I.
INTRODUÇÃO
O
Islamismo é a religião dos povos árabes, os quais descendem de Ismael, o filho
de Abraão por Agar (Gn 16.15,16). De Ismael descenderam doze príncipes dos
povos ismaelitas que ocuparam o Oriente Médio, Ásia, África e parte da Europa
(Gn 17.20,21; 25.16).
Hoje
o Islamismo propaga-se rapidamente pelo mundo devido a grande imigração dos
povos árabes, inclusive para o Brasil, também o seu zelo missionário de fazer
prosélitos. Mesquitas já surgem no
Brasil, como é o caso de São Paulo, São José dos Campos, Campo Grande, Brasília
etc.
O
maior bloco de povos não evangelizado é o islâmico, com mais de 900 milhões de
habitantes e cerda de 4.000 etnias, nos cinco continentes. Oremos intensamente e evangelizemos os povos
islâmicos.
II.
HISTÓRICO
1. O
fundador do Islamismo.
O
Islamismo foi fundado por Maomé em 622 d.C. na Arábia. O termo islã significa submissão. Os
seguidores são também chamados muçulmanos, que significa “aquele que se
submete”. São ainda chamados maometanos,
isto é, seguidores de Maomé.
Em
meio a uma conspiração de correligionários, Maomé escapou fugindo para Medina,
na Arábia, em 622 d.C. E a hégira (= fuga).
É o marco inicial da religião muçulmana.
A partir daí, Maomé expandiu pelas guerras de conquistas, o domínio
árabe, implantando ao mesmo tempo a religião islã. A isso os árabes chamam de guerra santa.
Chegaram a dominar o sul da Europa, inclusive a Península Ibérica. (Este autor
visitou demoradamente o célebre castelo de Alhambra, no interior da Espanha, da
época do domínio árabe ali, com suas fortificações e edifícios, e ficou muito
impressionado com o que viu).
2. O
progenitor do povo árabe.
Os
árabes são semitas, parentes próximos dos judeus, pois Ismael (do qual
descendem), e Isaque, eram ambos filhos de Abraão. Agar, a mãe de Ismael era
egípcia, e, ele por sua vez casou com uma egípcia (Gn 21.9,21). Quando Abraão
chegou a Canaã, vindo de Ur dos Caldeus, uma severa fome assolou aquela terra,
e ele “desceu” ao Egito, o que não devia ter feito, pois sua chamada era para
Canaã, não para o Egito. No Egito ele
teve sérios contratempos, inclusive trouxe de lá uma escrava egípcia, de quem
teve Ismael, a conselho de Sara, por ser esta estéril (Gn 12.5-20;
16.1-16). Tudo isto estava fora da
linhagem messiânica traçada por Deus através de Abraão (Gn 18.10-15; Gl
4.22-31).
III. A
VIDA RELIGIOSA DE MAOMÉ
3. Os
primórdios do Islamismo.
Maomé,
chamado pelos árabes o profeta do Islamismo, nasceu em 570 d.C. em Meca,
Arábia. Ficou órfão de pai antes de
nascer, e, de mãe aos 6 anos. Foi criado, primeiro por seu avô, e depois por um
tio. Pertencia a linha ashemita. Aos 25
anos casou-se com uma viúva de nome Khadijah. Muito cedo ele revelou-se um
homem religioso. Buscava reclusão em
cavernas para meditação e jejum. Era chegado a sonhos. A crença que ele tinha
de Deus, não se sabe até hoje se provinha do cristianismo ou do judaísmo, ou de
ambos.
Maomé
cria num só Deus – em árabe Allah. Ele rejeitou o politeísmo idólatra então
reinante entre os povos à sua volta. Aos 40 anos, Maomé era um homem voltado
para a religião e teve a primeira “visão”, também chamada “revelação”. São
estas “revelações” que constituem o Corão (também chamado Alcorão), de que
ainda falaremos. Estas “revelações” Maomé as teve até sua morte em 632 d.C. São
escritas em forma de versos. Segundo Sir Norman Anderson, um renomado mestre em
Islamismo, Maomé dá a entender que duvidava da fonte destas revelações.
4. A
oposição.
A
nova religião foi rejeitada a partir da terra natal de Maomé: Meca. Ele e seus
seguidores retiram-se para Medina em 16-7-622 d.C. Essa retirada é a hégira,
que significa fuga. É o momento decisivo do Islamismo. O calendário muçulmano
tem início ai. Depois o profeta volta a
Meca e a conquista pelas armas. Seu plano era um só: unificar os árabes sob um
governo teocrático, dizendo ele que esta era a vontade de Deus. O Islamismo
propagou-se pela espada, algo que nunca caracterizou o reino de Deus.
5. A morte
de Maomé e o futuro do Islamismo.
Ao
morrer em 632, Maomé não deixou diretrizes sobre a sua sucessão. Sucedeu-lhe o
califa Abu Bakr que morreu dois anos depois.
Em seguida veio o califa Omar e dois outros: Uthman, e, Alli. Enquanto
isso, surgiu dissensões sobre a sucessão dos califas. Uns a queriam por
eleição, e outros por sucessão hereditária. Sob o califado de Omar, as
fronteiras do mundo islâmico expandiram-se.
Era uma espécie de teocracia em que não havia distinção entre religião e
Estado. Ao chegar ao 4º califa – Alli,
acentuou-se a disputa pelo poder e definiram-se as facções religiosas. A principal facção foi a que resultou do 4º
califa, Alli, genro de Maomé, casado com sua filha única – Fátima. Daí provem o maior grupo islâmico – os
sunitas.
Enquanto
prosseguiam as disputas em torno a sucessão governamental surgiram ao mesmo
tempo conflitos respeito de legislação e teologia. Uma Segunda facção rival que vem desse tempo
são os xiitas que hoje predominam no Irã, sendo seus líderes chamados aiatolás.
Uma terceira facção surge-os sufistas, que são os místicos religiosos do
islamismo. Estes alegam andar bem perto de Deus mediante seu fervor e zelo
religioso e suas orações.
IV. A
FAMÍLIA ISLAMITA
Todo
muçulmano deve casar, mesmo os sufistas praticantes do ceticismo religioso. Maomé
determinou que o homem case e propague a raça árabe, para desta maneira
disseminar o Islamismo. O homem pode ter
até quatro mulheres como esposas legais, contanto que possa sustentá-las e a
seus filhos, assim muitos homens casados têm concubinas para terem mais filhos.
Portanto o Islamismo não é uma religião bíblica, nem cristã, nem
evangélica. Eles consideram o casamento
importante, mas não santificam a união conjugal, uma vez que podem ter várias
mulheres.
V. A
RELIGIÃO ISLÃ
O
dia santo do Islamismo é a Sexta-feira. Há também um mês santificado: Ramadã, o
nono do calendário muçulmano. É o mês do jejum.
Como
religião, o Islamismo árabe vem crescendo rapidamente. Várias coisas vêm
contribuindo para isso, como passaremos a explicar:
1.
O intercâmbio com as nações do Ocidente.
As
nações árabes, antes isoladas por séculos, vêm mais e mais aproximando-se das
nações do Novo Mundo. As razões
principais são comércio, indústria, empreendimentos, educação, esporte,
diplomacia, com seu aumento de representações e de quadro de pessoal.
2.
Imigração.
Aumentam
mais e mais os núcleos árabes em terras do Novo Mundo, trazendo sua cultura,
sua língua e sua religião.
3.
Literatura.
As
publicações árabes traduzidas estão aumentando por toda a parte, contribuindo
decisivamente para o aumento de intercâmbio.
4.
Turismo.
As
viagens, no passado demoradas e difíceis sob vários aspectos em relação ao
mundo árabe, são hoje facilitadas, em muito contribuindo para aproximação dos
árabes entre si e dos demais povos.
5.
Outros pormenores religiosos.
O
Islamismo é a religião oficial dos países árabes, daí ela, além do seu papel
religiosos, está fortemente ligada a cultura árabe e a política. O Islamismo
com facilidade difunde-se, porque não tem iniciação secreta; seu credo e
doutrinas são fáceis de se entender; qualquer pessoa interessada pode ingressar
na um mah (a congregação local), não existe discriminação racial, nem de
cor. Ela tem um forte chamamento à união
universal dos povos.
O
Corão (livro) é o manual de doutrina do Islamismo. Tem 144 capítulos (que eles
chama surahs). Parte do Corão foi
escrita por Maomé, e o restante foi escrito por seus discípulos após sua morte,
porém, como resultado de seus ensinos.
Através dos tempos os dirigentes religiosos foram acrescentando matéria
ao Corão, que eles chamam Hadith (significando tradição). O Hadith é para o
Corão o que o Talmude é para a Lei, no Judaísmo. Eles declaram que o Corão foi revelado por
Deus, sendo para eles de autoridade divina como a bíblia é para os
evangélicos. Todo assunto de fé e
prática de vida entre os muçulmanos depende do Corão.
Outros
livros sagrados (porém secundários) são o Torah (a lei de Moisés), o Zabur (os
salmos de Davi), o Ingil (o evangelho de Jesus). Ninguém pense que o texto
desses outros livros sagrados é idêntico ao das nossas Bíblias; ele tem sido
alterado de tal modo que um nosso leitor comum não os reconhecerá. Por outro
lado, se um árabe religiosos pegar a Bíblia nossa, ao examinar as seções acima
enumeradas, dirá que é falsificada, visto que o texto quase nada tem a ver com
os deles.
6.
Maomé.
Segundo
o Islamismo, Maomé recebeu revelações únicas de Deus. Ele foi o último e também
o perfeito profeta de Deus à humanidade.
7.
As cinco doutrinas fundamentais do Islamismo:
Deus.
Existe apenas um verdadeiro Deus que é Allah, e Maomé é o seu profeta. Allah é
o único e supremo. Ele é o criador e
único árbitro para salvar o crente da destruição do mundo e colocá-lo no
paraíso.
Os
anjos. O assunto dos anjos é fundamental na doutrina islâmica. É artigo de fé que o anjo Gabriel apareceu a
Maomé e que foi o instrumento vital na entrega a Maomé, das revelações contidas
no Corão. Crêem na realidade de Satanás, bem como em seres espirituais bons e
maus que se situam entre os anjos e os homens.
Livros
Sagrados. Há quatro livros sagrados, tidos como divinamente inspirados, no
Islamismo: O Corão, O Torah, Os Salmos, Os Profetas, e O Evangelho. Os
muçulmanos creem que os três últimos estão adulterados pelos judeus e cristãos,
e, que o texto que eles têm é o correto (o que é exatamente o contrário, como
nos comprova a bibliologia). Também afirmam que sendo o Corão a mais recente e
final mensagem de Deus à humanidade ele é superior aos demais livros inspirados
do islã.
Os
Profetas. O Islamismo crê em numerosos profetas. Os maiores são Adão, Noé, Abraão, Jesus e
Maomé, que é tido como o último e o maior dos profetas.
O
Último Dia. Esta é a última das cinco doutrinas fundamentais do
Islamismo. O muçulmano crê que no último
dia haverá uma ressurreição e julgamento para todos. Quem seguiu e obedeceu a Allah como Deus, e a
Maomé como seu profeta irá para o céu, chamado no Islamismo de paraíso, um
lugar de delícia. Todos que se opuseram
a Allah e a Maomé estarão perdidos e irão para o inferno, onde sofrerão
tormento eterno.
Relacionada
a esta 5º doutrina básica, está a da predestinação fatalista islâmica, chamada
decreto do destino, a qual afirma que todo bem ou mal procede de um decreto
divino inevitável.
8.
As cinco colunas da fé, segundo o islamismo.
Trata-se de
cinco práticas também fundamentais que todo praticante do Islamismo deve
cumprir. São: O credo, As Orações, As
Esmolas, O Jejum, e A Peregrinação a Meca.
Pr. Elias Ribas
O texto é muito bom! Quero fazer uma observação quando o senhor diz que o Califa Ali casou-se com Fatima filha única do Profeta Muhammad SAAS. Na verdade ele teve com sua primeira esposa 06 quatro mulheres (Zainab, Ruqayyah, Umm Kulthum e Fátima) e dois homens (Al-Qasim e Abdullah,) os quais faleceram na primeira infância. Que paz esteja convosco
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