TEOLOGIA EM FOCO: A QUEDA DA BABILÔNIA - APOCALIPSE 18

terça-feira, 2 de junho de 2015

A QUEDA DA BABILÔNIA - APOCALIPSE 18

A queda da grande meretriz anunciada pelo apóstolo João em Apocalipse 14.8, e ela recebeu o cálice da ira de Deus quando a sétima taça foi derramada (16.19). Agora um dos sete anjos que executavam os juízos das taças mostra com mais detalhes para João o julgamento da meretriz.

[...] Já conhecemos os personagens principais entre os inimigos do povo de Deus. Apareceu o dragão (capítulo 12), seguido pelas duas bestas (capítulo 13) e a grande meretriz (capítulo 17). Já sabemos o destino destes inimigos de Deus, pois o Cordeiro e seus fiéis são os vencedores, e seus adversários serão derrotados. Antes da identificação das características dos inimigos, a sétima trombeta já declarou: “O reino do mundo se tornou do nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos” (11.15). Antes da descrição da grande meretriz vem a declaração da queda dela (14.8). Este e os subsequentes capítulos enfatizam o que já foi revelado – os verdadeiros vencedores são aqueles que adoram a Deus. Todos os outros adoradores da besta, à própria besta ao dragão que lhe dá poder serão derrotados. A partir deste capítulo, veremos a queda destes inimigos do Senhor. Surgiram numa sequencia (dragão, bestas, meretriz) e cairão na ordem invertida (meretriz, bestas, dragão). [Caiu! Caiu a Grande Babilônia – disponível: http://www.estudosdabiblia.net/b09_29.htm].

No capítulo 17 vimos que o aspecto religioso do império anticristão, a “mãe das meretrizes”, que é ao mesmo tempo a “grande cidade”, que será destruída pelos dez reis da terra e pelo Anticristo (Ap 17.16). Aqui no capítulo 18, a grande Babilônica, ou seja, o império anticristão, em sua grandeza política e econômica, é julgado por Deus mesmo: “Por isto em só dia sobrevirão os seus flagelos, morte pranto e fome, e será consumida no fogo, porque poderoso é o Senhor Deus que a julgou” (Ap 18.9).

1. João vê outro anjo. “Depois disso vi outro anjo descendo do céu. Ele tinha um grande poder, e o seu brilho iluminava toda a terra” (v. 1).

Aqui o anjo vem do céu enquanto que a besta surge do abismo (v. 8). O anjo desce do céu e tem grande autoridade para confirmar a sentença contra a Babilônia. Não há dúvida sobre a veracidade de sua mensagem. Quando o anjo desce João vê que o seu brilho iluminou a terra com a Sua glória: Deus é a verdadeira luz, e a sua glória ilumina (21.23; 1ª Jo 1.5). Pelo evangelho revelado, a glória de Deus traz iluminação (2ª Co 4.4-6; Ef 1.17-18). Aqui, então, aguardamos uma declaração de Deus que trará boas notícias aos servos fiéis.

2. A queda da Grande cidade. “Então, exclamou com potente voz, dizendo: Caiu! Caiu a grande Babilônia e se tornou morada de demônios, covil de toda espécie de espírito imundo e esconderijo de todo gênero de ave imunda e detestável” (v.2).

Babilônia é uma forma grega. No hebraico do Antigo Testamento a palavra é simplesmente babel, cujo sentido é confusão em que tem caído a ordem social. Neste sentido é empregada simbolicamente. Nos escritos dos profetas do A.T., a palavra Babilônia quando não refere-se a cidade, no sentido literal, é empregada relativamente ao estado de “confusão” em que tem caído o mundo pagão.

Do modo como foi destruída a Antiga Babilônia (a cabeça de ouro da estátua (Dn 2)), por causa das suas abominações, também é anunciada a queda da Babilônia mística, o grande poder político-religioso liderado pela segunda besta o falso profeta (Ap 13.11).

Babilônia aqui não é apenas a Babilônia escatológica, mas a Babilônia atemporal, ou seja, é o sistema do mundo que se opõe contra Deus em todas as épocas. É um símbolo da rebelião humana contra Deus. No capítulo 17, Babilônia era a grande meretriz, a religião apóstata. No Capítulo 18 João vê a queda da Babilônia, a cidade da luxúria, a morada dos demônios, ‘A GRANDE MERETRIZ’.

Nos capítulos 17 a 18 do Apocalipse, Babilônia aparece em sentido duplo em cada secção: a primeira é vista do sentido político e religioso; enquanto que a segunda é contemplada do ponto de vista literal e comercial.

Um oráculo assombroso profetiza a queda desta cidade onde o poder satânico se congregava. Caiu! Caiu. A declaração repetida, com o verbo no passado, indica a absoluta certeza do cumprimento desta profecia. A antiga capital de Babilônia tornara-se assombrada, habitada por animais nocivos que provocam temor e superstição (cf, Is 13.19-22; 34.11-15; Jr 50.39; 51.37). Assim também acontecerá com esta futura fonte de corrupção diabólica. A besta, sobre a qual está assentada uma mulher (Ap 17), ou seja, o poder político mundial anticristão ligado à religião mundial unificada, a falsa igreja, então caiu.

A grande cidade que estava cheia de atividade e de pessoas poderosas e ricas torna-se uma cidade abandonada e suja (cf. Isaías 13.19-22). Mais uma vez, o contraste entre as duas principais cidades do livro torna-se evidente. A cidade mundana torna-se lugar deserto e imundo, ocupado por demônios e espíritos imundos. A cidade santa, a nova Jerusalém, será habitada por multidões na presença do Senhor, e “Nela, jamais penetrará coisa alguma contaminada” (21.27).

Note que o Senhor exclama duas vezes que a Babilônia caiu, podemos entendê-lo que o primeiro “caiu” refere-se ao mistério da prostituição do capítulo 17, ao falso culto sem Jesus Cristo e o segundo “caiu”, à “grande Babilônia”, onde este sistema é executado na prática.

3. O vinho da ira. “Pois todas as nações têm bebido do vinho do furor da sua prostituição. Com ela se prostituíram os reis da terra. Também os mercadores da terra se enriqueceram à custa da sua luxúria” (v. 3).

O que diz o presente texto é o que aconteceu no Antigo Império Babilônico: o orgulho e a devassidão foram a causa primordial de sua queda. Daniel nos informa que na noite da invasão Medo-Persa sobre a cidade de Babilônia, todos os grandes do Império babilônico se encontravam embriagados e em extrema orgia (Dn 5). Na babilônia comercial e política, descrita neste capítulo, as mesmas coisas do passado serão praticadas, no que diz respeito a vida dissoluta: prostituição, comércio desonesto feitiçaria e idolatria.

Este versículo repete alguns dos motivos do castigo de Roma: Suas falsas doutrinas constituem o vinho da sua prostituição com o qual embriaga as nações da terra. As falsas doutrinas são comparadas ao vinho porque entorpecem a mente e, assim, afetam a capacidade de discernir e de raciocinar de uma pessoa. Tal como o vinho, as falsas doutrinas retiram da pessoa sua capacidade de discernir o erro. Não fosse pela ação danosa deste vinho que mantém as nações embriagadas, multidões seriam convencidas e convertidas pelas verdades claras contidas na Palavra de Deus. Mas o vinho da Babilônia é chamado de “vinho da ira”. Por quê? O vocábulo grego “thumos” significa ira, ódio, raiva. É uma raiva criada pelas falsas doutrinas. Assim, quando os reis da terra bebem deste vinho, são instigados pela cólera a irem contra os que não concordam com as heresias. Por isto, aquele que se nega a beber o vinho da Babilônia está marcado para pagar por sua ousadia.

Um anjo do céu anuncia a queda da Grande Babilônia. Este epíteto, tomado de Daniel 4.20, está ligado ao nome Babilônia (Ap 17.5), que significa grande confusão ou pandemônio. Babilônia, é uma figura de iniquidade religiosa, ou seja, uma comunhão de credos, igrejas seitas, filosofias, dentro da própria cristandade, liderada, ecumenicamente pelo falso profeta (Ap 17.9 - 1ª Pe 5.13). Sua queda é celebrada por antecipação, de acordo com Isaías 21.9, (caiu, caiu a Grande Babilônia) e está descrita nas visões dos capítulos 17 e 18, onde Babilônia é vista como uma mulher que deu de beber e embriagou a todas as nações com o vinho de sua fornicação, o equivale dizer: arrastou á idolatria (Jr 51.7).

4. Retirai-vos dela.
“Ouvi outra voz do céu, dizendo: Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos seus flagelos” (v.4).

Antes que as poderosas palavras de juízo do anjo divino, que é o próprio Cristo, se cumpram sobre esta Babilônia, outra voz brada do céu – a voz de Deus.

A expressão “sai dela” é um imperativo, ou seja, uma ordem. Babilônia não pode ser reformada, de acordo com as Escrituras. Só há um remédio: separar-se completamente dela. Assim como Ló foi chamado para fora de Sodoma, antes que ela fosse destruída por fogo e enxofre (Gn 19.14-29), da mesma forma o povo de Deus é dirigido por uma voz que vem do Céu dizendo-lhe para sair de Babilônia, antes que ela caia.

Quando a velha Babilônia do rio Eufrates estava perto de ser destruída pelos juízos de Deus, o Senhor enviou a Seu povo (Israel), que nela ainda estava, um solene aviso através do profeta Jeremias dizendo: “Fugi do meio da Babilônia...” (Jr 51.6).

Retirar-se da Babilônia simboliza evitar toda a comunhão com os pecados do mundo pagão introduzidos no sincretismo religioso da falsa igreja. Mas, literalmente o anjo avisa os cristãos que hoje moram em Babilônia (a falsa igreja) para fugir dela antes de sua destruição, pois aqueles que se recusarem a separar-se de Babilônia e de seus pecados serão destruídos com ela.

Deus tem, e sempre teve, um povo em Babilônia. Quantas criaturas sinceras e boas, cujos sentimentos estão voltados para Deus, estão aprisionadas pelas amaras das tradições e enganos que lhes oferece a “Babilônia” dos nossos dias? Portanto, cabe a nós hoje, trazer um conselho de advertência para aqueles crentes sinceros que estão em babilônia: “Fugi do meio da Babilônia”.

5. O castigo que a Babilônia receberá.
“Dai-lhe em retribuição como ela retribuiu, pagai-lhe em dobro segundo suas obras, e no cálice em que ela misturou bebida, misturai dobrado para ela” (v.6).

A cidade usada para corromper as nações e levar ao mundo todo o tipo de falsa religiosidade receberá o castigo de Deus.

Os poderosos que comprometeram-se com as obras do maligno, a idolatria pagã, o materialismo, a luxuria, serão arruinados juntos.
Terrível é o dano produzido pela falsa igreja simbolizado por Babilônia. Incalculável, mais terrível, ainda, é o castigo eterno, com tormento e pranto, reservados para os que servem este sistema religioso.

6. Assentada como rainha. 
“Quanto a si mesma se glorificou e viveu em luxúria, dai-lhe em igual medida tormento, pranto, por diz consigo mesma: Estou sentada como rainha. Viúva não sou. Pranto, nunca hei de ver! Por isso, em só dia, sobrevirão os seus flagelos: morte, pranto e fome; e será consumida no fogo, porque poderoso é o Senhor Deus, que a julgou” (Ap 18.6-8).

No capítulo 17.3, ela está assentada sobre a besta, enquanto que aqui ela está sentada como rainha. Agora ela está sendo julgada pela sentença divina: “pagai-lhe em dobro”.

Ela se orgulha de não ser viúva sem poder e abandonada, mas de ser rainha soberana. Seu desejo é sempre reinar, reinar sobre todas as consciências. Orgulhosa, ela pensa que está assentada não somente em um lugar elevado, mas também seguro. Tem grande capacidade de comando sobre muita gente.

7. O lamento dos poderosos. “Ora, chorarão e se lamentarão sobre ela os reis da terra, que com ela se prostituíram e viveram em luxúria, quando virem a fumaceira do seu incêndio, e, conservando-se de longe, pelo medo do seu tormento, dizem: Ai! Ai! Tu, grande cidade, Babilônia, tu, poderosa cidade! Pois, em uma só hora, chegou o teu juízo. (v. 9-10). 

Os poderosos que se comprometem com a obra do maligno (a idolatria pagã, o materialismo, a luxuria) serão arruinados juntamente com Babilônia. Lamentam ao contemplar suas enormes perdas.

Os reis lamentar-se-ão não por causa dos seus pecados, e nem lagrimas de arrependimento, mas por causa do seu sofrimento, das consequências e pela perda da sua infra-instrutura. Como Caim, eles não ficam tristes por seus pecados, mas apenas pelo castigo. Lamentar-se-ão por causa de suas perdas.

Aqueles que vivem no luxo e nos prazeres, ignorando a Deus, serão abatidos pela Sua ira. Por isto, ela receberá um juízo, como nunca antes existiu nesta extensão. Duas afirmação mostram a rapidez deste juízo: “... em um só dia” (v. 8) e “... em uma só hora ficou devastada tamanha riqueza” (17). Sua tranquilidade hoje, será transformada em pânico naquele dia por isto eles dizem ai! Ai!

8. Os mercadores da terra lamentarão. “E, sobre ela, choram e pranteiam os mercadores da terra, porque já ninguém compra a sua mercadoria, mercadoria de ouro, de prata, de pedras preciosas, de pérolas, de linho finíssimo, de púrpura, de seda, de escarlata; e toda espécie de madeira odorífera, todo gênero de objeto de marfim, toda qualidade de móvel de madeira preciosíssima, de bronze, de ferro e de mármore” (v. 11-12).

Da mesma maneira como eram realizados grandes negócios e com excelentes lucros com as mercadorias na Babilônia dos caldeus, assim na Babilônia mística há mercadoria para serem negociadas.

Esta lista de produtos mostra a extrema riqueza da meretriz. Consumia todo tipo de mercadoria de luxo, até escravos. A opulência de Roma levou a cidade ao exagero de um consumismo desenfreado, e as nações exportadoras lucraram com isto. O profeta Ezequiel faz uma lista semelhante, quando Tiro era a grande cidade e enriquecia-se com o materialismo (Ez 26, 27 e 28). Estes versículos reforçam a interpretação da meretriz como símbolo de Roma e sua vida comercial e materialista. O material nobre são transformados em imagens de escultura, cordões, rosário, medalhões e relíquias para o comercio da meretriz.

A Bíblia afirma que os mercadores lamentar-se-ão pela perda: “Os mercadores destas coisas, que, por meio dela, se enriqueceram, conservar-se-ão de longe, pelo medo do seu tormento, chorando e pranteando” (v.15).

Entre as coisas que deixam de negociar encontram-se “até almas de homens”. Isto lembra o seu comércio com os cadáveres dos mortos nas chamadas “encomendas dos corpos”, missas de sétimo dia e indulgências para enriquecer a muitos. O que dizer do purgatório inventado para enriquecer este negócio profano e que permite a troca das almas por dinheiro de onde enche os celeiros da meretriz.
A cidade, simbolicamente chamada Babilônia, também será o centro comercial e econômico do mundo durante o reinado do Anticristo. Com o rompimento entre a Babilônia política representada pela besta e os reis confederados, e a Babilônia religiosa, que representa a cristandade apóstata, vai acontecer a destruição deste sistema religioso pelo poder da primeira besta (Ap 13) que meterá fogo sobre a sede deste governo (vvs. 17-19).

9. Haverá grande alegria no céu quando Deus julgar a Babilônia. “Exultai sobre ela, ó céus, e vós, santos, apóstolos e profetas, porque Deus contra ela julgou a vossa causa” (v.20).

Enquanto que na terra haverá lamentação, choro e pranto, no céu haverá alegria, gozo e júbilo. Os moradores do céu, e em especial os apóstolos e profetas, tem todos os motivos para interromper agora em alto júbilo, pois Deus executou seu juízo contra Babilônia, isto é, em favor dos santos eleitos. A injustiça do mundo anticristão, que por muito tempo ficou sem castigo, foi agora levado a clara luz de Deus e revelado diante de todo mundo. Por isto o céu magnífica e tributa louvores ao Criador.

10. Babilônia (Roma) será exterminada. 
“Então, um anjo forte levantou uma pedra como grande pedra de moinho e arrojou-a para dentro do mar, dizendo: Assim, com ímpeto, será arrojada Babilônia, a grande cidade, e nunca jamais será achada” (v.21).
O anjo forte, com seu ato de arrojar, a grande pedra, mostrou que Babilônia (Roma), haverá de cair violentamente, em súbita destruição. A pedra de moinho (em grego millos, onikos), aqui em foco, provavelmente deve ser aquela que somente os animais podiam fazer girar (Mc 9.42).

Afundar uma enorme pedra no mar, antigamente, era símbolo de eterna destruição. Este é o cumprimento daquilo que o profeta Jeremias escreveu (Jr 51.60-64).

Aqui, este juízo é então executado e Babilônia será lançada fora, como uma pedra jogada no fundo do mar. Quando este juízo tiver sido executado sobre a humanidade anticristã, então haverá um silêncio apavorante sobre a face da terra. É o que descreve João:

“E voz de harpistas, de músicos, de tocadores de flautas e de clarins jamais em ti se ouvirá, nem artífice algum de qualquer arte jamais em ti se achará, e nunca jamais em ti se ouvirá o ruído de pedra de moinho. Também jamais em ti brilhará luz de candeia; nem voz de noivo ou de noiva jamais em ti se ouvirá, pois os teus mercadores foram os grandes da terra, porque todas as nações foram seduzidas pela tua feitiçaria” (v. 22- 23).

Nenhum som e nenhuma luz. Isto é um sinal de uma cidade morta. E nem voz de noivo ou de noiva jamais em ti se ouvirá: O casamento sempre é um sinal de esperança, de planos para o futuro (Mt 24.38). Mas a Babilônia não tem futuro; não terá nela as vozes de noivos. A Babilônia mundial ficará completamente deserta.

Pois os teus mercadores foram os grandes da terra: A Babilônia foi exaltada e exercia poder e influência sobre os outros. Os motivos do castigo dela são resumidos em dois pontos: Porque todas as nações foram seduzidas pela tua feitiçaria: A meretriz seduziu as nações, que participaram com ela na sua prostituição. Este envolvimento dos povos com a Babilônia foi um dos pontos principais deste capítulo. Babilônia atraiu, enganou e embriagou as multidões com sua feitiçaria e sua prostituição. Aqui ela terá o seu fim.

Com todos os acontecimentos mundiais evidenciados e revelados na Palavra de Deus, os homens não aceitam a verdade como verdadeira. Se o fato de que a terra será aniquilada, fosse a base em que as pessoas edificassem suas vidas, muitas coisas seriam bem diferentes. Mas, até ao dia de hoje foi reprimido na consciência dos homens, que a terra terá um fim. Eles preferem seguir e aceitar os enganos da meretriz do crer nas verdades das Escrituras Sagradas. Embora Deus já tenha revelado as doutrina das últimas coisas na Sua Palavra, o homem continua ignorante. Por quê? Porque é uma escolha do homem de crer no engano no óbvio do que crer na verdade.

11. A justiça de Deus não falha.
“E nela se achou sangue de profetas, de santos e de todos os que foram mortos sobre a terra” (v.24).

Notamos mais uma vez o motivo maior do castigo de Roma. Ela perseguia os santos e embriagou-se com o sangue deles (17.6). Deus castiga a Babilônia como ato de justiça, trazendo a merecida vingança pela perseguição do povo do Senhor. A súplica do quinto selo está sendo respondida!

O Espírito Santo, prevendo todas essas coisas e sendo o guia e o consolador da verdadeira Igreja, já providenciou uma resposta divina para o perigoso, onipresente e renascido Sacro Império Romano. Na Bíblia, o Espírito de Deus expõe a igreja de Roma como sendo bela aos olhos deste mundo perdido, mas deplorável por sua apostasia. Para os que creem, ele quebrou seus encantamentos, arrancou sua máscara e escreveu com letras bem grandes seu nome para todos verem: MISTÉRIO, A GRANDE BABILÔNIA. Os cristãos verdadeiros devem comparar tudo com Palavra do Deus Eterno, Santo, Imutável, Todo-Poderoso, Onisciente e Sábio. Quando confrontados com o leviatã de Roma, os cristãos podem ter no Senhor uma confiança semelhante àquela de Davi quando comparou o poder de Golias ao do Deus Verdadeiro: “Tu vens a mim com espada, e com lança, e com escudo; porém eu venho a ti em nome do SENHOR dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado” (1º Samuel 17.45). É tarefa do Senhor desfazer o iníquo pelo seu poder: “E então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda” Até isto acontecer, multidões serão salvas dela “com temor, arrebatadas do fogo” (Jd 1.23). Esta promessa da graça deve-se à palavra da verdade do Evangelho. O Senhor Jesus Cristo, que é a cabeça exaltada da Igreja e o seu Espírito soberano, dão conforto e vitória pois “o evangelho de Cristo é o poder de Deus para a salvação” (Rm 1.16).

Pr. Elias Ribas

Assembleia de Deus

Blumenau - SC


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