TEOLOGIA EM FOCO

terça-feira, 7 de maio de 2013

TEOSOFISMO



A palavra Teosofismo vem de duas palavras gregas “Theus” = Deus e sofia = sabedoria, isto quer dizer, Sabedoria de Deus.

Essa falsa religião ensina que a aquisição da Sabedoria Divina não é dada através da Bíblia, nem por inspiração, estudo ou por revelação concedida pelo Espírito Santo. O Teosofismo crê que Deus é um Ser Impessoal identificado com a humanidade.

I.         HISTÓRICO

A origem do Teosofismo como conhecemos hoje é atribuída a Sra. Helena Petrovna Blavatski, nascida na Rússia, mas naturalizada norte-americana.

O Teosofismo teve sua origem no ano de 1875, porém as suas crenças remontam há sécu1os, originárias da Índia e do Tibete.

Era médium espírita c por dez anos esteve sob o domínio de um espírito demoníaco que para enganá-lo dizia chamar-se João King. Com o propósito de propagar sua nova religião Helena viajou por vários países. A princípio esteve no Cairo capital do Egito, onde tentou fundar uma sociedade espírita, mas não conseguiu. Depois foi para Nova York onde se aliou com um grupo de médiuns. Como nessa época já se começava a pesquisar as fraudes do Espiritismo, chocada com isto, coadjuvada por outras médiuns, a Sra. Helena Petrovna Blavatski, em 17 de novembro de 1875, fundou a Sociedade Teosófica.

Acompanhada do Cel. Olcott, veterano de Guerra Civil americana ela deixou os EUA em 1882 em direção à Índia a fim de penetrar no conhecimento das crenças hindus e budistas. Os princípios falsamente chamados filosóficos foram tomados emprestados das obras dos filósofos alemães.João Echart e Jacó Boheme.

Desse modo, o Teosofismo, que fora gerado do Espiritismo, cresceu de braços dados com o paganismo oriental, hindu e budista.

Com a morte de Helena, outra mulher chamada Annje Besant (1847 -1933) assumiu a liderança do Teosofismo.

A Teosofia foi principalmente difundida no Brasil através do Professor Henrique José de Souza, fundador em 1924 da Sociedade Espiritualista Dhâranâ, posteriormente denominada Sociedade Teosófica Brasileira em homenagem a Helena Blavatsky, e atualmente chamada de Sociedade Brasileira de Eubiose. Atualmente a Sociedade Teosófica internacional também opera no Brasil, sob o nome de Sociedade Teosófica no Brasil.

No Brasil a Teosofia ganhou novas frentes de estudo ao explorar o conhecimento e a história antiga dos povos nativos brasileiros. O Professor Henrique, recolhendo símbolos e arquétipos antigos formou, no início do século XX, as bases para a Teosofia Brasileira, que é a apresentação dos mesmos arquétipos através da cultura nativa e de civilizações pré-colombianas.

II.      CONCEITOS BÁSICOS

A Teosofia, segundo Blavatsky, é "o substrato e a base de todas as religiões e filosofias do mundo, ensinada e praticada por uns poucos eleitos, desde que o homem se converteu em ser pensador. Considerada do ponto de vista prático, é puramente ética divina" [Blavatsky, Helena. Glossário Teosófico. Editora Ground, sem data, sem local].



Emblema da Sociedade Teosófica, sincretizando diversos conceitos básicos da Teosofia, como os ciclos cósmicos, a eternidade da vida, e a polaridade Espírito-Matéria.

Para os teosofistas este corpus de conhecimento, a Sabedoria Divina, com a ética a ele associada, é tão antigo quanto o mundo, e a rigor é o único conhecimento que vale a pena ser adquirido. Sua realidade e importância são relembradas às pessoas periodicamente, sob diversas denominações e formalizações, adequadas ao espírito de cada época, local e povo para quem é apresentado, e é o tronco vivo e eterno de onde brotam as flores do ensinamento original todas as grandes religiões do mundo, do passado e do presente [Blavatsky, Helena. O que é Teosofia].

Segundo um dos inspiradores do movimento teosófico moderno, o Mestre K.H., a quem Blavatsky dizia seguir, "a Teosofia não é uma nova candidata à atenção do mundo, mas é apenas uma declaração nova de princípios que têm sido reconhecidos desde a infância da humanidade" [K.H. The Mahatma Letters to A. P. Sinnett - Letter 8, de 20 de fevereiro de 1881. Theosophical University Press Edition].

Considera-se que a Teosofia strictu sensu seja isenta de identificação com quaisquer culturas e sociedades específicas, sendo em vez a fonte original do conhecimento divino que verte em uma determinada cultura através dos símbolos e arquétipos próprios daquele povo. Por exemplo, a sabedoria divina foi transmitida à civilização do Egito antigo através dos símbolos, divindades, mitos, alegorias e arquétipos locais, possibilitando a assimilação dos conceitos divinos através desta roupagem. E como no Egito, também nas outras terras, a Grécia antiga, a Babilônia, Tibete, América, Europa e em todas as culturas, independente de terem feito contato entre si, demonstrando que a Teosofia é uma sabedoria que se expressa e pode ser conhecida por diversas fontes.

Quando Blavatsky lançou o movimento teosófico moderno no século XIX valeu-se de uma grande quantidade de elementos da tradição religiosa Hindu, que havia estudado durante sua permanência no Tibete. Assim, sua apresentação compreende uma terminologia muitas vezes baseada no idioma sânscrito, divulgando no ocidente conceitos como Maya (ilusão), Dharma (caminho) e Mahatmas (grandes almas). Outros conceitos fundamentais, conhecidos há milênios no oriente, mas que a Teosofia popularizou no ocidente, são a Reencarnação e o Karma. Mas isso, como já foi exposto, não define a Teosofia como uma filosofia hindu ou oriental, e diversas referências de outras culturas e sistemas, como o Taoísmo, Budismo, Cabala, Cristianismo, Gnose e Hermetismo, remetem a Teosofia à sua essência divina e universal.

Basicamente a Teosofia prega a fraternidade universal, a origem espiritual das formas e dos seres, e a unidade de toda a vida; aponta uma fonte única e eterna para todo conhecimento, demonstra a identidade essencial entre os grandes mitos das culturas mundiais, traça o perfil da estrutura do cosmo e do homem e descreve os mecanismos, suas leis, suas potencialidades e suas transformações ao longo dos éons.

Apesar de recomendar o esforço próprio em busca do crescimento pessoal e uma vigilância incessante contra o auto-engano e a fé cega, ainda assim defende a Revelação, uma vez que declara a existência de mundos e estados de consciência presentemente inacessíveis à pessoa comum. Mas diz que todos seremos capazes de atingi-los um dia, se não nesta vida, numa vindoura. Defende com isso, também a evolução da vida e do Homem, e a existência de Homens Perfeitos, os Mahatmas ou Mestres de Sabedoria. Estes Mestres, uma vez homens imperfeitos como nós, evoluíram para um estágio super-humano, de onde ora velam pela raça humana dando-lhe ensinamento, diretamente ou através dos mensageiros os Profetas e Santos de todas as religiões, e auxílios inumeráveis como agentes da Providência e da Justiça Divinas, e mesmo aparecendo visivelmente entre os irmãos menos evoluídos, quando os tempos o exigem, para dar-lhes conforto, direção e inspiração, e reacender nos corações um amor mais intenso pelo divino.

A Teosofia diz que a fonte de todo mal é a ignorância. O conhecimento, segundo prega, é ilimitado, mas se bem que sua totalidade esteja além do alcance de qualquer ser individual, é em vasta medida acessível a todos através de um longo processo de evolução, aprendizado e aperfeiçoamento, que necessariamente exige múltiplas encarnações, e continua até mesmo para regiões e idades onde a encarnação deixa de ser compulsória e a vida progride de beatitude em beatitude. A Teosofia é uma doutrina essencialmente otimista, pois refuta qualquer condenação eterna e não nega o mundo, ainda que declare que este que vemos e tocamos não é o único nem o maior, mais feliz ou mais desejável, e prevê para todos os seres sem exceção um progresso constante e um destino glorioso e absolutamente feliz. Como todas as grandes doutrinas espirituais, a Teosofia exalta o bem, a paz, o amor, o altruísmo, e promove a cessação da pobreza, da ignorância, da opressão, das discórdias e desigualdades.

Apesar de reconhecer a importância das religiões em estado mais puro como disseminadoras de ensinamentos importantes, não é uma filosofia teísta, se bem que possa ser descrita como panteísta, já que como um dos Mahatmas declara com rigor cartesiano, a existência de Deus como uma entidade distinta do universo dificilmente pode ser provada, mas reconhece níveis diferentes de evolução entre os seres, numa escada graduada que se ergue a alturas insondáveis [Mestre K.H. O que é Deus - A visão de um Mestre de Sabedoria (em inglês)].

III.   ENSINOS DO TEOSOFISMO

A respeito de Deus. Ensina que Deus é impessoal e que a Trindade de Deus é de nomes apenas. É constituída de força, sabedoria, e atividade. Ensina também que Deus é constituído de uma quarta pessoa, essa, porém feminina. Trata-se da matéria que ele se Utiliza para manifestar-se.

1.   A respeito de Cristo.
Firmada na lei do carma, o teosofismo dá uma origem remotíssima a humanidade. Dizem que a humanidade atual é a quinta sub-raça, dando dezoito milhões de anos a humanidade. Dizem eles que cada sub-raça presta a humanidade uma contribuição especial. A contribuição da sub-raça atual é prover o “'Homem Intelectual”. A próxima sub-raça será o “Homem Espiritual”.

Ao iniciar-se cada sub-raça, surge um “Cristo”. Noutras palavras o supremo-mestre encarna em alguém. Por conseguinte a atual sub-raça-trono-ariana já teve até agora cinco “Cristos”, que foram:
- Buda na Índia: (primeira sub-raça).
- Hermes, no Egito (segunda sub-raça).
- Zoroastro, na Pérsia (terceira sub-raça).
- Orfeu, no Egito (quarta sub-raça).
- Jesus, na Palestina (quinta sub-raça).

Segundo o ensino teosófico o mundo está vivendo a sexta sub-raça no novo milênio, isto é, estamos entrando numa “Nova Era”, que segundo o teosofismo é a “Era de Aquários”.

Ora, a sexta sub-raça está para surgir (segundo os teosofistas) e isto significa que teremos mais um “cristo”. E dizem mais, que este novo “cristo” será muito mais poderoso que Nosso Senhor Jesus Cristo, isto porque será o “cristo” da sub-raça espiritual.

Messias na forma grega “Messiah”; Que quer dizer Cristo. Cristo ou Messias é o Filho de Deus o enviado. De origem hebraica Messias significa “ungido”.

“Ele achou primeiro o seu próprio irmão, Simão, a quem disse: Achamos o Messias (que quer dizer Cristo)” (João 1.41). “Eu sei, respondeu a mulher, que há de vir o Messias, chamado Cristo; quando ele vier, nos anunciará todas as coisas” (João 4.25).

Quando falamos do religioso, estamos tratando do espiritual do invisível. Portanto, devemos levar a sério aquilo que falamos ou escrevemos. Quando criamos uma teoria ela deve ter critérios concretos e absolutos para darmos créditos todavia também no espiritual. Se não temos bases concretas são apenas filosofias. Para termos um ensino correto e verdadeiro, nada melhor do que usarmos a Bíblia Sagrada a Palavra do Criador.

O que Jesus diz a respeito dos outros Cristos?
“Todos quantos vieram antes de Mim são ladrões e salteadores, mas as ovelhas não os ouvirão” (Jo 10.8). Aqui Jesus trás uma advertência aos Seus discípulo a com respeito a a todos os cristos que O antecederam e os chama de ladrões e salteadores, ou seja, de falsos cristos.

Mas o que Jesus diz com respeito ao Cristo da Nova Era e que está sendo esperado por muitos nestes últimos dias?

“Eu vim em nome de meu Pai, e não me aceitais, mas se outro vier em seu próprio nome, a esse aceitareis” (Jo 5.43).
O Mestre Jesus, explica que veio em nome do Pai a primeira pessoa da Trindade, o Deus Jeová, mas os judeus não o receberam e o crucificaram. Mas na parte b deste versículo Jesus diz: “Se outro vier em seu próprio nome a esses aceitaríeis”.

Outro se refere ao “cristo” da Nova Era. Como saberemos quem é o verdadeiro Cristo? Precisamos dados concretos para provar quem é realmente o verdadeiro Messias. Portanto precisamos estar fundamentado nas Santas Escrituras para não sermos enganados.

E chegando Jesus as partes Cesaréia de Felipo, interrogou os seus discípulos dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do Homem? E eles disseram: Uns João Batista, outros Elias, e outros Jeremias ou um dos profetas. Disse-lhes Jesus: E vós quem dizeis que Eu sou? E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo o Filho do Deus vivo. E Jesus respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque tu não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai que está nos céus.

“E vós quem dizeis que Eu sou? Os discípulos tinham recebido uma vocação especial de seguir a Cristo (Mt 4.18-22); presenciaram milagres (Mt 8.14-27); fizeram uma viagem missionária (Mt 10.5-15); recebiam muitas instruções em particular (Mt 13). E agora precisariam responder ao próprio Cristo quem Ele era. Portanto, Pedro, falando em nome dos doze e pela revelação de Deus, reconhece Jesus como o “Cristo”, ou seja, o Messias, o Salvador do mundo o Filho de Deus.

Talvez você ainda não conheça Jesus, e quem não conhece certamente terá dúvida se realmente Ele é o verdadeiro Messias ou não. Somente Jesus é o verdadeiro Messias, pois Ele foi o enviado de Deus (Jo 3.16), aquele que morreu e ao terceiro dia ressuscitou (Mt 28; Mc 16.6; Lc 24.39-43; Lc 24.39-43; Jo 2.1,12-14; 1ª Co 15.4-7; Rm 4.24; 1ª Pe 1.21).

O Teosofismo afirma que Jesus e Cristo são pessoas distintas e que Cristo usou o corpo de Jesus quando este abandonou o seu corpo. Que estamos na iminência do surgimento de um novo Cristo que irá surgir com a próxima sub-raça (a sexta) e que este Cristo será muito mais poderoso e irá reunir todas as religiões numa só. Ensina ainda que todos os homens, pela evolução, serão Cristos, todo homem é um Cristo em potencial.

2.   A respeito do homem.
Ensinam que o homem tem dois corpos, um material e outros espiritual. O espírito é constituído das mesmas pessoas da Trindade. O corpo natural teria quatro partes, isto é:
a) Corpo Físico -duplamente constituído, porém, não detalha estas duas partes.
b) Corpo astral -ao qual estão afetos, as emoções e os desejos.
c) Corpo mental -que se ocupa do pensamento. Crêem que o corpo mental pode habitar no mundo mental que é o céu. Esse mundo habitado pelos “devas” (palavra hindu e brâmane) que significa anjos. Daí chamarem o mundo mental de: “devacham”, isto é, lugar dos devas. Desse modo no teosofismo os anjos são espíritos que se aperfeiçoam no mundo astral. Para os teosofistas adiantados o meio de alcançar a perfeição é a prática do voguismo e outros.

3.   A respeito da reencarnação.
“Reencarnação” na linguagem teosófica é chamada “Carma”. É a palavra hindu e brâmane para exprimir a Lei de causa e Efeito. A lei do “Carma” ensina o seguinte: as ações e intenções atuais do homem são feitos daqueles que o procederam e causa das que se seguirão. Firmado nessa crença, o homem pode operar sua salvação com uma certeza matemática mediante o aperfeiçoamento crescente de cada vida que passar aqui. Em busca de apoio espiritual nas Escrituras à lei do Carma, erroneamente lança mão de passagens como Gálatas 6.7 e João 9.2.

IV.   ACERCA DA RAÇA HUMANA

O Teosofismo ensina que o homem é um fragmento divino e seu destino final é voltar para Deus do modo permanente. Isto se chama: NIRVANA, ou seja, o fim das reencarnações. Na linguagem teosófica são os homens divinos, feitos, e perfeitos. São chamados “mahatmas” que significa mestres sábios. Os mahatmas podem viver sempre no céu, mas podem também habitar nos “montes sagrados” do Tibete. Isso fazem para auxiliarem na evolução da humanidade. Um mahatma pode também encarnar-se num teosofista proeminete. Toda sabedoria oculta do Teosofismo deriva desses mahatmas. Há um chefe acima de todas os Mahatmas chamado “Supremo Mestre”. Quando este se encarna, temos um Cristo. Assim sendo, de acordo com o ensino teosófico, todo homem é um Cristo em potencial.

Firmado na lei do carma, o Teosofismo dá à humanidade uma origem remotíssima e pontilhada de detalhes portentosos para impressionar o povo crédulo e sem fé na Palavr de Deus.

REFUTAÇÃO BÍBLICA

1        Grande parte da refutação bíblica que se dá ao Espiritismo, aplica-se de igual modo aqui. Mas aqui estão mais algumas, apropriadas para refutar o ensino teosófico.
2        O teosofismo tem seus fundamentos em princípios oriundos das religiões e filosofias pagãs do oriente, e não nas Escrituras Sagradas (Cf. Is 2.6).
A entrada no reino dos céus não é pela reencarnação ou lei do Carma (MT 7.21; Jo 1.12-13), mas pelo novo nascimento (Jo 3.3).
3.        Mahatmas e Cristos habitam no Tibete, não passa de descabida invenção de ímpios alienados de Deus (Mt 24.24-26).
4.       É Deus quem liberta o homem dos pecados e não da lei do Carma (Is 1.18; 1ª Jo 1.9).

Está bem claro que o Teosofismo tem por base doutrinas de demônios, de acordo co o que escreveu Paulo em 1ª Timóteo 4.1. Este texto bíblico registra que nos últimos tempos surgirão essas “filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo” (Cl 1.8), “filosofias” disseminadas por homens ignorantes do fato de que em Cristo “habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2.9).

Agradecemos a Deus pelo fato de por sua graça, revelada em Jesus Cristo e através da sua Palavra, guardar-nos do embuste do Teosofismo, e fazer-nos perfeito no seu Filho, Ele “que é a cabeça de todo o principado e potestade” (Cl 2.10).

Pr. Elias Ribas

MOONISMO - A IGREJA DA UNIFICAÇÃO



“Igreja da Unificação” é o nome da “Associação do Espírito Santo para a Unificação do Cristianismo Mundial”, fundada em Seul, Coréia, em 1954 por SUN MYUNG MOON, e estabelecida na América em 1973.

Essa seita é também identificada em todo o mundo por diversas frentes, incluindo: One World Crusade; International Cultural Foundation; Creative Community Project; D.C. Striders Track Club; Colegiate Association for the Reserch of Principles (CARP); e muitas outras.

É uma seita que se espalha rapidamente em todo o mundo. Atualmente há muitas tentativas de fixar definitivamente o culto no Brasil. Da parte de muitos críticos, há uma associação bem grande entre o relacionamento de Moon com os seus seguidores e os fanáticos da Guiana em seu relacionamento com seu líder, Jim Jones. Têm os mesmos princípios, como veremos adiante.

I.     HISTÓRICO

De repente, apareceu um homem dizendo-se apto para trazer “novas esperanças” e “uma nova era”. Sun Myung Moon, evangelista, milionário, industrial e fundador da Igreja da Unificação. Nascido na Coréia do Norte em 1920, de pais presbiterianos, Moon começou pregando coisas extraordinárias quando tinha 12 anos. Afirma que em 1936 estava orando num monte quando Jesus Cristo apareceu e lhe disse que havia sido selecionado para uma grande e importante missão. Moon relata que foi chamado para assumir a tarefa de completar o cristianismo inacabado.

Moon afirma que durante nove anos que se seguiram à “revelação”, uma séria de “princípios” lhe foi revelada, o que resultou em sua capacidade de entender claramente a natureza do universo, o significado real da história e a interpretação “real” das parábolas e símbolos bíblicos.

A revelação foi recebida progressivamente através da oração, estudo de todas as escrituras religiosas, meditação, comunicação espiritual com algumas pessoas como Jesus, Moisés e Buda, e direta comunicação com Deus.

No fim deste tempo, os moonitas afirmam que o Reverendo Moon tem sido escolhido para resolver o vasto quebra-cabeças espiritual e trazer a sua revelação para o mundo.

Publicamente, os moonitas relutam em identificá-lo como o “Messias”, o Senhor do Segundo Advento. Em entrevista a uma revista Moon afirmou que era o cabeça da “família perfeita” que Deus quer estabelecer na terra. Tal família falhou com Adão e Eva por causa do pecado, falhou com Jesus e Maria Madalena por causa da morte de Jesus antes de casar, e agora está sendo levantada por ele e sua esposa.

Seus adeptos o chamam “papa Moon” e estão preocupados em ganhar “filhos” para formar a grande família espiritual que dirigirá a terra e unificará todas as formas de culto, complementando o cristianismo que está inacabado, com seus ensinamentos.


II.   ALGUMAS DOUTRINAS

1.   Unificação dom de Deus.
Oram sempre pedindo que a Palavra de Deus, a personalidade e o coração de Deus, os unifiquem com a divindade. Acreditam que através do aperfeiçoamento individual, pode o homem ser um com Deus - a própria essência da divindade.

2.   Propósito da criação.
Crêem que o propósito principal da criação é o de estabelecer a família perfeita. Assim, lutam pelo retorno à glória de Deus como teria havido entre Adão, Eva e seus filhos antes do pecado. Pregam a volta ao estado primitivo e paradisíaco do homem e creem que Moon é o homem escolhido por Deus para formar esta família.

3.   Paz universal.
Pregam a perfeição própria do homem e a paz, liberdade e felicidade. Isto se aplica ao indivíduo, família, sociedade, nação e universo. Todas as coisas devem voltar ao seu estado natural criado por Deus.

4.   Satan - o inimigo.
Dizem que o mundo está nas mãos de Satanás, foi perdido pelo homem que deve lutar para reconquistá-lo.

5.   Oração.
Suas orações são decoradas, chavões ensinados por Moon, verdadeiras lavagens cerebrais que devem ser praticadas pelos seus fiéis. São totalmente destituídas do sabor bíblico e cristão.

6.   Trabalho.
Em suas orações, prometem sempre o trabalho árduo e contínuo em prol do estabelecimento da verdadeira família. Prometem fidelidade absoluta a Moon e aos seus princípios até o fim de suas vidas.

7.   Prometam dar a vida.
Aqui está um grande perigo na fé dos moonitas. Como os adeptos de Jim Jones, prometem dar a própria vida na luta pelos ideais e se responsabilizam totalmente levar a cabo o dever e a missão que lhes foi conferida.

III.  UMA SEITA FALSA

Citamos a seguir mais algumas características da Igreja da Unificação, que comprovam a sua qualidade de seita falsa:

1.   Jesus não é o centro das atenções.
Negam a sua divindade e não o colocam em primeiro lugar no seu culto. Afirmam, em contrapartida, que Moon é o Messias moderno, uma segunda revelação de Cristo.

2.   Tem outras fontes doutrinárias além da Bíblia.
Creem na Bíblia de acordo  com as interpretações de Moon, que afirma ter recebido de Deus a revelação verdadeira e correta interpretação de muitas passagens não compreendidas pelos homens.

3.   Usam de falsa interpretação.
As interpretações fantasiosas de Moon servem apenas para satisfazer suas falsas doutrinas. Moon prega, como todos os seus equivalentes, que a sua interpretação é a única certa, pelo fato de tê-la recebido por “revelação divina”, entretanto, um exame cuidadoso dos seus ensinamentos mostrará a falsidade da declaração.

4.   Dizem serem os únicos certos.
Quem não pertencer à família moonita não poderá ser restaurado. Todas as religiões estão erradas e se não forem unificadas em Moon, serão destruídas.

5.   Ensinam ao homem a desenvolver a sua própria salvação.
Para Moon, salvação, inferno, julgamento e doutrinas básicas do cristianismo não têm o mesmo significado que lhe atribuem todos os cristãos. Ser salvo é mudar a mentalidade para aceitar suas doutrinas, é pertencer ao seu grupo.

6.   São proselitistas.
Fazem seus neófitos, não pregando para os doentes, aflitos e necessitados. Aproveitam a fé das pessoas menos experientes e jogam a rede em qualquer aquário que encontram.

A história de Moon é semelhante a todas aquelas que são contadas pelos fundadores das falsas seitas. Pode-se observar que os princípios são os mesmos:

Foram “iluminados desde crianças”; tiveram uma visão, iluminação, aparição, etc; foram escolhidos para uma “nova missão”; receberam “dons especiais”; se escoram sempre em Buda, Jesus ou Maomé; têm uma mensagem diferente; vão revolucionar o mundo e pretendem encampar todas as religiões.

São sonhos, ilusões. Seus adeptos vivem esse fantasioso sonho e lutam para atrair as pessoas às suas comunidades, onde vivem de ilusão, de máscaras e de fantasia. Até que Cristo, com sua voz compassiva e amorosa seja entronizado em seus corações. Aí deixarão tudo reconhecendo que a verdade é Cristo e que somente na Bíblia podem encontrar a verdadeira revelação de Deus.

Pr. Elias Ribas

FONTE DE PESQUISA


1.      ANTÔNIO GILBERTO, lições bíblicas, 4º trimestre, 1992, CPAD, Rio de Janeiro, RJ.
2.      ANTÔNIO GILBERTO, lições bíblicas, 1º trimestre, 1997, CPAD, Rio de janeiro, RJ.
3.   CLAUDIONOR CORRÊA DE ANDRADE, Dicionário Teológico, p. 286, 8ª Edição, Ed. CPAD, Rio de janeiro, RJ.
4.  CLAUDIONOR CORRÊA DE ANDRADE, Lições Bíblicas, 2ª trimestre de 2008, Ed. CPAD, Rio de janeiro, RJ.
5.  DELVACYR BASTOS, seitas e heresias, Escola Teológica Filadélfia, Cascavel PR - Email- prdelvacyr@hotmail.com.
6.  ELIENAL CABRAL, lições bíblicas, 1º trimestre 2007, Ed. CPAD, Rio de Janeiro RJ.
7.  ELINALDO RENOVATO DE LIMA, lições bíblicas, 3º trimestre 2004, Ed. CPAD, Rio de Janeiro RJ.
8.  ELINALDO RENOVATO DE LIMA, lições bíblicas, 4º trimestre 1991, Ed. CPAD, Rio de Janeiro RJ.
9.  ELIEZER LIRA, lições bíblicas, 1º trimestre de 2006, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
10.  EZEQUIAS SOARES SILVA, lições bíblicas, 2º trimestre de 1997, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
11.   EZEQUIAS SOARES, lições bíblicas, 2ª trimestre de 2006, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
12.  ICP, INSTITUTO CRISTÃ DE PESQUISA, Série Apologética, Volomes I - VI, Site, www.icp.com.br
13.  JOSÉ ELIAS CROCE, Lições bíblicas, 1º trimestre 2000, Ed. Betel.
14.  RAIMUNDO OLIVEIRA, Heresiologia – 2ª Edição – EETAD, São Paulo SP.
15.  RAIMUNDO OLIVEIRA, Lições Bíblicas, 1º Trimestre de 1986, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ.
16.  RELIGIÕES MUNDIAIS, Seminário Teológico AMID, Cascavel, PR - e-mail: se.amid@hotmail.com
17.  SEITAS E HERESIAS, Escola de educação teológica Elohim, São Paulo, SP.
18.  SEITAS E HERESIAS, SEAMID, Cascavel – PR, se.amid@hotmail.com



terça-feira, 30 de abril de 2013

ISLAMISMO



 
I.         INTRODUÇÃO

O Islamismo é a religião dos povos árabes, os quais descendem de Ismael, o filho de Abraão por Agar (Gn 16.15,16). De Ismael descenderam doze príncipes dos povos ismaelitas que ocuparam o Oriente Médio, Ásia, África e parte da Europa (Gn 17.20,21; 25.16).

Hoje o Islamismo propaga-se rapidamente pelo mundo devido a grande imigração dos povos árabes, inclusive para o Brasil, também o seu zelo missionário de fazer prosélitos.   Mesquitas já surgem no Brasil, como é o caso de São Paulo, São José dos Campos, Campo Grande, Brasília etc.

O maior bloco de povos não evangelizado é o islâmico, com mais de 900 milhões de habitantes e cerda de 4.000 etnias, nos cinco continentes.  Oremos intensamente e evangelizemos os povos islâmicos.

II.      HISTÓRICO

1.   O fundador do Islamismo.
O Islamismo foi fundado por Maomé em 622 d.C. na Arábia.  O termo islã significa submissão. Os seguidores são também chamados muçulmanos, que significa “aquele que se submete”.  São ainda chamados maometanos, isto é, seguidores de Maomé.

Em meio a uma conspiração de correligionários, Maomé escapou fugindo para Medina, na Arábia, em 622 d.C. E a hégira (= fuga).  É o marco inicial da religião muçulmana.  A partir daí, Maomé expandiu pelas guerras de conquistas, o domínio árabe, implantando ao mesmo tempo a religião islã.  A isso os árabes chamam de guerra santa. Chegaram a dominar o sul da Europa, inclusive a Península Ibérica. (Este autor visitou demoradamente o célebre castelo de Alhambra, no interior da Espanha, da época do domínio árabe ali, com suas fortificações e edifícios, e ficou muito impressionado com o que viu).

2.   O progenitor do povo árabe.
Os árabes são semitas, parentes próximos dos judeus, pois Ismael (do qual descendem), e Isaque, eram ambos filhos de Abraão. Agar, a mãe de Ismael era egípcia, e, ele por sua vez casou com uma egípcia (Gn 21.9,21). Quando Abraão chegou a Canaã, vindo de Ur dos Caldeus, uma severa fome assolou aquela terra, e ele “desceu” ao Egito, o que não devia ter feito, pois sua chamada era para Canaã, não para o Egito.  No Egito ele teve sérios contratempos, inclusive trouxe de lá uma escrava egípcia, de quem teve Ismael, a conselho de Sara, por ser esta estéril (Gn 12.5-20; 16.1-16).  Tudo isto estava fora da linhagem messiânica traçada por Deus através de Abraão (Gn 18.10-15; Gl 4.22-31).

III.   A VIDA RELIGIOSA DE MAOMÉ

3.   Os primórdios do Islamismo.
Maomé, chamado pelos árabes o profeta do Islamismo, nasceu em 570 d.C. em Meca, Arábia.  Ficou órfão de pai antes de nascer, e, de mãe aos 6 anos. Foi criado, primeiro por seu avô, e depois por um tio.  Pertencia a linha ashemita. Aos 25 anos casou-se com uma viúva de nome Khadijah. Muito cedo ele revelou-se um homem religioso.  Buscava reclusão em cavernas para meditação e jejum. Era chegado a sonhos. A crença que ele tinha de Deus, não se sabe até hoje se provinha do cristianismo ou do judaísmo, ou de ambos.

Maomé cria num só Deus – em árabe Allah. Ele rejeitou o politeísmo idólatra então reinante entre os povos à sua volta. Aos 40 anos, Maomé era um homem voltado para a religião e teve a primeira “visão”, também chamada “revelação”. São estas “revelações” que constituem o Corão (também chamado Alcorão), de que ainda falaremos. Estas “revelações” Maomé as teve até sua morte em 632 d.C. São escritas em forma de versos. Segundo Sir Norman Anderson, um renomado mestre em Islamismo, Maomé dá a entender que duvidava da fonte destas revelações.

4.   A oposição.
A nova religião foi rejeitada a partir da terra natal de Maomé: Meca. Ele e seus seguidores retiram-se para Medina em 16-7-622 d.C. Essa retirada é a hégira, que significa fuga. É o momento decisivo do Islamismo. O calendário muçulmano tem início ai.  Depois o profeta volta a Meca e a conquista pelas armas. Seu plano era um só: unificar os árabes sob um governo teocrático, dizendo ele que esta era a vontade de Deus. O Islamismo propagou-se pela espada, algo que nunca caracterizou o reino de Deus.

5.   A morte de Maomé e o futuro do Islamismo.
Ao morrer em 632, Maomé não deixou diretrizes sobre a sua sucessão. Sucedeu-lhe o califa Abu Bakr que morreu dois anos depois.  Em seguida veio o califa Omar e dois outros: Uthman, e, Alli. Enquanto isso, surgiu dissensões sobre a sucessão dos califas. Uns a queriam por eleição, e outros por sucessão hereditária. Sob o califado de Omar, as fronteiras do mundo islâmico expandiram-se.  Era uma espécie de teocracia em que não havia distinção entre religião e Estado.  Ao chegar ao 4º califa – Alli, acentuou-se a disputa pelo poder e definiram-se as facções religiosas.  A principal facção foi a que resultou do 4º califa, Alli, genro de Maomé, casado com sua filha única – Fátima.  Daí provem o maior grupo islâmico – os sunitas.

Enquanto prosseguiam as disputas em torno a sucessão governamental surgiram ao mesmo tempo conflitos respeito de legislação e teologia.  Uma Segunda facção rival que vem desse tempo são os xiitas que hoje predominam no Irã, sendo seus líderes chamados aiatolás. Uma terceira facção surge-os sufistas, que são os místicos religiosos do islamismo. Estes alegam andar bem perto de Deus mediante seu fervor e zelo religioso e suas orações.

IV.   A FAMÍLIA ISLAMITA

Todo muçulmano deve casar, mesmo os sufistas praticantes do ceticismo religioso. Maomé determinou que o homem case e propague a raça árabe, para desta maneira disseminar o Islamismo.  O homem pode ter até quatro mulheres como esposas legais, contanto que possa sustentá-las e a seus filhos, assim muitos homens casados têm concubinas para terem mais filhos. Portanto o Islamismo não é uma religião bíblica, nem cristã, nem evangélica.  Eles consideram o casamento importante, mas não santificam a união conjugal, uma vez que podem ter várias mulheres.



V.      A RELIGIÃO ISLÃ

O dia santo do Islamismo é a Sexta-feira. Há também um mês santificado: Ramadã, o nono do calendário muçulmano. É o mês do jejum.

Como religião, o Islamismo árabe vem crescendo rapidamente. Várias coisas vêm contribuindo para isso, como passaremos a explicar:

1.      O intercâmbio com as nações do Ocidente.
As nações árabes, antes isoladas por séculos, vêm mais e mais aproximando-se das nações do Novo Mundo.  As razões principais são comércio, indústria, empreendimentos, educação, esporte, diplomacia, com seu aumento de representações e de quadro de pessoal.

2.      Imigração.
Aumentam mais e mais os núcleos árabes em terras do Novo Mundo, trazendo sua cultura, sua língua e sua religião.

3.      Literatura.
As publicações árabes traduzidas estão aumentando por toda a parte, contribuindo decisivamente para o aumento de intercâmbio.

4.      Turismo.
As viagens, no passado demoradas e difíceis sob vários aspectos em relação ao mundo árabe, são hoje facilitadas, em muito contribuindo para aproximação dos árabes entre si e dos demais povos.

5.      Outros pormenores religiosos.
O Islamismo é a religião oficial dos países árabes, daí ela, além do seu papel religiosos, está fortemente ligada a cultura árabe e a política. O Islamismo com facilidade difunde-se, porque não tem iniciação secreta; seu credo e doutrinas são fáceis de se entender; qualquer pessoa interessada pode ingressar na um mah (a congregação local), não existe discriminação racial, nem de cor.  Ela tem um forte chamamento à união universal dos povos.

O Corão (livro) é o manual de doutrina do Islamismo. Tem 144 capítulos (que eles chama surahs).  Parte do Corão foi escrita por Maomé, e o restante foi escrito por seus discípulos após sua morte, porém, como resultado de seus ensinos.  Através dos tempos os dirigentes religiosos foram acrescentando matéria ao Corão, que eles chamam Hadith (significando tradição). O Hadith é para o Corão o que o Talmude é para a Lei, no Judaísmo.  Eles declaram que o Corão foi revelado por Deus, sendo para eles de autoridade divina como a bíblia é para os evangélicos.  Todo assunto de fé e prática de vida entre os muçulmanos depende do Corão.

Outros livros sagrados (porém secundários) são o Torah (a lei de Moisés), o Zabur (os salmos de Davi), o Ingil (o evangelho de Jesus). Ninguém pense que o texto desses outros livros sagrados é idêntico ao das nossas Bíblias; ele tem sido alterado de tal modo que um nosso leitor comum não os reconhecerá. Por outro lado, se um árabe religiosos pegar a Bíblia nossa, ao examinar as seções acima enumeradas, dirá que é falsificada, visto que o texto quase nada tem a ver com os deles.

6.      Maomé.
Segundo o Islamismo, Maomé recebeu revelações únicas de Deus. Ele foi o último e também o perfeito profeta de Deus à humanidade.

7.      As cinco doutrinas fundamentais do Islamismo:
Deus. Existe apenas um verdadeiro Deus que é Allah, e Maomé é o seu profeta. Allah é o único e supremo.  Ele é o criador e único árbitro para salvar o crente da destruição do mundo e colocá-lo no paraíso.

Os anjos. O assunto dos anjos é fundamental na doutrina islâmica.  É artigo de fé que o anjo Gabriel apareceu a Maomé e que foi o instrumento vital na entrega a Maomé, das revelações contidas no Corão. Crêem na realidade de Satanás, bem como em seres espirituais bons e maus que se situam entre os anjos e os homens.

Livros Sagrados. Há quatro livros sagrados, tidos como divinamente inspirados, no Islamismo: O Corão, O Torah, Os Salmos, Os Profetas, e O Evangelho. Os muçulmanos creem que os três últimos estão adulterados pelos judeus e cristãos, e, que o texto que eles têm é o correto (o que é exatamente o contrário, como nos comprova a bibliologia). Também afirmam que sendo o Corão a mais recente e final mensagem de Deus à humanidade ele é superior aos demais livros inspirados do islã.

Os Profetas. O Islamismo crê em numerosos profetas.  Os maiores são Adão, Noé, Abraão, Jesus e Maomé, que é tido como o último e o maior dos profetas.

O Último Dia. Esta é a última das cinco doutrinas fundamentais do Islamismo.  O muçulmano crê que no último dia haverá uma ressurreição e julgamento para todos.  Quem seguiu e obedeceu a Allah como Deus, e a Maomé como seu profeta irá para o céu, chamado no Islamismo de paraíso, um lugar de delícia.  Todos que se opuseram a Allah e a Maomé estarão perdidos e irão para o inferno, onde sofrerão tormento eterno.

Relacionada a esta 5º doutrina básica, está a da predestinação fatalista islâmica, chamada decreto do destino, a qual afirma que todo bem ou mal procede de um decreto divino inevitável.

8.      As cinco colunas da fé, segundo o islamismo.

Trata-se de cinco práticas também fundamentais que todo praticante do Islamismo deve cumprir.  São: O credo, As Orações, As Esmolas, O Jejum, e A Peregrinação a Meca.

Pr. Elias Ribas

sexta-feira, 26 de abril de 2013

A DIVINDADE DE JESUS


Todavia, os títulos e atributos apresentados aqui demonstram que Deus Jeová são nomes polissêmicos. Para conhecermos o texto, é necessário analisar com cuidado a quem se refere: ao Pai, ao Filho ou ao Espírito Santo, uma vez que as três pessoas são chamadas de Deus Jeová. Por causa destes atributos e títulos atribuídos igualmente ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, é que os unicistas ou unitarianos defendem sua doutrina. Por isso, tomamos o cuidado de apresentar esta doutrina dentro da hermenêutica bíblica.

I.         BASE  BÍBLICA

A Bíblia ensina que Jesus é verdadeiro Deus e verdadeiro homem: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, mas o mundo não O conheceu. O Verbo se fez carne, e habitou entre nós. Vimos à glória como do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (João 1.1-3, 14).

O apóstolo João começa seu evangelho denominando Jesus Cristo “O Verbo”, que no grego é logos. Logos para João é uma pessoa, que comunica a realidade de Deus aos homens pela Sua encarnação. Jesus Cristo é O verbo: “Estava vestido com um manto salpicado de Sangue, e o nome pelo qual se chama é o Verbo de Deus” (Ap 19.13).

Jesus é a palavra (“Verbo”) viva (1.1-5). A Bíblia é a palavra escrita (2ª Tm 3.16; 2ª Pe 1.21). Jesus é o “pão da vida” (Jo 6.35) e em Mt 4.4 Ele disse: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus”. Portanto, comemos a sua carne ao receber e obedecer à Palavra de Deus (Jo 6.63).

“O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos apalparam, com respeito ao Verbo da vida” (1ª Jo 1.1).

João afirma o que ouviu e viu junto com os apóstolos, que Jesus Cristo veio em carne. As heresias gnósticas negaram a humanidade real do Senhor. Enquanto que o tema do Evangelho é: “Jesus é o Cristo” (Jo 20.31), o tema desta epistola é: “Cristo é Jesus”.

João afirma novamente que Cristo era o verbo…. a Palavra da vida eterna. O verbo se fez carne e habitou entre nós. Em Jesus, Deus tornou-se humano com a mesma natureza do homem, mas sem pecado. Jesus Cristo tinha duas naturezas, a natureza divina e a natureza humana.

O homem ao pecar procurou esconder sua nudez cobrindo sua nudez com folhas de figueira. Porém, Deus não aceitou as vestimentas que Adão fez para cobrir-se, pois as “folhas de figueira” significam meios humanos para a redenção, como religiões, filosofias, obras e justiça dos homens, que, para o Senhor são como trapo de imundície (Is 30.1; 64.6). A salvação é pela graça (Ef 2.8-9). “Folhas de figueiras” duram pouco e se desfazem, sob o calor do sol. Os recursos humanos que o homem cria para sua própria redenção, são frágeis, e de pouca duração na presença do “Sol da Justiça”, que é Jesus (Ml 4.2; Jo 8.12).

Ao invés de se limitar a proferir juízos inclementes e condenar o casal pecador, como bem mereciam, Deus decidiu encaminhar-lhes um raio de esperança, prometendo um futuro livramento através da semente da mulher, Cristo Jesus.

Deus vestiu-os (Gn 3.21), através de pele de um animal que foi imolado, o qual prefigura a obra de Jesus realizando por nós na cruz (Rm 4.25; 2ª Co 5.14-15).

Acreditamos piamente que a túnica de peles com que Deus vestiu a Adão e sua esposa requereu a imolação dum animal. Sem dúvida alguma houve derramamento de sangue, e aqui o princípio bíblico da substituição começou a ter lugar proeminente no processo redentivo da humanidade. Um animal foi morto para que Adão revivesse espiritualmente. Sem dúvida o sangue daquele animal simbolizava o sangue do Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (Jo 1.29). Por esta razão Deus enviou Seu Filho Jesus ao mundo. O qual sendo Deus tomou forma humana para oferecer em sacrifício sua vida para redenção dos pecadores. A Bíblia diz que o Cordeiro de Deus já tinha sido imolado antes da fundação do mundo. O plano para salvação da humanidade já estava no coração do Pai, do Filho e do Espírito Santo antes da queda do homem.

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16).

Deus enviou de onde? É lógico que Jesus veio do Pai; Pois Jesus estava na criação com o Pai. “Porque eu não tenho falado por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou...” (Jo 12.49). Esta Palavra tira toda a nossa dúvida, pois devemos crer que Jesus é Deus e estava com Deus, e não devemos aceitar as baboseiras dos falsos mestres. Na primeira carta de João ele prescreve dizendo:

Como o efeito do pecado de Adão estendeu-se muito além do primeiro homem, assim Cristo tem um efeito muito além de si mesmo Deus. Jamais algum homem poderia salvar o ser humano, somente Deus através de seu único Filho, Jesus Cristo. “(E a vida se manifestou, e nós a temos visto, e dela damos testemunho, e vô-la anunciamos, a vida eterna, a qual estava com o Pai e nos foi manifestada), o que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo. Estas coisas, pois, vos escrevemos para que a nossa alegria seja completa” (1ª Jo 2-4).

Quem estava com o Pai e nos foi manifesta? Pela Palavra de Deus cremos e afirmamos que o apóstolo do amor está falando do verbo de Deus da pessoa de Jesus Cristo. Para termos a comunhão com a Igreja, é necessário primeiro ter a verdadeira comunhão que é com o Pai e com o Filho… para que a nossa alegria seja completa.

Notemos a semelhança entre o Evangelho de João e sua carta concernente ao Verbo de Deus. Em ambos Cristo é a palavra: a expressão. No evangelho Ele expressa o que Cristo é – é a Palavra de Deus; na epistola Ele expressa o que a vida é – é a Palavra da vida. Se queremos saber o que significa a “vida eterna” podemos vê-la revelada em Cristo. Em resumo podemos dizer que é uma vida de intimidade com o Pai.

Este pequeno capítulo fala muito de comunhão. A palavra significa “comum interesse”, e podemos meditar sobre todos os interesses que temos em comum com o Pai e o Filho.

“Replicou-lhes Jesus: Se Deus fosse, de fato, vosso pai, certamente, me havíeis de amar; porque eu vim de Deus e aqui estou; pois não vim de mim mesmo, mas ele me enviou” (Jo 8.42).

Podemos ver como neste trecho Cristo revela a verdade a respeito do Pai e de si mesmo: “...porque eu vim de Deus” (o pai); “...mas ele me enviou”.

Aqui, Jesus declara um princípio fundamental da salvação, a saber, a evidência de sermos verdadeiros filhos de Deus, (nascidos de novo da parte de Deus) está na nossa demonstração de amor a Jesus. Então, devemos manifestar uma fé sincera e obediente. Do contrário é falsa a nossa fé.

1.   Jesus Criador.
Jesus é incomparável e Criador de tudo quanto existe. Ele, sendo Deus e estava juntamente com o Pai e o Espírito Santo na criação de todas as coisas, as visíveis e as invisíveis. O apóstolo Paulo prescreve em Colossenses 1.16-17: “Pois nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para Ele. 17 Ele é antes de todas as coisas. Nele tudo subsiste”.

Paulo afirma a atividade criadora de Cristo, todas coisas, tanto as materiais, quanto as espirituais. E todas as coisas subsistem e são sustentadas por Ele.

“Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele, iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder; o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir, não só no presente século, mas também no vindouro. E pôs todas as coisas debaixo dos pés, e para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja” (Ef 1.17-22).

Jesus já nasceu como o Cristo de Deus (Lc 2.11). O destruidor é o Diabo, mas Jesus veio para nos trazer vida (Jo 10.10). Jesus de Nazaré continua vivo; foi em seu nome que o coxo foi curado (At 3.6). É o herdeiro e Criador: “Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho. A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo” (Hebreus 1.1-2).

Estes dois primeiros versículos estabelecem o tema principal deste assunto. No passado, o instrumento principal de Deus para Sua revelação foram os profetas, mas agora Ele tem falado, ou se revelado pelo Seu Filho Jesus Cristo, que é supremo sobre todas coisas.

2.    Jesus o Messias do Pai.
O tema central da Bíblia é Jesus Cristo. Negar a divindade de Cristo é negar a autoridade da Bíblia, é o mesmo que se tornar inimigo da cruz. A Bíblia diz que: “Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo” (1ª Co 3.11).

“Reunidos os fariseus, interrogou-os Jesus: Que pensais vós do Cristo? De quem é filho? Responderam-lhe eles: De Davi. Replicou-lhes Jesus: Como, pois, Davi, pelo Espírito, chama-lhe Senhor, dizendo: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés? Se Davi, pois, lhe chama Senhor, como é ele seu filho? E ninguém lhe podia responder palavra, nem ousou alguém, a partir daquele dia, fazer-lhe perguntas” (Mt 22.41-46).

Os fariseus tinham estudado muito sobre a natureza do Messias. Conheciam o Messias como o filho de Davi, mas não o Senhor de Davi e como o Filho de Deus.

Os unicistas têm deturpado o evangelho, seguindo suas ideias e revelações de espíritos enganadores, ludibriando assim a fé de milhares de pessoas e arrastando consigo para o inferno. Se negares a Cristo como Divino é desistir da vida eterna; “Aquele crê no Filho tem a vida eterna, mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece” (Jo 3.36).

A negação da divindade de Jesus é a principal causa que exclui os unicistas do meio evangélico. Ora se Jesus não fosse Deus também não teríamos redenção eterna, nem vitória total contra o mal, nem evangelho nenhum para pregar aos perdidos. Também a Bíblia seria um conjunto de mentiras.

“De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça?” (Hb 10.29).

2.        Os que estão em Cristo Jesus.
“Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1). Paulo acaba de demonstrar que a vida sem a graça de Cristo é derrota, miséria e escravidão do pecado. Agora, em Rm 8, Paulo nos diz que a vida espiritual, a liberdade da condenação, a vitória sobre o pecado e a comunhão com Deus nos vem pela união com Cristo, mediante o Espírito Santo que em nós habita. Ao recebermos o espírito Santo e sermos por Ele dirigidos, somos libertos do poder do pecado e prosseguimos adiante para a glorificação em Cristo. Essa é a vida cristã normal, segundo a plena provisão do evangelho.

II.      PROFECIAS REFERENTES À VIDA E OBRA DE JESUS CRISTO

PROFECIA
ASSUNTO
CUMPRIMENTO
1 Is 7.14 O nascimento virginal de Cristo Mt 1.23
2 Is 40.3 Jesus precedido por João Mt 3.3
3 Is 42.1-4 Revestido com poder do Espírito Santo Mt 12.18,28
4 Is 9.1,2 O ministério de Jesus na Galiléia Mt 4.15
5 Is 53.9 A vida de Jesus sem pecado 1ª Pe 2.22
6 Is 53.4 A cura de enfermos Mt 8.17
7 Is 56.7 A purificação do templo Mt 21.13
8 Is 53.7,8 A morte na cruz I Pe 2.24
9 Is 25.8 A vitória sobre a morte I Co 15.55
10 Is 28.16 A salvação oferecida pela fé Rm 10:.1
11 Is 59.20 A volta de Jesus Rm 11.26
12 Is 45.23 Todo o joelho se dobrará perante Ele Fp 2.10
13 Is 49.1 O nome de Jesus Lc 1.30-33
14 Is 49.2 A Palavra em sua boca tinha poder AP 1.16; 19.15
15 Is 49.6 Luz para os gentios Jo 8.12
16 Is 49.7 Rejeitado por seu povo – Israel Jo 1.10-11
17 Is 49:7 Adorado por todos – glória futura Fp 2.6-9

III.   AS CREDENCIAIS DE JESUS

1        Jesus é salvador?
Jeová é o Salvador (Is 43.11; 45.21; Os 13.4).
Jesus é o Salvador (Tt 1.3-4; 2.13; 3.4-6; 2ª Pe 1.1).

2        Jesus tem autoridade para perdoar pecados?
Jeová perdoa pecados (Is 43.25).
Jesus perdoa pecados (Mc 2.5-10; Lc 5.21-25; 1ª Co 8.12; Ef 4.32).

3        Jesus é preexistente?
Jeová é eterno (Sl 90.2).
Jesus é eterno (Mq 5.2; Jo 1.1; 8.58; Cl 1.17; Hb 7.3).

4        Jesus é o Filho de Deus?
Como os ouvintes entenderam a declaração de Jesus de que Ele era o Filho de Deus? Mateus 16.17 “Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus”. (Outras ref. Jo 5.18; 10.28-33).

IV.   A RESSURREIÇÃO DE JESUS
  • Jesus afirmou que ressuscitaria corporalmente (Mt 12.40; Jo 2.19-22).
  • O corpo de Jesus não foi encontrado no túmulo (Lc 24.1-6).
  • Jesus afirmou aos discípulos que não era um espírito, mas que tinha corpo com carne e osso (Lc 24.36-43).
  • Jesus disse a Tomé para que tocasse nele. Será que Tomé estava sendo enganado por Jesus? (Jo 20.27).
  • Estevão viu Jesus como o Filho do Homem em pé (At 7.55-56). Jesus, como mediador entre Deus e os homens, ratem seu corpo de homem (1ª Tm 2.5).
  • Em Jesus habitava corporalmente toda a plenitude da divindade (Cl 2.9).
Paulo mostra que o fato histórico da ressurreição de Cristo é fundamental ao Evangelho. Sem um Cristo ressurreto, não teríamos Evangelho nenhum para anunciar! “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã a nossa fé. Se mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E ainda mais: os que dormiram em Cristo perecem” (1ª Co 15.14,17-18).

Paulo confessou abertamente que a ressurreição de Cristo era um fato absolutamente fundamental à sua pregação, pois sem essa ressurreição, não havia mensagem alguma de salvação e nem esperança para se pregar.

Cristo fala da sua ressurreição. “Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei” (Jo 2.19). Cristo mesmo afirmou que Sua futura ressurreição seria o sinal pedido pelos judeus.

De todas as religiões existentes no mundo, o cristianismo é a única que teve seu fundador ressurreto. De fato, os primeiros apóstolos demonstravam a autenticidade do cristianismo baseado no fato da ressurreição do Senhor Jesus Cristo. É interessante notar que a maioria das mensagens apresentadas no livro de Atos enfatiza a morte, sepultamento e ressurreição (At 1.22; 4.33; 17.18-31).

1.    O valor da ressurreição.
 Cristo considerou tão importante a Sua ressurreição que permaneceu quarenta dias na terra após ressuscitar para apresentar e mostrar muitas provas incontestáveis. At 1.3 a estes também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas concernentes ao reino de Deus.

Não somente os crentes em Jesus consideram o fato da ressurreição de Cristo como de suprema importância de sua fé, também os inimigos de Cristo se puseram desmentir esse acontecimento, destruiria pela base a fé cristã.

A recusa de muitos em admitir e confessar o fato da ressurreição não é novidade do século XX, pois tal atitude se manifestou logo após a ressurreição do Mestre! Lemos em Mateus 28.12-15 diz: “Reunindo-se eles em conselho com os anciãos, deram grande soma de dinheiro aos soldados, recomendando-lhes que dissessem: Vieram de noite os discípulos d’Ele e o roubaram, enquanto dormíamos. Caso isso chegue ao conhecimento do governador, nós o persuadiremos, e vos poremos em segurança. Eles, recebendo o dinheiro fizeram como estavam instruídos. Esta versão divulgou-se entre os judeus até o dia de hoje”.

Outros indivíduos, não querendo admitir o fato da ressurreição, preferem acreditar que Jesus apenas desmaiou, mas não morreu. Tal teoria não convence as pessoas de mente sadia e bem intencionadas, o mesmo Cristo reapareceu em pleno vigor físico e mental; não estado de fraqueza ou semi-inconsciência. Além disso, os mesmos soldados que crucificaram Jesus cravaram uma lança no Seu lado esquerdo, e observaram que das Suas feridas saíram sangue e água, do qual João foi também testemunha ocular (Jo 19.34-35).

Os fisiologistas dos nossos dias são unânimes em declarar que tal efusão de água e sangue dos órgãos vitais do corpo resulta da morte do organismo previamente ocorrida.

Outros críticos incrédulos preferem dizer que Jesus apareceu apenas em espírito. Porém, Jesus fez questão de comer na presença de muitas testemunhas após Sua ressurreição, comprovando assim a qualidade física do seu corpo ressurreto. “Vede as minhas mãos e os meus pés, que Sou Eu mesmo; apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que Eu tenho” (Lc 24.39).

É mais correto concluir que aqueles que não creem, nem aceitam a ressurreição corporal do Senhor Jesus Cristo, adotam tal atitude para por meio dela tentarem acalmar sua consciência e daí evitarem a responsabilidade de responder à chamada pessoal e insistente de Jesus Cristo em seus corações, para que creiam no Evangelho, se arrependam, abandonem as vis imaginações humanas, as heresias e recebam a salvação que Jesus lhes oferece graciosamente.

2.   A veracidade do relato da ressurreição.
 Havendo examinado vários argumentos contrários à ressurreição, vamos ver as evidências que comprovam a veracidade desse fato histórico.

A.     Túmulo vazio.
“E, olhando, viram que a pedra já estava removida; pois era muito grande. Entrando no túmulo, viram um jovem assentado ao lado direito, vestido de branco; e ficaram surpreendidas e atemorizadas. Ele porém, lhes disse: Não vos atemorize; buscai a Jesus, o Nazareno, que foi crucificado; Ele ressuscitou, não está mais aqui; vede o lugar onde o tinham posto”. Em primeiro lugar, temos a evidência do sepulcro vazio (Mc 16.4-6).

B.     Os lençóis deixados em ordem.

“Ambos corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro; E, abaixando-se, viu os lençóis de linho; todavia não entrou. Então, Simão Pedro, seguindo-o, chegou e entrou no sepulcro. Ele também viu os lençóis” 
( Jo 20.4-6).


Há, em segundo lugar, a evidência da mortalha e toalha de linho que envolveram o corpo de Jesus, deixadas em perfeita ordem dentro do sepulcro. Foram deixadas da maneira que estavam sobre o corpo do Senhor! Pedro e João notaram este fato ao chegarem ao túmulo. Ora se Jesus tivesse simplesmente despertado de um desmaio, ou se Seu corpo tivesse sido roubado às pressas, como explicar os panos mortuários deixados em ordem.

C.     O testemunho dos soldados.
“E eis que houve um grande terremoto; porque um anjo do Senhor desceu do céu, chegou-se, removeu a pedra e assentou-se sobre ela. O seu aspecto era como um relâmpago, e suas vestes, alvas como a neve. E os guardas tremeram espavoridos e ficaram como se estivessem mortos” (Mt 28.2-4).

Em terceiro lugar, ouviu-se, da boca dos próprios guardas, em seu relatório aos anciãos judaicos, o caso da aparição de um fulgurante anjo do Senhor, que removeu a pedra da porta do sepulcro de Jesus. É evidente que Jesus para sair do túmulo não precisava da pedra removida nem de terremotos. O anjo veio e removeu a pedra para que as testemunhas oculares contemplassem o sepulcro vazio, bem como os panos mortuários de Jesus, por Ele deixados em perfeita ordem ao ressuscitar. Ele se levantou e saiu dentre esses panos sem os desarrumar! Aleluia!

D.     Os testemunhos dos discípulos.
Em quarto lugar veremos as palavras do apóstolo Paulo em 1ª Co 15.3-7 “Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras. E que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E apareceu a Cefas e, depois, aos doze. Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem. Depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos”.

Essas são as testemunhas vivas naqueles dias e que atestavam terem visto a Jesus ressurreto durante o período de quarenta dias antes da sua ascensão. Todos os onze apóstolos viram-no e com Ele falaram. Depois um grupo de quinhentas pessoas também viram-no pouco antes da sua ascensão. João afirma claramente (Jo 7.5) que, no início do ministério de Jesus, seus próprios irmãos não criam nEle. Sabemos que eles passaram a crer e permaneceram fiéis a Jesus após Sua ressurreição, pois At 1.14 menciona como estando no cenáculo com os demais discípulos por ocasião do Pentecostes.

Durante os quarenta dias que permaneceu na terra após a Sua ressurreição, Jesus apareceu às seguintes pessoas:

  • A Maria Madalena                                                        Jo 20.11-18
  • Aos dez sob portas fechadas                                        Jo 20.19-23
  • Aos onze, inclusive Tomé                                             Jo 20.26-29.
  • Aos sete, à beira do Mar da Galiléia                             Jo 21.1-14.
  • A Pedro                                                                         Lc 24.34; 1ª Co 15.5.
  • A Maria Madalena e a outra Maria                               Mt 28.1-10.
  • A Joana, Maria e as demais mulheres                           Lc 24.1-10.
  • Aos onze num monte da Galiléia                                  Mt 28.16-17.
  • Aos dois, no caminho de Emaús                                   Lc 24.13-35.
  • Aos quinhentos Galileus                                               1ª Co 15.6.
  • A Tiago                                                                         1ª Co 15.7.
  • A todos os apóstolos                                                     1ª Co 15.7.
  • A Paulo                                                                         1ª Co 15.8; At 9.3-7.
  • A Estevão                                                                     At 7.35-60.

Essa é a relação das verdadeiras Testemunhas de Jesus, porém cabe a cada um escolher em acreditar se as testemunhas-de-jeová os as verdadeiras testemunhas da ressurreição de Cristo.

Pr. Elias Ribas