TEOLOGIA EM FOCO

terça-feira, 22 de junho de 2021

TABERNÁCULO – UM LUGAR DA HABITAÇÃO DE DEUS

 


Êx 25.1-9 Então falou o SENHOR a Moisés, dizendo: 2- Fala aos filhos de Israel, que me tragam uma oferta alçada; de todo o homem cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a minha oferta alçada. 3- E esta é a oferta alçada que recebereis deles: ouro, e prata, e cobre,4- E azul, e púrpura, e carmesim, e linho fino, e pêlos de cabras, 5- E peles de carneiros tintas de vermelho, e peles de texugos, e madeira de acácia, 6- Azeite para a luz, especiarias para o óleo da unção, e especiarias para o incenso, 7- Pedras de ônix, e pedras de engaste para o éfode e para o peitoral. 9- E me farão um santuário, e habitarei no meio deles. 10- Conforme a tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo, e para modelo de todos os seus pertences, assim mesmo o fareis.”

INTRODUÇÃO

“O Tabernáculo – Símbolos da Obra Redentora de Cristo”. Nesta primeira lição, definiremos a palavra tabernáculo; faremos algumas considerações sobre este templo móvel; quais os propósitos de Deus ao ordenar a Moisés que erguesse essa tenda; e, por fim, abordaremos que o tabernáculo e seus utensílios prefiguram a pessoa do Messias Jesus e Sua obra na cruz do Calvário em favor do mundo.

I. DEFININDO O TABERNÁCULO

O tabernáculo era uma tenda portátil que os israelitas carregaram nos 40 anos de vagueações no deserto e durante seus anos na Terra Prometida até que Salomão construiu o primeiro templo. Geralmente chamava-se “tenda” ou “tabernáculo” por sua cobertura exterior que o assemelhava a uma tenda (Êx 26.1; Lv 8.10; Nm 1.50; Js 22.19). Também se denominava “tenda da congregação” porque ali Deus se reunia com o seu povo (Êx 29.42-44). Visto como continha a arca e as tábuas da lei, chamava-se “tabernáculo do testemunho” (Êx 38.21). Chamava-se, além disso, “santuário” porque era uma habitação santa para o Senhor (Êx 25.8). No hebraico os dois termos principais para tabernáculo são “Bayith”, “casa”, e, “Miqdash”, “sagrada” (CHAMPLIN, 2004, p. 124).

II. CONSIDERAÇÕES ACERCA DO TABERNÁCULO

Depois de haver resgatado o povo de Israel da escravidão, Deus lhes deu um código de Leis (Êx 20-23); orientou-lhes também sobre um tabernáculo, como um lugar específico de adoração (Êx 25.1-8); os ministros do culto (Êx 28.1-43); as ofertas para o culto (Lv 1-4); e, as festas que deveriam anualmente ser celebradas como culto (Lv 23.1-44). Vejamos algumas considerações sobre o tabernáculo:

1. Idealizado por Deus. O livro de Gênesis nos mostra que os patriarcas costumavam construir altares em diversos locais de acordo com a sua peregrinação, não havendo, portanto, um lugar fixo para adoração a Deus (Gn 8.20; 12.8; 13.18; 26.25; 35.7). No entanto, na ocasião em que Deus redimiu o povo de Israel da escravidão no Egito, o conduziu ao deserto, o Senhor ordenou-lhes que construíssem um lugar pudesse estar no meio do Seu povo. A ideia da construção do tabernáculo foi divina, não humana: “E me farão um santuário, e habitarei no meio deles” (Êx 25.8). O tabernáculo que era um templo móvel, que com o passar do tempo foi substituído por um templo fixo, arquitetado por Davi e construído por seu filho Salomão (1º Cr 28.6). A afirmação de que no NT não se faz necessário um templo é um equívoco, pois Jesus frequentava o templo (Mt 21.14; 26.55; Lc 19.47); e, os discípulos da igreja primitiva também (At 2.46; 5.25; 5.42).

2. Foi construído com as contribuições do povo. Para a edificação deste lugar de adoração, Deus ordenou que Moisés recolhesse do povo as contribuições, que fossem dadas voluntariamente: “Fala aos filhos de Israel, que me tragam uma oferta alçada; de todo o homem cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a minha oferta alçada” (Êx 25.2). O relato de Moisés nos diz que Deus especificou os materiais necessários para a construção dessa casa sagrada (Êx 25.3-7). Estas ofertas foram custosas, pois se calcula que por si sós equivaleriam hoje a mais de um milhão de dólares” (HOFF, 1995, p. 71). Interessante que a Bíblia não somente registra as contribuições para a edificação desta casa, como também fala de que era responsabilidade do povo a manutenção dela, e dos ministros que vivem exclusivamente para o trabalho do Senhor (Nm 18.19-21). Esta manutenção se dá por meio entrega dos dízimos e das ofertas: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa…” (Ml 3.10). Este mesmo princípio é válido no NT para os obreiros que vivem exclusivamente para a obra (Lc 10.7; 1ª Co 9.9-14; 1ª Tm 5.17,18).

3. Foi revelado a Moisés. Deus não somente ordenou a Moisés a construção do tabernáculo como, no monte, mostrou-lhe o modelo “conforme a tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo…” (Êx 25.9), e, também especificou os materiais e os móveis que deveria ter, com uma grande riqueza de detalhes (Êx 25-27). Ensina a grande lição de que é o próprio Deus quem determina os pormenores relacionados com o culto verdadeiro. Ele não aceita as invenções religiosas humanas nem o culto prestado segundo prescrições de homens. Por isso mais duas vezes no livro de Êxodo o Senhor exorta a Moisés dizendo: “Atenta, pois, que o faças conforme ao seu modelo, que te foi mostrado no monte” (Êx 25.40); e, “Então levantarás o tabernáculo conforme ao modelo que te foi mostrado no monte” (Êx 26.30).

4. Uma representação das coisas celestes. A palavra de Deus para Moisés sobre o tabernáculo foi: “Atenta, pois, que o faças conforme ao seu modelo, que te foi mostrado no monte” (Êx 25.40). O escritor da epístola aos hebreus assevera que existe um tabernáculo celeste e que o tabernáculo terrestre é uma representação dele: “os quais servem de exemplo e sombra das coisas celestiais” (Hb 8.5-a). O autor usa os termos gregos “hypodeigma” e “skia”, traduzidas aqui como “exemplo” e “sombra” Portanto, cada detalhe exposto na sombra – tabernáculo terrestre, que era um tipo, tinha o propósito de aproximar-se da realidade, isto é, do antítipo – tabernáculo celeste” [GONÇALVES, 2017, p. 70 ].

III. O PROPÓSITO DO TABERNÁCULO

Quando Deus ordenou a Moisés que construísse esta casa sagrada, Ele tinha em mente pelo menos três motivos. Notemos:

1. O lugar do encontro de Deus com o Seu povo. Deus desejava habitar com o Seu povo e quando ordenou a construção do tabernáculo tinha esse objetivo: “E me farão um santuário, e habitarei no meio deles” (Êx 25.8).

2. O lugar onde o povo ofertaria ao Senhor. Era para este lugar que cada israelita deveria trazer suas ofertas e apresentá-las ao Senhor, seja para se redimir (Lv 1.1-9), ou ações de graças, voto ou oferta voluntária (Lv 7.11-21).

3. O lugar onde o povo se redime com Deus. Além dos sacrifícios diários que os hebreus poderiam apresentar a fim de redimirem diante de Deus (Lv 1-4); havia também no tabernáculo, anualmente, o Dia da Expiação onde nacionalmente o povo se redimia com Deus (Êx 30.10; Lv 16.1-34).

IV. O TABERNÁCULO PREFIGURA CRISTO JESUS

A expressão “prefigurar” significa: “representar o que está por vir” (HOUAISS, 2001, p. 2284). Vejamos em que o tabernáculo revela a pessoa de Cristo Jesus:

1. O próprio tabernáculo (Êx 25.8). O corpo humano é chamado na Bíblia de tabernáculo (2 Co 5.1,4; 2 Pd 1.13,14). Quando o evangelista João falou sobre a encarnação de Cristo, ele afirmou que “…o Verbo se fez carne, e habitou entre nós…” (Jo 1.14). A palavra grega “eskenosen” traduzida por “habitou”, neste caso, se deriva do substantivo “skenoõ” que significa “tenda”; e é bem provável que apesar desse vocábulo ser usado no simples sentido de “habitar”, sem qualquer referência à sua etimologia, contudo, o autor deste evangelho talvez tenha querido fazer uma definida alusão ao tabernáculo, armado no deserto (Êx 25.8,9; 40.34) [CHAMPLIN, 2005, p. 272.

1.1. O propósito do tabernáculo cumpre-se literalmente no Messias. Notemos:

a. No tabernáculo Deus se revelava ao seu povo – Cristo é a maior e mais perfeita revelação de Deus (Jo 14.9; Hb 1.1; Cl 1.15);

b. O tabernáculo comportava a glória de Deus: em Cristo habita a plenitude da divindade (Cl 2.9);

c. O tabernáculo era o lugar onde o povo se redimia com Deus: Cristo é aquele que reconcilia o homem com Deus e só por Ele o homem pode ir a Deus (Jo 14.6; At 4.12; 2ª Co 5.18-20).

Os móveis do tabernáculo. Tanto o tabernáculo em si quanto os seus utensílios que havia no seu interior prefiguram a pessoa de Cristo. Notemos:

2. O tabernáculo e os móveis, representam Cristo Jesus.

2.1. O tabernáculo (Êx 25.8). A encarnação de Cristo (Jo 1.14; Fp 2.7; 1ª Jo 1.1,2).

2.2. O altar do holocausto (Êx 27.1-8). O sacrifício de Cristo (Hb 9.12-14; 25-28;10.10-14; 13.10).

2.3. A pia de bronze (Êx 30.17-21). A purificação por Cristo (Jo 15.3; Ef 5.26; 1ª Co 6.11).

2.4. O candelabro (Êx 25. 31-40). A iluminação de Cristo (Jo 8.12; 9.5; 12.46; Ap 1.13,20).

2.5. A mesa com os pães da proposição (Êx 25.23-40). A provisão de Cristo (Jo 6.32,48)

2.6. O altar do incenso (Êx 30.1-10). A intercessão de Cristo (Rm 8.34; Hb 7.25).

2.7. A arca da aliança (Êx 25.10-16). A presença de Cristo (Mt 18.20; 28.20; Jo 14.23).

3. Os sacrifícios no tabernáculo. Aos sacerdotes foi dada a responsabilidade de comparecer diante de Deus com ofertas e sacrifícios (Hb 5.11). Embora estes sacrifícios tenham sido instituídos por Deus, eles não eram plenos, pois:

3.1. Eram repetitivos (Hb 10.11);

3.2. Não limpavam à consciência (Hb 9.9);

3.3. Não purificavam os pecados (Hb 10.4).

Isaías profetizou que um homem faria expiação pelos pecados da humanidade (Is 53.1-12). Igualmente o salmista (Sl 40.6-8). O escritor aos hebreus cita este texto para mostrar que profeticamente se cumpriu em Jesus, quando este encarnou e vivendo de forma perfeita entregou o seu corpo como oblação pelo nosso pecado (Hb 10.5-9).

4. Os ministros do tabernáculo. O sacerdote, termo que no hebraico é “kohen”, era o ministro divinamente designado, cuja função principal era representar o homem diante de Deus (Êx 28.38; 30.8).

O sacerdócio de Arão prefigurava o de Cristo (Hb 2.17,18; 4.14-16; 5.1-4; 7.11). No entanto, o sacerdócio de Cristo é superior, quanto a:

4.1. Perfeição moral (Hb 7.26-28);

4.2. Função mediadora (Hb 5.5,6,10; 7.21);

4.3. Consagração permanente (Sl 110.4; Hb 2.17; 7.26-28);

4.4. Intercessão nos céus (Hb 2.18; 7.25);

4.5. A oferta de si mesmo (Hb 9.14; Hb 10.10).

CONCLUSÃO

O tabernáculo foi idealizado por Deus e edificado com as contribuições dos hebreus, com o propósito de que neste lugar Deus habitasse entre o Seu povo e dele recebessem ofertas. Esta casa sagrada e os seus móveis prefiguram Cristo e a Sua obra redentora em prol de todos os homens.

REFERÊNCIAS

1. CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia.

2. CABRAL Elienai. Tabernáculo – um lugar da habitação de Deus. Lições bíblicas 2º Trimestre 2019. CPAD Rio de Janeiro RJ.

3. GONÇALVES, José. A supremacia de Cristo Fé.

4. HOFF, Paul. O Pentateuco.

5. STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

AS CARACTERÍSTICAS DE LIDERANÇA DE MOISÉS

 


TEXTO BÍBLICO

Hebreus 1123-29 “Pela fé Moisés, logo ao nascer, foi escondido por seus pais durante três meses, porque viram que o menino era formoso; e não temeram o decreto do rei. 24- Pela fé Moisés, sendo já homem, recusou ser chamado filho da filha de Faraó; 25- escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus do que ter por algum tempo o gozo do pecado, 26- tendo por maiores riquezas o opróbrio de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa. 27- Pela fé deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como quem vê aquele que é invisível. 28- Pela fé celebrou a páscoa e a aspersão do sangue, para que o destruidor dos primogênitos não lhes tocasse. 29- Pela fé os israelitas atravessaram o Mar Vermelho, como por terra seca; e tentando isso os egípcios, foram afogados.”

INTRODUÇÃO. Um dos exemplos mais notáveis de liderança na Bíblia é o exemplo de Moisés. Eu acho que é importante notar que ele aprendeu os princípios de liderança e a fé de seus pais (ver versículo 23) e ele aprendeu princípios de liderança e organização de seu sogro, Jetro (Êx 18.13-27).

Moisés foi um aluno capaz e se torna um líder capaz, com grandes características de liderança. Hebreus 11 lista Moisés na grande galeria dos heróis da fé e descreve as características de liderança que lhe permitiu ter sucesso na imensa tarefa que lhe foi dada pelo Senhor.

I. FÉ

Hebreus 11.24 “Pela fé Moisés, sendo já homem, recusou ser chamado filho da filha de Faraó”.

Que incrível história de fé. Moisés, como você sabe, foi colocado pela fé no rio e salvo das águas pela filha do Faraó e levado para ser criado como seu próprio filho. No entanto, ele foi realmente criado por seus próprios pais que fizeram o papel de babá.

Mas quando Moisés tinha certa idade, ele escolheu Deus e seu povo ao invés da casa, fama e riqueza de Faraó. Para isso foi necessário esperança e fé em Deus, mas isso é o que devemos ter para ser um grande líder para Deus.

Hebreus 11.1 “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem”.

Precisamos de pessoas de fé genuína na liderança cristã hoje.

II. FIDELIDADE

Hebreus 11.25 “escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus do que ter por algum tempo o gozo do pecado”

A integridade é a solidez moral e ética. No plano físico, é uma integralidade ou totalidade não reduzida ou ininterrupta. Muitas pessoas em posições de liderança realmente não se qualificam para a liderança, porque eles são um fracasso na área da moralidade e da ética. Eles são um fracasso na área de sua relação com Deus e isso se nota em suas relações com o homem.

Precisamos de mais pessoas com integridade na liderança cristã hoje.

III. PREVENÇÃO

Hebreus 11.26 “tendo por maiores riquezas o opróbrio de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa”

Moisés viu o grande panorama não apenas os problemas do momento. Ele viu a grande figura de Deus. Muitos ficam focados na pequena figura... figura do homem. A grande figura de Deus é maior do que a figura do homem, não importa quão boa a figura do homem é.

As riquezas de Cristo são maiores do que as riquezas de Faraó, mesmo que o caminho para a riqueza de Cristo nos leva através do sofrimento. Ainda vale a pena seguir a Cristo.

Nós temos que ter uma visão que vê mais do que os problemas, mas também vê a possibilidade por causa do poder de Deus. Esta é a visão que devemos compartilhar com aqueles que Deus nos dá para liderar.

IV. FIRMEZA

Hebreus 11.27 “Pela fé deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como quem vê aquele que é invisível”.

Decisões devem ser tomadas, mesmo se elas envolvem medo e risco. Moisés tomou a decisão de abandonar o Egito (a segurança de Israel) e sair para a terra prometida (segurança de Deus).

Mas sair da segurança do homem para segurança real de Deus, inevitavelmente, nos leva através do deserto e prova a nossa fé em Deus. Mas, é preciso líderes espirituais reais para liderar o caminho, mesmo em face da oposição.

V. DESEMPENHO

Hebreus 11.28 “Pela fé celebrou a páscoa e a aspersão do sangue, para que o destruidor dos primogênitos não lhes tocasse”.

Agora; uma coisa é decidir e outra coisa é fazer. Quando Moisés estava negociando a libertação de Israel do Egito com Faraó, ele pronunciou as pragas, uma por uma para o Egito. Quando chegou a páscoa, Moisés conduziu Israel para ser obediente à observância, mesmo em uma terra estranha, porque isso era o certo.

Era uma figura da cobertura e da redenção fornecida pelo sangue derramado de Cristo na cruz. Essa aspersão do sangue salvou o crente Israel e condenou o descrente Egito. É a mesma coisa hoje. Precisamos de líderes espirituais para nos conduzir em obediência a Cristo.

VI. LIBERDADE

Hebreus 11.29 “Pela fé os israelitas atravessaram o Mar Vermelho, como por terra seca; e tentando isso os egípcios, foram afogados”.

Quando Deus diz marche, é hora de se mover. É responsabilidade dos líderes espirituais liderar o povo de Deus através do Mar vermelho da vida. O mar está na frente de nós, as montanhas estão de ambos os lados de nós, e o inimigo está se aproximando atrás de nós.

Deus diz que Ele vai abrir o mar e nos dar passagem a seco para o outro lado. É hora de marchar e os verdadeiros líderes com as características de liderança de Moisés conduzir o povo de Deus para o outro lado.

CONCLUSÃO. Não é à toa que a maioria dos judeus e dos cristãos e de outras religiões igualmente considera Moisés um dos líderes mais capazes de todos os tempos. Ele foi um grande líder espiritual que encarna as grandes características de liderança listadas na Bíblia e que não descrevem apenas Moisés, mas outros grandes líderes que seguiram a Deus, incluindo Davi, Neemias e o Apóstolo Paulo, para citar apenas alguns.

E, claro, as características de liderança de Cristo e seus ensinos sobre a fé ofuscam todos eles.

Hebreus 12.1-3 “Portanto, nós também, pois estamos rodeados de tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta, 2- fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé, o qual, pelo gozo que lhe está proposto, suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado à direita do trono de Deus. 3- Considerai, pois aquele que suportou tal contradição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos canseis, desfalecendo em vossas almas.”

Será que estas características de liderança descrevem o seu tipo de liderança? Talvez você precise trabalhar em uma ou duas dessas características para se tornar o líder que Deus quer que você seja para Ele na obra do Reino que Ele lhe deu.

https://www.opregadorfiel.com.br/2013/11/as-caracteristicas-de-lideranca-de.html

MOISÉS, UM LÍDER VITORIOSO

 


TEXTO BÍBLICO

Números 27.12-17 “Depois, disse o SENHOR a Moisés: Sobe este monte Abarim e vê a terra que tenho dado aos filhos de Israel. 13- E, havendo-a visto, então, serás recolhido ao teu povo, assim como foi recolhido teu irmão Arão; 14-porquanto rebeldes fostes no deserto de Zim, na contenda da congregação, ao meu mandado de me santificardes nas águas diante dos seus olhos. (Estas são as águas de Meribá de Cades, no deserto de Zim).15- Então, falou Moisés ao SENHOR, dizendo:16- O SENHOR, Deus dos espíritos de toda carne, ponha um homem sobre esta congregação, 17- que saia diante deles, e que entre diante deles, e que os faça sair, e que os faça entrar; para que a congregação do SENHOR não seja como ovelhas que não têm pastor.

INTRODUÇÃOA. A vida de Moisés é um milagre em todos os sentidos. Nascido sob condições extremamente desfavoráveis, sem ter sequer o direito de viver, foi escondido por três meses por seus pais. Para salvar sua vida, sua mãe colocou-o dentro de um cesto betumado no rio Nilo (um rio cheio de crocodilos). Mas, a filha de Faraó o encontrou nas águas do rio e o resgatou. Tirado das águas (daí provém seu nome), ele foi criado como filho da filha de Faraó.

Quando adulto, não compreendeu o tempo de Deus para a sua vida e de seu povo e acabou agindo com precipitação e arrogância, tendo de fugir do Egito.

A formação desse homem extraordinário, suas lutas, dilemas e conquistas, será o tema dessa lição.

I. QUEM ERAMOISÉS

“MOISÉS, hb. Tirado. Libertador, estadista, historiador, poeta e legislador hebreu — o maior vulto do Antigo Testamento. Deus o usou para formar, de uma raça de escravos egípcios e sob as maiores dificuldades, uma nação poderosa que completamente alterou o curso da humanidade. A história de Moisés ocupa os livros de Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio — a sétima parte da Bíblia. Ele merece a fama de ter sido um dos maiores homens de todas as épocas. Apesar de ser criado em um foco de idolatria e cercado em toda a vida de adoração a ídolos, ele não se contaminou e edificou a nação de Israel na Rocha Firme e a ensinou a cultuar ao único Deus, Jeová. Qual outro homem cujas obras foram acompanhadas de tantas e tão estupendas maravilhas? Falava ‘boca a boca’ com Deus (Nm 12.8). “E nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, a quem o SENHOR conhecera face a face; nem semelhante em todos os sinais e maravilhas, que o SENHOR o enviou para fazer na terra do Egito, a Faraó, e a todos os seus servos, e a toda a sua terra; e em toda a mão forte e em todo o espanto grande que operou Moisés aos olhos de todo o Israel (Dt 34.10-12)” [BOYER, Orlando. Pequena Enciclopédia Bíblica. 36.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2016, pp. 364, 365].

II. A JORNADA DE MOISÉS

1. Um homem com um ideal. Há certas motivações que impulsionam as pessoas fortemente, fazendo-as conquistarem objetivos aparentemente inalcançáveis. Moisés, o libertador hebreu, guardava no coração e mente o desejo profundo de conduzir o seu povo até a Terra Prometida. Esse foi o seu ideal de vida.

Aos 40 anos, decidiu por conta própria, retirar o seu povo da escravidão egípcia. Mas não deu certo e ele teve de amargar um ostracismo que durou 40 anos. Até que Deus, então, lhe apareceu e o chamou. Moisés precisava libertar o povo e conduzi-lo a uma terra que manava leite e mel. A partir de então, ele batalhou, usando toda a sua energia — por 40 anos — para que seu objetivo fosse alcançado. E você? Desiste facilmente de seus projetos de vida?

2. Um homem que também cometeu erros. Depois de quase 40 anos sofrendo num deserto inóspito e conduzindo milhões de pessoas insubordinadas e de corações duros, Moisés cometeu um desatino. Deus o mandou falar à rocha, mas na sua ira ele a feriu por duas vezes (Nm 20.7-11). Certamente este foi o maior erro de sua vida. O salmista, séculos depois, afirmou no Salmo 106.33: “Porque irritaram o seu espírito, de modo que falou imprudentemente com seus lábios”.

Em determinadas ocasiões, os erros cometidos podem não trazer consequências tão graves, mas em noutros momentos, porém, os equívocos são inadmissíveis, inaceitáveis, principalmente no que tange às coisas que digam respeito à obra de Deus, o ministério.

3. Um homem que aceita parar. O sonho de adentrar na Terra Prometida termina para Moisés quando o Senhor lhe diz: “Pelo que verás a terra diante de ti, porém não entrarás nela, na terra que darei aos filhos de Israel” (Dt 32.52). Moisés ainda tentou argumentar com o Altíssimo, como fizera outras vezes, mas o Senhor foi taxativo: “Basta; não me fales mais neste negócio” (Dt 3.26).

Em momento algum vemos no texto bíblico, ainda que indiretamente, sinais demonstrando que Moisés tenha ficado com raiva de Deus. Absolutamente! Ele foi um servo submisso e fiel ao Senhor até o fim dos seus dias.

Como servo, ele tinha consciência de que chegaria o seu momento de parar. Conhecer o tempo de começar e de terminar é uma virtude que somente os mais nobres e espirituais possuem. Jesus compreendia perfeitamente o tempo do Pai: “[_] sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai […]” (Jo 13.1). Como cristãos necessitamos conhecer o tempo de Deus em nossas vidas e ministério.

Por que Deus foi tão rigoroso em punir Moisés por ferir a rocha?

Ponto Importante. Às vezes, nossos erros produzem consequências implacáveis em nossa vida pessoal, familiar e em nosso ministério, mas Deus não nos abandona. Ele deseja que nos arrependamos e deixemos o nosso erro.

III. MOISÉS, UM HOMEM À FRENTE DO SEU TEMPO

1. Um homem de sucesso. Mas o que é o sucesso para você? Será possuir riquezas, prestígio, fama? Certamente que não. Conta-se que, certa vez, uma atriz famosa disse a um repórter: “Se sou uma lenda como você diz, porque estou tão sozinha? Vou lhe dizer uma coisa: tudo bem ser uma lenda, desde que você tenha por perto, alguém que te ame”.

Uma pessoa de sucesso é aquela que, apesar de seus pequenos recursos, obtém êxito em realizações pessoais e coletivas. Sucesso, então, é algo relativo, mas que sempre envolve amor e a conquista de desafios. Nesse sentido, Moisés pode ser considerado um homem de sucesso, pois ele viveu perto de pessoas que o amavam: Arão, Miriã, Josué, Calebe, entre outros. Moisés deixou a sua marca na história do seu povo. Conquistou o que era impossível aos olhos humanos e foi um sucesso como legislador, poeta, libertador, profeta e estadista.

2. Uma referência para sua geração. Moisés também é um referencial na história do direito, pela entrega ao povo de um código legal muito avançado para sua época. Também é o maior profeta do Antigo Testamento. As suas realizações extraordinárias, seu caráter e sua fidelidade a Deus fazem dele o mais importante personagem do Antigo Testamento.

3. Um homem que cumpriu sua missão. Moisés cumpriu o projeto que Deus tinha para sua vida. Alcançou um patamar de excelência, tendo seu nome incluído na galeria dos heróis da fé (Hb 11.23-29). O deserto e as muitas adversidades não lhe impediram de cumprir com a missão que lhe foi outorgada pelo Senhor.

Moisés cumpriu com a sua missão. O que você tem feito para que os propósitos de Deus se cumpram em sua vida?

Ponto Importante. Como Moisés, cumpra a missão que lhe foi confiada pelo Senhor, ainda que seja preciso atravessar o deserto.

IV. A ÚLTIMA BATALHA DE MOISÉS

1. A última missão. Foi Deus quem falou com Moisés que a sua carreira e o seu tempo de vida nesta terra estavam chegando ao final (Nm 27.12,13). Moisés tinha maturidade emocional para ouvir o que o Senhor lhe havia revelado. Você teria essa mesma maturidade? Como reagiria? Moisés confiava no Deus a quem dedicou grande parte da sua vida.

2. Um erro fatal. A guerra contra os midianitas, a última de Moisés (Nm 31. 1,2), não era aparentemente perigosa, pois do exército de Israel foram enviados apenas doze mil homens, um número irrisório. O exército de Israel pelejou contra os midianitas e o Senhor ordenou que todos os homens fossem mortos. Mas Israel decidiu poupar as mulheres midianitas, ao que se indignou Moisés e disse: “Deixastes viver todas as mulheres? Eis que estas foram as que, por conselho de Balaão, deram ocasião aos filhos de Israel de prevaricar contra o SENHOR, no negócio de Peor, pelo que houve aquela praga entre a congregação do SENHOR” (Nm 31.15,16). A santidade e a obediência de Moisés não foram observadas e imitadas pelo povo. Eles não observaram o exemplo do seu líder.

3. A purificação. O Senhor então determinou o cumprimento integral da sua palavra e ordenou que ficassem alojados durante sete dias fora do arraial a fim de serem purificados (Nm 31. 19). Deus, mais uma vez, estava demonstrando ao seu povo a importância da obediência e da santidade. Ainda hoje, o Senhor requer de cada crente a adoção de um alto padrão de devoção e o comprometimento com Ele, porque está escrito: “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver” (1ª Pe 1.15).

Deus ainda continua a exigir santidade do seu povo?

Ponto Importante. Moisés também cometeu erros, mas ele cumpriu todo o propósito que Deus tinha para sua vida.

CONCLUSÃO.

Moisés, servo fiel do Senhor, tornou-se um líder vitorioso no deserto, não obstante as suas lutas. Aprendemos com ele que, em nossa trajetória, nem tudo ocorre como planejamos, mas Deus nunca perde o controle da nossa história. Moisés concluiu sua trajetória de vida como um homem feliz, embora não tenha entrado na Terra Prometida.

sábado, 19 de junho de 2021

AS QUATRO PROPOSTAS DE FARAÓ

 


Êxodo 3.10 “Vem agora, pois, e eu te enviarei a Faraó para que tires o meu povo (os filhos de Israel) do Egito.”

Êxodo 8.25-28 “Então chamou Faraó a Moisés e a Arão, e disse: Ide, e sacrificai ao vosso Deus nesta terra. 26- E Moisés disse: Não convém que façamos assim, porque sacrificaríamos ao Senhor nosso Deus a abominação dos egípcios; eis que se sacrificássemos a abominação dos egípcios perante os seus olhos, não nos apedrejariam eles? 27- Deixa-nos ir caminho de três dias ao deserto, para que sacrifiquemos ao Senhor nosso Deus, como ele nos disser. 28- Então disse Faraó: Deixar-vos-ei ir, para que sacrifiqueis ao Senhor vosso Deus no deserto; somente que, indo, não vades longe; orai também por mim.”

De acordo com a palavra de Deus existem três lugares que o crente pode estar:

1° Egito. Quando você pratica algo fora da vontade de Deus Se eu ainda estou praticando as mesmas coisas que antes da conversão significa que ainda estou no Egito. O Egito na Bíblia significa mundo. Se estivermos praticando as mesmas coisas que o mundo pratica, péssima notícia, estamos ainda no Egito.

2° Deserto. Quando você é tentado, mas não pratica. Existe uma diferença, entre ser tentado e ceder à tentação. Ser tentado não significa que pecamos, mas ser tentado pode nos levar ao pecado.

3° Canaã. Quando você está vivendo a palavra de Deus. Deleite, prazer e alegria, Reino de Deus.

INTRODUÇÃO. Neste estudo veremos quando o povo de Israel estava para sair do Egito, Faraó fez quatro propostas a Moisés para reter o povo no cativeiro. Essas propostas eram indecentes. Tinham como objetivo enganar o povo e mantê-lo na escravidão.

1. Israel clamou ao Deus Eterno. Êxodo 2.23-25 “E aconteceu, depois de muitos dias, que morrendo o rei do Egito, os filhos de Israel suspiraram por causa da servidão, e clamaram; e o seu clamor subiu a Deus por causa de sua servidão. 24- E ouviu Deus o seu gemido, e lembrou-se Deus da sua aliança com Abraão, com Isaque, e com Jacó; 25- E viu Deus os filhos de Israel, e atentou Deus para a sua condição.”

2. Deus ouviu o clamor do Seu povo. Êxodo 3.7-11 “E disse o Senhor: Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores. 8- Portanto desci para livrá-lo da mão dos egípcios, e para fazê-lo subir daquela terra, a uma terra boa e larga, a uma terra que mana leite e mel; ao lugar do cananeu, e do heteu, e do amorreu, e do perizeu, e do heveu, e do jebuseu. 9- E agora, eis que o clamor dos filhos de Israel é vindo a mim, e também tenho visto a opressão com que os egípcios os oprimem. 10- Vem agora, pois, e eu te enviarei a Faraó para que tires o meu povo (os filhos de Israel) do Egito.”

Após 430 anos de escravidão, o Senhor Deus levantou Moisés para tirar Seu povo do cativeiro. Quando Deus apareceu a Moisés no Monte Horebe deu-lhe uma missão quase impossível: Vem agora, pois, e eu te enviarei a Faraó, para que tires o Meu povo, os filhos de Israel, do Egito. E tendo (de má vontade) aceitado aquela missão, enfrentou a astúcia do soberano do Egito que não tinha nenhuma vontade de deixar o povo ir. Por quatro vezes Faraó tentou enganar Moisés sem lograr êxito.

I. AS QUATRO PROPOSTAS A MOISÉS PARA RETER O POVO NO CATIVEIRO

1. Sirvam ao seu Deus no Egito. “Então chamou Faraó a Moisés e a Arão, e disse: Ide, e sacrificai ao vosso Deus nesta terra.” (V. 25).

·         O Egito é um símbolo do mundo. O Egito é um mau caminho - é caminho largo.

·         A escravidão é um símbolo do pecado;

·         Faraó é um símbolo de Satanás;

A primeira proposta que Faraó sugeria que o povo servisse a Deus, desde que não deixasse o Egito. Faraó quer que adoramos a Deus nesta terra, no Egito.

Deus não aceitaria um sacrifício na terra da escravidão. O Egito simboliza o mundo, lugar do pecado; temos que sair do mundo para consagrar nossa vida ao Senhor. Deus requer uma mudança. Sacrifício no Egito significa um falso ensino e uma falsa conversão. A mensagem de Deus é: Arrependei-vos e convertei-vos dos maus caminhos. O Egito é um mau caminho - é caminho do mundo. O pecador para receber o perdão de Deus tem que abandonar o mundo, sair do Egito, e tornar-se para Deus. O Faraó, com aquela proposta, queria que Moisés e o povo de Israel pensassem que estariam agradando a Deus, mas seu real propósito era que eles continuassem escravos. O Egito é a terra da escravidão; Faraó é simboliza satanás e Moisés o libertador, uma figura do Cristo. Moisés recusou a proposta de Faraó e não houve acordo.

1.2. Nesta terra, neste lugar. Faraó propôs a Moisés a sacrificar nesta terra, ou seja, adore a Deus, no mundo. Não precisa sair do Egito. Ele quer que levantemos altares de adoração a Deus, dentro do Egito, ou seja, ligados com o mundo.

A princípio parecia uma proposta simpática e acolhedora. Mas, toda vantagem proposta por Satanás tem uma armadilha.

1.3. Saia do Egito. Ainda hoje, Satanás usa a mesma estratégia, induzindo as pessoas a pensar que podem adorar a Deus sem sair da escravidão do pecado.

- Que podem entrar para a igreja sem romper com os esquemas do mundo. Que podem colocar uma bela máscara de santidade, sem mudar de vida.

- Que podem se tornar religioso sem novo nascimento. Faraó propõe a religião da forma sem vida, do ritual sem conversão, da aparência sem novo nascimento.

- Moisés rechaçou a sedutora proposta de Faraó e nós devemos, também, rejeitar firmemente as insinuações do diabo. Não basta levantar altares a Deus. Precisamos sair do Egito!

A. O Egito não lugar de adorar a Deus.

B. Vivendo no Egito, não podemos servir ao Senhor com santidade. “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.” (Hb 12.14).

C. Servir a Deus na forma do mundo é religiosidade.

2. Sirvam ao seu Deus no deserto, mas não vá longe. “...indo, não vades longe; orai também por mim.” (v. 28b).

A segunda proposta que Faraó propõe o povo ir, mas não ir tão longe. Aonde eu poso te ver, te orientar, e te usar (escravizar).

2.1. Não se aprofunde na adoração. Sirva a Deus, mas sem oração, sem meditação da Palavra de Deus e sem responsabilidade.

A proposta de Faraó a Moisés, era um culto raso e vazio. Porém, o mestre Jesus no monte das oliveiras exige a vigilância e a oração de Seus discípulos:

Mateus 26.36,37 “Então chegou Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani, e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto vou além orar. 37- E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito.”

“...vou além orar.”

- Deixando oito discípulos reunidos, Jesus levou Pedro, Tiago e João mais adiante e entraram no jardim. Finalmente ele se afastou até mesmo deles para ficar sozinho em oração. Ordenou aos três que se encontravam mais perto (como também aos demais de um modo geral) que velassem, isto é, que lhe emprestassem força através de sua presença alerta e simpática.

Mateus 26.40,41 “E, voltando para os seus discípulos, achou-os adormecidos; e disse a Pedro: Então nem uma hora pudeste velar comigo? 41- Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.”

Mateus ainda esclarece que naquela noite Jesus orou três vezes no Jardim do Getsêmani. No intervalo entre uma oração e outra, Jesus sempre encontrou os seus discípulos dormindo. Foi nesse contexto que Jesus fez a seguinte exortação: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade o espírito está pronto, mas a carne é fraca.”

Por isso o doutor Lucas adverte a igreja a persevera no ensino dos apóstolo e na oração: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.” (Atos 2.42).

O nosso adversário não quer que o crente em Jesus, se aprofunde na comunhão com o Pai, através da oração e na mediação das Sagradas Escrituras.

3. Sirvam ao seu Deus, mas deixem a família fora disso. Êxodo 10.8-11 “Então, Moisés e Arão foram conduzidos à presença de Faraó; e este lhes disse: Ide, servi ao Senhor, vosso Deus; porém quais são os que hão de ir? 9- Respondeu-lhe Moisés: Havemos de ir com os nossos jovens, e com os nossos velhos, e com os filhos, e com as filhas, e com os nossos rebanhos, e com os nossos gados; havemos de ir, porque temos de celebrar festa ao Senhor. 10- Replicou-lhes Faraó: Seja o Senhor convosco, caso eu vos deixe ir e as crianças. Vede, pois tendes conosco más intenções. 11- Não há de ser assim; ide somente vós, os homens, e servi ao Senhor; pois isso é o que pedistes. E os expulsaram da presença de Faraó.”

Somente vós, os homens...”. A terceira proposta Faraó propõe a Moisés levar o povo, mas deixar no Egito as crianças e os jovens. Com isso, está insinuando que o lugar para os jovens desfrutarem a vida é no Egito.

Caso falhem as artimanhas de “Faraó” para nos impedir de sair do “Egito”, certamente ele apelará para a intimidação, fazendo ameaças à nossa família. Ele não se “opõe” a que você sirva a Deus, desde que deixe para trás filhos e cônjuge. Infelizmente, muitos irmãos têm deixado o diabo roubar-lhes os próprios filhos. Precisamos parar de barganhar com Faraó, e posicionar-nos para lutar e defender o nosso direito de servir a Deus com a nossa família, sem ingerência alguma do diabo.

Moisés, com firmeza, resiste a proposta de Faraó e não abre mão das crianças nem dos jovens. A família não pode estar dividida. Velhos, jovens e crianças, todos, devem estar na presença de Deus, a serviço de Deus, pois o lugar dos jovens desfrutarem a vida e encontrarem plenitude de alegria é na presença de Deus.

Faraó quer induzir Moisés a pensar que o culto a Deus não tem atrativos para os jovens e que eles devem ficar no Egito, onde os prazeres são mais vibrantes. Essa mentira de Faraó traveste-se de muitas outras sedutoras propostas em nossos dias. Muitos jovens abandonam as fileiras da fé para retrocederem aos prazeres transitórios do pecado.

II. SIRVAM AO SEU DEUS, MAS DEIXE OS SEUS BENS FORA DISSO

Êxodo 10.24-26 “Então Faraó chamou a Moisés, e disse: Ide, servi ao Senhor; somente fiquem vossas ovelhas e vossas vacas; vão também convosco as vossas crianças. 25- Moisés, porém, disse: Tu também darás em nossas mãos sacrifícios e holocaustos, que ofereçamos ao Senhor nosso Deus. 26- E também o nosso gado há de ir conosco, nem uma unha ficará; porque daquele havemos de tomar, para servir ao Senhor nosso Deus; porque não sabemos com que havemos de servir ao Senhor, até que cheguemos lá.”

1. Não precisamos negociar coisa alguma com “Faraó”. Faraó ao ver esgotadas todas as suas sugestões, tentou sua última cartada. Sugeriu que Moisés fosse embora, mas deixasse para trás o rebanho. Os israelitas serviriam a Deus, mas seus rebanhos ficariam no Egito. A reposta de Moisés é corajosa e emblemática. Disse a Faraó que nem uma unha ficaria no Egito (Êx 10.26). Muitos querem adorar a Deus, deixando seus bens no Egito. Querem servir a Deus sem consagrar a ele seus bens. A Escritura é enfática em dizer que não podemos separar o culto que prestamos a Deus dos bens que possuímos, pois onde estiver o nosso tesouro, aí também estará o nosso coração. Cuidado com as propostas de Faraó, elas são indecentes e muito perigosas. Acautelemo-nos!

Você não precisa aceitar a ideia de que Deus quer a pobreza e a miséria para você. “Faraó” fez tudo para impedir que o povo levasse seus bens, mas Deus não permitiu, e ainda fez mais: fez com que cada egípcio presenteasse os hebreus com ouro e prata. Cremos que é esta mesma atitude que Deus espera de nós hoje. Não ceda nem um centavo para o diabo. Vamos servir a Deus com os nossos bens. A maneira bíblica de vencer “Faraó”, nesta questão, é entregar ao Senhor os nossos bens. Quando entregamos nossas ofertas, destronamos “Faraó”. E os mais importantes, abrem-se portas para que a bênção financeira venha sobre nós. Analisando as propostas de Faraó, descobrimos que o inimigo sempre cede aos poucos, mas cede. “Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.” (Tg 4.7). Por isso, precisamos permanecer na posição correta e tomar cada parte da herança que nos pertence. Portanto, pare de negociar com “Faraó”; não aceite nenhuma de suas propostas.

2. Sirvam a Deus, mas levem tudo. Êxodo 12.29-36 “E aconteceu, à meia-noite, que o Senhor feriu a todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito de Faraó, que se sentava em seu trono, até ao primogênito do cativo que estava no cárcere, e todos os primogênitos dos animais. 30- E Faraó levantou-se de noite, ele e todos os seus servos, e todos os egípcios; e havia grande clamor no Egito, porque não havia casa em que não houvesse um morto. 31- Então chamou a Moisés e a Arão de noite, e disse: Levantai-vos, saí do meio do meu povo, tanto vós como os filhos de Israel; e ide, servi ao Senhor, como tendes dito. 32- Levai também convosco vossas ovelhas e vossas vacas, como tendes dito; e ide, e abençoai-me também a mim. 33- E os egípcios apertavam ao povo, apressando-se para lançá-los da terra; porque diziam: Todos seremos mortos. 34- E o povo tomou a sua massa, antes que levedasse, e as suas amassadeiras atadas em suas roupas sobre seus ombros. 35- Fizeram, pois, os filhos de Israel conforme à palavra de Moisés, e pediram aos egípcios joias de prata, e joias de ouro, e roupas. 36- E o Senhor deu ao povo graça aos olhos dos egípcios, e estes lhe davam o que pediam; e despojaram aos egípcios.”

O juízo de Deus não se dirigiu somente a Faraó ou aos chefes de estado da terra, mas ao Egito como um todo, já que eles eram igualmente responsáveis pela opressão e escravidão imposta ao povo de Deus. Portanto, Faraó mandou chamar a Moisés pela última vez, na calada da noite, e disse: Levantai, e saí do meio do meu povo, tanto vós como os filhos de Israel; e ide, e servi ao Senhor, como tendes dito. Levai também convosco vossas ovelhas e vossas vacas, como tendes dito; e ide e abençoai-me também a mim.”

3. “E os egípcios apertavam ao povo, apressando-se para lançá-los da terra...”. Agora são os próprios egípcios que estão pedindo a saída dos israelitas de suas terras com receio de serem todos mortos. E fizeram, pois, os filhos de Israel conforme a palavra de Moisés e pediram aos egípcios vasos de prata, vasos de ouro e vestes. E saíram em vitória, livres e prósperos.

O Senhor Deus é o dono da prata e do ouro e Ele é um Deus Justo. O Senhor havia orientado a Moisés a pedir fundos aos vizinhos egípcios, e a promessa de que o próprio Deus faria os egípcios atenderem a este pedido (Êx 11.2-3). Era, na realidade, uma indenização a pagar aos escravos libertos, uma fração daquilo que lhes era devido (cf. Dt 15.13-14).

CONCLUSÃO. Essa história de Moisés tem milhares de anos. Mas mesmo assim Satanás não muda a sua estratégia. Ele sempre vai tentar negociar coisas na nossa vida. Ele sempre vai tentar negociar à nossa maneira de servir a Deus. Por isso hoje tome algumas decisões: decida ir mais longe em Deus, decida sair da superficialidade. Decida servir a Deus com o seu melhor. Decida fazer mais para o Senhor. Decida servir mais na sua comunidade. Decida se envolver mais na obra de Deus. Decida servir ao Senhor junto com a sua família. Não abra mão da sua esposa ou do seu marido, dos seus filhos estarem juntos com você na igreja. Decida servir a Deus com os seus recursos. Esse foi o exemplo que Moisés deixou para cada um de nós.

Que cada um de nós possa dar o melhor a DEUS servindo com tudo que temos e somos sei deixar que faraó influencie as nossas vidas. O SENHOR tem para nós vida abundante com benção para os seus filhos.

Pr. Elias Ribas

Assembleia de Deus

Blumenau SC

sexta-feira, 18 de junho de 2021

QUEM FOI O HOMEM QUE SUBTITUIU MOISÉS?

 


INTRODUÇÃO. O Eterno sempre usou o homem para anunciar a salvação, para conduzir o Seu povo ao Seu propósito e Ele escolhe os homens para este trabalho. Homens que tenham passado pela Sua escola e que sejam aptos e aprovados para conduzir o Seu povo.

Este homem foi Josué. Ele tinha:

Experiência, santidade, coragem e sabedoria.

Josué foi o homem escolhido para substituir Moisés e conduzir o povo.

Josué serviu Moisés 40 anos no deserto.

I. QUEM ERA JOSUÉ

1. O significado do nome de Josué. O nome Josué, no hebraico, Yehōshuāh (Nm 13.16), é composto pela abreviação do nome divino (YAHWEH) e pelo vocábulo “salvação”. Literalmente significa “Salvação de YAHWEH”, ou “YAHWEH é Salvador”. O nome “Josué”, no Antigo Testamento, corresponde a “Iēsous”, “Jesus”, em o Novo Testamento (At 7.45). Daí a razão pela qual Clyde Francisco, afirma que "assim como o primeiro Jesus conquistou a terra da mão do inimigo, o segundo Jesus conquistou vitoriosamente o céu, pela vitória sobre o pecado”.

Josué era chamado originalmente de Oséias (Nm 13.8; Dt 32.44), entretanto, seu nome fora mudado por Moisés em Cades (Nm 13.16). Oséias significa “salvação”, todavia, seguindo a prática hebreia e semítica de mudar o nome a fim de ratificar a mudança de posição ou destino, Moisés, influenciado pelo Espírito de Deus, muda o nome do primogênito da tribo de Efraim para Yehōshuāh. Com a mudança do nome, altera-se também a função e a responsabilidade do indivíduo diante do Senhor e do povo israelita.

1. Servo de Moisés. Êx 24.1 “Levantou-se Moisés com Josué, seu servidor, e, subindo Moisés ao monte de Deus”.

Josué era seu ministro ou servo, e seria uma satisfação para ele tê-lo como companheiro durante os seis dias em que permaneceu no monte antes que Deus o chamasse. Josué deveria ser seu sucessor e, portanto, foi honrado diante do povo e, portanto, foi preparado sendo treinado em comunhão com Deus.

2. Não tinha experiência. Êx 32.16-19 “As tábuas eram obra de Deus; também a escritura era a mesma escritura de Deus, esculpida nas tábuas. Ouvindo Josué a voz do povo que gritava, disse a Moisés: Há alarido de guerra no arraial, respondeu-lhe Moisés: Não é alarido dos vencedores nem alarido dos vencidos, mas alarido dos que cantam é o que ouço. Logo que se aproximou do arraial, viu ele o bezerro e a danças; então, ascendendo-se a ira, arrojou das mãos as tábuas e quebrou-as ao pé do monte”.

Após 40 dias no monte, Moisés e Josué descem do monte, Moisés traz consigo as tabuas escrita com os 10 mandamento escrita pelo próprio Deus. Ao descer ouvem a voz do povo que gritava. Porem Josué disse a Moisés: Há alarido de guerra no arraial...”

Moisés respondeu: “Não é alarido dos vencedores nem alarido dos vencidos, mas alarido dos que cantam é o que ouço...”

“Logo que se aproximou do arraial, viu ele o bezerro e a danças; então, ascendendo-se a ira, arrojou das mãos as tábuas e quebrou-as ao pé do monte”.

Josué era ainda novo para discernir o que estava acontecendo, e entendeu que era alarido de guerra, mas Moisés já tinha grandes experiências com Deus, portanto discerniu que o alarido não era de vencedores e nem de vencidos, ou seja, algo estranho estava acontecendo no meio do arraial, e ao aproximar viu a loucura que o povo estava cometendo, em adorar um bezerro de ouro (deus do Egito). Assim podemos ver que Josué precisou caminhar 40 anos ao lado de Seu líder para aprender com seu mestre.

II. A CHAMADA DE JOUÉ

Dt 31.27 “Ordenou o Senhor a Josué, filho de Num, e disse: Sê forte e corajoso, porque tu introduzirás os filhos de Israel na terra que sob juramento, lhes prometi; e eu serei contigo”.

Josué foi um grande companheiro de Moisés, durante a travessia do deserto.

O que nos revela a história deste companheiro inseparável de Moisés, é o Resultado que ela trará para sua vida. O Chamado de Josué é apenas uma prévia do resultado das escolhas que deus costuma fazer.

1. Deus manda Moisés Fazer à apresentação legal de Josué ao povo... (Dt 31.7).

2. Depois da apresentação solene, Josué será conduzido à tenda da Revelação (v. 14). Ver-se nisso todo um preparo advindo de Deus para a vida do futuro substituto de Moisés.

III. TINHA A COMPANHIADA DO PRÍNCIPE DOS EXÉRCITOS

Js 5.13-15 “Estando Josué ao pé de Jericó, levantou os olhos e olhou; eis que se achava em pé diante dele um homem que trazia na mão uma espada nua; chegou-se Josué a ele e disse-lhe: És tu dos nossos ou dos nossos adversários? Respondeu ele: Não; sou príncipe do exército do Senhor e acabo de chegar. Então Josué se prostrou com o rosto em terra, e o adorou, e disse-lhe: Que diz senhor ao seu servo. Respondeu o príncipe do exército do Senhor a Josué: Descalça as sandálias dos pés, porque o lugar em que está é santo. E fez Josué assim”.

“Josué, viu um homem que estava diante dele, o qual tinha uma espada nua em sua mão”. É evidente pela tensão do contexto que isso não era uma mera visão, mas uma aparência real; que surpreendeu, mas não assustou, o corajoso líder.

O homem que Josué viu e que se identificou como “Príncipe do exército do Senhor”, era o próprio Deus mesmo (Js 6.2), na pessoa do Senhor Jesus Cristo. Seria uma teofania (cf. Êx 14.19).

“....prostrando-se sobre seu rosto em terra o adorou...”. A adoração por Josué dessa forma absoluta de prostração demonstra os sentimentos de profunda reverência com que a linguagem e o porte majestoso do estranho o inspiraram. O caráter real dessa personagem foi revelado ao aceitar a homenagem de adoração (cf. At 10.25-26; Ap 19.10).

“Tira teus calçados”. Vemos com tudo isso que o que santifica as coisas deste mundo, são os nossos pés. Não os pés carnais, mas o nosso caminhar como filhos de Deus sobre a terra, pois a presença de Deus está em nós, somos templo do Espírito Santo e assim por onde andamos temos que expressar o amor de Deus, levar o reino de Deus e acima de tudo buscarmos a santificação, termos reverência à presença do Senhor em nossa vida.

IV. CORAJE

Dt 31.23 “E ordenou a Josué, filho de Num e disse: Esforça-te e anima-te, porque tu meterás os filhos de Israel na terra que lhes jurei: e eu serei contigo.

Js 1.6-9 “Esforça-te e tenha bom animo, porque tu farás a este povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria. Tão somente esforça-te e tem mui bom animo... Não te mandei eu? Esforça e tem bom animo; não pasme, nem te espantes, porque o Senhor, é contigo, por onde quer que andares”.

Seja forte e corajoso foi a declaração de encorajamento que Josué escutou do próprio Deus. Ao dizer que Josué devia ser forte e corajoso, Deus estava animando e fortalecendo o líder hebreu que havia recebido a responsabilidade de conduzir o povo de Israel na conquista da Terra Prometida.

Esse encorajamento é tão importante e emblemático que Deus o repete três vezes seguidas a Josué (Josué 1:6-9). De fato, essas palavras certamente foram muito significativas a Josué. Deus lhe falou que ele deveria ser forte e corajoso num momento decisivo de sua vida.

V. SABEDORIA

Dt 34.9 “E Josué, filho de Num, foi cheio do espírito de sabedoria, porquanto Moisés tinha posto sobre ele as suas mãos; assim, os filhos de Israel lhe deram ouvido e fizeram como o Senhor ordenará a Moisés.”

Moisés impôs sobre ele as mãos. A imposição de mãos simbolizava a transferência de poderes ou qualidade de um indivíduo para outro (cf. Lv 16.21; Gn 48.14; At 6:6; 9.17; 1ª Tm 4.14). [Comentário Bíblia Shedd].

Quando Moisés lhe impôs as mãos, este líder relativamente jovem ficou cheio do espírito de sabedoria. Esse “espírito de sabedoria” incluía habilidade da administração civil e liderança militar. Já havia ter provado ter fé forte, coragem e dedicação ao dever. CBASD, vol. 1, p. 1185.

10-12 Não se levantou profeta igual a Moisés até Cristo, que é o Grande Profeta predito por Moisés, cf 18.15-18 [Comentário Bíblia Shedd].

Provérbios 1.7 “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.”

Para isso, ele diz que o primeiro e mais importante passo é: temer ao Senhor. Do temor a Deus flui toda a sabedoria ministrada pelo Espírito Santo.

De acordo com o sábio, os tolos o rejeitam, mas o prudente não. Você e eu podemos observar pessoas extremamente inteligentes e excepcionais no que fazem, mas ao rejeitar o conhecimento de Deus, elas mostram quem realmente são: tolas!

3.1. Sem sabedoria do Espírito o homem não consegue fazer a obra de Deus.

Quem não tem peça a Deus Tg 1.5 Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe á concedida”.

CONCLUSÃO. Moisés quando estava pastoreado o rebanho do seu sogro teve um encontro com El Schaday o Deus todo poderoso. Quando a salsa queimava Deus mandou que Moisés tirasse a sandálias de seus pés pois o lugar que estava pisando era santo.

Quando Josué teve o encontro com o príncipe dos exércitos, da mesma forma Ele mandou que Josué tirasse as sandálias.

As sandálias representam aquilo que impede a comunhão com Deus. É um obstáculo para o crente ter uma viva comunhão com o Senhor.

Eu te convido a tirar as sandálias de teus pés e fazer um propósito com Deus para que Ele possa te usar, te abençoar. Ele quer te usar poderosamente na Sua obra tira o obstáculo.

Pr. Elias Ribas

Assembleia de Deus

Blumenau - SC

A CONSAGRAÇÃO DOS SACERDOTES

 


Êxodo 29.1-12 “Isto é o que lhes hás de fazer, para os santificar, para que me administrem o sacerdócio: Toma um novilho, e dois carneiros sem mácula, 2- e pão asmo, e bolos asmos amassados com azeite, e coscorões asmos untados com azeite; com flor de farinha de trigo os farás. 3- E os porás num cesto e os trarás no cesto, com o novilho e os dois carneiros. 4- Então, farás chegar Arão e seus filhos à porta da tenda da congregação e os lavarás com água; 5- depois, tomarás as vestes e vestirás a Arão da túnica, e do manto do éfode, e do éfode mesmo, e do peitoral; e o cingirás com o cinto de obra de artífice do éfode. 6- E a mitra porás sobre a sua cabeça; a coroa da santidade porás sobre a mitra; 7- e tomarás o azeite da unção e o derramarás sobre a sua cabeça; assim, o ungirás. 8- Depois, farás chegar seus filhos, e lhes farás vestir túnicas, 9- e os cingirás com o cinto, a Arão e a seus filhos, e lhes atarás as tiaras, para que tenham o sacerdócio por estatuto perpétuo, e sagrarás a Arão e a seus filhos. 10- E farás chegar o novilho diante da tenda da congregação, e Arão e seus filhos porão as mãos sobre a cabeça do novilho; 11- e degolarás o novilho perante o Senhor, à porta da tenda da congregação. 12- Depois, tomarás do sangue do novilho, e o porás com o teu dedo sobre as pontas do altar, e todo o sangue restante derramarás á base do altar.”

Chegamos ao capítulo que detalha o cerimonial de consagração sacerdotal para o serviço no Tabernáculo: Êxodo 29. Este capítulo descreve o rito consagratório dos sacerdotes. Ele consistia na apresentação de um bezerro e dois carneiros sem mácula; pão asmo (sem fermento) e bolos asmos amassados com azeite; bolinhos asmos untados com azeite e feito com flor de farinha de trigo. Todos estes itens eram elementos que compunham todo o ritual para consagrar, isto é, separar, para o ministério sacerdotal, Arão e os seus filhos. Esta linhagem representaria o sacerdócio oficial da Casa de Israel.

INTRODUÇÃO.

Deus ordenou que Moisés separasse Arão e seus filhos para o sacerdócio. O vestiário, bem como o modo de proceder dos sacerdotes, foram dados por orientações do próprio Deus. Antes de oferecer sacrifícios em favor do povo, Arão deveria oferecer sacrifício para a remissão dos seus próprios pecados. Na lição de hoje, estudaremos a respeito do ato de consagração e purificação do sacerdócio, conforme as determinações de Deus.

I. A CONSAGRAÇÃO DE ARÃO E SEUS FILHOS

Consagração: Ação de dedicar-se a Deus; dedicação, sagração. A consagração do sacerdócio de Arão e de seus filhos decorria pela passagem da água, a unção com azeite e a imolação de animais como sacrifício.

1. A lavagem com água. “Então, farás chegar Arão e seus filhos à porta da tenda da congregação e os lavarás com água” (Êx 29.4). Muitos eram os rituais de preparação que os sacerdotes deveriam realizar antes de se achegarem à presença de Deus. Uma parte dos rituais era a lavagem com água, que simbolizava pureza e perfeição. Deus é santo e requer santidade do seu povo: “Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo” (Lv 19.2). Atualmente o crente é limpo pela Palavra (Jo 15.3) e pelo sangue de Cristo (1Jo 1.7). Sem pureza e santidade não podemos nos achegar à presença de Deus.

Uma importante razão pela qual o crente deve santificar-se é que a santidade de Deus, em parte, é revelada através do procedimento justo e da vida santificada do crente.

2. A unção com azeite (Êx 30.23-33). O azeite da unção deveria ser derramado sobre a cabeça de Arão e seus filhos. O azeite é símbolo do Espírito Santo que viria habitar no crente pelo ministério intercessor de Jesus (Jo 14.16,17,26), bem como o batismo com o Espírito Santo (At 1.4,5,8). Assim também a igreja recebeu o penhor do Espírito (2ª Co 1.21,22), mas alguns de seus membros são individualmente separados para ministérios específicos, segundo os propósitos de Deus.




3. Animais são imolados como sacrifício (Êx 29.10-18).
Era necessário que antes de ministrar em favor do povo, o sacerdote oferecesse sacrifícios de holocausto por sua própria vida. Arão e seus filhos deveriam levar um cordeiro, sem mancha ou defeito, diante do altar. O cordeiro morto tipificava a morte vicária de Jesus Cristo, que “morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras” (1ª Co 15.3). A morte vicária de Cristo proporciona ao homem pecador a reconciliação com Deus. Jesus morreu para expiar os nossos pecados (1ª Pe 1.18,19).

“O Novilho [Bezerro]. Quando os sacerdotes impunham as mãos na cabeça do novilho, isso simbolizava a sua identificação com o animal, como seu substituto e, talvez, a transferência dos pecados do povo para o animal. Assim, o novilho tornava-se um sacrifício vicário, que morria por causa dos pecados do povo (v.14). Essa cerimônia aponta para o sacrifício vicário de Cristo, que tornou-se a nossa oferta pelo pecado (Is 53.5; Gl 3.13; Hb 13.11-13)” [Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p.165]. Em seguida, explique que a suficiência do sacrifício de Jesus Cristo é a garantia de que Ele é o Sumo Sacerdote perfeito.

II. O SACRIFÍCIO DA POSSE

O sacrifício da posse consistia na consagração do segundo carneiro e nos sacrifícios diários.

1. O segundo carneiro da consagração (Êx 29.19-35). Era necessário que outro animal inocente fosse morto. Segundo o Comentário Bíblico Beacon, “parte do sangue era colocada primeiramente na orelha direita, no dedo polegar da mão direita e no dedo polegar do pé direito”. O restante do sangue deveria ser derramado sobre o altar. Sem derramamento de sangue não há remissão de pecado (Hb 9.22). Tudo apontava para o Calvário, onde Cristo derramou seu sangue por nós.

2. Sacrifícios diários. Diariamente eram oferecidos sacrifícios pelo pecado. Pela manhã e a tarde havia sacrifícios e um animal inocente era morto em resgate da vida de alguém. O sacrifício de Cristo foi perfeito e único. Por isso, hoje podemos nos achegar a Deus para adorá-lo livremente.

No Tabernáculo, tudo deveria estar sempre pronto a fim de que o culto diário a Deus nunca fosse interrompido. Os sacerdotes cuidavam para que o fogo do altar nunca se apagasse. A cada manhã, este era alimentado com nova lenha e novos holocaustos (Lv 6.12,13). Da mesma forma Deus quer que nos apresentemos a Ele, prontos e renovados espiritualmente (2ª Co 4.16).

No interior do Tabernáculo ficava o castiçal de ouro, os pães da proposição, o altar do incenso, o Santo dos santos e a arca da aliança.

 III. CRISTO, PERPÉTUO SUMO SACERDOTE


O sacrifício de Cristo é perfeito, eterno e perpétuo segundo a ordem de Melquisedeque.

1. Sacerdócio segundo a ordem de Melquisedeque. A primeira referência a Melquisedeque como sacerdote encontra-se no livro de Gênesis 14.18. Poucos sabemos a respeito de Melquisedeque: “sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida” (Hb 7.3). Melquisedeque é um tipo de Cristo.


2. O sacrifício perfeito de Cristo.
Arão e seus descendentes deveriam oferecer diariamente sacrifícios por seus pecados e também do seu povo. Hoje não precisamos fazer esses tipos de sacrifícios, pois o sacrifício de Cristo foi único, perfeito e perpétuo (Hb 7.25-28).

3. O sacrifício eterno de Cristo. “Mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo” (Hb 7.24). O vocábulo “perpétuo” significa “inalterável”. Jesus não pertencia à tribo de Levi, mas seu sacerdócio era segundo a ordem de Melquisedeque (Hb 5.6,10; 7.11,12), logo, seu sacerdócio era superior ao de Arão. O sacerdócio de Cristo é superior, eterno e imutável.

CONCLUSÃO.

Deus estabeleceu o sacerdócio e as cerimônias de purificação e consagração. Estas cerimônias apontavam para o sacrifício perfeito e o sacerdócio eterno de Cristo. Ele se ofereceu como holocausto em nosso lugar. Sem Cristo, jamais poderíamos nos achegar à presença santa e eterna de Deus e ter comunhão com Ele.

Os israelitas, mediante o Tabernáculo, podiam aprender corretamente como achegar-se a Deus, adorá-lo, servi-lo e viver para Ele em santidade. Assim deve fazer a igreja, conforme Hebreus 10.21-23. O Senhor é Santo e sem santidade nosso louvor e adoração não poderão agradá-lo.

Antônio Gilberto. A consagração dos sacerdotes. Lições Bíblicas 1º Trimestre de 2014. CPAD Rio de Janeiro RJ.