Os sabatistas ensinam que
os homens guardavam o sábado desde os dias de Adão, mas isso contradiz o
registro da própria Bíblia.
Embora seja verdade que o
sábado se originou no final dos seis dias da criação (Gn 2.1-3), ele foi o descanso
de Deus, não do homem. Não há registro em Gênesis de que Deus deu o sábado ao
homem. Os santos em Gênesis construíram altares, oravam, ofereciam sacrifícios,
e dizimavam, mas a Escritura mantém-se silenciosa em relação à guarda do
sábado.
Neemias 9.13-14 diz
claramente que o sábado foi dado pela primeira vez a Israel no deserto:
“E sobre o monte Sinai
desceste, e dos céus falaste com eles, e deste-lhe juízos retos e leis
verdadeiras, estatutos e mandamentos bons. E o teu sábado lhes fizeste
conhecer; e preceitos, estatutos e lei lhes mandaste pelo ministério de Moises,
teu servo” (ACF).
Se Abraão, Isaque e Jacó
guardavam o sábado, seus filhos estariam familiarizados com a prática, mas
Neemias nos diz que este não foi o caso.
Antes do concerto do
Sinai o Criador não instituiu o sábado como dia do Senhor. A única Lei dada
pelo Criador ao homem a princípio foi a que está inserida em Gênesis 2.16-17:
“E
ordenou o Criador ao homem, dizendo: De toda a árvore do
jardim comerás livremente, Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela
não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás”.
Quando o Criador
chamou Abraão e lhe anunciou o Evangelho da salvação, o qual viria a ser
revelado de maneira mais ampla e clara com a vinda de Jesus, nada lhe comunicou
quanto à necessidade de guardar o Sábado, ou a “Lei de Moisés”, como algo
necessário para obter a salvação, conforme Paulo escreveu aos Gálatas:
“Ora, tendo a
Escritura previsto que o Criador havia de justificar pela fé os gentios,
anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Todas as nações serão benditas
em ti” (Gl 3.8).
O SÁBADO ERA UM PACTO ENTRE O CRIADOR E OS
ISRAELITAS
O livro de Êxodo, diz
claramente que o sábado foi um sinal especial entre Deus e Israel. Se o
sábado tivesse sido dado a humanidade em geral após a criação, ele não poderia
ter sido um sinal exclusivo para Israel. O fato é que o sábado pertence à
nação de Israel e não a qualquer outro povo. Também é importante notar que
o sábado será uma eterna possessão de Israel.
“Tu, pois, falarás aos
filhos de Israel e lhes dirás: Certamente, guardareis os meus sábados; pois
é sinal entre mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que eu
sou o SENHOR, que vos santifica. Portanto, guardareis o sábado, porque é santo
para vós outros; aquele que o profanar morrerá; pois qualquer que nele fizer
alguma obra será eliminado do meio do seu povo. Seis dias se trabalhará, porém
o sétimo dia é o sábado do repouso solene, santo ao SENHOR; qualquer que no dia
do sábado fizer alguma obra morrerá. Pelo que os filhos de Israel guardarão o
sábado, celebrando-o por aliança perpétua nas suas gerações. Entre mim e os
filhos de Israel é sinal para sempre; porque, em seis dias, fez o SENHOR os
céus e a terra, e, ao sétimo dia, descansou, e tomou alento” (Êx 31.13-17).
O texto diz claramente que
o sábado foi um sinal especial entre Deus e Israel. Se o sábado tivesse sido
dado a humanidade em geral após a criação, ele não poderia ter sido um sinal
exclusivo para Israel. O fato é que o sábado pertence à nação de Israel e não a
qualquer outro povo. Também é importante notar que o sábado será uma eterna
possessão de Israel (v. 16).
Lembra que Deus é Senhor,
criador de todas as coisas; lembra a sua soberania sobre a criação.
Qualquer pessoa despida de
preconceito, ao examinar o conteúdo de Êxodo 19.1-6, 20-1.17; Dt 5.1-21; 14.1-7
e de outros textos paralelos em todo o Velho Testamento, observará, que a lei
jamais foi outorgada às nações do mundo, e sim, a Israel, mas com vigência
limitada: Até que viesse o descendente a quem se fizera a promessa conforme Gl
3.19. Neste sentido, afirma Paulo enfaticamente: “Ora, as promessas foram a
Abraão e seu descendente” (Gl 3.16).
O fato de o sábado ser
um sinal da aliança entre Deus e o povo judeu, não significa que ele deva ser
guardado apenas estes. O texto inclui a nação israelita em um concerto com
Deus, e não os gentios. A inclusão direta de apenas os judeus nessa específica
aliança é determinada pelo fato de que os israelitas teriam uma função
específica, a função de nação sacerdotal.
“Lembra-te do dia de
sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o
sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu,
nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu
animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro” (Êx 20.8-10).
O significado da palavra
sábado no grego sabbaton, sétimo dia
de cada semana era uma festa sagrada, na qual os israelitas deviam abster-se de
todo trabalho.
A palavra “santificar”,
como usada na Bíblia, significa principalmente separar algo para um uso
especial. (T. P. Simmons, pg. 360). Ou seja, tornar algo santo. E tornar algo
santo significa deixar Deus participar.
Nem tua filha, nem o teu
servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está
dentro das tuas portas
O sábado era parte deste
sistema. Quem quisesse ficar bem com Deus devia guardar o sábado. Quem não o
guardasse seria punido (Ez 18.4, etc.).
A guarda do sábado é sem
dúvida o principal ponto de controvérsia da doutrina do sabatistas.
“Também o SENHOR me
ordenou, ao mesmo tempo, que vos ensinasse estatutos e juízos, para que os
cumprísseis na terra a qual passais a possuir” (Dt 4.14).
“Mas o sétimo dia é o
sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho,
nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu boi, nem o teu
jumento, nem animal algum teu, nem o estrangeiro das tuas portas para dentro,
para que o teu servo e a tua serva descansem como tu; porque te lembrarás que
foste servo na terra do Egito e que o SENHOR, teu Deus, te tirou dali com mão
poderosa e braço estendido; pelo que o SENHOR, teu Deus, te ordenou que
guardasses o dia de sábado” (Dt 5.14-15).
O texto diz que o Senhor Deus tirou Israel do Egito,
deu-lhe uma terra da promessa feita a Abraão.
Antes deu condições, criou o ambiente propício, até o
estrangeiro que entrasse para este território seria bem aventurado guardando o
sábado.
FUNÇÃO SACERDOTAL DO POVO HEBREU
“Agora, se me
obedecerem e cumprirem minha aliança vocês serão o meu povo. O mundo inteiro é
meu, mas vocês serão o meu povo, escolhido por mim. Vocês serão um povo
separado somente para mim e me servirão como sacerdotes” (Êx
19.5-6).
Os judeus seriam para
o Eterno uma nação de sacerdotes, assim como hoje a Igreja é no tempo da graça
(1ª Pe 2.9-10). O Senhor escolhe Abraão e fez-lhe e uma promessa: “Abençoarei
os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão
benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3).
O texto fala de uma
benção espiritual que viria através de um descendente de Abraão. Paulo declara
que esta benção se refere ao evangelho de Cristo oferecido a todas as nações
(Gl 3.8, 14, 16).
ABRANGÊNCIA DO DECÁLOGO
1. No aspecto
restrito.
[...] Dos dez mandamentos,
nove são reinstituídos no Novo Testamento. Seis estão listados por Jesus. Quando
perguntado sobre a porta de entrada na vida eterna, ele recomendou a obediência
aos Dez Mandamentos, enunciando seis deles: “Não matarás, não adulterarás, não
furtarás, não darás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe” e “Amarás o teu
próximo como a ti mesmo” (Mt 19.17-19. cf. Rm 13.9).
A adoração a Deus inclui
os três primeiros mandamentos. O único mandamento que não é reinstituído no
Novo Testamento é precisamente o quarto. Jesus se apresentou como Senhor do
sábado (Mt 12.8). [AZEVEDO Israel Belo. Prazer da Palavra. http://www.prazerdapalavra.com.br/component/content/article/148-capitulo-20/371-odo-208-11-sbado-para-que.html
Acessado dia 04/09/2012].
Os dez mandamentos, sob o
ponto de vista escrito, contém normas relacionadas entre o povo de Israel e o
seu Deus e entre os indivíduos e seu próximo. O decálogo proíbe matar (6º
mandamento). Cristo, doutrinando sobre o assunto, disse que era pecado não só
matar, mas, até, encolerizar-se, sem motivo, contra o seu irmão (Mt 5.22).
Nesse aspecto estrito, tem-se, por exemplo, a guarda literal do sábado como
sétimo dia da semana somente para os judeus foi isso determinado (Êx 31.12-18;
Ez 20.12-13, 20; Cl 2.16-17) e não para todos os povos.
2. No aspecto
amplo.
O decálogo contém normas
que servem para todos os povos, respeitando sua aplicação, de acordo com o
entendimento abrangente dos propósitos nele incluso. Enquanto para os judeus, o
sábado deveria ser observado estritamente, no seu aspecto moral e cerimonial,
para outro povo serve a recomendação quanto a observar um dia de descanso na
semana, para restauração das energias físicas e espirituais, os demais
mandamentos são em essência, o desejável para todos os povos e nações.
3. Os 20 preceitos “morais” que não fazem parte do decálogo.
Os defensores do decálogo
cometem um grande erro ao pensarem que A
LEI MORAL SO SE REFERE AOS DEZ MANDAMENTOS. O decálogo não é o veículo
exclusivo da vontade de Deus.
Descreverei abaixo “20 preceitos morais” retirados do que
eles chamam de LEI DE MOISÉS, a qual atribuem valor inferior a que eles chamam
de lei moral de Deus.
1. Com homem não te
deitarás, como se fosse mulher; abominação é (Lv 18.22).
2. Nem te deitarás com um
animal, para te contaminares com ele; nem a mulher se porá perante um animal,
para ajuntar-se com ele; confusão é (Lv 18.23).
3. Santos sereis, porque
eu, o SENHOR vosso Deus, sou santo (Lv 19.2).
4. Não oprimirás o teu próximo, nem o roubarás; a paga do diarista
não ficará contigo até pela manhã (Lv 19.13).
5. Não amaldiçoarás ao surdo, nem porás tropeço diante do cego; mas
temerás o teu Deus. Eu sou o SENHOR (Lv 19.14).
6. Não farás injustiça no
juízo; não respeitarás o pobre, nem honrarás o poderoso; com justiça julgarás o
teu próximo (Lv 19.15).
7. Não te vingarás nem
guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o SENHOR (Lv
19.18).
8. Como um natural entre
vós será o estrangeiro que peregrina convosco; amá-lo-ás como a ti mesmo, pois
estrangeiros fostes na terra do Egito. Eu sou o SENHOR vosso Deus (Lv 19.34).
9. Diante das cãs te
levantarás, e honrarás a face do ancião; e temerás o teu Deus. Eu sou o SENHOR
(Lv 19.32).
10. Não lhe darás teu
dinheiro com usura, nem darás do teu alimento por interesse (Lv 25.37);
(Falando sobre o sustento do irmão empobrecido).
11. Amarás, pois, o SENHOR
teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças
(Dt 6.5).
12. E estas palavras, que
hoje te ordeno, estarão no teu coração; E as ensinarás a teus filhos e delas
falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e
levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais
entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas
(Dt 6.6-9). (Aqui trata do mandamento
de fazer o que os judeus chamam de tefilim e gravar a lei nos umbrais da casa).
13. Não seguireis outros
deuses, os deuses dos povos que houver ao redor de vós (Dt 6.14).
14. Quando entre ti houver
algum pobre, de teus irmãos, em alguma das tuas portas, na terra que o SENHOR
teu Deus te dá, não endurecerás o teu
coração, nem fecharás a tua mão a teu irmão que for pobre (Dt 15.7).
15. Quando emprestares alguma coisa ao teu
próximo, não entrarás em sua casa, para lhe tirar o penhor (Dt 24.10).
16. Não perverterás o direito do estrangeiro e
do órfão; nem tomarás em penhor a roupa da viúva (Dt 24.17).
17. Não torcerás o juízo, não farás
acepção de pessoas, nem receberás peitas; porquanto a peita cega os olhos dos
sábios, e perverte as palavras dos justos (Dt 16.19).
18. Perfeito serás, como o
SENHOR teu Deus (Dt 18.13).
19. Não seguirás a
multidão para fazeres o mal; nem numa demanda falarás, tomando parte com a
maioria para torcer o direito (Êx 23.2).
20. Também suborno não
tomarás; porque o suborno cega os que têm vista, e perverte as palavras dos
justos (Êx 23.8).
Pr. Elias Ribas