No Apocalipse 19.8-10,
é mencionada a noiva de Cristo, que se preparou para o casamento e tem
permissão para usar linho fino e branco. O linho fino representa as obras
justas do povo de Deus. A meretriz da Babilônia é uma personagem feminina que
representa a religião falsa. No Apocalipse 17, é descrita como uma mulher
vestida de púrpura e escarlata, adornada com ouro, pedras preciosas e pérolas.
Ela está assentada sobre uma besta de cor de escarlata, com sete cabeças e dez
chifres.
Nos capítulos 14.8
e 16.19, João descreve a predição da queda da Babilônia por um anjo do Senhor.
Aqui no capítulo 17, ele vê um dos anjos que têm as sete taças da ira de Deus,
chama o apóstolo e lhe explica em detalhes o julgamento da meretriz que se acha
assentada sobre muitas águas.
O apóstolo
expõe-nos as artimanhas de Satanás e descreve a meretriz como um movimento
religioso mundial que haverá nos últimos dias. Será uma falsa igreja mundial
apoiado pela primeira Besta (Ap 13.1-10). Uma das revelações que Deus nos faz
neste capítulo é a respeito do que Ele chama “o mistério de Babilônia, a grande
meretriz”, e de como o conteúdo desta mensagem pode afetar nossa salvação.
João é chamado para ver a queda da falsa igreja, enquanto a Noiva de Cristo está nas bodas do Cordeiro no céu (Ap 19.7-9).
1. A significado
do termo meretriz.
“Veio um dos sete anjos que têm as sete taças e falou comigo, dizendo: Vem,
mostrar-te-ei o julgamento da grande meretriz que se acha sentada sobre muitas
águas” (v. 1).
A figura do
casamento é usada nas Escrituras para representar a relação entre Deus e Seu
povo. No Velho Testamento, Deus é o marido e Israel, a mulher. No Novo
Testamento Jesus é o Noivo e a Igreja a Noiva.
O nome “meretriz”
vem do vocábulo grego “porne” “mulher que vende seu corpo para uso
sexuais”, “prostituta”.
No Antigo
Testamento, Deus sempre comparou o adultério e a prostituição, com a perversão
e o desvio religioso. A busca aos ídolos, prática comum naquele tempo no meio
do povo de Israel, era considerada por Deus com uma prevaricação, uma traição à
aliança que Ele tinha com seu povo (Jr 3.7-8).
Sabemos que na
Bíblia a prostituição e a avareza estão ligadas ao pecado de idolatria. Mas,
neste capítulo o apóstolo vai tratar da prostituição da meretriz babilônica e
com as falsas doutrinas. No Velho Testamento, Deus culpa a nação de Israel de
haverem prevaricado, cometido adultério espiritual. A razão desta culpa foi o
fato deles, entre outros pecados e desvios, haverem abandonado ao Senhor para
adorar deuses estranhos.
No antigo Império
Babilônico, em virtude da multiplicidade de seus ídolos e de suas práticas
idólatras, acabou sendo na Palavra de Deus, um símbolo religioso de
prostituição e adultério. É por esta razão que o sistema religioso corrompido
dos últimos tempos também chamar-se-á “Grande Babilônia”, “Grande Meretriz”. A
palavra “Babilônia” vem do termo hebraico - Babel, que significa “confusão”,
“mistura”.
“Segundo o pastor Antônio Gilberto, a Babilônia (v. 5) simboliza a totalidade do sistema mundial dominado por Satanás, que promove a iniquidade na política, na religião e no comércio. A Babilônia religiosa (meretriz) será destruída pelo Anticristo (vs. 16-17), ao passo que a Babilônia política será destruída por Cristo na Sua vinda em Glória (Ap 19.11-21)’. [Comentário da bíblia pentecostal pg. 2003].
2. Quem é a grande
meretriz.
A resposta para esta pergunta está no versículo 18, onde nos é dito que a
mulher “é a grande cidade que reina sobre os reis da terra”, ou seja, a
Babilônia. Enquanto que Apocalipse 13, nos descreve o Império Romano
restaurado, encabeçado pela primeira besta (Anticristo), no capítulo 17,
mostra-nos algo novo, a meretriz a falsa igreja que terá no comando o falso
profeta (Ap 13.11).
Observe que no
capítulo 12 de Apocalipse, Israel é representada por uma mulher, também a
Igreja de Jesus é representada como uma mulher, como noiva do Cordeiro (Ap
21.9), enquanto a igreja mundial sem Cristo é apresentada como mulher
(meretriz) da besta.
A meretriz é uma
instituição que abrange povos, nações e línguas diferentes, dominando grandes
multidões. A meretriz representa a igreja decaída, contaminada com o pecado e
com o paganismo babilônico. Quando se estuda a história eclesiástica, vimos que
quando a igreja quis valer-se do estado para legislar em assuntos religiosos, o
resultado foi a incorporação de falsas doutrinas no seio da cristandade.
A Bíblia de Estudo Pentecostal (STAMPS, 1995, p. 2.003) expõe que a “Babilônia religiosa abrange todas as religiões falsas, inclusive o cristianismo apóstata […] os termos prostituição e adultério, quando empregados figuradamente, normalmente denotam apostasia religiosa e infidelidade a Deus”.
3. As
características da meretriz.
3.1. Se acha sentada sobre muitas águas”. “a grande meretriz que se acha sentada sobre muitas águas” (v. 1), no verso 15, o anjo explica tudo que João vê: “As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, e multidões, e nações, e línguas”, sobre as quais ela tem poder e influência. São nações seduzidas pela idolatria, paganismo e sua oposição à fé cristã (Ap 17.15). Sua condição de grande dominadora dos povos é uma das características que interessa o Anticristo.
Assim, a prostituta
é identificada como uma das facetas da imoralidade e do falso sistema religioso
representado pelo “espírito da Babilônia” (Ap 14.8; 17.5).
A besta, o poder do governo romano, surgiu do mar (13.1). A grande meretriz a cidade e seu poder econômico, se acha sentada sobre as nações. A grandeza dela dependia dos povos dominados pelo Império Romano. Assim, a posição estratégica que será dada à igreja prostituída no esquema do Anticristo, é o ministério religioso. Não nos restam dúvidas sobre o fato de que o povo estará apoiando este sistema religioso corrupto, devasso.
3.2. Uma
prostituta.
“Com quem se prostituíram os reis da terra; e, com o vinho de sua devassidão,
foi que se embebedaram os que habitam na terra” (v. 2).
A falsa igreja é
apresentada como a grande meretriz com a qual os reis da terra se prostituíram.
Na Bíblia, religiões falsas são chamadas de prostituições, porque é forma de
infidelidade a Deus (Is 23.17; Nm 3.4). A meretriz babilônica é oposto absoluto
da noiva do Cordeiro então arrebatada, a Igreja de Jesus. Sendo a mulher, na
visão uma meretriz, isto indica um falso sistema religioso.
Este texto deixa
claro que o vinho, o qual surgiu como consequência da união ilícita da igreja
com os reis da terra, ou seja, ela perdeu seus objetivos e acabou se unindo ao
Estado e embriagou ao mundo inteiro. Enquanto que Jesus diz: “O meu Reino não é
deste mundo” (Jo 18.36), está falsa igreja busca os reinos deste mundo. Isto
indica que este falso movimento religioso estender-se-á por todo o mundo. “Os
que habitam na terra”. Não apenas os reis, os grandes, mas os demais habitantes
da terra.
Não obstante,
devemos ter em conta que esta mulher não aparece unida a Cristo senão aos “reis
da terra”. Babilônia representa à igreja cristã que, com o fim de receber
legados e honras do Império Romano, apostatou da verdade.
A Bíblia de
Jerusalém (tradução católica com imprimatur), comentando Apocalipse 17.5
diz que “Babilônia é o nome simbólico de Roma”. O comentário da Bíblia de
Jerusalém diz que Roma arrastou todas as nações à idolatria. A igreja católica
romana serve às nações o vinho do cálice de suas doutrinas adúlteras. Com ela
tem embriagado os crentes, os quais não percebem os erros mencionados.
A Bíblia repetidas
vezes compara ao povo de Deus que abandonou a verdade e ido em após de outras
crenças, com uma mulher infiel ou prostituta. As seguintes afirmações, feitas
por Deus mesmo, são exemplo disso:
“Não te alegres,
Israel, não saltes de gozo como outros povos, pois fornicaste ao apartar-te de
teu Deus. Amaste o salário de prostitutas em todas as eras de trigo” (Os 9.1).
“Mas como a esposa infiel abandona a seu esposo, assim vos levantastes contra
mim, casa de Israel, diz Jeová” (Jr 3.20).
O falso sistema religioso permite que seus seguidores professem que são de Deus enquanto, na realidade, adora e serve a outros deuses. Os hipócritas e os falsos profetas obtêm sucesso como resultado da sua doutrina, porque ela induz a sociedade mundana a unir-se a ela.
3.3. Está sentada numa besta. “E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor escarlate, que estava cheia de nomes de blasfêmia e tinha sete cabeças e dez chifres.” (V. 3).
João revela que a
falsa igreja estará montada numa Besta. Na Grande Tribulação a meretriz estará
ligada a primeira Besta, (o poder político governado pelo Anticristo) e a
meretriz (poder religioso governado pelo falso profeta) (Ap 13). Isto prova que
fim dos tempos ela estará novamente unida a um sistema político. Trata da confederação
de nações sob o governo do Anticristo. Neste tempo a besta e a meretriz, andam
juntos, mas depois, a besta se levantará contra ela e a destruirá.
“Besta repleta de nomes de blasfêmia”. Na besta que ela monta estão escritos nomes de blasfêmia. A proclamação de infalibilidade do papado é o grande cumprimento desta palavra, que ultrapassa todos os outros cumprimentos.
3.4. Uma mulher vestida de púrpura. “E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, adornada com ouro, e pedras preciosas, e pérolas....” (V. 4a).
Agora João
descreve sobre a luxuria da meretriz. Ela se veste como se fosse uma mulher
rica. A Púrpura e escarlata são tecidos coloridos e os mais luxuosos da época.
Representam pompa, realeza e luxo e orgulho. Mesmo ela sendo bem-vestida e
atraente às nações, Deus viu o seu cálice cheio de abominações e imundícias,
coisas repugnantes ao Santo Senhor.
Em princípio não
podemos ver nesta mulher desviada nada além da igreja romana, pois nenhuma
religião no mundo corresponde a este descrito em Apocalipse 17. Onde existe uma
igreja vestida de tanta escarlata como ela?
A mulher estava esplendidamente adornada com ouro e joias, numa descrição do esplendor e grandiosidade da igreja de Roma, com suas vestes e ornamentos de toda espécie, o que sinaliza o materialismo e o poder econômico. A igreja tem se vangloriado na sua superioridade e magnificência, superando até mesmo a antiga Roma no ápice da sua prosperidade.
3.5. Com o vinho de sua devassidão. “...e tinha na mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua prostituição.” (V. 4c).
O cálice em sua
mão diz respeito às abominações e as imundícias da sua prostituição (Ap 17.4c),
o que representa toda a forma obscena e impura de contaminação moral e
espiritual da sociedade.
Todos os teólogos
concordam que Roma corrompeu outras nações, envolvendo-as na sua libertinagem.
Os excessos de Roma, e especialmente de alguns dos imperadores, são bem
documentados na história do período. Países que estabeleceram relações
favoráveis ao comércio com Roma lucraram como fornecedores de bens consumidos
neste contexto materialista. A mesma descrição pode incluir outros aspectos da
corrupção romana – ganância, idolatria, imoralidade, etc.
Dois grandes males
são aqui denunciados: abominação e imundícias. A palavra abominação do grego bdelugma
que significa uma coisa suja, horrível, detestável. No Antigo Testamento, os
ídolos eram visto como abominação, pois os seus adoradores emprestavam-lhe uma
glória que só a Deus pode ser tributada (Dt 7.4-5; 25.26; 1º Sm 15.23; 2º Rs
25.13; Is 44.19; Ez 16.30). A igreja romana conduz abertamente os seus adeptos
ao pecado da idolatria. Imundícia do original grego akathartes relativo
a impureza (Ef 5.3-5; Cl 3.5-6; Gl 5.19-21). A Roma papal faz grandes ofertas
de indulgencias e absolvições, e desta maneira atrai os homens ao pecado.
Em 1ª Coríntios
10.14-21, Paulo adverte sobre o mesmo pecado e exorta para não nos
contaminarmos com a idolatria e diz: “14 Portanto, meus amados, fugi da
idolatria. 15 Falo como a sábios; julgai vós mesmos o que digo. 16 Porventura,
o cálice de bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão
que partimos não é, porventura, a comunhão do corpo de Cristo? 17 Porque nós,
sendo muitos, somos um só pão e um só corpo; porque todos participamos do mesmo
pão. 18 Vede a Israel segundo a carne; os que comem os sacrifícios não são,
porventura, participantes do altar? 19 Mas que digo? Que o ídolo é alguma
coisa? Ou que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? 20 Antes, digo que as
coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios e não a Deus. E
não quero que sejais participantes com os demônios. 21 Não podeis beber o
cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa
do Senhor e da mesa dos demônios.”
“O prostituir-se” representa a ligação da mulher com a besta, ou seja, com os reis da terra. A igreja romana sempre teve e envolvido com o sistema político mundial. Onde existe uma igreja vestida de tanta escarlata, ouro e pedras preciosas? (Basílica de São Pedro).
3.6. A mãe das prostitutas. “E, na sua testa, estava escrito o nome: Mistério, a Grande Babilônia, a Mãe das Prostituições e Abominações da Terra.” (V. 5).
A Babilônia tem
sido a mãe dos falsos sistemas religiosos. A história nos conta que as
religiões falsas (que sempre incluem a idolatria) tiveram sua origem com
Ninrode e sua mulher Semíramis, no primitivo reino de Babel (de onde vem
Babilônia (Gn 10.8-10). Ele foi o primeiro imperialista da história (Gn
10.10-11). Ele também liderou o povo no primeiro ato religioso (falso), que foi
a construção da torre de Babel, cujo único objetivo (como os demais
semelhantes) era o culto idolatra. Hoje o sincretismo desta falsa religião está
no seu auge, a caminho do reinado do Anticristo, ocupando-se de práticas de
paganismo oriundos da antiga Babilônia. Por isto Deus chama seu povo a fugir de
Babilônia, antes da sua destruição final (Ap 18.4).
O termo “mistério” indica que o nome “babilônia” não é meramente geográfico, mas simbólico. Babilônia é descrita como grande porque é poderosa e de vasto alcance. Refere-se à “Mãe das Prostituições e Abominações da Terra” (Ap 17.5b). Ela é a mentora de toda a rebelião contra Deus e a consequente depravação da sociedade. Babilônia é a responsável pelo assassinato dos santos e das testemunhas de Jesus (Ap 17.6a), simboliza o espírito de perseguição e a desconstrução da fé bíblica. Não se trata apenas de uma cultura sem Deus, mas de uma cultura contra Deus. Assim, o “espírito da Babilônia” é um sistema global deliberadamente anticristão.
3.7. Mistério da
Grande Babilônia.
Na sequência da revelação, o nome da prostituta é desvendado: “Mistério, a
Grande Babilônia” (Ap 17.5a). Não se trata da Babilônia literal, mas um lugar
com mistério em seu nome, algo que lembra a velha Babilônia, isto é, a
Babilônia espiritual, que através do paganismo adentrou na igreja cristã após
Constantino reconhecer o cristianismo como religião no III século. Ela também é
chamada de grande meretriz nos capítulos 17 e 18. Um dos textos mais
importantes para entender o significado desta figura se encontra no livro do
profeta Jeremias: “A Babilônia era copo de ouro na mão do Senhor, o qual
embriagava a toda terra; do seu vinho beberam as nações; por isso enlouqueceram
(Jr 51.7).
O nome Babilônia
associando à mulher indica a falsa igreja que dominará a terra com todo o tipo
de engano, que hoje já se vê indícios disto por toda parte: “Babilônia era um
copo de ouro na mão do Senhor, o qual embriagava a toda a terra; do seu vinho
beberam as nações, por isto enlouqueceram” (Jr 51.7).
A Babilônia
espiritual contem no seu interior o culto do mundo pagão. Em contraste com a
noiva (a igreja) que representa os adoradores do verdadeiro Deus.
A visão do
Apocalipse revela que a igreja de Roma é a igreja-mãe, pois possui filhas e
estas filhas no verso 1, João descreve como grande meretriz, porém, agora, ele
chama “a mãe das prostituições, o que indica que ela não está só e que tem
filhas que seguem seus mesmos passos. Saíram da casa da mãe, (igreja de Roma),
mas continuam embriagados com seu vinho. Essas filhas são simbolizadas como as
igrejas que se apegam as doutrinas e tradições que não têm nenhum apoio na
Palavra de Deus. Muitas destas filhas saíram dela, mas apesar de havê-la
abandonado conservam muitos de suas heresias e de sua conduta religiosa
equivocada.
Vemos hoje o ecumenismo tão defendido e desejado por aqueles que gostam do caminho largo, porque permite tudo, é um certeiro sinal da futura religião da Besta.
3.8. Na sua fronte
achava-se um nome, mistério. A palavra mistério associada à mulher,
identifica-a com ritos religiosos, mistério das falsas religiões, como magia,
ocultismo, idolatria etc. Aqui também se trata de algo místico, não literal,
equivalente a sinal.
Porque Babilônia?
Porque Babilônia foi o berço da religião falsa. Ela foi a capital pagã de onde
surgiram todas as formas de maldades idolatra e místicas. Cristo usa esta
palavra para falar da profanação efetuada pelo Anticristo no tempo do fim (Mt
24.15).
Este nome escrito
na testa da prostituta indica um sistema religioso apóstata, e isto podemos ver
dentro do romanismo. Cada coisa na liturgia desta grande organização é
envolvida em mistério, com o propósito de impressionar os homens com seus
segredos e sua secreta autoridade sobrenatural. Sua pretensão de encaminhar o
destino eterno de seus seguidores, seus ritos e cerimônias místicas, seus
vestuários sacerdotais, seus movimentos, atitudes e artifícios, tudo envolve em
mistérios. Todos estes rituais místicos são oriundos do antigo ritualismo pagão
de origem babilônica.
Esta igreja de que estamos tratando será chefiada pelo Falso Profeta, um super líder religioso aliado do Anticristo conforme o que se vê no capítulo 13 verso 11 de Apocalipse.
3.9. Embriagada com o sangue dos santos. “E vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos e do sangue das testemunhas de Jesus. E, vendo-a eu, maravilhei-me com grande admiração.” (V. 6).
João ficou
espantado com essa visão. Ele não consegue compreender o que viu. Ela estava
embriagada com o sangue dos santos. A “bebida” da meretriz é o sangue dos
servos do Senhor.
Porque João ficou
tão admirado? Porque ele o discípulo de Jesus, vê a mulher que era uma vez
noiva. Originalmente esta mulher foi uma vez noiva, submissa ao Senhor Jesus,
mas ela transformou-se em prostituta. A primeira igreja, a igreja primitiva,
era uma igreja cheia do Espírito Santo e de Seus dons, porém, quando
Constantino a reconheceu como igreja oficial do império, ela transformou-se na
meretriz que João vê. Ela tem enganado e contaminado milhares de pessoas com seus
dogmas e tradições entregando ao espírito anticristão. Portanto, podemos
identificar mais uma vez uma referência direta a cidade de Roma daqueles dias,
onde os cristãos eram perseguidos e cruelmente mortos, servindo até como
diversão para os poderosos do império.
Quem conhece a
história, sabe que a igreja de Roma tem um passado gravado na história mundial
com letras de sangue. Pensamos nos rios de sangue, que clamam ao céu. Esta
mulher derramou o sangue dos discípulos de Jesus com tamanha crueldade satânica
através de Nero; a chamada “Santa Inquisição” foi mais um ato de crueldade da
meretriz. Por isto dizemos que a igreja de Roma é a herdeira da grande
Babilônica, tanto com respeito aos mistérios pagãos da Babilônia, que foram
transformados em ritos cristãos, como também com respeito à perseguição do povo
de Deus. Se você reconhece que pertence a este sistema que praticas
prostituição espiritual, então sai do meio dela e entrega a tua vida a Jesus
Cristo.
Naqueles dias, a
religião falsa (no comando do falso profeta), aliada ao sistema político
mundial, também perseguira até a morte a todos os que verdadeiramente adoram a
Deus em verdade e espírito.
Então a besta será
dirigida por um chefe que vai fazer com os cristãos, tudo aquilo que o império
romano já fez no passado. No tempo atual ele está no abismo, e de lá ressurgirá
para ajudar Satanás, seu chefe, a administrar a besta.
É esta manifestação demoníaca que ocasionará a cura milagrosa no chefe da besta (Ap 13.3), e que deixará os incrédulos e os crentes mal alicerçados maravilhados com o seu “poder”.
4. O anjo revela o mistério da mulher. “E o anjo me disse: Por que te admiras? Eu te direi o mistério da mulher e da besta que a traz, a qual tem sete cabeças e dez chifres. 8- A besta que viste foi e já não é, e há de subir do abismo, e irá à perdição. E os que habitam na terra (cujos nomes não estão escritos no livro da vida, desde a fundação do mundo) se admirarão vendo a besta que era e já não é, mas que virá. 9- Aqui há sentido, que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada. 10- E são também sete reis: cinco já caíram, e um existe; outro ainda não é vindo; e, quando vier, convém que dure um pouco de tempo.” (Vs. 7-10).
Do verso 1 ao 6, o
apóstolo descreve as características da meretriz. Então ele ficou grandemente
admirado vendo a mulher com todos aqueles adornos, então o anjo revela todo o
mistério, tanto da “mulher” como da “Besta”. Na explicação do anjo, ao tratar
com a identidade da besta, ele usa verbos nos três tempos fundamentais:
“Cinco caíram...”
Desses sete reinos, cinco são hoje passados: Egito, Assíria, Babilônia,
Medo-Persa e Grécia.
“Um ainda existe”. O profeta viveu
no tempo do sexto rei (Roma imperial), portanto era o Império Romano que dominava
o mundo, mas iria desaparecer por um tempo.
O sétimo é ainda
futuro.
O sétimo e o oitavo Império se encontravam ainda no futuro, a partir de sua
perspectiva histórica. Esse Império “está para emergir do abismo.... se
refere-se ao dragão que Ele irá ressurgir novamente no governo do Anticristo e
governará o mundo junto com o falso profeta a meretriz, por pouco tempo (Ap
12.12; 17.12).
Os cinco primeiros
impérios já caíram.
Agora João vê o Império Romano. Mas o reino do Anticristo escatológico ainda
não chegou e quando chegar vai durar pouco.
“Aqui há sentido,
que tem sabedoria.”
Em outras palavras, a interpretação dos símbolos requer mente sabia com
discernimento.
“O mistério da mulher e da e da besta”. É evidente de que o anjo está falando de duas bestas, uma carregando a outra: a primeira, a que subirá do abismo (Ap 12), é o dragão que usará o Anticristo para subjugar a humanidade.
5. Sete cabeças da Besta. “Aqui há sentido, que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada” (v. 9).
Apocalipse 13, a besta é descrita com sete cabeças e dez chifres, assim como a identificação da meretriz é representada no capítulo 17. Portanto, a besta em questão aponta para a mesma entidade representada pelo dragão de Apocalipse 12 e a besta de Apocalipse 13, que seria o novo Império Romano e no capítulo 17 a grande meretriz, cuja capital está situada em Roma.
A mulher que
cavalga sobre a besta com sete cabeças e dez chifres. Sendo essas “sete
cabeças” também “sete “montes” e “sete reis” (v. 9). Os setes montes, onde a
mulher está assentada, não podem ser vistos como as sete colinas de Roma, pois
a palavra grega para “monte” é óros que significa “monte ou montanha”, e
não colina.
O profeta Isaías
usa a palavra “monte”, para se referir a povo ou nação (Is 37.32; Sl 48.2; Jr
51.25, Dn 2.34-35; Zc 4.7). O mesmo ocorre com o termo “rei”, que os profetas
usavam para aludir a reino. Assim, a palavra “montes” e “reis” devem apontar
para reinos ou impérios representados nas cabeças da besta. Todavia, “sete
cabeças”, “sete montes” e “sete reis” são termos paralelos que simbolizam as
mesmas entidades, isto é, impérios e reinos. Assim, A palavra “monte” nunca é
usada para simbolizar um monarca ou governante individual. Em vez disso, a
encontramos sendo usada como símbolo para uma nação ou império.”
Os sete montes,
representam sete império e os 10 chifres representam poderes políticos durante
o tempo da sétima cabeça, que apoiarão a besta (17.13) no tempo do fim. Estas
nações têm o propósito de se unir com a besta para forçar os habitantes da
terra a “beber” o vinho de Babilônia, isto é, unir o mundo sob seu controle e
eliminar todos os que se recusam a cooperar. Por fim, os reis da terra se unem
à besta e à meretriz para guerrear contra o Cordeiro, mas Ele os vence, porque
é verdadeiramente “o Senhor dos senhores e Rei dos reis.” (V. 14).
Entendemos que os
cinco reinos que existiram antes dos dias do apóstolo João, falam dos
sucessivos impérios mundiais que abrigaram, apoiaram e praticaram as falsas
religiões organizadas em oposição aberta a Deus, começando por Ninrode, na
primeira Babilônia.
O sétimo Império já
opera através da ONU, e junto com as dez nações mundiais irão escolherem um
governo único e lhe entregar toda autoridade para governar. Será uma forma
antiga do Império Romano, constituído de dez reinos confederados, equivalentes
aos dez dedos da estátua de Nabucodonosor (Dn 2). Revelação idêntica que Deus
deu ao profeta Daniel em 7.24 que diz: “Dez reis que se levantarão daquele
mesmo reino”. Eles formaram uma confederação de nações durante a Grande
Tribulação. Dizemos confederações porque num pé os dedos são ligados (Dn
2.42-44). Com a formação destes dez Estados estará pronto o palco para formação
do reino do Anticristo que durará sete anos.
A meretriz está
sentada sobre sete montes (vs. 9 e 18). Ela estará ligada aos reinos deste
mundo. Todos os estudiosos bíblicos concordam que se refere a cidade de Roma,
que originalmente foi edificada em grande parte o culto idólatra babilônico,
que ainda hoje é visto disfarçadamente na liturgia da igreja romana.
A Besta irá implantar uma nova religião, uma nova ordem mundial para sua própria adoração. O falso profeta cuidará disto tornando obrigatório este culto.
5. As nações
entregarão o poder (comando), ao Anticristo. “E a besta, que era e já não é, é
ela também o oitavo, e é dos sete, e vai à perdição. 12 E os dez chifres que
viste são dez reis, que ainda não receberam o reino, mas receberão o poder como
reis por uma hora, juntamente com a besta. 13 Estes têm um mesmo intento e
entregarão o seu poder e autoridade à besta.” (17.11-13).
O anjo agora, começa a falar da besta que subiu do mar em Apocalipse 13.1. Essa, será o derradeiro império mundial unificado. De acordo com a explicação do anjo, esse reino emergira do anterior, ela procede de um dos sete, mas também será o oitavo Império. Isto que pertence ao mesmo sistema mundano ímpio, ao qual pode significar pertenciam os sete primeiros, mas que não faz parte daquele grupo, mas procede dos sete.
Os dez reis que estarão unidos à besta no seu governo. Isto, no entanto, não significa que somente dez países formarão o novo Império Romano nesta última fase; ele terá proporções mundiais. Significa somente que estes estarão no comando do governo, tendo, porém o Anticristo como o cabeça do império.
Este texto das
Escrituras é um versículo-chave das profecias para os fins dos tempos. A
diferença entre o sétimo e oitavo reino seja a seguinte: o sétimo é constituído
de países independentes (confederações ou blocos). E o oitavo é composto dos
mesmos países, porém sob o governo do Anticristo.
As palavras um só
pensamento referem-se à síntese da unidade mundial, ou seja, os “dez reis” não
são forçados a entregar o poder ao Anticristo, mas que eles “oferecerão à besta
o poder e a autoridade que possuem”.
A profecia fala de tempos futuros, e por isto eles aqui, ainda não tinham recebido o reino. Eles reunirão com o Anticristo por um tempo, e como todos eles são anticristãos, seguirão as instruções de como deverão agir em perseguição aos santos. Os dez formarão uma aliança, que marcará o ponto de partida da estruturação das ações da besta.
6. “A mulher que
viste” (v. 18).
“E a mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os reis da terra.” (V.
18).
Agora o anjo volta
a explicar para João, o mistério da mulher. Há duas coisas implícitas no
símbolo da mulher na explicação do anjo: 1. Um sistema religioso (17.1-6). 2.
Uma cidade onde o falso sistema religioso terá sua sede.
Todos os
interpretadores e teólogos concordam que a meretriz não se trata de algo
alegórico, mas são unânimes em dizer nas suas confissões: a mulher Babilônia é
uma figura da cidade de Roma, a mãe das prostitutas que estará ligada ao
Império Romano restaurado.
A grande cidade
que impera sobre os reis da Terra é Roma. Essa cidade deu nome à organização
representada pela mulher; a Igreja de Roma. A profecia se propõe explicar “o
mistério da mulher e da besta que a traz” (Ap 17.7). Quando? No tempo do fim!
Onde existe uma
igreja que leva o nome da cidade que ao mesmo tempo lhe serve de trono? Isto é
Roma de onde está assentada a prostitua. Porém, hoje não somente a igreja
romana, mas a união de igrejas protestantes que estão aderindo o movimento
romano. Na Europa já existe o Conselho Mundial das Igrejas, o qual tem a função
de unificar as igrejas e ter um líder religioso mundial. O que dizemos de Roma
vale, portanto, para o sistema, para a doutrina, mas não para as ovelhas dentro
dessa igreja, que procuram a Jesus e querem segui-lo. A estas dizemos “fugi de
Babilônia para não morrerdes em suas maldades”. (Ap 18.4).
Em Roma, podemos
ver “opulência” do Papa adornada de ouro, pedras preciosas, enquanto a miséria
de uma criança passando fome na África.
Os Católicos
entendem ser a antiga Roma pagã, mas não pode ser, pois a profecia do
Apocalipse não foi cumprida nela. A Roma que mais tarde se tornou cristã, desde
o seu desvio do evangelho e das doutrinas, tem todas as características que o
Apocalipse atribui a Babilônia e seu paganismo.
Ao longo dos anos a igreja Romana tirou o cálice de agradecimento e ao invés disto deu-lhes o cálice das abominações; ela substituiu o sacrifício de Jesus no Gólgota pelo sacrifício da santa hóstia na missa. Por isto é chama de meretriz, falsa enganadora. Fica confirmado, pois, que o vinho que a mulher leva em sua mão é uma representação das falsas doutrinas pagã com as que têm enganados à grande maioria dos habitantes da terra. Esta falsa igreja ensina a seus seguidores que ela é a verdadeira igreja, a igreja mãe, mestra e regente de toda a igreja cristã. Roma exige obediência completa não somente em assuntos espirituais, mas também em assuntos políticos. Roma nunca desistiu deste objetivo. De acordo com a palavra profética do Apocalipse ela ainda terá seu apogeu na história mundial através da unificação política e militar da Europa, com a restauração do Império Romano na pessoa do Anticristo.
7. A queda da
grande meretriz.
“E os dez chifres que viste na besta são os que aborrecerão a prostituta, e a
porão desolada e nua, e comerão a sua carne, e a queimarão no fogo. Porque Deus
tem posto em seu coração que cumpram o seu intento, e tenham uma mesma ideia, e
que deem à besta o seu reino, até que se cumpram as palavras de Deus. E a
mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os reis da terra.” (Ap
17.16-18).
Este capítulo o
anjo termina mostrando a João como a besta e seus governantes destruirão a
falsa igreja. Eles converterão seu apoio a meretriz em ódio. Eles destruirão a
cidade (irão despir, comer sua carne e destruir o seu trono), despojando seus
valores para si. Aqui vemos que os inimigos de Cristo e da Igreja destroem uns
aos outros para cumprir os propósitos soberanos de Deus. Portanto, agora, a
meretriz, a falsa pagã, atraente e sincretista, que guiara o Anticristo ao
poder sobre os dez países, nos primeiros três anos e meio, destruirão a
prostituta para que o culto a besta seja formado.
Logo após o
Anticristo romperá sua aliança com os judeus, em seguida com falsa igreja, da
qual ele recebeu apoio enquanto necessitou da sua influência para galgar o
poder, a destruirá totalmente. Algo terrível irá acontecer com milhões de
pessoas que seguiam as falsas doutrinas da meretriz, portanto, agora serão
perseguidos e mortos (Ap 20.4). O Anticristo levantar-se-á contra tudo que se
chama Deus e blasfemará de Deus. será tarde demais, o juízo de Deus chegou até
eles. Terão que enfrentar a morte ou negar a Cristo Jesus.
“Guerrearão contra
o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores, e o Rei
dos reis; vencerão também os que estão com ele, chamados eleitos e fiéis.” (V.
14).
Com a guerra que
incitam contra o Cordeiro e Sua Igreja, serão derrotados na vinda de Cristo em
glória. O Senhor Jesus destruirá o Anticristo e a seus aliados na batalha final
de Armagedon com o sopro de Sua boca.
A vitória é tão
certa que mesmo antes da luta já há festa no céu (19,1s). Os salvos na glória
louvam ao Cordeiro dizendo: “porque verdadeiros e justos são os seus juízos,
pois julgou a grande prostituta, que havia corrompido a terra com a sua prostituição,
e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos.” (Ap 19.2).
Estamos nos
últimos dias do “tempo do fim”, o “tempo dos gentios”. O fim do último império
humano na terra. Então Cristo vem para implantar o Seu reino visível na Terra.
Um Reino que subsistirá para sempre e que não passará a outro povo.
Pr. Elias Ribas
Assembleia de Deus
Blumenau - SC