Nenhuma passagem
do AT revela tanto os mistérios do plano profético de Deus para Israel e as
nações quanto o livro de Daniel. Em particular, a profecia das setenta semanas
em Daniel 9.24-27, apresenta a chave cronológica indispensável para a profecia
bíblica.
A revelação das setenta semanas a Daniel é a chave para a compreensão da doutrina das últimas coisas. Para se fazer um estudo completo do Apocalipse, grande tribulação, ou qualquer outro assunto que fale sobre o tempo do fim (Dn 8.17), é necessário primeiro estudar as setenta semanas de Daniel, pois esta e uma profecia indispensável a Escatologia.
I. DANIEL BUSCA A PRESENÇA DE DEUS
1. O cenário
histórico da profecia. “No primeiro ano de Dario, o filho de Assuero, da
semente dos medos, o qual foi feito rei sobre o reino dos Caldeus; no primeiro
ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi pelos livros que o número dos anos, a
respeito dos quais a palavra do SENHOR veio ao profeta Jeremias, era de setenta
anos, quando se completariam as desolações de Jerusalém. E coloquei a minha
face diante do Senhor Deus, para buscá-lo com oração e súplicas, com jejum, e
vestimenta de pano de saco e cinzas” (Dn.9.1-3).
O capítulo 9 de Daniel foi escrito no primeiro ano de reinado de Dario o Medo, por volta do ano 539 a.C.. Dario exercia agora a função de rei de Babilônia, sob o comando maior de Ciro, o Grande. Neste tempo Daniel havia compreendido que o período de cativeiro estava chegando ao seu fim e era necessário que seu povo começasse a orar a Deus pedindo perdão dos pecados e suplicando o retorno do exílio. Dessa forma, o profeta não poderia parar de orar mesmo sob o risco de ser sentenciado à morte.
II. O QUE QUER DIZER AS SETENTA SEMANAS
1. O número de anos. A referência parece ser a Jeremias 25.11, 12, que diz “quando se cumprirem os setenta anos, castigarei a iniquidade do rei de Babilônia”. Esse rei já fora punido; por isso Daniel sabia que já era o momento das assolações de Jerusalém terem um fim.
Daniel estava estudando as profecias de Jeremias, quando entendeu que o cativeiro babilônico estava prestes a terminar, então ele começou a orar e buscar uma resposta de Deus (Dn 9.4-19). Gabriel vem, então, dizer a Daniel que a redenção de Israel ainda demoraria setenta semanas. Note nos dois versos seguintes que as 70 semanas terminarão (o fim) o que Deus começou com os 70 anos de cativeiro na Babilônia.
2. A oração de Daniel e a resposta de Deus. O Anjo Gabriel foi mandado para trazer a resposta da oração a Daniel logo no princípio das súplicas do profeta, porque Daniel era “mui amado”. Que testemunho tinha Daniel no céu! Era “mui amado” por Deus, era alguém de quem o Senhor Se agradava, porque, durante os seus mais de noventa anos de vida, sempre fora fiel ao Senhor, sempre procurara agradar ao Senhor.
III. QUANDO COMEÇARÁ AS SETENTA SEMANAS?
Dn 9.24-27 “Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, e expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e ungir o Santo dos santos. 25 Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as ruas e as tranqueiras se reedificarão, mas em tempos angustiosos. 26 E, depois das sessenta e duas semanas, será tirado o Messias e não será mais; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas assolações. 27 E ele firmará um concerto com muitos por uma semana; e, na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador.”
“Setenta semanas
estão determinadas sobre o teu povo...” (Dn 9.24). Esta profecia de
Daniel a respeito de Israel e da cidade santa (Jerusalém) é fundamental para os
últimos tempos.
Esta linguagem
usada por Gabriel era bem conhecida por Daniel, que sabia que semana profética
não se referia a semana de dias e, sim, de anos, ou seja, uma semana significa,
aqui, uma unidade numérica de sete anos. O número setenta, então, ganha um
sentido escatológico.
No hebraico, em
lugar da palavra “semana” usa-se a palavra “shabua” que significa
literalmente 7, ou um sétuplo. Um grupo de 7 dias ou de 7 anos. Em Levítico 25,
o Senhor diz: “Contarás sete semanas de anos, sete vezes sete anos, de maneira
que os dias das sete semanas de anos te serão quarenta e nove anos.” (Lv 25.8).
Então as setenta
semanas, na realidade, são setenta semanas de anos, ou 490 anos: 70 x 7 = 490.
Nesta profecia tem o sentido profético de anos e não de dias (Ne 14.34; Ez 4.6). Assim, estas “setenta semanas” devem ser entendidas como setenta “semanas” de anos, ou seja, um período de 490 anos, isto é, setenta vezes sete (70 x 7). Israel somente se converteria ao Senhor, alcançaria a sua redenção depois de 490 (quatrocentos e noventa) anos.
1. As três
divisões das setenta semanas. O versículo 24, afirma que Deus
determinou as setenta semanas. O bloco que forma os versículos 24-27 é
profeticamente dividido em três grupos.
As setentas
semanas = 490 anos, divididos em:
1º 07 Semanas Dn 9.25 49
2º 62 Semanas Daniel 9.25 434 anos
3º 01 Semana Daniel 9.26 7 anos.
2. A Primeira
divisão.
V. 25 “Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar
Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas;
as ruas e as tranqueiras se reedificarão, mas em tempos angustiosos.”
“...sete semanas...”.
Sete semanas são iguais: 7 x 7 = 49 anos. O ponto de partida para a contagem
das primeiras 7 semanas, começou com o decreto do rei Artaxerxes (Ne 2.1-9), no
ano de 445 a.C.. Portanto, a primeira unidade de 49 anos (sete “semanas”)
começa no ano de 445 a.C., e terminou aproximadamente no ano 397 a.C. De acordo
com a profecia de Daniel, Jerusalém seria edificada e restaurada da destruição
que o império Babilônico causou a santa cidade (Dn 1.1; 2ª Rs 24.1). Esta
palavra cumpriu literalmente no período previsto (Ed 1.1; Ed 4.11-24).
“Examinando Esdras
1.2,3, fica esclarecido que a primeira ‘ordem’, dada por Ciro, não foi para
‘restaurar e para edificar Jerusalém’, e sim, para edificar o templo (Ver 2º Cr
36.23; Ed 1.2). É evidente que a ‘ordem’ referida por Gabriel não é a de Ciro e
sim, a de Artaxerxes, que a promulgou no dia 14 do mês de Nisã (abril) do ano
445 a.C., data da ordem para reedificação da cidade Santa” (Ne cap. 2).”
(Daniel versículo por versículo, p. 179).
Gabriel diz a Daniel que depois da reconstrução de Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, haveria ainda sessenta e duas semanas - 62 x 7 = 434.
3. A Segunda
Divisão.
“sessenta e duas semanas.” (Dn 9.25b). O segundo período de sessenta e duas
semanas, tem início aproximadamente no ano 397, inicia-se com a continuidade ao
primeiro período, ou seja, após a reconstrução completa de Jerusalém,
encerrar-se-ia com a “tirada do Messias, que não seria mais” (v. 26). Desde a
data desse decreto até a época do Messias haveria 483 anos, ou seja 69 semanas.
Portanto, as 62 e mais as 7 semanas, estão juntas como um composto das sessenta
e nove semanas ou 483 anos históricos até a vinda do Messias.
O período das
sessenta e nove semanas se inicia com a ordem do rei Artaxerxes, 445 a.C., para
a reconstrução de Jerusalém, após o pedido de Neemias, terminando com a entrada
de Jesus em Jerusalém, montado em um jumentinho (Lc 19.41), no final de Seu
ministério terreno, oportunidade em que, aclamado por Seus discípulos, como o
Messias em 10 de Nisã de 33 d.C..
“O pastor Severino
Pedro da Silva mostra-nos como, efetivamente, este período de 483 (quatrocentos
e oitenta e três) anos cumpriu-se integralmente, com a entrada de Jesus em
Jerusalém, quando, pela única vez em Seu ministério terreno, foi coletivamente
aclamado como o Messias, o Filho de Davi, em 10 de Nisã de 33 d.C.: A primeira
divisão é de 49 anos; a segunda de 434 anos; as duas somam 483 anos. O ponto de
contagem dos 483 anos foi marcado no ano 445 a.C.” [As setenta semanas de
Daniel. Ev. Dr. Caramuru Afonso Francisco. Fonte de pesquisa: Site
https://adautomatos.com.br/licao-no-10-as-setenta-semanas-de-daniel/#:~:text=%E2%80%93%20O%20pastor%20Severino%20Pedro%20da,de%20Nis%C3%A3%20de%2033%20d.C.
– acesso dia 23/04/2024].
“E, depois das sessenta e duas semanas, será tirado o Messias e não será mais...”. (Dn 9.26). De acordo com a profecia, o Ungido não foi cortado na 70º semana, Ele foi tirado ou morto, depois que as 7 e 62 semanas terminaram. Isso significa que há um intervalo entre a 69º e a 70º semana. Portanto, as 69 semanas terminaram com a morte de Jesus, quando deu-se o início da era da graça e só irá terminar, quando a Igreja for arrebatada. E quando isto acontecer, dar-se-á o início da a última semana desta Era, que é dividida em duas partes de três anos e meio cada. A última semana está prestes a começar, e quando começar, vai ser um efeito dominó, tudo será muito rápido.
4. Os três príncipes são mencionados na profecia (vv. 25,26). O primeiro príncipe é o Messias (v. 25). O segundo apareceu posteriormente e destruiu a cidade de Jerusalém e o santuário em 70 d.C., trata-se do general Tito (v.26). E o terceiro príncipe surgirá no futuro, na última semana profetizada por Daniel (v. 27). Este príncipe não é o Messias tirado (9.26), mas certamente um personagem mais poderoso que Antíoco Epifânio e o general Tito. Trata-se, portanto, do Anticristo (2ª Ts 2.3-9; 1ª Jo 2.18).
5. A terceira divisão. “E, depois das sessenta e duas semanas, será tirado o Messias e não será mais; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas assolações.” (Dn 9.26).
Depois das 7
semanas e mais 62, duas coisas são preditas:
1º Messias seria
“tirado” (crucificado) (ref. Is 53.8). Jesus foi rejeitado pelos judeus,
condenado e morte na cruz. O povo presente à condenação de Cristo clamou: “O
sangue caia sobre nós e sobre os nossos filhos (Mt 27.25).
2º O povo do príncipe, que há de vir, destruiria Jerusalém e o templo. O “povo” refere-se ao exército romano, que destruiu Jerusalém em 70 d.C. O “príncipe” refere-se ao General Tito que comandou a dispersão dos judeus (Dn 9.25-26). Porém, as 7 semanas e 62 semanas, terminaram na crucificação de Jesus e não na destruição do segundo templo no ano 70 d.C.. A atual era da Igreja é o intervalo entre o 69º e o 70º semana.
5.1. O Messias é
morto.
Is 53.8 “Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida?
Porquanto, foi cortado da terra dos viventes e pela transgressão do meu povo
foi ele atingido.”
Tendo ocorrido o cumprimento
das sessenta e nove semanas quando Jesus foi crucificado. Portanto, quando os
judeus desprezaram o Messias, parou a contagem do tempo, uma vez que as 70
semanas estavam determinadas para os judeus. Resta, ainda, uma semana, a
última. Os judeus necessitam estarem em Jerusalém (cidade Santa), e a Igreja já
arrebatada.
Este período, assim, vemos, claramente, que a contagem dessas sessenta e nove semanas não se dá com a chegada do Messias, mas, sim, com a sua “retirada” e mais tarde Jerusalém foi novamente destruída através da liderança do general do exército romano, Tito, em 70 d.C.
5.2. Esta semana
ainda não aconteceu (v. 27). A última semana, um período de 7 anos,
ainda se cumprirá, do qual faz parte a Grande Tribulação. Compare o versículo
27 de Daniel com Mateus 24.15 e veja como se trata de uma profecia que ainda
não se cumpriu.
A Bíblia
identifica este intervalo profético como “o tempo dos gentios”: Rm 11.25 “Porque
não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós
mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude
dos gentios haja entrado.” Lc 21.24, “E cairão a fio de espada e para todas as
nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os
tempos dos gentios se completem.”
O termo “tempos
dos gentios” é o período no qual Jerusalém estaria sob o domínio dos gentios,
desde o cativeiro babilônico, continuando até hoje e continuará durante a
Grande Tribulação. Atualmente, estamos no tempo da graça de Deus e temos de
anunciar o ano aceitável do Senhor para o mundo inteiro (Lc 4.18,19).
Após o tempo gentílico dar-se-á a última semana, a Grande Tribulação. É neste tempo que o Anticristo virá sobre a asa das abominações (v. 27).
5.2. O início da
70ª semana-ano.
“E ele firmará um concerto com muitos por uma semana; e, na metade da semana,
fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre a asa das abominações
virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será
derramado sobre o assolador” (Dn 9.27).
Este versículo é
uma das passagens proféticas mais importantes da Bíblia. Ela é a chave
indispensável para toda a profecia. Ela é denominada como “a espinha dorsal da
profecia bíblica” ou o “relógio de Deus”.
Esta última semana
não pode ter se cumprido em hipótese alguma, pois nesta última semana (sete
anos) os judeus irão fazer um acordo com o assolador (Anticristo), e este
assolador irá ser destruído, porém isto ainda não aconteceu, Israel ainda não
fez este acordo com ele (Is 28.15-18), muito menos o Anticristo manifestou-se,
sendo assim podemos afirmar que esta última semana de Daniel ainda não
cumpriu-se, pois a profecia permanece interrompida.
O assolador de
Daniel 9.27 é o Anticristo, que fará um concerto com Israel por sete anos (uma
semana), (Jo 5.43 e Is 28.15-18), e na metade da semana (três anos e meio) irá
quebrar o concerto com os judeus.
Daniel 12.1, nos
apresenta uma outra passagem importante sobre a Tribulação. “E, naquele tempo,
se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta pelos filhos do teu
povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação
até àquele tempo; mas, naquele tempo, livrar-se-á o teu povo, todo aquele que
se achar escrito no livro.”
Em resumo, então,
podemos ver que a última semana (Tribulação) é para Israel, não para a Igreja.
Primeiro, a Tribulação serve para punir e assim reconciliar a Israel com Yahveh.
A “última semana”
(7 anos), é identificada pelas profecias bíblicas será o tempo da Grande
Tribulação, que só irá começar depois do arrebatamento da Igreja. É neste tempo
que o “assolador”, isto é, o Anticristo ou o homem do pecado ou o homem da
perdição, virá sobre a asa das abominações (v. 27). O Anticristo agirá com
falsidade em relação a Israel de um modo nunca visto na história, quebrando o
acordo na metade do período (após três anos e meio) e colocará uma imagem de si
mesmo no Templo de Deus reconstruído (Ap 13.14-15), e buscará a adoração como
se fora Deus (2ª Ts 2.4b), profanando o santuário, o lugar santo para o povo de
Israel.
Pelo fato de
Israel se negar adora-lo e então o Anticristo quebrará o acordo de paz, fará
cessar o sacrifício e oferta de manjares (Dn 9.27). Depois de três anos e meio
será permitido que vença os santos. O ‘abominável da desolação’ (Mt 24.15)
serve de sustentação para que os acontecimentos de Daniel 9.27 (assim como os
de Dn 11.31 e 12.11) não ocorram ainda, mas somente no tempo do fim. Os últimos
três anos e meio serão de “Grande Tribulação”, da qual Jesus falou dizendo:
“Porque haverá, então, grande aflição, como nunca houve desde o princípio do
mundo até agora, nem tampouco haverá jamais.” (Mt 24.21).
No término da semana, quando, então, se completarão as setenta semanas, o “assolador” sofrerá o juízo divino, conforme determinado e, aí, então, Israel será liberto do pecado.
5.3. O final das setenta semanas-ano. No final da 70ª semana-ano, Deus derrotará o Anticristo (Ap 19.20), “a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda.” (2ª Ts 2.8). Isso marcará o final das 70 semanas-ano e o início do Reino Milenar de Cristo. Então estarão cumpridos os seis objetivos de Deus, mencionados em Daniel 9.24 (Ap 20.1-6).
IV. OS PROPÓSITOS DA SEPTUAGÉSIMA SEMANA (Dn 9.27)
1. Revelar o
“homem do pecado”.
“Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes
venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, 3- o
qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou se adora; de sorte
que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus. (2ª Ts
2.3,4).
Paulo escreveu a igreja Tessalônica por volta do ano 50, 51 d.C durante a sua segunda viagem missionária. Não há dúvidas quanto a quem Paulo tem em mente é o homem do pecado ou o filho da perdição (cf. Jo 17.12) e aponta para a natureza e para o destino desse homem. Portanto, de acordo com as profecias, nem Antíoco Epifânio nem o general Tito foram objetos das predições do profeta Daniel. Neste tempo “ele”, também identificado como “o rei de cara feroz” (Dn 8,23), “o animal terrível e espantoso” (Dn 7.7), “o chifre pequeno” (Dn 7.8), “a besta que saiu do mar” (Ap 13.1), virá sobre as asas da abominação. Assim, vemos que a última semana (sete anos), será marcado com a presença do Anticristo (1ª Jo 2.18; 4.3) e apesar de ser apresentada numa linguagem simbólica, a personagem é literal, trata-se de um líder mundial poderoso que chamará a atenção das nações pela sua diplomacia, astúcia e inteligência política. Primeiro a apostasia será avanço dos poderes do mal contra o povo e os propósitos de Deus. Cristo e Paulo, ambos advertiram contra essa final conspiração do mal (Mt 24.10; 1ª Tm 4.1-3; 2ª Tm 3.1-9; 4.3).
2. A Grande Tribulação
(Mt 24.15,21).
A última semana de Daniel, pode ser dividida em partes distintas. A primeira
metade o Anticristo fará um concerto com Israel por uma semana, mas a segunda
metade terá início quando Israel se negar a adorá-lo, e então o Anticristo quebrará
o tratado de paz (Dn 9.27b) e perseguirá o povo judeu. Essa segunda metade é a
Grande Tributação (1ª Ts 5.3; Jr 30.7). Em seguida, surgirá um tempo de
sofrimento e tamanha aflição em todo o mundo. Perseguição, humilhação e morte
serão a tônica desse tempo, os crentes que ficaram no arrebatamento serão
perseguidos e mortos (Ap 19.4), bem como os judeus que romperam o concerto de
paz.
Pr. Elias Ribas
Assembleia de Deus
Blumenau - SC