TEOLOGIA EM FOCO

sábado, 25 de setembro de 2021

ESBOÇO DO LIVRO DE LEVÍTICO 1 – 27



ESBOÇO DO LIVRO DE LEVÍTICO 1 – 27

O livro de Levítico é o terceiro livro da Bíblia. Seu tema principal trata acerca do culto ao Senhor na Antiga Aliança. Por isto boa parte do conteúdo do livro é constituída pela descrição de cerimônias e ritos. Por se tratar de um livro sacerdotal, o conteúdo do livro sempre foi conservado muito cuidadosamente pelos hebreus, e também o será por mim, pois esta é a vontade de Deus.

 Esse estudo está divido em 7 partes:

I. REGULAMENTOS A RESPEITO DOS SACRIFÍCIOS: Capítulos 1 ao 7

II. A CONSAGRAÇÃO DOS SACERDOTES: Capítulos 8 ao 10.

III. DIFERENÇA ENTRE LIMPOS E IMUNDOS: Capítulos 11 ao 15.

IV. O DIA DO PERDÃO: Capítulo 16.

V. LEIS DA SANTIDADE: Capítulos 17 ao 25.

VI. BÊNÇÃOS E PUNIÇÕES FINAIS: Capítulo 26.

VII. LEIS DOS VOTOS E OFERTAS: Capítulo 27.

 

I. INTRODUÇÃO DO LIVRO DE LEVÍTICO

1. O título do livro. Na Torá, é intitulada como “Lei dos Sacerdotes”, a Septuaginta traduziu para o grego como Leuitikon ou leueitikon, “a respeito dos levitas”. A Vulgata, tradução do grego para o latim, intitulou o livro com a frase: Liber Leviticus, derivando o título em português para “Levítico” (HARRISON, 1983).

2. Autor - Moisés (Mt 5.17).

3. Data - 1461 a.C.

4. Capítulos totais - 27

II. TABELA RETIRADA DO LIVRO DE HARRISON, 1983.

1. Tema Geral.

Santidade de Deus aplicada à própria vida.

2. Temas Específicos.

Cap. 1-15.

3. Remoção de pecado;

4. Restauração da comunhão com Deus.

Cap. 16-27.

5. Ética; Moral; Santidade.

Objetivo:

·         Garantir a presença de Deus com Seu povo pela obediência às ordenanças.

·         Justificativa.

·         Tratar das obrigações dos israelitas, em especial os levitas.

6. Ensinos espirituais.

O Deus Vivo e Onipotente se faz presente com seu povo, desde que sigam Suas ordens.

Jesus cumpriu o conceito levítico da oferta pelo pecado.

RESUMO DOS CAPÍTULOS DE LEVÍTICO

III. REGULAMENTOS A RESPEITO DOS SACRIFÍCIOS (Capítulos 1 ao 7).

1. Capítulo 1 – Os Holocaustos.

Esse capítulo descreve as especificações de como deviam ser os holocaustos, cujo objetivo era o perdão dos pecados.

Ofertas voluntárias ao SENHOR:

·         Gado (bezerro);

·         Gado miúdo (ovelhas ou cabras);

·         ou aves (rolas ou pombinhos).

Ensino espiritual: Uma oferta ao SENHOR deve ser voluntária e seguir as recomendações de Deus.

2. Capítulo 2 – Ofertas de Manjares.

Este tipo de oferta era um memorial para demonstrar o senhorio e provisão de Deus.

Ofertas voluntárias ao SENHOR:

Ofertas cruas (flor de farinha, com azeite e incenso);

Ofertas cozidas no forno: bolos asmos da flor de farinha amassados com azeite, e coscorões asmos untados com azeite;

Ofertas cozidas na caçoula: flor de farinha sem fermento amassada com azeite;

Oferta de manjares das primícias: espigas verdes, grão trilhado de espigas verdes cheias, tostadas ao fogo.

Ensino espiritual: O SENHOR tem um memorial nosso registrado (Ml 3.16), e nós também precisamos de um memorial, porque Deus cuida de nós e nos provê todas as coisas. A Santa Ceia é um exemplo de memorial, lembramos que o SENHOR morreu por nós e voltará para cearmos juntos no Céu.

3. Capítulo 3 – Sacrifício pacífico.

Para simbolizar paz e comunhão com Deus, eram ofertados voluntariamente os seguintes sacrifícios pacíficos, com o propósito de expressar gratidão a Deus:

·         Gado macho ou fêmea, sem mancha.

·         Gado miúdo macho ou fêmea, sem mancha (cordeiro ou cabra).

·         A gordura e o sangue o fígado e os rins desses animais eram oferecidos ao SENHOR, portanto ficou proibido de se comer gordura ou sangue da oferta.

Ensinos espirituais: Alcançamos a paz com Deus através do sacrifício único e consumado de Jesus Cristo.

4. Capítulo 4 – Sacrifício pelos pecados.

Pecado contra o mandamento (ainda que oculto), era exigido um sacrifício de:

·         Novilho: quando o pecado era cometido pelo Sacerdote ou pela congregação;

·         Bode sem mancha: quando cometido por um príncipe;

·         Cabra fêmea ou uma cordeira, sem mancha: quando cometido por qualquer pessoa;

Ensinos espirituais: A nossa comunhão com Deus é restabelecida depois de o pecado ser confessado e de sermos purificados pelo sangue de Jesus.

5. Capítulo 5 – Oferta pela Culpa.

Pecados ocultos: ouvir e não denunciar uma blasfêmia, tocar em algo morto ou em imundícia humana, jurar fazer o mal

Oferta exigida: Fêmea de gado miúdo, cordeira ou cabra; a pessoa que não tivesse condição financeira de oferecer o gado miúdo, oferecia 2 rolas ou 2 pombinhos; e quem não tivesse condição financeira de oferecer as aves, oferecia 1/10 de flor de farinha.

Sacrifício pelo sacrilégio: Pecado por ignorar as regras das coisas santas.

Oferta exigida: Estimar o valor de um carneiro e oferecer o valor em siclos de prata, acrescido 1/5 para o sacerdote.

Sacrifício pela ignorância: Pecado contra o mandamento, mesmo que a pessoa não soubesse

Oferta exigida: Um carneiro sem mancha.

Ensinos espirituais: Os pecados cometidos involuntariamente, por ignorância, negligência ou imprudência, possuem a mesma gravidade de um pecado consciente, precisam ser confessados, pois Deus oferece perdão.

6. Capítulo 6 – Leis para os Sacerdotes das 5 ofertas anteriores.

Pecados voluntários contra o SENHOR e contra o próximo: Negar devolver o penhor, roubar, extorquir, mentir quando achar algo perdido, jurar falsamente.

Sacrifícios: Devolver tudo, acrescentar 1/5, e oferecer 1 carneiro sem mancha.

Leis das ofertas:

Lei do Holocausto: Fogo contínuo, sacrifício queimado durante toda noite, remoção das cinzas para fora do arraial, acender lenha a cada manhã.

“O fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará.” Lv 6.13

Lei da Oferta de Manjares: Oferecida por um dos filhos de Arão, encher a mão de flor de farinha, azeite e incenso, e queimar sobre o altar. O restante podia ser comido por Arão e seus filhos. É proibido pôr fermento.

Oferta para Consagração dos Sacerdotes: 1/10 de flor de farinha – metade oferecido pela manhã, metade à tarde; cozido; queimado no altar.

Lei do Perdão do Pecado: Local separado para degolar os animais; o sacerdote comia as sobras (a oferta oferecida dentro do Santuário não podia ser comida, tinha de ser totalmente queimada); os respingos de sangue deviam ser lavados; o vaso de barro na qual a oferta foi cozida devia ser quebrado, o vaso de cobre lavado.

Ensinos espirituais: O fogo do altar, aceso ininterruptamente, era o fogo aceso pelo próprio Deus e representava a Sua presença. Quando pensamos em nossa própria vida como um altar, o Fogo é a presença do Espírito Santo, que não pode ser apagado (1ª Ts 5.19).

7. Capítulo 7 – Leis, proibições e a porção dos sacerdotes.

Leis.

Lei do Perdão pela Culpa: Oferecer ao SENHOR a gordura, as tripas, o lóbulo do fígado com os rins, do animal. Os sacerdotes podiam comer o restante e ficar com o couro do animal, comiam também ofertas cozidas e amassadas com azeite ou seca.

Sacrifício da Paz (Oferta de Louvores): Tinha 3 propósitos, ação de graças, voto e oferta voluntária.

Ofertas para o SENHOR: bolos e coscorões asmos amassados com azeite, feitos da flor de farinha, as ofertas com azeites serão fritas; pão com fermento oferecido com os bolos

Parte dos Sacerdotes: De toda oferta um será oferta alçada ao SENHOR, que será para o sacerdote; a carne do sacrifício podia comer no dia, a carne do voto ou oferta voluntária poderia comer até o dia seguinte, mas no terceiro dia, o que sobrar deveria ser queimado.

Proibições: É proibido comer da gordura das ofertas e sacrifícios; é proibido a qualquer pessoa, em qualquer lugar, comer comida com sangue.

Porção dos Sacerdotes: Peito sem gordura do sacrifício pacífico, coxa direita da oferta alçada do sacrifício pacífico.

Ensinos espirituais: A gordura era considerada a melhor parte da oferta, esta ficava para o SENHOR. Quando ofertarmos ao SENHOR, vamos oferecer nosso melhor, uma fé viva, um culto racional, um coração grato e cheio de amor a Ele. Outro ensino importante, é sobre o sustento dos pastores e missionários, eles vivem exclusivamente da Obra, portanto, necessitam de sustento financeiro.

IV. A CONSAGRAÇÃO DOS SACERDOTES (Capítulos 8 ao 10)

1. Capítulo 8 – A consagração dos sacerdotes.

A preparação para a unção e a cerimônia de consagração dos sacerdotes (8.1-9, 12-13). Conforme Números 28 – 29, os sacerdotes foram banhados, vestidos e ungidos.

A santificação do Tabernáculo (8.10-11) com o azeite da unção.

A oferta da consagração (8.14-36): 1 novilho para perdão do pecado, 2 carneiros, 1 para o holocausto e outro para consagração dos sacerdotes, e o cesto dos pães asmos, com um bolo asmo, um bolo de pão com azeite e um coscorão.

Sete dias dentro da congregação para consagração.

Ensinos espirituais: O reino sacerdotal em Israel era uma mostra que o povo, por si mesmo, não podia se achegar a Deus. Os sacerdotes, com a vida consagrada a esse serviço, intermediavam a relação do povo com Deus. Depois da morte e ressurreição de Jesus, Ele se tornou nosso intermediador, o nosso Sumo Sacerdote, nos levando, consagrados e santificados, até Deus.

2. Capítulo 9 – Regras e execução das ofertas.

Em holocausto para perdão do pecado do sacerdote:1 bezerro e 1 carneiro;

Em holocausto para perdão do pecado do povo:1 bode, 1 bezerro, 1 cordeiro de 1 ano;

Oferta de Manjares queimada sobre o altar;

1 boi e 1 carneiro para sacrifício pacífico pelo povo;

Ensinos espirituais: Essa celebração se refere ao arrependimento, perdão de pecados, louvores ao SENHOR e gratidão à comunhão restabelecida. A obediência total às ordens do SENHOR traz a manifestação de sua glória.

3. Capítulo 10 – Aprendizes de sacerdotes.

Nadabe e Abiú morreram porque puseram fogo estranho em seu incensário, desrespeitando a ordem de Deus. A justificativa de Moisés: O SENHOR é santo e deve ser glorificado diante do povo. Moisés, Arão, Eleazar e Itamar não podiam tocar nos corpos mortos. Misael e Elzafã, primos deles, retiraram os corpos de diante do santuário para fora do arraial.

Proibição: Nenhum vinho, nem bebida forte na tenda da congregação.

Moisés reitera o local onde deviam ser comidos as ofertas: no lugar santo, junto ao altar. v. 17b “O SENHOR a deu a vós, para que levásseis a iniquidade da congregação, para fazer expiação por eles diante do SENHOR.” (expiação = perdão) Arão explica o porquê de não comerem naquele dia: “seria aceito aos olhos do SENHOR”?

Ensinos espirituais: A desobediência e desrespeito a Deus tem como consequência a morte. O serviço ao SENHOR é para sóbrios.

Jesus levou sobre si os nossos pecados (v.17b).

V. DIFERENÇA ENTRE LIMPOS E IMUNDOS (Capítulos 11 ao 15)

1. Capítulo 11 – Diferença entre o imundo e o limpo e entre os animais que podem ou que não podem ser comidos.

Animais limpos - animais imundos.

Animais terrestres com unhas fendidas que se dividem em duas, e que remói.

Animais terrestres com unhas fendidas que não se dividem em duas, e que não remói. Ex.: Camelo, coelho, lebre, porco.

Animais aquáticos com nadadeiras e escamas.

Animais aquáticos: sem nadadeiras e com pele.

Demais espécies de aves.

Aves de rapina: águia, urubu, águia-marinha, milhafre, falcão, qualquer espécie de corvo, coruja-de-chifre, coruja-de-orelha-pequena, coruja-orelhuda, qualquer espécie de gavião, mocho, coruja-pescadora, corujão, coruja-branca, coruja-do-deserto, abutre, cegonha, qualquer tipo de garça, poupa e o morcego.

Répteis que voam, quadrúpedes e que salta: os diversos tipos de gafanhotos

Répteis que voam, com 4 ou mais patas (+ insetos).

Nenhum réptil que se arrasta é limpo.

Répteis que se arrastam: doninha, rato, qualquer espécie de lagarto grande, lagartixa, lagarto-pintado, lagarto, lagarto da areia e camaleão.

Sobre o que tocar em cadáver.

Imundo até a tarde - permanece imundo

O homem que tocar em cadáver (deve lavar as vestes).

O vaso de barro deve ser quebrado (o que houver nele fica imundo).

O homem que tocar em réptil morto.

Comida ou bebida que cair na água imunda.

Tudo que cair sobre o animal morto (vaso de madeira, vestido, pele, saco, qualquer instrumento, deve ser lavado em água).

O forno e o vaso de barro sobre o qual o corpo morto cair devem ser quebrados.

Se um animal limpo morrer, quem tocar, ou comer, ou levar o corpo, deve lavar seus vestidos.

Se derramar água na semente e tocar em cadáver.

Será limpo.

A fonte ou cisterna sobre o qual cair o cadáver.

Se o cadáver cair sobre a semente sem água.

Ensinamentos espirituais: A maioria dos animais listados na coluna de imundos comem carne ou substâncias que podem adoecer ou matar pessoas. Porcos, ursos e aves de rapina podem comer (e gostam de) carne em decomposição. Animais predatórios como lobos, leões e leopardos matam e comem os animais na manada que sejam mais fracos (e às vezes os doentes). Animais marinhos, tal como lagostas e caranguejos, limpam o fundo do mar comendo animais mortos. Mariscos consomem matéria orgânica em decomposição. Aqui está uma prescrição do Médico dos médicos para manter seu povo saudável.

Não tocar em animais mortos, e proceder ao rito de tornar-se limpo, servia para distinguir o povo santo e evitar associações sociais e espirituais com quem não servia a Deus. Conforme os versículos 44 e 45, Deus deseja que sejamos santos, separados.

2. Capítulo 12 – A purificação da Mulher depois do parto.

Ao dar luz a um menino, a mãe ficava 7 dias imunda, no 8º dia o menino era circuncidado, a mãe passava 33 dias para purificação, sem poder ir ao Santuário. Completados 40 dias, desde o parto, teria de levar a oferta para propiciação. Obs.: Segundo a medicina, o 8º dia foi considerado o tempo ideal para circuncisão dos meninos.

Ao dar a luz a uma menina, a mãe ficava 14 dias imunda e mais 66 dias para purificação. Completados 80 dias, desde o parto, teria de levar a oferta para propiciação.

Oferta para propiciação e para a mãe ser limpa do fluxo de sangue:

1 cordeiro de 1 ano para holocausto + 1 um pombinho ou 1 rola para perdão do pecado

OU

Para quem não tivesse condição financeira: 2 rolas – um para holocausto e outro para perdão do pecado – ou 2 pombinhos – um para holocausto e outro para perdão do pecado

Ensinos espirituais: A circuncisão foi uma aliança entre Deus e Abraão (Gn 17: 12). Na aliança entre Cristo e a Igreja, a circuncisão corresponde a retirada das obras da carne, ao ser nova criatura e ao cumprir a vontade de Deus. “A circuncisão é a que é do coração” Rm 2.29 (Confira também: Gl 6.15; Cl 2.11, 3.11; Rm 2.25-28, 4.10-12; 1ª Co 7.19; Ef 2.11).

A mulher até hoje precisa de resguardo após o parto. Deus cuida da saúde da mulher.

3. Capítulo 13 – Leis da Lepra.

Lepra no corpo.

Imundo:

Limpo.

Inchaço, pústula, empola branca, com pelo branco, praga mais profunda que a pele.

Inchaço, pústula, ou empola branca, que não aparente ser mais profunda, pelo não ficou branco, em quarentena por 14 dias, se a praga se recolher.

Inchaço, pústula, ou empola branca, que não aparente ser mais profunda, pelo não ficou branco, que se estende depois da quarentena de 14 dias.

Carne viva no inchaço.

A carne viva passar a ter coloração branca.

Lepra cujo todo o corpo é branco e apareceu carne viva.

Lepra que torna todo o corpo branco. (Ver exemplo em 2º Rs 5, leia O Presente do Profeta).

O apostema ganha coloração avermelhada, parece mais funda que a pele, o pelo se tornou branco.

Inchaço, pústula, ou empola branca, que aparente ser mais profunda, cujo pelo ficou branco, que se estende muito depois da quarentena de 14 dias

Inchaço, pústula, ou empola branca, que aparente ser mais profunda, cujo pelo ficou branco, que parou em seu lugar depois da quarentena de 14 dias.

Da queimadura surge empola branca, avermelhada, pelo branco, mais fundo que a pele.

Da queimadura surge empola branca, o pelo não ficou branco, nem ficou mais fundo que a pele, e depois de 7 dias se estendeu.

Da queimadura surge empola branca, o pelo não ficou branco, nem ficou mais fundo que a pele, e depois de 7 dias se recolheu.

Chaga na cabeça ou barba, mais funda que a pele, com pelo amarelo fino.

Chaga na cabeça ou barba, não aparenta ser mais funda que a pele, sem pelo preto, ficará em quarentena por 7 dias, se recolher, será raspado os pelos, e ficará por mais 7 dias em quarentena se não se estender e cresceu pelo preto.

Chaga na cabeça ou barba, não aparenta ser mais funda que a pele, sem pelo preto, se a chaga se estendeu depois da quarentena de 14 dias.

Empolas brancas em homem ou mulher, raspar a cabeça e estiver branco, avermelhado.

Empolas brancas em homem ou mulher, raspar a cabeça e estiver limpo.

O sacerdote examinava e declarava uma pessoa leprosa.

Ritual de declaração do leproso: O leproso tem as vestes rasgadas, a cabeça descoberta, habitação solitária e fora do arraial. O sacerdote clama: “Imundo!”

Vestes com praga.

Imundo.

Limpo.

Vestido de lã, linho, fio urdido, fio tecido, pele e aparecer praga verde ou vermelha, se depois da quarentena de 7 dias se estender, será queimado.

Vestido de lã, linho, fio urdido, fio tecido, pele e aparecer praga verde ou vermelha, se depois da quarentena de 7 dias não se estender, será lavado e ficará por mais 7 dias em quarentena, e a praga se permanece, será queimado.

Vestido de lã, linho, fio urdido, fio tecido, pele e aparecer praga verde ou vermelha, se depois da quarentena de 7 dias não se estender, será lavado e ficará por mais 7 dias em quarentena, e a praga se recolheu, será lavado segunda vez.

Ensinos espirituais: A lepra é uma ilustração do pecado: contagioso, destrutivo e mortal. Somente Jesus cura o homem dessa lepra.

4. Capítulo 14 – O Leproso purificado e a Lei da lepra numa casa.

A cerimônia da purificação previa 1 oferta pelo perdão da culpa, outra oferta pelo perdão do pecado e 1 oferta de manjares. → 2 cordeiros: um para perdão do pecado, outro para o sacerdote + 1 cordeira de 1 ano para holocausto + 3 dízimas de flor de farinha, amassada com azeite + 1 logue de azeite → Para quem não tinha condição financeira: 1 cordeiro + 2 rolas ou 2 pombinhos + a dízima de flor de farinha, amassada com azeite + 1 logue de azeite.

A menor medida para líquidos mencionada na Bíblia. No Talmude judaico, é indicada como um doze avos (1/12) de um him. Com base nisso, o logue equivalia a 0,31 litro. (Lv 14.10).

A casa com praga: Despejar, chamar o sacerdote para examinar. Se houver covinhas verdes e vermelhas, mais fundas que a parede, a casa será fechada por 7 dias. Depois, se a praga se estendeu, as pedras contaminadas serão removidas para fora da cidade, num lugar imundo, raspar as pedras que ficaram, por dentro e por fora, colocar novas pedras e rebocar tudo com barro. Se a praga voltar, a casa será derrubada e o entulho retirado para fora da cidade, num lugar imundo. Se a praga não retornar, iniciará o ritual de purificação: espargir a casa com 1 ave, pau de cedro, carmesim, hissopo e águas vivas; outra avezinha será solta no campo.

Ensinos espirituais: A lei do SENHOR nos revela padrões para termos saúde físico, moral e espiritual.

5. Capítulo 15 – Imundícies do homem e da mulher.

Homem: fica imundo quando tiver fluxo; quando expelir líquido seminal; quando se deitar com a mulher no período menstrual.

Tudo que tiver contato com ele, será lavado (o vaso de barro será quebrado) e ficará imundo até a tarde.

O ritual de purificação: 7 dias depois que o fluxo parar, lavar vestes, banhar-se em águas vivas; no 8º dia oferecer 1 rola ou 1 pombinho para perdão do pecado, e 1 rola ou 1 pombinho para holocaustoMulher: fica imunda no período menstrual, e separada; quando tiver um fluxo fora do normal, ficará separada todos os dias do fluxo.

Tudo que tiver contato com ela, será lavado (o vaso de barro será quebrado) e ficará imundo até a tarde.

O ritual de purificação: contar 7 dias depois que o fluxo parar; no 8º dia oferecer 1 rola ou 1 pombinho para perdão do pecado, e 1 rola ou 1 pombinho para holocausto.

VI. O DIA DO PERDÃO (Capítulo 16)

1. Capítulo 16 – Festa Anual do Perdão.

Preparação do Sumo Sacerdote: Só entrará no Santo dos Santos 1 vez e seguindo esse ritual: banhado; com as vestes sacerdotais: túnica de linho, ceroulas de linho, cinto de linho, mitra de linho; com 1 novilho para perdão do pecado e 1 carneiro para holocausto; 2 bodes pela congregação para perdão de pecados e 1 carneiro para holocausto – seria lançado sorte sobre os bodes, um seria sacrificado e o outro enviado para o deserto, o bode emissário, Azazel.

Sacrifício pelo Sumo Sacerdote: Degolar o novilho do perdão; pegar o incensário cheio da brasa do altar e do incenso aromático e encher o Santo dos Santos dessa fumaça, pegar o sangue do novilho e espargir com o dedo diante da tampa, o propiciatório, por 7x.

Sacrifício pelo povo: Degolar o bode do perdão, levar o sangue para dentro do Santo dos Santos, e espargir com o dedo diante da tampa, o propiciatório, por 7x.

Santificar o Santo dos Santos, o Tabernáculo e o altar com os sangues do novilho e do bode, antes do ritual do 2º bode. Com as mãos sobre a cabeça do bode vivo, confessar os pecados do povo, enviar o bode ao deserto pela mão de um homem designado.

O Sacerdote tira as vestes de linho, toma banho e veste suas vestes sacerdotais. O homem que levou o bode emissário só entrará no arraial depois de lavar as roupas e tomar banho. Os animais degolados serão levados para fora do arraial e a pele, carne e esterco serão queimados; a pessoa que queimar, só entra no arraial depois de lavar a roupa e tomar banho.

A festa anual das expiações: Dia 10, mês 7 (Tisri), um Sábado de descanso e de afligir a alma. É o Dia da Purificação e um Estatuto Perpétuo.

Ensinos espirituais: O SENHOR deu o 1º Testamento, para que entendêssemos o Novo Testamento. Jesus eternizou o dia do perdão de uma vez por todas, hoje obtemos o perdão de pecados todos os anos, meses, dias, horas, minutos, segundos, por causa de Seu sacrifício na cruz (Mt 27.51, Mc 15:38, Lc 23.45; Hb 10.1).

VII. LEIS DA SANTIDADE (Capítulos 17 ao 25).

1. Capítulo 17 – O sangue dos sacrifícios.

Os sacrifícios só podem ser feitos para o SENHOR e no Tabernáculo.

É proibido comer sangue, porque a vida está no sangue e o sangue é para o perdão de pecados.

Ensinos espirituais: Atos 15 relata a ordem dada pelo Espírito Santo e apóstolos a respeito dessa lei aos gentios: “Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação, das quais coisas bem fazeis se vos guardardes. Bem vos vá.” (At 15.28,29).

2. Capítulo 18 – Abominações proibidas.

Proibido ter relações sexuais com:

Parentes.

Pai ou mãe.

Mulher do pai.

Irmã por parte de mãe, ou de pai.

Neto (a).

Enteada.

Tia por parte de mãe ou de pai.

Mulher do tio.

Nora.

Cunhada.

Mulher e filha.

Duas irmãs.

Mulher menstruada.

Mulher de outro homem.

Pessoa do mesmo sexo.

Animal.

Proibido queimar o (a) filho (a) à Moloque.

Ensinos espirituais: O SENHOR estabelece leis de pureza sexual, para diferenciar Seu povo dos outros povos. Essa lei favorecia saúde física e harmonia no lar e na comunidade.

3. Capítulo 19 – Revisão das leis e prescrições morais e cultuais.

Esse capítulo é um manual de santidade do antigo povo de Israel, com repetições dos 10 Mandamentos, do próprio livro de Levítico e tem como objetivo honrar a Deus como o SENHOR. Esta palavra se repete 22x nesse capítulo, e a expressão “Eu sou o SENHOR”, se repete 15x.

Ensinamento Espiritual: Ao recebermos Jesus como Salvador, também temos de recebê-lo como SENHOR. É Jesus quem ordena, dirige, manda em nossa vida.

4. Capítulo 20 – Penas de diversos crimes.

Crimes cuja pena é a morte: sacrificar o filho à Moloque, consultar adivinhos ou ser adivinho (tipo de morte: apedrejamento), amaldiçoar os pais, adulterar, homem que tiver relações sexuais com a mulher do pai, ou com a nora, ou com outro homem, ou com animal (inclui-se a mulher que tiver relações sexuais com animal), ou com sua irmã, ou com uma mãe e sua filha (tipo de morte: queimados), ou com mulher menstruada.

Crimes cuja pena é ficar sem filhos: homem que tiver relações sexuais com a tia ou com a cunhada.

Ensinos espirituais: Quando Deus proíbe um ato, é para impedir a nossa autodestruição espiritual. Desobedecer à ordem de Deus traz consigo consequências que nos levam a morte, por esse ato estar contrário ao Doador da Vida.

5. Capítulo 21 – Leis para os sacerdotes.

Esse capítulo de reserva a descrever a aparência, relações afetivas e conjugais dos sacerdotes.

Morte: Os sacerdotes deviam estar disponíveis para o serviço designado por Deus, em caso de morte de parentes próximos (pai, mãe, filho (a), irmão, irmã virgem) podiam enterrar o corpo, sem tocar neles, para que não ficassem impedidos pelo protocolo da purificação cerimonial.

Os sacerdotes a serviço tinham de serem perfeitos na aparência e no físico (v. 5, 18-23). Os levitas com deformidades só eram permitidos comer das coisas santas.

A pureza sexual dos sacerdotes e de suas filhas era uma obrigação: casamento com virgem, e proibida a prostituição.

Ensinos espirituais: A nossa aparência deve refletir a perfeição e santidade de Deus. A nossa vida sexual deve estar submetida à vontade de Deus, dessa forma evitaremos problemas, traumas e infelicidades no lar.

6. Capítulo 22 – Leis sobre comer as coisas santas.

Comparação do versículo 2.

ARC e NVI

“Dize a Arão e a seus filhos que se apartem das coisas santas dos filhos de Israel, que a mim me santificam, para que não profanem o meu santo nome. Eu sou o Senhor.” (Lv 22.2).

“Diga a Arão e a seus filhos que tratem com respeito as ofertas sagradas que os israelitas me consagrarem, para que não profanem o meu santo nome. Eu sou o Senhor.” (Lv 22.2).

Os sacerdotes só podiam servir se estivessem limpos, purificados, santificados.

Um sacerdote não podia comer coisas santas se fosse leproso, tivesse fluxo, tocasse em cadáver, tivesse tido relações sexuais, tivesse tocada em réptil, tivesse comido animal morto ou dilacerado.

O animal do sacrifício deve ser sem defeito e sem mancha. Só depois do 8º dia de nascido poderá ser sacrificado.

O sacrifício de louvor deve ser voluntário.

Ensinos espirituais: Em 1º Samuel 21.6, o sacerdote Aimeleque oferece a Davi o pão sagrado, exigindo, antes, a abstenção sexual de Davi e seus guerreiros. Jesus, em Mateus 12.4, relembra esse feito, justificando que, Deus, antes do sacrifício, deseja misericórdia.

7. Capítulo 23 – As Festas Solenes.

Festas – dia - motivo.

Sábado. O termo Shabat (do hebraico שבת, shabāt; que significa de descanso. É o dia de descanso do semanal no judaísmo, escrito nos dez mandamento na lei de Deus.

7º dia da semana.

1 dia semanal para descanso.

Páscoa. O termo Páscoa deriva do aramaico פסחא Pasha, que em hebraico se diz pesach, com um significado discutível: pode ser saltar”, originalmente em referência a uma dança ritual; No livro do Êxodo, no Antigo Testamento (Êx 12.26-32) o termo refere-se à noite em que YAWEH matou os primogénitos do Egito e poupou (“saltou”) as casas de Hebreus, cujas ombreiras e dintel das portas estavam pintadas com o sangue do cordeiro pascal.

10 do 1º mês. Pessach é uma festividade que tem início no 15º dia do mês hebraico de “Nisan” (abril).

1 dia para comemorar a libertação da escravidão no Egito, Deus poupou os primogênitos hebreus.

Pães asmos. "pão sem fermento" é derivado da palavra matzoh, que significa “pão ou bolo sem levedo”.

De acordo com o léxico hebraico, o termo “ázimo” ou “asmo”, do hebraico מצות matstsah ou matzah é um tipo de pão assado sem fermento, feito somente de farinha de trigo (ou de outros cereais como aveia, cevada e centeio) e água. A preparação da massa não deve exceder 18 minutos para garantir que a massa não fermente.

O pão ázimo é prato obrigatório na festa do Pessach (páscoa judaica), festa que também se chama Hag ha-matzot, ou a festa dos pães ázimos. O pão ázimo é prato obrigatório na festa do Pessach (páscoa judaica), festa que também se chama Hag ha-matzot, ou a festa dos pães ázimos.

5 a 21 do 1º mês.

7 dias para lembrar do êxodo do Egito.

A Festa de Shavuot é uma das mais importantes na cultura e tradição judaicas, ela se encontra entre os mo’adim l’Adonai ainda no pentateuco e têm diversos nomes:

Festa da Colheita ou Sega. Hag hakatsir no Hebraico. Por se tratar de uma colheita de grãos, trigo e cevada, essa festa ganhou esse nome. (Ex 23.16).

Festa das Semanas. Hag hashavu´ot no Hebraico. O significado desse nome está no período de tempo entre a Páscoa e esta festa, que é de sete semanas, este período é conhecido como Contagem do Omer, ou Sefirat Omer. Esta festa acontece cinquenta dias depois da Páscoa que se encerra com a colheita da cevada; Shavuot marca o encerramento da colheita do trigo (Êx 34.22; Nm 28.26; Dt 16.10).

Ômer (em hebraico: עֹ֫מֶר ōmer) é uma antiga unidade israelita de medida seca usado na época do Templo em Jerusalém. Ele é usado na Bíblia como uma antiga unidade de volume para grãos e produtos secos, e a Torah menciona como sendo igual a um décimo de ephah.

Festa das Primícias. Shavuot (do hebraico: שבועות, Shavuot “sete” “semanas”, também conhecida como Festa das Colheitas ou Festa das Primícias) é a festa judaica celebrada no quinquagésimo dia do Sefirat Haômer. Devido a esta contagem, a festa é também chamada de Pentecostes.

Hag Habikurim no Hebraico. O significado desse nome está na entrega de uma oferta voluntária, a Deus, dos primeiros frutos da terra colhidos na sega (Nm 28.26). Provavelmente, a oferta das primícias acontecia em cada uma das três tradicionais festas do antigo calendário bíblico. Na primeira, Páscoa, entregava-se uma ovelha nascida naquele ano; na segunda, Colheita ou Semanas, entregava-se uma porção dos primeiros grãos colhidos; e, finalmente, na terceira festa, a Festa dos Tabernáculos ou Cabanas, o povo oferecia os primeiros frutos da colheita de frutas, como uva, tâmara e figo, especialmente.

A Festa de Shavuot é uma das mais importantes na cultura e tradição judaicas e significa: o que começa ou se apresenta em primeiro lugar; prelúdios.

1. A primeira parte de algo que deve ser reservada a Deus.

2. Os primeiros frutos que são colhidos.

3. Os animais que primeiro nascem em um rebanho.

4. Os lucros que são primeiramente apurados.

5. Os livros que vieram primeiro.

1ª ceifa da colheita – início do ano.

1 dia para celebrar a provisão de Deus.

Festa de Pentecostes. Os significados desse nome são variados:

(a) nos últimos trezentos anos do período do Antigo Testamento, os gregos assumiram o controle do mundo ocidental, impondo o idioma grego, que se tornou muito popular entre os judeus. Os nomes hebraicos – hag hakatsir e hag shavu´ot – perderam as suas atualidades e foram substituídos pela denominação Pentecostes, cujo significado é cinquenta dias depois (da Páscoa).

A Festa da Colheita, Semanas ou Pentecostes era e ainda é uma celebração agrícola, originalmente, realizada no campo, no lugar onde se cultivava o trigo e a cevada, entre outros produtos agrícolas. Posteriormente, essa celebração foi levada para os lugares de culto, particularmente, o Templo de Jerusalém. Os muitos relatos bíblicos não revelam, com clareza, a ordem do culto, mas é possível levantar alguns passos dessa liturgia:

O Pentecostes, significa cinquenta dias depois da celebração das Primícias.

1 dia para celebrar o início da colheita do trigo.

1. A Festa de Shavuot começava quando a foice era lançada contra as espigas (Dt 16.9). É bom lembrar que deveria ser respeitada a recomendação do direito de respigar dos pobres e estrangeiros (Lv 23.22; Dt 16.11).

2. Durante a cerimônia normalmente a festa era feita a peregrinação para o local de culto (Êx 23.17).

3. Durante a Festa de Shavuot todo o povo trabalhador se reunia com suas famílias, amigos e os estrangeiros (Dt 16.11). Essa cerimônia era chamada de “Santa Convocação” (Lv 23.21). Ninguém poderia trabalhar durante aqueles dias, pois era considerado um período de solene alegria e ação de graças pela proteção e cuidado de Deus (Lv 23.21).

4. Durante a Festa de Shavuot, no local da cerimônia, o feixe de trigo ou cevada era apresentado como oferta a Deus, o Doador da Terra e a Fonte de Todo Bem (Lv 23.11).

5. Os participantes da Festa de Shavuot alimentavam-se em parte das ofertas trazidas pelos agricultores.

6. As Sete Semanas contadas desde Pessach até Shavuot incluíam outros objetivos, além da ação de graças pelos dons da terra: reforçar a memória da libertação da escravidão no Egito e o cuidado com a obediência aos mandamentos, a Torah (Dt 16.12).

7. Havia proibição de usar a nova produção da lavoura antes da Festa das Colheitas, a Festa de Shavuot (Lv 23.14).

A Festa Trombetas.

1º do 7º mês.

Ano novo civil – 1 dia para expressar alegria.

Dia do Perdão/ ou da Expiação.

10 do 7º mês.

1 dia para perdão e restauração da comunhão com Deus.

Tabernáculos.

15 a 22 do 7º mês.

7 dias morando em tendas para lembrar a saída do Egito e os dias em tendas no deserto.

Ensinos espirituais: Esses dias especialmente separados para comunhão com Deus e celebração entre o povo, nos mostra como são especiais os dias de festa a Deus em comunhão com a igreja.

8. Capítulo 24 – Leis sobre as lâmpadas, pão para a Mesa do SENHOR e a Pena para o pecado de blasfêmia.

As Lâmpadas ficarão acesas continuamente, era usado azeite puro e batido.

O pão para a mesa era feito da flor de farinha, eram 12, organizados em 2 fileiras de 6, sobre cada fileira incenso puro e era posta a cada sábado. Os sacerdotes podiam comer do pão sagrado.

Quando alguém blasfemar será apedrejado até a morte fora do arraial. Lembretes das mortes cuja pena é a morte.

Ensinos espirituais: As Lâmpadas acesas continuamente representam a presença contínua do Espírito Santo na vida do cristão. A Mesa posta com pães representam o alimento espiritual com a qual Deus alimenta a alma do cristão. O nome do SENHOR deve ser louvado.

9. Capítulo 25 – O Ano de Descanso e Ano do Jubileu.

Ano de Descanso: Por 6 anos podiam trabalhar na terra, no 7º ano não, o povo comeria do que foi guardado durante o último ano de produção, a promessa de Deus era que a produção seria para 3 anos. Essa Lei nunca foi cumprida pelo povo, então Deus contou os anos que a terra ficou sem descanso, levou o povo para o cativeiro.

Ano do Jubileu: Proclamado de 50 em 50 anos, liberdade a todos os moradores: voltar à possessão original; se alguém quisesse vender, o valor dependeria da quantidade de colheitas – terra não podia ser vendida perpetuamente. O resgatador conseguia a terra de volta ao parente empobrecido (Rt 2.20). A casa na cidade murada que não for resgatada depois de 1 ano não sairá em jubileu. A casa no campo, não murada, sairá em jubileu. Os levitas terão direito perpétuo sobre sua propriedade. O pobre sem condições de se sustentar, recebe auxílio. O servo hebreu não permanecerá escravo. Os servos dos povos estrangeiros serão sempre escravos, por herança à família. O escravo hebreu, cujo senhor é um estrangeiro, será resgatado, e no ano do jubileu ele e a família serão livres.

Ensinos espirituais: As celebrações desse ano, nos mostra que Deus é o SENHOR da providência e da justiça, e deseja que da mesma forma ajamos.

VIII. BÊNÇÃOS E PUNIÇÕES FINAIS (Capítulo 26)

1. Capítulo 26 – As bênçãos de Deus.

Ensinos espirituais: As bênçãos da Aliança de Deus com Israel eram baseadas na obediência de Israel às leis de Deus.

Bênçãos para os obedientes: Alimento em fartura, segurança, paz, inimigos fugirão, aumento populacional e a presença de Deus no meio do povo.

Punições para os desobedientes: Doença, fugir dos inimigos, se persistir em desobedecer: o castigo aumenta 7x mais, espada, fome, destruição, lugares desertos, terra assolada, espalhados pelas nações, perseguidos, consumidos pelos inimigos.

As recompensas do arrependimento: Deus se lembrará do povo.

Ensinos espirituais: As bênçãos ainda estão disponíveis para quem é obediente. O povo de Israel viveu as bênçãos e punições, e viverá as recompensas pelo arrependimento.

IX. LEIS DOS VOTOS E OFERTAS (Capítulo 27)

1. Capítulo 27 – Votos e Avaliações.

Pessoas:

Homem.

1 mês a 5 anos.

60g de prata.

5 a 20 anos.

240g de prata.

20 a 60 anos.

600g de prata.

Mais de 60 anos.

180g de prata.

Mulher.

1 mês a 5 anos.

36g de prata.

5 a 20 anos.

120g de prata.

20 a 60 anos.

360g de prata.

Mais de 60 anos.

120g de prata.

Animais oferecidos num voto serão santos, os animais imundos serão levados ao sacerdote para avaliação. O que for resgatado será acrescentado 1/5 da avaliação do sacerdote. É proibido votar o primogênito dos animais, porque já é do SENHOR.

Bens: o campo vale 600g de prata por 220l de sementes semeadas. A avaliação pelo sacerdote altera o valor do campo a depender do ano do jubileu. Se não for resgatado ou vendido, será possessão do sacerdote. A avaliação será conforme o siclo do Santuário.

Redenção de dízimos: A 10ª parte dos frutos e dos animais serão do SENHOR. Caso queiram resgatar o dízimo, acrescentará 1/5 sobre o dízimo.

Ensinos espirituais: Sobre os votos, o SENHOR inseriu essas avaliações para que aquele que fizesse pensasse antes de votar. Uma vez feito o voto, teria de ser cumprido. Ver exemplos de Ana (1º Samuel 1) e Jefté (Jz 11).


 

FONTE DE PESQUISA

 

1. A Bíblia em Ordem Cronológica. Nova Versão Internacional/edição autorizada da obra de Edward Reese (org.); tradutor Judson Canto (títulos e textos explicativos). São Paulo: Editora Vida, 2003.

2. Bíblia de estudo aplicação pessoal. Versão Almeida Revista e Corrigida. Ed. 1995. São Paulo CPAD, 2010.

3. Bíblia sagrada. Nova Versão Transformadora. 1. ed. São Paulo: Mundo Cristão, 2016.

4. CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento Interpretado: versículo por versículo: Levítico. São Paulo: Hagnos, 2001. Vol. 1.

5. WIKIPÉDIA. A enciclopédia livre. https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%94mer – Acesso dia 22/09/2021.

5. HARRISON, R. K. Levítico. Mundo Cristão: 1983.

6. NOVA BÍBLIA VIVA. São Paulo: Mundo Cristão, 2010.

 

Pr. Elias Ribas

sábado, 4 de setembro de 2021

A CEIA DO SENHOR NA DOUTRINA PAULINA

 


1ª Coríntios 11.17-34 “Entretanto, nisto que lhes vou dizer não os elogio, pois as reuniões de vocês mais fazem mal do que bem. 18- Em primeiro lugar, ouço que, quando vocês se reúnem como igreja, há divisões entre vocês, e até certo ponto eu o creio. 19- Pois é necessário que haja divergências entre vocês, para que sejam conhecidos quais dentre vocês são aprovados. 20- Quando vocês se reúnem, não é para comer a ceia do Senhor, 21- porque cada um come sua própria ceia sem esperar pelos outros. Assim, enquanto um fica com fome, outro se embriaga. 22- Será que vocês não têm casa onde comer e beber? Ou desprezam a igreja de Deus e humilham os que nada têm? Que lhes direi? Eu os elogiarei por isso? Certamente que não! 23- Pois recebi do Senhor o que também lhes entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão 24- e, tendo dado graças, partiu-o e disse: Isto é o meu corpo, que é dado em favor de vocês; façam isto em memória de mim. 25- Da mesma forma, depois da ceia ele tomou o cálice e disse: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; façam isto, sempre que o beberem, em memória de mim. 26- Porque, sempre que comerem deste pão e beberem deste cálice, vocês anunciam a morte do Senhor até que ele venha. 27 - Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpado de pecar contra o corpo e o sangue do Senhor. 28- Examine-se o homem a si mesmo, e então coma do pão e beba do cálice. 29- Pois quem come e bebe sem discernir o corpo do Senhor, come e bebe para sua própria condenação. 30- Por isso há entre vocês muitos fracos e doentes, e vários já dormiram. 31- Mas, se nós nos examinássemos a nós mesmos, não receberíamos juízo. 32- Quando, porém, somos julgados pelo Senhor, estamos sendo disciplinados para que não sejamos condenados com o mundo. 33- Portanto, meus irmãos, quando vocês se reunirem para comer, esperem uns pelos outros. 34- Se alguém estiver com fome, coma em casa, para que, quando vocês se reunirem, isso não resulte em condenação. Quanto ao mais, quando eu for lhes darei instruções.”

INTRODUÇÃO. A Ceia do Senhor é um ato de suma importância, em si mesmo e na vida do crente. Ela não é um mero símbolo, mas sim uma das verdades centrais da nossa fé. A Ceia do Senhor lembra a paixão e a morte de Cristo em nosso lugar, bem como a Sua segunda vinda. Tendo em vista suas verdades bíblico-teológicas, cabe-nos tomar assento à mesa do Senhor com solenidade e redobrada reverência.

Neste estudo vamos ver o ensino de Paulo concernente a ceia do Senhor segundo a visão paulina.

Paulo inicia a sua carta aos Coríntios, chamando de:

·         Igreja de Deus e aos santos, porque fazem parte da igreja de Cristo. “à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus e chamados para serem santos, juntamente com todos os que, em toda parte, invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso.” (1ª Co 1.2).

·         No capítulo 3 ele chama-os de: Irmãos, não lhes pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a crianças em Cristo. (1ª Co 3.1).

·         No capítulo 5 ele manda entregar a satanás. “entreguem esse homem a Satanás, para que o corpo seja destruído, e seu espírito seja salvo no dia do Senhor.” (1ª Co 5.5).

·         No capítulo 12 ele chama-os de ignorantes: “Irmãos, quanto aos dons espirituais, não quero que vocês sejam ignorantes. (1ª Co 12.1).

·         No capítulo 11 o estudo em foco eles não sabiam discernir o corpo do Senhor. “Pois quem come e bebe sem discernir o corpo do Senhor, come e bebe para sua própria condenação.” (V. 29).

I. ORIENTAÇÕES A RESPEITO DA CELEBRAÇÃO DA CEIA DO SENHOR

1. Eu não posso vos elogiar.

V. 17 “Que lhes direi? Eu os elogiarei por isso? Certamente que não!”

No início deste capítulo Paulo inicia elogiando os irmãos de Corintos (v. 2), mas na doutrina da Ceia ele não pode elogiar.

O tentador compararmos as dissensões aqui com os problemas que aparecem no capítulo 1, mas parece que as dissensões, nesse versículo, estão relacionadas aos eventos que aconteciam quando a igreja se reunia para a ceia do Senhor. E possível que as dificuldades estivessem acima de distinções referentes a classes de ricos e pobres, ou judeus e gentios. Quando a Igreja se reúne, todos devem se ajuntar como irmãos, mas, ao que parece, não era isso que acontecia em Corinto. Em vez da união recomendada por Paulo em 1 Coríntios 11.17 e enfatizada novamente nos capítulos 12— 14, havia divisão entre os cristãos.

Não vos louvo. Em contraste com o elogio de Paulo no versículo 2, de que os coríntios haviam obedecido a muitos de seus ensinos, aqui ele expressa preocupação pelas práticas pecaminosas dos coríntios durante a adoração. Ajuntais é um termo técnico que se refere à reunião da igreja e é usado três vezes nesta passagem (v. 18, 20).

2. Havia divisões na igreja. “Em primeiro lugar, ouço que, quando vocês se reúnem como igreja, há divisões entre vocês, e até certo ponto eu o creio.” (v. 18).

Mas isso é bom? Claro que sim, pois quando se levantam as heresias, Deus levanta homens espirituais e didaque para ensinar da verdade e para corrigir a igreja.

V. 19 “Pois é necessário que haja divergências entre vocês, para que sejam conhecidos quais dentre vocês são aprovados.”

Partidos no grego haireseis, grupinhos, divisões; Aprovados no grego dokimos, eram os convertidos.

A existência de tais diferenças de opinião serve, de qualquer forma, para tornar conhecidos os verdadeiros cristãos.

3. A ceia é do Senhor.  V. 20 “Quando vocês se reúnem, não é para comer a ceia do Senhor.”

A ceia do Senhor é a ordenança ensinada por Cristo antes de Sua morte, conforme Mateus 26.26-28.

“Quando vocês se reunirem para comer...”. Primeiro de tudo, a ceia do Senhor não era para ser transformada numa refeição comum. As refeições deveriam ser tomadas em casa, mas a ceia do Senhor era uma recordação solene da morte de Cristo. A igreja de Corintos se reunia para se empanturrar e embebedar. Então é a vossa mesa e não do Senhor.

Segundo ele ordenou que a ceia fosse observada reverentemente meditando na crucificação.

3.1. Comem antecipado. Se reúnem para satisfazer o vosso ventre.

Tornavam-se inimigos da cruz de Cristo. Fl 3.18-20 “Pois, como já lhes disse repetidas vezes, e agora repito com lágrimas, há muitos que vivem como inimigos da cruz de Cristo. 19- Quanto a estes, o seu destino é a perdição, o seu deus é o estômago e têm orgulho do que é vergonhoso; eles só pensam nas coisas terrenas. 20- A nossa cidadania, porém, está nos céus, de onde esperamos ansiosamente um Salvador, o Senhor Jesus Cristo.”

3.2. Comem a vossa Ceia, então é a vossa mesa. V. 21 “Porque cada um come sua própria ceia sem esperar pelos outros. Assim, enquanto um fica com fome, outro se embriaga.”

Paulo está dizendo que não é a mesa do Senhor, mas a vossa.

A ceia deixava de ser do Senhor quando é deturpada.

Individualismo – ideia anticristã. (Deus tem que servir; vocês querem ser servidos.

Uns tinham fome. Outros se empanturravam.

O egoísmo deles era fatal para o próprio espírito de devoção e amor fraternal da ceia; ela passara a ser apenas uma refeição comum.

3.3. Desprezam a casa de Deus. V. 22 “Será que vocês não têm casa onde comer e beber? Ou desprezam a igreja de Deus e humilham os que nada têm?”

É diferente do verdadeiro culto. “Portanto, que diremos, irmãos? Quando vocês se reúnem, cada um de vocês tem um salmo, ou uma palavra de instrução, uma revelação, uma palavra em língua ou uma interpretação. Tudo seja feito para a edificação da igreja.” (1ª Co 14.26).

3.4. A reunião é para servir. “Como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” (Mt 20.28).

II. QUANDO PARTICIPAMOS DA CEIA DO SENHOR:

1. Aceitamos ser moído e pisados neste mundo.

1.1. O pão. O pão é feito de trigo. O trigo para se tornar farinha passa por um processo, ele é moído no moinho.

1.2. O suco da vide. O suco é feito de uva. Nos tempos antigos as uvas eram pisadas para dar o suco.

Jesus foi desprezado, rejeitado, oprimido, atingido, moído, pisado, surrado e esmagado por causa das nossas transgressões. (Isaías 53.3-8). Por esta razão o apóstolo Pedro escreve dizendo: “Mas alegrem-se à medida que participam dos sofrimentos de Cristo, para que também, quando a sua glória for revelada, vocês exultem com grande alegria. Se vocês são insultados por causa do nome de Cristo, felizes são vocês, pois o Espírito da glória, o Espírito de Deus, repousa sobre vocês.” (1 Pe 4.13,14).

III. COM QUEM O APÓSTOLO PAULO APRENDEUS ATO DA CEIA?

1. Paulo aprendeu o ato da Ceia do Senhor Jesus?

V. 23 “Pois recebi do Senhor o que também lhes entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão.”

Quando Jesus se revelou a Saulo disse que ele era um vaso escolhido (At 9.15). O apóstolo afirma, muitos anos depois de sua conversão, que já fora escolhido por Deus para esse ministério desde o ventre de sua mãe.

Paulo reconhece a onisciência de Deus ao separá-lo antes de nascer para a obra da salvação (1.15).

É uma referência a seu encontro pessoal com Jesus no caminho de damasco e que não procurou os apóstolos, para ser doutrinado por eles.

“Nem tronei a Jerusalém, a ter com os que já antes de mim eram apóstolos, mas parti para a Arábia e voltei outra vez a Damasco. Depois de três anos, fui a Jerusalém para ver Pedro e fiquei com ele 15 dias. E não vi a nenhum outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor” (Gl1.17-19).

Ele foi para a Arábia por um longo tempo e daí voltou a Damasco. Paulo não estava com isso menosprezando a autoridade dos demais apóstolos; o que ele estava dizendo é que tinha a mesma autoridade deles. Ele não esteve três anos e meio com o Senhor Jesus no Seu ministério terreno, como os apóstolos em Jerusalém, mas recebeu diretamente do Senhor o seu evangelho. Ele diz: “nem tornei a Jerusalém, a ter com os que já antes de mim eram apóstolos”.

Eu recebi do Senhor, portanto, se refere à revelação que Paulo recebeu de Cristo sobre o significado da morte e da ressurreição do Senhor representado pelos elementos da santa ceia; simbolismo que Paulo ensinou aos irmãos, explicando-os novamente.

2. Ensinou conforme a ordenança de Cristo.

2.1. Ele deu graças.

V. 24 “E, tendo dado graças, partiu-o e disse: Isto é o meu corpo, que é dado em favor de vocês; façam isto em memória de mim.”

Paulo relembra as palavras ditas por Jesus na última ceia. “Este é o cálice da Nova Aliança”. Ou seja, seu sangue derramado em favor de nós estabelece uma Nova Aliança entre Deus e seu povo. Sua morte na cruz e sua ressurreição selam a Nova Aliança. Nesta Nova Aliança somos reconciliados com Deus, podemos experimentar o perdão dos pecados, a nova vida, a salvação. Jesus age em favor de nós. Ou seja, ele nos alcança. Nós, em profunda gratidão, alvos desse amor tornado visível, celebramos a Ceia em sua memória, comprometendo-nos com o Evangelho.

2.2. É o cálice da Nova Aliança.

V. 25 “Da mesma forma, depois da ceia ele tomou o cálice e disse: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; façam isto, sempre que o beberem, em memória de mim.”

A Igreja é o corpo da cabeça que é Cristo.

Igreja não é simplesmente um ajuntamento de pessoas, e quando esse termina, cada pessoa volta para a casa.

Quando celebramos a ceia, estamos anunciando a Nova Aliança; não é mais a Velha Aliança, que era apenas uma figura. Na velha aliança, todos os atos praticados apenas prefiguravam o que aconteceria.

2.3. Anunciais.

V. 26 “Porque, sempre que comerem deste pão e beberem deste cálice, vocês anunciam a morte do Senhor até que ele venha.

É o mesmo verbo usado em 1ª Co 9.14. A celebração desta ordenança é, portanto, o “grande anúncio da morte de Cristo” e um testemunho ao mundo a respeito da devoção dos cristãos ao seu Senhor, e da confiança deles na Sua morte até que Ele venha (26).

Paulo faz um alerta para o retorno de Cristo a esta terra. João 14.1-3 “Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em mim. 2- Na casa de meu Pai há muitos aposentos; se não fosse assim, eu lhes teria dito. Vou preparar-lhes lugar. 3- E se eu for e lhes preparar lugar, voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver.”

V. AS ADVERTENCIAS DE PAULO PARA A IGREJA

1. Eles comiam indignamente.

V. 27 “Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpado de pecar contra o corpo e o sangue do Senhor.”

Este versículo é um solene aviso contra os que participam da Ceia do Senhor sem uma vida de santificação. Essas palavras significam que esses tais são réus de um crime cometido contra a santidade do corpo e do sangue do Senhor, colocando-se destarte do lado dos inimigos de Cristo, que o crucificaram. Este memorial nos foi dado pelo próprio Cristo; o abuso dele leva à condenação (29) ou “juízo”.

2. Examine-se.

V. 28- Examine-se o homem a si mesmo, e então coma do pão e beba do cálice.

O significado desta palavra no grego é δοκιμάζω dokimadzo que significa provar por teste, examinar, ou aprovar depois de um teste pelo discernimento. A palavra grega é derivada do teste dos metais. Um rigoroso autoexame (v. 19; 2ª Co 13.5; Tg 5.16; 1ª Jo 1.6).

Portanto, não significa somente testar, mas também carrega a ideia de aprovar como resultado do teste. Contudo, testar é insuficiente, a menos que o que é aprovado seja abraçado e mantido.

3. Comiam sem discernir.

V. 29 “Pois quem come e bebe sem discernir o corpo do Senhor, come e bebe para sua própria condenação.”

De acordo com o dicionário, discernir é ser capaz de diferenciar de forma nítida, estimar ou analisar, determinar ou julgar. De acordo com a Bíblia, além de tudo isso, discernir é o que nos livra do juízo, pois o homem que julgar a si mesmo não temerá o juízo de Deus. O contrário de discernir é ignorar, o não discernir nos torna indignos de participar da comunhão, o que pode gerar muitas consequências.

4. O juízo de Deus.

Vs. 30, 31 “Por isso há entre vocês muitos fracos e doentes, e vários já dormiram. 31- Mas, se nós nos examinássemos a nós mesmos, não receberíamos juízo.”

4.1. As nossas atitudes nunca são neutras. A participação desatenta e descuidada da Ceia do Senhor produz resultados desastrosos. Elas produzem bênção ou maldição em nossas vidas. O cálice da Ceia é chamado por Paulo de “cálice da bênção” (1ª Co 10.16). No entanto, no texto transcrito acima, vemos que a mesma Ceia que traz bênção também pode trazer juízo e maldição, em vez de deleite espiritual vem disciplina sobre os crentes.

Paulo menciona três níveis dessa disciplina: Enfraquecimento, doença e morte. Entre os crentes de Corinto havia gente fraca, enferma e alguns haviam sido ceifados pela disciplina divina. O pecado sempre produz resultados desastrosos, sobretudo, na vida dos crentes.

4.2. Porque somos julgados.

V. 32 “Quando, porém, somos julgados pelo Senhor, estamos sendo disciplinados para que não sejamos condenados com o mundo.”

Se nós nos julgássemos a nós mesmos, o Pai não precisaria corrigir-nos. Mas, quando os cristãos não estiverem dispostos a fazer este autoexame, Deus mesmo irá corrigi-los.

Os crentes da Igreja de Corinto foram julgados (em sua saúde) por não discernirem o Corpo; se o tivessem discernido, certamente teriam sido abençoados com saúde.

4.3. Qual o motivo de sermos repreendidos?

1º A repreensão é um sinal de que somos filhos de Deus. João 1.12 “Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus.”

2º Porém, se suportarmos a correção Ele nos trata como filhos. Hb 12.5-7 “E já vos esquecestes da correção (repreensão) que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor e não desmaies quando, por Ele, fores repreendido. 6 Porque o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que recebe por filho. 7 Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos: porque, que filho há a quem o Pai não corrija?”.

3º A correção é uma garantia do amor e cuidado de Deus por nós. Pv 3.12 “Porque o Senhor corrige aquele a quem ama, assim como o Pai ao Filho a quem quer bem”.

4º Qual o propósito da correção? Para não sermos condenados com o mundo.

Ap 3.19 “Eu repreendo e corrijo a todos quantos amo. Portanto, sê zeloso, e arrepende-te”.

5. Quem pode participar a Ceia do Senhor? Todo o corpo místico de Jesus deve participar.

V. 33- Portanto, meus irmãos, quando vocês se reunirem para comer, esperem uns pelos outros.”

“Portanto, meus irmãos...”. Paulo não escreveu sua carta a um grupo específico de pessoas, mas para a igreja de Corintos o corpo místico de Cristo. Note que na exposição de 1ª Coríntios 11.1 ele diz: “Sede meus imitadores, como também eu de Cristo. E no verso 2 ele continua dizendo: E louvo-vos, irmãos...”.

Seguidores de mim; sim imitadores de mim; siga aqui o meu exemplo, como eu sigo o de Cristo.

Portanto, os que podem participar da ceia do Senhor são os salvos em Jesus Cristo que estão conscientes de seu significado e assim preparados para dela participar.

Foi observando esse detalhe que o apóstolo Paulo forneceu a conclusão mais clara sobre quem pode tomar a Santa Ceia. Primeiro ele fala do autoexame necessário que todos devem fazer antes de participar da Ceia do Senhor. Depois ele diz que quem “come do pão e bebe do cálice sem discernir o corpo, come e bebe para a sua própria condenação.” Portanto, é necessário fazer um auto exame para você não for afligido pelo juízo de Deus.

6. Esperai uns pelos outros.

Vs. 33, 34 “Portanto, meus irmãos, quando vocês se reunirem para comer, esperem uns pelos outros. Se alguém estiver com fome, coma em casa, para que, quando vocês se reunirem, isso não resulte em condenação. Quanto ao mais, quando eu for lhes darei instruções.”

Paulo conclui sua discussão sobre a ceia do Senhor com uma exortação prática, para que os cristãos coríntios demonstrassem a devida preocupação uns pelos outros. Ele insinua, nas palavras coma em casa, que desaprova as frequentes festas do amor. E ele mostra novamente uma preocupação pastoral quando expressa a ideia para que vos não ajunteis para condenação. Paulo não se deleita com a mão disciplinadora do Senhor. Ordená-las-ei (do grego diatasso) refere-se às providências visivelmente práticas (1ª Co 16.1; G1 3.19). Qualquer outro detalhe relacionado à ceia do Senhor, Paulo esclareceria em sua visita à cidade.

CONCLUSÃO.

Tendo em mente o exposto, devemos sentar-nos à mesa do Senhor, com discernimento, temor de Deus e humildade. Conscientizemo-nos, pois, de que, ali, não estão meros símbolos, mas o sublime memorial da paixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. Caso contrário, seremos contados como réus diante de Deus. Que o Senhor nos guarde a todos, por sua graça.

Pr. Elias Ribas

Assembleia de Deus

Blumenau - SC