TEOLOGIA EM FOCO

sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

A CRISE EM SAMARIA

 

2º Rs 7.1-2 “Então, disse Eliseu: Ouvi a palavra do Senhor; assim diz o Senhor: Amanhã, a estas horas mais ou menos, dar-se-á um alqueire de flor de farinha por um ciclo, e dois de cevada, por um ciclo, à porta de Samaria. 2 Porém o capitão a cujo braço o rei se apoiava respondeu ao homem de Deus: Ainda que o Senhor fizesse janelas no céu, poderia suceder isso? Disse o profeta: Eis que tu o verás com os teus olhos, porém disso não comerás”. 

INTRODUÇÃO. Meus queridos irmãos, estamos vivendo em época de crise. Neste estudo iremos estudar sobre as crises que Samaria viveu no tempo do profeta Elizeu. A crise política, econômica, social e espiritual. 

No capítulo 6.8-23, a Siria põe emboscada contra o rei de Samaria. No capítulo 7, Elizeu prediz a abundância de víveres. 

I. SIGNIFICADO DA PALAVRA CRISE 

A palavra crise (gr grego κρίσις, εως,ἡ translit. krisis; do mesmo étimo do verbo krino, em português significa: distinção, decisão, sentença, juízo, separação e depurar, como se faz com o ouro, do grego krysos, crisol e acrisolar. 

O Dicionário Etimológico de Antenor Nascentes dá também os significados de momento decisivo, separação e julgamento, e juízo. 

Crisol. O crisol é um recipiente normalmente feito de porcelana, argila ou grafite. É utilizado no processo de fundição de alguns metais, no sector da joalharia e também em alguns laboratórios para aquecer ou fundir substâncias. Este tipo de material é utilizado porque resiste às altas temperaturas. Deve-se destacar que em alguns fornos que aquecem metais é incorporada uma cavidade para receber o metal fundido; estes fornos são conhecidos como forno de crisol. 

II. CONTEXTO HISTÓRICO 

1. Eliseu no hebraico significa “Deus é salvação”. Ele é conhecido como o servo sucessor de Elias (2º Rs 2.15; 3.11). Quando Eliseu entregou a mensagem profética do livramento de Deus, o capitão do rei disse que isto seria impossível. 

2. Quem era Jorão. Jorão, filho de Acabe, estava assentado no trono do reino do Norte e, a exemplo de Jeroboão, foi mau governante (2º Rs 3.1-3). 

A consequência de suas ações pecaminosas foi o cerco à cidade de Samaria promovida por Ben-Hadade I. Com a cidade sitiada, a consequência natural foi a escassez de alimentos. Vendia-se desde cabeça de jumento até mesmo esterco de pombo na tentativa de amenizar a fome. 

Pressionado pela crise, o rei procurou o profeta Eliseu e o responsabilizou pela tragédia. Sempre o Diabo querendo culpar Deus! Todavia, o Senhor demonstra, mais uma vez, a sua graça, e orienta Eliseu a profetizar o fim da fome! Como nos outros milagres, esse tem seu cumprimento de forma inteiramente sobrenatural e inexplicável. 

III. CRISE POLÍTICA 

1. O rei da Síria entra em guerra com Israel. 2º Reis 6.8 “E o rei da Síria fazia guerra a Israel; e consultou com os seus servos, dizendo: Em tal e tal lugar estará o meu acampamento.” 

2. Os sírios tinham armado uma emboscada. V. 9 “Mas o homem de Deus enviou ao rei de Israel, dizendo: Guarda-te de passares por tal lugar; porque os sírios desceram ali.” 

3. O rei de Israel salvou-se diversas vezes por causa da advertência de Eliseu. V. 10 “Por isso o rei de Israel enviou àquele lugar, de que o homem de Deus lhe dissera, e de que o tinha avisado, e se guardou ali, não uma nem duas vezes.” 

4. O rei da Síria disse: “um de vocês está revelando meus planos a Israel”. Como poderiam ter sido descobertos? 

V. 11 “Então se turbou com este incidente o coração do rei da Síria, chamou os seus servos, e lhes disse: Não me fareis saber quem dos nossos é pelo rei de Israel?” 

5. Eliseu faz saber as palavras que falas na tua câmara de dormir. V. 12 “E disse um dos servos: Não, ó rei meu senhor; mas o profeta Eliseu, que está em Israel, faz saber ao rei de Israel as palavras que tu falas no teu quarto de dormir.” 

O Senhor contava a Eliseu. E os sírios souberam por intermédio de seus próprios espias que Eliseu tinha esta excepcional capacidade de prever o futuro. 

6. O rei deseja saber onde estava o profeta para que eu mande prendê-lo. V. 13 “Vai, e vê onde ele está, para que envie, e mande trazê-lo. E fizeram-lhe saber, dizendo: Eis que está em Dotã.” 

7. O rei da Síria, desejando acabar com o trabalho de Eliseu, foi até Dotã para pegá-lo. V. 14 “Então enviou para lá cavalos, e carros, e um grande exército, os quais chegaram de noite, e cercaram a cidade.” 

8. A vista vê as aparências e os temores; enquanto que a fé vê a Deus, e a alma fica em paz. Vs. 15-16 “E o servo do homem de Deus se levantou muito cedo e saiu, e eis que um exército tinha cercado a cidade com cavalos e carros; então o seu servo lhe disse: Ai, meu senhor! Que faremos? 16- E ele disse: Não temas; porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles.” 

9. O Senhor abriu os olhos do moço. V. 17 “E orou Eliseu, e disse: Senhor, peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. E o Senhor abriu os olhos do moço, e viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu.” 

O monte estava cheio de cavalos e carros de fogo. A proteção poderosa de Deus estava evidente. Sl 34.7 “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra.” 

10. A oração de Elizeu – “Fere, peço-te, esta gente de cegueira”. V. 18 “E, como desceram a ele, Eliseu orou ao Senhor e disse: Fere, peço-te, esta gente de cegueira. E feriu-a de cegueira, conforme a palavra de Eliseu.” 

O exército dos inimigos desceu para a peleja, para o ataque, para a batalha. Porém o homem de Deus orou e os olhos dos soldados Sírios ficaram cegos. Quando oramos ao Senhor, o mal não prevalece, não avança, pois nenhuma arma forjada contra nós prosperar (Is 54.17). O Senhor deixou o exército sírio impotente, para mostrar a todos que qualquer pessoa protegida por Ele não pode ser tomada. 

11. Guiar-vos-ei ao homem que buscais. V. 19 “Então Eliseu lhes disse: Não é este o caminho, nem é esta a cidade; segui-me, e guiar-vos-ei ao homem que buscais. E os guiou a Samaria.” 

As palavras de Elizeu dão a entender uma pergunta da parte dos sírios: “Onde está Eliseu?” Mas sua resposta: Não é este o caminho, nem esta a cidade, foi para poupar Dotã e levar os sírios à Samaria, onde ele restaurou sua capacidade de reconhecimento. Eliseu queria confundir futuros ataques. 

12. Vencemos o mal através do bem.

Então Eliseu os conduz para o meio de Samaria. Vs. 20-23 “E sucedeu que, chegando eles a Samaria, disse Eliseu: Ó Senhor, abre a estes os olhos para que vejam. O Senhor lhes abriu os olhos, para que vissem, e eis que estavam no meio de Samaria. 21- E, quando o rei de Israel os viu, disse a Eliseu: Feri-los-ei, feri-los-ei, meu pai? 22- Mas ele disse: Não os ferirás; feririas tu os que tomasses prisioneiros com a tua espada e com o teu arco? Põe-lhes diante pão e água, para que comam e bebam, e se vão para seu senhor. 23- E apresentou-lhes um grande banquete, e comeram e beberam; e os despediu e foram para seu senhor; e não entraram mais tropas de sírios na terra de Israel.” 

Nem sabiam eles para onde estavam indo. Era como se fossem enfeitiçados ou que estivessem sob encantamento. Ao chegarem no meio de Samaria, Eliseu novamente pede ao Senhor que lhes abram os olhos e eles perceberam que estavam no meio de Samaria e que poderia ser esse o fim deles. 

O próprio rei de Israel perguntou para Eliseu se era para destruí-los, mas Eliseu aponta-lhes outro caminho. Não era para destruí-los, mas para alimentá-los e deixá-los partir. 

Seu conselho de misericórdia para com os sírios capturados por Eliseu resultou no fim dos ataques da Síria e territórios israelitas. 

IV. A CRISE ECONÔMICA 

1. Ben-Hadade sitiou a Samaria. V. 24 “E sucedeu, depois disto, que Ben-Hadade, rei da Síria, ajuntou todo o seu exército; e subiu e cercou a Samaria.” 

Este foi pelo o segundo cerco de Ben-Hadade em Samaria. 

Os cercos foram planejados para punir o povo por violar a aliança contra a Assíria. 

O cerco a Samaria, a capital de Israel, foi a tentativa final de Ben-Hadade de destruir seu rival, Jorão filho de Acabe. 

2. Fome. A Bíblia vai dizer que passados algum tempo, novamente os sírios resolveram cercar Samaria e o cerco foi muito extremado a ponto de a comida tornar-se escassa e objeto de disputas terríveis. 

V. 25 “E houve grande fome em Samaria, porque eis que a cercaram, até que se vendeu uma cabeça de um jumento por oitenta peças de prata, e a quarta parte de um cabo de esterco de pombas por cinco peças de prata.”. 

2.1. Cabeça dum jumento. O cerco elevou os preços até mesmo de aumento considerado imundo. 

Esta carne de 5ª, custava o equivalente a 971 kg de prata por cabeça. 

2.2. Esterco de pombas. Se eles estivessem comendo esterco de aves, provavelmente não seria só de pombos, portanto, o significado é, grão miúdo. Os árabes chamam uma certa planta (herba alcoli) de “esterco de pombo”. O cabo, E.R.C. (qab) era uma medida. 

OBS: A Bíblia de Jerusalém contesta a tradução de “esterco de pomba”, dizendo que, na verdade, a palavra hebraica aqui mencionada seria outra, que significa “cebola selvagem”. 

3. Donde te acudirei eu? Vs. 26-27 “E sucedeu que, passando o rei pelo muro, uma mulher lhe bradou, dizendo: Acode-me, ó rei meu senhor. 28- E ele lhe disse: Se o Senhor te não acode, donde te acudirei eu? Da eira ou do lagar?”

Os armazéns estão vazios. Se Jeová não lhe ajudar, de onde poderei eu ajudá-lo? 

4. Estavam comendo crianças pra não morrer. V. 28 “Disse-lhe mais o rei: Que tens? E disse ela: Esta mulher me disse: Dá cá o teu filho, para que hoje o comamos, e amanhã comeremos o meu filho.” 

Cozemos, pois, o meu filho, e o comemos; mas dizendo-lhe eu ao outro dia: Dá cá o teu filho, para que o comamos; escondeu o seu filho.” 

A idolatria desceu a um nível tão baixo que chegaram a pedir ao rei que mandasse executar um contrato canibalístico. 

5. Rasgou as suas vestes, pano de saco. V. 30 “E sucedeu que, ouvindo o rei as palavras desta mulher, rasgou as suas vestes, e ia passando pelo muro; e o povo viu que o rei trazia cilício por dentro, sobre a sua carne.” 

- Muitos se comportam como Jorão em nossos dias, achando que uma piedade externa, uma vida de sacrifícios pode fazer com que o Senhor traga o favor pretendido, traga a bênção desejada, sem que, para tanto, as pessoas tenham de se render ao Senhor e passar a obedecer à Sua Palavra. Humilham-se, sacrificam-se para obter os benefícios de Deus, mas não querem se submeter a Deus, não querem tornar-se Seus servos. Quantos não agem desta maneira em nossos dias? 

Entretanto, tal atitude não pode ser aceita pelo Senhor. Continua tão vivo hoje quanto no dia em que foi proferida a palavra de Samuel a Saul de que melhor é obedecer do que sacrificar (1º Sm 15.22), algo que seria repetido, anos depois, pelo rei Davi no Salmo 51, quando, ao confessar o seu pecado, repetiu que Deus quer, como sacrifícios, o espírito quebrantado, um coração quebrantado e contrito (Sl 50.16,17). 

Já que usava pano de saco sob as roupas, como símbolo de arrependimento, ele pensou que acabaria com o sofrimento do povo, cuja continuação lhe fora tão revoltantemente revelada. 

V. CRISE RELIGIOSA - ESPÍRITUAL 

1. A reação do rei de Samaria, culpar os outros. V. 31 “E disse: Assim me faça Deus, e outro tanto, se a cabeça de Eliseu, filho de Safate, hoje ficar sobre ele.” 

“Se a cabeça de Eliseu lhe ficar hoje sobre os ombros”. Enfurecido pelo crime da mulher, ele fez voto de vingança contra Eliseu por tê-lo enganado, conforme ele supunha (cf. 6:21, 22). 

2. A reação do profeta Elizeu. V. 32a “Estava então Eliseu assentado em sua casa, e também os anciãos estavam assentados com ele. E enviou o rei um homem adiante de si; mas, antes que o mensageiro viesse a ele, disse ele aos anciãos: Vistes como o filho do homicida mandou tirar-me a cabeça? 

O filho do homicida. Filho do homicida se refere ao rei Jorão, filho de Acabe (era de homicídio sem arrependimento). 

Ao chamar Jorão de “filho do homicida”, Eliseu mostra-nos, em primeiro lugar, que Jorão mantinha a mesma linha de seu pai, sendo infiel ao Senhor. Eliseu também trazia à memória dos anciãos a profecia de Elias a respeito da destruição da dinastia de Onri, por causa do assassinato de Nabote, a “gota d´água” que trouxera a sentença divina para o fim daquela família real. Jorão mantinha a mesma índole assassina contra os justos, os servos do Senhor presente tanto em Acabe quanto em Jezabel. 

2.3. Profeta estava vigiando. V. 32b “Olhai, pois, que, quando vier o mensageiro, fechai-lhe a porta, e empurrai-o para fora com a porta; porventura não vem, após ele, o ruído dos pés de seu senhor?” 

2.4. Disse o rei. V. 33 “E, estando ele ainda falando com eles, eis que o mensageiro descia a ele; e disse: Eis que este mal vem do Senhor, que mais, pois, esperaria do Senhor?” 

O rei, tendo mudado de pensamento (cons. v. 31), surpreendeu o mensageiro reconhecendo que este mal vinha do Senhor. Que mais, pois, esperada eu? “O fim está próximo. Não há esperanças?” O rei tomara a atitude certa para Deus poder libertar, atitude esta que nós também devemos tomar. 

O Rei de Samaria procura Eliseu para matá-lo e culpou a Deus pela miséria que a cidade estava enfrentando. 

V. 33 “E, estando ele ainda falando com eles, eis que o mensageiro descia a ele; e disse: Eis que este mal vem do Senhor, que mais, pois, esperaria do Senhor?” 

3. A reação do profeta Eliseu - profetizar a vitória. 2º Reis 7.1 “Então disse Eliseu: Ouvi a palavra do SENHOR; assim diz o SENHOR: Amanhã, quase a este tempo, haverá uma medida de farinha por um siclo, e duas medidas de cevada por um siclo, à porta de Samaria.” 

Quando não tinha trigo, não tinha cevada, não tinha nada, apenas escassez, Eliseu profetizou amanhã Deus vai mudar a história! 

4. A resposta do capitão incrédulo. 2º Rs 7.2 “Porém um senhor, em cuja mão o rei se encostava, respondeu ao homem de Deus e disse: Eis que ainda que o SENHOR fizesse janelas no céu, poder-se-ia fazer isso? E ele disse: Eis que o verás com os teus olhos, porém disso não comerás.” 

O capitão que era servo do rei de Israel duvidou na hora e disse: - impossível! Ainda que Deus faça janelas no céu, isto não pode acontecer! 

A incredulidade é o maior empecilho para Deus operar em todas as áreas de nossas vidas. 

Como é que pode Deus mudar uma crise de um dia para outro? Isto é algo impossível! 

Hb 11.6 “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.” 

Mas eu creio em um Deus que usa os seus sevos nos dons do Espírito Santo. 

O capitão não creu e Eliseu lhe disse: 7.2b “Eis que o verás com os teus olhos, porém disso não comerás.” 

5. Deus usou 4 leprosos para terminar com a crise em Samaria. 7.3 “E quatro homens leprosos estavam à entrada da porta, os quais disseram uns aos outros: Para que estaremos nós aqui até morrermos?” 

E levantaram-se ao crepúsculo, para irem ao arraial dos sírios; e, chegando à entrada do arraial dos sírios, eis que não havia ali ninguém. 

- Do lado de fora de Samaria, havia 4 homens leprosos, 4 homens que sofriam de uma doença contagiosa da pel. 

- Eles viviam do lado de fora dos portões da cidade de Samaria, segundo a lei de Moises eles eram considerados imundos. 

- O leproso não podia viver em convivo com a sociedade, estes 4 leprosos eram pessoas a margem da sociedade, completamente alijadas do sistema.

·         - Pessoas a quem ninguém dava valor.

·         - Não tinham convívio social: Viviam fora da cidade.

·         - Não tinham convívio familiar: Viviam longe da família.

·         - Não tinham convívio religioso: Não podiam frequentar a sinagoga.

·         - Eram excluídas do contexto: se alguém se aproximasse eles tinham que gritar a uma distância de cem metros: - imundo, imundo.... 

5.1. Atitudes dos 4 leprosos. 7.4-5 “Se dissermos: Entremos na cidade, há fome na cidade, e morreremos aí; e se ficarmos aqui, também morreremos. Vamos nós, pois, agora, e passemos para o arraial dos sírios; se nos deixarem viver, viveremos, e se nos matarem, tão-somente morreremos. 5- E levantaram-se ao crepúsculo, para irem ao arraial dos sírios; e, chegando à entrada do arraial dos sírios, eis que não havia ali ninguém.” 

Eles estavam ali e de repente eles disseram uns aos outros: 

- Por que ficamos aqui sentados esperando a morte? Não vale a pena entrar na cidade porque lá iríamos morrer de fome; mas, se ficarmos aqui, também morreremos. 

- Vamos então para o acampamento dos sírios. Se eles nos deixarem viver, ficaremos vivos; se nos matarem, vamos morrer de qualquer jeito mesmo. 

- E assim, quando começou a escurecer, eles se levantaram e foram em direção ao acampamento dos sírios. 

5.2. O ruído de um grande exército. 7.6-7 “Porque o Senhor fizera ouvir no arraial dos sírios ruído de carros e ruído de cavalos, como o ruído de um grande exército; de maneira que disseram uns aos outros: Eis que o rei de Israel alugou contra nós os reis dos heteus e os reis dos egípcios, para virem contra nós.7- Por isso se levantaram, e fugiram no crepúsculo, e deixaram as suas tendas, os seus cavalos, os seus jumentos e o arraial como estava; e fugiram para salvarem a sua vida.” 

- Sem dúvida, o exército era de Deus (2º Rs 6.16-18). Eles ficaram com tanto medo, que saíram em fuga e deixaram para traz tudo o que eles tinham. 

Abandonaram tudo, as barracas, os cavalos e jumentos, provisões, comida, ouro prata... E deixando o acampamento como estava. 

5.3. Quando os 4 leprosos chegaram, não havia ninguém lá. Eles então, entraram numa barraca, comeram e beberam do que havia ali, e pegaram a prata, o ouro e as roupas que acharam. Depois saíram e esconderam tudo. 

5.4. Entraram em outra barraca e fizeram a mesma coisa. Mas então caíram em si e disseram: 

- Não fazemos bem; hoje é dia de boas novas, e nos calamos. 

6. Os 4 leprosos anunciam as boas novas. V. 9 “Então disseram uns para os outros: Não fazemos bem; este dia é dia de boas novas, e nos calamos; se esperarmos até à luz da manhã, algum mal nos sobrevirá; por isso agora vamos, e o anunciaremos à casa do rei.” 

- Se esperarmos até à luz da manhã, algum mal nos sobrevirá; por isso agora vamos, e o anunciaremos à casa do rei. 

- Aqueles 4 leprosos, foram os profetas de Deus que naquele dia que anunciaram as boas novas na casa do Rei. 

- Em época de crise o que mais aparece são profetas da desgraça, da morte e da miséria. 

- Mas aqueles 4 homens leprosos quando viram que o acampamento dos sírios estava completamente abandonado e sem ninguém. 

Viram que os despojos e a comida estavam ali em abundância, lembraram que em Samaria o povo estava com fome por causa da guerra. 

E não pensaram duas vezes em ir lá e leva as boas-novas ao rei e ao povo de Samaria. 

6.1. Somos os promotores do evangelho de Cristo.

Eu e você já fomos alcançados pelas boas novas de Cristo, nós também estamos passando por esta crise terrível. O mundo passa pela pior pandemia da história. 

- A crise nos atinge também, mas há um a diferença; confiamo-nos em Deus. 

Enquanto tem muita gente perdendo a cabeça, nós continuamos esperando nele! 

Nós ainda somos os portadores das boas novas! Nós ainda temos a mensagem que é a solução para este país e também para o mundo! 

A solução para este mundo de crise e se voltar para Deus e para sua palavra.

2º Crônicas 7.14 “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.” 

- Hoje é dia de boas novas e nós não podemos nos calar! 

- No meio da crise ou até mesmo da tragédia, podemos ter esperança; podemos ser mensageiros de boas novas. 

7. A profecia de Eliseu se cumpriu. A miraculosa fuga repentina dos siros proveu bens em abundância aos israelitas, mas o oficial que duvidou do cumprimento dessa palavra profética não pôde desfrutar as bênçãos. 

2º Reis 7.16-20 “Então saiu o povo, e saqueou o arraial dos sírios; e havia uma medida de farinha por um siclo, e duas medidas de cevada por um siclo, conforme a palavra do Senhor. 17 E pusera o rei à porta o senhor em cuja mão se encostava; e o povo o atropelou na porta, e morreu, como falara o homem de Deus, o que falou quando o rei descera a ele. 18 Porque assim sucedeu como o homem de Deus falara ao rei dizendo: Amanhã, quase a este tempo, haverá duas medidas de cevada por um siclo, e uma medida de farinha por um siclo, à porta de Samaria. 19 E aquele senhor respondeu ao homem de Deus, e disse: Eis que ainda que o SENHOR fizesse janelas no céu poderia isso suceder? E ele disse: Eis que o verás com os teus olhos, porém dali não comerás.” 

– A palavra de Eliseu, portanto, cumpriu-se fielmente, pois, em vinte e quatro horas, uma medida de farinha e duas medidas de cevada foram vendidas ao preço de um siclo e o capitão do rei, embora soube disto, não desfrutou da bênção, pois morreu pisoteado. 

“...duas medidas de cevada por um siclo”. Medida ou alqueire mencionado na Bíblia hebraica é seah (7,3 litros), e um siclo equivale a 11,4 gramas de prata por quilo de farinha. 

– Eliseu, portanto, mostrava cabalmente a Jorão que Deus não era vingador, cruel para com o povo de Israel, mas era o verdadeiro responsável pelo sustento da nação, a quem amava. Também mostrava que era ele, Eliseu, um homem de Deus, o profeta do único e verdadeiro Deus. Também se mostrava quem era o verdadeiro responsável pelas aflições e tribulações vividas por Israel, a saber, a casa de Acabe com a sua idolatria e dureza de cerviz. 

– Eliseu dava, assim, continuidade ao ministério do profeta Elias, confrontando o único e verdadeiro Deus diante da casa de Acabe e reafirmando que esta família real, por seus pecados, seria destruída. 

CONCLUSÃO:

Qual a sua reação diante da crise?

Você é como rei de Samaria que joga a culpa nos outros, que não reconhece suas falhas e seus erros?

Você é como o capitão do exército que duvida do poder de Deus? 

Não se esqueça que quando foi divulgado em Samaria que havia abundância no acampamento dos sírios, e que os sírios não estavam mais lá, abriram os portões e as multidões faminta, saiu correndo, porém o capitão incrédulo estava na porta e foi atropelado e pelas pessoas, viu a benção de longe, mas não desfrutou dela! Portanto, não duvide do poder de Deus! É justamente no meio das crises que o milagre acontece. Tem muita gente estão morrendo no meio da bênção, vendo; porém sem desfrutar dela. 

Você é como Eliseu que em meio à crise tem coragem de pregar a verdade confrontando aos reinos deste mundo? Você tem coragem de dizer: amanhã! Em nome de Jesus minha vida será diferente! Deus vai mudar minha história! 

Ou você é como os 4 leprosos que mesmo na crise ainda é portador de boas novas? 

Que possamos nestes últimos dias, anunciar que Jesus salva, cura, liberta e em breve voltará. 

Pr. Elias Ribas - Dr. em Teologia

Assembleia de Deus


quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

O VASO NAS MÃOS DO OLEIRO

 

Jeremias 18.1-6 “A palavra que veio do Senhor a Jeremias, dizendo: 2- Levanta-te, e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras. 3- Desci, pois, à casa do oleiro, e eis que ele estava ocupado com a sua obra sobre as rodas. 4- Como o vaso, que ele fazia de barro, se estragou na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme pareceu bem aos seus olhos fazer. 5- Então veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: 6- Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o Senhor. Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel.”

 

INTRODUÇÃO:

Essa profecia foi feita em torno do ano 605 AC, provavelmente no quarto ano do reinado de Jeoaquim e o grande objetivo de Deus ao enviá-la era para impressionar o povo de Judá, para dizer que ainda era possível reverter a situação. Deus tinha poder para mudá-los. O cativeiro não era obrigatório. Era apenas uma opção. 

Somos vasos feitos pelo oleiro (Deus). Ainda que a nossa vida tenha sido quebrada por desilusões, frustrações, temores e aflições, Deus está disposto a nos restaurar e fazer de cada um de nós um vaso novo. 

I. QUEM ERA JEREMIAS

 

Jeremias nasceu na cidade de Anatote, cerca de 5 Km a nordeste de Jerusalém.

 

Seu pai, Hilquias, era “um dos sacerdotes que estavam em Anatote, na terra de Benjamim”. (Jr 1.1)

 

A chamada do profeta Jeremias.

Quando Jeremias era ainda jovem, o Senhor o chamou para ser Seu profeta: “A todos a quem eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar, falarás” (Jr 1.7).

 

Jeremias a princípio ofereceu resistência à confiança do Senhor nele:

 

“Não sei falar; porque ainda sou um menino”. (Jr 1.6) Mas o Senhor tinha ciência do potencial de Jeremias: “Antes que te formasse no ventre te conheci, (…) e às nações te dei por profeta” (Jr 1.5).

 

O ministério de Jeremias durou mais de 40 anos em Jerusalém, o Senhor o instruiu a visitar a casa do oleiro. 


II. O CAMINHO DE JEREMIAS ATÉ O OLEIRO 

1. A distância da casa de Jeremias até o Oleiro.

Jeremias teria que de sair da sua casa. 

2. Qual a idade de Jeremias? 

III. AS DUAS ORDENS DE DEUS PARA A JEREMIAS 

A palavra de Deus vem à Jeremias com duas ordens aparentemente contraditória:

Levanta-te e Desce a casa do oleiro! 

Deus queria falar com Jeremias, mas ele só iria falar depois que Jeremias tomasse estas duas atitudes: levantar e descer. 

1. A primeira ordem é para Levantar. Essa expressão “levanta-te”, fala de posicionamento. 

Levantar-se é tomar uma atitude, posicionamento, é se dispor, é sair de um estado de acomodação, é colocar-se na posição que Deus quer para fazer a sua vontade. 

1.1. Deus quer que estejamos de pé, posicionados espiritualmente. 

1.2. Quando Deus chamou o profeta Ezequiel Ele disse:

Ez 1.1 “Filho do homem, põe-te em pé, e falarei contigo.” 

2. A segunda ordem é para descer. 

... e desce à casa do oleiro...”. 

Em toda a história da humanidade, o homem sempre quis:

·         Se destacar;

·         Se elevar acima dos outros;

·         As pessoas sempre querem subir;

·         Ter fama, reconhecimento, dinheiro, status… 

Aqui vemos um paradoxo (ou seja, uma contradição). Deus manda se levantar e depois manda descer. 

O “levantar” nós vimos que fala de posicionamento, já o “descer” fala de humilhação. 

Espiritualmente falando descer é mais difícil do que subir, mas para o crente subir, primeiro ele tem que descer. 

É na humilhação que está a tua vitória! Mateus 23.12, “Pois, todo aquele que a si mesmo se exaltar será humilhado, e todo aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado.” 

O Senhor humilha os exaltados, mas exalta os humilhados! 

Mateus 11.28,29 “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. 29- Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.” 

Pois existem coisas que Deus só vai nos revelar, na medida em que nós formos descendo essa escada da humildade. 

Descer significa: se humilhar diante do Senhor, reconhecer que nada somos e que Deus é tudo, é estar sensível a voz de Deus. 

IV. AS SETE FASE DO BARRO

 

V. 3Desci, pois, à casa do oleiro, e eis que ele estava ocupado com a sua obra sobre as rodas.”

 

Antes do Oleiro criar o vaso, nós precisamos entender que esse barro passou por alguns estágios, por algumas fases de preparação que possibilitava ser moldado.

 

1ª A fase da escolha do barro. Deus escolhe o barro que quer usar. Existem cerca de 200 tipos de barros conhecidos, entretanto apenas 8 servem para fazer vaso.

 

Sabe o que isso significa? Se você foi escolhido por Deus, você é feito de um barro especial, próprio para ser moldado e trabalhado. Você é feito de um bom barro. Sabe o que isso significa? Dentre tantos você creu em Deus; Deus te escolheu (você e barro bom). Não importa se na escalada social você está em baixo ou em cima; Deus vai trabalhar em você!

 

2ª A fase do curtimento. Essa fase é uma das mais importantes, pois o vaso tem que ficar no “curtimento”: maior curtimento, maior liga, quanto maior o vaso, maior o tempo de curtimento. Quanto maior a Obra que Deus quer que você realize, maior será o tempo que estará a só, meditando e avaliando sua vida diante d’Ele. Mesmo que se sinta só, o Oleiro estará a observar seu “curtimento”, ou autorreflexão.

 

3ª A fase do pisamento. É quando o barro é tirado do curtimento, talvez depois de muito tempo, e colocado em um local próprio para literalmente ser pisado, pois se faz necessário que todo o ar existente no barro seja retirado. Deus permite que você seja humilhado, pisado, para que perca todo o orgulho, vaidade, autoconfiança, etc... Nessa fase, parece que todos falam mal de você, ninguém lhe entende, julgam suas atitudes.

 

4ª A fase dos acréscimos. Ao barro agora, se faz necessário acrescentar palha fina, pedra triturada e resto de cerâmica, pois sem essa mistura o vaso se tornará fraco e fácil de quebrar. Para a Sua Obra, Deus não quer vasos fracos, que não suportem serem cheios pela Sua graça e unção. Sem humildade, compromisso, submissão, disposição, o vaso ficará fraco; Ele quer um vaso resistente para uso diário, e não um de porcelana para ser usado esporadicamente.

 

5ª A fase do molde. Finalmente chegou a hora do barro tomar a forma definitiva de vaso! Depois de todo esse processo, o Oleiro leva o vaso para a “roda” a fim de moldá-lo: o barro está prestes a se tornar um vaso segundo o coração do Oleiro. O servo, então, moldará o caráter de seu servo conforme a Sua santa vontade e segundo os seus propósitos, pois cada um tem uma tarefa a cumprir, e precisa de treinamento especial.

 

O barro em seu estado seco, não serve para ser manipulado pelo oleiro. Existe todo um processo de recolhimento até a mistura com água e ser pisado, até sair todas as bolhas de ar, para não enfraquecer na fora de ir ao forno. Após passar por todo este processo, o barro enfim, se torna mais resistente, estando pronto para ser modelado e pintado.

Depois que o vaso fica pronto ele é colocado em uma espécie de cabide na sombra e no vento até que ele se enxugue e fique resistente ao último estágio.

 

6ª Fase. A fornalha de fogo. O vaso precisa passar vinte e quatro horas dentro do forno, que é aquecido com uma temperatura de 200 a 900ºC. E quanto mais o fogo aquece, mais o vaso fica belo e resistente, é nessa hora que ele é purificado de toda impureza interna não aparente e do mau cheiro, além disso ele é transformado para ser sempre um vaso útil. Quem o fez entende de vasos e sabe quanto um vaso pode suportar o calor do forno sem trincar.

 

1ª Pe 1.7 “Para que a prova da vossa fé, mais preciosa do que o ouro que perece, embora provado pelo fogo, redunde para louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo.”

 

As tribulações, que parecem devastadoras e ameaçam nos consumir, ajudam no refinamento do nosso caráter. As lutas da vida nos ensinam lições que, de outro modo, não aprenderíamos.

 

7ª Fase. A pintura do vaso. O esmalte pode ser composto de elementos minerais e químicos.

Essa fase e muito importante, pois trará a beleza essencial ao então vaso de barro.

 

Filipenses 1.6 “Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus.”

 

A aplicação do esmalte ocorre de 03 modos.

1. Por imersão (segurando o vaso com uma pinça ou com a própria mão e imergindo-a em um recipiente contendo esmalte);

2. Derramando o esmalte sobre o vaso;

3. Por pulverização (aplicando o esmalte com uma pistola de pintura acionada por um compressor de ar).

 

1ª Pedro 4.10 “Deus trabalha em suas múltiplas formas.” 

V. QUATRO LIÇÕES QUE APRENDEMOS NA CASA DO OLEIRO 

1° Lição que aprendemos na casa do oleiro – somos barro e o barro não tem valor. 

1. Quem é o Oleiro? Is 64.8 “Mas tu, ó Senhor Deus, és o nosso Pai; nós somos o barro, tu és o oleiro, todos nós fomos feitos por ti”. 

Nessa analogia, de acordo com a interpretação bíblica, o oleiro representa a figura do próprio Deus, dotado de misericórdia e paciência e responsável por moldar as imperfeições das pessoas. 

2. Quem é o barro? V. 6 “Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? diz o Senhor. Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel.” 

2.1. O que é barro. Quando falamos em barro normalmente nos lembramos de um sedimento formado de terra e água. 

2.2. O barro é matéria prima do oleiro. Existem 200 tipos de barro. Mas só 8 tipos de barro que podem ser usados para fazer o vaso. 

2.3. Somos o barro. Gn 2.7 “Então formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou as narinas o fôlego de vida e o homem passou a ser alma vivente” 

Tem muita gente que acha que é melhor que os outros, mas nós não passamos de barro como diz a bíblia nos somos o pó da terra. 

Ei! Não se esqueça que somos Barro, somos pó da terra. 

2ª Co. 10.17-18 “Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor. Porque não é aprovado aquele que recomenda-se a si mesmo.” 

Enquanto somos barro não temos nenhum valor. O barro é igual ao pó que é pisado e o vento o leva de lá pra cá. 

A 2ª Lição - somos barro e o barro é frágil. 

1. O barro é diferente de outras matérias. Diferente do ferro, aço, bronze, o barro se espatifa à toa. 

1.1. Somos o barro, e como barro quando enfrentamos pressões. V. 4 “como o vaso que o oleiro estava formando estragou-se em sua mão…”. 

Isto prova que o vaso é frágil, mas veja a continuação do versículo … o oleiro tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos seus olhos. 

1.2. Deus não desiste de nós. 

Quando decidimos deixar Deus trabalhar à Sua maneira, Ele pega o barro e molda e faz um vaso de acordo com a sua vontade, pelo que já sabemos do barro e do oleiro, podemos concluir que quem faz o barro se tornar importante é exatamente o oleiro. 

1.3. Deus conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó. Sl 103.14 “Pois ele sabe do que somos formados; lembra-se de que somos pó. 

1.4. Fomos criados para glorifica a Deus. 2ª Coríntios 4.7 “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós”. 

1.5. Não se esqueça que somos Barro, somos pó da terra. 2ª Co 10.17-18 “Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor. Porque não é aprovado aquele que recomenda-se a si mesmo.” 

O Deus Bara (Criador), conhecedor da estrutura de sua criação, formando de algo aparentemente sem valor para algo útil para sua glória. 

A 3ª Lição - o barro não tem de querer. 

1. O barro não tem vontade própria. Is 45.9 “Porventura dirá o barro ao que o formou; que fazes? ”

1.1. Como barro, nós estamos entregues nas mãos do oleiro para que Ele faça o que quiser de nós. 

1.2. Assim como o oleiro é livre para fazer com o barro o que bem desejar, assim também é o Senhor nosso Deus 

1.3. Ele é livre, totalmente livre, para fazer de nós o que parecer bem aos Seus olhos fazer. 

1.4. E o oleiro não tem que dar explicações ao barro sobre a razão de estar agindo desta ou daquela maneira. 

1.5. Se Deus está amassando o barro? Se Deus está nos provando, porque questionamos? Por que reclamamos? Porque murmuramos? … DEUS sabe o que é melhor para nós. 

A 4ª Lição - o barro é a matéria prima do artista. 

1. O artista é o único que consegue pegar o barro tão insignificante e transformá-lo em um objeto de apreciação. 

Is 64.8 “Senhor, tu és o nosso Pai, nós somos o barro; Tu és o oleiro, todos nós somos obras de tuas mãos.” 

2. Quando somos moldados pelo artista.2.1. Deixamos de ser um simples barro. 

2.2. Tornamo-nos objeto de grande valor. 

2.3. Somos abençoados e abençoamos a outros. 

2.4. Temos segurança (objeto de valor tem segurança). 

2.5. Temos garantia (em caso de rachadura, é reconstituído). 

2.6. Nossa vida passa ter significado: “Como barro nas mãos do oleiro, assim sois vós em minhas mãos.” 

2.7. As promessas do Senhor se cumprem: “As mãos do Senhor não estão encolhidas para que não possa abençoar.” 

Deixe que o oleiro te molde à sua maneira ele vai fazer de você uma peça de grande valor. 

VI. TRÊS COISAS QUE ACONTECEM COM O VASO NA MÃO DO OLEIRO 

1. O vaso na mão do Oleiro foi consertado.

V. 4 “Como o vaso, que ele fazia de barro, se estragou na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme pareceu bem aos seus olhos fazer.” 

O vaso que ele estava fazendo de barro quebrou-se nas mãos do oleiro. 

Observe que o barro seco, frágil é quebradiço. Isso lembra a fragilidade humana diante do pecado. 

2. O vaso na mão do Oleiro é transformado.

Rm 12.1-2 “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. 2 E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus. 

O vaso se quebrou, então ele fez um vaso novo.

2ª Co 5.17 “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” 

Este é um retrato perfeito das nossas vidas. Não aparentemos não ter um valor para Deus em nossa condição natural. 

Ele nos desenterra, seca nos limpa e nos lava. 

3. O vaso na mão do Oleiro é destinado à vontade do Oleiro. “...tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos olhos do oleiro fazer.” 

Deus é O oleiro, nós somos apenas o barro. 

Naamã mergulhando no Jordão (2º Rs 5.1). Ele queria que a cura fosse feita à sua maneira. Quando ele se submeteu a Deus, ele foi curado. 

E assim como o oleiro exerce sua vontade sobre o pedaço de barro, DEUS deseja exercer Sua vontade sobre nós. 

Pv 16.9 “O coração do homem planeja o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos.” 

O nosso Oleiro é aquele não encontra limites. 1º Reis 8.27 “Mas, na verdade, habitaria Deus na terra? Eis que os céus, e até o céu dos céus, não te poderiam conter, quanto menos esta casa que eu tenho edificado.” 

Jr 23.24 “Porventura sou eu Deus de perto, diz o Senhor, e não também Deus de longe?” 

4. O Oleiro centraliza. O primeiro passo é quando o Oleiro centraliza o barro. Podemos entender com isso que se quisermos ser usados e “moldados” por Deus, devemos estar no centro de Sua vontade. 

Dificilmente alguém poderá ser usado e fazer a vontade de Deus se Cristo não for o centro. O Oleiro precisa centralizar o barro se não pode espirrar para fora todo o molde. Muitas vezes por não estarmos centrados em Deus acabamos saindo pra fora daquilo que Deus quer formar em nós. Quando são os exemplos na Bíblia de pessoas que foram espirradas, por não quererem estar no centro da vontade de Deus. 

5. O Oleiro tira excessos e molda. Muitas vezes temos excessos em nossas vidas que não agrada a Deus, tais como mentira, vaidade, orgulho e soberba. Não adiante em nada o Senhor formar um lindo vaso por fora, se dentro existe toda sorte de excessos. 

Muitos não querem “descer” a casa do Oleiro e serem trabalhados por Deus. Muitos querem “subir” e estar diante do trono, mas poucos estão dispostos a “descer” a casa do Oleiro, para ser moldados. 

Vemos que o Oleiro coloca a mão para dentro do vaso para o molde. Deus não quer apenas nos mudar naquilo que é externo, mas naquilo que é interno, que está dentro, que vem do coração. O Oleiro sabe que é mais fácil moldar naquilo que é interno, pois mudando isso o vaso estará “quase pronto”. Mudando e moldando aquilo que é interno, o externo será apenas uma questão de retoque. O Senhor sabe que mudando o coração de uma pessoa, Ele pode transformar o resto, seu modo de pensar, de falar, de agir e etc… Mas ainda falta o processo final, o do fogo. 

6. O Oleiro passa o vaso pelo fogo. Depois do molde interno o vaso está “quase pronto”, mas falta ainda um último processo, o do fogo. O último processo do vaso é o do fogo. O fogo é o que tira o mau cheiro no vaso que são nossos pecados incrustados e serve para purificar e fazer resistente o vaso. 

Jr 23.29 “Não é a minha palavra como fogo diz o Senhor, e como martelo que esmiúça a penha? 

“Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Mt 3.11 – Lc 3.16). 

Sua Palavra sem o Espírito Santo é pura letra e religiosidade. 

O Espírito Santo sem sua Palavra é puro barulho e heresia. 

É por isso que temos em nossas igrejas, muitas pessoas debilitadas em crer em Deus. Falta a palavra e Seu Espírito. Falta conhecimento da palavra de Deus. Falta também o Espírito de Deus para trazer “entendimento” dessa Palavra. A transformação real só virá através disso. O fogo representa também o juízo de Deus na obra do Espírito Santo. Muitos acham que este fogo é apenas os dons e o poder de Deus dados pelo Espírito Santo. 

O verdadeiro cristão passará pelo fogo da Palavra de Deus. Muitas têm rachado nesse processo, pois acabam vivendo uma vida de religiosidade (como um vaso bonito externamente), que acaba não resistindo ao tempo. Não se engane no fogo todas as coisas serão manifestas. 

Nosso Deus é justo juiz, é fogo consumidor (Hb 12.29), que não tolera o pecado, a iniquidade e apostasia da Sua Palavra. Mas que preza pela santidade, um dos seus atributos. E deseja que sejamos como Ele é, ou seja, SANTO. 

VII. OS DOIS TIPOS DE VASOS 

2ª Tm 2.20-21 “Numa grande casa há vasos não apenas de ouro e prata, mas também de madeira e barro; alguns para fins honrosos, outros para fins desonrosos. 21- Se alguém se purificar dessas coisas, será vaso para honra, santificado, útil para o Senhor e preparado para toda boa obra.” 

1. Somos vaso para ser usado nas mãos do leiro. 2ª Co 4.7 “Mas temos esse tesouro em vasos de barro, para mostrar que este poder que a tudo excede provém de Deus, e não de nós.” 

A Paulo é confiado este tesouro do evangelho, “a iluminação do conhecimento da glória de Deus”. Mas ele se considera como um vaso de barro comum e frágil. A alusão pode ser a um jarro de barro onde frequentemente se escondem tesouros preciosos ou a um lampião de barro, pequeno e barato. 

2. O vaso de honra é santo. 1ª Ts 4.1-5 “Pois vocês conhecem os mandamentos que lhes demos pela autoridade do Senhor Jesus. 3 A vontade de Deus é que vocês sejam santificados: abstenham-se da imoralidade sexual. 4 Cada um saiba controlar o próprio corpo de maneira santa e honrosa, 5 não com a paixão de desejo desenfreado, como os pagãos que desconhecem a Deus.” 

Portadores destes tesouros, que é sua palavra, mas sabendo que a excelência sempre será do Senhor e não de nós. 

3. O Oleiro passa o vaso pelo fogo. Como havia dito, depois do molde interno o vaso está “quase pronto”, mas falta ainda um último processo, o do fogo. O último processo do vaso é o do fogo. O fogo é o que tira o mau cheiro no vaso que são nossos pecados incrustados e serve para purificar e fazer resistente o vaso. 

Jr 23.29 “Não é a minha palavra como fogo diz o Senhor, e como martelo que esmiúça a penha? 

“Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Mt 3.11 – Lc 3.16). 

Sua palavra sem o Espírito Santo é pura letra e religiosidade. 

O Espírito Santo sem sua palavra é puro barulho e heresia. 

É por isso que temos em nossas igrejas, muitas pessoas debilitadas em crer em Deus. Falta a palavra e Seu Espírito. Falta conhecimento da palavra de Deus. Falta também o Espírito de Deus para trazer “entendimento” dessa Palavra. A transformação real só virá através disso. O fogo representa também o juízo de Deus na obra do Espírito Santo. Muitos acham que este fogo é apenas os dons e o poder de Deus dados pelo Espírito Santo. 

O verdadeiro cristão passará pelo fogo da Palavra de Deus. Muitas têm rachado nesse processo, pois acabam vivendo uma vida de religiosidade (como um vaso bonito externamente), que acaba não resistindo ao tempo. Não se engane no fogo todas as coisas serão manifestas. 

Pr. Elias Ribas