Neemias 10.28-31: “E o resto do
povo, os sacerdotes, os levitas, os porteiros, os cantores, os netineus e todos
os que se tinham separado dos povos das terras para a Lei de Deus, suas
mulheres, seus filhos e suas filhas, todos os sábios e os que tinham capacidade
para entender 29 firmemente aderiram a seus irmãos, os mais nobres de entre
eles, e convieram num anátema e num juramento, de que andariam na Lei de Deus,
que foi dada pelo ministério de Moisés, servo de Deus; e de que guardariam e
cumpririam todos os mandamentos do Senhor, nosso Senhor, e os seus juízos e os
seus estatutos; 30 e que não daríamos as nossas filhas aos povos da terra, nem
tomaríamos as filhas deles para os nossos filhos; 31e de que, trazendo os povos
da terra no dia de sábado algumas fazendas e qualquer grão para venderem, nada
tomaríamos deles no sábado, nem no dia santificado; e livre deixaríamos o ano
sétimo e toda e qualquer cobrança.
INTRODUÇÃO. Ao aceitarmos a Cristo como o nosso Senhor
e Salvador, comprometemo-nos diretamente em seguir seus ensinamentos, pois não
há possibilidade alguma de dizermos que somos seus seguidores sem vivê-los.
Israel descobriu, após muito sofrimento, que se tivesse guardado a Lei, o povo
não terminaria no cativeiro, as cidades não teriam sido devastadas e os muros
não necessitariam de reconstrução. Quando pautamos nossa vida nas Sagradas
Escrituras, naturalmente passamos a ter comunhão com o Senhor e a Sua boa mão
permanece sobre nós. O avivamento experimentado pelo povo de Deus, fez com
que os israelitas assumissem um compromisso de obedecer ao Senhor e à Sua
Palavra.
I.
DEUS INSTITUIU TRÊS GRANDES ALIANÇA
1.
Desde que o Senhor criou o homem, Deus fez várias alianças para estabelecer
propósitos.
1.1.
Aliança com Abraão. “Estabelecerei
o meu pacto contigo e com a tua descendência depois de ti em suas gerações,
como pacto perpétuo, para te ser por Deus a ti e à tua descendência depois de
ti. Dar-te-ei a ti e à tua descendência depois de ti a terra de tuas
peregrinações, toda a terra de Canaã, em perpétua possessão; e serei o seu
Deus” (Gn 17.7-8).
Desde a chamada de Abraão, Deus fez uma aliança com
Seu povo. Nela estava incluso todo um propósito de estabelecer Israel, como
nação, na terra. Apesar dos fracassos do povo de Deus a aliança foi mantida.
Ela se tornou parte de Israel. Ao restaurar Seu povo do cativeiro reconduzi-los
à Jerusalém, o Senhor manteve Sua aliança e esperou que Israel fizesse a sua
parte. O povo fez, e uma nova oportunidade surgiu na vida daqueles que, sinceramente,
buscavam o concerto do Senhor.
1.2. Aliança com Noé. “Sim, estabeleço o meu pacto convosco; não será mais
destruída toda a carne pelas águas do dilúvio; e não haverá mais dilúvio, para
destruir a terra” (Gn 9.11).
1.3. Aliança em Horebe. “Também tomou o livro do pacto e o leu perante o povo;
e o povo disse: Tudo o que o Senhor tem falado faremos, e obedeceremos”
(Êx 24.7).
1.4. Aliança com Cristo. “Pois isto é o meu sangue, o sangue do pacto, o qual é
derramado por muitos para remissão dos pecados” (Mt 26.28).
II.
A ALIANÇA NOS DIAS DE NEEMIAS
1.
Um concerto com Deus. Após a
restauração dos muros de Jerusalém, os judeus experimentaram um genuíno e
profundo avivamento, levando-os a firmar o solene compromisso de obedecer
rigorosamente a Palavra de Deus. “E, com tudo isso, fizemos um firme concerto e
o escrevemos” (Ne 9.38).
2.
Os líderes como exemplo - (Ne 10.28-29). Nesse
concerto, os líderes judaicos portaram-se exemplarmente e foram admirados pelo
povo. Quando o obreiro age com fidelidade e amor, todos o seguem com alegria e
obedecem, com júbilo, o que Deus nos ordena em Sua Palavra.
2.1. Liderança é, acima de tudo, caráter e
exemplo. “Aos anciãos, pois, que há entre vós, rogo eu, que sou ancião com eles
e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e participante da glória que se há de
revelar: Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, não por força, mas
espontaneamente segundo a vontade de Deus; nem por torpe ganância, mas de boa
vontade; nem como dominadores sobre os que vos foram confiados, mas servindo de
exemplo ao rebanho” (1ª Pe 5.1-3).
Sem
tais quesitos, os resultados são deploráveis.
III.
OBEDECENDO A PALAVRA DE DEUS
1.
A instrução das Escrituras. “Assim leram no livro, na lei de Deus, distintamente; e
deram o sentido, de modo que se entendesse a leitura” (Ne 8.8).
1.1. Humilharam-se e arrependeram diante do
Senhor com jejuns e sacos. “Ora, no dia
vinte e quatro desse mês, se ajuntaram os filhos de Israel em jejum, vestidos
de sacos e com terra sobre as cabeças” (Ne 9.1).
1.2.
Sob a liderança de Neemias, o povo, seguindo o exemplo de seus líderes, assumiu
o compromisso de observar integralmente a Lei de Deus. “Firmemente aderiram
a seus irmãos, os mais nobres de entre eles, e convieram num anátema e num
juramento, de que andariam na Lei de Deus, que foi dada pelo ministério de
Moisés, servo de Deus; e de que guardariam e cumpririam todos os mandamentos do
Senhor, nosso Senhor, e os seus juízos e os seus estatutos” (10.29).
É
urgente romper com o estilo de vida deste presente século e assumir, com temor
e tremor, o que nos prescreve o Livro dos livros.
“A exposição das tuas palavras dá luz; dá entendimento
aos simples” (Sl 119.130).
O
progresso da família, da Igreja ou da nação depende fundamentalmente da
observância da Palavra de Deus. A Bíblia Sagrada é o guia seguro e infalível
que nos conduz a uma vida vitoriosa e abundante.
1.3. A exposição da Palavra traz esperança. “E
achaste o seu coração fiel perante ti, e fizeste com ele o pacto de que darias
à sua descendência a terra dos cananeus, dos heteus, dos amorreus, dos
perizeus, dos jebuseus e dos girgaseus; e tu cumpriste as tuas palavras, pois
és justo. Também viste a aflição de nossos pais no Egito, e ouviste o seu
clamor junto ao Mar Vermelho” (Ne 9.7-8).
IV.
O CUIDADO COM O TEMPLO DO SENHOR
1.
O Templo. Os israelitas amavam o
Santo Templo, pois era o lugar em que adoravam ao Senhor. Por causa disso,
comprometeram-se a ofertar, voluntária e regularmente, os “dízimos da terra”
para a manutenção do culto divino (Ne 10.32-38).
1.1.
Para os israelitas, servir a Deus naquele santuário era um ato de indizível
ventura. Infelizmente, muitos já não sentem alegria de estar na casa de Deus. A
Bíblia, porém, exorta-nos a que não deixemos “a nossa congregação, como é
costume de alguns” (Hb 10.25).
1.2.
O salmista sentia alegria enquanto se encaminhava ao santuário divino.
“Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor” (Sl 122.1).
2. A
manutenção da casa do Senhor.
2.1.
O Sacerdócio fora uma instituição divina. “Depois
farás chegar a ti teu irmão Arão, e seus filhos com ele, dentre os filhos de
Israel, para me administrarem o ofício sacerdotal; a saber: Arão, Nadabe e
Abiú, Eleazar e Itamar, os filhos de Arão” (Êx 28.1).
2.2.
Nos dias de Neemias o povo havia negligência com suas contribuições. “Pois os filhos de Israel e os filhos de Levi devem
trazer ofertas alçadas dos cereais, do mosto e do azeite para aquelas câmaras,
em que estão os utensílios do santuário, como também os sacerdotes que
ministram, e os porteiros, e os cantores; e assim não negligenciarmos a casa do
nosso Deus” (Ne 10.39).
2.3.
A Bíblia ensina que aquele que nos abençoa, deve ser também ser abençoado por
nós. “E o que está sendo instruído na palavra,
faça participante em todas as boas coisas aquele que o instrui” (Gl
6.6.).
2.4.
Não podemos desamparar a obra de Deus. “Porque a
ministração deste serviço não só supre as necessidades dos santos, mas também
transborda em muitas ações de graças a Deus” (2ª Co 9.12).
2.5. A contribuição para Casa de Deus é uma
ordenança divina! “Também sobre nós pusemos preceitos, impondo-nos cada
ano a terça parte de um siclo, para o ministério da Casa do nosso Deus; para os
pães da proposição, e para a contínua oferta de manjares, e para o contínuo
holocausto dos sábados, das luas novas, e para as festas solenes, e para as
coisas sagradas, e para os sacrifícios pelo pecado, para reconciliar a Israel,
e para toda a obra da Casa do nosso Deus” (Ne 10.32-34).
Em
virtude do concerto estabelecido entre Deus e o seu povo, os judeus, sob a
liderança de Neemias, restauraram a contribuição para a manutenção da Casa do
Senhor no valor de “um terço de um siclo” – quatro gramas de prata. As ofertas
eram trazidas com alegria aos oficiantes do culto. Os crentes verdadeiramente
avivados tudo fazem com júbilo, porque desejam agradara Deus em todas as
coisas. Como estamos adorando a Deus?
Após o concerto, os israelitas
comprometeram-se a ofertar para a Casa do Senhor e manter a pureza do culto
divino.
3.
O dia de adoração.
1. Sábado. “E de que, trazendo os povos
da terra no dia de sábado algumas fazendas e qualquer grão para venderem, nada
tomaríamos deles no sábado, nem no dia santificado; e livre deixaríamos o ano
sétimo e toda e qualquer cobrança (10.31).
No
Antigo Testamento, os judeus santificavam o sábado como o dia de adoração ao
Senhor. Uns vendilhões e mercadores, porém, desprezando a lei divina, expunham
suas mercadorias, nos portais de Jerusalém, exatamente nesse dia. Assim,
desviavam os judeus de sua devoção a Deus. A fim de manter a pureza do culto
divino, Neemias viu-se obrigado a tomar sérias medidas, proibindo qualquer
comércio no dia de culto. Ele mandou
que as portas da cidade fossem fechadas nesse dia. Isso agradou a DEUS e levou
o povo a total consagração a DEUS.
Temos
nós reservado, pelo menos um dia na semana, para cultuarmos ao Senhor? Sejamos
mais assíduos à Escola Dominical, aos cultos de ensino e aos demais trabalhos
da Igreja. Que jamais desprezemos o culto divino.
CONCLUSÃO.
Quando o povo de Deus, avivado por Sua Palavra, compromete-se com os
supremos negócios de seu Reino, a Igreja desdobra-se em adoração e serviços,
para que o Evangelho chegue aos confins da terra. Os crentes, então, passam a
contribuir e a testemunhar com amor e intenso júbilo, porque sabem que “Deus
ama ao que dá com alegria” (2ª Co 9.7). Sem avivamento não pode haver
verdadeira adoração. Aviva, ó Senhor, a tua obra.
Pr. Elias Ribas
Igreja Assembléia de Deus
Blumenau - SC