faço; o pai fará notória aos filhos a tua fidelidade” (Is 38.18-19).

Jó: “Tal como a nuvem se desfaz e passa, aquele que desce à sepultura jamais tornará a subir. Nunca mais tornará à sua casa, nem o lugar onde habita o conhecerá jamais” (Jó 7.9-10).

Nenhum dos textos bíblicos citados até aqui contradiz com a doutrina da ressurreição dos mortos. “Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno” (Daniel 12.2). Os citados textos mostram, sim que o homem após a morte, na sepultura, jamais poderá voltar a viver a vida de antes, e que na sepultura nada poderá fazer por si mesmo e muito menos pelos vivos.
A Bíblia sendo a Palavra do Criador jamais se contradiz: “Deus não é homem, para que minta; nem filho de homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele prometido, não o fará? Ou, tendo falado, não o cumprirá?” (Números 23:19). A Palavra é fiel e verdadeira e nela não engano, basta termos maturidade espiritual para entende-la.


A Bíblia nega a comunicação com os mortos, afirmando que é impossível que os mortos se comuniquem com os vivos. O que se passa na realidade é uma manifestação de demônios que personificam os mortos (Veja em Eclesiastes 9.4,5: “Mas, enquanto se vive neste mundo, existe alguma esperança; porque é melhor ser um cão vivo do que um leão morto. Sim, os vivos sabem que vão morrer, mas os mortos não sabem nada. Eles não vão receber mais nada e estão completamente esquecidos.” - NTLH; e em Isaías 8.19,20: “Algumas pessoas vão pedir que vocês consultem os adivinhos e os médiuns, que cochicham e falam baixinho. Essas pessoas dirão: “Precisamos receber mensagens dos espíritos, precisamos consultar os mortos em favor dos vivos!” Mas vocês respondam assim: “O que devemos fazer é consultar a lei e os ensinamentos de Deus. O que os médiuns dizem não tem nenhum valor.”” - NTLH. Veja também em Levítico 19.31: “Não procurem a ajuda dos que invocam os espíritos dos mortos e dos que adivinham o futuro. Isso é pecado e fará com que vocês fiquem impuros. Eu sou o SENHOR, o Deus de vocês.” - NTLH; e em Levítico 20.6: “Se alguém procurar a ajuda dos que invocam os espíritos dos mortos e dos que adivinham o futuro, eu ficarei contra essa pessoa por causa desse pecado e a expulsarei do meio do povo” - NTLH).

Pr. Elias Ribas

FONTE DE PESQUISA


1.      AIRTON EVANGELISTA DA COSTA. O Espiritismo e o Espírito Santo. Disponível: http://www.palavradaverdade.com/print2.php?codigo=2295 – Acesso DIA 10/01/2011.
2.      BÍBLIA EXPLICADA, S.E.McNair, 4ª Edição, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
3.      BÍBLIA PENTECOSTAL, Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Corrigida, Edição 1995, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
4.      BÍBLIA SHEDD, Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil – 2ª Edição, Sociedade Bíblica do Brasil, Barueri, SP.
5.      BÍBLIA DE ESTUDO PLENITUDE, Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Corrigida, 1995, Sociedade Bíblica do Brasil, Barueri, SP.
6.      CLAUDIONOR CORRÊA DE ANDRADE, Dicionário Teológico, p. 286, 8ª Edição, Ed. CPAD, Rio de janeiro, RJ.
8.      DELVACYR BASTOS, seitas e heresias, Escola Teológica Filadélfia, Cascavel PR, Email - prdelvacyr@hotmail.com.
9.      ELIENAL CABRAL, lições bíblicas, 1º trimestre 2007, Ed. CPAD, Rio de Janeiro RJ.
10.  ELINALDO RENOVATO DE LIMA, lições bíblicas, 3º trimestre 2004, Ed. CPAD, Rio de Janeiro RJ.
11.  ELINALDO RENOVATO DE LIMA, lições bíblicas, 4º trimestre 1991, Ed. CPAD, Rio de Janeiro RJ.
12.  ELIEZER LIRA, lições bíblicas, 1º trimestre de 2006, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
13.  EZEQUIAS SOARES SILVA, lições bíblicas, 2º trimestre de 1997, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
14.   EZEQUIAS SOARES, lições bíblicas, 2ª trimestre de 2006, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
15.  FRANCISCO DA SILVEIRA BUENO, Dicionário Escolar da Língua Portuguesa, 11 ª Edição, FAE, Rio de Janeiro RJ.
16.  JOSÉ ELIAS CROCE, Lições bíblicas, 1º trimestre 2000, Ed. Betel.
17.  JOHN LANDERS, Religiões mundiais, Juerp, Rio de Janeiro, 3ª Edição, 1994.
18.  PAULO MIGLIACCI ME, Cientista propõe fim do “culto a Darwin”, Seite -E:\EVOLUÇÃO.mht – acesso dia 22/02/2009.
19.  RAIMUNDO OLIVEIRA, Heresiologia – 2ª Edição – EETAD, São Paulo SP.
20.  RAIMUNDO OLIVEIRA, Lições Bíblicas, 1º Trimestre de 1986, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ.
21.  RAIMUNDO DE OLIVEIRA. Seitas e Heresias: Um Sinal do Fim dos Tempos. Rio de Janeiro: CPAD, 2002. Disponível: http://desmascarandoseitas.blogspot.com/2008_12_01_archive.html - acesso dia 10/01/2011. 

22.  RELIGIÕES MUNDIAIS, Seminário Teológico AMID, Cascavel, PR - e-mail: se.amid@hotmail.com
23.  SEITAS E HERESIAS, Escola de educação teológica Elohim, São Paulo, SP.
24.  SÉRIE APOLOGÉTICA, ICP, Volomes I ao VI, Instituto Cristã de Pesquisa, Site, www.icp.com.br
25.  SEITAS E HERESIAS, SEAMID, Cascavel – PR, se.amid@hotmail.com


sábado, 10 de agosto de 2013

A MORTE E RESSURREIÇÃO DE LÁZARO - JOÃO CAPÍTULO 11.


Jesus soube primeiramente que Lázaro estava enfermo (Jo 11.3), mas passados alguns dias Jesus revelou aos discípulos que ele havia morrido. “Então, Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu” (Jo 11.14). Jesus foi o primeiro a saber da morte de Lázaro, confirmada depois por Marta, Maria, e pelos judeus ali presentes (Jo 11. 21, 32, 37).

Feitas essas considerações, passemos ao caso de Lázaro. Vejamos o relato bíblico, segundo o escritor João.

Quando Jesus chegou, já fazia quatro dias que Lázaro havia sido enterrado:

“Chegando Jesus, encontrou Lázaro já sepultado, havia quatro dias. Ora, Betânia estava cerca de quinze estádios perto de Jerusalém. Muitos dentre os judeus tinham vindo ter com Marta e Maria, para as consolar a respeito de seu irmão. Marta, quando soube que vinha Jesus, saiu ao seu encontro; Maria, porém, ficou sentada em casa. Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se estiveras aqui, não teria morrido meu irmão. Mas também sei que, mesmo agora, tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá. Declarou-lhe Jesus: Teu irmão há de ressurgir. Eu sei, replicou Marta, que ele há de ressurgir na ressurreição, no último dia. Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto? Sim, Senhor, respondeu ela, eu tenho crido que tu és o Cristo, o Filho de Deus que devia vir ao mundo. Tendo dito isto, retirou-se e chamou Maria, sua irmã, e lhe disse em particular: O Mestre chegou e te chama” (Jo 11.17-28).

Nesta passagem percebemos que Marta tinha fé de que Jesus era o Filho de Deus o Messias, porém ela não imaginava que Ele teria poder para ressuscitar seu irmão morto á quatro dias na sepultura.
Diante do túmulo de Lazaro, Jesus declarou á Marta irmã de Lázaro dizendo: “Teu irmão há de ressurgir. Eu sei, replicou Marta, que ele há de ressurgir na ressurreição, no último dia. Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” (Jo 11.23-25).

Dois pontos devem ser analisados no dialogo de Jesus com Marta: Primeiro, a declaração de Marta de que o irmão dela haveria de ressuscitar, segundo Marta falou da ressurreição do último dia e Jesus não rebateu sua afirmação, pois estava de acordo com o Seu ensino (João 5.28.29).

Allan Kardec trabalhou em cima de probabilidades ao afirmar que Lázaro fora enterrado vivo. Aliás, foi inadequado o uso do termo “enterrado”, que significa sob a terra. Pela descrição bíblica, o corpo foi colocado numa abertura na rocha (Jo 11.38), a exemplo do sepultamento de Jesus.

Os homens daquela época até poderiam se enganar, mas Jesus tinha certeza de que Lázaro estava morto. O relato bíblico contraria as conclusões de Allan Kardec. Vejam:

1.      “Então disse Jesus claramente: Lázaro está morto” (Jo 11.14).
Perdão pela redundância, mas se Jesus disse que Lázaro estava morto é porque Lázaro estava de fato morto. Quem além de Jesus poderia dar um diagnóstico preciso? Seria o caso de quase dois mil anos depois o Espiritismo apresentar versão diferente?

2.      Jesus disse a Marta: “Teu irmão há de ressuscitar” (v.23).
Ressuscitar significa voltar a viver. Kardec sabia disso ao dizer, como acima, “porém, houve na realidade cura, e não ressurreição, na acepção da palavra”. Jesus estava falando exatamente de ressurreição.

Quando Jesus afirma “Teu irmão há de ressurgir”, só uma pessoa que sabe o que está fazendo usa esse tom e Jesus ainda se mostra convicto ao afirmar: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto? (Jo 11.25-26).

“Nunca morrerá....” Ele não se refere a morte físcia, e sim a espiritual – a morte espiritual é e a separação eterna de Deus, após o juízo final (Ap 20.11-14).

Se fosse apenas uma letargia, por que Jesus enfatizou que a irmã de Lázaro “veria a glória de Deus”? (v. 40). Para curar um homem de letargia precisaria invocar a glória de Deus? Essa declaração, todavia, indicava que Marta estava prestes a presenciar um grande milagre. Além disso, a Bíblia registra que “o defunto saiu” do sepulcro (v. 44). Segundo o Dicionário Aurélio, defunto quer dizer “pessoa que morreu; morto”.
Agora ouçam o seguinte. Para o kardecismo, Jesus foi:

a. Um espírito muitíssimo evoluído que atingiu o mais elevado grau de perfeição.
b. “Um iniciador da mais pura, da mais sublime moral evangélico-cristã, que há de renovar o mundo, aproximar os homens e torná-los irmãos...”.
c. Um homem que veio ensinar a JUSTIÇA de Deus.
d. Um homem que veio ensinar TODAS AS VERDADES, porque “no Cristianismo se encontram todas as verdades”.
e. Jesus foi “A Segunda Revelação de Deus”; a Primeira, Moisés; a Terceira e última, o Espiritismo (O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, Introdução e cap.I).

Diante de tantas qualidades morais e espirituais atribuídas pelo Espiritismo a Jesus, não há como admitir que Ele tenha proferido alguma palavra mentirosa. Se mentiu em alguma coisa; se não levou a sério o Seu ensino; se ensinou alguma coisa errada, então nunca foi um “Bom Espírito”, um Espírito puro. Se não confiarmos na “Segunda Revelação de Deus”, como confiaríamos na “Terceira Revelação”, o Espiritismo?

Daí porque o Espiritismo deveria observar com muito cuidado as palavras de Jesus, tudo o que Ele disse, todas as verdades contidas no Seu Evangelho. Daí porque devemos também, nós evangélicos, em nossa conversa com os espíritas, fazê-los lembrar dessas premissas, do entusiasmo com que Kardec falou de Jesus e da imperiosa necessidade de levar em consideração tudo o que Ele falou.

Ora, quando o Espiritismo afirma que Lázaro não morreu, mas que sofrera uma síncope, e, por ignorância da época, fora enfaixado e colocado vivo no sepulcro, faz uma afirmação inconsequente.

Vejam mais o que escreveu o codificador da doutrina espírita sobre o assunto:

“A reencarnação fazia parte dos dogmas dos judeus, sob o nome ressurreição... Criam eles que um homem que vivera podia reviver, sem saberem precisamente de que maneira o fato poderia dar-se. Designavam pelo termo ressurreição o que o Espiritismo, mais judiciosamente, chama de reencarnação. Com efeito, a ressurreição dá ideia de voltar à vida o corpo que já está morto, o que a Ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo já se acham desde muito tempo dispersos e absorvidos. A reencarnação é a volta da alma ou Espírito à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ele e que nada tem de comum com o antigo. A palavra ressurreição podia assim aplicar-se a Lázaro...” (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Allan Kardec, cap IV, item 4).

Concordo com Allan Kardec quando diz que a ressurreição dá ideia da recomposição corpo-espírito (“voltar à vida o corpo que está morto”).

A palavra de Jesus é incontestável. Ele declarou que Lázaro estava morto. Depois, já cheirando mal o cadáver, Ele o fez reviver. Logo, Lázaro ressuscitou. Jesus, o Filho de Deus, passou por cima da Ciência. A mesma coisa aconteceu quando caminhou sobre as águas, transformou água em vinho, multiplicou pães, fez reviver o filho da viúva de Naim e a filha de Jairo, curou paralíticos, cegos, leprosos.

O Espiritismo não pode admitir a ressurreição de Lázaro pelos seguintes motivos:
1. Admiti-la implicaria em aceitar também a ressurreição corporal de Jesus.
2. Em acatar as demais ressurreições bíblicas.
3. E em admitir a possibilidade de uma ressurreição coletiva na Segunda vinda de Jesus (1ª Ts 4.16-17). As evidências dessas ressurreições e a promessa de uma ressurreição coletiva na volta de Jesus colocam em xeque-mate a crença reencarnacionista, coluna vertebral do kardecismo. Na reencarnação o espírito volta em outros corpos; na ressurreição, o espírito retorna ao corpo original.

A ressurreição de Lázaro é o que há de mais claro na Bíblia, e tem uma história: Lázaro ficou enfermo; faleceu; foi colocado no jazigo, onde passou quatro dias; sua irmã Marta disse que o corpo estava em estado de decomposição, pois “já cheirava mal”. Além disso, temos o atestado de óbito ditas Jesus, que declarou com todas as letras: LÁZARO ESTÁ MORTO (Jo 11.14). A Bíblia diz que essa afirmação de Jesus foi de forma clara.

O inconsistente argumento segundo o qual Lázaro sofrera de um ataque epilético não pode prevalecer. Se válido tal raciocínio, deveríamos considerar que os judeus não faziam a menor diferença entre um corpo vivo e um corpo morto. Teríamos de negar as seguintes ressurreições e admitir que essas pessoas estavam vivas, e que, nos casos a seguir, Jesus, Elias, Eliseu, Pedro e Paulo ressuscitaram quem não havia morrido:


O filho da viúva de Serepta, ressuscitado pelo profeta Elias (1º Rs 17.19-22); o filho da sunamita, ressuscitado pelo profeta Eliseu (2º Rs 4.32-35); a filha de Jairo, por Jesus (Mc 5.21-23, 35-41); o filho da viúva de Naim, por Jesus (Lc 7.11-17); a discípula chamada Tabita, por Pedro (At 9.36-43); uma ressurreição coletiva logo após a morte de Jesus (Mt 27.52); a ressurreição do jovem Êutico, pelo apóstolo Paulo (At 20.9).

Pr. Elias Ribas
pr_eliasribas@yahoo.com.br