O termo apostatar-se do grego afisthmi
aphistemi significa: fazer retroceder, remover, abandonar, desviar-se ou afastar-se da fé. Este sinal já está acontecendo nos dias de hoje. Muitas
autoridades das igrejas têm distorcido o verdadeiro evangelho.
O apóstolo Paulo deixa um alerta a Timóteo contra os falsos
mestres que estavam desviando a fé muitos crentes.
Ora, a primeira idéia que ocorre ao ler o texto é que as
igrejas vão ficar vazias, ou seja, parece que todos vão desviar-se, afastar-se
ou abandonar suas igrejas. Mas, observemos com mais atenção as palavras de
Paulo, principalmente os versos 10 e 11 de 2ª Tessalonicenses 2: ele menciona
sinais e prodígios de mentira sendo apresentados, assim como engano para os que
perecem porque não receberam o amor da verdade.
Paulo estava preparando os novos crentes para não perderem-se
num novo legalismo. Tanto os homens quanto as mulheres teriam que aprender a
preocupar-se primariamente com o espírito da lei – a lei do amor a Deus e ao
próximo. Ele empreendeu uma campanha tremenda contra o legalismo dos
judaizantes e contra aqueles que pretendiam introduzir ou impor o ascetismo (a
auto-negação) na nova fé cristã.
A igreja de Cristo não é uma igreja de proibições, mas sim
atender às diretrizes de Deus: pureza (cobrir o corpo, especialmente as partes
mais sensuais) e simplicidade (não atrair a atenção dos outros indevidamente).
A Bíblia instrui-nos claramente que questões sobre comidas e
dias especiais, bem de outros usos e costumes não tratados especificamente na
Bíblia, são de inteira responsabilidade, entendimento e crença pessoal de cada
um. E, se, porém um lado não devemos julgar ou discutir com irmãos sobre estas
questões, por outro, não devemos fazer nossos irmãos tropeçarem por causa de
nossas crenças pessoais (Rm 14.1-23; 15.1-7; Cl 2.16-19; 1ª Co 8.1-13;
10.23-33). No entanto, precisamos ter cuidado para não comermos comidas, por
exemplo, “sacrificadas aos ídolos”, ou então guardarmos dias dedicados aos
“santos” e etc. (1ª Co 10.14, 22).
Se o pregador pensar que não pode trazer uma mensagem
verdadeira pensando que vai escandalizar seu irmão, nunca irá pregar as
verdades bíblicas por causa dos débeis na fé (Rm 14.1). A igreja está vivendo
os últimos dias na face da terra e presto a sermos arrebatamento, mas muitos líderes
espirituais não tiveram a coragem de falar as verdades bíblicas. Ficam
enganando os outros com coisas fúteis. É irmãos, a nossa igreja é assim porque
ela tem tradição!
Para muitos ser crente é não usar brinco, batom calça
comprida, nem ir a praia. Para os tais serem crente é cuidar do figurino de
acordo com as regras de usos e costumes ditadas pelo seu pastor. É
exterioridade. Não importa se há pecados carnais ou não é o exterior e pronto.
Precisamos saber diferenciar a aparência externa de um coração puro e submisso
ao Senhor.
Nos assuntos não mencionados explicitamente na Bíblia,
devemos nos valer dos ensinamentos gerais da mesma, dos princípios bíblicos que
referem-se às situações genéricas. Pergunte-se antes de adotar, aceitar ou
rejeitar qualquer coisa: Agrada a Deus? Jesus Cristo faria isto? Jesus combateu
isto? Edifica, instrui ou consola minha vida ou de alguma outra pessoa? É digno
de um cristão? Prejudica a pregação do Evangelho?
Naquilo em que a Bíblia fala, nós devemos nos calar e
aceitar a sua autoridade. Naquilo que a Bíblia cala, nós somos livres para
buscar a direção do Espírito Santo para nossas vidas individualmente.
Ao contar a parábola do Filho Pródigo, Jesus não receia
afirmar que o pai ornou o seu filho com um anel. Embora aquele anel
representasse uma forma de restituir a autoridade do filho, não se pode esquecer-se
que o anel também era uma peça de ouro e de adorno: “O Pai, porém, disse aos
seus servos: Trazei depressa a melhor roupa; vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo
e sandálias nos pés” (Lc 15.22).
Ser evangélico não significa pertencer a uma cultura
própria, separada. Cristo nunca intencionou isto. Tanto que na oração
sacerdotal de João 17, Ele pediu ao Pai que não retirasse as pessoas do mundo,
mas as livrasse do mal. A intenção de Deus não é que formemos guetos culturais,
mas que fôssemos sal e luz dentro de nossa realidade. A ética evangélica sobre
a cultura deve discernir com precisão o que é produto do pecado e o que é fruto
da graça de Deus.
Portanto, devemos ensinar o povo a aplicar os princípios
básicos da Bíblia. Para que os valores eternos do Reino de Deus sejam implantados
nos corações das pessoas. Não entendo que certos ministros sejam codificadores
de trajes, ou que estejam capacitados por Deus a medir os centímetros das saias
e bermudas dos irmãos e irmãs. Quando caem nessa armadilha, os ministros tornam-se
alvos de chacotas e perdem o vigor de seu ministério.
Pr. Elias Ribas
Igreja Evangélica Assembléia de Deus
Blumenau - SC
Puxa você é assembleiano, temo que seja ridicularizado por pensar assim
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