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segunda-feira, 27 de julho de 2015
A GRANDE BATALHA DO ARMAGEDOM
terça-feira, 7 de julho de 2015
AS BODAS DO CORDEIRO – APOCALIPSE 19
Depois do Arrebatamento da Igreja será estabelecido o Tribunal de Cristo, onde as obras dos crentes serão provadas pelo fogo (2ª Co 5.10; 1ª Co 3.12-15). Após teremos as Bodas do Cordeiro, já no céu, entre Cristo e Sua Igreja. A Noiva do Cordeiro (a Igreja) é composta dos cristãos verdadeiros e dos crentes de todas as épocas.
As bodas do Cordeiro é um evento mais importante para a Igreja de Cristo, será uma festa que se realizará no céu. É a união do Noivo Jesus com Sua noiva Igreja glorificada. Essa festa só acontecerá no final da Grande Tribulação, antes da vinda de Jesus em glória.
I. A IGREJA GLORIFICADA NO CÉU
1. Como acontece esse casamento. Para entendermos a festa sobre as Bodas do Cordeiro, é necessário conhecer a tradição judaica da época sobre o casamento. No Antigo Testamento o casamento bíblico o era dividido em três partes:
1ª A primeira parte os pais da noiva e os pais do noivo assinavam um contrato e os pais do noivo, dava um dote em dinheiro aos pais da noiva.
2ª A segunda parte do casamento só acontecia depois de completar um ano. O noivo convidava seus amigos e com tochas nas mãos se dirigiam até a casa da noiva. E a noiva sabendo que seu noivo se aproximava, também chamava suas amigas e se dirigiam ao encontro do noivo. Esse costume hebreu é a base da parábola das dez virgens contada por Jesus (Mt 25.1-13).
3ª A terceira parte, era realizado o casamento e a festa era chamada “a festa das bodas” e segundo o costume essa festa podia durar até sete dias, assim como o casamento em Cana (Jo 2.1-2).
A visão que João teve das Bodas do Cordeiro retratava o casamento de Jesus com sua Igreja no céu. Também podemos dividir em três fases.
1ª Parte do casamento da Igreja com Jesus se deu quando confessamos aceitamos a Ele (Jesus) como único e suficiente Salvador da nossa vida e isso acontece com grande alegria. Nesse casamento o Pai do Noivo também pagou o dote oferecendo o Seu Filho para derramar o Seu sangue na Cruz do Calvário em favor da noiva Igreja.
2ª A segunda parte do casamento só acontecerá quando o Noivo vier arrebatar Sua noiva-igreja para levar para a casa do Pai (Jo 7.1-3).
3. A última parte acontecerá no céu é a União do Noivo (Cristo) com Sua noiva (Igreja). Após a festa a Igreja-noiva viverá eternamente com seu Noivo (Jesus). Somente os salvos pela fé em Cristo vão ter a honra e o privilégio de se assentarem à mesa do Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.
No Novo Testamento há uma relação simbólica entre a Igreja e Jesus. A Igreja é representada como Noiva e Cristo Jesus como Noivo (Jo 3.29; 2ª Co 11.2; Ef 5.25-33; Ap 21.1).
2. O louvor no céu. “Depois destas coisas, ouvi no céu uma como grande voz de numerosa multidão, dizendo: Aleluia! A salvação, e a glória, e o poder são do nosso Deus” (v. 1).
Três vezes No livro de Apocalipse encontramos a grande multidão, sempre no céu e sempre adorando ao Senhor (7.9-10; 19.1; 19.6).
Depois destas coisas, ou seja, depois das catástrofes e do julgamento da prostituta, João vê os salvos no céu com voz de grande júbilo, dizendo Aleluia! Se Apocalipse 18 é o capítulo dos “ais”, Apocalipse 19 é o capítulo dos “aleluias”.
A palavra aleluia vem de duas palavras hebraicas: hala, que significa “louvor”, e Yah, é uma abreviação do Tetragrama Sagrado do nome Yavé que é o nome próprio do único Deus verdadeiro, portanto a palavra aleluia significa “louve a Yavé”. Isto mostra que o Deus do Antigo é o mesmo Deus do Novo Testamento: O Deus que foi adorado no passado é o Deus adorado no Novo Testamento. Aqui, os salvos no céu louvam ao Senhor, porque Deus julgou o mundo e vingou aqueles que o mundo fez sofrer, e porque Jesus Cristo está voltando a terra para reinar, por isso a Igreja canta aleluia no céu.
3. Verdadeiros e justo são os Seus juízos. “Porque verdadeiros e justos são os seus juízos, pois julgou a grande prostituta, que havia corrompido a terra com a sua prostituição, e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos.” (V. 2).
Depois de anunciar a queda da Babilônia política e religiosa nos capítulos 17 e 18, é chegada à hora de exultar, pois a prostituta saiu de sena e deu lugar à virgem noiva do Cordeiro.
Portanto, trata-se da celebração da justiça de Deus. Pois julgou a grande meretriz que corrompia a terra com a sua prostituição e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos:
No julgamento, Deus se mostrou justo e respondeu à petição das almas debaixo do altar, no quinto selo, que esperavam a vingança contra seus perseguidores (6.9-11).
Por ocasião da Segunda Vinda, os verdadeiros e justos juízos de Deus serão vistos claramente por todo o Universo.
O júbilo no céu menciona o completo cumprimento da oração dos mártires. “Pois julgou a grande meretriz…”, e das mãos dela vingou o sangue dos Seus servos”.
4. Os anciãos representam a igreja. “E outra vez disseram: Aleluia! E a fumaça dela sobe para todo o sempre.4- E os vinte e quatro anciãos e os quatro animais prostraram-se e adoraram a Deus, assentado no trono, dizendo: Amém! Aleluia! 5- E saiu uma voz do trono, que dizia: Louvai o nosso Deus, vós, todos os seus servos, e vós que o temeis, tanto pequenos como grandes. 6- E ouvi como que a voz de uma grande multidão, e como que a voz de muitas águas, e como que a voz de grandes trovões, que dizia: Aleluia! Pois já o Senhor, Deus Todo-Poderoso, reina”. (Vs. 3-6).
Semelhante a multidão que louva ao Senhor nos capítulos 4 e 5, mas aqui a adoração é semelhante, os 24 anciãos e os quatro seres viventes prostraram-se e adoraram a Deus, que se acha sentado no trono, dizendo: Amém! Aleluia! Em seguida saiu uma voz do trono, exclamando: Dai louvores ao nosso Deus, todos os seus servos, os que o temeis, os pequenos e os grandes” (v. 4-5). E o louvor começa como voz como de uma grande multidão, como voz de muitas águas e forte como de grandes trovões que dizia: “Aleluia! Porém, lá no céu, a noiva irá pronunciar com júbilo em frente de Seu Noivo. Amem!
A Igreja hoje não estranha está expressão de louvor, pois os seus lábios não se cansam de dizer Aleluias! Porém, lá no céu, a noiva irá pronunciar com júbilo em frente de Seu noivo. Amem!
II. O MOMENTO MAIS SUBLIME NOS CÉUS
“Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória, porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou. E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos.” (Vs. 7-8).1. O momento de jubilo. O motivo dessa alegria é: “...porque que são chegadas as bodas do Cordeiro...”, a festa de casamento.
A figura do casamento para representar a relação de Deus com o seu povo é usada no Velho Testamento para falar sobre o povo judeu. Deus tomou Israel (ou Judá) como sua esposa, mas ela foi infiel, cometendo adultério espiritual (Ezequiel 16; Oséias 2 e 3). No Novo Testamento, Cristo se entregou por sua noiva, e quer que ela seja “gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito” (Efésios 5:25-27).
2. A hora do encontro. E após a morte até o corruptível será revestido de incorruptibilidade (1ª Co15.52-54). Os teólogos concordam que a Igreja noiva já arrebatada está no céu num corpo incorruptível, antes da vinda de Cristo em glória (Ap 19.11-21).
Essa festa se dará no céu: “Depois destas coisas, ouvi no céu...”. A noiva já no céu, está vestida com “a justiça dos santos”, que são seus atos de retidão (v. 8). Para os atos de retidão dos santos estarem completos, eles precisam estar no céu e libertos de toda a impureza.
A Igreja, a Noiva, será apresentada para o seu Noivo: “Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo” (2ª Co 11.2).
Noiva é representada pelos vinte quatro anciãos. A Igreja noiva, são aqueles que aceitaram e creram na Palavra de Deus, e ficaram firme na fé aguardando a volta de Jesus (o Noivo), através disso, como membro individual, ela é acrescentada a Igreja de Jesus, que é a Igreja – Noiva de Jesus (1ª Co 12.13).
3. Os ornamentos da Noiva. Há um contraste entre a noiva e a meretriz, a falsa noiva, no capítulo 17. Ela estava vestida de linho finíssimo, mas sua posição como rainha durou pouco tempo. A noiva do Cordeiro “Cuja esposa a si mesma já se ataviou...”, isto é, a noiva se preparou, se vestiu para o casamento, como uma noiva se prepara para o Seu Noivo. Não pelas suas justiças, mas pelas justiças de Cristo. Este “se ataviou” é a obra ativa da Igreja em se santificar, em viver a prática das boas que são frutos da verdadeira fé, obras de gratidão e que somente promovem a glória de Deus e bem do próximo. É o que nos ensina o mestre Jesus: “Nisto é glorificado meu Pai: que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.” (Jo 15.8). Quando o crente produz fruto o nome do Pai e do Filho é glorifica no céu e na terra.
Linho fino é a roupa adequada para um servo na presença de um rei (Gn 41.2). Deus vestiu Sua esposa em linho fino (Ez 16.10,13). Em outros trechos do Apocalipse, linho finíssimo mostra a pureza dos servos de Deus. É vestido pelos anjos que saem do santuário com os sete flagelos (15.6; cf. Ez 10.2-7).
A Igreja está bem vestida e gloriosa, não por sua própria justiça, mas porque Deus deu a ela as vestes, os atos de justiça. Se a glória final da Igreja fosse uma parceria entre Deus e o homem, então, João não teria ouvido: “demos-lhe a glória de uma vez por todas. Não é a Igreja que merece ser glorificada, nem Pedro, João ou Maria, eles fazem parte da noiva, mas somente o Deus da Igreja deve ser glorificado na terra e no céu. Porque a Esposa se atavia com vestimentas que foram dadas a ela.
O Senhor Deus nos convida a cear aqui na Terra na expectativa da Ceia do Casamento do Cordeiro que acontecerá no Céu. “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo.” (Ap 3.20).
A Ceia do Senhor (o partir do pão e tomar do cálice, que é uma ordenança do Senhor até que Ele venha (1ª Co 11.23-26)), que hoje participamos neste culto, é o começo da grande ceia da do casamento do Cordeiro.
Um dos atos desta maravilhosa festa é a celebração da ceia do Senhor, dando cumprimento às palavras de Cristo. “E, chegada à hora, pôs-se à mesa, e, com Ele, os doze apóstolos. E disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta Páscoa, antes que padeça, porque vos digo que não a comerei mais até que ela se cumpra no Reino de Deus. Porque vos digo que já não beberei do fruto da vida, até que venha o Reino de Deus” (Lc 22.14, 15, 16, 18).
II. OS CONVIDADOS PARA FESTA
Quem são esses convidados das bodas? “E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus. (V. 9).
O casamento é de Cristo e a Igreja, mas os convidados são muitos. De acordo com Dn 12.1-3 e Is 26.19-21, o Israel salvo da Grande Tribulação são os convidados especiais. Devemos ter cuidado na interpretação desse evento para não confundirmos nem misturarmos os fatos que envolvem as bodas no céu e as bodas na terra. A cena das bodas no céu difere das bodas na Terra. No céu, as bodas são da Igreja e o Cordeiro (Ap 19.7-9). Na Terra, as bodas envolvem Israel e o Cordeiro (Mt 22.1-14; Lc 14.16-24; Mt 25.1-13). A cena das bodas no céu difere das bodas na Terra, Israel estará esperando que o esposo venha convidá-los a conhecer a esposa (a Igreja), que estará reinando com Ele no período milenar.
No capítulo 22 de Mateus, o Senhor Jesus Cristo comparou o Reino de Deus a uma festa de casamento, onde o Rei enviou seus servos para convidar para a festa das bodas, porém, eles não quiseram vir.
Antes das bodas o Rei veio fazer um convite, mas os judeus o rejeitaram o convite, porém Jesus disse aos seus servos: sai pelas ruas e becos da cidade e convida os pobres, aleijados, cegos.
Esta parábola é uma alegoria da história de Israel. O rei representa Deus; o filho, Jesus; os servos, os discípulos de Jesus; e a bodas simbolizava a grande festa messiânica da qual os judeus aguardavam participar com o Messias no início de Seu reinado.
Os pobres aleijados e cegos representam os gentios qual era seu estado. Aqueles que aceitaram este maravilhoso convide, foram inseridos no corpo de Cristo e fazem parte da Igreja noiva.
Antes das bodas Jesus veio para convidar aqueles que desejam fazer parte desta festa. Depois de Sua morte e ressurreição, o Noivo voltou à casa de Seu Pai para preparar um lugar para Sua noiva (Jo 14.2, 3). Jesus veio para firmar um contrato de casamento com Sua noiva, mas em breve Ele virá para busca-la e aqueles que permaneceram fieis até o fim, subiram em Sua vida. O Cordeiro o Noivo, e a Igreja noiva serão o centro das atenções no céu.
Para realizar um casamento são necessários um noivo, uma noiva e os convidados. Os convidados não devem ser confundidos, portanto com a Igreja arrebatada e que se encontra com linho finíssimo.
Mas quem são os convidados? No meu entender os convidados são os cento e quarenta e quatro mil selados, da nação de Israel que serão tomados da terra, durante a Grande Tribulação. (Ap 14.1-5). Eles não farão parte da Igreja.
“Um grande número dos santos nos céus serão chamados à ceia para testemunhar as bodas do Cordeiro com a Sua Noiva (Ap. 19.6-9). Os que compõem a Noiva de Cristo são os Cristãos que perseveraram durante seu tempo na terra: (Ap 3.4). Essa ceia será no céu logo antes da segunda fase da vinda de Cristo. Portanto, precisam estar lá.
Enquanto o Senhor está na ceia das bodas com sua Igreja (Mt 26.29), em festa de glória e gozo eterno, nestas hora estará Satanás, através do Anticristo, se reunindo no grande vale do Armagedom, para fazerem guerra contra os filhos de Israel.
Quando Cristo vier para estabelecer o milênio na terra, virá com os exércitos no céu que são vestidos de linho fino, branco e puro (Ap. 19.14). Estes virão com Ele por que estão com Ele, e estão com Ele, pois foram arrebatados da terra antes deste tempo”. (T. Ross, pgs. 70-72).
Pr. Elias Ribas
Assembleia de Deus
Blumenau - SC