TEOLOGIA EM FOCO: VIVENDO COM A MENTE DE CRISTO

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

VIVENDO COM A MENTE DE CRISTO



1ª Coríntios 2.16 “Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo”.

VERDADE PRÁTICA
Diante de um mundo marcado pelos dias maus, não podemos viver sem ter a mente de Cristo.

LEITURA BÍBLICA
1ª Coríntios 2.12-16 “Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. 13 As quais também falamos, não com palavras de sabedoria humana, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais. 14 Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entende-las, porque elas se discernem espiritualmente. 15 Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. 16 Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo.”

INTRODUÇÃO. A doutrina da glorificação dos salvos, traz esperança à nossa vida. Ela nos lembra que somos peregrinos e forasteiros neste mundo e, por isso, devemos sempre ter a consciência da fugacidade da vida. A melhor maneira de viver com essa consciência é ter a mente de Cristo.

I. PEREGRINOS NESTA TERRA

1. Peregrinos na terra.
O peregrino está de passagem por uma terra que não lhe pertence, ele caminha em direção a um país cujo coração almeja. Para isso, o peregrino se torna nômade, não se apega ao local de estadia porque sabe que ele é provisório. Por onde caminha não experimenta conforto, pois carrega o mínimo de bagagem possível a fim de tornar o trajeto mais leve.

O patriarca Abraão é o modelo bíblico dessa imagem peregrina. O nosso pai da fé saiu da sua terra, deixou sua parentela, foi ao encontro da Terra Prometida e fez da peregrinação um estilo de vida (Hb 11.9). Da mesma forma, nós os cristãos somos peregrinos neste mundo. Por isso, não podemos nos embaraçar com as coisas desta vida nem permitir que ocupem o lugar que pertence ao Senhor em nosso coração (1ª Tm 2.4). Isso não significa irresponsabilidades com o trabalho, os estudos e a família, mas uma motivação correta do coração para priorizar “as coisas que são de cima” (Cl 3.1).

2. Cidadãos celestiais.
A Bíblia se refere ao fato de que os crentes não são deste mundo (Jo 17.16) e anseiam por sua pátria celestial (Fp 3.20). Dessa forma, não podemos nos conformar com este mundo, pois o nosso estilo de vida deve refletir o exemplo de Jesus revelado nos Evangelhos: uma vida marcada pela prática da justiça, do acolhimento aos sofredores, da libertação dos oprimidos pelo Diabo e, especialmente, da prática de amar o próximo, uma virtude eterna (1ª Co 13.13). Nesse sentido, podemos viver um pouco do Reino de Deus nesta Terra (Mt 6.33), embora haja uma tensão entre o tempo presente e a esperança da glória futura a ser manifestada brevemente (Rm 8.18,19,25).

II. VIVENDO EM ESPERANÇA COM A MENTE DE CRISTO

1. Passando pelas provações com a mente de Cristo.
Enquanto vivermos neste mundo, seremos afetados pelas fraquezas e circunstâncias difíceis. Por isso devemos aprender a viver com a sabedoria do alto (Tg 3.17; Fp 4.8). Nesse aspecto, o apóstolo Paulo exorta a igreja de Filipos a ter o mesmo sentimento de humildade de Cristo, esvaziando-se da prepotência, do orgulho, do apego aos títulos e posições, para cumprir o celestial propósito de servir (Fp 2.5-8). Ora, se temos a mente de Cristo, como ensina o apóstolo dos gentios, logo, sabemos discernir bem as coisas espirituais das materiais; por isso, escolhemos priorizar o Reino de Deus e a sua justiça na esperança de que Deus cuidará de nossas vidas (Mt 6.33).

2. Um olhar para além das circunstâncias.
Neste tempo presente, com os olhos focados em Cristo, podemos viver em esperança (Hb 11.1). Quando o nosso pensamento está de acordo com os ensinos do nosso mestre, podemos voltar os nossos olhos para além das circunstâncias difíceis. Isso não significa escapismo ou fantasia, mas uma alegre motivação e encorajamento para enfrentarmos as batalhas com a convicção de que Deus nos fortalecerá. Quando temos esperança em Cristo, e por intermédio d’Ele aprendemos a viver melhor, buscamos uma vida mais simples parecida com Jesus (Mt 6.19-21) e nos lançamos aos seus pés na certeza de que Ele tem cuidado de nós (1ª Pe 5.7). Assim, a vida fica mais leve (Mt 11.28-30).

CONCLUSÃO. Somos peregrinos em terra estranha. Sentimos saudades de uma terra que ainda não conhecemos, como canta o poeta: “Oh! que saudosa lembrança / tenho de ti, ó Sião” (Harpa Cristã, nº 2). Portanto, vivamos sabiamente com a mente de Cristo até o nosso Salvador voltar para nos buscar. Maranata!

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