TEOLOGIA EM FOCO

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

O QUE É SECULARISMO


Como reconhecer uma igreja que presa pelos tentáculos da secularização?

Faz necessário analisarmos o conceito da palavra secularização para entendermos como o deus deste século trabalha ardilosamente no mundo espiritual.

A raiz latim saeculum refere a uma geração ou de uma época. No latim eclesiástico, adquiriu o significado de “o mundo”, “a vida do mundo” e “o espírito do mundo”, sendo por esta via que se chegou ao sentido da palavra “secularização”. Na discussão contemporânea, secularismo e humanismo são frequentemente vistas e entendem como humanismo secular, uma abordagem à vida e de pensamento, indivíduo e sociedade, que glorifique a criatura em vez do Criador.

“Secularismo é o inverso da espiritualidade bíblica na vida do crente. É uma forma sutil, capciosa, ardilosa, disfarçada, de corrupção na igreja” [Gilberto. Revista obreiro, p. 37].

De certa forma, o secularismo já adentrou dentro de algumas igrejas cristãs. O secularismo tende a profanação do sagrado. Quando uma igreja se torna secular, tende a desprezar os valores espirituais e a exaltar os humanos e materiais. Há igreja, cujos santuários e púlpitos transformaram-se em locais de entretenimentos e demonstrações de cultura popular. A Bíblia porém afirma: “Mui fiéis são os teus testemunhos; a santidade convém à tua casa, Senhor, para sempre” (Sl 93.5).

“A pior forma de responder ao desafio do secularismo é se adaptar aos padrões seculares de linguagem, pensamento e forma de viver. Se os membros de uma sociedade secular se voltam para uma religião, eles o fazem por estarem procurando algo além do que a cultura deles já provê. É contra produtivo oferecer-lhes uma religião secularizada que está cuidadosamente arrumada de forma a não ofender suas sensibilidades seculares. Nessa conexão, parece que as principais igrejas na América ainda tem que internalizar a mensagem de Dean Kelley em seu livro escrito há quase vinte e cinco anos atrás, Why Conservative Churches Are Growing (Porque Igrejas Conservadoras Estão Crescendo). O que as pessoas buscam na religião é uma alternativa plausível, ou no mínimo um complemento à vida numa sociedade secular. A religião que é nada mais do que “mais do mesmo” provavelmente não será nada interessante.

Eu me apresso em dizer que isso não é um argumento a favor de um tradicionalismo morto. A velha maneira de fazer as coisas na igreja pode incluir elementos que são extremamente entediantes e sem sentido. O Cristianismo proposto como uma alternativa ou complemento à vida numa sociedade secularizada deve ser tanto vibrante quanto plausível. Acima de tudo, deve ser substancialmente diferente e propor uma diferença na maneira em que as pessoas vivem. Quando a mensagem e o ritual são acomodados, quando as extremidades ofensivas são removidas, as pessoas suspeitam que o clero não acredite realmente em nada muito distinto. A apresentação plausível e persuasiva das particularidades Cristãs não são uma questão de marketing. É uma questão de o quê as igrejas devem às pessoas nas nossas sociedades secularizadas: a proclamação do Cristo ressurreto, a alegre evidência da vida nova em Cristo, da vida que supera a morte.

Por não ser um argumento a favor do tradicionalismo (tendo em mente a perspicaz observação de Jaroslav Pelikan de que a tradição é a fé viva dos mortos enquanto o tradicionalismo é a fé morta dos vivos), então isso também não é um argumento a favor do fundamentalismo. Reconhecidamente, o termo fundamentalista hoje é usado para condenar qualquer religião que ofenda seriamente as sensibilidades seculares. Por fundamentalismo eu quero dizer uma religião que, de forma ignorante afirma uma certeza, se recusando a usar a racionalidade humana.

Será que os secularistas estão certos ao expor a irracionalidade, o fanatismo, e a intolerância quando estas aparecem em nome da religião, mesmo quando eles o fazem para desacreditar a religião como tal.
O Fundamentalismo, é o nome dado a movimentos, cujos adeptos mantém estrita aderência aos princípios fundamentais.

[...] O Termo fundamentalismo popularmente empregado refere-se pejorativamente a qualquer grupo religioso de infringentes de uma maioria, conhecido como Fundamentalismo religioso, ou refere-se a movimentos étnicos extremistas com motivações (ou inspirações) apenas nominalmente religiosas, conhecido como Fundamentalismo étnico. O Fundamentalista acredita em seus dogmas como verdade absoluta, indiscutível, sem abrir-se, portanto, à premissa do diálogo.

Fundamentalismo “é um movimento que objectiva voltar ao que são considerados princípios fundamentais, ou vigentes na fundação do determinado grupo”. Especificamente, refere-se a qualquer grupo dissidente que intencionalmente resista a identificação com o grupo maior do qual diverge quanto aos princípios fundamentais dos quais imputa ao outro grupo maior ter-se desviado ou corrompido pela adoção de princípios alternativos hostis ou contraditórios à identidade original.

No estudo comparativo das religiões, fundamentalismo pode se referir a movimentos anti-modernistas nas várias religiões.

Por extensão de sentido o termo “fundamentalismo” passou a ser usado por outras ciências para significar uma crença irracional e exagerada, uma posição dogmática ou até um certo fanatismo em relação a determinadas opiniões... [Fundamentalismo. http://pt.wikipedia.org/wiki/Fundamentalismo – acessado dia 15/07/2009].

O fundamentalismo, é a observância rigorosa às crenças religiosas tradicionais.

 Existe fundamentalismo religioso no Brasil?

O forte papel das igrejas cristãs e a ascensão exponencial das igrejas evangélicas nos últimos anos aliados à uma população que, em sua grande maioria, carece de formação educacional básica (e isto inclui o mínimo de conhecimento sobre ciência, razão e tecnologia) levam, ou podem levar, à formação de cidadãos fundamentalistas religiosos?

[...] Defino fundamentalismo religioso como: “... fonte de intolerância, na qual o outro é analisado sob a ótica de ameaça, símbolo do mal, que pode fragilizar as ´muralhas de verdade´ construídas pelo fundamentalista em seu discurso” [Winikipédia <>http://pt.wikipedia.org/wiki/Fundamentalismo_religioso]

Pr. Elias Ribas


pr.eliasribas2013@gmail.com

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

NOSSOS CULTOS SÃO VERDADEIROS?


Ao observamos as eclesiologias e as liturgias em nossas igrejas, vemos uma total descaracterização. Aquilo que deveria ser direcionado para Deus e sua glória exclusivamente foi totalmente travestido de um humanismo exacerbado. Deus que deveria ser o foco central do culto foi alijado do processo e virou nota de rodapé colocado na parte inferior das atividades. Deus virou pretexto para que o homem continue no centro. Deus é citado como apoio às práticas mundanas e capitalistas que permeiam a igreja. Há uma expressão que vem dos tempos da Reforma que diz: SOLI DEO GLÓRIA. Quer dizer: Glória somente a Deus. O insuperável Johann Sebastian Bach que revolucionou a música terminava todos os manuscritos de suas composições com as letras S.D.G. (Soli Deo Glória). Isso nos mostra que tudo em nossas vidas deveria apontar para Deus. O culto é para Deus. Somente Deus merece receber a Glória e isso implica que Ele deve ser o centro do culto. A Reforma resgatou essa máxima esquecida durante séculos. O culto não pode ser voltado para o homem. Não pode procurar satisfazer os desejos do homem e nem girar em torno dele. Mas vemos que o homem assumiu o lugar de Deus e passou a ser reverenciado. As pregações não apontam mais para o pecado que leva o homem a perdição e nem mais mostram a graça salvadora de Deus, mas sinalizam maneiras dos homens superarem suas crises. Basta ver os títulos dos sermões pregados. Em uma rápida passagem de olhos pela internet encontrei alguns títulos interessantes, vejamos: “Vencendo as Batalhas; Tempo de Conquistas; Vivendo Triunfantemente etc. Vejamos alguns títulos do Príncipe dos Pregadores Charles Haddon Spurgeon: “A Humilhante mas Gloriosa Dependência de Deus; O Terrível Porem da Justiça Própria etc. Daí da para perceber a grande diferença.


As músicas não exaltam mais a Deus, mas sim se centram no homem e suas crises. Se observarmos as músicas evangélicas atuais veremos essa triste realidade. Músicas que mostram o que Deus fará pelo homem e não a expressão de uma alma agradecida a Deus. Existe até música de louvor dedicado a ser humano! Sei que existe este tipo de música religiosa entre os mormons, mas para cristão... A quantidade de vezes que o pronome eu aparece nessas músicas é algo estarrecedor. Se compararmos com os grandes hinos da hinologia cristã veremos o contraste gritante. O primeiro hino do Cantor Cristão diz: “A ti, ó Deus, fiel e bom Senhor. Eterno Pai, supremo Benfeitor, Nós, os teus servos, vimos dar louvor, Aleluia! Aleluia! O que dizer das catarses praticadas em nossos cultos? Gritos de Vitória, brados de louvor tudo isso produz alívio e não libertação. Qualquer psicólogo recém formado pode confirmar isso. Para tristeza nossa essas práticas espúrias entraram para ficar. O que dizer dos moveres de Deus nos cultos onde o frenesi se instala e o ego grupal prevalece, as pessoas rodopiam, gritam, caem ao chão, riem sem parar, imitam animais com seus sons e mais um cem números de outras bizarrices?


Muitos adentram as igrejas para buscar suas bênçãos e encontram sacerdotes corroídos que oportunamente lhes oferecem as bênçãos, buscando satisfazer os egos eternamente insatisfeitos em troca de alguma coisa material. Muitos esqueceram que as reuniões solenes dos santos são para louvor e glória de Deus. Essas reuniões deveriam ter Deus e sua glória em primeiro lugar. Nossos cânticos deveriam exaltar o nome que é sobre todo nome. Nossas orações deveriam expressar nossa gratidão Àquele que nos amou e morreu por nós. Hoje cantamos músicas desprovidas de adoração. Muitas dessas coisas cantadas em nossas igrejas expressam um antropocentrismo aviltante. Muitos acham que louvor é somente cantar qualquer coisa. Louvor também é expressão de nossa admiração em relação a Deus. Por estarmos admirados com a grandeza de Deus e com seu amor expressamos isso adorando, louvando Sua pessoa.

Mas o culto mudou. Temos culto do Eliezer. Vejamos só que nome de culto! Acredito que seja um culto específico para arranjar namorado/companheiro. Quando é que um culto se presta a isso? Paralelamente temos o culto da Terapia do Amor onde os descasados estão à cata de um companheiro/a. Nada mais mundano que isso!




O que dizer dos cultos para empresários bem sucedidos e outros falidos juntamente com os desempregados à procura de empregos? Deem outro nome a isso menos culto. Isso causa náuseas em qualquer bom cidadão.

Ao entrarmos em nossas igrejas deveríamos lembrar a máxima de João Batista: “Importa que Ele cresça e que eu diminua”. Deveríamos lembrar o que o Senhor disse a Moisés: “Descalce os pés porque a terra é santa”.

Não gostaria de falar, mas me sinto constrangido a isso. E os famigerados cultos de libertação? O próprio nome do culto é uma contradição. Libertação para quem já foi liberto? Libertar o cristão se Cristo já realizou tudo no Calvário? O que tais pessoas entendem sobre as palavras de Cristo na cruz; Tudo está consumado

Culto deveria ser expressão de nossa liberdade conquistada na cruz e nunca para buscarmos libertaçãoCulto deveria ser nossa celebração pela vitória alcançada na cruz e isso pela misteriosa, grandiosa e maravilhosa Graça de Deus.

Precisamos de uma vez por todas fazer coro com os reformadores SOLI DEO GLORIA.

Soli Deo Gloria.

Pr. Luiz Fernando R. de Souza

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

OS MINISTROS QUE FAZEM DA OBRA DE DEUS FONTE DE LUCRO


“Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos;  e se  recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas” (2ª Tm 4.3-4).

O apóstolo Paulo admoesta seu filho na fé que haverá um tempo “que não suportarão a sã doutrina”, ou seja, uma ação deliberada que se tronará inevitável  na medida em que as pessoas se deixarão atrair pela doutrinas falsas.

“Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue. Eu sei que, depois da minha partida, entre vós penetrarão lobos vorazes, que não pouparão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens falando coisas pervertidas para arrastar os discípulos atrás deles” (At 20.28-30).

O apóstolo Paulo profetizou que se levantariam homens divisores, que, pervertendo a doutrina atrairiam discípulos para si mesmo, falando coisas perversas.

Em nome da fé evangélica algumas denominações estão extrapolando no zelo por arrecadar numerário para a manutenção da Casa do Senhor. Ora, o compromisso de ajuda pecuniária do crente se restringe única e exclusivamente em ofertar segundo o Novo Testamento. O apóstolo Paulo escreve a igreja de coríntios dizendo: “Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria” (2ª Co 9.7). Se examinados os motivos, são indispensáveis ao atendimento da igreja.

Tem havido uma interpretação perversa de algumas passagens bíblica. Os dízimos passaram a ser um meio de salvação, e não há limites na fixação das ofertas. É preciso que os desavisados entendam que não podemos comprar as bênçãos de Deus; que não asseguramos a salvação com as obras de nossas mãos; que devemos buscar "primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas" (Mt 6.33).

Em segundo lugar devemos garantir a nossa salvação mediante sincero arrependimento, confissão dos pecados, mudança de vida, aceitação de Jesus como Senhor e Salvador. Na qualidade de salvos, de crentes em Jesus, então cumpriremos seus mandamentos, inclusive o de dizimar, e, nessas condições, faremos jus a todas as bênçãos e promessas catalogadas na Bíblia.

A Bíblia diz que: "Pois é pela graça que sois salvos, por meio da fé - e isto não vem de vós, é dom de Deus - NÃO PELAS OBRAS, para que ninguém se glorie" (Ef 2.8). O dízimo e as ofertas alçadas não salvam, mas os salvos são dizimistas e ofertam com alegria. Somos salvos PARA as boas obras; não somos salvos pelas boas obras.

Não podemos colocar a fé no dízimo, na campanha da qual participamos, nem na denominação em que congregamos. A fé salvífica é a fé no Senhor Jesus, na Sua morte e ressurreição (Jo 3.18; Rm 10.9; Ef 2.8). Nenhuma religião ou denominação seja católica, seja evangélica, é caminho de salvação. O caminho é Jesus (Jo 14.6).

A grande maioria dos que buscam essas denominações que anunciam um evangelho deturpado e viciado são almas frágeis, enfraquecidas pelos embates da vida, e ali vão dispostas a fazer o sacrifício que for sugerido ou determinado. Não têm o conhecimento bíblico para refutar as heresias. Assim, acreditam que se venderem todos os seus bens e entregarem todo o dinheiro "aos pés de Jesus" terão resposta imediata de Deus. A teoria do tudo ou nada é antibíblica e, portanto, herética.

Certas denominações têm ensinado que riqueza é um sinal do favor de Deus, e pobreza um sinal da falta de fé. Esta teologia é antibíblica e herética. Aqui e acolá tomamos conhecimento de casos de pessoas desesperadas porque depositaram seus bens no cofre da denominação, e agora não possuem nada; que tentaram "comprar" felicidade e bênçãos divinas, e agora ficaram a ver navios; e, o mais terrível, perderam completamente a fé.

Só os pobres serão abençoados, e os ricos irão para o inferno? Não. Há ricos que não colocam o coração nas riquezas, e são salvos; há pobres que anseiam por serem ricos e não são abençoados. Vejam: "Os que querem ficar ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, as quais submergem os homens na ruína e perdição. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males, e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores" (1ª Tm 6.9-10).

Os exemplos a seguir, pelo inusitado e extravagância teológica, sem paralelo na história recente da Igreja, denotam uma situação de ambição desenfreada, de loucura inteligente, de ânsia incontida, só comparável aos tempos da diabólica Inquisição e da venda de indulgências.

Eles sabem os promotores do mercantilismo religioso, que o povo brasileiro traz consigo a herança maldita da idolatria, exemplo das imagens dos santos falecidos, como algo tangível, visível, capaz de "auxiliar" na comunhão com Deus. Sabedores disto procuram preencher a lacuna substituindo os ícones por outras coisas, seja uma rosa, uma fitinha, um cajado, um manto, uma vassoura etc. É realmente uma jogada inteligente. É imperioso que o povo de Deus saiba que COISAS não transformam vidas, não trazem bênçãos, não afastam as maldições, não purificam os lares. A finalidade da Igreja não é arrecadar dinheiro, e o principal compromisso dos crentes não é contribuir com somas cada vez maiores. Vejamos quais são essas coisas.

Há casos em essas inovações desvirtuam o ensino da Palavra de Deus, voltando às fábulas, exatamente como previsto por Paulo, em sua célebre advertência a Timóteo (2ª Tm 4.3-4).

Técnicas de persuasão e marketing não raro produziram efeitos grandiosos aos olhos humanos, por atraírem as massas. Púlpitos se transformaram em palcos ou palanques nessas igrejas-empresa, igrejas-partido, igrejas-teatro, igrejas-projeto, igreja-comunidade, que brotam do nada e cresceram espetaculosamente, sendo esta explosão de crescimento entendida como aprovação divina aos novos métodos. Os membros são clientes e, como tais devem sempre estar satisfeito com os produtos cada dia oferecido. O culto perdeu a solenidade e resume-se a sessões de exorcismo, falsos milagres e louvor de tolos. Para manter o interesse da clientela, é preciso muita criatividade, mas pouca ou nenhuma doutrina. O “novo evangelho” é agradável e, porque não dizer, light, ou de fácil digestão. Nele não há santificação, novo nascimento e transformação espiritual. Exortar, ensinar, repreender e disciplinar são verbos desconhecidos, pois afastam a clientela. Enfim, pecado é proibido.

            Vejas algumas inovações que os falsos ministros engrenaram no “Novo Evangelho”.

VASSOURA CONSAGRADA - Durante a campanha os fiéis adquirem por bom preço uma vassoura que, depois de ungida, servirá para varrer toda contaminação da casa. Os comerciantes das localidades onde a campanha da vassoura é lançada lucram muito. Ora, a Bíblia diz claramente que o diabo foge de nós se estivermos sujeitos a Deus (Tiago 4:7). Se não abrirem os olhos espirituais esses fiéis irão pro inferno com vassoura e tudo.

SABONETE DO DESCARREGO - Tomando-se sete banhos com determinado sabonete, adquirido por bom preço, todos os males fogem. Além de Tg 4.7, temos Jo 8.32, 36: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará; porque se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres". Somente Jesus pode libertar o homem jamais um sabonete tem esse poder. O sabonete só limpará a sujeira do corpo. A sujeira da alma só sairá se deixar o pecado e crer em Jesus como filho de Deus.

ÓLEO DE ISRAEL - O ensino de que o óleo de Israel ou de Jericó é ungido não encontra amparo na Palavra de Deus. Esse óleo, vendido a bom preço nas campanhas, não é em nada superior a qualquer óleo comprado em qualquer mercearia. O óleo não cura; é apenas um complemento. Veja o que a Bíblia diz: "Está alguém entre vós doente? Chame os Presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo com óleo em nome do Senhor. E a oração da fé salvará o enfermo, o Senhor o levantará; e se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados" (Tg 5.14-15). Note que Tiago diz que a oração da fé salvar o doente e não o óleo. As dificuldades e os custos de frete para trazer um tonel de óleo de tão longe colocam dúvida sobre sua real origem.

GOTAS DO SANGUE DE JESUS - Esta é uma das maiores blasfêmias: a venda de doze gotinhas "vermelhinhas e milagrosas", em cartelas. É o máximo de heresia e falta de temor a Deus. O nome e o sangue de Jesus não devem ser vulgarizados. Ademais, trata-se de uma mentira, e mentira é do diabo, o pai da mentira.

PEDRA DE ISRAEL - Leilão de pedra de Israel. Um absurdo. Muitos crentes pensam que tudo que vem de Israel é santo e purificador. O que nos purifica e santifica é Jesus em nós; é a justificação que recebemos no momento em que O aceitamos como Senhor e Salvador pessoal. Se forem muitas pedras, só servirão para algum serviço de construção, e nada mais.

PAGODE GOSPEL - Pistas de dança destinadas aos imitadores de Cristo. Dançar coladinho ou não coladinho é uma prática incompatível com a vida cristã. Não quis acreditar quando me contaram que há casos em que, após a cerimônia religiosa, afastam-se as cadeiras e a turma cai no embalo, com bebida alcoólica e tudo mais. Jesus faria isso? Jesus convidaria seus discípulos para um forrozinho, após um dia de trabalho? Jesus se agradaria se, ao entrar numa sinagoga, encontrasse um bacanal desse?

QUEIMAR PECADOS E PROBLEMAS - Consiste em cada um escrever seus problemas num papel para serem queimados no púlpito. Com isso, entendem que estão livres de suas aflições, dificuldades e pecados. Mentira do diabo. É preciso arrepender-se, confessar os pecados, e deixá-los (Pv 28.13; At 2.38; Rm 10.9).

O MANTO DE JESUS - O manto foi ungido, então todos deverão tocar no manto de Jesus - antes dando sua oferta, assim como fez a mulher com fluxo de sangue. Mentira do diabo. O manto não é de Jesus, e a graça não virá pelo simples toque num pedaço de tecido comprado na loja da esquina. A graça vem pela comunhão com Deus, pela fé na redenção que há em Jesus Cristo, que morreu para que tivéssemos vida abundante (Jo 3.16; 10.10).

SAL GROSSO - Sal grosso afasta demônios. Então compre sal grosso. Mentira do diabo. O que expulsa demônios é o poderoso nome de Jesus (Mr 16.17) e uma vida de sujeição a Deus (Tg 4.7). O que se depreende desses atos indecorosos, é que os fiéis dessas seitas são consumidores cativos em potencial que consomem qualquer coisa, até capim queimado: "Mas os homens maus irão de mal a pior, enganando e sendo enganados" (2ª Tm 3.13). O sal grosso não serve nem como condimento na culinária doméstica.

CAJADO DE MOISÉS - A bênção estaria num pedaço de madeira, chamado "cajado de Moisés". Mentira do diabo. O pedaço de madeira foi adquirido no carpinteiro da esquina, não é e não representa o cajado de Moisés. E ainda que fosse, tal objeto nenhuma bênção poderia trazer ao povo de Deus. O crente já é abençoado porque nele mora o Espírito Santo. Coisas não produzem favores divinos. Já somos herdeiros das bênçãos celestiais: "Se somos filhos, somos, logo, herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo" (Rm 8.17).

A Bíblia dá a receita para ficarmos livres das investidas do diabo e de seus demônios: "Sujeitai-vos, pois, a Deus. Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, e Ele se chegará a vós. Lavai as mãos, pecadores, e vós de duplo ânimo, purificai os corações" (Tg 4.7-8). Para uma pessoa livrar-se do mal basta aproximar-se de Deus com fé e obediência, arrepender-se e afastar-se do pecado. A Bíblia diz: "Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra" (2º Cr 7.14). Não é preciso enxotar o diabo. Ele fugirá diante de um crente fiel. Dispensáveis, pois, vassoura santa, sabonete ungido, sal grosso, óleo de Jericó e tantas outras inutilidades.

Não sei por qual razão os mercadores ainda não lançaram no mercado da fé produtos de há muito conhecidos, tais como vela de sete dias, rosário, imagens e chifre de boi. E por que não uma pirâmide ungida, uma cabeça de bode, um tridente para ferrar o diabo? Ou uma corda para amarrar os demônios? Por que não santificar e ungir todos os símbolos do Movimento Nova Era e do ocultismo, e vendê-los? Poder-se-ia alegar que o sagrado estava tomando o lugar do profano. Que tal a ideia da imagem ungida do Senhor Jesus na Glória? Pois o seu sangue e o seu manto já não estão nas prateleiras? Há realmente campo para diversificação nessa área: o perfume de Madalena, já cantado em hinos, poderia ser ungido para ser usado no dia-a-dia; os cabelos que enxugaram os pés de Jesus; o jumentinho ungido, que carregou Jesus; pedaços da cruz de Cristo; pequenas gotas do mar vermelho, por onde o povo passou; a capa milagrosa de Elias; fios da barba de Arão. Prossigamos:

TUDO OU NADA - Esse é o último sacrifício para quem está no fundo do poço; para quem participou de muitas campanhas e nada conseguiu. É o tiro de misericórdia. As entrevistas televisivas não contemplam os casos de desespero; apresentam os que obtiveram sucesso. Realmente Deus opera por Sua infinita misericórdia, mas não pelo uso de objetos ou entrega de dinheiro. Se você continuar assim, meu amigo, minha amiga; se você continuar confiando em objetos, em coisas, você perderá tudo, ficará sem nada, e colocará em risco sua salvação.

Em uma certa cidade um fiel de uma seita doou o seu único carro que era de seu trabalho, em uma campanha do tudo ou nada, esperando receber de Deus um novo carro. Após um ano de labuta ao trabalho e esperança de ganhar o novo carro, dirigiu-se ao seu ministro e perguntou: porque não tenho sido abençoado, pois tenho sido fiel a Deus em tudo; doei o meu único carro e estou trabalhando a pé mais de um ano e não tenho recebido de Deus o que me prometeram; a resposta foi: tu não tem fé suficiente”. E assim tem acontecido com centenas de pessoas que estão sendo enganadas pelos lobos devoradores. 

ASSOCIADOS - Aquele que se tornar sócio, e contribuir mensalmente com certa quantia será ricamente abençoado. E já começam a surgiu "entrevistas" de sócios que receberam bênçãos. Os que não aceitam o papel de inscrição de contribuinte ficam numa situação de constrangimento diante da "real" possibilidade de perder a bênção. Isso é mentira do diabo. Na Igreja do Senhor Jesus temos crentes, irmãos, irmãos de Jesus, santos, salvos, justos, filhos de Deus; não temos associados. Igreja não é clube social. Contribua ou não, o crente é um filho de Deus, uma pessoa bem-aventurada e herdeiro das promessas. As bênçãos recebidas são por sua condição de crente, e não pela qualidade de associado de um ministério.

ROSA DE SAROM - Rosa ungida, adquirida em campanha por bom preço, destinada a ungir a casa e afastar os males. Nada a ver com o evangelho do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Nada a ver com a igreja primitiva dos apóstolos. Essas rosas tiradas do jardim mais próximo ou compradas no floricultor nada têm a ver com a declaração da donzela sulamita, em Cantares 2.1: "Eu sou a rosa de Sarom, o lírio dos vales". O nome é sugestivo e a rosa é bela, mas para nada serve. É meio de ganhar dinheiro fácil.

PALMILHA SANTA - Se o irmão calçar a palmilha, comprada em campanha por bom preço, conseguirá tudo o que desejar; se entrar num carro novo, numa concessionária, certamente irá ganhar o carro. Heresia e mentira do diabo. Vê-se em toda essa loucura inteligente uma forma criativa de aumentar a renda. Nenhuma dessas invenções resiste a um confronto com a Palavra de Deus. A Bíblia diz: "Confia no Senhor e faze o bem; habita na terra, e vive tranqüilo”; deleita-te no Senhor e ele te concederá os desejos do teu coração"; "entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e ele tudo fará" (Sl 37.3-5).


ROSÁRIO - O rosário de tal marca é ricamente ungido e beneficia quem o usa. Heresia pura. Rosário de fábrica nenhuma serve pra coisa alguma. Jesus ensinou de forma clara como devemos orar: "Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará. E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que, por muito falarem, serão ouvidos" (Mt 6.6-7). Nenhum objeto pode ser veículo da graça de Deus. Jesus ensinou a orar ao Pai, e a adorá-lo em espírito e em verdade (Jo 4.23) Ouçam: "não useis de vãs repetições", são palavras de Jesus.

Pr. Elias Ribas
pr.eliasribas2013@gmail.com

sábado, 12 de outubro de 2013

EXIGIR DE DEUS



Uma interpretação estapafúrdia de Mc 11.24 ensina que devemos exigir de Deus aquilo a que temos direito. O versículo diz: "Por isso vos digo que tudo o que PEDIRDES em oração, crede que recebestes, e será vosso". Dizem que pedir pode ser entendido como exigir. Milhares de pessoas estão de forma arrogante exigindo bênçãos. Quem somos nós para exigirmos de Deus alguma coisa? E a soberana vontade de Deus não conta? Então teremos que alterar outras passagens bíblicas, tais como: Mt 7.7-8: "Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á"; "Pois aquele que PEDE, recebe’. Mudemos para "Aquele que exige, recebe". Mudemos também todo o enunciado de 2º Cr 7.14, em que Deus declara que só responde a orações de pessoas humildes, arrependidas e convertidas. Mudemos então muitos outros versículos que nos ensinam a pedir a Deus, e não d’Ele exigir (Jo 16.24; Tg 1.5). Se Paulo soubesse dessa novidade teria exigido a cura do seu espinho na carne, mas ele pediu três vezes a Deus e não foi atendido (2ª Co 12.8).

Devo dar nota dez pela criatividade dessas denominações chamadas "cristãs". Realmente o lançamento de objetos (coisas) no mercado da fé é bastante diversificado e tem alcançado os objetivos perseguidos, ou seja, o de elevar a arrecadação. Que essas palavras sirvam de alerta aos irmãos que, por fé, aceitam as orientações e ensinos de seus líderes religiosos. Deus não se manifesta através de objetos, de sabonete, vassoura, imagens, óleo importado, cajado, nem por meio de campanhas destinadas a arrecadar dinheiro. Quem confia num pedaço de pedra de Israel, também confia numa vela de sete dias e num chifre de boi ou um pé de coelho para livrar-se das maldições. O crente não precisa de sal grosso para espantar demônios; ele próprio é sal da terra e luz do mundo, para combater a corrupção e as trevas. Vamos reflitam mais uma vez nas palavras do apóstolo Paulo: "Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos anunciamos, seja amaldiçoado" (Gl 1.8). E os vendilhões do templo e mercadores da fé reflitam nessas palavras: "Mas disse-lhe Pedro: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro. Tu não tens parte nem sorte nesta palavra, porque o teu coração não é reto diante de Deus. Arrepende-te, pois, dessa tua iniquidade e ora a Deus, para que, porventura, te seja perdoado o pensamento do teu coração, pois vejo que estás em fel de amargura e em laço de iniquidade" (At 8.20-23).

"E [Jesus] entrando no templo, começou a expulsar todos os que nele vendiam e compravam, dizendo-lhes: Está escrito: A minha casa é casa de oração, mas vós fizestes dela covil de salteadores" (Lc 19.45-46).

Na epístola do apóstolo Pedro ele traz um ensinamento que fundamental para todos os ministros de Deus dizendo: “Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele não por força, mas voluntariamente: Nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto (boa vontade). Nem como dominadores dos que vos foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho (1ª Pe 5.2-3).

Ministros Pastores e dirigentes das igrejas devem acautelar-se de dois pecados perigosos. 1) A ambição por dinheiro; 2) A sede de poder.

1) O ensino do Novo Testamento para quem administra a obra de Deus é que recebam sustento adequado da igreja e que se contentem com o que têm para si mesmos e para suas famílias. Nenhum ministro deve enriquecer-se em detrimento da obra de Deus. Aqueles que se deixam dominar por este desejo, ficam à mercê dos pecados da cobiça, da prevaricação e do furto. Por amor ao dinheiro, comprometem a Palavra de Deus, os padrões da retidão e os princípios do reino de Deus.

2) Aqueles que cobiçam o poder dominarão aqueles que deveriam servir, pelo abuso excessivo da sua autoridade. Antes, o ministro deve conduzir a igreja, servindo de exemplo ao rebanho na sua devoção a Cristo, no serviço, humildade na perseverança, na retidão, com honestidade e na constância na oração e no amor à Palavra.

A admoestação do apóstolo Pedro aos ministros é para servirem ao Senhor sem avareza, sem usar a força, mas voluntariamente e de animo pronto e nem como dominadores, ou seja, donos da igreja, mas servindo de exemplo ao rebanho. Não quero aqui estipular o ordenado de um ministro, mas sim combater o comércio que algumas igrejas que se dizem evangélicas estão fazendo com a obra de Deus.

A igreja é do Senhor Jesus e não dos homens. Jesus demonstrou o maior amor em dar a Sua vida por ela, não existe preço que pague a salvação de uma alma. Os ministros são escolhidos para ensinarem a Palavra e cuidar o rebanho do Senhor.

Devemos contestar aquilo que julgamos ser contrário à Palavra de Deus. Combater aquilo que consideramos estranho ao Evangelho, ou seja, o uso de objetos para usufruir melhores bênçãos de Deus ou para afastar maldições. Devemos alertar incessantemente o povo de Deus sobre algumas heresias no meio evangélico. O cristão necessita usar alguma coisa tangível (cordões, anéis, pulseiras, vassouras, varinhas mágicas, pedras, cajados, rosas, sal grosso, etc), que funcionariam como amuletos, para receber ou aumentar as bênçãos divinas, garantir salvação, aumentar a fé ou afastar demônios ou maldições?  De maneira nenhuma devemos usar estes tipos de amuleto, Jesus Cristo disse na sua Palavra: “Eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século”. Sabemos que a Bíblia diz que o anjo do Senhor acampa ao redor dos que os teme e os livra; e Paulo diz aos Corinto que o Espírito Santo habita em nós, por isso não precisamos de amuletos como muitas igrejas estão ensinando, a nossa fé deve ser fundamenta em Cristo Jesus e na sua Palavra. A compra e venda de objetos para serem usados como amuletos, ainda que com o objetivo de cobrir despesas extras, não condiz com a vida cristã.

Lamentavelmente a indústria da fé tem substituído os sãos princípios que emanam da Palavra de Deus. Com a adoção de práticas místicas e outros elementos de sabor duvidoso, as correntes dos "milagres" há muito perderam o fio da meada no que tange ao verdadeiro sentido do Evangelho de Cristo. Como no romanismo, onde até o Senhor Jesus é substituído por coisas, relíquias, ossos de santos, manto e por sua mãe, no meio dito evangélico só mudam os ingredientes, permanecendo o mesmo sentido. A finalidade é quase a mesma auferir lucros para manter a organização a pleno vapor. Enquanto isso a verdade continua sendo ignorada pela multidão em demanda do benefício. Uma verdadeira inversão de valores tem ocorrido ultimamente com a adoção de medidas "profiláticas" visando libertar o corpo em detrimento da alma que permanece tão maculada como uma fornalha a expelir fuligem. Nota-se que o convite feito aos milhares são no sentido de receberem benefícios físicos e prosperidade, nunca para que o ser humano se reconheça pecador, arrependa-se e entregue-se a Jesus. Fossem os apelos nesse sentido adivinhem se as igrejas estariam tão cheias como acontece nesses meios. Precisamos nesses últimos dias levantar arautos pata fazer valer suas finalidades ante o caos reinante onde o caráter homocentrista suplanta o teocêntrico. A continuar esse estado de coisa a mensagem real de salvação tenderá a ser empanada pela ambição de inescrupulosos "líderes" que não têm o mínimo temor de Deus. Aliás, se tivesse, não considerariam o Criador como um reles empregado obrigado a auferir dividendos aos "pedintes da sorte".

I.         DEUS JÁ HAVIA ALERTADO O POVO DA ANTIGA ALIANÇA CONTRA OS FALSOS PREGADORES

“E estes cães são gulosos, não se podem fartar; e eles são pastores que nada compreendem; todos eles se tornam para o seu caminho, cada um para a sua ganância, cada um por sua parte” (Is 56.11).

E no livro do profeta Ezequiel diz o Senhor: “Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmo! Não apascentarão os pastores as ovelhas? Comeis a gordura, vesti-vos de lã, e degolais o cevado, mas não apascentai as ovelhas. A fraca não fortaleceu, a doente não curastes, a quebrada não ligastes, a desgarrada não tornastes a trazer e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza” (Ez 34.2-4).

O Senhor Deus falou por intermédio dos profetas, contra os falsos líderes espirituais cobiçosos que apascentam a si mesmos, sem amor fraterno. O verdadeiro ministro é aquele ensina a Palavra sem distorção, cuida com todo o amor das suas ovelhas; fortalece a fraca, cuida da doente, sara a quebrada, busca a desgarrada e traz a perdida. Deus reprovou os dirigentes e sacerdotes corruptos de Israel, porque desprezavam a Sua Palavra, eram cobiçosos e por ganhos egoístas e sem amor pelas almas. Não quero dizer com isso que é ilícito o ministro receber remuneração, não, de maneira nenhuma, pois o apóstolo Paulo diz nas carta a seu filho Timóteo: “Devem ser considerados merecedores de dobrados honorários os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se afadigam na Palavra e no ensino. Pois a Escritura declara: Não amordace o boi, quando pisa o trigo. E ainda: O trabalhador é digno do seu salário” (1ª Tm 5.17, 18).

A igreja que recebe o carinho e o amor do pastor irá recompensa-lo muito bem e com alegria. Mas existem aqueles que fazem da obra de Deus uma empresa e ainda dizem ser embaixadores de Cristo.

            O Senhor Jesus já havia advertido Seus discípulos na parábola da rede: “O reino dos céus é semelhante a uma rede lançada ao mar, e que apanha toda a qualidade de peixes. E, estando cheia, a puxam para a praia; e, assentando-se, apanham para os cestos os bons; os ruins, porém, lançam fora. Assim será na consumação dos séculos: virão os anjos, e separarão os maus dentre os justos. E lançá-los-ão na fornalha de fogo: ali haverá pranto e ranger de dentes” (Mt 13. 47-50).

             É sumamente importante mantermos viva a pregação do legítimo Evangelho, e não nos deixarmos impressionar por esses campeões da mídia, atores, mágicos, sonegadores da Palavra. Tão somente tenhamos o cuidado de não convidarmos a pregar em nossas igrejas, pois nada têm a nos ensinar. Ao contrário, quase sempre deixam uma esteira de confusão e falsos ensinamentos quando passam pelos nossos púlpitos. Continua mais do nunca válida a advertência de Paulo aos Gálatas que esses tais também anunciam outro evangelho (Gl 1.18).

II.  MINISTRO CHARLATÃO

Existem ministros formados em charlatanismo aproveitam das dificuldades e da ingenuidade de seus seguidores e pregam um Deus materialista apregoando uma falsa prosperidade, isto é, quem dá mais a Deus, recebe mais, e fazem um grande comércio com as coisas de Deus vendendo orações, óleo de Israel, sais, unguentos, incensos, água benta, fazem fogueira santa para arrecadar fundos. Existem aqueles que após suas pregações lançam o envelope dizendo: “os que derem mais recebem mais do Senhor” e outras coisas como já vimos acima, como se isso fosse resolver todos os problemas da humanidade. Estes tais fazem da obra de Deus uma fonte de lucro, pois são lobos devoradores no meio da igreja.

Para sermos abençoados precisamos cumprir com os requisitos de Deus. Não é com dinheiro que recebemos as bênçãos de Deus, mas com um coração puro e lavado pelo sangue de Jesus e uma vida de oração diante do verdadeiro Deus e o cumprimento de Sua Palavra. Deus não é negociante e nem materialista, para comprarmos suas bênçãos, mas é um Deus excelso e Criador. A Bíblia diz que somos libertos por Jesus Cristo, (Jo 8.32), somos limpos pela Palavra (Jo 15.3) e somos abençoados pela obediência a Santa Palavra de Deus.

Muitos não sabem que a oração em nome do Senhor Jesus é a chave para todos os problemas, e que Jesus levou todos os nossos problemas e enfermidades na cruz do calvário, e temos o livre acesso ao Deus Pai por Seu intermédio. O segredo da prosperidade está na obediência da Palavra de Deus e fora disto não há prosperidade, é por isso que o grande sábio Salomão escreve no livro de Eclesiastes 12.13 dizendo: “De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos, porque isto é dever de todo o homem”.

III.                 MINISTROS AVARENTOS

Na carta do apóstolo Pedro ele diz:: “E por avareza, farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não tardará” (2ª Pe 2.3).

Nos tempos de Pedro já existia este tipo de ministro e continuaram em nosso meio até a vinda do Senhor Jesus. Ele sabia que surgiria “ministro” avarento que fazem da fé um grande negócio, enganando os seus fieis com discursos atraentes, ludibriando a boa fé e a ingenuidade de seus seguidores.

Jesus Cristo também advertiu seus discípulos dizendo: “Acautelai-vos, porém dos falsos profetas, que vem até vos vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores” (Mt 7.15).
Jesus nos adverte dizendo acautelai-vos: Não devemos nos impressionar com as vestes (práticas religiosas) dos falsos pregadores, nem com aquilo que dizem, nem com aquilo que fazem. A marca dos falsos ministros é o interesse egoísta, ao contrário do bom Pastor que ama as ovelhas.

Paulo advertindo Tito contra os falsos mestres diz: “Porque existem muitos insubordinados, palradores frívolos e enganadores, especialmente os da circuncisão. É preciso fazê-los calar, porque andam pervertendo casas inteiras, ensinando o que não devem, por torpe ganância” (Tito 1.10-11).

Três características dos hereges:
1)   Sua atitude: insubordinada contra a autoridade da Palavra de Deus.
2)   Sua atividade: palradores frívolos, cabeça vazias, com discursos vão.
3) Sua ambição: enganadores, vigarista em matéria de religião.

Ensinam o que não devem, ou seja, um evangelho fácil, com barganha, um evangelho corrompido, por torpe ganância. Fala-se mais de dinheiro do que a Palavra de Deus como se Deus fosse um comerciante. Há muitos que ensinam a crerem em Deus, em troca de um belo carro, mansão e outros bens materiais deixando de lado o mais importante à salvação da alma.

Notem que Paulo diz: “É preciso fazê-lo calar”. Mas como poderemos calar os falsos ensinadores? Eu respondo. Precisamos nos munir da Santa Palavra de Deus que é a espada do Espírito, assim estaremos revestidos para a batalha contra os falsos ensinadores que satanás introduz no meio dos cristãos para perverter o evangelho da graça.

            Que Deus ilumine o nosso leitor para que ele possa entender a grande verdade do evangelho e ser ricamente abençoado pelo Senhor.

Pr. Elias Ribas

Email: pr.eliasribas2013@gmail.com.br

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

PARA COMEÇAR A ENTENDER O PROBLEMA DO ADVENTISMO





 “Mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou joio no meio do trigo, e retirou-se” (Mateus 13.25).

 Algumas palavras importantes antes de começarmos: 

Gostaria de deixar bem claro que todos os estudos sobre o adventismo que já tive oportunidade de escrever, jamais tiveram e jamais terão como alvo e objetivo ofender as pessoas. Há pessoas que amo, que ainda estão dentro do adventismo, pelas quais oro de contínuo, colocando-as incessantemente diante do Senhor. O que se discute aqui, afirmo, são as doutrinas, comparando-as aberta e sinceramente com a pureza da Palavra de DEUS.

 Mas faz-se necessário esclarecer alguns pontos antes de iniciarmos a compreender o problema do adventismo, seguindo o “fio da meada do movimento”.

 Vejamos:


 Primeiramente, o adventismo faz tudo parecer uma questão de obediência ao Senhorio de CRISTO. Chega a afirmar que seus fiéis são salvos em CRISTO pela graça e, por conta dessa salvação (provisória e potencial) são obrigados submeter-se à Lei Mosaica. Assim, o adventismo revoga para si a posição de substituto, ou de continuidade, para Israel.

 Mas a questão está além desse simples argumento. O adventismo repete as mesmas afirmações de outros movimentos tais como: Igreja dos Santos dos Últimos Dias, Testemunhas de Jeová, da Ciência Cristã, do Movimento Carismático Neopentecostal, do Espiritismo, e de todas as demais seitas.


 O adventismo se apresenta como um grupo cuja missão é restaurar a verdade perdida, encontrada e representada na pessoa de sua profetisa, a Sra. Ellen White. Então o movimento assume uma posição proselitista, buscando captar para suas fileiras os que puderem convencer, utilizando todos os artifícios que podem, com aquela superficialidade de palavras, ostentando muitas vezes linguajar e postura semelhante às dos verdadeiros crentes em JESUS CRISTO.


Em segundo lugar, o sábado cerimonial judaico hebdomadário está apenas na superfície. A guarda do sábado não é a doutrina mais importante e nem o âmago do adventismo. Ela não é a doutrina mais importante a ser investigada, embora seja de certa relevância. Há muito mais no porão do adventismo. E o que lá se encontra é tanto tenebroso quanto anticristão.

 A pregação da guarda do sábado, pelo movimento, é apenas consequência da sua Soterologia arminiana, semi-pelagiana. O sábado está na tona, mas se cavarmos mais fundo, logo encontraremos a Doutrina do Juízo Investigativo (ou Investigador), onde um pouco mais abaixo, bem nos alicerces da seita, nas escavações sérias de um diligente e sério pesquisador bíblico, encontraremos a Doutrina do Santuário.

 Tudo é na verdade derivado da ideia de que DEUS deu aos “Milleritas” (seguidores de Miller do século XIX), um esclarecimento revelador que não puderam entender de imediato. O adventismo não se arrependeu de tentar datar a volta de Cristo à terra em Outubro de 1844. Orgulha-se disso, na verdade, o adventismo!

 Mas de fato seu orgulhoso e pecaminoso passado “profético” foi não somente herético, mas totalmente desastroso. O adventismo foi então levado a encontrar outra explicação para este evidente fracasso “profético”. No adventismo se cumpre a profecia em forma de Parábola que CRISTO proferiu, pois sua doutrina foi semeada pelo diabo no mundo, como joio que atrapalha a verdadeira evangelização Bíblica e a verdadeira pregação da salvação pela Graça em CRISTO JESUS. Logo que embasou seu suposto desapontamento numa nova e milaborante teoria de que Cristo deveria complementar a salvação dos fiéis em um santuário celestial, todos os seus ensinos foram alavancados para o buraco profundo onde se meteu.
 Em terceiro lugar, para que DEUS tenha tempo de realizar o Juízo Investigativo, fez-se necessário a Doutrina do Sono da Alma, o que os levou à concepção holística para sua explicação da existência humana. Desprezam a doutrina bíblica da tricotomia. Logo não há inferno ou céu, sequer arrebatamento ou mesmo sofrimento eterno. O adventismo assume um alegorismo estranho à Teologia Cristã. Nesse ponto nasce o aniquilamento dos ímpios, a posição de Satanás como o bode Azazel como sendo ele, o próprio Lúcifer, a carregar os pecados dos homens no fim dos dias. Satanás é para o adventismo dessa maneira uma espécie de co-salvador.

 E, finalmente, se atualmente está ocorrendo um juízo investigativo da parte de DEUS, que avalia a obediência dos homens decididos a serem salvos, tal investigação deve estar embasada no que é mosaico, já que a Lei define um padrão de conduta e, se DEUS há de investigar condutas, logo se inclui o proceder moral da Lei, incluso o sábado hebdomadário e as leis de alimentação, mas estranhamente deixando ausente a circuncisão. Isto é pregar a salvação pelas obras! Por mais que afirme salvação pela graça o adventismo é contrário às Sagradas Escrituras!

Repito, o adventismo tem seu prédio estruturado em torno de seu começo desastroso e das previsões sem fundamento e falsas do advento de Cristo em 1843 e 1844, por Miller, Bates, Edson, e finalmente a Sra. White. Lembremos que a Sra. White profetizou continuamente a volta de Cristo para cada ano seguinte ao que viveu, até sua morte. Eles já tiveram muitos nomes e antes até se reuniam no domingo para os cultos. Suas reuniões iniciais eram semelhantes às dos pentecostais modernos, com muitas ênfases em sonhos e visões. Não eram diferentes, pois, dos neopentecostais modernos em geral.


 Portanto, não se deixe seduzir com o discurso do adventismo de que o sábado é selo de obediência servil para os “salvos” potenciais (que podem perder a salvação). Trata-se de um engodo! O sábado, para o adventismo, na verdade tem papel coadjuvante, uma tábua de salvação por mérito próprio, entrando em voga como um diferencial dos fiéis adventistas que serão submetidos ao suposto Juízo Investigativo de DEUS, embassando assim um evangelho mesclado de salvação pelas obras e falsas profecias. Para o adventismo, somente os que estão dentro do movimento, dentro das fileiras da “Igreja Remanescente” será salvo. Isso se forem fiéis. Os demais estão perdidos por rejeitarem os ensinos de Ellen White. È realmente isso Bíblico? Isso é realmente condizente com o Evangelho da Graça de CRISTO? Eis nosso sonoro NÃO!

 O selo de DEUS para os verdadeiros crentes, entretanto  é, segundo a PALAVRA DE DEUS o ESPIRITO SANTO de DEUS! Dado aos salvos no momento da conversão, do novo nascimento!

““Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa” (Efésios 1.13).

 “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção” (Efésios 4.30).

  Quanto mais próximos pretende o adventismo ficar da salvação pelas obras, mais fiel deve ser à reforma sabática e de saúde. Arminiano no seu âmago o adventismo crê também na perda da salvação e na necessidade de um complemento para o sacrifício de CRISTO através do auxílio pessoal de cada crente para a perseverança final ser efetiva.

 Com isso em mente, poderemos ver quão distantes da Bíblia estão as afirmações da Sra. White, do começo ao fim da sua desastrosa interpretação profética e revelações recebidas pelo “anjo escrivão”. E é baseado em um amontoado de supostas visões da Sra. White, que o adventismo prossegue sem certeza para seus fiéis entrarão ou não no céu, tendo todas as suas esperanças em poderem ser aprovados no juízo investigador de DEUS. E, como veremos, misturam um “mingau” de fantasias antibíblicas, à beira do ocultismo pagão, tão longe estão da realidade da Palavra de DEUS.

Autor: Pr Miguel Ângelo L Maciel (ex-adventista, salvo pela graça de DEUS – Ef 2.8-9)