Todavia, os títulos e atributos apresentados aqui demonstram que Deus Jeová
são nomes polissêmicos. Para conhecermos o texto, é necessário analisar com
cuidado a quem se refere: ao Pai, ao Filho ou ao Espírito Santo, uma vez que as
três pessoas são chamadas de Deus Jeová. Por causa destes atributos e títulos
atribuídos igualmente ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, é que os unicistas
ou unitarianos defendem sua doutrina. Por isso, tomamos o cuidado de apresentar
esta doutrina dentro da hermenêutica bíblica.
I. BASE BÍBLICA
A Bíblia ensina que Jesus é verdadeiro Deus e verdadeiro homem: “No princípio
era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no
princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, mas o mundo não
O conheceu. O Verbo se fez carne, e habitou entre nós. Vimos à glória como do
Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (João 1.1-3, 14).
O apóstolo João começa seu evangelho denominando Jesus Cristo “O Verbo”, que
no grego é logos. Logos para João é uma pessoa, que comunica a realidade de Deus
aos homens pela Sua encarnação. Jesus Cristo é O verbo: “Estava vestido com um
manto salpicado de Sangue, e o nome pelo qual se chama é o Verbo de Deus” (Ap
19.13).
Jesus é a palavra (“Verbo”) viva (1.1-5). A Bíblia é a palavra escrita (2ª Tm
3.16; 2ª Pe 1.21). Jesus é o “pão da vida” (Jo 6.35) e em Mt 4.4 Ele disse: “Nem
só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus”.
Portanto, comemos a sua carne ao receber e obedecer à Palavra de Deus (Jo
6.63).
“O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os
nossos próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos apalparam, com
respeito ao Verbo da vida” (1ª Jo 1.1).
João afirma o que ouviu e viu junto com os apóstolos, que Jesus Cristo veio
em carne. As heresias gnósticas negaram a humanidade real do Senhor. Enquanto
que o tema do Evangelho é: “Jesus é o Cristo” (Jo 20.31), o tema desta epistola
é: “Cristo é Jesus”.
João afirma novamente que Cristo era o verbo…. a Palavra da vida eterna. O
verbo se fez carne e habitou entre nós. Em Jesus, Deus tornou-se humano com a
mesma natureza do homem, mas sem pecado. Jesus Cristo tinha duas naturezas, a
natureza divina e a natureza humana.
O homem ao pecar procurou esconder sua nudez cobrindo sua nudez com folhas de
figueira. Porém, Deus não aceitou as vestimentas que Adão fez para cobrir-se,
pois as “folhas de figueira” significam meios humanos para a redenção, como
religiões, filosofias, obras e justiça dos homens, que, para o Senhor são como
trapo de imundície (Is 30.1; 64.6). A salvação é pela graça (Ef 2.8-9). “Folhas
de figueiras” duram pouco e se desfazem, sob o calor do sol. Os recursos humanos
que o homem cria para sua própria redenção, são frágeis, e de pouca duração na
presença do “Sol da Justiça”, que é Jesus (Ml 4.2; Jo 8.12).
Ao invés de se limitar a proferir juízos inclementes e condenar o casal
pecador, como bem mereciam, Deus decidiu encaminhar-lhes um raio de esperança,
prometendo um futuro livramento através da semente da mulher, Cristo Jesus.
Deus vestiu-os (Gn 3.21), através de pele de um animal que foi imolado, o
qual prefigura a obra de Jesus realizando por nós na cruz (Rm 4.25; 2ª Co
5.14-15).
Acreditamos piamente que a túnica de peles com que Deus vestiu a Adão e sua
esposa requereu a imolação dum animal. Sem dúvida alguma houve derramamento de
sangue, e aqui o princípio bíblico da substituição começou a ter lugar
proeminente no processo redentivo da humanidade. Um animal foi morto para que
Adão revivesse espiritualmente. Sem dúvida o sangue daquele animal simbolizava o
sangue do Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (Jo 1.29). Por esta razão
Deus enviou Seu Filho Jesus ao mundo. O qual sendo Deus tomou forma humana para
oferecer em sacrifício sua vida para redenção dos pecadores. A Bíblia diz que o
Cordeiro de Deus já tinha sido imolado antes da fundação do mundo. O plano para
salvação da humanidade já estava no coração do Pai, do Filho e do Espírito Santo
antes da queda do homem.
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para
que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João
3.16).
Deus enviou de onde? É lógico que Jesus veio do Pai; Pois Jesus estava na
criação com o Pai. “Porque eu não tenho falado por mim mesmo, mas o Pai, que me
enviou...” (Jo 12.49). Esta Palavra tira toda a nossa dúvida, pois devemos crer
que Jesus é Deus e estava com Deus, e não devemos aceitar as baboseiras dos
falsos mestres. Na primeira carta de João ele prescreve dizendo:
Como o efeito do pecado de Adão estendeu-se muito além do primeiro homem,
assim Cristo tem um efeito muito além de si mesmo Deus. Jamais algum homem
poderia salvar o ser humano, somente Deus através de seu único Filho, Jesus
Cristo. “(E a vida se manifestou, e nós a temos visto, e dela damos testemunho,
e vô-la anunciamos, a vida eterna, a qual estava com o Pai e nos foi
manifestada), o que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para
que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o
Pai e com seu Filho, Jesus Cristo. Estas coisas, pois, vos escrevemos para que a
nossa alegria seja completa” (1ª Jo 2-4).
Quem estava com o Pai e nos foi manifesta? Pela Palavra de Deus cremos e
afirmamos que o apóstolo do amor está falando do verbo de Deus da pessoa de
Jesus Cristo. Para termos a comunhão com a Igreja, é necessário primeiro ter a
verdadeira comunhão que é com o Pai e com o Filho… para que a nossa alegria seja
completa.
Notemos a semelhança entre o Evangelho de João e sua carta concernente ao
Verbo de Deus. Em ambos Cristo é a palavra: a expressão. No evangelho Ele
expressa o que Cristo é – é a Palavra de Deus; na epistola Ele expressa o que a
vida é – é a Palavra da vida. Se queremos saber o que significa a “vida eterna”
podemos vê-la revelada em Cristo. Em resumo podemos dizer que é uma vida de
intimidade com o Pai.
Este pequeno capítulo fala muito de comunhão. A palavra significa “comum
interesse”, e podemos meditar sobre todos os interesses que temos em comum com o
Pai e o Filho.
“Replicou-lhes Jesus: Se Deus fosse, de fato, vosso pai, certamente, me
havíeis de amar; porque eu vim de Deus e aqui estou; pois não vim de mim mesmo,
mas ele me enviou” (Jo 8.42).
Podemos ver como neste trecho Cristo revela a verdade a respeito do Pai e de
si mesmo: “...porque eu vim de Deus” (o pai); “...mas ele me enviou”.
Aqui, Jesus declara um princípio fundamental da salvação, a saber, a
evidência de sermos verdadeiros filhos de Deus, (nascidos de novo da parte de
Deus) está na nossa demonstração de amor a Jesus. Então, devemos manifestar uma
fé sincera e obediente. Do contrário é falsa a nossa fé.
1. Jesus Criador.
Jesus é incomparável e Criador de tudo quanto existe. Ele, sendo Deus e
estava juntamente com o Pai e o Espírito Santo na criação de todas as coisas, as
visíveis e as invisíveis. O apóstolo Paulo prescreve em Colossenses 1.16-17:
“Pois nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e
invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades.
Tudo foi criado por meio dele e para Ele. 17 Ele é antes de todas as coisas.
Nele tudo subsiste”.
Paulo afirma a atividade criadora de Cristo, todas coisas, tanto as
materiais, quanto as espirituais. E todas as coisas subsistem e são sustentadas
por Ele.
“Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda
espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele, iluminados os
olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual
a riqueza da glória da sua herança nos santos e qual a suprema grandeza do seu
poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder; o qual
exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua
direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestade, e poder,
e domínio, e de todo nome que se possa referir, não só no presente século, mas
também no vindouro. E pôs todas as coisas debaixo dos pés, e para ser o cabeça
sobre todas as coisas, o deu à igreja” (Ef 1.17-22).
Jesus já nasceu como o Cristo de Deus (Lc 2.11). O destruidor é o Diabo, mas
Jesus veio para nos trazer vida (Jo 10.10). Jesus de Nazaré continua vivo; foi
em seu nome que o coxo foi curado (At 3.6). É o herdeiro e Criador: “Havendo
Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos
profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho. A quem constituiu
herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo” (Hebreus 1.1-2).
Estes dois primeiros versículos estabelecem o tema principal deste assunto.
No passado, o instrumento principal de Deus para Sua revelação foram os
profetas, mas agora Ele tem falado, ou se revelado pelo Seu Filho Jesus Cristo,
que é supremo sobre todas coisas.
2. Jesus o Messias do Pai.
O tema central da Bíblia é Jesus Cristo. Negar a divindade de Cristo é negar
a autoridade da Bíblia, é o mesmo que se tornar inimigo da cruz. A Bíblia diz
que: “Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o
qual é Jesus Cristo” (1ª Co 3.11).
“Reunidos os fariseus, interrogou-os Jesus: Que pensais vós do Cristo? De
quem é filho? Responderam-lhe eles: De Davi. Replicou-lhes Jesus: Como, pois,
Davi, pelo Espírito, chama-lhe Senhor, dizendo: Disse o Senhor ao meu Senhor:
Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus
pés? Se Davi, pois, lhe chama Senhor, como é ele seu filho? E ninguém lhe podia
responder palavra, nem ousou alguém, a partir daquele dia, fazer-lhe perguntas”
(Mt 22.41-46).
Os fariseus tinham estudado muito sobre a natureza do Messias. Conheciam o
Messias como o filho de Davi, mas não o Senhor de Davi e como o Filho de
Deus.
Os unicistas têm deturpado o evangelho, seguindo suas ideias e revelações de
espíritos enganadores, ludibriando assim a fé de milhares de pessoas e
arrastando consigo para o inferno. Se negares a Cristo como Divino é desistir da
vida eterna; “Aquele crê no Filho tem a vida eterna, mas aquele que não crê no
Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece” (Jo 3.36).
A negação da divindade de Jesus é a principal causa que exclui os unicistas do
meio evangélico. Ora se Jesus não fosse Deus também não teríamos redenção
eterna, nem vitória total contra o mal, nem evangelho nenhum para pregar aos
perdidos. Também a Bíblia seria um conjunto de mentiras.
“De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que
calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi
santificado, e ultrajou o Espírito da graça?” (Hb 10.29).
2. Os que estão em Cristo Jesus.
“Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm
8.1). Paulo acaba de demonstrar que a vida sem a graça de Cristo é derrota,
miséria e escravidão do pecado. Agora, em Rm 8, Paulo nos diz que a vida
espiritual, a liberdade da condenação, a vitória sobre o pecado e a comunhão com
Deus nos vem pela união com Cristo, mediante o Espírito Santo que em nós
habita. Ao recebermos o espírito Santo e sermos por Ele dirigidos, somos
libertos do poder do pecado e prosseguimos adiante para a glorificação em
Cristo. Essa é a vida cristã normal, segundo a plena provisão do evangelho.
II. PROFECIAS REFERENTES À VIDA E OBRA DE JESUS CRISTO
N°
|
PROFECIA
|
ASSUNTO
|
CUMPRIMENTO
|
1 | Is 7.14 | O nascimento virginal de Cristo | Mt 1.23 |
2 | Is 40.3 | Jesus precedido por João | Mt 3.3 |
3 | Is 42.1-4 | Revestido com poder do Espírito Santo | Mt 12.18,28 |
4 | Is 9.1,2 | O ministério de Jesus na Galiléia | Mt 4.15 |
5 | Is 53.9 | A vida de Jesus sem pecado | 1ª Pe 2.22 |
6 | Is 53.4 | A cura de enfermos | Mt 8.17 |
7 | Is 56.7 | A purificação do templo | Mt 21.13 |
8 | Is 53.7,8 | A morte na cruz | I Pe 2.24 |
9 | Is 25.8 | A vitória sobre a morte | I Co 15.55 |
10 | Is 28.16 | A salvação oferecida pela fé | Rm 10:.1 |
11 | Is 59.20 | A volta de Jesus | Rm 11.26 |
12 | Is 45.23 | Todo o joelho se dobrará perante Ele | Fp 2.10 |
13 | Is 49.1 | O nome de Jesus | Lc 1.30-33 |
14 | Is 49.2 | A Palavra em sua boca tinha poder | AP 1.16; 19.15 |
15 | Is 49.6 | Luz para os gentios | Jo 8.12 |
16 | Is 49.7 | Rejeitado por seu povo – Israel | Jo 1.10-11 |
17 | Is 49:7 | Adorado por todos – glória futura | Fp 2.6-9 |
III. AS CREDENCIAIS DE JESUS
1 Jesus é salvador?
Jeová é o Salvador (Is 43.11; 45.21; Os 13.4).
Jesus é o Salvador (Tt 1.3-4; 2.13; 3.4-6; 2ª Pe 1.1).
2 Jesus tem autoridade para perdoar pecados?
Jeová perdoa pecados (Is 43.25).
Jesus perdoa pecados (Mc 2.5-10; Lc 5.21-25; 1ª Co 8.12; Ef 4.32).
3 Jesus é preexistente?
Jeová é eterno (Sl 90.2).
Jesus é eterno (Mq 5.2; Jo 1.1; 8.58; Cl 1.17; Hb 7.3).
4 Jesus é o Filho de Deus?
Como os ouvintes entenderam a declaração de Jesus de que Ele era o Filho de
Deus? Mateus 16.17 “Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas,
porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus”.
(Outras ref. Jo 5.18; 10.28-33).
IV. A RESSURREIÇÃO DE JESUS
- Jesus afirmou que ressuscitaria corporalmente (Mt 12.40; Jo 2.19-22).
- O corpo de Jesus não foi encontrado no túmulo (Lc 24.1-6).
- Jesus afirmou aos discípulos que não era um espírito, mas que tinha corpo com carne e osso (Lc 24.36-43).
- Jesus disse a Tomé para que tocasse nele. Será que Tomé estava sendo enganado por Jesus? (Jo 20.27).
- Estevão viu Jesus como o Filho do Homem em pé (At 7.55-56). Jesus, como mediador entre Deus e os homens, ratem seu corpo de homem (1ª Tm 2.5).
- Em Jesus habitava corporalmente toda a plenitude da divindade (Cl 2.9).
Paulo mostra que o fato histórico da ressurreição de Cristo é fundamental ao
Evangelho. Sem um Cristo ressurreto, não teríamos Evangelho nenhum para
anunciar! “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã a nossa fé. Se
mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não
ressuscitou, é vã a nossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E ainda
mais: os que dormiram em Cristo perecem” (1ª Co 15.14,17-18).
Paulo confessou abertamente que a ressurreição de Cristo era um fato
absolutamente fundamental à sua pregação, pois sem essa ressurreição, não havia
mensagem alguma de salvação e nem esperança para se pregar.
Cristo fala da sua ressurreição. “Destruí este santuário, e em três dias o
reconstruirei” (Jo 2.19). Cristo mesmo afirmou que Sua futura ressurreição seria
o sinal pedido pelos judeus.
De todas as religiões existentes no mundo, o cristianismo é a única que teve
seu fundador ressurreto. De fato, os primeiros apóstolos demonstravam a
autenticidade do cristianismo baseado no fato da ressurreição do Senhor Jesus
Cristo. É interessante notar que a maioria das mensagens apresentadas no livro
de Atos enfatiza a morte, sepultamento e ressurreição (At 1.22; 4.33;
17.18-31).
1. O valor da ressurreição.
Cristo considerou tão importante a Sua ressurreição que permaneceu quarenta
dias na terra após ressuscitar para apresentar e mostrar muitas provas
incontestáveis. At 1.3 a estes também, depois de ter padecido, se apresentou
vivo, com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante quarenta dias e
falando das coisas concernentes ao reino de Deus.
Não somente os crentes em Jesus consideram o fato da ressurreição de Cristo
como de suprema importância de sua fé, também os inimigos de Cristo se puseram
desmentir esse acontecimento, destruiria pela base a fé cristã.
A recusa de muitos em admitir e confessar o fato da ressurreição não é
novidade do século XX, pois tal atitude se manifestou logo após a ressurreição
do Mestre! Lemos em Mateus 28.12-15 diz: “Reunindo-se eles em conselho com os
anciãos, deram grande soma de dinheiro aos soldados, recomendando-lhes que
dissessem: Vieram de noite os discípulos d’Ele e o roubaram, enquanto dormíamos.
Caso isso chegue ao conhecimento do governador, nós o persuadiremos, e vos
poremos em segurança. Eles, recebendo o dinheiro fizeram como estavam
instruídos. Esta versão divulgou-se entre os judeus até o dia de hoje”.
Outros indivíduos, não querendo admitir o fato da ressurreição, preferem
acreditar que Jesus apenas desmaiou, mas não morreu. Tal teoria não convence as
pessoas de mente sadia e bem intencionadas, o mesmo Cristo reapareceu em pleno
vigor físico e mental; não estado de fraqueza ou semi-inconsciência. Além disso,
os mesmos soldados que crucificaram Jesus cravaram uma lança no Seu lado
esquerdo, e observaram que das Suas feridas saíram sangue e água, do qual João
foi também testemunha ocular (Jo 19.34-35).
Os fisiologistas dos nossos dias são unânimes em declarar que tal efusão de
água e sangue dos órgãos vitais do corpo resulta da morte do organismo
previamente ocorrida.
Outros críticos incrédulos preferem dizer que Jesus apareceu apenas em
espírito. Porém, Jesus fez questão de comer na presença de muitas testemunhas
após Sua ressurreição, comprovando assim a qualidade física do seu corpo
ressurreto. “Vede as minhas mãos e os meus pés, que Sou Eu mesmo; apalpai-me e
verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que Eu tenho”
(Lc 24.39).
É mais correto concluir que aqueles que não creem, nem aceitam a ressurreição
corporal do Senhor Jesus Cristo, adotam tal atitude para por meio dela tentarem
acalmar sua consciência e daí evitarem a responsabilidade de responder à chamada
pessoal e insistente de Jesus Cristo em seus corações, para que creiam no
Evangelho, se arrependam, abandonem as vis imaginações humanas, as heresias e
recebam a salvação que Jesus lhes oferece graciosamente.
2. A veracidade do relato da ressurreição.
Havendo examinado vários argumentos contrários à ressurreição, vamos ver as
evidências que comprovam a veracidade desse fato histórico.
A. Túmulo vazio.
“E, olhando, viram que a pedra já estava removida; pois era muito grande.
Entrando no túmulo, viram um jovem assentado ao lado direito, vestido de branco;
e ficaram surpreendidas e atemorizadas. Ele porém, lhes disse: Não vos
atemorize; buscai a Jesus, o Nazareno, que foi crucificado; Ele ressuscitou, não
está mais aqui; vede o lugar onde o tinham posto”. Em primeiro lugar, temos a
evidência do sepulcro vazio (Mc 16.4-6).
B. Os lençóis deixados em ordem.
“Ambos corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa do que
Pedro e chegou primeiro ao sepulcro; E, abaixando-se, viu os lençóis de linho;
todavia não entrou. Então, Simão Pedro, seguindo-o, chegou e entrou no sepulcro.
Ele também viu os lençóis”
( Jo 20.4-6).
Há, em segundo lugar, a evidência da mortalha e toalha de linho que
envolveram o corpo de Jesus, deixadas em perfeita ordem dentro do sepulcro.
Foram deixadas da maneira que estavam sobre o corpo do Senhor! Pedro e João
notaram este fato ao chegarem ao túmulo. Ora se Jesus tivesse simplesmente
despertado de um desmaio, ou se Seu corpo tivesse sido roubado às pressas, como
explicar os panos mortuários deixados em ordem.
C. O testemunho dos soldados.
“E eis que houve um grande terremoto; porque um anjo do Senhor desceu do céu,
chegou-se, removeu a pedra e assentou-se sobre ela. O seu aspecto era como um
relâmpago, e suas vestes, alvas como a neve. E os guardas tremeram espavoridos e
ficaram como se estivessem mortos” (Mt 28.2-4).
Em terceiro lugar, ouviu-se, da boca dos próprios guardas, em seu relatório
aos anciãos judaicos, o caso da aparição de um fulgurante anjo do Senhor, que
removeu a pedra da porta do sepulcro de Jesus. É evidente que Jesus para sair do
túmulo não precisava da pedra removida nem de terremotos. O anjo veio e removeu
a pedra para que as testemunhas oculares contemplassem o sepulcro vazio, bem
como os panos mortuários de Jesus, por Ele deixados em perfeita ordem ao
ressuscitar. Ele se levantou e saiu dentre esses panos sem os desarrumar!
Aleluia!
D. Os testemunhos dos discípulos.
Em quarto lugar veremos as palavras do apóstolo Paulo em 1ª Co 15.3-7 “Antes
de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos
pecados, segundo as Escrituras. E que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro
dia, segundo as Escrituras. E apareceu a Cefas e, depois, aos doze. Depois, foi
visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive
até agora; porém alguns já dormem. Depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por
todos os apóstolos”.
Essas são as testemunhas vivas naqueles dias e que atestavam terem visto a
Jesus ressurreto durante o período de quarenta dias antes da sua ascensão. Todos
os onze apóstolos viram-no e com Ele falaram. Depois um grupo de quinhentas
pessoas também viram-no pouco antes da sua ascensão. João afirma claramente (Jo
7.5) que, no início do ministério de Jesus, seus próprios irmãos não criam nEle.
Sabemos que eles passaram a crer e permaneceram fiéis a Jesus após Sua
ressurreição, pois At 1.14 menciona como estando no cenáculo com os demais
discípulos por ocasião do Pentecostes.
Durante os quarenta dias que permaneceu na terra após a Sua ressurreição,
Jesus apareceu às seguintes pessoas:
- A Maria Madalena Jo 20.11-18
- Aos dez sob portas fechadas Jo 20.19-23
- Aos onze, inclusive Tomé Jo 20.26-29.
- Aos sete, à beira do Mar da Galiléia Jo 21.1-14.
- A Pedro Lc 24.34; 1ª Co 15.5.
- A Maria Madalena e a outra Maria Mt 28.1-10.
- A Joana, Maria e as demais mulheres Lc 24.1-10.
- Aos onze num monte da Galiléia Mt 28.16-17.
- Aos dois, no caminho de Emaús Lc 24.13-35.
- Aos quinhentos Galileus 1ª Co 15.6.
- A Tiago 1ª Co 15.7.
- A todos os apóstolos 1ª Co 15.7.
- A Paulo 1ª Co 15.8; At 9.3-7.
- A Estevão At 7.35-60.
Essa é a relação das verdadeiras Testemunhas de Jesus, porém cabe a cada um
escolher em acreditar se as testemunhas-de-jeová os as verdadeiras testemunhas
da ressurreição de Cristo.
Pr. Elias Ribas
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