O BLOG TEOLOGIA EM FOCO TEM A FINALIDADE DE TRAZER O CRESCIMENTO AO REINO DE DEUS ATRAVÉS DE ESTUDOS BÍBLICOS.
quarta-feira, 22 de agosto de 2018
JESUS, O HOLOCAUSTO PERFEITO
sábado, 18 de agosto de 2018
A FESTA DOS TABERNÁCULOS
sexta-feira, 17 de agosto de 2018
A SOBRIEDADE NA OBRA DE DEUS
Lv 10.8 “E falou o SENHOR a Arão, dizendo:
9 Vinho ou bebida forte tu e teus filhos contigo não bebereis, quando entrardes
na tenda da congregação, para que não morrais; estatuto perpétuo será isso
entre as vossas gerações, 10- para fazer diferença entre o santo e o profano e
entre o imundo e o limpo, 11- e para ensinar aos filhos de Israel todos os
estatutos que o SENHOR lhes tem falado pela mão de Moisés.”
1ª Tm 3.1-3 “Esta é uma palavra fiel: Se
alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. 2- Convém, pois, que o bispo
seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto,
hospitaleiro, apto para ensinar; 3- não dado ao vinho, não espancador, não
cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento.”
Nesta lição veremos a trágica história de Nadabe e Abiú, filhos do sumo sacerdote Arão. Embora cientes de sua responsabilidade, eles não temeram entrar no lugar santo para oferecer fogo estranho ao Senhor. Por causa disso, Deus os fulminou ali mesmo, diante do altar do incenso.
O que os levou a agir de maneira tão
irreverente e profana? Pelo contexto da narrativa sagrada, podemos concluir que
ambos estavam embriagados (cf. Lv 10.8,9). Por isso, profanaram insolentemente
a glória divina.
Guardemo-nos, pois, do álcool, das drogas
e de outros vícios igualmente nocivos e destruidores. O ministro cristão tem de
ser um exemplo de temperança, sobriedade e domínio próprio.
O nosso assunto de hoje e “o uso do Vinho”
e a Bebida forte (Lv 10. 8-11; Pv 20.1). Em Levítico, essa é a única ocasião em
que Deus fala diretamente a Arão, portanto deve tratar-se de uma ordem
importante. Não era permitido aos judeus beber vinho ou bebida forte, mas foram
advertidos da bebedice e do pecado que, com frequência, a acompanha (Pv 20.1;
23.20,29-31; Is 5.11; Hc 2.15). Os que servem ao Senhor têm de ser um exemplo
para os outros e estar cheios do Espírito, não de vinho (Ef 5.18). Eles devem
evidenciar a diferença entre o santo e o profano por meio dos ensinamentos e do
exemplo (veja Ez 22.26; 42.20; 44.23; 48.14-15). O Novo Testamento segue essa
mesma abordagem (Rm 14.14-23).
Nas Sagradas Escrituras, o vinho,
juntamente com o pão e o azeite, é visto como bênção de Deus (Os 2.22). Aliás,
o vinho era usado até mesmo como remédio (Lc 10.34). No entanto, o seu mau uso
levou homens santos a cometerem escândalos, torpezas e até crimes, haja vista
os casos de Noé, Ló e Davi.
I. DEFINIÇÃO DE SOBRIEDADE
1. Definição etimológica da palavra sobriedade. Segundo o dicionarista Antônio Houaiss (2001, p. 2594), sobriedade é: “qualidade, condição ou estado de quem é sóbrio; moderação no comer ou beber; estado ou condição de quem não se encontra intoxicado por bebida alcoólica; temperança; equilíbrio, prudência; seriedade; caráter sereno; recatado”.
2 Definição exegética da palavra sobriedade. As expressões gregas “nephalios, nephomen, nephalioi” referem-se à sobriedade e também são usadas para identificar uma vida abstêmia (pessoas que não ingerem bebidas alcoólicas), moderada e equilibrada (1ª Ts 5.6-8 ver ainda Rm 12.3; 1ª Tm 1.5; 2ª Tm 1.7). O termo “nepho” significa “ser livre da influência de agentes tóxicos”. O adjetivo “nephalios” foi usado por autores contemporâneos de Paulo como Filo e Josefo para denotar abstinência ao vinho. O termo no grego é “sophron” denotando: “equilíbrio, autodomínio, moderação, prudência” (VINE, 2002, p. 997).
II. O VINHO NA HISTÓRIA SAGRADA
1. O AT e o vinho fermentado. O vinho fermentado (alcoólico) no hebraico é chamado de “yayin”, palavra comum para vinho envelhecido e, portanto, intoxicante. O uso deste vinho sempre foi motivo para práticas ilícitas (Gn 9.20-29; 19.31-38). Por isso, o sacerdote deveria afastar-se da bebida alcoólica (Lv 10.9-11). O AT mostra oito casos de embriaguez com esta bebida que terminaram em desastre familiar: Noé (Gn 9.21); Ló (Gn 19.32-35); Nadabe e Abiú (Lv 10.1-11); Nabal (1ª Sm 25.36,37); Urias (2º Sm 11.13); Amnon (2º Sm 13.28); Belsazar (Dn 5.1-3); e Assuero (Et 1.1-10). Salomão descreve os efeitos físicos imediatos desta bebida como: brigas, ferimentos, ais e tristezas (Pv 23.29-35). Em outro lugar, se refere ao vinho como produzindo pobreza (Pv 21.17), violência (Pv 4.17), alvoroço (Pv 20.1), e falta de santidade (Dn 1.8). Isaías adiciona que ele engana a mente (Is 28.7), inflama uma pessoa, e conduz ao esquecimento de Deus (Is 5.11, 12), e ainda associa o vinho com a aceitação de suborno (Is 5.22,23). Amós combina-o com a profanação (Am 2.8) (STAMPS, 1995, p. 241).
2. O AT e o vinho não fermentado. Outra palavra é “tirosh”, com o significado de “vinho novo”, refere-se à bebida exclusivamente não-fermentada ou suco novo da uva (Dt 11.14; Pv 3.10; Ec 9.7; Jl 2.24). Esta palavra aparece cerca de 38 vezes no AT sempre referindo-se ao vinho não-fermentado, onde “tem benção nele” (Is 65.8). Nas Sagradas Escrituras, este tipo de vinho, com o pão e o azeite, é visto como bênção de Deus (Os 2.22). A Bíblia faz uma referência quanto ao uso deste vinho pelos sacerdotes (Is 25.6; 27.2). Em sua oferta de manjares ao Senhor, os israelitas faziam-lhe também a libação de um quarto de him de vinho (Êx 29.40; Lv 23.13; Nm 15.10). Vários textos que se referem a “tirosh” como o produto da vide (Mq 6.15; Is 65.8; Pv 3.10; Jl 2.24; Mq 6.15; Os 9.2). Só um texto sugere que “tirosh” pode produzir fermentação (Os 4.11)(STAMPS, 1995, p. 241).
3. A embriaguez de Noé. Após o Dilúvio, Noé voltou-se ao ofício de lavrador, e pôs-se a plantar uma vinha (Gn 9.20). E, após ter preparado o seu vinho, bebeu-o até embriagar-se. Já fora de si, desnudou-se, expondo-se vergonhosamente em sua tenda (Gn 9.20-29). A intemperança do patriarca trouxe-lhe sérios problemas familiares.
O álcool foi capaz de transtornar até
mesmo um dos três homens mais piedosos da História Sagrada (Ez 14,14). É por
isso que devemos precaver-nos quanto aos seus efeitos (Pv 20.1; 23.31).
4. A devassidão das filhas de Ló. Dizendo-se preocupadas com a descendência do pai, as filhas de Ló embebedaram-no em duas ocasiões (Gn 19.31,32). Em seguida, tiveram relações com o próprio pai, gerando dois povos iníquos (Gn 19.33-38). Quem se entrega ao vinho está sujeito a dissoluções como essa (Ef 5.18). Um servo de Cristo não pode cair nessa situação.
5. O vinho como instrumento de corrupção. Para encobrir o seu adultério com Bate-Seba, o rei Davi convocou Urias, que estava na frente de batalha, embriagou-o, e induziu-o a deitar-se com a esposa adúltera e já grávida (2º Sm 11.13). Se o seu plano houvesse dado certo, aquela criança ficaria na conta de Urias, o heteu.
A que ponto chega um homem fora da orientação do Espírito Santo. O rei de Israel usou o vinho para corromper um de seus heróis mais notáveis. Nossas atitudes devem sempre ser dirigidas pelo Espírito Santo.
III. O OBREIRO “NÃO DADO AO VINHO” (1ª Tm 3.3)
Esta expressão (gr. me paroinon, formada de me, que significa “não”, e parainon, palavra composta que significa literalmente “ao lado do vinho”, “perto de vinho” ou “com vinho”).
Em 1ª Timóteo 3.3, a Bíblia requer que
nenhum pastor ou presbítero fique “sentado ao lado do vinho” ou “esteja com
vinho”. Noutras palavras, não deve beber vinho embriagante, nem ser tentado ou
atraído por ele, nem comer e beber com os ébrios (Mt 24.49).
1. A abstinência do vinho.
1.2. Pela liderança do Antigo Testamento. A
abstinência total de vinho fermentado era a regra para reis, príncipes e
juízes, no Antigo Testamento (Pv 31.4-7). Era, também, a regra para todos que
buscavam o mais alto nível de consagração a Deus (Lv 10.8-11; Nm 6.1-5; Jz
13.4-7; 1º Sm 01.14,15; Jr 35.2-6; Pv 23.31).
1.3. No deserto, os israelitas não bebiam vinho (Dt 29.6). Não usavam vinho na Páscoa (Êx 12.8-10), pois o vinho fermentado contém fermento, e o fermento era proibido. Mais tarde, introduziram o vinho na cerimônia. Isso não foi ordenado por Deus.
Os sacerdotes não podiam beber quando
estavam servindo no templo (Lv 10.8-10). Será que os cristãos de hoje, os
sacerdotes do Novo Testamento (1ª Pe 2.5,9), deveriam ter um padrão tão baixo
quando servimos ao Senhor todos os dias?
Encontramos no Antigo Testamento alguns caso de embriaguez e as consequências dela.
Vejamos esses exemplos de Embriaguez.
a. Noé – Gn 9.20,21
b. Ló – Gn 19.30-38
c. Nabal – 1Sm 25.36
d. Elá – 1Rs 16.8-10
e. Bem-Hadade – 1Rs 20.16-21
f. Efraim – Is 28.7
g. Belsazar – Dn 5
h. Nínive – Na 1.10
1.4. Os profetas do Antigo Testamento bradavam contra as bebidas fortes. Habacuque 2.15 amaldiçoa os que dão bebida para o companheiro. (veja Isaías 5.11-22).
1.5. Amós condena os judeus desocupados
que bebem vinho em vasilhas porque os cálices são muito pequenos (6.3-6).
1.6. Pela liderança e os liderados do Novo Testamento. Aqueles que dirigem a igreja de Jesus Cristo certamente não devem adotar um padrão aquém do que vai aqui. Além disso, todos os crentes da igreja são chamados sacerdotes e reis (1ª Pe 2.9; Ap 1.6) e, como tais, devem viver à altura do mais alto padrão de Deus (Jo 2.3; Ef 5.18; 1ª Ts 5.6; Tt 2.2).
O pastor deve ensinar a abstinência total? O que a Bíblia ensina? Existem 626 versículos na Bíblia que falam contra a embriaguez e a ingestão de bebidas alcoólicas (Pv 29.1; 23.29-35; Is 5.11-14,22,23; 28.3,7; Os 3.1; 4.11; 7.5; Am 2.8; Ef 5.18; Gl 5.21; (Lv 10.8-11; Pv 31.4,5).
O Novo Testamento, ensina claramente que nosso corpo é o templo do Espírito Santo, e não deve ser contaminado (1ª Coríntios 6.12-20). O apóstolo Paulo também avisou que a pessoa não pode se expor ao perigo da tentação usando descuidadamente a liberdade; a evasão deliberada habitualmente é a melhor defesa (1ª Coríntios 10.1-12). Beber moderadamente apresenta para alguns a tentação de beber excessivamente; portanto, “aquele que pensa que está firme, cuidado que não caia”. O crente deve fugir da tentação. Além do mais, o exemplo de um crente que bebe pode ser tropeço para um irmão fraco. “E assim, pela consciência perecerá o irmão fraco, por quem Cristo morreu” (1ª Coríntios 8.11).
Os japoneses têm um provérbio: “Primeiro o
homem toma um drinque; depois o drinque toma um drinque; a seguir, o drinque
toma o homem”. Qual é o rumo certo a adotar? Recuse o primeiro drinque e
continue recusando-o pelo resto da vida. O indivíduo começa bebendo
socialmente, depois diariamente e, por fim, se toma um alcoólatra. Embora se
esforce para abandonar o vício, a bebida o prende como se ele estivesse
algemado.
Paulo aconselha: “Bom é não comer carne,
nem beber vinho, nem fazer outras coisas em que teu irmão não tropece, ou que
se escandalize, ou que se enfraqueça” (Rm 14.21). Mais vale a preservação de
uma alma imortal do que todo o prazer que os homens possam desfrutar bebendo.
Convém que os crentes se abstenham completamente do álcool.
1.8. A recomendação da abstinência total. “Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente (Pv 23.31)”.
Não olhes para o vinho, quando se mostra
vermelho. Estas palavras não sugerem moderação, mas abstinência total de
bebidas inebriantes. É impossível que alguém sofra as consequências da
embriaguez e os tormentos do alcoolismo a não ser que beba.
2. Cheio do Espírito Santo. “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito (Ef 5.18)”.
Em Ef 5.18, escrevendo para um povo muito
dado ao vinho e que venerava “Baco” (o “deus do vinho” para os gregos) ou
“Dionísio” (o “deus do vinho” para os romanos), Paulo aconselha os crentes em
Cristo, dizendo: “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas
enchei-vos do Espírito”. O crente em Jesus Cristo substitui o vinho pelo gozo
do Espírito (Gl 5.22). Em Ec 10.19, Salomão disse que “o vinho alegra a vida”.
O crente, porém, substitui a alegria momentânea do vinho pela alegria
permanente do Espírito Santo (At 13.52).
2.1. Não vos embriagueis com vinho. A declaração de Paulo no versículo 18, demonstra que a plenitude do Espírito Santo depende do modo como o crente corresponde à graça que lhe é dada para viver em santificação.
Isso quer dizer que a pessoa não pode
estar "embriagada com vinho" e, ao mesmo tempo, “cheia do Espírito”.
Paulo adverte todos os crentes a respeito das obras da carne; que os que
cometem tais coisas "não herdarão o reino de Deus" (Gl 5.19-21; Ef
5.3-7). Além disso, "os que cometem tais coisas" (Gl 5.21) não terão
a presença interior do Espírito Santo, nem a sua plenitude. Noutras palavras,
não ter "o fruto do Espírito" (Gl 5.22,23) é perder a plenitude do
Espírito (Ef 5.18; At 8.21).
2.2. Enchei-vos do Espírito. “Enchei-vos” (imperativo passivo presente) tem o significado, em grego, de “ser enchido repetidas vezes”. A vida espiritual do filho de Deus deve experimentar a renovação constante (Ef 3.14-19; 4.22-24; Rm 12.2), mediante enchimentos repetidos do Espírito Santo.
O cristão deve ser batizado no Espírito
Santo após a conversão (ver At 1.5; 2.4), mas também deve renovar-se no
Espírito repetidas vezes, para adoração a Deus, serviço e testemunho (At
4.31-33).
Experimentamos enchimentos repetidos do
Espírito Santo quando mantemos uma fé viva em Jesus Cristo (Gl 3.5), estamos
repletos da Palavra de Deus (Cl 3.16), oramos, damos graças e cantamos ao
Senhor (1 Co 14.15; Ef 5.19,20), servimos ao próximo (Ef 5.21) e fazemos aquilo
que o Espírito Santo quer (Rm 8.1-14; Gl 5.16; Ef 4.30; 1ª Ts 5.19).
Alguns resultados de ser cheio do Espírito
Santo são:
A. Falar com alegria a Deus, em salmos,
hinos e cânticos espirituais (Ef 5.19),
B. Dar graças (Ef 5.20).
C. Sujeitar-nos uns aos outros (Ef 5. 21).
Paulo adverte os cristãos de não fazerem
nada que leve seus irmãos tropeçarem (Rm 14.19-21; 1ª Co 8.13). Paulo contrasta
o encher-se do Espírito e o embriagar-se (Ef 5.18) e, em Gálatas 5.21, enumera
a embriaguez como uma obra da carne.
Pedro ensina os cristãos a se “abster (em) das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma” (1ª Pe 2.11), e, já que a embriaguez é uma concupiscência da carne (Gl 5.21), a abstinência total é a melhor maneira de obedecer a essa admoestação. Como a pessoa começa a vida de embriaguez? Ao tomar o primeiro drinque.
3. Um Retrato da Embriaguez (Pv 23.29-35). Em Provérbios 23.29-35, o sábio pinta com traços inesquecíveis o retrato de um bêbado – imoral, insensível e irresponsável. Ao observarmos este retrato, algumas perguntas precisam ser feitas.
Se o uso de vinhos mais suaves, com baixo teor alcoólico, na época daquela cultura primitiva causou esse tipo de misérias, quem pode estimar as consequências trágicas do uso de bebidas destiladas com elevado teor alcoólico em uma sociedade que pulsa com as tensões de uma cultura complexa e que corre na velocidade da era do jato?
Se o sábio falou com tanta intensidade contra a embriaguez dos seus dias, qual seria a atitude dele com relação à sociedade dos dias de hoje que bebe tanto e produz milhões de alcoólatras?
Se o Escritor de Provérbios (23.29-35), considerava a embriaguez tão prejudicial na sua época de viagens e transporte não motorizados, o que ele diria sobre o álcool e sua responsabilidade na carnificina dos acidentes automobilísticos do nosso transporte moderno de alta velocidade?
4. Uso medicinal do vinho. Primeira a Timóteo 5.23 refere-se ao uso medicinal do vinho em uma época em que os médicos não tinham remédios modernos. Dizer que temos o direito de tomar álcool, porque é usado em alguns remédios, é tão razoável quanto dizer que podemos usar morfina, ou algum outro narcótico, porque o dentista ou o cirurgião a usa em seus pacientes.
O vinho indicado por Paulo a Timóteo era
curativo, ou seja, para purificação e tratamento da água.
IV. JESUS E O MILAGRE DO VINHO
Disse-lhes Jesus: Enchei de água essas talhas. E encheram-nas até em cima. E disse-lhes: Tirai agora, e levai ao mestre-sala. E levaram. E, logo que o mestre-sala provou a água feita vinho (não sabendo de onde viera, se bem que o sabiam os serventes que tinham tirado a água), chamou o mestre-sala ao esposo, E disse-lhe: Todo o homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem, então o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho (Jo 2.7-10).
1. O vinho de Jesus não era fermentado (Alcoólico). O que lemos em João 2.1-11, não dá a entender que o vinho que Cristo fez era embriagante. Era vinho novo, e vinho novo nunca embriaga. Não dá a entender que o Senhor fez álcool, o qual é produto de morte e de corrupção. Ele produziu um vinho novo, não contaminado por fermentação. Não fez uma bebida para alguém se embriagar, mas livrou a festa do desastre quando a supriu como um refresco sadio, puro e sem álcool.
1.1. O vinho como metáfora de Jesus. Em outro lugar, Jesus usou o vinho como metáfora para indicar coisas novas. Por exemplo, em Mateus 9.17 Jesus usou o vinho novo e os odres novos para falar de uma coisa nova que Ele estava fazendo.
2. O tipo de Vinho do Milagre de Jesus, o “Vinho Bom” (Jo 2.10). No relato do milagre do vinho, é mencionados dois tipos de vinho: o bom e o inferior. Notemos que o adjetivo grego traduzido “bom” (Jo 2. 10), é kalos, que significa “moralmente excelente ou apropriado”.
O vinho “bom” era o vinho mais doce, vinho
este que podia ser bebido livremente e em grandes quantidades sem causar danos
(Isto é, vinho cujo conteúdo de açúcar não fora destruído através da
fermentação). Já o vinho "inferior" era aquele que fora diluído com
muita água.
O escritor romano Plínio afirma
expressamente que o "vinho bom", chamado sapa, não era fermentado.
Sapa era suco de uva fervido até diminuir um terço do seu volume a fim de
aumentar seu sabor doce.
III. MINISTROS CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO
Tendo em vista os exemplos lamentáveis e vergonhosos da História Sagrada, o Novo Testamento faz-nos severas advertências quanto ao uso do vinho.
1. Recomendações aos ministros. O candidato ao Santo Ministério, na Igreja Primitiva, não podia ser um homem escravizado pelo vinho (1ª Tm 3.3,8; Tt 1.7). Não se pode confiar o rebanho de Jesus Cristo a alguém dominado pela embriaguez. Quem governa tem de abster-se das bebidas alcoólicas (Pv 31.4).
2. Recomendações à Igreja. A recomendação quanto aos prejuízos decorrentes do vinho não se limita aos ministros do Evangelho. Ela diz respeito, também, a toda a Igreja. Portanto, que o verdadeiro cristão, afastando-se do vinho, busque a plenitude do Espírito Santo (Ef 5.18). A embriaguez não é um mero adorno cultural; é algo sério que tem ocasionado graves transtornos à Igreja de Cristo.
3. Ministros usados pelo Espírito Santo. No dia de Pentecostes, o Espírito Santo foi generosamente derramado sobre os discípulos (At 2.1-4). De início, eles foram tidos como bêbados (At 2.13). Mas, após o sermão de Pedro, todos vieram a conscientizar-se de que eles falavam e operavam no poder de Deus (At 2.40,41).
Na sequência de Atos, deparamo-nos com os
apóstolos e discípulos proclamando o Evangelho sempre no poder do Espírito
Santo (At 4.8,31; 7.55; 13.9,10).
Quanto ao uso do vinho, sigamos o exemplo dos recabitas. Voluntariamente, abstinham-se de qualquer bebida forte para que a aliança de seus ancestrais permanecesse firme (Jr 35.6-10). E, por causa de sua fidelidade, foram honrados pelo Senhor.
Portanto, fujamos das bebidas alcoólicas e de outros vícios igualmente graves, a fim de que possamos ministrar ao Senhor com todo zelo e cuidado. Deus não mudou. Lembremo-nos de Nadabe e Abiú.