Santificado
seja teu nome (Mt 6.9). Esta frase faz parte da oração dominical de Jesus. Mas,
afinal, como contribuiríamos para a santificação do nome de Deus? A resposta é
santificarmos o nome do Senhor através da nossa santificação; e, por meio dela,
do nosso testemunho cristão, estende-la aos nossos semelhantes. Esta, sim é a
melhor forma de adoração: engrandecer a Deus de todo nosso ser (Sl 103.1-2).
I.
CONHECENDO O VALOR DA ADORAÇÃO
1. Deus é o
centro da adoração. Para termos o conhecimento de alguém ou de alguma coisa
é preciso, em primeiro lugar, se interessar por aquilo ou aquela pessoa. No
caso da adoração precisamos entender com clareza por que estamos adorando o
Criador: “Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos,
porque a salvação vem dos judeus” (Jo 4.22).
Deus é adorado
por Sua santidade, majestade, pelo Seu poder e Sua bondade. A estrada da
adoração é entendida como uma via dupla, ela é inspirada por Deus e o homem
corresponde com o Seu louvor. Quando se procura a beleza suprema, logo se
encontra o núcleo da adoração verdadeira (Sl 96.9).
2. Cristo é
digno de louvor. O Novo Testamento atesta a dignidade de Cristo em receber
louvor e a adoração como Unigênito. Quando Jesus nasceu em Belém, da Judéia, os
anjos adoraram. Os magos que eram estudiosos dos astros, quando viram o sinal
nos céus procuraram saber onde nascera o Salvador para adorá-Lo (Mt 2.1-2).
Renomados teólogos afirmam que o nome de Jeová está manifestado em Cristo cerca
de 6.4000 vezes na Bíblia, só isso lhe faz digno de toda adoração (Ap 5.12).
3. Despertando nosso íntimo para
adorar. Um despertamento íntimo é o primeiro degrau na escala da adoração.
Essa renovação interior vai provocar interesse no indivíduo para um contato
mais íntimo com seu Criador. O relacionamento estreito entre o homem e o Seu
Deus promoveu a dinâmica da adoração (Sl 95.6). Nessa relação deve existir a
oração, louvor, ação, de graça, meditação da Palavra de Deus e a submissão.
Isso, por certo, agrada a Deus.
I. ADORANDO
A DEUS EM COMUNHÃO
1. A adoração é um ato de proximidade.
Temos que estar bem próximo do Senhor. Isso só pode acontecer através da
comunhão do homem com seu Salvador. Em todo o relacionamento entre Deus e o
homem a iniciativa sempre está em Deus, mas a comunhão se mantém com um certo
esforço humano. É preciso renunciar as coisas mundanas: “Mas longe esteja de
mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo
está crucificado para mim, e eu, para o mundo” (Gl 6.14).
2. Um
acordo com Deus. O acordo leva-nos a sentir Jesus bem perto. A palavra
acordo deriva-se do vocábulo “coração” e tem o sentido de coração para coração.
Se o nosso coração estiver unido com o coração de Cristo, torna-se fácil
adora-Lo: “Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu; ele pastoreia entre os
lírios” (Ct 6.3).
3. Oferecendo
sacrifício de louvor Os sacrifícios oferecidos pelos patriarcas hebreus
tinham por finalidade adorar a Deus em conhecimento ao Seu poderio. Abraão
recebeu uma ordenação de Deus para sacrificar em Seu louvor e teria que passar
esta ordem para seus familiares: “Disse mais Deus a Abraão: Guardarás a minha
aliança, tu e a tua descendência no decurso das suas gerações” (Gn 17.9). Mais
tarde o ato sacrificial em louvor a Deus tomou dimensões nacionais em Israel,
mas na qualidade de família de Abraão (Gl 3.6-14).
Na Nova
Aliança também somos conclamados a oferecer sacrifícios a Deus: “Por meio de
Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios
que confessam o seu nome” (Hb13.15).
Na nova
Aliança nós temos uma mudança, embora pequena. Aqui novamente a adoração é uma
resposta a Deus pelo que Ele já tem feito. Quando estávamos separados de Deus,
Ele nos alcançou e nos resgatou. A nossa adoração é uma resposta a esses
acontecimentos. Existe uma diferença na redenção dos hebreus que era coletiva,
pois no Antigo Testamento as pessoas escolhiam relembrar o pacto do povo por
meio da adoração (que incluía obediência). A redenção do Novo Testamento é
individual; a pessoa escolhe se aceita a redenção que Deus oferece. Mas a
responsabilidade em ser obediente continua a mesma.
No Antigo
Testamento havia a obediência à lei, enquanto no Novo Testamento existe a
obediência a Jesus, isto é, a confissão de que Jesus é o Senhor. Houve uma
pequena alteração no sacrifício na nova Aliança, pois Deus mesmo já ofereceu o
sacrifício de sangue. Isso aconteceu no passado, e nós apenas contemplamos esse
acontecimento com o sacrifício vivo dos nossos corpos (Rm 12) e com ações de
graça.
Pr. Elias Ribas
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