1ª Coríntios 2.16 “Porque quem conheceu
a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo”.
VERDADE
PRÁTICA
Diante de um mundo marcado pelos dias
maus, não podemos viver sem ter a mente de Cristo.
LEITURA
BÍBLICA
1ª Coríntios 2.12-16 “Mas nós não
recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que
pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. 13 As quais também
falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo
ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais. 14 Ora, o homem
natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem
loucura; e não pode entende-las, porque elas se discernem espiritualmente. 15
Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. 16
Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós
temos a mente de Cristo.”
INTRODUÇÃO.
A
doutrina da glorificação dos salvos, traz esperança
à nossa vida. Ela nos lembra que somos peregrinos e forasteiros neste mundo e,
por isso, devemos sempre ter a consciência da fugacidade da vida. A melhor maneira
de viver com essa consciência é ter a mente de Cristo.
I.
PEREGRINOS NESTA TERRA
1.
Peregrinos na terra.
O peregrino está de passagem por uma
terra que não lhe pertence, ele caminha em direção a um país cujo coração
almeja. Para isso, o peregrino se torna nômade, não se apega ao local de
estadia porque sabe que ele é provisório. Por onde caminha não experimenta
conforto, pois carrega o mínimo de bagagem possível a fim de tornar o trajeto
mais leve.
O patriarca Abraão é o modelo bíblico
dessa imagem peregrina. O nosso pai da fé saiu da sua terra, deixou sua
parentela, foi ao encontro da Terra Prometida e fez da peregrinação um estilo
de vida (Hb 11.9). Da mesma forma, nós os cristãos somos peregrinos neste
mundo. Por isso, não podemos nos embaraçar com as coisas desta vida nem
permitir que ocupem o lugar que pertence ao Senhor em nosso coração (1ª Tm
2.4). Isso não significa irresponsabilidades com o trabalho, os estudos e a
família, mas uma motivação correta do coração para priorizar “as coisas que são
de cima” (Cl 3.1).
2.
Cidadãos celestiais.
A Bíblia se refere ao fato de que os
crentes não são deste mundo (Jo 17.16) e anseiam por sua pátria celestial (Fp
3.20). Dessa forma, não podemos nos conformar com este mundo, pois o nosso
estilo de vida deve refletir o exemplo de Jesus revelado nos Evangelhos: uma
vida marcada pela prática da justiça, do acolhimento aos sofredores, da
libertação dos oprimidos pelo Diabo e, especialmente, da prática de amar o próximo,
uma virtude eterna (1ª Co 13.13). Nesse sentido, podemos viver um pouco do
Reino de Deus nesta Terra (Mt 6.33), embora haja uma tensão entre o tempo
presente e a esperança da glória futura a ser manifestada brevemente (Rm
8.18,19,25).
II.
VIVENDO EM ESPERANÇA COM A MENTE DE CRISTO
1.
Passando pelas provações com a mente de Cristo.
Enquanto vivermos neste mundo, seremos
afetados pelas fraquezas e circunstâncias difíceis. Por isso devemos aprender a
viver com a sabedoria do alto (Tg 3.17; Fp 4.8). Nesse aspecto, o apóstolo
Paulo exorta a igreja de Filipos a ter o mesmo sentimento de humildade de
Cristo, esvaziando-se da prepotência, do orgulho, do apego aos títulos e
posições, para cumprir o celestial propósito de servir (Fp 2.5-8). Ora, se
temos a mente de Cristo, como ensina o apóstolo dos gentios, logo, sabemos
discernir bem as coisas espirituais das materiais; por isso, escolhemos
priorizar o Reino de Deus e a sua justiça na esperança de que Deus cuidará de
nossas vidas (Mt 6.33).
2.
Um olhar para além das circunstâncias.
Neste tempo presente, com os olhos
focados em Cristo, podemos viver em esperança (Hb 11.1). Quando o nosso
pensamento está de acordo com os ensinos do nosso mestre, podemos voltar os
nossos olhos para além das circunstâncias difíceis. Isso não significa
escapismo ou fantasia, mas uma alegre motivação e encorajamento para
enfrentarmos as batalhas com a convicção de que Deus nos fortalecerá. Quando
temos esperança em Cristo, e por intermédio d’Ele aprendemos a viver melhor,
buscamos uma vida mais simples parecida com Jesus (Mt 6.19-21) e nos lançamos
aos seus pés na certeza de que Ele tem cuidado de nós (1ª Pe 5.7). Assim, a
vida fica mais leve (Mt 11.28-30).
CONCLUSÃO.
Somos
peregrinos em terra estranha. Sentimos saudades de uma terra que ainda não
conhecemos, como canta o poeta: “Oh! que saudosa lembrança / tenho de ti, ó
Sião” (Harpa Cristã, nº 2). Portanto, vivamos sabiamente com a mente de Cristo
até o nosso Salvador voltar para nos buscar. Maranata!
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