TEOLOGIA EM FOCO: AS ROUPAS E ADORNOS NOS TEMPOS DE JESUS CRISTO

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

AS ROUPAS E ADORNOS NOS TEMPOS DE JESUS CRISTO



  
Uma espécie de túnica usada sobre a camisola que no homem ia até o tornozelo, e na mulher, até os pés, com um largo cinto sobre a cintura, era a roupa comum do povo. As vestes femininas tinham diferenças nos enfeites e nos tipos de fazenda (Deuteronômio 22.5), ceroulas compridas eram usadas por baixo da camisola. As crianças pobres andavam nuas até a puberdade. As mulheres e as moças protegiam a cabeça com véus coloridos. O povo andava descalço a maior parte do tempo. Apenas nas viagens longas usavam uma sandália de couro com finas tiras de pele que iam até os tornozelos.

Dada à poeira das estradas, era comum entre os judeus o lava-pés. As famílias mais abastadas tinham até um servo para esse trabalho (ref. Mc 6.11; Jo 11.2; 13.5; 1ª Tm 5.10).

O texto de Marcos 1.16 indica que as roupas de João Batista, tecidas com pêlos de camelos, eram baratas e próprias de um personagem como ele, proveniente da seita dos essênios.

As roupas sacerdotais.

Os sacerdotes daqueles dias vestiam-se de modo muito distinto aos dos padres e pastores de hoje. As vestes sacerdotais eram detalhadamente descritas por Deus. As vestimentas consistiam em: calções curto desde os rins até as coxas; uma camisa estreita, tecido de alto a baixo e sem costura, descendo até os artelhos e apertada na cinta por um cíngulo bordado, simbolicamente ornamentada; As túnicas que revestiam mantas eram adornadas com bordados, multicoloridas e de uma simbologia riquíssima; o linho representava a pureza; as cores, a multiforme graça de Deus; o ouro, a realeza; as pedras preciosas, as diversas tribos de Israel (Êx 28.4, 5; 40-42). Os sacerdotes eram obrigados a usar barba não podiam sequer contornar (Lv 19.27).

Os sacerdotes também se penteavam com muito cuidado. Além de inúmeros adereços e ornamentos nas roupas, colocavam tiaras de linho na cabeça (Êx 35. 9; 39.27-28). “Tiaras de linho lhes estarão sobre a cabeça, e calções de linho sobre as coxas; não se cingirão a ponto de lhes vir suor” (Ez 44.18).

O suor simboliza trabalho penoso e talvez fosse necessário evitar qualquer sugestão de que o culto a Deus fosse algo penoso. Jeremias pronuncia-se contra os que consideravam a mensagem de Deus como uma “sentença pesada” (Jr 23.33-37), e foram justamente estes que foram destruídos na queda de Jerusalém. E por eista razão Jesus nos oferece seu fardo dizendo: “Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mt 11.28-30).

Deus mandou os sacerdotes que se vestissem de forma meticulosa e bonita, pois as vestes sacerdotais representariam um sinal da benção do Senhor. Os artesãos convocados para elaborá-las esmeravam-se nos detalhes e na riqueza de sua confecção (Êx 39.1-31).

As mulheres não tinham ofício sacerdotal em Israel. Os sacerdotes eram proibidos de raspar suas cabeças ou barbas, dilacerar seus corpos ou arrancar suas vestes (Lv 21.5-6; 10.11), um sinal de luto.

Mas hoje como podemos nos vestir? É notório ao leitor que as roupas sacerdotais do V.T., eram descritas por Deus. Mas, no tempo da graça Deus não estipulou um critério de roupas para pregadores ministrar o Seu evangelho. Conforme a nossa cultura vai evoluindo também devemos evoluir e por seguinte cada ministro deve se vestir e andar dentro da cultura da sua geração. Nos dias de Jesus e dos apóstolos eles usavam vestidões e roupas compridas. Mas hoje como tomar como modelo?

[....] William Joseph Seymour foi um pastor dos EUA, iniciador do movimento religioso denominado de  Pentecostalismo.
Filho de escravos libertos, Seymour resgatou a crença em glossolalia (mais conhecido como dom de línguas) como provas do batismo com o Espírito Santo, uma referência à manifestação do batismo com o Espírito Santo que ocorreu pela primeira vez no dia de Pentecostes (Atos cap. 2). Como consequência de sua experiência, foi expulso da paróquia de Los Angeles onde havia se tornado pastor. Na procura de um lugar para continuar seu trabalho, ele fundou sua igreja no ano de 1906 em Los Angeles, localizada na Azusa Street (Rua Azusa) nº 312, e incluiu suas crenças doutrinárias ali. (Atos cap. 2). [pt.wikipedia.org/wiki/William_Seymour - 21k pesquisa dia 28/11/2008]


[...] O avivamento da Rua Azusa durou apenas três anos, mas foi instrumental na criação do movimento Pentecostal, que é o maior segmento da igreja evangélica hoje. William H. Durham recebeu seu batismo no Espírito Santo em Azusa, formando missionários na sua igreja em Chicago, como E. N. Bell (fundador da Assembléia de Deus dos EUA), Daniel Berg e (fundador da Assembléia de Deus no Brasil) e Luigi Francescon (fundador da Congregação Cristã no Brasil).[ Azusa Street & Beyond por Grant McClung].

Do avivamento da rua azusa, em primeiro de Janeiro de 1910 rumo ao Brasil o italiano Loius Franscesco, sua esposa e amigos fundaram duas igrejas pentecostais da américa latina, Assembléia Cristã na Argentina e a Congregação Cristã no Brasil.

Também da rua azusa para o Brasil os missionários batistas os suecos Daniel Berg e Gunnar Vingren, que fundaram no ano de 1911 a Assembléia de Deus, hoje o maior movimento pentecostal do mundo.
Em 2011 a Congregação Cristã e a Igreja Assembléia de Deus completaram 100 anos no Brasil.

As roupas do pastor William Seymour sofreram pequenas modificações comparadas aos nossos dias. O tecido hoje é um dos melhores, veio também o uso da gravata que é apenas um acessório.

As barreiras, discriminações raciais que o pastor Seymour enfrentou para iniciar o movimento pentecostal, foram derrubadas, porém, outras barreiras foram aparecendo no meio do caminho evangélico.

Na igreja primitiva o diabo usou as torturas e arenas para os cristãos desistirem da fé. Na idade média ele usou as heresias e desvio doutrinário através do catolicismo romano. Nos dias Seymour ele usou o racismo e também homens que o tacharam de herético. Embora o diabo seja o propagador das heresias em todo o nosso planeta, aqui no Brasil ele dissemina um evangelho desprovido da graça de Deus através dos usos e costumes radicais, ou seja, ele usa as tradições humanas como meio de salvação transformando o evangelho de Cristo num evangelho barato e hipócrita.

Concernente a usos e costumes, jamais poderá criar um modelo bíblico no tempo da graça, pois nem Jesus fez isso. Sempre vai existir controvérsia, pois o ministro que fixa seus olhares para aparência e o manequim das pessoas acaba perdendo o brilho do verdadeiro evangelho.

Se Jesus ou um dos apóstolos entrasse em uma das nossas igrejas será que deixaríamos ocupar um lugar no púlpito? Ou William J. Seymour por ser negro e com toda aquela barba teria um lugar distinto em nossas igrejas? Muitos iriam recriminar dizendo:- Olha só o nosso pastor deixou esse barbudo subir no púlpito e ainda deu uma oportunidade para dar uma palavra. A mensagem muito boa, mas a barba desse pregador despregou tudo o que ele ensinou!

Muitos confundem santidade com exterioridade. Se um pastor estiver com barba, cavanhaque ou bigode é para muitos um falso pastor. Deus não nos julga pela exterioridade ou pelo figurino. Para Samuel disse o Senhor Deus: Tu vês o exterior, mas eu vejo o coração.

[...] Devido certos costumes habituais inserido na igreja, muitos não podem cultuar ao Senhor. Não conseguem abrir o entendimento e compreender que Deus está muito mais com o homem interior do que com barba!

Alguém poderia citar uma passagem bíblica que proíbe o uso da barba ou de bigode para homens? Certo costume que deveriam ser restritos, opcional, passa ser uma lei. E isso gera divisões no meio cristão.

No Brasil, existe diversidade de costumes, mas infelizmente quando inserido no seio da igreja como doutrina, traz divisão. As pessoas, em vez de abrirem mão daquilo que não é essencial, que não faz parte da doutrina bíblica, passam a defender seus costumes e tradições, como se fosse padrão de santidade como padrão de espiritualidade.

O Espírito de Deus não se deixa limitar por costumes. Ele age no mundo inteiro e quer nos usar. Precisamos ter a visão do reino e os padrões do reino que são: “amor, santidade, justiça”. Muitos pregadores estão com seus ministérios infrutíferos porque ainda não adquiriram a visão do reino. As pessoas passam a exigir que os outros tenham o mesmo comportamento, os mesmos costumes. E isso nós denominamos como Normose - uma doença, um câncer que coroe. Muitos crentes que adquiriram esta doença na sua caminha de fé precisam de um tratamento, e somente um estudo correto das Escrituras poderá curá-los, ou morreram raquíticos [LINHARES. Usos e costumes. P. 51-52].

Pr. Elias Ribas
Igreja Ev. Assembléia de Deus
Blumenau - SC



6 comentários:

  1. Muito bem Pastor, é isso mesmo. Por ensinamentos que são baseados mais nos interesses pessoais, o povo de Deus está se perdendo. Deus o abençoe.

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  2. Parabéns Pastor por este estudo, que o Senhor Jesus continue te abençoando. E que a Graça do Senhor Jesus esteja sobre todos nós.

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    1. Gostei, principalmente vindo de um pastor das assembléia de Deus, porque às assembléia a maioria não respeitam a unção dos pastores de outras denominações tanto é que eles não chamam para o púlpito quando o pastor é de outro ministério

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  3. Rsrs' Pastor nao pare de postar pois muitos dos seus ensinamentos baseados nas palavras Biblicas precisam ganhar um espaço maior... Pastor sou nova em fé, nova entre aspas pois nao tao nova assim, por que a fé vem por meio da Palavra, sendo assim devemos praticar e viver, continue postando e mostrando para as pessoas como devemos agir e pensar.

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