“Derramou o sexto a sua taça sobre o grande rio Eufrates,
cujas águas secaram, para que se preparasse o caminho dos reis que vêm do lado
do nascimento do sol. Então, vi sair da boca do dragão, da boca da besta e da
boca do falso profeta três espíritos imundos semelhantes a rãs; porque eles são
espíritos de demônios, operadores de sinais, e se dirigem aos reis do mundo
inteiro com o fim de ajuntá-los para a peleja do grande Dia do Deus
Todo-Poderoso. (Eis que venho como vem o ladrão. Bem-aventurado aquele que
vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua
vergonha). Então, os ajuntaram no lugar que em hebraico se chama Armagedom” (Ap
16.12-16).
I.
O SIGNIFICADO
DA PALAVRA ARMAGEDOM
As duas letras iniciais “ar” de Armagedom significa “monte”,
“colina”, e Armagedom significa “colina de megido”. A raiz da palavra “Megido”
significa “derrubar”, “cortar”, “matar”. Outra interpretação da palavra
Armagedom é: “abater o alto”, “matança”. Em todos os casos, o nome indica
acontecimentos que se darão por ocasião da luta final. Este é um lugar no centro de Israel à entrada ocidental para o Vale
de Jezreel. O Rei Salomão tinha enormes estábulos lá e Napoleão chamou esse
vale de o mais ideal campo de batalha na terra. Aqui ele é usado como o palco
para as tropas reunidas contra o anticristo e haverá um terrível
derramamento de sangue.
II. QUANDO
ACONTECERÁ A BATALHA DE ARMAGEDOM?
Quando faltarem poucos dias para a volta de Cristo em glória
a esta terra, o Anticristo irá congregar todas as nações para a batalha do
Amargedom, guerra essa que terá por finalidade destruir por completo o povo
judeu (Ap 16.13-14). Dentro da
maior angustia e desmaiando de terror, Israel será arrastado ao martírio no
vale de Jezreel.
Quando essa guerra estiver para estourar, os 7 anos de
grande tribulação já terão terminado e o tempo do Anticristo chegará ao fim.
O derramamento da sexta taça da cólera tem uma profunda
conseqüência geopolítica e profética, pois no Apocalipse 16.12 diz: “Derramou o
sexto a sua taça sobre o grande rio Eufrates, cujas águas secaram, para que se
preparasse o caminho dos reis que vêm do lado do nascimento do sol” (Ap 16.12).
Esse grande rio situa-se na fronteira norte de Israel. O Eufrates é o maior e
mais importante rio da Ásia ocidental. Ele nasce nas montanhas da Armênia e
desemboca no Golfo Pérsico. Ele forma a fronteira natural e protetora entre
Israel e os povos a leste.
O significado do Eufrates como fronteira natural e
espiritual desaparecerá, portanto em breve, quando a sexta taça da cólera de
Deus for derramada sobre o mundo. O grande rio irá secar ficando sem esta
barreira, e então Israel estará no maior perigo.
Todos os reis da terra serão ajuntados contra Israel: “Então,
os ajuntaram no lugar que em hebraico se chama Armagedom” (Ap 16.16).
“Multidões, multidões no vale da decisão” (Jl 3.14).
III. COMO
ESTARÁ ISRAEL NESTE DIA?
Israel estará cercado pelos grandes exércitos do Anticristo,
para se cumprir o que está escrito no livro de Zacarias: “Está chegando o dia em que o SENHOR Deus julgará as nações.
Então a cidade de Jerusalém será conquistada, e os inimigos repartirão entre si
tudo o que encontrarem nela. O SENHOR ajuntará todas as nações para atacarem
Jerusalém. A cidade será conquistada, tudo o que estiver nas casas será levado
embora, as mulheres serão violentadas, e metade dos moradores será levada para
o cativeiro. Os outros poderão ficar em Jerusalém” (Zc 14.1-2).
Os exércitos de milhões que então se ajuntarão, vão se
espalhar por quilômetros para atacar Jerusalém: “Levantem-se as nações e sigam
para o vale de Josafá” (Jl 3.12). Nessa hora de angústia e desespero para o
povo judeu, onde estarão em plena luta, serão surpreendidos pela presença
majestosa do Senhor que virá dos céus para livrá-los. Jesus descerá dos céus
com santos e Seus anjos descerão sobre o Monte das Oliveiras o qual irá se
fender até o vale de Josafá onde ficará com maior extensão para a o julgamento
das nações.
“Naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte das
oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; o monte das oliveiras
será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale
muito grande; metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade, para
o sul. Fugireis pelo vale dos meus montes, porque o vale dos montes chegará até
Azal; sim, fugireis como fugistes do terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá;
então, virá o senhor, meu Deus, e todos os santos, com ele” (Zc 14.4-5).
Jerusalém é designada por “cidade santa” (Ap 11.2); para ela
o Senhor tem um ajuste de contas especial (Is 28.17-21; Os 12.2; Mq 6.2); o
Senhor reunirá Israel em Jerusalém e a purificará de todos os seus pecados,
“como se funde a prata no meio do forno” (Is 1.21-28; Ez 22.19-22).
IV.
O LAGAR FOI
PISADO FORA DA CIDADE
“E o lagar foi pisado fora da cidade, e correu sangue do
lagar até aos freios dos cavalos, numa extensão de mil e seiscentos estádios”
(Ap 14.20). Jerusalém é a cidade em referência. Fora da cidade significa a Palestina
em seu todo. “Seiscentos estádios” correspondem aproximadamente a trezentos
quilômetros. Isso, por sua vez, mostra que a luta final dos povos em Armagedom
atingirá mais que todo o território atual de Israel.
Em
Lucas 21.20 e 24 o Senhor diz: “Quando, porém, virdes Jerusalém sitiada de
exércitos, sabei que está próxima a sua devastação. Cairão ao fio da espada e
serão levados cativos para todas as nações; e, até que os tempos dos gentios se
completem, Jerusalém será pisada por eles”. Isso se cumpriu em 70 d.C. Mas
Mateus 24 menciona algo que não aparece no Evangelho de Lucas, pois se cumprirá
apenas nos tempos do fim: “o abominável da desolação” (v. 15).
No
Evangelho de Lucas, que trata primeiro da destruição do templo em 70 d.C., está
escrito: “...haverá grande aflição na terra” (Lc 21.23) (não está escrito: “grande
tribulação”). Mas em Mateus 24, que em primeira linha fala dos tempos do fim,
lemos sobre uma “grande tribulação” “como desde o princípio do mundo até agora
não tem havido e nem haverá jamais” (v. 21). A expressão “grande tribulação”
diferencia nitidamente a angústia de 70 d.C. da “grande tribulação” no final
dos tempos.
V.
O LAGAR ESTÁ
CHEIO
O profeta Joel, em sua visão profética desse mesmo
acontecimento diz: “O lagar está cheio” (Jl 3.13). Formar-se-á um grande rio de
sangue, cuja torrente atingirá 1.600 estágios que equivale 296 km de comprimento por 1,20 metros (altura de
um freio de cavalo). E toda aquela área João vê como um mar de sangue
coagulado.
O que encontramos agora individualmente em pessoas em poder
e maldade, aparecerá aglomerado em Armagedom: todos os poderes humanos e
demoníacos estarão ali reunidos, ou seja, o dragão, a besta, o falso profeta,
os reis da terra, os espíritos imundos. Eles marcharão para armagedom com os
mais terríveis armamentos e os inventos mais desenvolvidos do espírito humano.
Lá se reunião todas as nações para a batalha final. Deus
permite que se chegue a esse clímax: ele cala-se. Mas então acabará
definitivamente seu tempo de silêncio. Cumprir-se-á então a palavra de Isaías:
“Por muito tempo me calei, estive em silêncio e me contive; mas agora darei
gritos como a parturiente, e ao mesmo tempo ofegarei, e estarei esbaforido. Os
montes e outeiros devastarei e toda a sua erva farei secar; tornarei os rios em
terra firme e secarei os lagos” (Is 42.14-15).
Quando vemos o desenvolvimento em nossos dias, ficamos
apavorados com relação à ameaça a Israel e Jerusalém. Mas a situação vai ficar
ainda muito pior. Israel será cercado de exércitos. As nações cercarão Israel,
mas quando aflição for maior e a tribulação de Israel tiver atingido seu
clímax, o Senhor sairá, como pelejou no dia da batalha, conforme o que está
escrito em Zacarias 14.4-5.
Quando a batalha do Armagedom, que é uma realização visível
do salmo 2.1-3, estiver sendo realizada com todo o furor, acabou o tempo do
silêncio de Deus.
“Por que se enfurecem os gentios e os povos imaginam coisas
vãs? Os reis da terra se levantam, e os príncipes conspiram contra o SENHOR e
contra o seu Ungido, dizendo: rompamos os seus laços e sacudamos de nós as suas
algemas. Ri-se aquele que habita nos céus; o Senhor zomba deles. Na sua ira, a
seu tempo, lhes há de falar e no seu furor os confundirá. Eu, porém, constituí
o meu Rei sobre o meu santo monte Sião. Proclamarei o decreto do SENHOR: Ele me
disse: Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei. Pede-me, e eu te darei as nações
por herança e as extremidades da terra por tua possessão.Com vara de ferro as
regerás e as despedaçarás como um vaso de oleiro. Agora, pois, ó reis, sede
prudentes; deixai-vos advertir, juízes da terra” (Sl 2.1-10).
O Senhor Jesus Cristo estabelecerá Seu reino em Israel e de
lá exercerá Seu abençoado domínio de paz sobre o mundo. O motivo porque até ao
dia de hoje Israel é incapaz de ver isso, é somente por causa das nações, pois
romanos 11.25-27 diz: “Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério
(para que não sejais presumidos em vós mesmos): que veio endurecimento em parte
a Israel, até que haja entrado a plenitude dos gentios. E, assim, todo o Israel
será salvo, como está escrito: Virá de Sião o Libertador e ele apartará de Jacó
as impiedades. Esta é a minha aliança com eles, quando eu tirar os seus
pecados”.
A cegueira de Israel durará até o momento em que se alcançar
a plenitude dentre os gentios, até o momento em que o último dentre as nações
tiver os olhos abertos. Então acontecerá o arrebatamento da Igreja, e em
seguida começará a grande tribulação com suas ondas de juízos e a grande
batalha final em Armagedom. Então
Jesus voltará, e Israel o verá e se converterá a ele, a quem
transpassaram.
Deus vê todas as nações da Sua
perspectiva divina, e confronta-as com Seu poder divino. Ele vê os exércitos do
mundo inteiro, e ri deles.
O orgulho humano terá atingido seu clímax, e então terá
chegado o momento de Deus para desmascarar a Satanás e seus espíritos da
mentira, descera do céus para julgar as nações e estabelecer Seu reino milenar:
“O SENHOR será Rei sobre toda a terra; naquele dia, um só será o SENHOR, e um
só será o seu nome” (Zc 14.9).
Então se calará o riso do homem e começará o
tempo de Deus rir.
VI.
A PEDRA
ANGULAR
A batalha do Amargedom se dará no fim dos tempos, quando
judeus estarão sendo sitiados pelos poderes gentílicos sob o reino do
Anticristo e o falso profeta (Ap
13.1-18). Esta última grande batalha dos “tempos dos gentios” e do
presente século, tem seu cumprimento na profecia da “pedra cortada sem auxilio
de mãos” (Dn 2.35-45), que
esmiuçará a grande estátua e que inaugurará “o dia do Senhor”, quando Deus de
modo visível manifestará seu glorioso poder na destruição de Seus inimigos.
A pedra que Deus transformou em pedra angular, mas que foi
rejeitada pelos homens, como está escrito no Salmo 118.22, esmiuçará então a
obstinada imagem das nações, que já Nabucodossor viu em sonho (Dn 2).
Deus dá seu tempo a todos, a ti também Ele dá tempo de se arrepender
e se converter a Jesus Cristo Rei dos reis. Aparentemente podes fazer o que
queres; pode se rebelar contra Deus, pode rejeitar Seu Filho Jesus, Ele te
deixa, pois deixa que tudo amadureça para o juízo. Ele deixa também Satanás, a
besta e o falso profeta ajam livremente; Ele permite a livre ação dos espíritos
imundos. Dessa maneira os homens não têm desculpa. Também Satanás não terá
motivo para acusar a Deus, de que o restringiu em seu esforço de ganhar os
homens para si. Deus deixou Satanás agir livremente para tentar Jó. Mas quando
então todos os povos estiverem reunidos para a peleja naquele grande dia do
Deus Todo Poderoso, a paciência de Deus terá acabado e acontecerá o último
confronto entre o Cordeiro e a serpente, entre Cristo e o Anticristo, entre
Deus e Satanás. Então a vitória de Jesus obtida na cruz do Gólgota será
exercida plenamente contra todos os poderes das trevas. Então Israel terá
“Shalom”, isto é, paz.
Jesus vai aparecer no final da grande tribulação em meios
aos acontecimentos dos tempos finais, quando os poderes do engano estiverem
reunidos em Armagedom.
Jesus morreu na cruz do Calvário e clamou: “Está consumado”.
Lá ele foi sepultado, ao terceiro dia ressuscitou, após 40 dias subiu ao Pai, e
de lá Ele voltará em grande poder e glória! Por isso vigia, pois Ele virá como
vem o ladrão a hora que ninguém sabe!
VII.
A DERROTA
DE SATANÁS
A vitória na batalha de Armagedom (19.11-21) não será
completa apenas com a destruição dos exércitos das nações e ao lançar o
Anticristo e o Falso Profeta vivos no lago de fogo e enxofre. É necessário
também prender a Satanás, pois ele, realmente, que instigou a rebelião que
atingiu tanto os céus como a terra.
A derrota final de Satanás está diretamente relacionada à
ação da Mulher vestida de sol e se insere no contexto de um contínuo e
gigantesco combate entre as forças do bem e do mal que se trava no domínio
espiritual, envolvendo os anjos e os demônios e a humanidade inteira, desde
períodos imemoriais (Ap 12, 7-9); é uma luta tremenda e incessante entre os
espíritos fiéis ao Criador e os sequazes de Satanás, desencadeada pelo orgulho
e soberba de Lúcifer em ser maior do que Deus. Expulsos do paraíso e
precipitados no inferno, os demônios atuam sobre a humanidade, buscando
prostrá-la sob o jugo do ódio, da violência, das guerras, do egoísmo, do prazer,
da soberba e da apostasia.
“Então, vi descer do céu um anjo; tinha na mão a chave do
abismo e uma grande corrente. Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o
diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos” (Ap 20.1-2).
O abismo é a casa de prisão dos espíritos maus (Jd 6; Ap
9.1-2), e os encerrados ali estão expulsos da esfera humana. É o que vai
acontecer com Satanás. Ele por mil anos vai ficar fora da esfera humana, não
podendo ter nenhuma influencia sobre a mesma. Não confundir abismo com lago de
fogo.
Os mil anos de Satanás no abismo, não produzirão nenhuma
mudança em seu caráter maligno, uma vez que seja liberto provara ser o mesmo
antigo diabo. Mas enquanto estiver presa a terra se sentira aliviada, e o reino
de Cristo trará paz e prosperidade a todos.
Pr. Elias Ribas
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