TEOLOGIA EM FOCO

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

IGREJA PARA QUÊ ?


É possível ficar de fora da igreja e continuar a ser um bom crente? Muitos dizem que sim a essa pergunta e pode ser que até você concorde com isso. Você crê em Deus, ora de vez em quando, se considera um crente, mas acha que pode passar muito bem sem uma igreja. O que importa é como você se relaciona com Deus, e não, com a igreja, certo? Errado.
É possível ficar de fora da igreja e continuar a ser um bom crente? Não, se Deus sabe do que está falando. A Palavra de Deus, a Bíblia, mostra sempre e sempre que se alguém pertence a Cristo, também pertence à Sua igreja e está profundamente envolvido com a vida dela. Portanto, se acha que pode ser um bom crente sem uma igreja, está dizendo que sabe das coisas melhor do que Deus, e fazer isso não é uma coisa muito inteligente.
Por que ficar de fora?
Topei com um monte de razões diferentes que as pessoas usam para ficarem longe de uma igreja. Alguns acham que não têm escolha; acham que devem trabalhar no domingo, senão podem perder o emprego. Ir à igreja para adorar a Deus pode ser muito bom, mas ir trabalhar e deixar o patrão satisfeito é o que paga as contas. Deus vai entender, não é?
Outros não passam o domingo trabalhando, mas acham que precisam de sono extra na manhã daquele dia, ou talvez queiram cortar a grama e lavar o carro, ou fazer as compras. Talvez tenham planejado uma viajem de fim de semana todo na praia ou, participar de um torneio de futebol ou de outro acontecimento esportivo. Separar tempo para ir à igreja poderia atrapalhar os planos para o fim de semana.
Há ainda quem fique fora de uma igreja porque algum de seus membros ou algum de seus líderes lhe desagradaram. Você acha que “se isso é a igreja, quem é que precisa dela?”. Você não tem nada a ver com a sua velha igreja nem sequer está procurando por uma nova. Para que ficar por aí entre um monte de hipócritas, quando pode seguir a Deus do seu modo?
Talvez mantenha-se distante de uma igreja por se sentir muito desconfortável lá. Quando decide dar as caras num domingo fica como um peixe fora d'água. Parece que todos prestam atenção quando você se senta ou se levanta; parece que todo mundo lá se conhece, mas você não conhece ninguém; quase ninguém fala com você ou lhe faz se sentir bem-vindo. Para que repetir uma situação que lhe incomoda?
Talvez tenha uma razão bem diferente para se sentir mal e ficar de longe. Você pertenceu à igreja por muitos anos, conhece a maioria das pessoas e elas lhe conhecem, mas enfrentou problemas no seu casamento, se divorciou, ou passou por alguma outra situação pela qual se sente culpado e encabulado, e, por isso não consegue olhar a cara daquela gente. Então, é melhor ficar longe da igreja.


Essas são apenas algumas das razões que as pessoas usam para ficarem longe da igreja. Mas isso não tem nada a ver com o caso, não importa qual seja a sua razão para ficar de fora, a primeira pergunta que tem de responder é: quais são os bons motivos para que eu vá à igreja? Se nada acontece de importante na igreja, então, fazer qualquer outra coisa é melhor do que perder o seu tempo lá. Se não existir nenhuma razão forte para ir, então qualquer desculpa, a menor que seja, é suficiente para se manter à distância. Por outro lado, se as razões a favor da igreja forem mais fortes, então você não terá outra escolha senão se envolver, não importa quais sejam os seus motivos para ficar de fora.
O que Deus diz a respeito
Se você acha que a fé é um assunto meramente particular, uma negócio entre “eu e Jesus”, está enganado. Você pode perguntar: “Quem foi que disse que eu preciso de igreja para ser um bom crente? Quem foi?”. Bem, foi Deus quem disse. Dê só uma olhada em algumas das formas como Deus, na Bíblia, descreve a igreja.
A Bíblia chama a igreja de a família de Deus (Ef 2.19). Família “tanto no céu como sobre a terra” ( Ef 3.14-15 ). É o lar de todos os que pertencem a Deus. Portanto, se você está do lado de fora da igreja, ou está fugindo de casa ou não faz parte da família de Deus de jeito nenhum.
A Bíblia fala da igreja como a noiva de Cristo. O Senhor enxerga nela uma beleza cada vez mais radiante; partilha com ela de amor e intimidade profundos. A igreja é mais preciosa para Cristo do que a esposa para seu esposo. Se você despreza a igreja e não quer nada com ela, a sua atitude conflita com a de Jesus.
A Bíblia também denomina a igreja de o corpo de Cristo. Cada crente é parte desse corpo. É obvio que qualquer membro do corpo só poderá estar vivo e ativo se estiver ligado ao corpo; é indispensável estar conectado ao corpo. Por isso todo crente tem que está ligado à igreja. A igreja, como corpo de Cristo, está viva com o Espírito de Cristo e realiza no mundo a obra de Jesus.
O próprio Deus nos chama para fazer parte da Sua igreja, não apenas para vislumbrar a beleza de Jesus, a encarnação Deus em homem, mas também para ver e tomar parte na beleza da igreja, onde pessoas de carne-e-osso vivem no poder do Espírito Santo. Por que a igreja? Porque é a família de Deus, a noiva de Cristo, o corpo de Cristo. Mesmo na sua maior feiura, mesmo quando é menos atraente, qualquer igreja genuína tem em si mesma uma beleza e um poder que não se pode achar fora dela. Por que a igreja? Porque é Deus que o diz. Por que a igreja? Porque você e eu precisamos dela.
A Bíblia deixa claro que quando as pessoas depositam a sua fé em Jesus e são cheias com o Espírito Santo, elas simplesmente não saem por aí a fora cuidando das suas coisas. Não, elas se tornam parte da igreja através do batismo. O batismo é o sinal e o selo de quem foi lavado no sangue de Jesus e de quem ressurgiu para uma vida nova. O batismo também marca as pessoas como novos membros da igreja. É através do batismo que são acrescentadas à comunidade dos crentes.
A Bíblia narra em Atos 2.42 que pouco depois da ressurreição de Jesus e do derramar do Espírito Santo, as pessoas recém-batizadas “perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações”. Em uma única e simples frase temos uma quádrupla e grandiosa resposta à pergunta: “Por que a igreja?” Primeira resposta, para o ensino; segunda, para a comunhão; terceira, para o partir do pão; quarta, para a oração.
A doutrina dos apóstolos
Por que a igreja? Primeira resposta, porque é na igreja que podemos nos aplicar ao ensinamento dos apóstolos, à sua doutrina. Nos dias no Novo Testamento os apóstolos estavam presentes ensinando pessoalmente aos novos crentes. Embora hoje os apóstolos já tenham morrido e ido para o céu, ainda assim continuam a nos ensinar através de seus escritos inspirados por Deus e registrados na Bíblia.
Os apóstolos nos ensinam a respeito de Jesus — quem é Ele, o que fez e ensinou. Nos ensinam sobre os grande planos e propósitos de Deus conforme o desvelaram na história da salvação. Nos ensinam o que significa seguir a Cristo em nossas próprias vidas e situações. Toda igreja verdadeiramente cristã está cheia da doutrina apostólica. Toda igreja verdadeiramente cristã firma-se sobre a Bíblia. A igreja não pode se alicerçar numas poucas e belas idéias ou sugestões eruditas. O fundamento da igreja é a doutrina dos apóstolos que procede de e revela a Cristo.
A Bíblia diz que somos “da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular” (Ef 2.19-20). Para que possamos construir as nossas vidas sobre a verdade precisamos da “casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade” (1Tm 3.15).
Você pode estar pensando: “Tudo bem, pode ser que eu precise do ensinamento dos apóstolos. Mas, por que na igreja? Não me basta somente ler a Bíblia sozinho, ou assistir, no rádio e na TV, programas bíblicos?”. Bem, com certeza eu sou a favor da leitura da Bíblia; até mesmo lhe enviaria gratuitamente um livreto para lhe ajudar a fazer isso todo dia, se você quiser. E é óbvio que não sou contra o uso da mídia no ministério, senão não estaria lhe dizendo isso agora pelo rádio.
Mas para se obter o benefício total do ensino apostólico apenas ouvir às transmissões não basta. Envolva-se com uma congregação da sua comunidade. O só estar congregado com o povo de Deus num lugar de adoração dá, de algum modo, uma sensação especial da Sua presença. As pessoas louvam a Deus em conjunto, e em conjunto confessam que precisam do Seu perdão para as suas vidas. O pregador fala com uma autoridade especial, e o povo ouve com uma especial abertura. Numa igreja local o ministro pode aplicar o ensinamento bíblico às necessidades da comunidade e congregação particulares de uma forma que um ministro de mídia não pode.
Ainda mais, quando você tem dúvidas sobre a Palavra de Deus, ou, problemas pessoas contra os quais está lutando, o seu pastor, ou um outro irmão na fé, pode conversar com você cara a cara sobre essas necessidades. Numa congregação local você tem a oportunidade de participar de grupos de estudo bíblico e de conversar especificamente sobre como o ensino apostólico deveria afetar a sua vida. Você não pode ter isso apenas estudando a Bíblia sozinho ou ouvindo a alguém como eu, mas precisa ser parte ativa da sua igreja local.
Comunhão
Consideremos agora o segundo aspecto vital da igreja: a comunhão. A igreja é uma comunidade especial onde gozamos da comunhão dos crentes.
Lembro-me de ter conversado com um homem que deixou de ir à igreja porque estava aborrecido com a sua congregação local. Ele ficava em casa aos domingos e assistia a um pregador na televisão. Quando instei para que não se apartasse da sua igreja, disse-me: “Eu tenho o que preciso ao assistir o ministro da TV”.
Depois disso tivemos uma outra conversa. O seu filho tinha morrido num acidente trágico. O pai amargurado descobriu que existem algumas coisas que você não pode ter somente assistindo televisão. O pregador da TV não estava na casa dele para o abraçar e orar com ele, e lhe trazer palavras de esperança e de consolação. A tela da TV não chora com os que choram. Os únicos que puderam dar àquele homem o apoio de que precisava foram o pastor e as pessoas da sua igreja.
Aqui no programa “Back to God Hour”, ouvimos muitas pessoas que enfrentam dificuldades. É triste que muitas delas não tenham uma igreja. Ficamos felizes por nos contatarem e tentamos ajudá-las tanto na conversa ao telefone quanto quando lhes respondermos por carta. Mas sabemos que isso é tudo o podemos fazer. Não temos como substituir a comunhão de uma igreja local, por isso sempre as encorajamos a que se filiem a uma igreja. Quando você enfrenta uma doença séria, ou a perda de um ente querido, ou problemas financeiros, ou uma crise familiar, não precisa dos bons conselhos que estão por aí nas ondas de rádio, precisa de pessoas que estejam bem ao seu lado, irmãos e irmãs crentes que lhe apoiem nos momentos difíceis.
Sei que a igreja tem os seus defeitos, que a comunhão está longe de ser perfeita. Afinal, a igreja é uma comunidade de pecadores que ainda têm muito o que mudar. As pessoas nem sempre se dão tão bem juntas, mas sei também que quando as coisas ficam difíceis, todas se juntam para ajudar àquele que necessita. Tenho sempre ouvido de pessoas em crise que me dizem: “Agora sei realmente o que é a comunhão dos santos. Não sei como teria passado sem as orações e o apoio das pessoas da minha igreja”.
A comunhão da igreja faz muito mais que somente nos ajudar a superar os tempos de crise. Os cristãos se dedicam à comunhão porque na igreja o todo é maior que as partes. Como um corpo, a igreja tem muitas partes, cada uma delas com uma função singular.
Pode ser que você pense que os seus dons não sejam tão importantes para a igreja quanto os dons de outros. Mas, segundo a Bíblia, esse não é modo de ver as coisas. Não seria loucura se o pé dissesse, “porque não sou mão, não pertenço ao corpo”; ou se o ouvido dissesse, “porque não sou olho, não pertenço ao corpo”? E se corpo fosse um imenso globo ocular? Seria grotesco, e como é que ele iria poder escutar? E se fosse uma enorme orelha? Como é que poderia sentir o cheiro? É muito bom que Deus tenha dado ao corpo muitas partes diferentes e as tenha organizado do modo que quis.
O mesmo se aplica à igreja. Deus coloca juntos muitos indivíduos singulares e diferentes, que são dotados dos mais diferentes modos. Se você é um crente que pensa que a igreja pode passar muito bem sem você, pense novamente. Cada parte é importante.
A igreja precisa de você e você precisa dela. Como diz a Bíblia: “Não podem os olhos dizer à mão: Não precisamos de ti; nem ainda a cabeça, aos pés: Não preciso de vós”. Seria a maior loucura uma parte dizer ao corpo inteiro: “não preciso de você”. O que é que acontece quando uma parte é amputada do corpo? Ela logo morre e degenera. Se você disser ao corpo de Cristo: “Não preciso de você, posso passar muito bem sozinho”. Logo sua alma se degenera. Para poder viver e crescer, você precisa ser uma parte integrada ao corpo.
Você precisa da igreja e a igreja precisa de você. Cada uma das partes precisa das outras; se uma delas sofre, todas as outras sofrem; se uma delas prospera, todas as outras se beneficiam. Foi assim que Deus projetou o nosso corpo físico, e assim também projetou o corpo de Cristo (veja I Coríntios 12). Não é somente “eu e Jesus”. É “nós e Jesus”. Quando os crentes se aplicam à comunhão, todos se beneficiam dos dons que Deus concedeu a cada um deles, e, como grupo, realizam muitas coisas que individualmente não seriam capazes de realizar.
Também precisamos da comunhão para sermos responsáveis uns pelos outros. Se quiser pode chamar isso de pressão positiva do grupo social. O mundo está cheio dessa pressão negativa, mas a igreja pode proporcionar uma pressão positiva, como diz a Bíblia: “Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima”(Hb 10.24-25). Quando nos sentimos cansados e desencorajados de tentar seguir a Cristo, precisamos da força dos outros. Quando caímos em pecado e em maus hábitos, precisamos ser confrontados pelos outros. É claro que isso envolve mais do que só aparecer nos cultos de domingo. Significa conhecer realmente um ao outro, o mais das vezes em pequenos grupos de amizades íntimas. Significa colocarmo-nos debaixo da autoridade da igreja, em vez de fazer simplesmente o que queremos.
A igreja é o palco para o amor da comunhão, onde podemos deixar de pensar em nós mesmos para começar a amar os outros assim como Cristo nos amou. Disse Jesus: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13.34-35).
O partir do pão
Por que a igreja? Já falamos sobre dar ouvidos ao ensino dos apóstolos e experimentar o amor da comunhão do povo de Deus. Agora, vamos dar uma olhada numa terceira razão: o partir do pão. O povo de Deus se congrega na igreja em torno da mesa do Senhor para a Santa Ceia. Quando comemos do pão que foi partido, participamos do corpo do Senhor Jesus Cristo, partido para a nossa salvação. Quando bebemos do vinho, bebemos do sangue de Cristo, derramado para nos dar vida.
Uma fé viva não é apenas questão de pensar em Jesus. Uma fé viva banqueteia-se em Jesus, sempre, sempre e sempre. Disse Jesus: “Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue permanece em mim, e eu, nele” (Jo 6.54-56). A Ceia do Senhor é muito mais que um auxílio visual ou que um mero ritual sem significado, é uma banquete espiritual que não podemos perder.
Por que a igreja? Porque é lá que, congregados em torno da mesa do Senhor, nos encontramos com Jesus que vem até nós para nos dar do Seu corpo e sangue e nutrir as nossas almas para a vida eterna. Ele não vem fisicamente, mas vem, verdadeiramente, pelo Seu Espírito Santo. Quando em nossas bocas recebemos do pão e do vinho, as nossas almas recebem do Cristo vivo e dos benefícios do Seu corpo e sangue dados por nós.
A oração
A quarta e última atividade citada em Atos 2:42 é a oração. Os cristãos da igreja do Novo Testamento ajuntavam-se para orar. Você pode pensar: “Para que ir à igreja para orar? Posso orar sozinho muito bem”. Bem, é verdade que a oração pessoal é importante e que se pode orar em qualquer hora e lugar, mas também é importante orar junto com os outros. Quando o povo de Deus se ajunta, seja numa grande congregação, seja numa pequena reunião de oração, as suas orações agregam poder. Disse Jesus: “Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus. Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mt 18.19-20). Por que a igreja? Porque lá as pessoas oram juntas com um só coração e louvam a Deus com uma só voz.
Ouça novamente Atos 2.42 “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações”. Era isso que os cristãos primitivos faziam juntos como igreja, e é, uma boa síntese da razão por que eu e você precisamos nos envolver na igreja ainda hoje.
Atos 2 prossegue falando do dinamismo daquela igreja. Havia grandes milagres acontecendo; os crentes vendiam os seus bens, partilhando deles com os coirmãos que não tinham o suficiente, louvando ao Senhor diariamente no templo e gozando da companhia uns dos outros em seus lares. E o Senhor acrescentava ao número deles aqueles que iam sendo salvos.
Ainda hoje, sejam quais forem as suas falhas — e há muitas delas — uma legítima congregação cristã é um ambiente onde o poder de Deus atua de formas surpreendentes, onde o povo de Deus dá de si mesmo para ajudar os outros, e onde dão alegria aos corações uns dos outros e a Deus. Por que a igreja? Por que é dinâmica; é onde acontecem coisas sobrenaturais e esplêndidas.
Quando se lê sobre a igreja do Novo Testamento pode-se ser tentado a dizer: “Ah, eu adoraria ir a uma igreja assim como esta, mas as igrejas de hoje... bem, elas não têm o que ela tinha”. Mas não engane a si mesmo. Se você ler a Bíblia, vai descobrir que aquela igreja lá de trás lutou com os seus próprios problemas e escândalos, e se olhar honestamente para a igreja de hoje, não vai achá-la tão ruim quanto gostaria de achar quando está procurando desculpas para não se envolver. Existem algumas igrejas que são tão corruptas e anti-bíblicas que é melhor mesmo ficar bem longe, mas não significa que você não pode encontrar uma igreja autêntica.
Cada igreja, é claro, tem os seus próprios problemas, até mesmo naquelas em que Deus está operando ativamente. Mas veja de outra forma: se as pessoas da igreja fossem todas perfeitas, elas poderiam não querer que pecadores como eu e você nos ajuntássemos à igreja para não a contaminar. Alegre-se porque a igreja não é boa demais para lhe receber, e não aja como se fosse bom demais para se ajuntar aos pecadores salvos que existem na igreja.
Não finja que tem coisas melhores a fazer. Não existe nada mais importante do que aplicar-se ao ensinamento dos apóstolos, à comunhão, ao partir do pão e à oração. Tente. Procure uma igreja fiel que creia na Bíblia e honre a Cristo e filie-se a ela. Você vai se maravilhar com o que acontece.


Fonte:  BEREIANOS
Por David Feddes

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

EVOLUCIONISMO



I.         INTRODUÇÃO

A Bíblia ensina claramente a doutrina de uma criação especial, ou seja, que Deus criou cada criatura “conforme a sua espécie” (Gn 1.24). Isto quer dizer que cada criatura, seja o homem ou animais, foi criado como hoje.

II.      HISTÓRICO

No decorrer dos séculos mais principalmente no século atual, muitas vãs filosofias, falsos ensinos e teorias têns procurado lançar dúvidas sobre o relato bíblico da criação. Entre essas teorias destaca-se a da evolução.

A doutrina da evolução começou a ser propagada por um naturalista inglês que viveu entre 1809 e 1889 chamado Charles Darwin.

De dezembro de 1831 a outubro de 1836, quando viajava a bordo do “Beagle” um navio de pesquisas científicas, visitando as ilhas de Cabo Verde e outras ilhas do Atlântico, bem como as costas da América do Sul, Nova Zelândia, Malvinas Brasil, etc. Darwin começou a observar algo que lhe chamou atenção.

O estudo dos bancos de corais foi o que mais lhe interessou e o levou a formular a “Teoria da Transmutação das Espécies” e a “Seleção Natural”. Em novembro de 1859 Darwin publicou o livro “A Origem das Espécies” ou “A Preservação das raças favorecidas na luta pela vida”. Este livro se tomou o guia do evolucionismo. Embora, esta teoria seja tão aceita e disseminada o próprio Darwin, a abandonou, antes de morrer, pois tinha em mente que se tratava apenas de teoria e não de ciência.

A ciência lida com fatos concretos que podem ser provados. A teoria costumeiramente se provê de chavões tais como: Acredita-se que ..., Admite-se que...; possivelmente..., talvez..., mais ou menos há tantos anos..., etc.

III.   CONCEITO EVOLUCIONISTA A RESPEITO DA ORIGEM DO HOMEM


A teoria evolucionista tem como ponto de partida a afirmação de que homens e animais, em geral, procede do mesmo tronco e que ambos são o somatório de mutações sofridas no decorrer dos milênios. Colocam o início da vida humana na terra a milhões de anos antes do tempo que a Bíblia preconiza para tal.

A Bíblia ensina que Deus criou as criaturas conforme a sua espécie (Gn 1.24), isto que dizer, que tantos homens como animais foram criados exatamente como os vemos hoje.

A narrativa subseqüente a este capítulo, mostra claramente que as gerações que surgiram até o dilúvio permaneceram em continua relação genética com o primeiro casal, de maneira que a raça humana constitui não somente uma unidade especifica, uma unidade no sentido em que todos os homens participam da mesma natureza, mas também uma unidade genética e genealógica. Este fato é comprovado em Atos 17.26.

1.   Teológico.
Romanos 5.12-19 e 1ª Co 15.21, 22 indicam a unidade, orgânica da raça humana tanto em relação com transmutação como em relação à provisão divina concernente à salvação da raça humana na pessoa de Jesus Cristo.

2.    Argumentos contra o evolucionismo histórico.

As tradições mais antigas apontam para o fato de que os homens tiveram uma origem comum. As histórias das migrações demonstram que tem havido distribuição das populações primitivas partindo de um só centro, isto é, de um mesmo lugar.

3.   Filológico.
Estudos feitos em torno das línguas da humanidade indicam que elas têm origens comuns, por exemplo, as línguas indo-germânicas encontram sua o uma língua primitivamente comum na qual encontram-se resquícios dos também há evidências que demonstrem que o antigo Egito é o elo da união línguas indo-européias e as semíticas.

5.   Psicológico.
A psicologia revela claramente que as almas dos homens, sem distinção de tribo ou nação a que pertencem tem essencialmente as mesmas características, instintos e paixões; as mesmas tendências e, sobretudo as mesmas qualidades.

IV.   A CONSTITUIÇÃO DO HOMEM E SUA COMPOSIÇÃO VISÍVEL


No hebraico a palavra homem significa literalmente, terra pó ou barro (Gn 2.7).

Ficamos deslumbrados diante da perfeição do corpo humano. Pensemos por exemplo, no cérebro, com suas galerias colunas, câmaras, pilares, admiráveis corredores e um labirinto de vias misteriosas que jamais puderam ser trilhadas pela capacidade humana. A constituição orgânica e química de ferro, açúcar, sal, carbono, fósforo, cálcio, iodo, etc. Seiscentos músculos, novecentos e setenta milhas de vasos sanguíneos, e tantas outras maravilhas.

Além do corpo físico o homem é constituído de alma e espírito, constituição esta, inexistente nos animais.

Pensamos apenas em um dos elementos do espírito, que possui duas faculdades: A fé e a consciência. Não há nenhum animal tão alto, na escala de desenvolvimento que adore a Deus, como não existe homem tão sem consciência que não pense sobre Deus.

V.      TRAÇANDO UM PARALELO COM O MACACO


Os macacos são quadrúmanos, isto é, que tem, os quatro membros determinados em mãos. Assemelham-se corporalmente ao homem, mas intelectualmente são muito diferentes. Faltam-lhe as circunvoluções cerebrais, falta-lhes memória, raciocínio e inteligência. Seu cérebro não evolui, por isso os macacos ficam eternamente “crianças”. Tudo o que fazem é por imitação, maquinalmente.

Diferencia-se dos seres humanos entre outras coisas:
1.   Pela testa fugidia, boca proeminente, lábios descamados, falta de panturrilhas, fato este que lhes impede de assumir a atitude ereta. Um macaco domesticado é capaz de receber uma visita, passear com ela pela casa, mover os lábios como se fosse falar... porém, tudo maquinalmente, sem pensar e dando a impressão de ser muito inteligente. Pura ilusão, pois tem “cabeça dura”; e são dos animais domesticado, os mais difíceis de educar.

2.   O homem é dotado de um sistema nervoso altamente sensível, um aparelho emocional muito complexo e um nunca acabar de memórias, afetos e ansiedades.

VI.   UMA CURIOSIDADE


Segundo alguns “paleontologistas” o primeiro homem seria o Neanderthal (região da Alemanha) e teria vivido a 50 mil anos, o segundo, o de Auringnac (nome do lugar onde foram encontrados seus despojos). Outros afirmam que o homem de Piltdown teria existido a 550 mil anos. Na cidade italiana de Grosseto em 1958 descobriu-se um esqueleto que “pertencia” aos Oriopitecus, seres pré-humanos extintos há 10 milhões de anos. Na famosa gruta de Maquinê em Cordisburgo MG o Dr. Peter Lund informou haver descoberto, em 1834 restos humanos da Era Quaternária, ou seja, de 50 milhões de anos. Os pesquisadores Valois e Roche nas grutas de Têmpera, Marrocos, acharam uma arcada simiesca de dentição de um ser pré-humano que teria vivido há cerca de 180 milênios; e o antropólogo norte americano Carl Johnson afirmou que os antepassados do “Homo-sapiens” começaram a andar eretos há 3 milhões de anos, segundo um achado arqueológico de 1973 na Etiópia.

Para tal estudiosos um ser pré-humano teria vivido há 10 milhões de anos ou há 180 milênios. Segundo tais hipóteses há 100 mil séculos o homem não passava de Pré-humano e há 100 mil anos ele deixava de ser macaco para tornar-se “homo-sapiens”. Nestas circunstâncias é simplesmente impossível conciliar tão vagas e dissonantes suposições, e muito menos contar com o mais remoto apoio da ciência.

Provas atômicas demonstram, em 1954, a completa mistificação do homem de Piltdown. Charles Darwin trabalhou ardilosamente por de trás das costas dos evolucionistas e estes levaram 43 anos para perceberem seu erro. Descobriu-se um pedaço de pederneira encontrado em Piltdown não era uma “ferramenta” pré-histórica tingida pela passagem de milhares de anos, mas simplesmente um pedaço que tinha sido tratado com a solução de cromo para parecer antigo.

O “fóssil”, de Piltdown foi aceito como autêntico e ostentado diante dos que, amam a Bíblia, no entanto um certo Dr. Weinr de Oxford notou algumas circunstâncias estranhas acerca do homem de Piltdown. Os dentes deste ser humano pareciam gastos de uma maneira que não poderia acontecer com um macaco. Podia ser que alguém, deliberadamente, tivesse polido parte de sua arcada dentária com alguma ferramenta. Com outro cientista foi o Museu Britânico e descobriram, por um microscópio que, de fato, alguém tirara grande parte dos dentes com a lima. Por meio de medidor Geige e outros recursos não conhecidos no tempo em que Charles Darwson “descobriu” o fóssil verificaram que as peças datavam e 50 anos e não de 550 mil anos, e que eram de um macaco e não de um ser humano. Dawson, então morto, colara astutamente o maxilar. Assim os evolucionistas se tornaram vítimas da mais infame embuste de todos os tempos.


Se os evolucionistas calcularam a idade de um osso em 500 mil anos quanto tinha apenas 50 anos, como podemos confiar nos seus cálculos?

FONTE DE PESQUISA


1.         AIRTON EVANGELISTA DA COSTA. O Espiritismo e o Espírito Santo. Disponível: http://www.palavradaverdade.com/print2.php?codigo=2295 – Acesso DIA 10/01/2011.
2.         BÍBLIA EXPLICADA, S.E.McNair, 4ª Edição, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
3.         BÍBLIA PENTECOSTAL, Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Corrigida, Edição 1995, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
4.         BÍBLIA SHEDD, Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil – 2ª Edição, Sociedade Bíblica do Brasil, Barueri, SP.
5.         BÍBLIA DE ESTUDO PLENITUDE, Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Corrigida, 1995, Sociedade Bíblica do Brasil, Barueri, SP.
6.         CLAUDIONOR CORRÊA DE ANDRADE, Dicionário Teológico, p. 286, 8ª Edição, Ed. CPAD, Rio de janeiro, RJ.
8.         DELVACYR BASTOS, seitas e heresias, Escola Teológica Filadélfia, Cascavel PR, Email - prdelvacyr@hotmail.com.
9.         ELIENAL CABRAL, lições bíblicas, 1º trimestre 2007, Ed. CPAD, Rio de Janeiro RJ.
10.     ELINALDO RENOVATO DE LIMA, lições bíblicas, 3º trimestre 2004, Ed. CPAD, Rio de Janeiro RJ.
11.     ELINALDO RENOVATO DE LIMA, lições bíblicas, 4º trimestre 1991, Ed. CPAD, Rio de Janeiro RJ.
12.     ELIEZER LIRA, lições bíblicas, 1º trimestre de 2006, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
13.     EZEQUIAS SOARES SILVA, lições bíblicas, 2º trimestre de 1997, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
14.      EZEQUIAS SOARES, lições bíblicas, 2ª trimestre de 2006, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
15.     FRANCISCO DA SILVEIRA BUENO, Dicionário Escolar da Língua Portuguesa, 11 ª Edição, FAE, Rio de Janeiro RJ.
16.     JOSÉ ELIAS CROCE, Lições bíblicas, 1º trimestre 2000, Ed. Betel.
17.     JOHN LANDERS, Religiões mundiais, Juerp, Rio de Janeiro, 3ª Edição, 1994.
18.     PAULO MIGLIACCI ME, Cientista propõe fim do “culto a Darwin”, Seite -E:\EVOLUÇÃO.mht – acesso dia 22/02/2009.
19.     RAIMUNDO OLIVEIRA, Heresiologia – 2ª Edição – EETAD, São Paulo SP.
20.     RAIMUNDO OLIVEIRA, Lições Bíblicas, 1º Trimestre de 1986, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ.
21.     RAIMUNDO DE OLIVEIRA. Seitas e Heresias: Um Sinal do Fim dos Tempos. Rio de Janeiro: CPAD, 2002. Disponível: http://desmascarandoseitas.blogspot.com/2008_12_01_archive.html - acesso dia 10/01/2011.


22.     RELIGIÕES MUNDIAIS, Seminário Teológico AMID, Cascavel, PR - e-mail: se.amid@hotmail.com
23.     SEITAS E HERESIAS, Escola de educação teológica Elohim, São Paulo, SP.
24.     SÉRIE APOLOGÉTICA, ICP, Volomes I ao VI, Instituto Cristã de Pesquisa, Site, www.icp.com.br
25.     SEITAS E HERESIAS, SEAMID, Cascavel – PR, se.amid@hotmail.com

CIENTISTA PROPÕE FIM DO "CULTO A DARWIN"

“Você só quer saber de atirar, brincar com os cachorros e apanhar ratos", disse Robert Darwin ao seu filho, "e será uma desgraça para você mesmo e para toda sua família". Mas o menino irresponsável parece estar por toda parte. Charles Darwin recebe tanto crédito que não conseguimos distinguir entre ele e a evolução.

Equiparar a evolução a Charles Darwin significa ignorar 150 anos de descobertas, entre as quais a maior parte daquilo que os cientistas compreendem sobre a evolução.

Por exemplo: os padrões de hereditariedade de Gregor Mendel (que deram à idéia de seleção natural de Darwin um mecanismo - a genética - pelo qual ela poderia funcionar); a descoberta do ADN (que propiciou um mecanismo à genética e permitiu que víssemos as linhagens evolutivas); a biologia do desenvolvimento (que propicia um mecanismo ao ADN); estudos documentando a evolução na natureza (que converteram hipóteses em fatos observáveis); o papel da evolução na medicina e na doença (que propicia relevância imediata ao tópico); e muito mais.

Ao propor o 'darwinismo', até mesmo os cientistas e os autores de textos científicos perpetuam a impressão de que a evolução gira em torno de um homem, um livro, uma teoria. Lin Chi, um mestre budista do século 9, disse que “se você encontrar o Buda na estrada, deve matá-lo”.

O ponto é que fazer de um grande professor um fetiche sagrado ignora a essência de seus ensinamentos. Assim, chegou a hora de matar Darwin, para nós.

Que toda a vida está relacionada por ancestrais comuns e que as populações mudam de forma ao longo do tempo são a base pictórica e as pinceladas finas da evolução.

Mas Darwin chegou tarde à festa. Seu avô e outros acreditavam que novas espécies evoluíssem. Fazendeiros e criadores de animais desenvolviam novas variedades de animais e plantas determinando quais espécimes sobreviveriam para procriar, o que ofereceu uma ideia já estabelecida a Charles Darwin. Tudo que Darwin percebeu foi que a seleção deveria funcionar também na natureza.

Em 1859, as percepções e a experiência de Darwin se transformaram em “Sobre a Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural, ou A Preservação das Raças Favorecidas na Luta pela Sobrevivência”. Ele escreveu livros fundamentais sobre orquídeas, insetos, cracas e corais. Descobriu como se formam os atóis, e porque eles se localizam nos trópicos imenso gênio de Darwin merece crédito. Nenhuma outra mente se movimentou com tamanha liberdade, de forma tão ampla ou com tanto frescor por sobre as colinas e vales da existência. Mas existe um limite para o crédito que se pode atribuir a ele. Atribuir a evolução a Darwin ignora os limites que existiam em sua era e todos os progressos realizados subsequentemente.

A ciência era primitiva, na era de Darwin. Os navios não tinham motores. Só em 1842, seis anos da viagem de Darwin no Beagle, Richard Owen cunhou o termo 'dinossauro'.

Darwin já era adulto antes de os cientistas começarem a debater se os germes causavam doenças e se os médicos deveriam limpar seus instrumentos.

Na Londres da década de 1850, John Snow combatia a cólera sem saber que era uma bactéria que a causava. Apenas em 1857 Johann Carl Fuhlrott e Hermann Schaaffhausen anunciaram que uma ossada incomum encontrada no vale de Neander, Alemanha, talvez representasse os restos de uma raça humanóide muito antiga. Em 1860, Louis Pasteur executou experiências que negavam a 'geração espontânea', a idéia de que a vida emergia continuamente de coisas não vivas.

A ciência avançou. Mas a evolução ocasionalmente parece amarrada demais ao seu fundador. Não definimos a astronomia como 'copernicismo', e nem chamamos a gravidade de 'newtonismo'.

“Darwinismo” implica uma ideologia que adere aos ditames de um único homem, como o marxismo. E “ismos” (capitalismo, catolicismo, racismo) não são ciência.

“Darwinismo” implica em que os cientistas biológicos “acreditem” na teoria de Darwin. É como se, desde 1860, os cientistas tivessem apenas acenado com a cabeça em concordância com as teorias de Darwin, em lugar de desafiar e testar suas idéias ou de acrescentar imensos conhecimentos ao trabalho que ele desenvolveu.

Usar frases como “seleção darwinista” ou “evolução darwinista” implica que deva existir outra espécie de evolução em operação, um processo que poderia ser descrito com outro adjetivo.

Por exemplo, física newtoniana distingue a física mecânica que Newton explorou da física quântica subatômica. Assim, evolução darwinista suscita uma questão: qual é a outra evolução?

E eis que esse vazio é ocupado pelo design inteligente. Não chego a afirmar que o darwinismo deu origem ao “criacionismo”, ainda que os “ismos” impliquem equivalência. Mas o termo darwinista montou o palco no qual o design inteligente agora pode aproveitar os holofotes.

Charles Darwin não inventou um sistema de crença. Ele tinha uma idéia, não uma ideologia. A idéia gerou uma disciplina, e não discípulos. Ele passou mais de 20 anos recolhendo e avaliando provas e implicações de criaturas similares mais diferentes separadas no tempo (fósseis) e no espaço (ilhas). Isso é ciência.

E é por isso que precisamos nos livrar de Darwin.
Quase tudo que compreendemos sobre a evolução surgiu não de Darwin, mas depois dele. Ele nada sabia de hereditariedade ou genética, dois componentes fundamentais no estudo da evolução. E esta não era nem mesmo idéia original dele.

O avô de Darwin, Erasmus, acreditava que a vida houvesse se desenvolvido de um ancestral único. “Será que podemos conjeturar que uma e uma só espécie de filamentos vivos foi a causa de toda vida orgânica?”, ele questionava em “Zoonomia”, de 1794. Mas não foi capaz de descobrir de que forma isso poderia ter decorrido.

Charles Darwin saiu em busca da explicação. Refletindo sobre os métodos de plantio seletivo dos agricultores, e considerando a elevada mortalidade das sementes e dos animais selvagens, ele determinou que as condições naturais agiam como filtro para determinar que indivíduos sobreviviam para criar mais indivíduos como eles. Darwin definiu esse filtro como seleção natural.

O que Darwin tinha a dizer sobre a evolução basicamente começa e acaba logo ali. Darwin deu um passo minúsculo para além do que era de conhecimento comum. Mas porque ele percebeu - corretamente - um mecanismo pelo qual a vida se diversifica, sua percepção desenvolveu um imenso poder. No entanto, ele não foi o único. Darwin vinha incubando sua tese há duas décadas quando Alfred Russell Wallace escreveu para ele do Sudeste Asiático, delineando a mesma idéia, que ele desenvolvera de forma independente. Temendo que ele perdesse a primazia, os colegas de Darwin organizaram uma apresentação pública na qual ambos os cientistas receberam crédito por uma idéia cuja hora havia chegado, com ou sem Darwin.

Darwin pode ter escrito a obra-prima. Mas havia pontos fracos. Variações individuais ofereciam a base da idéia, mas o que criava essas variações? Pior, as pessoas imaginavam que traços de ambos os pais se combinassem nos descendentes - isso não significaria que um determinado traço viesse a desaparecer por diluição depois de algumas gerações? Porque Darwin e seus colegas eram ignorantes da genética e dos mecanismos da hereditariedade, não conseguiam compreender plenamente a evolução.

Gregor Mendel, um monge austríaco, descobriu que, em pés de ervilha, a herança de traços individuais seguia padrões determinados. Apenas depois que a genética redescoberta por Mendel encontrou a seleção natural de Darwin, na síntese moderna dos anos 20, a ciência deu um gigantesco passo à frente quanto à compreensão da mecânica da evolução. Rosalind Franklin, James Watson e Francis Crick propiciaram o próximo salto: o ADN, a estrutura e mecanismo da variação e da hereditariedade.


O intelecto e presciência de Darwin, bem como sua humildade (é sempre aconselhável perceber claramente a nossa ignorância), espantam ainda mais à medida que os cientistas esclarecem, em detalhes que ele jamais imaginou, o quanto suas idéias estavam certas. Mas nossa compreensão de como a vida funciona, depois de Darwin, não poderá mergulhar na piscina comum das idéias até que ponhamos fim ao darwinismo como culto. Só quando reconhecermos plenamente o século e meio de contribuições valiosas acrescentadas poderemos apreciar plenamente tanto o gênio de Darwin quanto o fato de que a evolução é a força propulsora da vida, com ou sem Darwin.

FONTE DE PESQUISA

PAULO MIGLIACCI ME, Cientista propõe fim do “culto a Darwin”, Seite -E:\EVOLUÇÃO.mht – acesso dia 22/02/2009

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

CIÊNCIA CRISTÃ


I.     HISTÓRICO

A religião Ciência Cristã toma como base a Bíblia, mas junto a Ela uma nova revelação no seu livro Ciência e Saúde Com a Chave para as Escrituras (1875). Na realidade não tem nada de ciência nem de religião, foi fundada por Mary Baker Eddy, nascida em 15 de junho de 1821 em Bow, Estado de New Hampshire, EUA. Eddy quando jovem freqüentava a Igreja Congregacional de Tilton, mas na realidade jamais nasceu de novo, pois foi influenciada por um curandeiro popular chamado Phineas Parkhurst Quimby, que anunciava um novo método para curar enfermos, ensinando-os a natureza de seu mal, a afirmando que podiam curar-se por seu estado mental, Quimby seguia a orientação do espírito de um médico francês Charles Poyen, Eddy procurou o curandeiro para sanar uma enfermidade, ela sofria constantes ataques nervosos e um mal crônico na espinha, devido à queda no gelo em 1866. Passou então, a ler os Evangelhos em casa, lendo a cura do paralítico por Jesus e, ainda, influenciada da pelas idéias de Quimby, sentiu-se curada.

Segundo seus próprios relatos: “Foi depois da morte de Quimby que descobri em 1866, os fatos importantes relacionados ao espírito e com a superioridade deste sobre a matéria e denominei ‘Ciência Cristã’ a minha descoberta” {citado em Pergunte e Responderemos, 01/1955, p.38}.

A crença Espírita baseia-se nas porções bíblicas, mas adiciona uma série de novas revelações advindas dos mortos. Como crer em tais revelações e na sua autoridade, de acordo com a fé Cristã? Servirão tais revelações como aceitáveis, como advindas de autoridade? Nós os herdeiros da fé não aceitamos ensinos que venham a contradizer o que Cristo ensinou, e, aliás, sua natureza é imutável (Hb 13.8; Nm 23.19; Gl 1.8-9; Mt 24.35).

II.   DOUTRINAS

O que diz esta seita a respeito de Deus, Jesus Cristo, pecado, enfermidades e da Bíblia?
O Deus da Ciência Cristã não é um ser pessoal. Dizem: “Deus é o princípio da metafísica Divina” [Livro Ciência e Saúde (CS) p. 112].

1.      “Deus é tudo em tudo”.
2.      Deus é o bem. O bem é a mente.
3.      Deus, o Espírito, sendo tudo, a matéria nada é.
4.      “A vida, Deus, o bem onipotente, nega a morte, o mal, o pecado, a doença” [CS p. 113].

Como se explica o Senhor Deus não ser uma pessoa? E seus atributos pessoais e divinos? Deus não ama? Não é misericordioso? Não é piedoso?  Não se identificou a Moisés como pessoa? Como responder estas interrogações Sra Eddy?

Sobre a pessoa de Jesus Cristo dizem: “A Virgem-Mãe concebeu esta idéia de Deus, e deu ao seu ideal o nome Jesus – isto é, Josué, ou Salvador” [CS p.29]. “O Cristo, com uma idéia espiritual ou verdadeira de Deus, vem hoje, como outrora, pregando o evangelho aos pobres, curando os doentes e expulsando males” [CS p. 347].

Surpreendente esta declaração de que a Virgem Maria nunca tivesse concebido o corpo de Jesus e que ela deu à luz a uma ideia e essa ideia chamava-se Jesus. Conforme a Bíblia, o anjo Gabriel anunciou a Maria que conceberia um menino, que seria santo, chamado filho de Deus (Lc 1.35), também esta criança tinha um crescimento normal e natural, não era em nada diferente dos demais meninos de sua idade (Lc 2.52), a Ciência Cristã está errada ao afirmar que Jesus era incorpóreo, pois Jesus tinha corporeidade. Se assim não fosse, porque Paulo declara de Jesus: “Porque n’Ele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2.9).

Se não bastasse, ainda negam a eficácia do sacrifício salvívico de Jesus, observe:

“Um só sacrifício, por maior que seja, é insuficiente para pagar a divida do pecado” [CS p. 23]. “Acaso a Teologia erudita considera a crucificação de Jesus principalmente como meio de conceder perdão fácil a todos os pecadores que o peçam e estejam dispostos a ser perdoados?” [CS p.24]. Nós, todavia, preferimos ficar com a Bíblia que diz:

“No qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça” (Ef 1.7).

Apesar de afirmarem estar alicerçados na Palavra se contradizem afirmam muitos erros na Bíblia, que já não se pode aceitá-la como verdadeira. Sempre que uma declaração bíblica esteja em contradição com a Ciência Cristã, Eddy dizia que tratava-se de um erro da Bíblia. Podemos afirmar que a experiência de milhões de cristãos demonstra que a leitura e a interpretação literal de Bíblia, longe de levar-nos à incredulidade e ao desespero têm operado maravilhas em nossas vidas (2ª Tm 3.16-17).

A Bíblia Sagrada é o único ponto de referência confiável. Ela é a Palavra de Deus em fiel escrita. Muitos irão acusar-nos de idolatrar a Bíblia ao invés de adorar a Cristo. Dizem tais argumentadores, que é mais importante o que Jesus? Se desejarmos saber como Jesus agiu, diante de uma determinada circunstância, onde deveremos procurar tal conhecimento, senão a Bíblia? Por mais que os historiadores se esforçassem acerca de Jesus, puderam escrever uma história sobre Ele, como está nos relatos da Bíblia.

Tácito Pretório, sob o império de Domiciano em 88 d.C., isto é, 58 anos após a crucificação, faz nos seus anais, referências a Jesus. Plínio, tribuno da Síria, mais ou menos na mesma época, refere-se também a Jesus. Josefo, Tertúlio, Luciano, Seutônio, Euzébio, todos do primeiro século depois de Cristo, escreveram sobre Ele.

Escritores judeus e romanos escreveram muito sobre o Líder dos Cristãos, no tempo das grandes perseguições do imperador Nero.

A Bíblia Sagrada não só contém a biografia de Cristo, como é Ela em si a Palavra do próprio Cristo. Na Bíblia localizamos o caminho certo, encontramos através dela o padrão que Cristo estabeleceu para os seus seguidores.


Tudo o que ouvimos acerca das religiões chamadas Cristãs suas opiniões, seus ensinos, suas regras de fé, têm que ser julgadas pela religião de Cristo. SE OS ENSINOS DE UMA RELIGIÃO CONTRADIZEM A BÍBLIA, AQUELA RELIGIÃO NÃO É CRISTÃ.

Pr. Elias Ribas

pr.eliasribas2013@gmail.com