TEOLOGIA EM FOCO: A CEIA DO SENHOR NA DOUTRINA PAULINA

sábado, 4 de setembro de 2021

A CEIA DO SENHOR NA DOUTRINA PAULINA

 


1ª Coríntios 11.17-34 “Entretanto, nisto que lhes vou dizer não os elogio, pois as reuniões de vocês mais fazem mal do que bem. 18- Em primeiro lugar, ouço que, quando vocês se reúnem como igreja, há divisões entre vocês, e até certo ponto eu o creio. 19- Pois é necessário que haja divergências entre vocês, para que sejam conhecidos quais dentre vocês são aprovados. 20- Quando vocês se reúnem, não é para comer a ceia do Senhor, 21- porque cada um come sua própria ceia sem esperar pelos outros. Assim, enquanto um fica com fome, outro se embriaga. 22- Será que vocês não têm casa onde comer e beber? Ou desprezam a igreja de Deus e humilham os que nada têm? Que lhes direi? Eu os elogiarei por isso? Certamente que não! 23- Pois recebi do Senhor o que também lhes entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão 24- e, tendo dado graças, partiu-o e disse: Isto é o meu corpo, que é dado em favor de vocês; façam isto em memória de mim. 25- Da mesma forma, depois da ceia ele tomou o cálice e disse: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; façam isto, sempre que o beberem, em memória de mim. 26- Porque, sempre que comerem deste pão e beberem deste cálice, vocês anunciam a morte do Senhor até que ele venha. 27 - Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpado de pecar contra o corpo e o sangue do Senhor. 28- Examine-se o homem a si mesmo, e então coma do pão e beba do cálice. 29- Pois quem come e bebe sem discernir o corpo do Senhor, come e bebe para sua própria condenação. 30- Por isso há entre vocês muitos fracos e doentes, e vários já dormiram. 31- Mas, se nós nos examinássemos a nós mesmos, não receberíamos juízo. 32- Quando, porém, somos julgados pelo Senhor, estamos sendo disciplinados para que não sejamos condenados com o mundo. 33- Portanto, meus irmãos, quando vocês se reunirem para comer, esperem uns pelos outros. 34- Se alguém estiver com fome, coma em casa, para que, quando vocês se reunirem, isso não resulte em condenação. Quanto ao mais, quando eu for lhes darei instruções.”

INTRODUÇÃO. A Ceia do Senhor é um ato de suma importância, em si mesmo e na vida do crente. Ela não é um mero símbolo, mas sim uma das verdades centrais da nossa fé. A Ceia do Senhor lembra a paixão e a morte de Cristo em nosso lugar, bem como a Sua segunda vinda. Tendo em vista suas verdades bíblico-teológicas, cabe-nos tomar assento à mesa do Senhor com solenidade e redobrada reverência.

Neste estudo vamos ver o ensino de Paulo concernente a ceia do Senhor segundo a visão paulina.

Paulo inicia a sua carta aos Coríntios, chamando de:

·         Igreja de Deus e aos santos, porque fazem parte da igreja de Cristo. “à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus e chamados para serem santos, juntamente com todos os que, em toda parte, invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso.” (1ª Co 1.2).

·         No capítulo 3 ele chama-os de: Irmãos, não lhes pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a crianças em Cristo. (1ª Co 3.1).

·         No capítulo 5 ele manda entregar a satanás. “entreguem esse homem a Satanás, para que o corpo seja destruído, e seu espírito seja salvo no dia do Senhor.” (1ª Co 5.5).

·         No capítulo 12 ele chama-os de ignorantes: “Irmãos, quanto aos dons espirituais, não quero que vocês sejam ignorantes. (1ª Co 12.1).

·         No capítulo 11 o estudo em foco eles não sabiam discernir o corpo do Senhor. “Pois quem come e bebe sem discernir o corpo do Senhor, come e bebe para sua própria condenação.” (V. 29).

I. ORIENTAÇÕES A RESPEITO DA CELEBRAÇÃO DA CEIA DO SENHOR

1. Eu não posso vos elogiar.

V. 17 “Que lhes direi? Eu os elogiarei por isso? Certamente que não!”

No início deste capítulo Paulo inicia elogiando os irmãos de Corintos (v. 2), mas na doutrina da Ceia ele não pode elogiar.

O tentador compararmos as dissensões aqui com os problemas que aparecem no capítulo 1, mas parece que as dissensões, nesse versículo, estão relacionadas aos eventos que aconteciam quando a igreja se reunia para a ceia do Senhor. E possível que as dificuldades estivessem acima de distinções referentes a classes de ricos e pobres, ou judeus e gentios. Quando a Igreja se reúne, todos devem se ajuntar como irmãos, mas, ao que parece, não era isso que acontecia em Corinto. Em vez da união recomendada por Paulo em 1 Coríntios 11.17 e enfatizada novamente nos capítulos 12— 14, havia divisão entre os cristãos.

Não vos louvo. Em contraste com o elogio de Paulo no versículo 2, de que os coríntios haviam obedecido a muitos de seus ensinos, aqui ele expressa preocupação pelas práticas pecaminosas dos coríntios durante a adoração. Ajuntais é um termo técnico que se refere à reunião da igreja e é usado três vezes nesta passagem (v. 18, 20).

2. Havia divisões na igreja. “Em primeiro lugar, ouço que, quando vocês se reúnem como igreja, há divisões entre vocês, e até certo ponto eu o creio.” (v. 18).

Mas isso é bom? Claro que sim, pois quando se levantam as heresias, Deus levanta homens espirituais e didaque para ensinar da verdade e para corrigir a igreja.

V. 19 “Pois é necessário que haja divergências entre vocês, para que sejam conhecidos quais dentre vocês são aprovados.”

Partidos no grego haireseis, grupinhos, divisões; Aprovados no grego dokimos, eram os convertidos.

A existência de tais diferenças de opinião serve, de qualquer forma, para tornar conhecidos os verdadeiros cristãos.

3. A ceia é do Senhor.  V. 20 “Quando vocês se reúnem, não é para comer a ceia do Senhor.”

A ceia do Senhor é a ordenança ensinada por Cristo antes de Sua morte, conforme Mateus 26.26-28.

“Quando vocês se reunirem para comer...”. Primeiro de tudo, a ceia do Senhor não era para ser transformada numa refeição comum. As refeições deveriam ser tomadas em casa, mas a ceia do Senhor era uma recordação solene da morte de Cristo. A igreja de Corintos se reunia para se empanturrar e embebedar. Então é a vossa mesa e não do Senhor.

Segundo ele ordenou que a ceia fosse observada reverentemente meditando na crucificação.

3.1. Comem antecipado. Se reúnem para satisfazer o vosso ventre.

Tornavam-se inimigos da cruz de Cristo. Fl 3.18-20 “Pois, como já lhes disse repetidas vezes, e agora repito com lágrimas, há muitos que vivem como inimigos da cruz de Cristo. 19- Quanto a estes, o seu destino é a perdição, o seu deus é o estômago e têm orgulho do que é vergonhoso; eles só pensam nas coisas terrenas. 20- A nossa cidadania, porém, está nos céus, de onde esperamos ansiosamente um Salvador, o Senhor Jesus Cristo.”

3.2. Comem a vossa Ceia, então é a vossa mesa. V. 21 “Porque cada um come sua própria ceia sem esperar pelos outros. Assim, enquanto um fica com fome, outro se embriaga.”

Paulo está dizendo que não é a mesa do Senhor, mas a vossa.

A ceia deixava de ser do Senhor quando é deturpada.

Individualismo – ideia anticristã. (Deus tem que servir; vocês querem ser servidos.

Uns tinham fome. Outros se empanturravam.

O egoísmo deles era fatal para o próprio espírito de devoção e amor fraternal da ceia; ela passara a ser apenas uma refeição comum.

3.3. Desprezam a casa de Deus. V. 22 “Será que vocês não têm casa onde comer e beber? Ou desprezam a igreja de Deus e humilham os que nada têm?”

É diferente do verdadeiro culto. “Portanto, que diremos, irmãos? Quando vocês se reúnem, cada um de vocês tem um salmo, ou uma palavra de instrução, uma revelação, uma palavra em língua ou uma interpretação. Tudo seja feito para a edificação da igreja.” (1ª Co 14.26).

3.4. A reunião é para servir. “Como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” (Mt 20.28).

II. QUANDO PARTICIPAMOS DA CEIA DO SENHOR:

1. Aceitamos ser moído e pisados neste mundo.

1.1. O pão. O pão é feito de trigo. O trigo para se tornar farinha passa por um processo, ele é moído no moinho.

1.2. O suco da vide. O suco é feito de uva. Nos tempos antigos as uvas eram pisadas para dar o suco.

Jesus foi desprezado, rejeitado, oprimido, atingido, moído, pisado, surrado e esmagado por causa das nossas transgressões. (Isaías 53.3-8). Por esta razão o apóstolo Pedro escreve dizendo: “Mas alegrem-se à medida que participam dos sofrimentos de Cristo, para que também, quando a sua glória for revelada, vocês exultem com grande alegria. Se vocês são insultados por causa do nome de Cristo, felizes são vocês, pois o Espírito da glória, o Espírito de Deus, repousa sobre vocês.” (1 Pe 4.13,14).

III. COM QUEM O APÓSTOLO PAULO APRENDEUS ATO DA CEIA?

1. Paulo aprendeu o ato da Ceia do Senhor Jesus?

V. 23 “Pois recebi do Senhor o que também lhes entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão.”

Quando Jesus se revelou a Saulo disse que ele era um vaso escolhido (At 9.15). O apóstolo afirma, muitos anos depois de sua conversão, que já fora escolhido por Deus para esse ministério desde o ventre de sua mãe.

Paulo reconhece a onisciência de Deus ao separá-lo antes de nascer para a obra da salvação (1.15).

É uma referência a seu encontro pessoal com Jesus no caminho de damasco e que não procurou os apóstolos, para ser doutrinado por eles.

“Nem tronei a Jerusalém, a ter com os que já antes de mim eram apóstolos, mas parti para a Arábia e voltei outra vez a Damasco. Depois de três anos, fui a Jerusalém para ver Pedro e fiquei com ele 15 dias. E não vi a nenhum outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor” (Gl1.17-19).

Ele foi para a Arábia por um longo tempo e daí voltou a Damasco. Paulo não estava com isso menosprezando a autoridade dos demais apóstolos; o que ele estava dizendo é que tinha a mesma autoridade deles. Ele não esteve três anos e meio com o Senhor Jesus no Seu ministério terreno, como os apóstolos em Jerusalém, mas recebeu diretamente do Senhor o seu evangelho. Ele diz: “nem tornei a Jerusalém, a ter com os que já antes de mim eram apóstolos”.

Eu recebi do Senhor, portanto, se refere à revelação que Paulo recebeu de Cristo sobre o significado da morte e da ressurreição do Senhor representado pelos elementos da santa ceia; simbolismo que Paulo ensinou aos irmãos, explicando-os novamente.

2. Ensinou conforme a ordenança de Cristo.

2.1. Ele deu graças.

V. 24 “E, tendo dado graças, partiu-o e disse: Isto é o meu corpo, que é dado em favor de vocês; façam isto em memória de mim.”

Paulo relembra as palavras ditas por Jesus na última ceia. “Este é o cálice da Nova Aliança”. Ou seja, seu sangue derramado em favor de nós estabelece uma Nova Aliança entre Deus e seu povo. Sua morte na cruz e sua ressurreição selam a Nova Aliança. Nesta Nova Aliança somos reconciliados com Deus, podemos experimentar o perdão dos pecados, a nova vida, a salvação. Jesus age em favor de nós. Ou seja, ele nos alcança. Nós, em profunda gratidão, alvos desse amor tornado visível, celebramos a Ceia em sua memória, comprometendo-nos com o Evangelho.

2.2. É o cálice da Nova Aliança.

V. 25 “Da mesma forma, depois da ceia ele tomou o cálice e disse: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; façam isto, sempre que o beberem, em memória de mim.”

A Igreja é o corpo da cabeça que é Cristo.

Igreja não é simplesmente um ajuntamento de pessoas, e quando esse termina, cada pessoa volta para a casa.

Quando celebramos a ceia, estamos anunciando a Nova Aliança; não é mais a Velha Aliança, que era apenas uma figura. Na velha aliança, todos os atos praticados apenas prefiguravam o que aconteceria.

2.3. Anunciais.

V. 26 “Porque, sempre que comerem deste pão e beberem deste cálice, vocês anunciam a morte do Senhor até que ele venha.

É o mesmo verbo usado em 1ª Co 9.14. A celebração desta ordenança é, portanto, o “grande anúncio da morte de Cristo” e um testemunho ao mundo a respeito da devoção dos cristãos ao seu Senhor, e da confiança deles na Sua morte até que Ele venha (26).

Paulo faz um alerta para o retorno de Cristo a esta terra. João 14.1-3 “Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em mim. 2- Na casa de meu Pai há muitos aposentos; se não fosse assim, eu lhes teria dito. Vou preparar-lhes lugar. 3- E se eu for e lhes preparar lugar, voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver.”

V. AS ADVERTENCIAS DE PAULO PARA A IGREJA

1. Eles comiam indignamente.

V. 27 “Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpado de pecar contra o corpo e o sangue do Senhor.”

Este versículo é um solene aviso contra os que participam da Ceia do Senhor sem uma vida de santificação. Essas palavras significam que esses tais são réus de um crime cometido contra a santidade do corpo e do sangue do Senhor, colocando-se destarte do lado dos inimigos de Cristo, que o crucificaram. Este memorial nos foi dado pelo próprio Cristo; o abuso dele leva à condenação (29) ou “juízo”.

2. Examine-se.

V. 28- Examine-se o homem a si mesmo, e então coma do pão e beba do cálice.

O significado desta palavra no grego é δοκιμάζω dokimadzo que significa provar por teste, examinar, ou aprovar depois de um teste pelo discernimento. A palavra grega é derivada do teste dos metais. Um rigoroso autoexame (v. 19; 2ª Co 13.5; Tg 5.16; 1ª Jo 1.6).

Portanto, não significa somente testar, mas também carrega a ideia de aprovar como resultado do teste. Contudo, testar é insuficiente, a menos que o que é aprovado seja abraçado e mantido.

3. Comiam sem discernir.

V. 29 “Pois quem come e bebe sem discernir o corpo do Senhor, come e bebe para sua própria condenação.”

De acordo com o dicionário, discernir é ser capaz de diferenciar de forma nítida, estimar ou analisar, determinar ou julgar. De acordo com a Bíblia, além de tudo isso, discernir é o que nos livra do juízo, pois o homem que julgar a si mesmo não temerá o juízo de Deus. O contrário de discernir é ignorar, o não discernir nos torna indignos de participar da comunhão, o que pode gerar muitas consequências.

4. O juízo de Deus.

Vs. 30, 31 “Por isso há entre vocês muitos fracos e doentes, e vários já dormiram. 31- Mas, se nós nos examinássemos a nós mesmos, não receberíamos juízo.”

4.1. As nossas atitudes nunca são neutras. A participação desatenta e descuidada da Ceia do Senhor produz resultados desastrosos. Elas produzem bênção ou maldição em nossas vidas. O cálice da Ceia é chamado por Paulo de “cálice da bênção” (1ª Co 10.16). No entanto, no texto transcrito acima, vemos que a mesma Ceia que traz bênção também pode trazer juízo e maldição, em vez de deleite espiritual vem disciplina sobre os crentes.

Paulo menciona três níveis dessa disciplina: Enfraquecimento, doença e morte. Entre os crentes de Corinto havia gente fraca, enferma e alguns haviam sido ceifados pela disciplina divina. O pecado sempre produz resultados desastrosos, sobretudo, na vida dos crentes.

4.2. Porque somos julgados.

V. 32 “Quando, porém, somos julgados pelo Senhor, estamos sendo disciplinados para que não sejamos condenados com o mundo.”

Se nós nos julgássemos a nós mesmos, o Pai não precisaria corrigir-nos. Mas, quando os cristãos não estiverem dispostos a fazer este autoexame, Deus mesmo irá corrigi-los.

Os crentes da Igreja de Corinto foram julgados (em sua saúde) por não discernirem o Corpo; se o tivessem discernido, certamente teriam sido abençoados com saúde.

4.3. Qual o motivo de sermos repreendidos?

1º A repreensão é um sinal de que somos filhos de Deus. João 1.12 “Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus.”

2º Porém, se suportarmos a correção Ele nos trata como filhos. Hb 12.5-7 “E já vos esquecestes da correção (repreensão) que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor e não desmaies quando, por Ele, fores repreendido. 6 Porque o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que recebe por filho. 7 Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos: porque, que filho há a quem o Pai não corrija?”.

3º A correção é uma garantia do amor e cuidado de Deus por nós. Pv 3.12 “Porque o Senhor corrige aquele a quem ama, assim como o Pai ao Filho a quem quer bem”.

4º Qual o propósito da correção? Para não sermos condenados com o mundo.

Ap 3.19 “Eu repreendo e corrijo a todos quantos amo. Portanto, sê zeloso, e arrepende-te”.

5. Quem pode participar a Ceia do Senhor? Todo o corpo místico de Jesus deve participar.

V. 33- Portanto, meus irmãos, quando vocês se reunirem para comer, esperem uns pelos outros.”

“Portanto, meus irmãos...”. Paulo não escreveu sua carta a um grupo específico de pessoas, mas para a igreja de Corintos o corpo místico de Cristo. Note que na exposição de 1ª Coríntios 11.1 ele diz: “Sede meus imitadores, como também eu de Cristo. E no verso 2 ele continua dizendo: E louvo-vos, irmãos...”.

Seguidores de mim; sim imitadores de mim; siga aqui o meu exemplo, como eu sigo o de Cristo.

Portanto, os que podem participar da ceia do Senhor são os salvos em Jesus Cristo que estão conscientes de seu significado e assim preparados para dela participar.

Foi observando esse detalhe que o apóstolo Paulo forneceu a conclusão mais clara sobre quem pode tomar a Santa Ceia. Primeiro ele fala do autoexame necessário que todos devem fazer antes de participar da Ceia do Senhor. Depois ele diz que quem “come do pão e bebe do cálice sem discernir o corpo, come e bebe para a sua própria condenação.” Portanto, é necessário fazer um auto exame para você não for afligido pelo juízo de Deus.

6. Esperai uns pelos outros.

Vs. 33, 34 “Portanto, meus irmãos, quando vocês se reunirem para comer, esperem uns pelos outros. Se alguém estiver com fome, coma em casa, para que, quando vocês se reunirem, isso não resulte em condenação. Quanto ao mais, quando eu for lhes darei instruções.”

Paulo conclui sua discussão sobre a ceia do Senhor com uma exortação prática, para que os cristãos coríntios demonstrassem a devida preocupação uns pelos outros. Ele insinua, nas palavras coma em casa, que desaprova as frequentes festas do amor. E ele mostra novamente uma preocupação pastoral quando expressa a ideia para que vos não ajunteis para condenação. Paulo não se deleita com a mão disciplinadora do Senhor. Ordená-las-ei (do grego diatasso) refere-se às providências visivelmente práticas (1ª Co 16.1; G1 3.19). Qualquer outro detalhe relacionado à ceia do Senhor, Paulo esclareceria em sua visita à cidade.

CONCLUSÃO.

Tendo em mente o exposto, devemos sentar-nos à mesa do Senhor, com discernimento, temor de Deus e humildade. Conscientizemo-nos, pois, de que, ali, não estão meros símbolos, mas o sublime memorial da paixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. Caso contrário, seremos contados como réus diante de Deus. Que o Senhor nos guarde a todos, por sua graça.

Pr. Elias Ribas

Assembleia de Deus

Blumenau - SC

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