A relação entre Apocalipse 12 e Apocalipse 13 é estreita e
fica ainda mais clara na palavra “dragão”. Satanás surge como dragão e é figura
chave nos dois capítulos. No 12, ele persegue a mulher, no 13 seus líderes são
revelados.
“O Apocalipse 13, deixa claro que
há dois reinos espirituais na Terra, o reino das trevas governado por Satanás e
o reino da luz governado por Cristo Jesus. Eles são incompatíveis um em relação
ao outo, de tal forma que o mundo vive em guerra espiritual. Jesus falou que existem
apenas duas portas: “Uma porta é larga e espaçosa que conduz a condenação
eterna e a outra estreita e apertado o caminho, mas, conduz a vida eterna.” (Mt
7.13,14). Mas para você seguir por esse caminho basta recusar o outro. No evangelho
de João, Jesus nos mostra o caminha que conduz a vida, quando Ele declara
dizendo “Eu sou a porta das ovelhas.” (Jo 10.7). “Eu sou o caminho, a verdade e
a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.” (Jo 14.6). A fidelidade dos
seguidores de Cristo em resistir à tirania de Satanás será reconhecida e
recompensada no Céu. A decisão de cada pessoa determinará o seu destino eterno.
Neste capítulo João
tem a revelação de duas bestas. A besta que emerge do mar e a besta que emerge
da terra. A primeira besta representa um poder político e a segunda besta, um
poder religioso. Elas são aliadas do dragão, Satanás, porém, elas têm
características completamente diferentes. As duas bestas serão duas pessoas que
agirão como a personificação do mal durante a Grande Tribulação. Eles aparecem
sendo lançados “vivos” no lago de fogo, o que indica tratar-se de pessoas: “E a
besta foi presa e, com ela, o falso profeta, que, diante dela, fizera os sinais
com que enganou os que receberam o sinal da besta e adoraram a sua imagem.
Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre.” (Ap
19.20).
Um dos sinais da volta de Jesus é a operação do Anticristo no mundo. O seu governo será mundial e de acordo com o apóstolo João, o espírito dele já está atuando no mundo (1ª Jo 4.3).
I. A DIFERENÇA ENTRE O DRAGÃO E A BESTA QUE EMERGE DO MAR
1. A diferença entre Satanás e o Anticristo.
“Vi emergir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças e, sobre os chifres, dez diademas e, sobre as cabeças, nomes de blasfêmia.” (Ap 13.1).No capítulo 12 e verso 3 de Apocalipse, João viu Satanás o
grande dragão vermelho (Pai), que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as
suas cabeças sete diademas, mas no capítulo 13 e verso 1, o apóstolo vê uma
besta (Anticristo) com sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres, dez
diademas. Vamos analisar uma diferença entre Satanás (o pai) e o Anticristo (o
filho). Note que ambos tinham sete cabeças e dez chifres, a diferença é que
Satanás tem “sete” diademas sobre a cabeça e o Anticristo tem “dez” diademas
sobre os seus chifres. Deste modo, os diademas do dragão eram sete, e os da
besta eram dez.
O dragão tem diademas sobre as sete cabeças. A besta tem
diademas sobre os chifres, que serão identificados como reis que reinariam com
a besta por pouco tempo (17.12).
Bíblia ensina que Deus, sendo um só, é Pai, Filho e Espírito Santo (Jo 14.16, 26; Lc 3.22; Mt 28.19; 2ª Co 13.14; 1ª Jo 5.7). A Bíblia nos mostra no livro de Apocalipse que O dragão reunira uma falsa trindade e por isso ele enviara um falso messias o Anticristo como salvador e redentor da humanidade e uma imitação do Espírito Santo representado pelo falso profeta.
João vê a besta em detalhes, ela tem:
10 chifres. Os chifres
sempre são símbolos do poder terreno. Significa que esta besta tem poder na
terra. Em Apocalipse 17.12, os dez chifres representam os dez reis que irão
entregar o governo para a o Anticristo no tempo de fim. Estes dez reis ou
governos mundiais estarão unidos para oferecerem suporte, poder e autoridade ao
governo da besta.
7 cabeças. Isto pode ser
uma alusão aos sete reinos ou sete
impérios, seis já passaram, mas o sétimo será o império Romano ressurgido. Sete
também simbolizam os sete montes que também prefiguram impérios e reis (Ap
17.9).
10 diademas. Os diademas indicam que a besta é investida de autoridade pelo dragão (cf. Ap 13.4). Porém, o dragão tem sete diademas, ou seja, os sete reinos passados e um ainda futuro que ele exerce toda a autoridade, mas a besta tem dez diademas, uma para cada chifre, portanto, ele terá autoridade máxima durante seu governo. São os reis da terra que usam diademas e ainda sobre as dez cabeças os nomes blasfemos, dos reis em cada uma delas.
2. Quem será o Anticristo. A Bíblia não descreve quem será o Anticristo. Mas, o profeta Daniel ao falar do dele diz: “E não terá respeito aos deuses de seus pais...” (Dn 11.36-39). Esta profecia se cumpriu em partes na vida do Imperador Epifânio um tipo de Anticristo, mas ao dizer “de seus pais...”, Daniel descreve a nacionalidade do Anticristo, isto é, ele será um judeu apóstata, verdadeiro ateísta, que não respeitará o Deus de seus pais (referindo-se ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó, e contra o Senhor falará coisas espantosas). É muito importante sabermos que besta nunca poderia apresentar-se como Messias, ainda que falso, se não fosse um judeu; porque, de outro modo não seria aceito por Israel.
II. A BESTA QUE SOBE DO MAR
No livro do Apocalipse são descritos três símbolos caracterizados como besta de sete cabeças: o dragão vermelho (Ap 12.3), a besta semelhante que se levanta do mar (Ap 13.1) e a besta que se levanta da terra (Ap 13.11). Os elementos visuais e anatômicos desses monstros apocalípticos são os recursos de uma linguagem metafórica empregada na descrição de conflitos de natureza cultural, política e religiosa.O mar nas Escrituras representa as nações e seus governos (Ap
17.5). Dentre vários exemplos podemos citar uma passagem do Profeta Isaías,
onde o rumor dos povos é comparado ao rumor do mar, e a agitação das nações ao
movimento das águas (Is 57.20).
A palavra besta no grego theríon e significa animal
selvagem. Esta palavra foi utilizada no mundo antigo para falar de animais
perigosos ou criaturas terríveis e sobrenaturais. Mas é utilizada também para
falar de pessoas com atitudes bestiais. Isto serve para mostrar a natureza
animalesca, violenta e altiva destas duas bestas, que agirão de forma
implacável e sombria durante a Grande Tribulação.
Em sua visão, o Apóstolo vê uma
besta que se levanta mar. “O texto grego favorece a versão: “E ele se pôs em pé
…’; a ideia é que o dragão, o qual acabou de ser apresentado pelejando contra o
remanescente, ficou em pé na praia, esperando que surgisse essa nova besta que
ele investiria de seu poder e autoridade (v. 2). Satanás é apenas um espírito,
ele necessita de um corpo humano para fazer um médium. Ele só pode executar
todo mal através de um raciocino humano.
Após o arrebatamento da Igreja, o mundo entrará em
desespero, num verdadeiro caos. O pequeno chifre de Daniel (Dn 7.8), o homem de
desolação citado por Jesus (Mt 24.15), o homem da iniquidade citado por Paulo
(2ª Ts 2.3), o Anticristo citado por João (1ª Jo 2.18), e a besta que emerge do
mar são a mesma pessoa.
A besta descrita pelo apóstolo João inspira-se na fera
ilustrada no capitulo 7 de Daniel. Eis que surge do mar (dentre as nações: Is 17.1-13;
Ap 17.15).
Na visão de Daniel capítulo 7, ele vê quatro animais que
fazem alusões aos quatro impérios mundiais que já passaram ao longo da
história. Aqui no Apocalipse, a mensagem é a mesma, de maneira que ela não
simboliza apenas um único império ou governo, mas representa todos os governos
anticristãos que já existiram.
A besta que emerge do mar é o último grande governo mundial
da história e consiste em dez reinos sob o controle do Anticristo. No sonho de
Nabucodonosor revelado ao profeta Daniel no capítulo 2 e verso 41 e 42, ele vê
uma estátua com os dez dedos dos pés, mas
no capítulo 7 e verso 7 e 20, Daniel vê um terrível animal com dez chifres,
porém aqui o profeta João vê uma besta com dez diademas sobre os chifres. Nas
revelações de Daniel e aqui no apocalipse, os números dez também representa dez
reinos ou dez reis. Mas as sete cabeças são sete impérios passada da história
mundial, mas o texto de Apocalipse 17.9, sugere montes onde a segunda besta
estará assentada (Ap 17.9).
A besta será apoiada por todas as nações em troca de
promessas fabulosas de “paz e segurança”. Visto naturalmente, esse reino
oferece paz, mas na realidade, será um reino brutal, animal, evidenciando o
espírito de uma fera (besta).
A Besta que surge do mar refere-se ao Império do Anticristo; ele é assim chamado por duas razões: opõe a Cristo no sentido de resistir e hostilizar, mas também se chama assim porque imitará a Cristo no seu papel de redentor.
1. No sentido figurado como
será esta besta? “E a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os seus
pés, como os de urso, e a sua boca, como a de leão; e o dragão deu-lhe o seu
poder, e o seu trono, e grande poderio.” (V. 2).
No capítulo 7, Daniel ele vê quatro terríveis animais na sua revelação (leão, urso e leopardo e o quarto animal que era terrível, espantoso e muito forte). O profeta acentua que esse quarto animal será muito mais terrível de todos os animais que apareceram antes dele (Dn 7.7). Aqui no Apocalipse, ela possui dez chifres, cobertos de diademas, distribuídos em sete cabeças, as quais estão escritos nomes de blasfêmia. Portanto, o
império da besta neste capítulo, será o surgimento de todos os animais juntos da profecia de Daniel.O leopardo fala de rapidez do Império Grego; o urso
representa a forma feroz do Império Medo-Persa e o leão de soberba, a força e a
rapidez do Império Babilônico, mas o quarto animal ele o chamou de besta.
Certamente isso significa a rapidez, a força e a soberba desse monstro dos
últimos tempos. Aboca de leão fala da autoridade que ele irá receber de Satanás
para guerrear contra os santos na Grande Tribulação. Daniel diz que este animal
era espantoso, terrível e muito
violento, ou seja, o Império Romano que está surgindo, terá todas as
características animalescas de todos os seus percussores. Portanto, esta
besta será uma pessoa cruel como uma fera, que conseguirá o governo político e
religioso do mundo naqueles dias. O Anticristo afirmará ser o Messias
verdadeiro (Mt 24.24) e receberá o trono e autoridade de Satanás para governar
o mundo: “E deu-lhe o dragão o seu poder, o seu trono e grande autoridade” (v.
2).
Esta besta, sendo o último representante dos poderes
gentílicos do mundo (como a grande imagem em seu aspecto final (Dn 2.40-43).
Ela será o último império mundial no tempo do fim, agora revivificada e
restaurada no poder de Satanás, que levantará a sua força contra o Rei dos reis
e encontrará sua ruína nas mãos d’Ele, depois que o Senhor e os seus santos
descerem para reinar sobre a terra.
A besta não é somente uma pessoa, mas ao mesmo também um
reino, um sistema. Trata-se ao mesmo tempo de um reino como também de um líder
mundial. Tanto Daniel com João, mostram o Novo Império Romano constituído a
partir de dez unidades (Dn 7.24). Os dez chifres que Daniel e João virão na
besta são dez reis (governantes) que entregarão o governo mundial ao Anticristo
e unidos governarão com ele. A Bíblia
fala de um governo mundial e absolutamente. Observe as seguintes passagens de
Apocalipse: Vi um animal saindo do mar...”. “O mundo inteiro ficou surpreso e
seguiu o animal...”. E ele recebeu autoridade sobre toda tribo, povo, idioma e
nação (Apocalipse 13.1, 3, 7).
“e o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio.” O Anticristo ao levantar será revestido de todo poder satânico, pois Satanás lhe dará tudo aquilo que quis dar ao Filho de Deus, quando tento Jesus no deserto. “Tudo isso lhe darei se prostrado me adorares” (Mt 4.9).
2. Será ferida de morte. “E vi uma de suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a besta” (v. 3).
Da mesma
maneira o milagre divino da ressureição do Filho ao terceiro dia pelo poder do
Espírito Santo (Rm 8.11), Satanás fará o mesmo com o seu filho Anticristo. Ao
ser golpeado de morte, ressuscitará pelo poder do Dragão. No grego está escrito
“como morto”, Então esta claro que se trata de uma imitação do Cordeiro que foi
morto.
Satanás deu-lhe poder para fazer prodígios. 2ª Tessalonicenses 2 afirma que Deus permitirá que brote no mundo descrente a “operação do erro”. Parecerá ao mundo que o Anticristo foi mortalmente ferido e depois revivificado pelo poder miraculoso de Satanás (2ª Ts 2.9; Ap 17.8). Nesta época Deus permitirá a Satanás, imitar o poder de Cristo, podendo ser este seu principal meio de enganar a raça humana, pois o seu objetivo principal é enganar os homens. “E o mundo irá maravilhar-se com isto e irá adorar a besta: “e toda a terra se maravilhou, seguindo a besta.” (V. 3b).
3. O Dragão é adorado pelos homens. “E adoraram o dragão que deu à besta o seu poder; e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela?” (V. 4).
A expressão
“maravilhou-se” no verso 3, fala não somente de maravilhar-se no sentido de
aplausos e louvores, mas de adoração e endeusamento completos que renderão á
besta e ao dragão, a qual será adorada universalmente, como acontecia aos
antigos reis, que se julgavam ser os deuses supremos de toda a terra. Eles não estão
apenas maravilhados com ele, mas, eles realmente o adoram como deus e também
adoram a besta.
Adoram o Dragão porque deu autoridade a besta. Com isso Satanás alcançou
seu objetivo, excluir toda adoração devida a Cristo. O Dragão e o Anticristo
serão um, pois neste aspecto manifesta-se o motivo da imitação, pois Jesus
afirmou: “Que me vê a mim, vê o Pai” (Jo 14.9); “Eu e o Pai somos um.” (Jo 10.30).
Por isso, eles adorarão tanto o Anticristo quanto o Dragão; a falsa adoração
entrou na igreja cristã depois do século II, quando foram introduzindo culto a ídolos,
imagens, anjos e santos venerados.
João descreve um falso
sistema de adoração que procura tomar o lugar da verdadeira adoração a Deus. Às
vezes, a adoração não é o que parece: os adoradores podem ser enganados,
Satanás é sútil, ele trabalha para perverter adoração devida somente a único
Deus.
O apóstolo Paulo, ao falar
da idolatria aos coríntios, diz o seguinte: “…o ídolo nada é no mundo, e que
não há outro Deus, senão um só. Porque, ainda que haja também alguns que se
chamem deuses, quer no céu, quer na terra (como há muitos deuses e muitos
senhores), todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem
nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós
por ele.” (1ª Co 4.6). Tenha cuidado e faça uma reflexão; a quem você está
adorando!
O falso
milagre levará o mundo a adorá-lo. A religião do Anticristo ensina a
divinização do ser humano ao invés da verdade, que somos pecadores e precisamos
de salvação e que em Cristo Deus se tornou homem (Jo 1.14). O Anticristo
propaga a mentira de que, nele mesmo a humanidade é parte de Deus (2ª Ts 2.4).
Atualmente a Nova Era já enfatiza claramente a doutrina do Anticristo, sem
dúvida preparando as massas para a aceitação posterior e final desta doutrina.
O Anticristo se levantará contra Deus e todos os que se chamam pelo seu nome e ele se assentará como um deus (2ª Ts 2.4). O Anticristo se apresentará como se fosse deus com poder sobrenatural demoníaco (2ª Ts 2.9). Ela é um objeto de adoração mundial e também de adoração individual. O povo terá de escolher entre a nova, religião unifica que o Anticristo implantará, ou crer em Jesus e permanecer fiel. Quem não aceitar o plano do Anticristo e sua marca será morto (Ap 20.4).
4. Blasfemará
contra Deus. “Foi-lhe dada uma boca
que proferia arrogâncias e blasfêmias e autoridade para agir quarenta e dois
meses e abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para lhe difamar o nome e
difamar o tabernáculo, a saber, os que habitam no céu” (vs. 5-6).
Daniel
estava considerando as pontas do quarto animal, em sua visão, quando viu a
saliência da “ponta pequena” sobre as outras pontas “que possuía uma boca que
falava grandiosamente” (Dn 7.8).
João
contempla o cumprimento desta visão na integra: a Besta (a ponta pequena),
arrogante no poder que lhe foi dado, insurge-se com blasfema contra o Todo
poderoso e Sua obra. Ela, em que sua grande campanha, blasfemará com todo o ardor
satânico, com vingança e ódio contra Deus, contra seu nome, contra o
Tabernáculo e contra os que habitam no céu.
Nas ações
iníquas, praticadas pela besta, notam-se as expressões: “foi lhe dada uma
boca”; “deu-lhe poder”; “foi permitido fazer guerra aos santos”; “deu-se lhe
poder sobre toda tribo, língua e nação”. Mas ele só pode ir até onde Deus
permite. Deus não quer que o mundo pereça na obstinação em que tem vivido (Ez
18.23; 1ª Tm 2.4), porém, o homem tem resistido a todos os rogos de Deus em seu
favor (Pv 23.26; Is 1.18; Mt 11.28); por isso Deus vai permitir a toda
humanidade tragar o amargo fruto da sua rebeldia e desobediência. Hoje a porta
da graça está aberta, mas em breve ela será fechada (Mt 25).
A besta terá inigualável habilidade de influenciar as massas humanas,
pelos seus discursos inflamados. Com os modernos meios de comunicação,
alcançará o mundo todo com sua demagogia saturada de poder maligno.
Os seguidores de Cristo, (os que ficaram na Grande Tribulação) que rejeitam essa falsa adoração serão perseguidos por quarenta e dois meses ou 1.260 dias proféticos. Esse será o tempo determinado para atacar os santos, de acordo com a profecia em Daniel 7.25. Ela recebeu toda a medida de poder depois de matar as duas testemunhas (Ap 11.7) ao final dos três anos e meio do ministério delas (v. 3). Os dois números sucessivos somam sete anos, o período total da tribulação.
5. Perseguirá
os santos. “E foi-lhe permitido
fazer guerra aos santos e vencê-los” (v. 7).
Quem são
esses santos. Trata-se de inúmeras pessoas que não subiram no arrebatamento e
também os remanescentes de Israel. O Anticristo não só blasfema contra o
Criador, mas agora persegue com muito ódio os santos. Satanás concede seu poder
ao Anticristo para combater contra Deus e seu povo.
A Grande
Tribulação é esse período de angustia sem igual que envolve o mundo todo, mas
é, especialmente, o tempo de angustia para Jacó (Jr 30.7), tendo por centro
Jerusalém e a Terra Santa. Nessa oportunidade, a besta estará furiosa, lutando
contra os santos, subjugando os seus súditos e desafiando o próprio Céu (v. 6;
Dn 7.25).
Eles não adoram a besta, mas, por serem imponentes diante de todo aquele poderio infernal, não a puderam vencer: foram levados cativos a morte, mas triunfaram na fé e perseveram na confiança do Seu Deus. Os tais santos mortos pela besta são os mártires da Grande Tribulação (Ap 6.9-11; 20.4). O segredo da vitória sobre o poder da besta é dado em Apocalipse 22.11.
6. Escritos
livro da vida. “E adoraram-na todos
os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da
vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.” (V. 8).
Os adoradores do Dragão e da besta, são todos os que rejeitaram a Cristo com salvador (Jo 14.6) e viveram uma vida de pecado (Gl 5.19-21; Ap 22.15; 1ª Co 6.9-10). Porém, os nomes de todos aqueles que uma vez se entregaram a Jesus como único suficiente salvador (Jo 3.16-19; Ap 3.20; Mc 16.16; Ro 10.9-13; Pv 28.13), estão escritos no livro da vida. O apóstolo Pedro declara que o sacrifício do Cordeiro imaculado já estava destinado desde antes da fundação do mundo (1ª Pd 1.18-20) e “pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus.” (Ef 2.8). A salvação é uma decisão pessoal que cada pessoa deve tomar. Vida eterna com Deus ou condenação eterna sem Deus. Em Romanos 9.18 o apóstolo Paulo escreve, “Logo, pois, compadece-se de quem quer e endurece a quem quer.” A misericórdia e a bondade de Deus é o que desperta um indivíduo e o leva ao arrependimento. A única razão pela qual isso é possível é porque Jesus pagou o sacrifício final por todo pecador quando morreu na cruz. Portanto, a escolha é sua.
III. A BESTA QUE SUBIU DA TERRA
1. A segunda besta - o Falso Profeta. “E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão.” (V. 11).
A primeira besta subiu do mar (nações v. 1), o que lembra a agitação e o estado de perturbação e instabilidade dos povos em seus governos políticos (Dn 7.2). A segunda besta subiu da terra. A palavra terra no hebraico erets e também denota um país (Gn 21.32); o chão sobre o qual um homem está (Gn 33.3); os habitantes da terra (Gn 6.1; 11.1); todo o mundo, exceto Israel (2ª Cr 13.9). Terra neste texto nos mostra que a segunda besta também sairá dentre as nações. Se a primeira besta é conhecida pela sua força e seu poder político, a segunda é conhecida pelos milagres que realiza e o poder sobrenatural que demonstra.
2. O que significa Falso Profeta. A palavra profeta no hebraico é Navi e no grego Profhetes e significa: porta voz; aquele que fala por alguém; atalaia. O Falso Profeta no grego. Pseudoprophetes é aquele que agindo como um profeta divinamente inspirado declara falsidades como se fossem profecias divinas.
“A segunda
besta sai da terra (Falso Profeta), é aliada a besta que sai do mar e ao Dragão
formando a trindade satânica. O falso profeta se apresentará a humanidade como
um porta voz de Deus, mas na realidade será um enganador.
O Dragão entrega sua autoridade ao Anticristo assim esta primeira besta reparte seu poder ao Falso Profeta. A atividade do Falso Profeta tem o alvo de levar os homens a adorar o Anticristo (comparar o Espírito Santo que glorifica a Cristo, Jo 6.14 com Ap 13.12), recebe poder sobrenatural para operar milagres e enganar a população pagã do mundo (Ap 13.13,14)”. [Escatologia do Novo Testamento Russel P. Shedd].
3. O Falso
Profeta será um super líder religioso. “E tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro”. Os dois chifres é
símbolo de poder em qualquer sentido, tanto político como religioso, pois no
verso 12 diz que ela exerce a autoridade da primeira besta e compele todos à
adoração da primeira besta “Parecendo cordeiro”, mas falava como dragão.
A segunda
besta também chamado de Falso Profeta (Ap 19.20), simboliza a falsa religião ao
longo dos anos. Ela é descrita como cordeiro, chamativo e aparentemente
inocente, o que indica o seu caráter religioso, que é confirmado pelo seu
título “falso profeta”. Ele será um falso líder religioso que conquistará as
nações, com seus discursos inflamados atrairá a atenção dos homens, mas ela
esconde um dragão por dentro.
Pelos versículos
12 e 15 vê-se que o falso profeta promoverá uma religião universal em torno da
primeira besta. A falsa igreja que podemos chamar de igreja ecumênica, será a
unificação de todas as religiões, desde que creiam em Deus. Sabemos que há um
movimento muito grande em prol do ecumenismo, pois o palco para seus autores já
está sendo montado.
Não é difícil pela luz da Bíblia identificar o falso profeta. Se analisar as igrejas em geral veremos uma que sempre buscou o poder e se coloca como única “igreja” verdadeira. Para sermos bem claro, há algumas “arrogâncias” certos líderes que para Deus são blasfêmias. Por exemplo: sua pretensão de perdoar pecados. Depois da ascensão de nosso Senhor Jesus Cristo, o apóstolo Pedro deixou bem claro que ele (Pedro) não tinha poder para perdoar pecados, que esta é atribuição de Deus (At 8.20-13). Evidentemente ele conhecia o princípio bíblico de que só Deus tem poder de perdoar pecados e que, quem pretende fazê-lo, blasfema (Mc 2.7). Proclama ser cabeça da igreja, usurpando assim a função de Cristo, que é o cabeça do corpo da Igreja (Ef 5.23). Também aceita homenagens que na Bíblia Sagrada são um ato de adoração que corresponde só a Deus. Referimo-nos à prática de ajoelhar-se diante de seus líderes. O apóstolo Pedro proibiu a Cornélio que o fizesse por considerar-se (Pedro) um mero ser humano (Atos 10.25-26). Note que o anjo de Deus, apesar de ser superior a um apóstolo, proibiu a João que se ajoelhasse diante dele, explicando-lhe que isso era um ato de adoração que só corresponde praticar perante Deus (Ap 19.10; 22.8-9). Agora entendemos melhor o que quis dizer o apóstolo Paulo quando escreveu na sua carta que “o homem da iniquidade, o filho da perdição, a ponto de sentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus” (2ª Ts 2.3-4).
“...falava
como dragão”. O povo de Israel
esperava um messias de atitude forte e agressiva e com uma completa liderança
para reinar. Eles queriam que Jesus expulsasse os romanos da Palestina e se
constituísse rei de Israel. E assim Israel esperava um reino material e
poderoso. Foi a maior decepção para eles e seus líderes: Jesus só falava de
coisas espirituais, e de um reino espiritual e santo, que seria formado com
base no sacrifício d’Ele próprio. Isto porque não podiam compreender o plano de
Deus para a salvação de toda a humanidade.
A maneira que o Anticristo e o falso profeta se imporão ao povo de Israel, fazendo ouvir a voz do dragão, revela a sua grande astúcia. Satanás sabe inteiramente, o porquê da rejeição de Jesus e assim inspira o seu representante junto a Israel, para preencher todas as medidas exigidas pela nação. Eis porque lhe será fácil a conquista dos judeus; mas, o verdadeiro Israel, os assinalados, serão libertos dos ardis satânicos.
4. O falso
profeta operar sinais e maravilha.
“E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença e faz que a terra e os
que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada. E faz
grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos
homens. 14- E engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido
que fizesse em presença da besta, dizendo aos que habitam na terra que fizessem
uma imagem à besta que recebera a ferida de espada e vivia.” (V. 12-14).
“Será um
milagreiro. “E exerce todo o poder
da primeira besta na sua presença” (v. 12b). Aqui fica demonstrada a aliança
entre o Anticristo e o falso profeta, pela ação dos milagres que opera. Para os
judeus o falso milagre operado pelo falso profeta será considerado um milagre
da parte de Deus.
O Falso
Profeta, esse líder religioso obterá poder satânico, e irá convencer as pessoas
através de sinais, milagres e prodígios mentirosos. Paulo diz que o Falso
Profeta irá fazer fogo cair do céu: “a esse cuja vinda é segundo a eficácia de
Satanás, com todo o poder, e sinais, e prodígios de mentira, e com todo engano
da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor de verdade para
se salvarem” (2ª Ts 2.9-10).
“até fogo faz
descer do céu à terra”. Este é o
mesmo milagre que as duas testemunhas realizam, e que Elias realizou no monte
Carmelo. Esta besta será um imitador do verdadeiro, porque ele irá realizar
milagres pelo espírito demoníaco, assim como os dos magos egípcios. O Falso
Profeta usará o poder satânico para manipular as pessoas, chamando a atenção
para si e assim promover os planos malignos e muitos serão enganados.
Embora não passe de um embuste, seus milagres e prodígios serão de tal forma grandiosos que até fogo fará descer do céu (2ª Ts 2.9; Ap 13.13). O apóstolo Paulo chama seus milagres de mentirosos. Ele realizará dois grandes sinais. O primeiro será uma falsa ressurreição: fará com que o Anticristo, dado como morto num possível atentado, volte à vida (Ap 13.3). Diante do acontecido, a humanidade exclamará: “Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela?” (Ap 13.4).
5. Governo
ditatorial. “E foi-lhe concedido
que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse
e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta.” (V. 15).
A segunda
besta liderará uma falsa igreja que adorará o Anticristo e tem sua marca. Isso
será efetuado mediante grandes sinais e maravilhas (2ª Ts 2.9).
Se o
primeiro sinal causou admiração e espanto, o que não diremos do segundo? Ele
ordenará aos que habitam na terra que ergam uma imagem à besta que sobrevivera
à ferida mortal e coloquem no novo templo de Jerusalém. Em seguida, dará vida à
estátua, que se porá a falar (Ap 13.14,15).
O Senhor
Jesus profetizou isso no Seu evangelho: “Quando, pois, virdes que a abominação
da desolação de que falou o profeta Daniel, estiver no lugar Santo quem lê que
entenda” (Mt 24.15). E concernente a isto Daniel diz assim: “Ele firmará um
concerto com muitos por uma semana, e na metade da semana fará cessar os
sacrifícios e as ofertas de manjares, e sob a asa das abominações virá o
assolador” (Dn 9.27).
Em Mateus
24.15, Jesus estava falando uns 200 anos depois que a abominação da desolação
descrita pelo profeta Daniel. Então, Jesus estava profetizando que em algum
tempo futuro uma outra abominação da desolação iria acontecer no Templo de
Jerusalém. A maioria dos intérpretes das profecias bíblicas acreditam que Jesus
estava se referindo ao Anticristo, que vai fazer algo muito parecido ao que
Antióquio Epifanes fez. Isso é confirmado pelo fato de que parte do que Daniel
profetizou em Daniel 9.27 não ocorreu em 167 A.C., com Antióquio Epifanes.
Antióquio não confirmou uma aliança com Israel por sete anos, nem Nero ou outro
Imperador Romano, pois nesse tempo a nação de Israel estava sem pátria e
espalhada pelo mundo. Todavia, é o Anticristo que, no final dos tempos, vai
estabelecer uma aliança com Israel por sete anos e então será quebrada ao fazer
algo parecido com a abominação da desolação no Templo de Jerusalém.
Esse
“sinal”, visível, relaciona-se primeiramente com a profanação do templo judaico
daqueles dias em Jerusalém, pelo Anticristo. Ele, também chamado o homem do
pecado, colocará uma imagem dele mesmo no templo de Deus, declarando ser ele
mesmo Deus (2ª Ts 2.3,4; Ap 13.14,15).
Os antigos
imperadores exigiam a adoração de seus súditos e consideravam-se deuses. Os
magos e falsos profetas mantinham esta adoração supersticiosa aos imperadores
(conf. At 13.6-12; 2ª Tm 3.8), erigiam suas imagens, colocando-as nos templos
de seus deuses para serem adorados. Assim procederá a segunda besta, exercendo
a sua função de falso profeta. E por fim, será lançado um decreto ordenando a
morte de todos que recusarem a adorar o governo mundial e sua imagem. Noutras
palavras, muitos que resistirem ao Anticristo e permanecerem fiéis a Jesus,
selarão sua fé com suas vidas.
Todos os cristãos que desejam ficar fiéis a Jesus nesse Tempo do Fim, e que estiverem vivendo todos os eventos anunciados profeticamente em Apocalipse 13.11 a 18, passarão por severas perseguições e provas de até onde vai sua declarada fé em Jesus. É preciso que cada crente em Jesus se deixe guiar pelo Espírito Santo, cumprindo a profecia de Apocalipse 14.12.
6. A marca da besta. “E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na mão direita ou na testa, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome. Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, porque é número de homem e o seu número é seiscentos e sessenta e seis.” (Vs. 16-18).
O trabalho
do Falso Profeta vai se desenvolvendo sorrateiramente. Primeiro ele realiza
grandes proezas e milagres. Em seguida ele ordena que as pessoas adorem a
imagem da besta que subiu do mar. E por fim, ordena que todos recebam a marca
da besta sobre a mão direita ou na fronte, como sinal de lealdade e qualquer um
que não adorar a primeira besta será morto.
Hoje já está
sendo instalado sorrateiramente um sistema ditatorial sobre as nações, mas nada
se compara com o que está por vir. Naquele dia esse poder será totalitário,
ditatorial e brutal onde ricos e pobres livre os servo serão obrigados a receberem
a marca da besta.
Após a
pandemia do Corona Vírus e a guerra da Ucrânia, o caos econômico, o terrorismo e
a violência estão levando o mundo para um caos, assim contribuindo para um
governo único e uma só religião. Uma sociedade sem dinheiro, onde instituições
financeiras interligadas, os governantes controlarão toda a humanidade através
da tecnologia por um curto período de tempo chamado “A Grande Tribulação”.
O Anticristo
terá o total controle econômico do mundo. Todo o mundo será obrigado a adorá-lo
e receber um sinal na mão ou na testa, a fim de poder comprar ou vender,
identificando, assim, os adeptos dessa religião mundial do Anticristo. Quem se
recusar a aceitar o sinal será procurado e morto: “E vi tronos; e assentaram-se
sobre eles aqueles a quem foi dado o poder de julgar. E vi as almas daqueles
que foram degolados pelo testemunho de Jesus e pela palavra de Deus, e que não
adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam o sinal na testa nem na sua
mão; e viveram e reinaram com Cristo por mil anos” (Ap 20.4).
Esta multidão incontável pode referir-se aqueles que, então, guardaram sua fé e confessarem a Cristo como seu messias durante a Grande Tribulação. Note que eles serão perseguidos e mortos pelo próprio Anticristo e o Falso Profeta. Mas aquele que irão aceitar a marca da besta deve dizer que não terá o seu nome escrito no livro da vida e no juízo final serão condenados e lançados no lago de fogo (Ap 20.15).
O significa
da palavra marca ou sinal na mão direita ou na testa. A palavra aqui traduzida como “marca” “charagma”
– ocorre apenas em um lugar no Novo Testamento, exceto no Livro do Apocalipse e
Atos, onde é traduzido como “esculpido.” Em todos os outros lugares onde é
encontrado (Ap 13.16-17; Ap 14.9; Ap 14.11; Ap 15.2; Ap 16.2; Ap 19.20; Ap
20.4; At 17.29), é traduzido como “marca” e é aplicado à mesma coisa – a “marca
da besta”. A palavra significa apropriadamente “algo esculpido”;
consequentemente:
a) Gravuras,
esculturas, trabalhos esculpidos, como imagens ou ídolos; (b) Amark cortado ou
carimbado – como o carimbo de uma moeda.
“Pelos
mortos não dareis golpes na vossa carne; nem fareis marca alguma sobre vós. Eu
sou o Senhor.” (Lv 19.28).
No hebraico
a palavra marca כְּתֹ֫בֶת que se pronuncia Katabah significa
literalmente impressão, marca. Portanto o texto original fala de uma marca, uma
impressão na pele, mas uma marca em relação ao quê?
No Egito
antigo era mutilação utilizada pelas religiões pagãs para honrar os mortos e
inclusive deuses pagãos. Percebemos então que os hebreus saíram do Egito, uma
nação pagã que venerava o deus da morte “Seth” possivelmente teria
práticas pagãs que envolveriam desenhos e golpes nos corpos para prestar honras
aos mortos e aos deuses e a única forma das pessoas provarem que honraram estas
crenças era apresentarem marcas na pele do ritual que tinham feito.
“... vocês
são filhos do SENHOR, nosso Deus. Portanto, quando chorarem a morte de alguém
não se cortem, nem rapem a cabeça, como os outros povos fazem” (Dt 14.1 NTLH). Estes
sinais de luto pelos mortos, que eram praticados pelos cananeus como
reconhecimento da divinização do falecido, foram estritamente proibidos para o
povo de Deus. “Tanto os ricos como os pobres morrerão nesta terra, mas ninguém
vai sepultá-los, nem chorar por eles. Ninguém se cortará, nem rapará a cabeça
em sinal de tristeza” (Jr 16.6 NTLH). Era costume rapar-se a cabeça na parte
frontal da testa.
O profeta
Jeremias 41.5 fala sobre: “corpo retalhado”: uma forma pagã de lamentação
proibida ao povo de Deus. (1ª Reis 18.28, e Zc 13.6).
No V.T.,
Deus estabeleceu a circuncisão quando fez Sua aliança com Abraão. Deus prometeu
abençoar Abraão e ser seu Deus, se ele obedecesse aos Seus mandamentos (Gn
17.9-11). A circuncisão era um ato de submissão a Deus. No Novo Testamento a
circuncisão é no coração (Rm 2.28-29). O coração representa a força espiritual
(Lm 3.41), como intimo da pessoa (Jr 17.10). Emprega a palavra para indicar a
percepção (Jr 4.9); o pensamento (Ec 2.20); a memória (Sl 31.12) e a
consciência (Jó 27.6).
O apóstolo
Paulo explica que o mais importante é a “circuncisão do coração” (Rm 2.28-29).
Deus se preocupa com o interior, não com cerimônias exteriores. Quem tem o
coração marcado pela presença de Jesus Cristo faz parte da Nova Aliança e é
verdadeiramente circunciso (Fl 3.3). A aparência exterior não afeta o interior,
mas o interior afeta a vida toda. Por isso o cristão não precisa nem deve se
circuncidar.
“Porque nós
é que somos a circuncisão, nós que adoramos a Deus no Espírito, e nos gloriamos
em Cristo Jesus, e não confiamos na carne. Bem que eu poderia confiar também na
carne. Se qualquer outro pensa que pode confiar na carne, eu ainda mais” (Fl
3.3-4).
“...somos a circuncisão...”. Significa que pertencemos a Cristo. No N.T. adoração é uma marca que pertencemos a Cristo e esta marca é no coração através do novo nascimento. Por isso Jesus disse para mulher samaritana: “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” (Jo 4.23-24).
A marca da
Besta. O falso profeta vai exigir
uma “marca” em sinal de lealdade e devoção à besta, e essa marca será “sobre a
mão direita” – não a esquerda – “ou sobre a fronte” (Ap 13.16). A marca deve
ser algum tipo de gravura ou carimbo, semelhante às que recebiam os soldados,
escravos e devotos dos templos na época de João. Na Ásia Menor, os seguidores
das religiões pagãs tinham prazer em exibir essas tatuagens para mostrar que
serviam a um determinado deus. No Egito, Ptolomeu IV Filopátor (221-203 a.C.)
marcava com o desenho de uma folha de trevo os judeus que se submetiam ao
cadastramento, simbolizando a servidão ao deus Dionísio (cf. 3º Macabeus 2.29).
Esse significado lembra a antiga prática de usar marcas para tornar pública a
fé religiosa do seu portador (cf. Is 44.5), e também a prática de marcar os
escravos a fogo com o nome ou símbolo de seu proprietário (cf. Gl 6.17). O
termo charagma (“marca”) também era usado para designar as imagens ou
nomes dos imperadores, cunhadas nas moedas romanas e, portanto, poderia muito
bem aplicar-se ao emblema da besta colocado sobre as pessoas.
“o nome” ou o
“número” (v. 17). Essa marca parece
ser uma paródia do plano de Deus, principalmente no que se refere aos 144.000
“selados” de Apocalipse 7. O selo de Deus sobre Suas testemunhas é invisível,
no coração e tem o propósito de protegê-las do Anticristo. Por outro lado, o
Anticristo oferece proteção contra a ira de Deus – uma promessa que ele não tem
condições de cumprir – e sua marca é visível e externa. Como os que receberem a
marca da besta o farão voluntariamente, é de supor que as pessoas sentirão um
certo orgulho de terem, em essência, a Satanás como seu dono. O Dr. Thomas
afirma: “A marca será visível e identificará todos os que se sujeitarem à
besta”. [Thomas, Revelation 8-22, p. 181].
A marca será
inscrita de maneira tão visível na mão ou na testa, de modo a mostrar que quem
o descobriu pertencia à “besta” e estava sujeito à sua autoridade - como
escravo é ao seu mestre, ou um soldado ao seu comandante. Aplicado ao
Anticristo, o significado é que haveria alguma marca de distinção; algum sinal que
não pode ser tirado; algo que designaria, com toda a certeza, aquelas pessoas
que lhe pertenciam e que estavam sujeitas a ele; que pertence a ele; e quem tem
comunhão com ele, ou seja, aqueles que pertencem a essa comunhão e em todo o
mundo.
O capítulo
conclui com uma profecia do que poderia ser chamado de ditadura econômica. O
texto não diz que os homens não poderão comer se não tiverem a marca da besta,
mas não poderão negociar sem esse sinal.
Por fim, o
apóstolo João faz uma alerta, que deve servir para todos nós nos dias que
vivemos: “aqui está a sabedoria: aquele que tem entendimento calcule o número
da besta”. Com isto João não está orientando e incentivando uma busca
desenfreada por descobrir alguém que tenha as letras de seu nome somadas 666. A
sabedoria consiste em discernir acerca do que é perfeito daquilo que é apenas
uma cópia falsa e barata do que é verdadeiro. Portanto, o número 666 se refere
ao número do homem que é imperfeito. Todavia o homem do pecado (666) será três
vezes imperfeito e não a soma de números de um nome, ou um código que é muito
usado hodiernamente como o código de barras.
Na minha
opinião o chip que contém o código de barras, e hoje está sendo implantado na
humanidade como uma identificação documentaria distinto em cada ser humano é
uma identificação normal sem a demonização do que muitos pensam ser a maraca da
besta. Todavia, em breve também será obrigatório. Porém, a marca “charagma”
conforme já vimos será um sinal esculpido em seu corpo físico, uma aliança onde
cada ser humano terá de decidir se aceita adorar e cultuar a besta ou decidir
pelo testemunho de Cristo e manter-se fiel a Sua Palavra. Todavia, a marca da
besta (Ap 13.16-18) é uma marca que está intimamente ligada à adoração à besta
(13.12, 15; cf. 19.20; 20.4). Assim, a marca da besta é uma marca de lealdade e
devoção à besta. Os cristãos serão perseguidos e decapitados pela autoridade
decretada pelo Anticristo. E esta decisão decidirá a vida ou morte, ou seja, a
vida se receber a marca da besta (uma aliança com a besta) ou a morte por
decapitação se decidir por Cristo Jesus (Ap 20.4). Essa marca será usada como uma
forma de controle pelo Anticristo, para identificar seus adoradores.
Todos os
homens deverão ser marcados. Quem não tiver a marca da besta e não adorar ao
Anticristo como deus, não poderá comprar ou vender, sendo caçados para que
sejam mortos. Cabe a você decidir.... qual sua escolha?
Pr. Elias Ribas
Assembleia de Deus
Blumenau - SC
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