TEOLOGIA EM FOCO

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

UM LIBERTADOR PARA ISRAEL

 

ESTUDO BÍBLICO

TEXTO BASE

Êxodo 3.1-9 “E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou o rebanho atrás do deserto e veio ao monte de Deus, a Horebe. 2- E apareceu-lhe o Anjo do SENHOR em uma chama de fogo, no meio de uma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia. 3- E Moisés disse: Agora me virarei para lá e verei esta grande visão, porque a sarça se não queima. 4- E, vendo o SENHOR que se virava para lá a ver, bradou Deus a ele do meio da sarça e disse: Moisés! Moisés! E ele disse: Eis-me aqui. 5- E disse: Não te chegues para cá; tira os teus sapatos de teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa. 6- Disse mais: Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó. E Moisés encobriu o seu rosto, porque temeu olhar para Deus. 7- E disse o SENHOR: Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores. 8- Portanto, desci para livrá-lo da mão dos egípcios e para fazê-lo subir daquela terra a uma terra boa e larga, a uma terra que mana leite e mel; ao lugar do cananeu, e do heteu, e do a morreu, e do ferezeu, e do heveu, e do jebuseu. 9- E agora, eis que o clamor dos filhos de Israel chegou a mim, e também tenho visto a opressão com que os egípcios os oprimem. 

INTRODUÇÃO

Deus tinha um plano traçado para o seu povo através de Moisés. Este o conduziria até Canaã. Moisés foi dia a dia preparado e lapidado pelo Senhor para cumprir os propósitos divinos. A formação de um líder requer tempo, mas infelizmente muitos na atualidade não querem respeitar o momento de Deus. Vivemos em uma sociedade imediatista onde as pessoas não admitem mais esperar. 

O caminho que Moisés teve que percorrer de volta ao Egito. Ele andou aproximadamente 320 quilômetros. Enfatize que Deus chamou Moisés para uma importante Missão — libertar os israelitas do jugo da escravidão. Em obediência ao Senhor, Moisés voltou ao Egito. Muitas vezes Deus requer que voltemos de onde saímos. Porém, ao retornar, Moisés era um novo homem. Agora não agiria mais segundo as suas forças, mas em obediência restrita a Deus. 

Um líder cristão não é feito da noite para o dia. É preciso que sua liderança seja amadurecida pelo tempo. Na lição de hoje, veremos que Moisés foi preparado lentamente pelo Senhor ao longo dos anos até que se tornasse o libertador do seu povo. Moisés era um homem manso e ao que parece não era muito eloquente, porém Deus viu que ele seria obediente e capaz de libertar o seu povo da escravidão egípcia. 

O preparo de Moisés para se tornar o libertador do povo de Deus. Quando assumiu a missão de conduzir os israelitas pelo deserto, Moisés já havia sido preparado pelas universidades egípcias e pelo próprio Todo-Poderoso. O Deus que levantou Moisés não mudou, Ele continua a levantar e preparar pessoas para serem usadas na sua obra. Você está disposto a servir mais a Deus? O Senhor deseja usá-lo em sua obra para que muitos sejam libertos da escravidão do pecado e da ignorância espiritual. 

I. MOISÉS, SUA CHAMADA E SEU PREPARO (Êx 3.1-17) 

1. Deus chama o seu escolhido. Quando o Senhor escolheu e chamou Moisés para libertar seu povo, ele estava pastoreando ovelhas — um excelente aprendizado para quem mais tarde iria ser o pastor do povo de Deus, Israel (Sl 77.20). É Deus que chama e separa aqueles que vão dirigir seu rebanho, e Ele continua vocacionando e capacitando para o santo ministério. O Senhor chama, mas cabe ao homem cuidar do seu preparo para ser útil a Deus. 

O que muito nos edifica no versículo seis é Deus identificar-se não somente como “o Deus de Abraão e o Deus de Isaque”, mas igualmente como “o Deus de Jacó”. Ele é, portanto, o Deus de toda graça, compaixão e paciência, uma vez que Jacó teve sérios incidentes negativos na sua vida em geral (1ª Pe 5.10; Jo 1.14,16). 

2. O preparo de Moisés (Êx 3.10-15). Moisés foi chamado e recebeu treinamento da parte de Deus para que cumprisse sua missão com êxito. Deus ainda chama e prepara seus servos. Talvez Ele o esteja chamando para a realização de uma obra. Qual será sua resposta? 

Moisés experimentou o silêncio e a solidão do deserto em Midiã (Êx 3.1). Em sua primeira etapa de 40 anos de vida viveu no palácio real e frequentou as mais renomadas universidades. O conhecimento adquirido por Moisés, e empregado com sabedoria, foi-lhe muito útil em sua missão de libertador, condutor, escritor e legislador na longa jornada conduzindo Israel no deserto. 

3. O objetivo da chamada divina (Êx 3.10). O propósito divino era a saída do povo de Israel do Egito liderada por Moisés. Deus pode, segundo o seu querer, agir diretamente. Contudo, o seu método é usar homens e mulheres junto aos seus semelhantes. Hoje, em relação a muitas igrejas, Deus está dizendo à seus dirigentes: “Tira o ‘Egito’ de dentro do meu povo”. É o mundanismo entre os crentes, na teoria e na prática; no viver e no agir, enfraquecendo e contaminando a igreja. É Israel querendo voltar para o Egito (Êx 16.3; 17.3). Deus com mão poderosa tirou Israel do Egito, mas não tirou o ‘Egito’ de dentro deles, porque isso é um ato voluntário de cada crente que, quebrantado e consagrado, recorre ao Espírito Santo. 

“Certamente eu serei contigo” (v. 12). Isso era tudo o que Moisés precisava como líder espiritual do povo de Deus. Hoje, muitos já perderam essa divina presença em sua vida e em seu ministério, por acharem que são alguma coisa em si mesmos, daí, a operação do Espírito Santo cessar em sua vida. Paulo exclamou: “Nada sou” (2Co 12.11). Tudo que temos ou somos na obra de Deus vem dEle (1Co 3.7). 

Moisés foi chamado e preparado por Deus para que cumprisse sua missão com excelência. 

II. AS DESCULPAS DE MOISÉS E A SUA VOLTA PARA O EGITO 

1. O receio de Moisés e suas desculpas. O Moisés impulsivo que matou o egípcio e o enterrou na areia já não existia mais. Ele havia sido mudado e moldado pelo Senhor, e agora precisava crer não no seu potencial, mas no Senhor que o chamara. Ao ser chamado pelo Senhor para ser o libertador dos hebreus, Moisés apresentou algumas desculpas — “eles não vão crer que o Senhor me enviou”; “não sou eloquente”. Quantas desculpas também não damos quando Deus nos chama para um trabalho específico? As escusas de Moisés, assim como as nossas, nunca são aceitas pelo Senhor, pois Ele conhece o mais profundo do nosso ser. Se o Senhor está chamando você para uma obra, não tema e não perca tempo com desculpas. Confie no Senhor e não queira acender a ira divina como fez Moisés, que tentou protelar sua chamada dando uma série de desculpas a Deus (Êx 4.14). 

2. Deus concede poderes a Moisés. A fim de encorajar Moisés e confirmar o seu chamado, o Senhor realiza alguns sinais (Êx 4.1-9). Da mesma forma Deus ainda demonstra sinais para nos mostrar o seu poder e a sua vontade. 

3. O retorno de Moisés. Moisés não revelou ao seu sogro Jetro o que ele faria no Egito. Ainda não era a hora certa para isso. O líder precisa saber o momento adequado para revelar seus projetos. Entretanto, Moisés não poderia partir sem o consentimento de sua família, assim ele disse a Jetro que iria ao Egito rever seus irmãos: “Eu irei agora e tornarei a meus irmãos que estão no Egito, para ver se ainda vivem” (Êx 4.18). Jetro prontamente liberou Moisés dizendo: “Vai em paz”. Moisés não saiu sem a bênção dos seus parentes. Para realizar a obra de Deus o líder precisa ter o apoio e cooperação da sua família. Se você ainda não o tem, ore a Deus nesse sentido. 

Deus não aceitou as escusas de Moisés. Ele também não aceitará as nossas, pois Ele conhece o mais profundo do nosso ser. 

III. MOISÉS SE APRESENTA A FARAÓ (Êx 5.1-5) 

1. Moisés diante de Faraó. Chegando ao Egito, Moisés e seu irmão Arão procuraram Faraó para comunicar-lhe a vontade de Deus para o povo de Israel. Quão difícil e arriscada era a tarefa de Moisés. Após o encontro que já tivera com Deus, ele estava preparado para apresentar-se ao rei do Egito. Faraó recusou de imediato o pedido de Moisés. Além de recusar deixar o povo ir embora, Faraó agora aumenta o volume de trabalho do povo (Êx 5.8,9). Moisés fez tudo como Deus lhe ordenara, porém, sua obediência não impediu que ele e seu povo sofressem. Talvez você esteja realizando alguma obra em obediência ao Senhor, mas isto não vai impedir que surjam dificuldades, problemas e aflições. Esteja preparado. Não podemos nos esquecer de que “por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus” (At 14.22). Enquanto estivermos neste mundo, estamos sujeitos às dificuldades (Jo 16.33). 

2. A queixa dos israelitas (Êx 5.20,21). O povo hebreu fica descontente com Moisés e Arão e logo começam a murmurar. Certamente todos esperavam que a saída do Egito fosse imediata. Mas este não era o plano de Deus. Moisés, aflito com a piora da situação, busca o Senhor e faz várias indagações. Quem de nós em semelhantes situações, estando em obediência a Deus, na vida cristã e no trabalho, já não indagou: “Por que Senhor?”. Moisés não conseguia entender tudo o que estava ocorrendo, mas Deus estava no controle. Às vezes não conseguimos entender o motivo de certas dificuldades, mas não podemos deixar de crer que Deus está no comando de tudo. 

3. Deus promete livrar seu povo (Êx 6.1). A saída de Israel do Egito seria algo sobrenatural e esta promessa foi totalmente cumprida quando Israel, finalmente, saiu do Egito. Deus, nos seus atributos e prerrogativas, ia agora redimir o povo de Israel (v.6), adotá-lo como seu povo (v.7), e introduzi-lo na Terra Prometida. Todo o Israel, assim como os egípcios, teria a oportunidade de ver o poder de Deus. 

Depois do encontro que Moisés tivera com Deus, ele estava finalmente preparado para apresentar-se ao rei do Egito. 

CONCLUSÃO

Na lição de hoje aprendemos como o grande “Eu Sou” escolheu e preparou Moisés para que ele libertasse seu povo da escravidão egípcia. Deus continua a levantar e preparar homens para a sua obra. Você está disposto a ser usado pelo Senhor? Moisés apresentou algumas desculpas, mas não foram aceitas. Não perca tempo com justificativas, mas diga “sim” ao chamado de Deus.

FONTE DE PESQUISA 

GILBERTO Antônio. Um Libertador para Israel. 1º Trimestre de 2014,

Lições Bíblicas CPAD

segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

O SISTEMA DE SACRIFÍCIOS

ESTUDO BÍBLICO

TEXTO BASE

Levítico 1.1 “E chamou o SENHOR a Moisés e falou com ele da tenda da congregação, dizendo: 2- Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando algum de vós oferecer oferta ao SENHOR, oferecereis as vossas ofertas de gado, de vacas e de ovelhas. 3- Se a sua oferta for holocausto de gado, oferecerá macho sem mancha; à porta da tenda da congregação a oferecerá, de sua própria vontade, perante o SENHOR.” 

Levítico 2.1 “E, quando alguma pessoa oferecer oferta de manjares ao SENHOR, a sua oferta será de flor de farinha; nela, deitará azeite e porá o incenso sobre ela. 2- E a trará aos filhos de Arão, os sacerdotes, um dos quais tomará dela um punhado da flor de farinha e do seu azeite com todo o seu incenso; e o sacerdote queimará este memorial sobre o altar; oferta queimada é, de cheiro suave ao SENHOR. 3- E o que sobejar da oferta de manjares será de Arão e de seus filhos; coisa santíssima é, de ofertas queimadas ao SENHOR. 

Levítico 3.1 “E, se a sua oferta for sacrifício pacífico, se a oferecer de gado macho ou fêmea, a oferecerá sem mancha diante do SENHOR. 2- E porá a sua mão sobre a cabeça da sua oferta e a degolará diante da porta da tenda da congregação; e os filhos de Arão, os sacerdotes, espargirão o sangue sobre o altar, em roda.” 

Levítico 7.1- “E esta é a lei da expiação da culpa; coisa santíssima é. 2- No lugar onde degolam o holocausto, degolarão a oferta pela expiação da culpa, e o seu sangue se espargirá sobre o altar em redor. 

1ª João 2.1 “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo. 2- E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.” 

INTRODUÇÃO

Antes de ser uma resolução de Moisés, o sistema de sacrifícios estabelecido em Israel foi ordenado por Deus. Os livros de Êxodo e Levítico apresentam, com precisão, as instruções sobre como eles deveriam ser apresentados a Deus dentro do Tabernáculo. Nesta lição, veremos como esse sistema foi praticado e desenvolvido até que chegasse ao supremo e suficiente sacrifício de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo: a expiação do Calvário. 

I. A OFERTA VOLUNTÁRIA: O HOLOCAUSTO (Lv 1.1-3) 

1. O conceito de holocausto. A palavra “holocausto”, no hebraico, olah, significa “levantar, fazer subir, que ascende”. Vimos esse conceito em lição anterior, mas em relação ao altar do holocausto. Aqui, estamos analisando a apresentação do próprio sacrifício de holocausto. Nesse sentido, essa oferta era apresentada pelo sacerdote no altar, de onde um “cheiro suave” subia “às narinas de Deus”. Era um modo antropomórfico; isto é, uma figura tipicamente humana para referir-se a Deus. 

2. O que era a oferta de holocausto? Basicamente, a oferta apresentada no altar do holocausto podia ser de animais como boi, ovelha, cabra, pombinhos ou rolinhas. Cada vítima era queimada no altar. Era um tipo de sacrifício que apontava para a vítima perfeita: o Cordeiro de Deus “que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29 cf. Is 52.13-15; Fp 2.5-8; Hb 12.2,3). 

3. Uma oferta voluntária. A oferta tinha um caráter voluntário (Lv 1.3). O objetivo do holocausto era que Deus aceitasse o ofertante. Essa aceitação dependia de a oferta apresentada pelo sacerdote ser aceita diante de Deus. Assim, o ofertante colocava a mão sobre a cabeça da vítima a ser sacrificada, transferindo, para si, os benefícios do sacrifício: a expiação dos pecados. O animal era imolado fora da tenda e, em seguida, conduzido ao altar dos holocaustos. 

4. Cristo tipificado no holocausto. O sacrifício de Cristo foi um “holocausto” agradável ao Pai. O animal inocente e fisicamente perfeito apontava para Cristo, o Justo (1ª Jo 2.1,2). O ato de colocar a mão sobre a cabeça do animal, demonstrando ao mesmo tempo uma identificação com a oferta como também a substituição que ela representaria diante de Deus, aponta para Cristo, nosso substituto na cruz, que cumpriu perfeitamente as exigências de Deus e recebeu a sentença de condenação em nosso lugar. 

Como a pele do animal ficava para o sacerdote, a fim de servir-lhe de vestimentas, assim também a justiça de Cristo revestiu-nos e nos livrou da nudez espiritual que era repugnante ao Senhor (Ap 3.18); assim como o holocausto era uma oferta voluntária, Cristo é o nosso sacrifício perfeito, que se entregou voluntariamente para pagar e apagar os nossos pecados (Mt 27.35-36; Ef 5.2; Hb 7.26; 9.14; 1Jo 2.6). 

Dois textos bíblicos expressam essa verdade. Efésios 5.2 diz: “Cristo vos amou e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave”. E também Hebreus 9.13,14: “porque, se o sangue dos touros e bodes e a cinza de uma novilha, esparzida sobre os imundos, os santificam, quanto à purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará a vossa consciência das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?”. Trata-se, pois, de uma imagem perfeita de como fomos reconciliados com o Pai mediante o sacrifício de seu amado Filho (2ª Co 5.19). 

II. A OFERTA DE MANJARES (Lv 2.1-3) 

1. O significado da oferta. Essa oferta representava a gratidão do hebreu pela fecundidade da terra. Ele tirava os cereais comestíveis e oferecia-os ao Senhor como “um sacrifício de manjares”. Essa imagem nos fala de como devemos apresentar o fruto do nosso trabalho diante de Deus. Não podemos nos apresentar perante Ele de mãos vazias (Mt 25.14-30). 

2. Como era a oferta de manjares? Essa oferta também era chamada de “Festa das Primícias” (2.12-16). Ela compunha-se de grãos novos e macios colhidos na primeira colheita. Essa oferta também era feita de farinha fina misturada com azeite. Sabemos, pela Bíblia, que o azeite é um dos símbolos do Espírito Santo (Zc 4.2-6; Êx 30.31). Essa oferta faz-nos lembrar da importância de vivermos uma vida dependente do Espírito Santo. Que possamos, na força do Espírito, fazer as mesmas obras que o nosso Senhor fez (At 10.38). 

3. Cristo tipificado na oferta de manjares.

3.1. A oferta aponta para um alimento espiritual. A Palavra de Deus diz que o nosso Senhor é o “pão vivo que desceu do céu”, o trigo que foi moído para se tornar o nosso alimento espiritual (Jo 6.33-35). Logo, da mesma forma que Israel obedeceu à ordenança divina de apresentar a oferta de manjares diante de Deus, nós somos instados, por Cristo, a alimentar-nos dEle. O testemunho do Senhor é verdadeiro (Jo 5.30; 8.28). 

3.2 O incenso aponta a perfeição de Jesus. O incenso presente nas ofertas de manjares fala da vida perfeita de Jesus, vida de santidade diante do Pai, e por isso o Pai podia dizer: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”. Além disso, destacamos que incenso foi um dos presentes que Jesus recebeu quando era ainda um menino na casa de Maria e José (Mt 2.11). 

3.3. A ausência de fermento e mel apontam para Jesus como a verdade (Jo 14.6). 

3.4. O azeite aponta para a unção do Espírito Santo na vida de Jesus desde a sua concepção no ventre de Maria e durante todo seu ministério (Mt 1.20,21; Lc 4.18,19). 

III. A OFERTA PACÍFICA, O SACRIFÍCIO PELO PECADO E O DIA DA EXPIAÇÃO (Lv 3.1,2; 7.1,2) 

1. O que era a oferta pacífica? Era um sacrifício em que o ofertante imolava o animal, tirando porções especiais e separando-as do sangue e da gordura do animal. Em seguida, o sacerdote espargia o sangue do animal imolado ao redor do altar, em sinal da propiciação pela vida do pecador. Depois, os miúdos do animal eram queimados no fogo do altar e, assim, tanto o sacerdote quanto o ofertante, e sua família, comiam a carne nobre do animal imolado (Lv 2.8,13,16,17). Essa oferta significava, literalmente, “um presente oferecido a Deus”, e denotava a comunhão e a felicidade do ofertante com o Pai. 

2. A simbologia da oferta pacífica. No Novo Testamento, Cristo é a grande oferta de paz que o próprio Deus oferece pela reconciliação com o mundo. Nas palavras de Paulo, “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados” (2ª Co 5.19). Jesus é o grande Príncipe da paz (Is 9.6), e por isso pode contundentemente dizer aos seus discípulos: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá” (Jo 14.27). Além do mais, ainda que não literalmente, também nos banqueteamos com nosso Senhor, como os israelitas nas ofertas pacíficas: “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo” (Ap 3.20). 

O pecador, porém, que não recebe esta oferta da paz de Cristo em seu coração através da fé, ele é considerado inimigo de Deus (Tg 4.4), filho da ira (Ef 2.3; Jo 3.36), permanece em condenação (Jo 3.18) e a sentença contra ele é clara: “Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus” (Is 57.21) 

A oferta pacífica aponta para a nossa reconciliação com o Pai. A Palavra de Deus mostra que o nosso Senhor proveu a paz entre o homem e o Criador: “porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nele habitasse e que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus” (Cl 1.19,20). Isso demonstra que o Senhor foi a oferta pacífica para reconciliar-nos com o Pai, tornando-se assim, a nossa Paz (Is 9.6). 

3. O que era a oferta pelo pecado? Diferentemente das outras oferendas, as ofertas pelo pecado e pela culpa eram obrigatórias. Elas identificavam a natureza pecaminosa do homem; alguém que necessitava apresentar a Deus algo por seus pecados. Esse sacrifício era feito fora do arraial. 

O animal teria de ser imolado fora do acampamento hebreu. A Bíblia mostra que Nosso Senhor Jesus foi morto fora de Jerusalém, fazendo-se pecado por nós (1ª Pe 2.24). 

4. O grande dia da expiação. Levítico 16 narra o mais importante dia para o povo judeu: o dia da Expiação. O dia em que todo judeu devia observar um jejum e não fazer qualquer trabalho. Esse dia é ainda hoje observado por eles como Yom Kippur, o “Dia do Perdão”. 

O dia da Expiação era a data em que o Sumo Sacerdote apresentava um novilho por si mesmo e por sua família (Lv 16.6) e um bode pelo povo (Lv 16.7-10) no Santo dos Santos, aspergindo o sangue das vítimas sobre o propiciatório (Lv 16.11-19). O rito representava a mais importante oferta pelo pecado de toda a nação. 

Esse rito aponta para o nosso grande dia da Expiação, no Calvário, quando Jesus Cristo, nosso Senhor, exclamou na cruz: “Está consumado” (Jo 19.30). 

CONCLUSÃO

Nesta lição, vimos o quanto era complexo o sistema de apresentação de ofertas para diversos pecados, e o dia anual de expiação, em que o Sumo Sacerdote apresentava a oferta pela nação inteira. O sistema sacrificial levítico tem seu prazo de validade cumprido na cruz de Cristo Jesus. A Palavra de Deus mostra-nos que o sacrifício único de Cristo, no Calvário, foi suficiente para apagar os nossos pecados (2ª Co 5.21; 1ª Pe 3.18).

Deus simplificou tudo no único e legítimo Cordeiro, cujo sacrifício é perfeito e invalida a continuidade dos sacrifícios de animais. O sacrifício de Cristo foi voluntário (ninguém o obrigou), espontâneo (de iniciativa própria) e eficaz para salvação de todo aquele que nele crê. Tamanha é a confiança daquele que crê em Jesus, que ele pode fazer coro com o apóstolo Paulo e perguntar: “Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo quem morreu” (Rm 8.33,34).

Valorize a graça de Deus e alegre-se no Espírito Santo por este presente: a salvação.

Comentarista: Elienai Cabral. O Sistema de Sacrifícios. 2º Trimestre de 2019. CPAD Rio de Janeiro – RJ.


sábado, 11 de dezembro de 2021

O SACRIFÍCIO DA EXPIAÇÃO

ESTUDO BÍBLICO

TEXTO BASE

Levítico 1.1-9 “E chamou o SENHOR a Moisés, e falou com ele da tenda da congregação, dizendo: 2- Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando algum de vós oferecer oferta ao Senhor, oferecereis as vossas ofertas de gado, de vacas e de ovelhas. 3- Se a sua oferta for holocausto de gado, oferecerá macho sem mancha; à porta da tenda da congregação a oferecerá, de sua própria vontade, perante o Senhor. 4- E porá a sua mão sobre a cabeça do holocausto, para que seja aceito por ele, para a sua expiação. 5- Depois degolará o bezerro perante o Senhor; e os filhos de Arão, os sacerdotes, oferecerão o sangue, e espargirão o sangue em redor sobre o altar que está diante da porta da tenda da congregação. 6- Então, esfolará o holocausto e o partirá nos seus pedaços. 7- E os filhos de Arão, os sacerdotes, porão fogo sobre o altar, pondo em ordem a lenha sobre o fogo.
8- Também os filhos de Arão, os sacerdotes, porão em ordem os pedaços, a cabeça e o redenho, sobre a lenha que está no fogo em cima do altar. 9- Porém a sua fressura e as suas pernas lavar-se-ão com água; e o sacerdote tudo isto queimará sobre o altar; holocausto é, oferta queimada, de cheiro suave ao SENHOR.” 

INTRODUÇÃO. Apesar da glória e da simbologia do holocausto, os profetas não demoraram a revelar a transitoriedade desse ritual levítico. Eles sabiam que, embora a oferenda fosse eficiente como tipo de um sacrifício melhor e definitivo, não era eficaz, em si mesma, para redimir o pecador. Por isso, o holocausto tinha de ser oferecido, pela fé, com os olhos postos no Calvário. 

No Antigo Testamento, o sacrifício era a única maneira de aproximar-se de Deus e restaurar o relacionamento com Ele. Havia mais de um tipo de oferta ou sacrifício, e esta variedade tornava-os mais significativos porque cada um estava relacionado a uma situação especifica da vida. Os sacrifícios eram oferecidos em louvor, adoração e agradecimento, e também para perdão e comunhão. A primeira oferta que Deus descreve é o holocausto. A pessoa que cometia um pecado deveria trazer um animal sem defeito para o sacerdote. O animal inocente simbolizava a perfeição moral demandada pelo santo Deus bem como a natureza perfeita do real sacrifício futuro - Jesus Cristo. Jesus Cristo veio a este mundo para cumprir toda a vontade de Deus Pai e dar Sua vida como uma oferta agradável ao Senhor. Na oferta da expiação esse ato é tipificado. 

I. O CONCEITO DE HOLOCAUSTO 

1. Definindo o termo (Lv 1.3). O termo hebraico traduzido por holocausto (olah) significa, literalmente, “levantar”; “aquilo que vai para cima” ou “aquilo que sobe” para Deus. É importante que você conheça e compreenda o significado desse termo. A palavra holocausto vem do grego holokauston, (Mc 12.33; Hb 10.6,8) e que denota: “oferta queimada por inteiro”, formado de “holos”, “inteiro”, e “kautos”, em lugar de “kaustos”, adjetivo verbal de “kaiõ”, que quer dizer: “queimar”. (O dicionário Vine 2002, p. 692).

Portanto também se chamava oferta queimada, porque o olah era totalmente queimado no altar (com exceção do couro que ia para o sacerdote). 

A expressão holocausto aparece pela primeira vez na Bíblia, atrelada a história de Noé: “E edificou Noé um altar ao SENHOR; e tomou de todo o animal limpo e de toda a ave limpa, e ofereceu holocausto sobre o altar” (Gn 8.20). 

O holocausto era o sacrifício básico que expressava devoção e consagração ao Senhor. Quando nós entregamos ao Senhor, colocamos “tudo isso sobre o altar” (Lv 1.9) e não retemos nada. O equivalente do Novo Testamento encontra-se em Romanos 12.1, 2, em que o povo de Deus é desafiado a ser um sacrifício vivo, inteiramente consagrado ao Senhor. 

O holocausto é um tema frequente e relevante no Antigo Testamento, por isso o livro de Levítico inicia com as instruções divina conferidas a Moisés a respeito dos sacrifícios que seriam oferecidos no Tabernáculo. Levítico mostra o tipo de sacrifício e a forma como deveria ser apresentado ao Senhor. 

O Deus que tudo criou precisava do sangue de animais? Não! Tudo é d’Ele, contudo os holocaustos apontavam para o plano perfeito da salvação que o Pai já havia preparado antes da fundação do mundo. Eles expunham a verdade de que Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, morreria em nosso lugar. Seu sacrifício foi perfeito, único e superior a todos os holocaustos já oferecidos. Que você aproveite cada tópico da lição para juntamente com seus alunos refletir a respeito do sacrifico perfeito de Cristo que foi realizado em nosso favor. 

2. Descrição bíblica. A oferta do holocausto, também chamada de oferta queimada (Lv 1.9), era inteiramente consumida sobre o altar (Lv 6.9), com exceção da pele do animal (Lv 7.8), e das entranhas com os resíduos de comida (Lv 1.16). Esse sacrifício era oferecido a Deus como ato de adoração (1º Cr 29.20,21), em ação de graças (Sl 66.13-15), para obter algum favor (Sl 20.3-5) e, em diversos ritos de purificação (Lv 12.6-8; 14.19,21,22; 15.15,30; 16.24; Jó 1.5). Era o único sacrifício regularmente estabelecido para o culto no santuário e era oferecido diariamente, de manhã e à noite por isso era chamado de o sacrifício “tãmíd”, ou seja, perpétuo, contínuo (Êx 29.38-42; Ez 46.13; Dn 8.11; 11.31) (TENNEY, vol. 03, p. 63 – acréscimo nosso). Deveriam ser apresentados como sacrifício de holocausto, animais específicos (Lv 1.2,10,14), sendo macho sem defeito (Lv 1.3,10; 22.19-21). 

II. UMA OFERTA VOLUNTÁRIA 

Toda pessoa que deseja servir ao Senhor com alegria deve saber e ter por princípio básico a voluntariedade. O que é feito por imposição não agrada a quem oferece e nem ao que recebe. É o que Jesus, o sacrifício perfeito, diz: “Por isso o Pai me ama, Porque dou a minha vida para tornar a tomá-la. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai.” (Jo 10.17-18). 

Resultado de imagem para O sacrifício da expiação. 

1. Uma oferta de animal limpo. Toda oferta que fosse oferecida ao Senhor deveria ser de animais limpos e domésticos e as características dos animais limpos são: unhas fendidas e a ruminação de alimentos (Lv 11.3). A unha fendida dá firmeza para o caminhar e o ruminar exprime o processo natural de digerir interiormente. A vida do salvo neste mundo também assim está relacionada, pois o seu caminhar tem a ver com o seu alimento. O alimento digerido pelo salvo vai servir de formação do seu caráter espiritual e da sua maturidade espiritual. O cristão deve procurar alimento que o ajude a servir a Deus com dignidade, sendo verdadeira testemunha de Cristo, isto é, sendo sal e luz do mundo. 

A Igreja do Senhor está enfrentando uma grande dificuldade, que se caracteriza por divisões e mais divisões em seu seio justamente pela falta desse ato: “digerir interiormente”. Infelizmente, muitas denominações têm surgido porque alguns se acham líderes e não querem mais obedecer a uma autoridade eclesiástica. Isso tem promovido muitos escândalos na obra de Deus. Muitos também não aceitam a correção porque sabem que sempre tem uma porta aberta ao lado para recebê-los. Devemos atentar para a Palavra de Deus: “unhas fendidas e ruminar o alimento”. 

2. Uma oferta sem mancha. A oferta oferecida para o holocausto não podia ter mancha, isto é, nada que denotasse fraqueza ou imperfeição. A característica do animal a ser oferecido no sacrifício da expiação era a perfeição. Essa exigência de perfeição foi plenamente satisfeita em Jesus Cristo, o homem perfeito imaculado e incontaminado (1ª Pe 1.19). Ele andou neste mundo de pecado, porém sem pecar. Conviveu com os pecadores, mas não se contaminou. Perdoou pecadores, mas sempre confrontou o pecado. Assim, pode salvar perfeitamente (Hb 7.25). 

O pecado manchou o homem no seu entendimento e também no seu sentimento e, assim, a sua vontade tornou-se independente da vontade de Deus e homem caiu, tornando-se escravo de Satanás. No entanto, pela obra realizada por Jesus o homem pode hoje oferecer a Deus um culto agradável (Rm 12.1). Assim como Jesus andou neste mundo de forma perfeita, também devemos empreender todos os esforços para seguir os Seus passos. Não há defeito em Seu caráter. Ele é perfeito em todos os aspectos, logo é para Ele que devemos olhar e não para os defeitos do nosso irmão. 

3. A mão sobre a cabeça da oferta. A tradição judaica diz que a mão tinha que ser imposta sobre a cabeça do animal com uma certa pressão. Esse gesto simbolizava que o ofertante estava se identificando com a oferta e transferindo algo de si para o sacrifício. Nesse ato ele estava dizendo para Deus: “Assim como esse animal é entregue inteiramente a Ti, da mesma forma eu me entrego a Ti neste altar onde este animal é oferecido”. Era um reconhecimento de que o animal estava sendo oferecido em seu lugar. Ao colocar a mão sobre a cabeça do animal, o ofertante se tornava participante e não um mero assistente. Pois, afinal, o sangue do animal substituiria o seu. Assim, o ofertante confessava sua condição de pecador rogando por expiação. Hoje, a Igreja do Senhor também não é meramente assistente, mas participante do culto de adoração e da entrega total a Deus. 

O ato do ofertante, no momento do sacrifício, de impor as mãos era pessoal e intransferível. Os animais oferecidos representam as qualidades da perfeita oferta que é Cristo. O bezerro fala do Seu serviço e submissão, o cordeiro da Sua pureza, o cabrito da Sua voluntariedade e as rolas ou pombinhos da Sua simplicidade. A nossa segurança está em colocar a nossa fé na obra que Ele fez por nós e assim neutralizar todos os ataques que o adversário lança sobre a nossa mente para tentar impedir o culto racional que podemos oferecer a Deus. 

II. UMA OFERTA PARTIDA 

Todo o interior da oferta era exposto ao ser partida, para que tudo fosse mostrado sobre o altar. Foi o que aconteceu com Jesus em Seu desejo intenso de fazer a vontade de Deus e estabelecer os propósitos divinos. Ele nada procurou esconder dos Seus discípulos, mas, como uma oferta partida, nos trouxe a revelação do Pai (Jo 10.30). 

1. Uma oferta para ser aceita. O adorador buscava ganhar o favor divino: “para que seja aceito por ele” (Lv 1.4). A aceitação do salvo por Deus está fundamentada na obra perfeita do sacrifício de Cristo e na identificação com a oferta. A aplicação desta realidade a Cristo e ao cristão revela uma das mais valiosas verdades, que também é apresentada no Novo Testamento: o cristão se identifica eternamente com Cristo e a sua aceitação em Cristo (1ª Jo 4.17). Quando o homem não estava em Cristo, ele está em seus pecados e não pode agradar a Deus, mas, estando em Cristo, ele é aceito por Deus. 

A aceitação do salvo por Deus não acontece gradativamente e nem existe grau de aceitação de um crente em relação a outro crente, mas acontece no momento em que o homem entrega a sua vida para Deus. Se estamos em Cristo, somos “qual ele é” (1ª Jo 4.17). Cristo é a Cabeça e a Igreja é o Corpo. Assim como Deus vê a Cabeça, do mesmo modo e visto o Corpo. E o Corpo de Cristo, sendo um só, Também os membros têm a mesma aceitação. Não há, portanto, privilégios de um membro em relação a outro, mas todos são aceitos sobre o mesmo fundamento, que é a perfeita entrega que Cristo fez na cruz. 

2. Uma oferta esfolada e partida. O ritual dado por Deus a Moisés para os sacerdotes deveria ser observado rigidamente. O animal era degolado, o sangue aspergido à roda do altar diante da porta da congregação e a seguir o animal era esfolado. Esses detalhes são importantes de serem observados, pois nenhum ritual estranho poderia ser acrescentado ao sacrifício. Sempre deveria ser feito o mesmo ritual, sem nenhuma inovação com o passar dos anos. A cerimônia realiza, assim, a intenção do adorador e exclui o uso de rituais e ensinos estranhos e errôneos que anulariam o relacionamento entre Deus e o homem. A oferta era sem mancha e também era mostrado o seu interior, ensinando-nos que Deus vê o exterior e também o interior. 

Na oferta da expiação, o ensino principal na doutrina é: a razão do holocausto é apresentar a Deus uma oferta agradável. Cristo é prefigurado no holocausto, e apresentar a Deus uma oferta agradável. Cristo é prefigurado no holocausto, não para a consciência do pecador, mas para o coração de Deus. Portanto, nosso mais importante serviço a Deus não é o quanto podemos fazer por Ele, nem o quanto podemos cumprir por Ele, mas o quanto podemos cumprir por Ele, mas o quanto podemos nos entregar. Jesus fez muitos milagres, nos trouxe a doutrina de Deus, mas veio para morrer. O homem mede todas as coisas por seu próprio trabalho, pensando que se puder ter frutos, ajudar os outros a se arrependerem e crerem no Senhor, ele pode então trazer todas essas coisas para oferecer a Deus. Mas deveríamos entender uma coisa: não podemos colocar no altar de Deus o nosso trabalho. A oferta que Deus quer do homem é que ele esteja no altar, e o que vai para o altar é para morrer (Lc 14.26; Gl 6.14). 

3. Uma oferta em ordem. A oferta era partida e colocada em ordem, para que houvesse uma queima mais rápida sobre o altar. Podemos aprender com isso que a ordem será um fundamento na obra de Deus, pois a Palavra nos diz: “faça-se tudo descentemente e com ordem.” (1ª Co 14.40). A oferta era partida para queimar mais rápido, tipificando o que aconteceria com Jesus na cruz com a Sua morte (Mc 15.44; 1ª Co 11.24).

Deus descortina a Sua sabedoria àqueles que, com um coração sincero e quebrantado, se prostram aos Seus pés e, através da Sua Palavra tomam conhecimento dos Seus propósitos eternos e assim O exaltam e glorificam pela grandiosa obra que Jesus realizou com a Sua morte e ressurreição, nos dando acesso à presença de Deus. agora podemos chegar diante de Deus como adoradores purificados, olhar para a cruz e compreender o propósito de Cristo de cumprir a vontade do Pai. 

III. UMA OFERTA PARA APRECIAÇÃO DE DEUS 

Nessa oferta tudo era oferecido a Deus, assim como Jesus se ofereceu em oferta de cheiro agradável ao Pai com a Sua morte na cruz. Todo o perfume da oferta que Jesus ofereceu foi do agrado do Pai e encheu o Seu coração de gozo. Na cruz, o Filho deu a Sua vida a Deus, a quem, durante o Seu ministério, agradou, por sempre fazer a Sua vontade. Ali, no Calvário, consumou a obra que veio realizar (Jo 19.30). 

1. Fressura e pernas lavadas. A oferta estava lavada por dentro e por fora (Lc 1.9) e simbolicamente representa Cristo, que é essencialmente puro tanto no interior como exterior. Isso ficou claramente demonstrado durante o Seu ministério terreno para os que com Ele conviveram e tiveram o prazer de ouvi-lo. Os servidores que foram enviados pelos fariseus para prendê-Lo, por exemplo, voltaram admirados após ouvirem o Seu ensino (Jo 7.45-46). 

A fressura era lavada com água, símbolo da Palavra de Deus, como também as pernas (Lv 1.9), ensinando-nos que o exterior “as pernas” (uma representação da conduta) é conforme a “fressura” (uma representação do caráter). Os membros do corpo obedecem e executam os desígnios do coração. Um coração cheio da Palavra de Deus conduzirá a um testemunho que sempre terá o propósito da glória de Deus. 

2. Uma oferta que todos podiam oferecer. Havia a opção de se oferecer um bezerro como também de se oferecer rolas ou pombinhos. Quem tivesse uma condição melhor oferecia um bezerro, mas para o de menor poder aquisitivo poderia oferecer um animal de custo menor. Quando Maria e José foram apresentar o menino Jesus no templo, cumprindo a lei de Moisés, levaram a sua oferta (Lc 2.23-24). Eles não tinham condições de oferecer um bezerro, mas nem assim ficaram impedidos de cumprir o que a lei estabelecia. Deus sempre provê meios para que todos possam d’Ele se aproximar. 

Por meio dessa oferta o indivíduo expressava completa submissão e dedicação ao Senhor. Deus concede a todos os homens, independentemente da situação social, cultural ou financeira, a oportunidade de oferecer culto a Ele. A Bíblia nos ensina no Salmo 51.17 sobre os sacrifícios que agradam a Deus. São qualidades e condições que todos os homens podem buscar para oferecer a Deus os seus sacrifícios. 

3. Uma oferta totalmente queimada. A oferta totalmente queimada representava o sacrifício imaculado de Cristo a Deus. Sobre o altar do Calvário, o Cordeiro de Deus foi totalmente consumido pelo fogo da justiça do Senhor. Os sacerdotes podiam preparar tudo para o sacrifício, mas dele não podiam comer, porque era totalmente oferecido ao Senhor, pois Deus era o único e principal objetivo nesse sacrifício (Lv 1.9). 

Resultado de imagem para O sacrifício da expiação. As cinzas do sacrifício da expiação declaravam que a oferta fora aceita por Deus. Os sacerdotes tinham o privilégio de aprontar todo o ritual, mas somente Deus cheirava como cheiro suave. Somente Deus pode apreciar em toda a Sua plenitude a perfeita e total entrega de Jesus na Sua morte (Sl 40.8). 

CONCLUSÃO. Como é prazeroso para o salvo ter o entendimento da obra que o Senhor veio fazer e a consumou para o agrado do Pai, e como nos dá também o poder para nos apresentarmos a Deus como uma oferta sobre o Seu altar a cada dia para que esse sacrifício chegue às Suas narinas como cheiro suave.


quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

A OFERTA DE MANJARES

 


Levítico 2.1-3 “E, quando alguma pessoa oferecer oferta de manjares ao Senhor, a sua oferta será de flor de farinha; nela, deitará azeite e porá o incenso sobre ela. 2- E a trará aos filhos de Arão, os sacerdotes, um dos quais tomará dela um punhado da flor de farinha e do seu azeite com todo o seu incenso; e o sacerdote queimará este memorial sobre o altar; oferta queimada é, de cheiro suave ao Senhor. 3- E o que sobejar da oferta de manjares será de Arão e de seus filhos; coisa santíssima é, de ofertas queimadas ao Senhor”. 

A oferta de manjares era voluntária e fazia parte do ritual de adoração da nação israelita. Essa oferta tinha o propósito de conduzir o povo até a presença do Senhor e de abençoar o sacerdote.

I. OFERTA DE MANJARES (Lv 2.1-16). 

(ARA; NVI: oferta de cereal). Mais precisamente, apresentar “uma oferta de cereal no hebraico minhah como uma oferta (qorban, ver Lv 1.2). A segunda oferta voluntária era a oferta dos manjares, na qual o fruto do campo era oferecido na forma de um bolo ou pão assado feito de grãos, farinha fina, azeite e sal. A menor dessas ofertas de cereais compunha-se de uma dízima do efa ou seja, 2,2 litros. A oferta dos manjares era um dos sacrifícios acompanhados por uma oferta de bebida de um quarto de him (cerca de um litro) de vinho, o qual era derramado no fogo sobre o altar (Nm 15.4–5). O propósito dessa oferta era expressar gratidão em reconhecimento da provisão de Deus e boa vontade imerecida para com a pessoa fazendo o sacrifício. Os sacerdotes recebiam uma parte dessa oferta, mas ela precisava ser comida dentro da corte do tabernáculo. 

II. OS INGREDIENTES DA OFERTA 

Na oferta de manjares não havia derramamento de sangue. Ela representa o ministério terreno de Jesus em toda a perfeição de atitudes e palavras que Ele proferiu durante o Seu ministério nesta terra. Quando lemos os evangelhos, aprendemos com Jesus, o homem perfeito. Vemos Seu relacionamento com os pecadores, Sua atenção para com os que lhe procuravam com um coração sincero e também as palavras duras para os que se aproximavam d’Ele com hipocrisia. 

1. Flor de farinha. A flor de farinha era o trigo passado em peneira muito fina e nos dias do patriarca Abraão era utilizado para a fabricação de bolo (Gn 18.6). Essa farinha feita do trigo tem como característica ser bem fina, com os grãos apresentando a uniformidade, o que representa muito bem o ministério terreno de Jesus Cristo, em quem não encontramos acepção de pessoas nem injustiça no relacionamento com os homens. 

A humanidade pura e perfeita de nosso Senhor Jesus é um tema que encanta e nos inspira a procurar imitá-Lo como Seus servos. Observemos como Jesus agiu diante de indecisão de João Batista quando enviou os discípulos até ele (Mt 11.3), como suportou a indiferença “desta geração” (Mt 11.16-17) as impenitentes cidades da Galileia (Mt 11.20), as multidões sem discernimento (Mt 13.13-15), a incredulidade do povo que ouvia o seu ensinamento (Mt 13.58), a inflexibilidade dos religiosos da sua época (Mt 16.1). Jesus sempre agiu conforme as Sagradas Escrituras e essa é a proteção contra qualquer tipo de erro. 

2. Azeite. O azeite na oferta de manjares é símbolo do Espírito Santo. A flor de farinha era amassada com azeite (Lv 2.5), simbolizando a concepção de Jesus no ventre de Maria (Lc 1.35). O Verbo se fez carne (Jo 1.14), através da ação do Espírito Santo no ventre de Maria! A concepção da humanidade de Jesus Cristo, pelo Espírito Santo no ventre de Maria, é um dos profundos mistérios que nos revela a Palavra de Deus (1ª Tm 3.16). 

Na preparação da oferta de manjares a flor de farinha, sem fermento era amassada e depois untada com azeite (Lv 2.4). Esse ato tipifica o momento que Jesus foi ungido com o Espírito Santo antes do início do Seu Ministério. Quando Jesus foi batizado, o Espírito Santo desceu sobre Ele em forma de pomba (Mt 3.16). Quando iniciou o Seu ministério em Nazaré, num sábado, estando Ele na sinagoga, tomou o livro e disse que o Espírito do Senhor era sobre Ele para cumprir o ministério que lhe havia sido concedido (Lc 4.16-19). É importante notar o fato do Senhor Jesus ter sido ungido pelo Espírito Santo antes da Sua entrada no ministério público. 

3. Incenso. O Senhor Deus revelou a Moisés como o incenso deveria ser feito, quais os elementos que fariam parte de sua composição e a quantidade exata desses elementos. O Senhor também disse a Moisés que ninguém poderia fazê-lo para seu próprio uso, mas somente para oferecer ao Senhor Deus (Êx 30.34-38), pois era algo santíssimo. O incenso nessa oferta demonstra que em todo o Seu ministério terreno Jesus nunca fez nada para Sua própria glória, mas sempre para a gloria de Deus (Jo 7.18). 

O azeite e o incenso eram dois ingredientes de suma importância na preparação da oferta e também com um grande ensinamento espiritual. O azeite simboliza o poder do ministério de Jesus e o incenso o objetivo desse ministério, nos ensinando tudo que Ele fez foi feito pelo poder do Espírito Santo e tudo foi feito para a glória de Deus. Este deve ser o fundamento dos que querem servir e agradar a Deus: oferecer a Deus todo o nosso ser, buscar n’Ele a capacitação necessária e ter como objetivo a glória de Deus. 

III. TRAZENDO A OFERTA AOS SACERDOTES 

Deus nos ensina na Sua Palavra que devemos ofertar ao Senhor em gratidão pelas bênçãos que Ele nos concede por Sua infinita bondade, para a Sua casa. Os israelitas foram ensinados a levarem dos seus bens para o Senhor. Desse modo, os sacerdotes eram também abençoados. Pela Palavra de Deus vemos que, sempre que o povo assim procedia, a bênção do Senhor era abundante sobre o Seu povo. 

1. Entregue aos filhos de Arão. O que era trazido como oferta de manjares ao Senhor era entregue nas mãos dos filhos de Arão (Lv 2.2). Este sacrifício nos ensina que devemos trazer nossas ofertas para serem entregues nas mãos daqueles que estão com essa responsabilidade na casa do Senhor. Como foi agradável ao Senhor que assim fosse com a nação de Israel, também é agradável a Deus que este mesmo princípio hoje seja um fundamento em Sua Igreja. Assim como Deus abençoou o Seu povo no passado, Ele também abençoa o Seu povo hoje. 

Vivemos dias em que pessoas deixam de observar o que diz a Palavra de Deus e passam a agir segundo seus próprios conceitos e entendimento. A bênção consiste em fazer o que Deus estabelece através da Sua Palavra. É muito importante que tenhamos esse pleno entendimento para que as bênçãos de Deus sobre a nossa vida não sejam impedidas por atitudes erradas que venhamos a tomar; ou que outras pessoas venham a interferir no que podemos fazer para Deus em cumprimento da Sua Palavra. Deus simplesmente diz: “E a trará” (Lv 2.2). 

2. Parte da oferta era queimada. É importante observarmos este trecho da Palavra de Deus: “e o sacerdote queimará este memorial sobre o altar; oferta queimada é, de cheiro suave ao Senhor.” (Lv 2.2). Tudo o que fazemos para Deus deve ser como essa oferta queimada sobre o altar. Nada pode impedir ou tirar o galardão pelo que fazemos para o Senhor. O serviço do salvo feito para o Senhor nesta vida está diante de Deus. As orações, os jejuns, a evangelização, a contribuição, tudo está sobre o altar e terá a sua perfeita recompensa, o galardão que está nas mãos do Senhor, para dar a cada um segundo as suas obras (Ap 22.12). 

Para todo aquele que tem a experiência do novo nascimento, servir a Deus é um deleite e não um peso; obedecer a doutrina da Palavra de Deus é um prazer e o faz com alegria porque na verdade está fazendo por agradecimento a quem fez tudo por nós. Para aqueles que não nasceram de novo, tudo se torna um fardo, tudo é motivo para murmuração. O que é queimado deixa de ser visto, por isso, nada deve ser feito para ser ovacionado pelos homens; não devemos esperar aplausos e elogios, pois Jesus condenou os que assim o fazem (Mt 6.1). O cristão tem que ter fé para saber o que é oferecido ao Senhor não nos torna mais pobre, muito pelo contrário só nos enriquece. 

3. Parte da oferta era dos sacerdotes. Não era tudo para os sacerdotes, mas somente o que lhes era permitido pelo Senhor (Lv 2.3). Assim como existe a responsabilidade do ofertante, também existe a do sacerdote em atentar para o que diz o ritual do sacrifício, pois a oferta não pode ser profanada. Aprendemos com isso que tudo deve ser feito conforme estabelecido pelo Senhor, para que seja sempre para a Sua glória. O texto de Levítico 2.3 diz: “E o que sobejar...”, porque tudo é oferecido primeiramente para o Senhor. No entanto, aqueles que O servem também são abençoados. Assim, aprendemos que o sacerdote come do que é oferecido no altar (1ª Co 9.13). 

Arão e seus filhos estão junto ao altar ministrando o sacrifício conforme o mandamento do Senhor, tipificando Cristo e Sua Igreja ministrando para engrandecimento do Senhor. Assim como parte da oferta também pertencia aos filhos de Arão, do mesmo modo a Igreja deve em tudo procurar ter o ministério como teve o Senhor Jesus. Sabemos da impossibilidade de sermos iguais ao nosso Mestre, mas devemos nos esforçar para fazer o melhor para Deus. À Igreja são concedidos dons e ministério para o seu crescimento (Ef 4.11-12). Tudo deve ser feito para edificação do Corpo e não para promoção pessoal, como alguns pensam. 

IV. PREPARANDO A OFERTA 

A oferta devia ser preparada em casa e levada aos sacerdotes, ensinando-nos que o culto começa em casa, junto com a nossa família, mas Deus tem um lugar escolhido por Ele onde devemos levar as nossas ofertas. No Antigo Testamento era o tabernáculo; mais tarde, no templo de Salomão. Hoje a Igreja tem os seus locais de culto e o cristão tem o dever e a obrigação de estar presente para adorar ao Senhor. 

1. Uma oferta sem fermento e mel. O fermento, juntamente com o mel, não era permitido na oferta de manjares (Lv 2.11). Não deveria haver nada que azedasse, nada que fizesse a massa levedar. O fermento tem a capacidade de fazer a massa crescer, deixando a inchada. O fermento é símbolo da corrupção (apodrecimento). Jesus alertou os Seus discípulos a que se guardassem do fermento dos fariseus e dos saduceus (Mt 16.6). A Igreja também deve se resguardar de toda a influência que o fermento possa produzir (1ª Co 5.8). O mel, do mesmo modo que o fermento, era usado para levedar, especialmente na preparação do vinagre. Os intérpretes associam, geralmente, o mel aos desejos da carne, que podem, de fato, ser prazerosos, mas contêm em si elementos de corrupção e são destrutivos à vida espiritual. 

Essa oferta simbolizava o homem perfeito, Jesus Cristo, em Seu ministério terreno. Em Cristo não há sabor de azedume. Em Seus ensinos, nos milagres por Ele realizados, no convívio com os pecadores, nada n’Ele demonstra algo susceptível de fazer inchar. A Sua Palavra podia, por vezes, ser enérgica e penetrante, mas nunca era áspera, o Seu caráter e o Seu comportamento mostraram sempre a realidade de quem andava na presença de Deus. 

2. A oferta cozida no forno ou na caçoula. A oferta podia ser cozida de três maneiras: no forno, na caçoula e na sertã. Esses três modos de cozer sugerem os tipos de sofrimento que Jesus enfrentou durante o Seu ministério, como também as experiências que o salvo enfrenta durante a sua vida. Essa é uma oferta que agrada a Deus e é chamada “cheiro suave”, porque eu ministério terreno e suportou todo tipo de sofrimento, enfrentando oposição, perseguição e incompreensão por sempre fazer a vontade do Pai. 

Jesus suportou dois tipos de sofrimento neste mundo: interno e externo. Esses sofrimentos são simbolizados pelo bolo sendo preparado no forno, que se encontra fora do olhar humano, e o bolo na caçoula e na sertã, que por todos é visto. Quando disseram que Ele expulsava demônios por Belzebu, foi um sofrimento que Ele sentiu em Seu âmago. Quando lhe esbofetearam, foi um sofrimento visto por todos. O bolo no forno é aquecido a uma temperatura maior do que na caçoula ou na sertã. Os sofrimentos do coração são mais duros de suportar do que os externos. Tudo isso Jesus enfrentou e nós de uma ou de outra maneira iremos experimentar. 

2.1. Forno. É uma construção de tijolo, pedra ou de metal, em forma de câmara e com uma abertura ou porta, cujo interior é aquecido com matérias combustíveis (carvão, lenha etc.) e que se destina a cozer pães ou carnes.

2.2. Caçoula. É um recipiente, geralmente de barro ou metal, mais largo que alto, usado para cozinhar alimentos; sertã: é uma assadeira de ferro ou de barro que destina para assar. 

3. A oferta com sal. O sal era obrigatório na oferta de manjares (Lv 2.13). O sal tem muitos símbolos na Bíblia. Era considerado uma preciosidade entre as nações da região do Oriente da Antiguidade. Proporcionava sabor às oferendas, que em parte seriam dadas aos sacerdotes; preserva da corrupção; símbolo da perpetuidade (“aliança de sal” Nm 18.19; 1ª Cr 13.5). 

Portanto, ao ofertarmos a Deus, devemos fazê-lo reconhecendo que nossa comunhão com o Senhor não é ocasional e temporária, mas eterna e incorruptível. Sua presença na oferta de manjares aponta para a santidade de Cristo, indicando a reconciliação concedida por Deus ao homem na morte de Cristo (Lv 2.13). 

Que ofereçamos, constantemente, o nosso melhor a Deus, sempre com um coração grato e acompanhado de louvor e oração, como resultado de uma vida purificada pelo sangue de Jesus Cristo, pela Palavra de Deus e ação do Espírito Santo.