A algum tempo tem despertado a minha atenção para as profecias
bíblicas relacionadas com o fim dos tempos.
O renascimento da nação de Israel tem a ver com datas,
previsões e cumprimentos. Sei que há quem ache que datas e números não têm
qualquer relevância bíblica, mas o estudo aprofundado das Sagradas Escrituras
conduzirá facilmente a uma opinião diferente.
Não sou numerólogo e nem cabalista, longe disso, apenas um
servo do Deus vivo, mas algumas datas me deixam curioso com relação do fim.
Especular sobre datas pode ser perigoso, contudo, isso não nos impede de
estarmos atentos aos sinais, pois acredito que estamos a caminho dos momentos
finais da história humana, ou pelo menos desta presente dispensação, ou época.
Devo deixar claro que são teorias e não doutrinas bíblicas.
1ª Teoria. Comparando o tempo decorrido de Adão e Eva até
os dias atuais.
1º dia - A luz.
2º dia - O céu.
3º dia - Terra seca e vegetação.
4º dia - Corpos celestes (sol, lua, estrelas).
5º dia - Animais aquáticos e aves.
6º dia - Animais terrestres e o ser humano.
7º dia Deus descansou. Deus abençoou o sétimo dia e o instituiu como dia de descanso (Gênesis 2.2-3).
1. O segredo do número sete. O número sete é um número bíblico. Deus usa alguns padrões para revelar Sua vontade. Algumas vezes Ele os faz de maneira explícitas. Mas algumas vezes Ele se vale figuras, de tipos e de segredos que nós precisamos estudar e nos aprofundar para compreendermos. Uma das maneiras que Deus revela é que há um padrão no ciclo de sete. Sete na Bíblia é o número de Deus.
2. As sete
dispensações.
Há uma doutrina histórica chamada dispensação, onde os
teólogos dividem em sete, ou seja, as sete dispensações.
1. A dispensação da inocência – antes do pecado.
2. A dispensação da consciência – após a consumação do
pecado por Adão e Eva.
3. A dispensação do governo humano – após o dilúvio.
4. A dispensação patriarcal - A partir de Abraão.
5. A dispensação da Lei - A partir de Moisés.
6. A dispensação da graça - a partir de Cristo.
7. A dispensação do milênio - O reinado de Cristo por mil anos.
3. A cronologia da Terra. É interessante observar a
contagem do tempo na Bíblia:
·
De Adão até Abraão, podemos contar
aproximadamente 2 mil anos.
·
De Abraão até a morte de Jesus (com
aproximadamente 33 anos de idade), mais 2 mil anos.
·
De Jesus Cristo até os dias de hoje, quase 2 mil
anos. Isso já somam 6 mil anos.
A ideia de que o mundo atual duraria 6 mil anos, e no sétimo
é do Senhor; o ano em que Ele vai reinar por mil anos sobre a Terra e é um tema
presente por alguns estudiosos da Bíblia.
Muitos acreditam que isto não é uma coincidência. Teólogos
que defendem esse posicionamento argumentavam que, da mesma forma que tudo foi
criado em 6 dias, de acordo com o relato de Gn 1, assim também a criação, em
seu estado atual, deve existir durante 6 mil anos, com um dia significando um
período de mil anos, tomando como base os textos de Salmos 90.4 e 2ª Pedro 3.8,
onde a Bíblia diz que 1 dia é como 1000 anos e 10000 anos como um dia para o
Senhor. Passados seis mil anos, de acordo com eles, ocorreria a Segunda Vinda
de Cristo, que marcaria o término do mundo tal como nós o conhecemos e o início
de uma nova era.
Comparando aos dias da criação, onde Deus trabalhou seis
dias e descanso no sétimo, entende-se que ao completar sexto milênio haverá um
descanso na Terra, isto é, o reinado milenar de Cristo nessa Terra (Ap 20).
Nos três primeiros versículos de Ap 20, vemos Satanás sendo
acorrentado e mantido preso por mil anos. Mas nos versículos 4 a 6 desse capítulo,
mostram os fiéis participando da “primeira ressurreição” e reinando com Cristo
por mil anos.
Com base nessa teoria estamos as portas dos acontecimentos
apocalípticos. Os sinais do fim nos mostram que tudo está se cumprindo, faltando
agora o aparecimento dos Anticristo (2ª Ts 2.3-12; Ap 6.1 e 2).
Para muitos rabinos nós estamos chegando no final dos seis
mil anos (2ª Pe 3.8-10). Se nós interpretarmos na ótica de Pedro que diz: “mil
anos é como um dia e um dia como mil anos” nós estamos no fim dos 6 mil anos e
o sétimo é o governo de Messias. E após o reinado de Cristo virá o Grande Trono
Branco e a destruição da Terra.
Depois da destruição desta Terra no final do sétimo milênio o Senhor fará tudo novo: “Novo Céus e Nova Terra.
2ª Teoria. A parábola da figueira. Mt 24.32-34 “Ainda lhes propôs uma parábola, dizendo: Vede a figueira e todas as árvores. Quando começarem a brotar, vendo-o sabeis, por vós mesmos, que o verão está próximo. 32- Assim também vós, quando virdes acontecer essas coisas, sabei que o Reino de Deus está perto. 34- Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam.”
A figueira que
representa Israel, brotou quando foi reconhecida como nação, e recebeu de volta
a sua terra, no dia 14 de maio de 1948 cumprindo com a profecia de Isaías:
“Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisas semelhantes? Poder-se-ia nascer
uma terra em um só dia? Mas Sião esteve de parto e já deu à luz seus filhos” (Is 66.8).
A história nos conta que no ano 70 o General Tito, comandou uma legião de soldados romanos, os quais destruíram a cidade de Jerusalém, colocando os judeus para fugirem de suas terras. Desde aquele dia os judeus permaneceram um período de, aproximadamente 19 séculos longe de sua pátria. Mas, no final da 2ª Guerra Mundial, a ONU resolve estabelecer o patrimônio regional de cada nação destruída pela guerra. Em 1947, o diplomata brasileiro Oswaldo Aranha inaugurou a Assembleia Geral da ONU e teve papel determinante na condução do Comitê̂ Especial que discutiu a divisão da Palestina. Ao final da Assembleia, 33 países, inclusive o Brasil, votaram a favor da partilha da Palestina em dois territórios: um para os judeus, com 53% do total, outro para os árabes, com 47%. E, no dia 14 de maio de 1948, Israel foi contado como nação livre, dando o direito de cada judeu espalhado pelas nações de voltarem como sendo o último dos sinais da volta do Senhor Jesus.
Comparando a idade de uma geração. “...e não passará
esta geração sem que todas estas coisas aconteçam.”
O maior sinal da volta de Jesus a esse mundo, é saber que a
figueira brotou. Israel é o relógio de Deus na Terra. Essa expressão “relógio
de Deus no mundo” é usada por muitos cristãos que vivem antenados no que
acontece com o Estado Israelense. O renascimento da nação de e os constantes
conflitos que ocorrem nesse território ganham visão escatológicos e são vistos
como o cumprimento das profecias bíblicas acerca do fim dos tempos e o retorno
de Cristo.
Nas Escrituras Sagradas, uma geração varia de 40 a 100 anos
(Gn 15.13; Nm 32.13; Sl 90.10; Mt 1.17; At 7.6).
Tomando por base o Salmos 90.10, “Os dias da nossa vida
chegam a setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o
orgulho deles é canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos voando.”
Talvez a linguagem fosse melhor traduzida: “Os dias de
nossos anos! Neles estão setenta anos;” ou, eles somam setenta anos. Assim, o
salmista é representado refletindo sobre a vida humana nos dias que constituem
os anos de vida; fixando seu pensamento naqueles dias e anos, e tomando a soma
deles.
A expressão idiomática “os dias de nossa vida” refere-se a
nossa idade, isto é, a uma geração, isto é, 70 anos.
Em 14/05/2018, Israel completou 70 anos depois da criação do seu estado (o tempo de uma geração bíblica conforme Sl 90.10. Isso mostra que tudo já tem se cumprido para a volta de Jesus a essa Terra.
Porque Jesus ainda não voltou. “...pela sua robustez,
chegam a oitenta anos...”. Setenta ou oitenta anos deve representar o tempo de
vida de uma geração.
Dez anos a mais para uma geração, ou seja, podendo chegar
aos 80 anos, conforme Jesus nos adverte dizendo: “E, tardando o esposo,
tosquenejaram todas, e adormeceram. Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem
o esposo, saí-lhe ao encontro.” (Mt 25.5,6).
Jesus nos adverte que o Noivo vai tardar um pouquinho, porém
a meia noite será o horário exato para chegada do Noivo, onde o Espírito Santo
vai gritar: “Aí vem o esposo...”.
Meia noite é quando o céu está mais escuro, isso nos remete
a trevas, dificuldades, falta de esperança. Isso era assim com o povo no Egito,
eram escravos e já estavam perdendo a esperança de sua realidade mudar.
O aposto Paulo traz uma advertência para aqueles que estão
no sono da negligência: “Por isso diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te
dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá. (Efésios 5.14).
Note que todas adormeceram, todavia, 5 delas estavam com
suas lamparinas cheia de azeito (símbolo da comunhão com o Espírito Santo) e 5
delas estava acabando o azeite de suas lamparinas, não puderam entrar nas Bodas
do Cordeiro.
A vontade de Deus é que vigiemos e esperemos Seu retorno,
porque a data e hora exata do retorno do Senhor são desconhecidas por qualquer
um de nós. Portanto, “Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe” indica que
ninguém sabe a hora e a data exata em que o Filho do homem descerá do céu para
arrebatar Sua Igreja. Portanto, o tempo em que vivemos é o tempo de se
preparar, orar, se humilhar e buscar a face do Senhor, e ter a intimidade com o
Espirito Santo é que faz a diferença.
Fique atento, em Lucas 21.34-36, o Senhor Jesus nos adverte,
sobre o fato de estarmos prontos a todo o momento. Mesmo sendo capazes de
perceber a vida de Jesus pelos sinais, é possível ficarmos envolvidos com as
coisas terrenas, que alguns de nós não estarão para quando sua chegada se
tornar um fato. (v. 34).
Para o povo de Deus, familiarizado com as Escrituras, nada parece estranho nem admirável, quando vemos trevas, angústias e dificuldades, pois sabemos, pela Bíblia, que estas coisas anunciam a vinda iminente de Jesus.
3ª Teoria. Está
relacionada com a morte de Cristo.
Marcos afirma que Jesus nasceu durante o reinado de Herodes,
o Grande, que reinou na Judéia do ano 37 ao ano 4 a.C. Conforme o Evangelho de
Mateus, Jesus deve ter nascido em 4, a 7 a.C.”. Portanto, o nascimento de
Cristo deve ter ocorrido antes dessa data. Considerando essa data, Jesus nasceu
antes de Seu nascimento, isto é, Ele já deviria ter Seus 4 a 7 anos de idade.
Lucas afirma que Herodes Antipas era o governador da
Galileia (Lc 3.1). Nesse mesmo período o governo da Judeia estava sob a
responsabilidade de Pôncio Pilatos, que governou do ano 25 ao 37, visto que
Arquelau já havia sido deposto.
Herodes é mencionado mais uma vez com destaque por ocasião
do julgamento de Jesus. Depois de ser preso, Jesus compareceu perante Pilatos.
O governador romano da Judeia, por sua vez, se aproveitou da presença de
Herodes em Jerusalém e o enviou a ele (Lc 23.7).
O Evangelho de Mateus afirma que Jesus nasceu no tempo de
Herodes, o Grande, que morreu em 4 A.C.", Portanto, o nascimento de Cristo
deve ter ocorrido antes dessa data. Outros Evangelhos e fontes históricas
sugerem datas que variam de 7 A.C. a 7 D.C., embora a maioria dos historiadores
aceitem 4 A.C. Isso significa que o ano 1996 foi provavelmente o verdadeiro ano
2000 no calendário Anno Domini de Dionísio.
O historiador romano, Tácito, fala da morte na cruz de uma
pessoa que era chamada de Messias sob o reinado de Tibério pelo governador
Pôncio Pilatos. “Estas datas são especialmente úteis para os historiadores”,
explica Savage. “O imperador Tibério governou Roma entre 14 e 37 d.C., sabemos
que Jesus nasceu entre 7 e 4 a.C. no final do reinado de Herodes. Sabendo que
viveu 30 anos, podemos datar sua morte entre os anos 26 e 28”.
Segundo o pesquisador da Universidade de Saint Louis (EUA),
Douglas Boin, ele diz: “Jesus foi executado na província romana da Judeia pelo
prefeito da província, Pôncio Pilatos. Inclusive a data, provavelmente em torno
de 28 depois de Cristo.
Na páscoa do ano 30, é a provável data da morte de Jesus
Cristo. Indícios de sua existência foram registrados pelo historiador judeu
Flavius Josephus e depois pelos romanos Tácito, Suetônio e Plínio.
Segundo o Dr. Russel Shedd, Cristo morreu em 29/30 d.C.
São datas diferentes, porém, muito próximas em que os relatos históricos e bíblicos que provavelmente Jesus morreu entre o ano 26 a 30. d.C., sendo assim nessa data estaremos completando 2 mil anos da crucificação de Jesus.
CONCLUSÃO
Eu entendo que essas datas são importantes para os nossos
dias, pois estão relacionadas com o raciocínio formulados no estudo e comparado
com tempo presente, nos deixa em alerta, pois estão relacionadas com os sinais
em evidência da eminente volta de Jesus para arrebatar Sua Igreja.
Na primeira teoria, comparando os 6 seis dias da criação até nossos dias, isto é, o tempo decorrido de Adão e Eva até hoje, completam-se 6 mil anos aproximadamente. E o sétimo, o descanso, será o governo milenar nessa Terra.
A segunda teoria, comparando a parábola da figueira e a idade
de uma geração. Considerando que a figueira brotou no ano de 1948, (quando
Israel foi reconhecido como nação), completou 70 anos em 1918, completando
assim uma geração (cf. Sl 90.10),
podendo chegar aos 80, (que são os enfados e canseira – refere-se as
tribulações que Israel está enfrentado hoje). Assim os 70 anos de uma geração (2018)
mais 10 anos, igual a 80, conclui-se que a soma fecha em 2028.
A terceira teoria está relacionada com a e morte Jesus no
ano 26/30, a.C., e que aproximadamente nessa data (no ano 26/30), completam-se
2 mil anos.
Mais uma vez venho
dizer que não estou marcando nenhuma data para o retorno de Cristo a esse
mundo, e que são teoria que em estudos cheguei a essas conclusões.
A Bíblia diz que não podemos saber quando o Senhor voltará
(Mateus 25.13). Mas as Escrituras também dizem claramente que podemos saber a
época da volta do Senhor (1ª Tes 5.2-6). A volta d'Ele não deveria surpreender
os que O conhecem e a Sua Palavra, pois eles têm o Espírito Santo para dar-lhes
entendimento da natureza dos tempos. Portanto, pelos sinais em evidência,
entendo que a nossa geração será a última para o arrebatamento a Igreja.
Todavia sabemos que a figueira já brotou “...e está perto o verão e quando virdes acontecer essas coisas, sabei que o Reino de Deus está perto” (Mt 24.32-33). Portanto, é um tempo de refletirmos e estarmos em alerta, pois o Senhor Jesus antes de voltar ao Pai nos advertiu dizendo: “Orai e vigiai” (Mc 13.37; 13:18; 14.38), “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir.” (Mt 25.13).
Deus vos abençoe.
Pr. Elias Ribas
Assembleia de Deus
Blumenau - SC