TEOLOGIA EM FOCO

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

EVOLUCIONISMO



I.         INTRODUÇÃO

A Bíblia ensina claramente a doutrina de uma criação especial, ou seja, que Deus criou cada criatura “conforme a sua espécie” (Gn 1.24). Isto quer dizer que cada criatura, seja o homem ou animais, foi criado como hoje.

II.      HISTÓRICO

No decorrer dos séculos mais principalmente no século atual, muitas vãs filosofias, falsos ensinos e teorias têns procurado lançar dúvidas sobre o relato bíblico da criação. Entre essas teorias destaca-se a da evolução.

A doutrina da evolução começou a ser propagada por um naturalista inglês que viveu entre 1809 e 1889 chamado Charles Darwin.

De dezembro de 1831 a outubro de 1836, quando viajava a bordo do “Beagle” um navio de pesquisas científicas, visitando as ilhas de Cabo Verde e outras ilhas do Atlântico, bem como as costas da América do Sul, Nova Zelândia, Malvinas Brasil, etc. Darwin começou a observar algo que lhe chamou atenção.

O estudo dos bancos de corais foi o que mais lhe interessou e o levou a formular a “Teoria da Transmutação das Espécies” e a “Seleção Natural”. Em novembro de 1859 Darwin publicou o livro “A Origem das Espécies” ou “A Preservação das raças favorecidas na luta pela vida”. Este livro se tomou o guia do evolucionismo. Embora, esta teoria seja tão aceita e disseminada o próprio Darwin, a abandonou, antes de morrer, pois tinha em mente que se tratava apenas de teoria e não de ciência.

A ciência lida com fatos concretos que podem ser provados. A teoria costumeiramente se provê de chavões tais como: Acredita-se que ..., Admite-se que...; possivelmente..., talvez..., mais ou menos há tantos anos..., etc.

III.   CONCEITO EVOLUCIONISTA A RESPEITO DA ORIGEM DO HOMEM


A teoria evolucionista tem como ponto de partida a afirmação de que homens e animais, em geral, procede do mesmo tronco e que ambos são o somatório de mutações sofridas no decorrer dos milênios. Colocam o início da vida humana na terra a milhões de anos antes do tempo que a Bíblia preconiza para tal.

A Bíblia ensina que Deus criou as criaturas conforme a sua espécie (Gn 1.24), isto que dizer, que tantos homens como animais foram criados exatamente como os vemos hoje.

A narrativa subseqüente a este capítulo, mostra claramente que as gerações que surgiram até o dilúvio permaneceram em continua relação genética com o primeiro casal, de maneira que a raça humana constitui não somente uma unidade especifica, uma unidade no sentido em que todos os homens participam da mesma natureza, mas também uma unidade genética e genealógica. Este fato é comprovado em Atos 17.26.

1.   Teológico.
Romanos 5.12-19 e 1ª Co 15.21, 22 indicam a unidade, orgânica da raça humana tanto em relação com transmutação como em relação à provisão divina concernente à salvação da raça humana na pessoa de Jesus Cristo.

2.    Argumentos contra o evolucionismo histórico.

As tradições mais antigas apontam para o fato de que os homens tiveram uma origem comum. As histórias das migrações demonstram que tem havido distribuição das populações primitivas partindo de um só centro, isto é, de um mesmo lugar.

3.   Filológico.
Estudos feitos em torno das línguas da humanidade indicam que elas têm origens comuns, por exemplo, as línguas indo-germânicas encontram sua o uma língua primitivamente comum na qual encontram-se resquícios dos também há evidências que demonstrem que o antigo Egito é o elo da união línguas indo-européias e as semíticas.

5.   Psicológico.
A psicologia revela claramente que as almas dos homens, sem distinção de tribo ou nação a que pertencem tem essencialmente as mesmas características, instintos e paixões; as mesmas tendências e, sobretudo as mesmas qualidades.

IV.   A CONSTITUIÇÃO DO HOMEM E SUA COMPOSIÇÃO VISÍVEL


No hebraico a palavra homem significa literalmente, terra pó ou barro (Gn 2.7).

Ficamos deslumbrados diante da perfeição do corpo humano. Pensemos por exemplo, no cérebro, com suas galerias colunas, câmaras, pilares, admiráveis corredores e um labirinto de vias misteriosas que jamais puderam ser trilhadas pela capacidade humana. A constituição orgânica e química de ferro, açúcar, sal, carbono, fósforo, cálcio, iodo, etc. Seiscentos músculos, novecentos e setenta milhas de vasos sanguíneos, e tantas outras maravilhas.

Além do corpo físico o homem é constituído de alma e espírito, constituição esta, inexistente nos animais.

Pensamos apenas em um dos elementos do espírito, que possui duas faculdades: A fé e a consciência. Não há nenhum animal tão alto, na escala de desenvolvimento que adore a Deus, como não existe homem tão sem consciência que não pense sobre Deus.

V.      TRAÇANDO UM PARALELO COM O MACACO


Os macacos são quadrúmanos, isto é, que tem, os quatro membros determinados em mãos. Assemelham-se corporalmente ao homem, mas intelectualmente são muito diferentes. Faltam-lhe as circunvoluções cerebrais, falta-lhes memória, raciocínio e inteligência. Seu cérebro não evolui, por isso os macacos ficam eternamente “crianças”. Tudo o que fazem é por imitação, maquinalmente.

Diferencia-se dos seres humanos entre outras coisas:
1.   Pela testa fugidia, boca proeminente, lábios descamados, falta de panturrilhas, fato este que lhes impede de assumir a atitude ereta. Um macaco domesticado é capaz de receber uma visita, passear com ela pela casa, mover os lábios como se fosse falar... porém, tudo maquinalmente, sem pensar e dando a impressão de ser muito inteligente. Pura ilusão, pois tem “cabeça dura”; e são dos animais domesticado, os mais difíceis de educar.

2.   O homem é dotado de um sistema nervoso altamente sensível, um aparelho emocional muito complexo e um nunca acabar de memórias, afetos e ansiedades.

VI.   UMA CURIOSIDADE


Segundo alguns “paleontologistas” o primeiro homem seria o Neanderthal (região da Alemanha) e teria vivido a 50 mil anos, o segundo, o de Auringnac (nome do lugar onde foram encontrados seus despojos). Outros afirmam que o homem de Piltdown teria existido a 550 mil anos. Na cidade italiana de Grosseto em 1958 descobriu-se um esqueleto que “pertencia” aos Oriopitecus, seres pré-humanos extintos há 10 milhões de anos. Na famosa gruta de Maquinê em Cordisburgo MG o Dr. Peter Lund informou haver descoberto, em 1834 restos humanos da Era Quaternária, ou seja, de 50 milhões de anos. Os pesquisadores Valois e Roche nas grutas de Têmpera, Marrocos, acharam uma arcada simiesca de dentição de um ser pré-humano que teria vivido há cerca de 180 milênios; e o antropólogo norte americano Carl Johnson afirmou que os antepassados do “Homo-sapiens” começaram a andar eretos há 3 milhões de anos, segundo um achado arqueológico de 1973 na Etiópia.

Para tal estudiosos um ser pré-humano teria vivido há 10 milhões de anos ou há 180 milênios. Segundo tais hipóteses há 100 mil séculos o homem não passava de Pré-humano e há 100 mil anos ele deixava de ser macaco para tornar-se “homo-sapiens”. Nestas circunstâncias é simplesmente impossível conciliar tão vagas e dissonantes suposições, e muito menos contar com o mais remoto apoio da ciência.

Provas atômicas demonstram, em 1954, a completa mistificação do homem de Piltdown. Charles Darwin trabalhou ardilosamente por de trás das costas dos evolucionistas e estes levaram 43 anos para perceberem seu erro. Descobriu-se um pedaço de pederneira encontrado em Piltdown não era uma “ferramenta” pré-histórica tingida pela passagem de milhares de anos, mas simplesmente um pedaço que tinha sido tratado com a solução de cromo para parecer antigo.

O “fóssil”, de Piltdown foi aceito como autêntico e ostentado diante dos que, amam a Bíblia, no entanto um certo Dr. Weinr de Oxford notou algumas circunstâncias estranhas acerca do homem de Piltdown. Os dentes deste ser humano pareciam gastos de uma maneira que não poderia acontecer com um macaco. Podia ser que alguém, deliberadamente, tivesse polido parte de sua arcada dentária com alguma ferramenta. Com outro cientista foi o Museu Britânico e descobriram, por um microscópio que, de fato, alguém tirara grande parte dos dentes com a lima. Por meio de medidor Geige e outros recursos não conhecidos no tempo em que Charles Darwson “descobriu” o fóssil verificaram que as peças datavam e 50 anos e não de 550 mil anos, e que eram de um macaco e não de um ser humano. Dawson, então morto, colara astutamente o maxilar. Assim os evolucionistas se tornaram vítimas da mais infame embuste de todos os tempos.


Se os evolucionistas calcularam a idade de um osso em 500 mil anos quanto tinha apenas 50 anos, como podemos confiar nos seus cálculos?

FONTE DE PESQUISA


1.         AIRTON EVANGELISTA DA COSTA. O Espiritismo e o Espírito Santo. Disponível: http://www.palavradaverdade.com/print2.php?codigo=2295 – Acesso DIA 10/01/2011.
2.         BÍBLIA EXPLICADA, S.E.McNair, 4ª Edição, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
3.         BÍBLIA PENTECOSTAL, Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Corrigida, Edição 1995, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
4.         BÍBLIA SHEDD, Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil – 2ª Edição, Sociedade Bíblica do Brasil, Barueri, SP.
5.         BÍBLIA DE ESTUDO PLENITUDE, Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Corrigida, 1995, Sociedade Bíblica do Brasil, Barueri, SP.
6.         CLAUDIONOR CORRÊA DE ANDRADE, Dicionário Teológico, p. 286, 8ª Edição, Ed. CPAD, Rio de janeiro, RJ.
8.         DELVACYR BASTOS, seitas e heresias, Escola Teológica Filadélfia, Cascavel PR, Email - prdelvacyr@hotmail.com.
9.         ELIENAL CABRAL, lições bíblicas, 1º trimestre 2007, Ed. CPAD, Rio de Janeiro RJ.
10.     ELINALDO RENOVATO DE LIMA, lições bíblicas, 3º trimestre 2004, Ed. CPAD, Rio de Janeiro RJ.
11.     ELINALDO RENOVATO DE LIMA, lições bíblicas, 4º trimestre 1991, Ed. CPAD, Rio de Janeiro RJ.
12.     ELIEZER LIRA, lições bíblicas, 1º trimestre de 2006, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
13.     EZEQUIAS SOARES SILVA, lições bíblicas, 2º trimestre de 1997, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
14.      EZEQUIAS SOARES, lições bíblicas, 2ª trimestre de 2006, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
15.     FRANCISCO DA SILVEIRA BUENO, Dicionário Escolar da Língua Portuguesa, 11 ª Edição, FAE, Rio de Janeiro RJ.
16.     JOSÉ ELIAS CROCE, Lições bíblicas, 1º trimestre 2000, Ed. Betel.
17.     JOHN LANDERS, Religiões mundiais, Juerp, Rio de Janeiro, 3ª Edição, 1994.
18.     PAULO MIGLIACCI ME, Cientista propõe fim do “culto a Darwin”, Seite -E:\EVOLUÇÃO.mht – acesso dia 22/02/2009.
19.     RAIMUNDO OLIVEIRA, Heresiologia – 2ª Edição – EETAD, São Paulo SP.
20.     RAIMUNDO OLIVEIRA, Lições Bíblicas, 1º Trimestre de 1986, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ.
21.     RAIMUNDO DE OLIVEIRA. Seitas e Heresias: Um Sinal do Fim dos Tempos. Rio de Janeiro: CPAD, 2002. Disponível: http://desmascarandoseitas.blogspot.com/2008_12_01_archive.html - acesso dia 10/01/2011.


22.     RELIGIÕES MUNDIAIS, Seminário Teológico AMID, Cascavel, PR - e-mail: se.amid@hotmail.com
23.     SEITAS E HERESIAS, Escola de educação teológica Elohim, São Paulo, SP.
24.     SÉRIE APOLOGÉTICA, ICP, Volomes I ao VI, Instituto Cristã de Pesquisa, Site, www.icp.com.br
25.     SEITAS E HERESIAS, SEAMID, Cascavel – PR, se.amid@hotmail.com

CIENTISTA PROPÕE FIM DO "CULTO A DARWIN"

“Você só quer saber de atirar, brincar com os cachorros e apanhar ratos", disse Robert Darwin ao seu filho, "e será uma desgraça para você mesmo e para toda sua família". Mas o menino irresponsável parece estar por toda parte. Charles Darwin recebe tanto crédito que não conseguimos distinguir entre ele e a evolução.

Equiparar a evolução a Charles Darwin significa ignorar 150 anos de descobertas, entre as quais a maior parte daquilo que os cientistas compreendem sobre a evolução.

Por exemplo: os padrões de hereditariedade de Gregor Mendel (que deram à idéia de seleção natural de Darwin um mecanismo - a genética - pelo qual ela poderia funcionar); a descoberta do ADN (que propiciou um mecanismo à genética e permitiu que víssemos as linhagens evolutivas); a biologia do desenvolvimento (que propicia um mecanismo ao ADN); estudos documentando a evolução na natureza (que converteram hipóteses em fatos observáveis); o papel da evolução na medicina e na doença (que propicia relevância imediata ao tópico); e muito mais.

Ao propor o 'darwinismo', até mesmo os cientistas e os autores de textos científicos perpetuam a impressão de que a evolução gira em torno de um homem, um livro, uma teoria. Lin Chi, um mestre budista do século 9, disse que “se você encontrar o Buda na estrada, deve matá-lo”.

O ponto é que fazer de um grande professor um fetiche sagrado ignora a essência de seus ensinamentos. Assim, chegou a hora de matar Darwin, para nós.

Que toda a vida está relacionada por ancestrais comuns e que as populações mudam de forma ao longo do tempo são a base pictórica e as pinceladas finas da evolução.

Mas Darwin chegou tarde à festa. Seu avô e outros acreditavam que novas espécies evoluíssem. Fazendeiros e criadores de animais desenvolviam novas variedades de animais e plantas determinando quais espécimes sobreviveriam para procriar, o que ofereceu uma ideia já estabelecida a Charles Darwin. Tudo que Darwin percebeu foi que a seleção deveria funcionar também na natureza.

Em 1859, as percepções e a experiência de Darwin se transformaram em “Sobre a Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural, ou A Preservação das Raças Favorecidas na Luta pela Sobrevivência”. Ele escreveu livros fundamentais sobre orquídeas, insetos, cracas e corais. Descobriu como se formam os atóis, e porque eles se localizam nos trópicos imenso gênio de Darwin merece crédito. Nenhuma outra mente se movimentou com tamanha liberdade, de forma tão ampla ou com tanto frescor por sobre as colinas e vales da existência. Mas existe um limite para o crédito que se pode atribuir a ele. Atribuir a evolução a Darwin ignora os limites que existiam em sua era e todos os progressos realizados subsequentemente.

A ciência era primitiva, na era de Darwin. Os navios não tinham motores. Só em 1842, seis anos da viagem de Darwin no Beagle, Richard Owen cunhou o termo 'dinossauro'.

Darwin já era adulto antes de os cientistas começarem a debater se os germes causavam doenças e se os médicos deveriam limpar seus instrumentos.

Na Londres da década de 1850, John Snow combatia a cólera sem saber que era uma bactéria que a causava. Apenas em 1857 Johann Carl Fuhlrott e Hermann Schaaffhausen anunciaram que uma ossada incomum encontrada no vale de Neander, Alemanha, talvez representasse os restos de uma raça humanóide muito antiga. Em 1860, Louis Pasteur executou experiências que negavam a 'geração espontânea', a idéia de que a vida emergia continuamente de coisas não vivas.

A ciência avançou. Mas a evolução ocasionalmente parece amarrada demais ao seu fundador. Não definimos a astronomia como 'copernicismo', e nem chamamos a gravidade de 'newtonismo'.

“Darwinismo” implica uma ideologia que adere aos ditames de um único homem, como o marxismo. E “ismos” (capitalismo, catolicismo, racismo) não são ciência.

“Darwinismo” implica em que os cientistas biológicos “acreditem” na teoria de Darwin. É como se, desde 1860, os cientistas tivessem apenas acenado com a cabeça em concordância com as teorias de Darwin, em lugar de desafiar e testar suas idéias ou de acrescentar imensos conhecimentos ao trabalho que ele desenvolveu.

Usar frases como “seleção darwinista” ou “evolução darwinista” implica que deva existir outra espécie de evolução em operação, um processo que poderia ser descrito com outro adjetivo.

Por exemplo, física newtoniana distingue a física mecânica que Newton explorou da física quântica subatômica. Assim, evolução darwinista suscita uma questão: qual é a outra evolução?

E eis que esse vazio é ocupado pelo design inteligente. Não chego a afirmar que o darwinismo deu origem ao “criacionismo”, ainda que os “ismos” impliquem equivalência. Mas o termo darwinista montou o palco no qual o design inteligente agora pode aproveitar os holofotes.

Charles Darwin não inventou um sistema de crença. Ele tinha uma idéia, não uma ideologia. A idéia gerou uma disciplina, e não discípulos. Ele passou mais de 20 anos recolhendo e avaliando provas e implicações de criaturas similares mais diferentes separadas no tempo (fósseis) e no espaço (ilhas). Isso é ciência.

E é por isso que precisamos nos livrar de Darwin.
Quase tudo que compreendemos sobre a evolução surgiu não de Darwin, mas depois dele. Ele nada sabia de hereditariedade ou genética, dois componentes fundamentais no estudo da evolução. E esta não era nem mesmo idéia original dele.

O avô de Darwin, Erasmus, acreditava que a vida houvesse se desenvolvido de um ancestral único. “Será que podemos conjeturar que uma e uma só espécie de filamentos vivos foi a causa de toda vida orgânica?”, ele questionava em “Zoonomia”, de 1794. Mas não foi capaz de descobrir de que forma isso poderia ter decorrido.

Charles Darwin saiu em busca da explicação. Refletindo sobre os métodos de plantio seletivo dos agricultores, e considerando a elevada mortalidade das sementes e dos animais selvagens, ele determinou que as condições naturais agiam como filtro para determinar que indivíduos sobreviviam para criar mais indivíduos como eles. Darwin definiu esse filtro como seleção natural.

O que Darwin tinha a dizer sobre a evolução basicamente começa e acaba logo ali. Darwin deu um passo minúsculo para além do que era de conhecimento comum. Mas porque ele percebeu - corretamente - um mecanismo pelo qual a vida se diversifica, sua percepção desenvolveu um imenso poder. No entanto, ele não foi o único. Darwin vinha incubando sua tese há duas décadas quando Alfred Russell Wallace escreveu para ele do Sudeste Asiático, delineando a mesma idéia, que ele desenvolvera de forma independente. Temendo que ele perdesse a primazia, os colegas de Darwin organizaram uma apresentação pública na qual ambos os cientistas receberam crédito por uma idéia cuja hora havia chegado, com ou sem Darwin.

Darwin pode ter escrito a obra-prima. Mas havia pontos fracos. Variações individuais ofereciam a base da idéia, mas o que criava essas variações? Pior, as pessoas imaginavam que traços de ambos os pais se combinassem nos descendentes - isso não significaria que um determinado traço viesse a desaparecer por diluição depois de algumas gerações? Porque Darwin e seus colegas eram ignorantes da genética e dos mecanismos da hereditariedade, não conseguiam compreender plenamente a evolução.

Gregor Mendel, um monge austríaco, descobriu que, em pés de ervilha, a herança de traços individuais seguia padrões determinados. Apenas depois que a genética redescoberta por Mendel encontrou a seleção natural de Darwin, na síntese moderna dos anos 20, a ciência deu um gigantesco passo à frente quanto à compreensão da mecânica da evolução. Rosalind Franklin, James Watson e Francis Crick propiciaram o próximo salto: o ADN, a estrutura e mecanismo da variação e da hereditariedade.


O intelecto e presciência de Darwin, bem como sua humildade (é sempre aconselhável perceber claramente a nossa ignorância), espantam ainda mais à medida que os cientistas esclarecem, em detalhes que ele jamais imaginou, o quanto suas idéias estavam certas. Mas nossa compreensão de como a vida funciona, depois de Darwin, não poderá mergulhar na piscina comum das idéias até que ponhamos fim ao darwinismo como culto. Só quando reconhecermos plenamente o século e meio de contribuições valiosas acrescentadas poderemos apreciar plenamente tanto o gênio de Darwin quanto o fato de que a evolução é a força propulsora da vida, com ou sem Darwin.

FONTE DE PESQUISA

PAULO MIGLIACCI ME, Cientista propõe fim do “culto a Darwin”, Seite -E:\EVOLUÇÃO.mht – acesso dia 22/02/2009

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

CIÊNCIA CRISTÃ


I.     HISTÓRICO

A religião Ciência Cristã toma como base a Bíblia, mas junto a Ela uma nova revelação no seu livro Ciência e Saúde Com a Chave para as Escrituras (1875). Na realidade não tem nada de ciência nem de religião, foi fundada por Mary Baker Eddy, nascida em 15 de junho de 1821 em Bow, Estado de New Hampshire, EUA. Eddy quando jovem freqüentava a Igreja Congregacional de Tilton, mas na realidade jamais nasceu de novo, pois foi influenciada por um curandeiro popular chamado Phineas Parkhurst Quimby, que anunciava um novo método para curar enfermos, ensinando-os a natureza de seu mal, a afirmando que podiam curar-se por seu estado mental, Quimby seguia a orientação do espírito de um médico francês Charles Poyen, Eddy procurou o curandeiro para sanar uma enfermidade, ela sofria constantes ataques nervosos e um mal crônico na espinha, devido à queda no gelo em 1866. Passou então, a ler os Evangelhos em casa, lendo a cura do paralítico por Jesus e, ainda, influenciada da pelas idéias de Quimby, sentiu-se curada.

Segundo seus próprios relatos: “Foi depois da morte de Quimby que descobri em 1866, os fatos importantes relacionados ao espírito e com a superioridade deste sobre a matéria e denominei ‘Ciência Cristã’ a minha descoberta” {citado em Pergunte e Responderemos, 01/1955, p.38}.

A crença Espírita baseia-se nas porções bíblicas, mas adiciona uma série de novas revelações advindas dos mortos. Como crer em tais revelações e na sua autoridade, de acordo com a fé Cristã? Servirão tais revelações como aceitáveis, como advindas de autoridade? Nós os herdeiros da fé não aceitamos ensinos que venham a contradizer o que Cristo ensinou, e, aliás, sua natureza é imutável (Hb 13.8; Nm 23.19; Gl 1.8-9; Mt 24.35).

II.   DOUTRINAS

O que diz esta seita a respeito de Deus, Jesus Cristo, pecado, enfermidades e da Bíblia?
O Deus da Ciência Cristã não é um ser pessoal. Dizem: “Deus é o princípio da metafísica Divina” [Livro Ciência e Saúde (CS) p. 112].

1.      “Deus é tudo em tudo”.
2.      Deus é o bem. O bem é a mente.
3.      Deus, o Espírito, sendo tudo, a matéria nada é.
4.      “A vida, Deus, o bem onipotente, nega a morte, o mal, o pecado, a doença” [CS p. 113].

Como se explica o Senhor Deus não ser uma pessoa? E seus atributos pessoais e divinos? Deus não ama? Não é misericordioso? Não é piedoso?  Não se identificou a Moisés como pessoa? Como responder estas interrogações Sra Eddy?

Sobre a pessoa de Jesus Cristo dizem: “A Virgem-Mãe concebeu esta idéia de Deus, e deu ao seu ideal o nome Jesus – isto é, Josué, ou Salvador” [CS p.29]. “O Cristo, com uma idéia espiritual ou verdadeira de Deus, vem hoje, como outrora, pregando o evangelho aos pobres, curando os doentes e expulsando males” [CS p. 347].

Surpreendente esta declaração de que a Virgem Maria nunca tivesse concebido o corpo de Jesus e que ela deu à luz a uma ideia e essa ideia chamava-se Jesus. Conforme a Bíblia, o anjo Gabriel anunciou a Maria que conceberia um menino, que seria santo, chamado filho de Deus (Lc 1.35), também esta criança tinha um crescimento normal e natural, não era em nada diferente dos demais meninos de sua idade (Lc 2.52), a Ciência Cristã está errada ao afirmar que Jesus era incorpóreo, pois Jesus tinha corporeidade. Se assim não fosse, porque Paulo declara de Jesus: “Porque n’Ele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2.9).

Se não bastasse, ainda negam a eficácia do sacrifício salvívico de Jesus, observe:

“Um só sacrifício, por maior que seja, é insuficiente para pagar a divida do pecado” [CS p. 23]. “Acaso a Teologia erudita considera a crucificação de Jesus principalmente como meio de conceder perdão fácil a todos os pecadores que o peçam e estejam dispostos a ser perdoados?” [CS p.24]. Nós, todavia, preferimos ficar com a Bíblia que diz:

“No qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça” (Ef 1.7).

Apesar de afirmarem estar alicerçados na Palavra se contradizem afirmam muitos erros na Bíblia, que já não se pode aceitá-la como verdadeira. Sempre que uma declaração bíblica esteja em contradição com a Ciência Cristã, Eddy dizia que tratava-se de um erro da Bíblia. Podemos afirmar que a experiência de milhões de cristãos demonstra que a leitura e a interpretação literal de Bíblia, longe de levar-nos à incredulidade e ao desespero têm operado maravilhas em nossas vidas (2ª Tm 3.16-17).

A Bíblia Sagrada é o único ponto de referência confiável. Ela é a Palavra de Deus em fiel escrita. Muitos irão acusar-nos de idolatrar a Bíblia ao invés de adorar a Cristo. Dizem tais argumentadores, que é mais importante o que Jesus? Se desejarmos saber como Jesus agiu, diante de uma determinada circunstância, onde deveremos procurar tal conhecimento, senão a Bíblia? Por mais que os historiadores se esforçassem acerca de Jesus, puderam escrever uma história sobre Ele, como está nos relatos da Bíblia.

Tácito Pretório, sob o império de Domiciano em 88 d.C., isto é, 58 anos após a crucificação, faz nos seus anais, referências a Jesus. Plínio, tribuno da Síria, mais ou menos na mesma época, refere-se também a Jesus. Josefo, Tertúlio, Luciano, Seutônio, Euzébio, todos do primeiro século depois de Cristo, escreveram sobre Ele.

Escritores judeus e romanos escreveram muito sobre o Líder dos Cristãos, no tempo das grandes perseguições do imperador Nero.

A Bíblia Sagrada não só contém a biografia de Cristo, como é Ela em si a Palavra do próprio Cristo. Na Bíblia localizamos o caminho certo, encontramos através dela o padrão que Cristo estabeleceu para os seus seguidores.


Tudo o que ouvimos acerca das religiões chamadas Cristãs suas opiniões, seus ensinos, suas regras de fé, têm que ser julgadas pela religião de Cristo. SE OS ENSINOS DE UMA RELIGIÃO CONTRADIZEM A BÍBLIA, AQUELA RELIGIÃO NÃO É CRISTÃ.

Pr. Elias Ribas

pr.eliasribas2013@gmail.com

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

JESUS BEBEU VINHO ALCOÓLICO?



VINHO: FERMENTADO OU NÃO FERMENTADO?

 "Porque veio João Batista, que não comia pão nem bebia vinho, e dizeis: Tem demônio" (Lc 7.33,34).

Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizeis: Eis aí um homem comilão e bebedor de vinho, amigo dos publicanos e dos pecadores.

Segue-se um exame da palavra bíblica mais comumente usada para vinho. A palavra grega para "vinho", em Lc 7.33, é oinos. Oinos pode referir-se a dois tipos bem diferentes de suco de uva:

(1) suco não fermentado, e (2) vinho fermentado ou embriagante. Esta definição apóia-se nos dados abaixo.(1) A palavra grega oinos era usada pelos autores seculares e religiosos, antes da era cristã e nos tempos da igreja primitiva, em referência ao suco fresco da uva (ver Aristóteles, Meteorológica, 387.b.9-13).

(a) Anacreontes (c. de 500 a.C.) escreve: "Esprema a uva, deixe sair o vinho [oinos]" (Ode 5).

(b) Nicandro (século II a.C.) escreve a respeito de espremer uvas e chama de oinos o suco dai produzido (Geórgica, fragmento 86).

(c) Papias (60-130 d.C.), um dos pais da igreja primitiva, menciona que quando as uvas são espremidas produzem "jarros de vinho [oinos]" (citado por Ireneu, Contra as Heresias, 5.33.3 - 4).

(d) Uma carta em grego escrita em papiro (P. Oxy.729; 137 d.C.), fala de "vinho [oinos] fresco, do tanque de espremer" (ver Moulton e Milligan, The Vocabulary of the Greek Testament, p. 10).

(e) Ateneu (200 d.C.) fala de um "vinho [oinos] doce", que "não deixa pesada a cabeça" (Ateneu, Banquete, 1.54).

Noutro lugar, escreve a respeito de um homem que colhia uvas "acima e abaixo, pegando vinho [oinos] no campo"(1.54).

Para considerações mais pormenorizadas sobre o uso de oinos pelos escritores antigos, ver Robert P. Teachout: "0 Emprego da palavra 'Vinho' no Antigo Testamento". (Dissertação de Th.D. no Seminário Teológico de Dallas,1979).

(2) Os eruditos judeus que traduziram o AT do hebraico para o grego c. de 200 a.C. empregaram a palavra oinos para traduzir varias palavras hebraicas que significam vinho.

Noutras palavras, os escritores do NT entendiam que oinos pode referir-se ao suco de uva, com ou sem fermentação.
(3) Quanto a literatura grega secular e religiosa, um exame de trechos do NT também revela que oinos pode significar vinho fermentado, ou não fermentado.

Em Ef 5.18, o mandamento: "não vos embriagueis com vinho [oinos]" refere-se ao vinho alcoólico.

Por outro lado, em Ap 19.15 Cristo é descrito pisando o lagar.
0 texto grego diz: "Ele pisa o lagar do vinho [oinos]" ; o oinos que sai do lagar é suco de uva (ver Is 16.10 nota; Jr 48.32,33 nota).
Em Ap 6.6, oinos refere-se as uvas da videira como uma safra que não deve ser destruída.

Logo, para os crentes dos tempos do NT, "vinho" (oinos) era uma palavra genérica que podia ser usada para duas bebidas distintivamente diferentes, extraídas da uva: o vinho fermentado e o não fermentado.

(4) Finalmente, os escritores romanos antigos explicam com detalhes vários processos usados para tratar o suco de uva recém-espremido, especialmente as maneiras de evitar sua fermentação.

(a) Columela (Da Agricultura, 12.29), sabendo que o suco de uva não fermenta quando mantido frio (abaixo de 10 graus C.) e livre de oxigênio, escreve da seguinte maneira:

"Para que o suco de uva sempre permaneça tão doce como quando produzido, siga estas instruções:

Depois de aplicar a prensa as uvas, separe o mosto mais novo [i.e., suco fresco], coloque-o num vasilhame (amphora) novo, tampe-o bem e revista-o muito cuidadosamente com piche para não deixar a mínima gota de água entrar; em seguida, mergulhe-o numa cisterna ou tanque de água fria, e não deixe nenhuma parte da ânfora ficar acima da superfície.

Tire a ânfora depois de quarenta dias. 0 suco permanecera doce durante um ano" (ver também Columela: Agricultura e Arvores; Catão: Da Agricultura).

0 escritor romano Plinio (século I d.C.) escreve: "Tão logo tiram o mosto [suco de uva] do lagar, colocam-no em tonéis, deixam estes submersos na água até passar a primeira metade do inverno, quando o tempo frio se instala" (Plínio, Historia Natural, 14.11.83).

Este método deve ter funcionado bem na terra de Israel (ver Dt 8.7; 11.11,12; SI 65.9-13).

(b) Outro método de impedir a fermentação das uvas é ferve-las e fazer um xarope (para mais detalhes, ver a parte 2 deste estudo.

Historiadores antigos chamavam esse produto de "vinho" (oinos).

0 Conego Farrar (Smith 's Bible Dictionary, p. 747) declara que "os vinhos assemelhavam-se mais a xarope; muitos deles não eram embriagantes".

Ainda, 0 Novo Dicionário da Bíblia (p. 1665), observa que "sempre havia meios de conservar doce o vinho durante o ano inteiro".

O USO DO VINHO NA CEIA DO SENHOR.

Jesus usou uma bebida fermentada ou não fermentada de uvas, ao instituir a Ceia do Senhor (Mt 26.26-29; Mc 14.22-25; Lc 22.17-20; 1 Co 11.23-26)?

Os dados abaixo levam a conclusão de que Jesus e seus discípulos beberam no dito ato suco de uva não fermentado.

(1) Nem Lucas nem qualquer outro escritor bíblico emprega a palavra "vinho" (gr. oinos) no tocante a Ceia do Senhor.

Os escritores dos três primeiros Evangelhos empregam a expressão "fruto da vide" (Mt 26.29; Mc 14.25; Lc 22.18).
0 vinho não fermentado é o único "fruto da vide" verdadeiramente natural, contendo aproximadamente 20% de açúcar e nenhum álcool.

A fermentação destrói boa parte do açúcar e altera aquilo que a videira produz.

O vinho fermentado não é produzido pela videira.

(2) Jesus instituiu a Ceia do Senhor quando Ele e seus discípulos estavam celebrando a Páscoa.

A lei da Páscoa em Ex 12.14-20 proibia, durante a semana daquele evento, a presença de seor (Ex 12.15), palavra hebraica para fermento ou qualquer agente fermentador.

Seor, no mundo antigo, era freqüentemente obtido da espuma espessa da superfície do vinho quando em fermentação.
Além disso, todo o hametz (i.e., qualquer coisa fermentada) era proibido (Ex 12.19; 13.7).

Deus dera essas leis porque a fermentação simbolizava a corrupção e o pecado (cf. Mt 16.6,12; 1 Co S.7,8).

Jesus, o Filho de Deus, cumpriu a lei em todas as suas exigências (Mt 5.17).

Logo, teria cumprido a lei de Deus para a Páscoa, e não teria usado vinho fermentado.

(3) Um intenso debate perpassa os séculos entre os rabinos e estudiosos judaicos sobre a proibição ou não dos derivados fermentados da videira durante a Páscoa.

Aqueles que sustentam urna interpretação mais rigorosa e literal das Escrituras hebraicas, especialmente Ex 13.7, declaram que nenhum vinho fermentado devia ser usado nessa ocasião.

(4) Certos documentos judaicos afirmam que o uso do vinho não fermentado na Páscoa era comum nos tempos do NT.

Por exemplo: "Segundo os Evangelhos Sinóticos, parece que no entardecer da quinta-feira da última semana de vida aqui, Jesus entrou com seus discípulos em Jerusalém, para com eles comer a Páscoa na cidade santa; neste caso, o pão e o vinho do culto de Santa Ceia instituído naquela ocasião por Ele, como memorial, seria o pão asmo e o vinho não fermentado do culto Seder" (ver "Jesus". The Jewish Encyclopedia, edição de 1904. V.165).

(5) No AT, bebidas fermentadas nunca deviam ser usadas na casa de Deus, e um sacerdote não podia chegar-se a Deus em adoração se tomasse bebida embriagante (Lv 10.9 nota).

Jesus Cristo foi o Sumo Sacerdote de Deus do novo concerto, e chegou-se a Deus em favor do seu povo (Hb 3.1; 5.1-10).

(6) 0 valor de um símbolo se determina pela sua capacidade de conceituar a realidade espiritual.

Logo, assim como o pão representava o corpo puro de Cristo e tinha que ser pão asmo (i.e., sem a corrupção da fermentação), o fruto da vide, representando o sangue incorruptível de Cristo, seria melhor representado por suco de uva não fermentado (cf. 1 Pe 1.18,19).

Uma vez que as Escrituras declaram explicitamente que o corpo e sangue de Cristo não experimentaram corrupção (Sl 16.10; At 2.27; 13.37), esses dois elementos são corretamente simbolizados por aquilo que não é corrompido nem fermentado.
(7) Paulo determinou que os coríntios tirassem dentre eles o fermento espiritual, i.e., o agente fermentador "da maldade e da malícia", porque Cristo é a nossa Páscoa (1 Co 5.6-E).

Seria contraditório usar na Ceia do Senhor um símbolo da maldade.

i.e., algo contendo levedura ou fermento, se considerarmos os objetivos dessa ordenança do Senhor.

Bem como as exigências bíblicas para dela participarmos.
Jo 2.11: "Jesus principiou assim os seus sinais em Cana da Galiléia e manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele".

O VINHO: MISTURADO OU INTEGRAL?



Os dados históricos sobre o preparo e uso do vinho pelos judeus e por outras nações no mundo bíblico mostram que o vinho era:

(a) freqüentemente não fermentado;

(b) em geral misturado com água.

0 capítulo anterior, aborda um dos processos usados para manter o suco da uva fresco em estado doce e sem fermentação.

0 presente estudo menciona dois outros processos de preparação da uva para posteriormente ser misturada com água.(1) Um dos métodos era desidratar as uvas, borrifa-las com azeite para mante-las úmidas e guardá-las em jarras de cerâmica (Enciclopédia Bíblica Ilustrada de Zondervan, V. 882; ver também Columella, Sobre a Agricultura 12.44.1-8).

Em qualquer ocasião, podia-se fazer uma bebida muito doce de uvas assim conservadas.

Punha-se-lhes água e deixava-as de molho ou na fervura.
Polibio afirmou que as mulheres romanas podiam beber desse tipo de refresco de uva, mas que eram proibidas de beber vinho fermentado (ver Polibio, Fragmentos, 6.4; cf. Plínio, História Natural, 14.11.81).

(2) Outro método era ferver suco de uva fresco até se tornar em pasta ou xarope grosso (mel de uvas); este processo deixava-o em condições de ser armazenado, ficando isento de qualquer propriedade inebriante por causa da alta concentração de açúcar, e conservava a sua doçura (ver Colurnella, Sobre a Agricultura, 12.19.1-6; 20.1-8; Plínio, Historia Natural, 14.11.80).
Essa pasta ficava armazenada em jarras grandes ou odres.

Podia ser usada como geléia para passar no pão, ou dissolvida em água para voltar ao estado de suco de uva (Enciclopédia Bíblica Ilustrada, de Zondervan, V. 882-884).

É provável que a uva fosse muito cultivada para produção de açúcar.

0 suco extraído no lagar era engrossado pela fervura até tornar-se em liquido conhecido como "mel de uvas" (Enciclopédia Geral Internacional da Bíblia, V. 3050).

Referencias ao mel na Bíblia freqüentemente indicam o mel de uva (chamado debash pelos judeus), em vez do mel de abelha.



(3) A água, portanto, pode ser adicionada a uvas desidratadas, ao xarope de uvas e ao vinho fermentado.

Autores gregos e romanos citavam varias proporções de mistura adotadas.

Homero (Odisséia, IX 208ss.) menciona uma proporção de vinte partes de água para uma parte de vinho.

Plutarco (Symposiacas, III.ix) declara: "Chamamos vinho diluído, embora o maior componente seja a água".

Plínio (Historia Natural, XIV.6.54) menciona uma proporção de oito partes de água para uma de vinho.

(4) Entre os judeus dos tempos bíblicos, os costumes sociais e religiosos não permitiam o uso de vinho puro, fermentado ou não.

0 Talmude (uma obra judaica que trata das tradições do judaísmo entre 200 a.C. e 200 d.C.) fala, em vários trechos, da mistura de água com vinho (e.g., Shabbath 77; Pesahim 1086).
Certos rabinos insistiam que, se o vinho fermentado não fosse misturado com três partes de água, não podia ser abençoado e contaminaria quem o bebesse.

Outros rabinos exigiam dez partes de água no vinho fermentado para poder ser consumido.

(5) Um texto interessante temos no livro de Apocalipse, quando um anjo, falando do "vinho da ira de Deus", declara que ele será "não misturado", i.e., totalmente puro (Ap 14.10).


Foi assim expresso porque os leitores da época entendiam que as bebidas derivadas de uvas eram misturadas com água (ver Jo 2.3 notas).

Em resumo, o tipo de vinho usado pelos judeus nos dias da Bíblia não era idêntico ao de hoje.

Tratava-se de:
(a) suco de uva recém-espremido;
(b) suco de uva assim conservado;
(c) suco obtido de uva tipo passas;
(d) vinho de uva feito do seu xarope, misturado com água; e
(e) vinho velho, fermentado ou não, diluído em água, numa proporção de até 20 para 1.

Se o vinho fermentado fosse servido não diluído, isso era considerado indelicadeza, contaminação e não podia ser abençoado pelos rabinos.

A luz desses fatos, é ilícita a pratica corrente de ingestão de bebidas alcoólicas com base no uso do "vinho" pelos judeus dos tempos bíblicos.

Além disso, os cristãos dos dias bíblicos eram mais cautelosos do que os judeus quanto ao uso do vinho (ver Rm 14.21 nota; 1 Ts 5.6 nota; 1 Tm 3.3 nota; Tt 2.2 nota).


GLÓRIA DE JESUS MANIFESTA ATRAVÉS DO VINHO.



Em João 2, vemos que Jesus transformou água em "vinho" nas bodas de Caná.

Que tipo de vinho era esse? Conforme já vimos, podia ser fermentado ou não, concentrado ou diluído.

A resposta deve ser determinada pelos fatos contextuais e pela probabilidade moral.

A posição desta Bíblia e Estudo é que Jesus fez vinho (oinos) suco de uva integral e sem fermentação.

Os dados que se seguem apresentam fortes razoes para rejeição da opinião de que Jesus fez vinho embriagante.

(1) 0 objetivo primordial desse milagre foi manifestar a sua gloria (2.11), de modo a despertar fé pessoal e a confiança em Jesus como o Filho de Deus, santo e justo, que veio salvar o seu povo do pecado (2.11; cf. Mt 1.21).

Sugerir que Cristo manifestou a sua divindade como o Filho Unigênito do Pai (1.14), mediante a criação milagrosa de inúmeros litros de vinho embriagante para uma festa de bebedeiras (2.10 nota; onde subentende-se que os convidados já tinham bebido muito), e que tal milagre era extremamente importante para sua missão messiânica, requer um grau de desrespeito, e poucos se atreveriam a tanto.

Será, porém, um este munho da honra de Deus, e da honra e glória de Cristo, crer que Ele criou sobrenaturalmente o mesmo suco de uva que Deus produz anualmente através da ordem natural criada (ver 2.3 nota).

Portanto, esse milagre destaca a soberania de Deus no mundo natural, tornando-se um símbolo de Cristo para transformar espiritualmente pecadores em filhos de Deus (3.1-15).

Devido a esse milagre, vemos a glória de Cristo "como a glória do Unigênito do Pai" (1.14; cf. 2.11).

(2) Contraria a revelação bíblica quanto a perfeita obediência de Cristo a seu Pai celestial (cf. 4.34; Fp 2.8,9) supor que Ele desobedeceu ao mandamento moral do Pai: "Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho... e se escoa suavemente", i.e., quando é fermentado (Pv 23.31).

Cristo por certo sancionou os textos bíblicos que condenam o vinho embriagante como escarnecedor e alvoroçador (Pv 20.1), bem como as palavras de Hc 2.15: "Ai daquele que da de beber ao seu companheiro!... e o embebedas" (cf. Lv 10.8-11; Pv 31.4-7; Is 25.7; Rm 14.21).

(3) Note, ainda, o seguinte testemunho da medicina moderna.


(a) Os maiores médicos especialistas atuais em defeitos congênitos citam evidencias comprovadas de que o consumo moderado de álcool danifica o sistema reprodutivo das mulheres jovens, provocando abortos e nascimentos de bebes com defeitos mentais e físicos incuráveis.

Autoridades mundialmente conhecidas em embriologia precoce afirmam que as mulheres que bebem até mesmo quantidades moderadas de álcool, próximo ao tempo da concepção (c. 48 horas), podem lesar os cromossomos de um óvulo em fase de liberação, e dai causar sérios distúrbios no desenvolvimento mental e físico do bebê.

(b)Seria teologicamente absurdo afirmar que Jesus haja servido bebidas alcoólicas, contribuindo para o seu uso.

Afirmar que Ele não sabia dos terríveis efeitos em potencial que as bebidas inebriantes tem sobre os nascituros é questionar sua divindade, sabedoria e discernimento entre o bem e o mal.

Afirmar que Ele sabia dos danos em potencial e dos resultados deformadores do álcool, e que, mesmo assim, promoveu e fomentou seu uso, é lançar duvidas sobre a sua bondade, compaixão e seu amor.

A única conclusão racional, bíblica e teológica acertada é que o vinho que Cristo fez nas bodas, a fim de manifestar a sua glória, foi o suco puro e doce de uva, e não fermentado.



Todas as citações bíblicas são da ACF (Almeida Corrigida Fiel, da SBTB). As ACF e ARC (ARC idealmente até 1894, no máximo até a edição IBB-1948, não a SBB-1995) são as únicas Bíblias impressas que o crente deve usar, pois são boas herdeiras da Bíblia da Reforma (Almeida 1681/1753), fielmente traduzida somente da Palavra de Deus infalivelmente preservada (e finalmente impressa, na Reforma, como o Textus Receptus).
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