TEOLOGIA EM FOCO

domingo, 26 de dezembro de 2021

OS TRÊS ALICERCES DO MINISTÉRIO

 


ESBOÇO DE PREGAÇÃO

Josué 1.1-9E sucedeu depois da morte de Moisés, servo do SENHOR, que o SENHOR falou a Josué, filho de Num, servo de Moisés, dizendo: 2- Moisés, meu servo, é morto; levanta-te, pois, agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel. 3- Todo o lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu disse a Moisés. 4- Desde o deserto e do Líbano, até ao grande rio, o rio Eufrates, toda a terra dos heteus, e até o grande mar para o poente do sol, será o vosso termo. 5- Ninguém te poderá resistir, todos os dias da tua vida; como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei nem te desampararei. 6- Esforça-te, e tem bom ânimo; porque tu farás a este povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria. 7- Tão-somente esforça-te e tem mui bom ânimo, para teres o cuidado de fazer conforme a toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que prudentemente te conduzas por onde quer que andares. 8- Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido. 9- Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te espantes; porque o Senhor teu Deus é contigo, por onde quer que andares”. 

INTRODUÇÃO

O que segura o nosso ministério? Em quais bases estamos alicerçados?

No preparo acadêmico?

Na formação teológica?

No carisma pessoal?

No caráter? Na força de vontade?

Quando chegam as lutas, as provações, as decepções, o que pode nos manter firmes em nosso ministério? 


I. O CHAMADO DIVINO 

1. Não é escolha própria.

2. Não é escolha humana (outras pessoas).

3. Não se baseia na aparência, capacidade ou habilidades pessoais.

4. É chamado divino (v. 2).

5. É prerrogativa exclusiva de Deus.

6. Ele, em sua soberana sabedoria e vontade, nos vocaciona.

7. Como somos com nossas qualidades.

8. Como somos com nossos defeitos – aos quais eles modificam e aperfeiçoam.

A. Onde quer que estejamos.

B. Deus não se enganou ao nos chamar.

C. É muito mais um compromisso de Deus conosco do que nosso com Deus. 

II. A FIDELIDADE DO SENHOR 

1. Quando Deus diz vem, ele assume todas as implicações deste chamado.

1.1. Ele cuida sempre de todos os detalhes.

1.2. Jamais abandona ou desiste de sues escolhidos (vs. 5, 9).

1.3. Ele cumpre suas promessas a nosso respeito (vs. 3, 6). 

2. Mesmo quando somos infiéis ao chamado ele permanece fiel. 


3. Quando todos nós abandonam ou falham ele permanece fiel.

3.1. Cônjuge.

3.2. Pais ou filhos.

3.3. Amigos.

3.4. Denominação.

3.5. Igreja. 

3. Nosso ministério está alicerçado na fidelidade de Deus e não em promessas ou compromissos humanos. 

III. O PODER DE DEUS 

1. Nos dá autoridade.

1.1. Diante do povo.

1.2. Perante nossos adversários.

1.3. Contra os poderes das trevas.

 

2. Nos dá poder para cumprir nosso ministério (vs. 2,6).

2.1. Com sinais e prodígios.

1.2. Com pregação eficaz.

 

3. Nos enche de seu Espírito Santo.

 

CONCLUSÃO. Nosso ministério não é baseado em títulos, fama, formação, capacidade ou habilidades pessoais. Ele tem como base o chamado divino, a fidelidade do Senhor e o seu poder. Sem isso não podemos exercer o ministério e alcançar frutos para glória de Deus.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

O CHAMADO DIVINO PARA O MINISTÉRIO

 


Esboço de pregação.

1º Reis 19.19-21Partiu, pois, Elias dali, e achou a Eliseu, filho de Safate, que andava lavrando com doze juntas de bois adiante dele, e ele estava com a duodécima; e Elias passou por ele, e lançou a sua capa sobre ele.20 Então deixou ele os bois, e correu após Elias; e disse: Deixa-me beijar a meu pai e a minha mãe, e então te seguirei. E ele lhe disse: Vai, e volta; pois, que te fiz eu? 21 Voltou, pois, de o seguir, e tomou a junta de bois, e os matou, e com os aparelhos dos bois cozeu as carnes, e as deu ao povo, e comeram; então se levantou e seguiu a Elias, e o servia”. 

INTRODUÇÃO. Um proeminente ministro do evangelho, sofrendo de uma enfermidade crônica, foi aconselhado pelo seu médico a afastar-se das atividades pastorais, tendo em vista o prolongamento de sua vida.

Acredito que, se o senhor seguir a minha orientação, ainda possa sobreviver cerca de seis anos; caso contrário, é possível que o nobre pastor tenha menos de três anos de vida – disse-lhe o médico em tom grave.

Ele retrucou: - Bem, doutor, aprecio e agradeço a sua franqueza, mas prefiro viver dois ou três anos na Seara do Mestre, a me entregar a uma ociosidade estéril.  (Manancial de Ilustrações). 

I. DEVE SER PLENAMENTE COMPREENDIDO 

1. Elizeu compreendeu o gesto de Elias.

1.1. Jogar o manto. Um ato simbólico que significava que o poder e a autoridade de Elias passavam a Elizeu.

1.2. “Vai e volta; pois já sabes o que fiz contigo”. 

2. A pessoa que é chamada para o ministério deve entender as implicações deste chamado:

2.1. Poderá passar por provações e privações.

2.2. Nem sempre será popular – Elias: Perturbador de Israel.

2.3. É muito mais do que receber um título.

2.4. Exige sacrifício de outros interesses.

  • Nenhum outro interesse pode fazer-nos fugir do chamado.
  • Elizeu liquidou seus negócios como lavrador.
  • Não pode voltar atrás. 

II. DEVE SER MAIS FORTE DO QUE LAÇOS EMOCIONAIS ANTIGOS 

1. Elizeu precisou deixar sua família.

1.1. Abraão só saiu a peregrinar após a morte de seu pai. Gn 12.1 “Ora o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.”

1.2. O homem de Lucas.E disse a outro: Segue-me. Mas ele respondeu: Senhor, deixa que primeiro eu vá a enterrar meu pai” (Lc 9.59).

·         “Permita-me primeiro sepultar meu pai”.

·         “Não posso ser teu discípulo enquanto meu pai estiver vivo” (NTI).

1.3. “Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim”. 

2. Nenhum laço emocional deve impedir-nos de cumprir a missão. 

III. GARANTE-NOS O RESPALDO DIVINO NO CUMPRIMENTO DA MISSÃO 

1. Elizeu recebeu unção.

1.1. Para ministrar a Palavra.

1.2. Para treinar novos profetas. 

2. Autoridade.

2.1. Sobre as forças da natureza – machado que flutuou.

2.2. Para realizar milagres. 

3. Deus manifestou seu juízo através de Elizeu.

3.1. Geazi ficou leproso como castigo por sua mentira e por tentar tirar proveito próprio do ministério.

3.2. Os 42 rapazinhos que foram mortos por duas ursas.

3.3. Capitão atropelado na porta de Samaria. 

4. A presença constante de Deus. 

CONCLUSÃO. Você sente o chamado para o ministério? Já atendeu este chamado? Já se dispôs a obedecê-lo? Já compreendeu todas as implicações deste chamado?

Não deixe de atender ao chamado divino!

Pr. Elias Ribas

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

NÃO ESTUDE A BÍBLIA - A LETRA MATA

 

ESTUDO BÍBLICO

2ª Co 3.6-9, 11 “O qual nos fez também nos habilitou para sermos ministros de um novo testamento, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica. 7- E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos na face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, a qual era transitória, 8- Como não será de maior glória o ministério do Espírito? 9- Porque, se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça. 11- Porque, se o que era transitório foi para glória, muito mais é em glória o que permanece. 

INTRODUÇÃO

“A letra mata, mas o Espírito vivifica” é uma frase muito conhecida entre os cristãos. Ela é extraída de um texto escrito pelo apóstolo Paulo a igreja de Coríntios. Curiosamente muitas pessoas utilizam essa frase de forma completamente equivocada, especialmente para rejeitar o estudo teológico. 

I. O QUE PAULO QUIS DIZER COM “A LETRA MATA, MAS O ESPÍRITO VIVIFICA”? 

Para entendermos corretamente o significado da frase “a letra mata, mas o Espírito vivifica”, precisamos primeiramente saber em qual contexto o apóstolo Paulo escreveu essas palavras. Vejamos o que Jesus e Seus apóstolos nos ensinam: 

1. O significa A “Letra” neste versículo. Quando usamos um versículo fora do contexto, cometemos graves erros doutrinário. Segundo a exegese bíblica, para entendermos uma doutrina é necessário examinar o contexto exposto pelo escritor e também ao paralelismo das Escrituras. 

2.1. O qual nos fez também nos habilitou para sermos ministros de um novo testamento...” (v. 6). Nesse contexto, Paulo está falando da Nova Aliança, isto é, do Novo Concerto. Ele escreve de uma maneira clara para entendermos: “O qual nos habilitou para sermos ministros de uma Nova Aliança”. 

2.2. “E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória...” (v. 7). Quando o apóstolo utilizou as expressões “tábuas de pedra”, ele estava estabelecendo um contraste entre a Lei do Antigo Testamento e a Lei do Novo Testamento. Moisés deu aos israelitas a Lei em tábuas de pedra, e estes foram incapazes de guardá-la no coração conforme o Senhor ordenou (Dt 6.6; 9.10). 

Para entender isso, é necessário lembrar que a Lei que prescreveu as formas de adoração entre os judeus foi considerada pelo apóstolo como destituída dessa eficácia e poder na renovação do coração que ele atribuiu ao evangelho. Era um serviço que consistia em formas e cerimônias externas; na oferta de sacrifícios e de incenso, de acordo com os requisitos literais da Lei, em vez da oferta sincera do coração (2ª Co 3.6: “A letra mata; o espírito dá vida;” João 6.63 ; Hebreus 10.1-4 ; Hebreus 9.9-10). Não se pode negar que havia muitas pessoas santas sob a Lei e que havia muitas ofertas espirituais apresentadas, mas é ao mesmo tempo verdade que a grande massa do povo descansou na mera forma; e que o serviço oferecido era o mero serviço da Lei, e não da Lei do Espírito no coração. A ideia principal é que os serviços sob o evangelho são pura e inteiramente espirituais, a oferta do coração, e não o serviço prestado por formas e ritos externos. Portanto, a letra é uma referência clara de Paulo a Lei. No verso 6, Paulo chama a Lei de Moisés de “letra”, no verso 7, chama de “ministério da morte” e no verso 9 de “ministério da condenação.” O efeito disso foi meramente produzir condenação; produzir um sentimento de culpa e perigo, e não produzir perdão, alívio e alegria. A lei denunciou a morte; pecado condenado em todas as formas; e o efeito disso foi produzir um sentimento de culpa e condenação, mas a Lei do Espírito nos trouxe vida e paz. 

3. Circuncisão [...] no espírito, não na letra. O paralelismo bíblico, a letra refere-se a Lei, conforme o apóstolo Paulo prescreve em Romanos 2.27-29: “E a incircuncisão que por natureza o é, se cumpre a lei, não te julgará porventura a ti, que pela letra e circuncisão és transgressor da lei? 28- Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne. 29- Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra; cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus.”

“... que pela letra e circuncisão és transgressor da lei?” Este foi o rito especial pelo qual a relação com a aliança de Abraão foi reconhecida; ou pelo qual o direito a todos os privilégios de um membro da comunidade judaica foi reconhecido. Os judeus, é claro, atribuíram grande importância ao rito.

A circuncisão, ou ser chamado de judeu, não tem valor. Isso não o distinguirá daqueles que não são circuncidados. Você será tratado como pagão. Nenhuma vantagem externa, nenhum nome, rito ou cerimônia irá salvá-lo. Deus requer a obediência do coração e da vida. Onde há uma disposição para fazer isso, há uma vantagem em possuir os meios externos da graça. Onde isso está faltando, nenhum rito ou profissão pode salvar. Isso se aplica com tanta força àqueles que foram batizados na infância e àqueles que fizeram profissão de religião em uma igreja cristã quanto aos judeus. 

4. A caducidade da Lei. “Agora, porém, libertados da lei, estamos mortos para aquilo a que estávamos sujeitos, de modo que servimos em novidade de espírito e não na caducidade da letra” (Rm 7.6). 

4.1. Literalmente, na velhice da letra”. Isso descreve a obediência legalista dos que tentam assegurar a salvação pelas obras da lei.

Agora, mortos para essa lei que nos mantinha sujeitos, dela nos temos libertado, e nosso serviço realiza-se conforme a renovação do Espírito e não mais sob a autoridade envelhecida da letra.

O serviço “na caducidade da letra” só pode conduzir ao pecado e à morte (Rm 7.5). Mas o evangelho traz o oferecimento de Deus para capacitar as pessoas a prestar serviço espiritual de coração. O novo nascimento do Espírito Santo significa a criação de um coração puro e a renovação de um espírito reto (ver Sl 51:10), de modo que, a partir de então, o crente não mais serve a Deus por um sentimento de escravidão legal e por medo, mas em um novo espírito de liberdade e amor (cf. Jo 4.23; 6.63; 2ª Co 3:6). 

4.2. Pela conversão, a pessoa morre para a Lei (v. 4). O resultado disso é que agora ela está apta a andar com Deus e servir a Ele em novidade de vida (Rm 6.4). Eles têm uma nova vida no Espírito Santo, não na velhice da letra — o velho modo de tentar ganhar a vida eterna por meio da observância da Lei. 

4.3. O Espírito vivifica. Em outras palavras, a letra mata, mas o Espírito vivifica porque não é a letra que muda o coração da pessoa, mas, sim, o Espírito Santo. Sem Ele, o homem só poderá obedecer a Lei superficialmente e exteriormente. Mas com o Espírito, o homem é capacitado a cumpri-la em uma genuína obediência interior. 

II. SE A LETRA MATA, POR QUE ESTUDAR A BÍBLIA? 

De acordo com o dicionário de nossa língua, estudar é aplicar o raciocínio, a percepção, memória para aprender. Todos os Cristãos têm muitos motivos para estudar a Palavra de Deus. Vejamos alguns desses motivos: 

1. Porque precisamos crescer no conhecimento de Jesus Cristo. 1ª Pe 3.18 “Antes crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora, como no dia da eternidade”. 

2. Porque devemos manejar bem a Palavra de Deus. 2ª Tm 2.15Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”. 

3. Porque a Palavra de Deus é proveitosa para nos ensinar. 2ª Tm 3.16 Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça”. 

4. Porque devemos ser aptos para ensinar. Como podemos ensinar alguém o que não conhecemos?

2ª Tm 2.24 “E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor”. 

5. Porque Jesus e Seus apóstolos deixaram o ministério do ensino. 

5.1. Ensino é um ministério. Ef 4.11 “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores”.

O ensino bíblico Jesus muito ensinou e ordenou aos seus discípulos a exercerem o ministério do ensino. 

5.2. E para se exercer o ministério do ensino é preciso dedicação, ser ter aluno, alguém que queira aprender. Rm 12.7 “Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino”. 

5.3. No ministério terreno de Jesus, Ele sempre se dedicou ao ensino. Lc 5.3 E, entrando num dos barcos, que era o de Simão, pediu-lhe que o afastasse um pouco da terra; e, assentando-se, ensinava do barco a multidão”.

Mt 13.54 “E, chegando à sua pátria, ensinava-os na sinagoga deles, de sorte que se maravilhavam, e diziam: De onde veio a este a sabedoria, e estas maravilhas”?

Mc 1.22 “E maravilharam-se da sua doutrina, porque os ensinava como tendo autoridade, e não como os escribas”. 

5.4. O ensino é uma ordenança. João 5.39 “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam.” 

Mt 28.19-20 Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações.... Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado...”. 

5.4. As palavras da bíblia não matam ninguém. Ela mesma é viva e eficaz. Hb 4.12Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração”.

Só a Palavra através do ensino pode penetrar no coração do homem. 

5.5. Os que negligenciam o ensino são errantes e enganados. Mateus 22.29 “Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus.” 

III. QUATRO PRINCIPIOS TANTO PARA QUEM ENSINA QUANTO PARA QUEM APRENDE 

1. Não acrescentar nada a Palavra de Deus. Pv 30.6 Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso”. 

2. Não subtrair nada da Palavra de Deus. Ap 22.18-19Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; 19- E, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro”. 

3. Falar segundo as Palavras de Deus. 1ª Pe 4.11Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá; para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e poder para todo o sempre. Amém”. 

4. Ser cumpridor da Palavra. Tg 1.22E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos”. 

CONCLUSÃO Vejamos de que letra a Bíblia está falando em 2ª Coríntios 3.6 “Deus nos qualificou para sermos administradores de uma nova aliança, a qual não se baseia em uma lei escrita, mas no Espírito. Pois a lei escrita traz a morte, mas o Espírito dá a vida”. Está claro que o texto está falando lei. A lei de Moisés, a lei judaica.

Que Jesus tenha misericórdia daqueles que tentam esconder a sua negligencia e desobediência a traz da falsa justificativa de que a letra mata.

Quem pensa que não deve estudar a Bíblia por que a letra mata, não pode ter uma Bíblia, pois ela está cheia de letras! 

Todavia, a frase “a letra mata, mas o Espírito vivifica”, como pudemos ver, em nada sustenta esse pensamento equivocado. É claro que precisamos sempre orar para que o Espírito Santo ilumine o nosso entendimento a fim de que possamos compreender as verdades das Escrituras. Mas ao mesmo tempo, devemos estudá-la e examiná-la diligentemente.

Pr. Elias Ribas

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

O OBREIRO APROVADO DE DEUS

 

ESTUDO BÍBLICO

2ª Timóteo 1.6-9, 13-14 “Por cujo motivo te lembro que despertes o dom de Deus que existe em ti pela imposição das minhas mãos. 7- Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação. 8- Portanto, não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro seu; antes participa das aflições do evangelho segundo o poder de Deus. 9- Que nos salvou, e chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos. 13- Conserva o modelo das sãs palavras que de mim tens ouvido, na fé e no amor que há em Cristo Jesus. 14- Guarda o bom depósito pelo Espírito Santo que habita em nós.” 

Tendo encorajado Timóteo a continuar no seu serviço de evangelista, Paulo agora o exorta a encarar os sofrimentos deste trabalho, desenvolvendo as seguintes características do ministro fiel: 

I. MESTRE DA PALAVRA 

2ª Timóteo 2.1,2 “Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus. 2- E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros.” 

Em sofrimento, o servo de Deus deve procurar força na graça de Deus, e não em sua própria capacidade ou sabedoria (2.1; veja Hebreus 12.28; Tito 2.11-14; 2ª Co 12.7-10). Assim fortificado, é necessário que o servo ensine a palavra da graça de Cristo para outros (2.2; veja Atos 20.32). Nisto notemos duas coisas importantíssimas:

É a vontade de Deus que a mesma palavra se passe de uma geração para outra. Paulo disse, "o que da minha parte ouviste...isso mesmo transmite a homens...para instruir a outros" (2.2). 

Hebreus 5.13,14 “Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, porque é menino. 14- Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal.” 

II. DEUS NÃO QUER OBREIROS QUE ENSINEM OUTRO EVANGELHO 

Gálatas 1.8 “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. 

O que é preciso em quem vai ensinar a palavra é fidelidade, e não eloquência ou sabedoria própria:

1ª Coríntios 4.1,2 “Que os homens nos considerem como ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus. 2- Além disso requer-se dos despenseiros que cada um se ache fiel.” 

Quem se fortifica na graça de Deus e não no orgulho de homens ensinará apenas a Palavra de Deus. 

III. SOLDADO, ATLETA, LAVRADOR

2ª Timóteo 2.3-13 “Tu pois, sofre as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo. 4- Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra.5- E, se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente. 6- O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a gozar dos frutos. 7- Considera o que digo, e o Senhor te dê entendimento em tudo. 8- Lembra-te de que Jesus Cristo, que é da descendência de Davi, ressuscitou dentre os mortos, segundo o meu evangelho. 9- Por isso sofro trabalhos e até prisões, como um malfeitor; mas a palavra de Deus não está presa.10- Portanto, tudo sofro por amor dos escolhidos, para que também eles alcancem a salvação que está em Cristo Jesus com glória eterna. 11- Palavra fiel é esta: que, se morrermos com ele, também com ele viveremos. 12- Se sofrermos, também com ele reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará. 13- Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo.” 

O servo do Senhor precisa ser bem treinado e disciplinado para que possa alcançar os alvos de Deus. Como soldado, terá que sacrificar certos confortos e seus próprios desejos para conquistar o objetivo do seu capitão. Como atleta, terá de seguir regras, sacrificando a sua liberdade para receber o prêmio. Como lavrador, terá que trabalhar duro com muita paciência, para depois receber o fruto.

Jesus e Paulo são exemplos perfeitos. Eles sofreram em servir a Deus, confiantes que ele dê a cada um de acordo com as suas obras. 

IV. OBREIRO DILIGENTE 

2ª Timóteo 2.14-19 “Traze estas coisas à memória, ordenando-lhes diante do Senhor que não tenham contendas de palavras, que para nada aproveitam e são para perversão dos ouvintes. 15- Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 16- Mas evita os falatórios profanos, porque produzirão maior impiedade. 17- E a palavra desses roerá como gangrena; entre os quais são Himeneu e Fileto. 18- Os quais se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição era já feita, e perverteram a fé de alguns. 19- Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” 

Enquanto muitos no mundo religioso se enrolam com questões de doutrinas de igrejas e teologia humana, o servo de Deus precisa se afadigar no estudo da palavra da verdade (2.15). Quem busca contendas de doutrinas e segue toda ideia nova gasta seu tempo e corrompe outros com sua falta de confiança na simples palavra de Deus (2.14,16-19; veja Mc 12.24,27; Ef 4.11-14). 

V. VASO SANTIFICADO E DISCIPLINADO 

2ª Timóteo 2.20-26 “Ora, numa grande casa não somente há vasos de ouro e de prata, mas também de pau e de barro; uns para honra, outros, porém, para desonra. 21- De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado para toda a boa obra. 22- Foge também das paixões da mocidade; e segue a justiça, a fé, o amor, e a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor. 23- E rejeita as questões loucas, e sem instrução, sabendo que produzem contendas. 24- E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor. 25- Instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade. 26- E tornarem a despertar, desprendendo-se dos laços do diabo, em que à vontade dele estão presos.” 

O servo de Deus deve disciplinar a sua própria vida, fugindo das coisas que não convêm, e seguindo as que o tornam útil para serviço na casa de Deus (2.20-23). Com a sua própria vida em ordem, o servo então deve exortar a outros, lhes ensinando a pura palavra de Deus com a esperança de que sejam convencidos a se arrepender e parar de servir o diabo (2.24-26). 

CONCLUSÃO.

O servo do Senhor deve buscar o conhecimento teológico, mas a cima de tudo deve ser fiel (2.1-2).

O apóstolo Paulo também compara o obreiro com um sodado listado para a guerra e que não se envolva com os negócios desta vida (2.3-13).

O obreiro deve ter responsabilidade perante a “Palavra da Verdade”? (2.14-26), não permitindo instruções que causam confusões entre a igreja de Cristo.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

O OBREIRO E A MISSÃO

 



João 20.21 “Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.” 

I. O SIGNIFICADO DA PALAVRA MISSÃO 

A palavra “MISSÃO” vem do verbo latim mito, que significa enviar. No Novo Testamento, esta palavra vem do grego apostello, que tem o mesmo significado em sua essência. A palavra missão no hebraico שליחות, tem Ato de enviar ou de ser enviado.

Missão é um encargo, uma incumbência, um propósito, é uma função específica que se confere a alguém para fazer algo, é um compromisso, um dever, uma obrigação a executar.

Para os cristãos, missão significa propagar o Evangelho através da Igreja. O missionário é aquele que tem a missão de divulgar a fé, é o que se dedica a pregar e levar sua crença religiosa para diversos lugares, espalhando a palavra do Senhor. 

Entre os sinônimos da palavra missão estão: encargo, incumbência, tarefa, compromisso, obrigação, delegação e representação. 

Missão é a mão do Senhor te usando através do serviço. É consciência de ministério.

Dom é habilidade em treinamento. Até que chegarmos a estatura de Cristo. 

II. DIFERENÇA ENTRE MINISTÉRIO E MISSÃO 

Ministério é uma vocação divina que precisa ser desenvolvida, por meio de dons e com o propósito de aperfeiçoar os santos (Ef 4.11-12).

Missão. É a incumbência que alguém deve executar a pedido ou por ordem de outrem; encargo.

O propósito dos ministérios e sua missão. É o alvo preciso e fundamentado no Senhor Jesus. 

III. EXISTEM DOIS TIPOS DE MISSÕES 

Missões é um contexto muito mais amplo e significativo para nós na atualidade, porque a entendemos em um contexto muito maior, em que se inclui uma tarefa cooperativa de agências missionárias que treinam obreiros para desenvolver esta tarefa de pregação do Evangelho e das igrejas locais que enviam tais missionários.

“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.” (Atos 1.8). 

1. Urbanas. “...e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém...”

“E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo.” (At 5.42).

Cada Igreja tem a missão de evangelizar as pessoas ao seu redor, localizadas na sua própria cidade, bem como o desafio de inaugurar igrejas em seu próprio país e nas demais nações ao redor do mundo. A atividade missionária da Igreja deve iniciar-se sempre pelas ruas da sua proximidade; e isto é evangelização urbana.

A Igreja do Senhor Jesus através dos primeiros discípulos obedeceu à ordem dada, pois iniciou os seus trabalhos com este tipo de evangelização urbana... Afinal, começaram por Jerusalém como se lê em Atos 2.46 e 47: “Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos.” 

A Igreja recebeu uma ordem que não pode ser esquecida... Afinal, o evangelismo não é uma opção. É uma ordem dada pelo Senhor da Igreja. O cristão é servo de Cristo. Ao servo não cabe alternativas senão a de obedecer à ordem do seu Senhor. Nós somos responsáveis pelas almas perdidas ao nosso redor, até que lhes falemos do Amor de Jesus Cristo. Um dia... Nós todos seremos chamados para prestar contas do que realizamos ou deixamos de realizar em relação às almas que ainda não conhecem ao Senhor Jesus. Nós é que teremos de nos justificar e teremos que nos apresentar por não termos falado de Cristo. A responsabilidade é de toda igreja, mas também é individual. É de cada membro! 

“Missões Urbanas” é a Igreja “enviando” seus membros ao evangelismo. “Missões Urbanas” é a Igreja “indo” em cumprimento à ordem deixada por Nosso Senhor Jesus Cristo. 

2. Missões transcultural. Não podemos falar sobre missão transcultural sem pelo menos tentar entender o que é cultura. Muitas vezes dizemos que fulano tem muita cultura porque ele ouve música clássica, gosta de teatro ou sabe usar todos os garfos e colheres que estão na mesa durante um jantar sofisticado. E dizemos que uma pessoa não tem cultura quando não se comporta de modo “civilizado”. Cultura, no entanto, envolve toda a criação humana. Ela é constituída do estilo de vida de toda uma sociedade, ou de um grupo especifico dentro da mesma. Portanto, quando falamos de missão transcultural, estamos falando do esforço da Igreja em cruzar qualquer fronteira que separe o missionário de seu público alvo. Para se engajar na missão transcultural, você não tem que, prioritariamente cruzar barreiras político-geográficas. Porém, em nosso caso teremos que necessariamente cruzar barreiras mais conhecidas como a da linguística, dos costumes, das etnias, das religiões, além das sociais, morais e etc. 

IV. DEVEMOS FAZER MISSÃO PARA AGRADAR AQUELE QUE NOS ALISTOU 

Isaías disse; sou homem de lábios impuros. 

1. Deus não chama homens preparados.

“Deus não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos.” Já ouvi varias vezes esta frase dentro de uma igreja e muitas pessoas perguntado que versículo é este e onde esta isso na Bíblia? 

E Deus capacita sim como fez com vários personagens Bíblicos veja o exemplo de Gideão: 

Juízes 6.14-17 “Então o Senhor olhou para ele, e disse: Vai nesta tua força, e livrarás a Israel das mãos dos midianitas; porventura não te enviei eu? 15- E ele lhe disse: Ai, Senhor meu, com que livrarei a Israel? Eis que a minha família é a mais pobre em Manassés, e eu o menor na casa de meu pai. 16- E o Senhor lhe disse: Porquanto eu hei de ser contigo, tu ferirás aos midianitas como se fossem um só homem.17- E ele disse: Se agora tenho achado graça aos teus olhos, dá-me um sinal de que és tu que falas comigo.” 

Existem pessoas que usam esta frase como defesa porque não querem investir em seu sí com cursos, treinamentos, palestras, pregações, aulas, workshop, etc. Tenho comigo que estas pessoas pensam da seguinte maneira: “Para que buscar conhecimento sendo que Deus capacita”, escondem-se atrás desta frase por comodismo e dizem até em alta voz magoando aqueles que estão se dedicando com estudos para melhor servir os irmãos e a igreja. 

Outros exemplos:

- Moisés estava despreparados.

- Josafá estava com medo. 

Mateus 4.18-20 “Jesus, andando junto ao mar da Galileia, viu a dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores; 19- E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. 20- Então eles, deixando logo as redes, seguiram-no. 21- E, adiantando-se dali, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, num barco com seu pai, Zebedeu, consertando as redes; 22- E chamou-os; eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no.”

A chamada de quatro discípulos (talmidim) para O seguirem.

Jesus escolheu pescadores, cobrador de impostos.

Jesus não chama talentosos, mas capacita os obedientes. 

2. Todo discípulo precisa passar por duas escolas. Discipulado e o Getsêmani de Cristo. 

2.1. Discípulo. É um substantivo masculino e significa: “quem estuda”; “aluno”; “aprendiz”, “aluno receptivo a ensinamentos”. No dicionário português é quem recebe disciplina ou instrução de outra pessoa; aluno. A palavra discípulo no hebraico é tamid.

Na tradução judaica a relação entre um rabino e seus talmidim era intensa e pessoal.

Em Israel havia uma recomendação aos talmidim: “Cubra-se com a poeira dos pés do seu Rabi”. 

Isso significava que um talmid deveria observar tudo quanto seu rabino dizia, fazia e a maneira como vivia, pois, sua grande ambição não era meramente saber o que seu rabino sabia, mas principalmente se tornar semelhante ao seu rabino. 

A relação rabino-talmid era intensa e pessoal, e enquanto o rabino ensinava sua interpretação da Lei e vivia como modelo aos olhos de seus talmidim, cada talmid fazia todo o possível para em tudo imitar seu rabino de tal maneira a que se tornasse igual a ele. 

Mateus 9.35-38 “E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. 36- E, vendo as multidões, teve grande compaixão delas, porque andavam cansadas e desgarradas, como ovelhas que não têm pastor. 37- Então, disse aos seus discípulos: A seara é realmente grande, mas poucos os ceifeiros. 38- Rogai, pois, ao Senhor da seara, que mande ceifeiros para a sua seara.” 

2.2. Getsêmani. A palavra getsêmani significa “prensa de azeite”, ou seja, local de esmagamento para conseguir o suco da fruta. Era um jardim situado no monte das Oliveiras em Jerusalém hoje conhecida como Israel. 

João 16.33 “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.”

Mateus 24.9,10 “Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos- ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome. 10- Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão.”

João 15.18-21 “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim. 19- Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia. 20- “Lembrai-vos da palavra que vos disse: Não é o servo maior do que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. 21- Mas tudo isto vos farão por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou.”

1ª Pd 2.21 “Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos.”

1ª Jo 2.6 “Aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou.”

1ª Co 11.1 “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo.” 

3. Toda a consciência de missão precisa passar pelo filtro. Mateus 26.38,39 “Então lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até a morte; ficai aqui, e velai comigo. 39- E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres.

A palavra getsêmani significa “prensa de azeite”, ou seja, local de esmagamento para conseguir o suco da fruta. Era um jardim situado no monte das Oliveiras em Jerusalém hoje conhecida como Israel. ... Os discípulos preparam a Páscoa, a festejaram e saíram para o Monte das Oliveiras. 

No Getsêmani, Jesus mostrou seu lado humano e como podemos enfrentar as maiores dificuldades. Com o sofrimento de Jesus no Getsêmani, aprendemos: 

O valor da honestidade. Jesus não escondeu de Deus seu desespero nem fingiu que estava tudo bem; quando somos honestos com Deus, Ele nos ajuda. 

A importância da vontade de Deus. Mesmo não querendo sofrer, Jesus decidiu fazer a vontade de Deus; os planos de Deus são maiores que os nossos e devemos submeter nossa vontade à vontade dele. 

O poder da oração. Depois de orar no Getsêmani, Jesus ficou fortalecido e preparado para enfrentar tudo que veio a seguir; orar e ter comunhão com Deus nos dá força quando estamos fracos e enfrentamos situações difíceis.

No gestsêmane você pode expor tua alma ao Senhor onde abrimos nosso coração ao Pai. É um lugar onde adquirimos experiência e comunhão com o Pai celeste.

V. TRES FUNDAMENTO A VOZ DIVINA 

Ezequiel 38.7 “Prepara-te, e dispõe-te, tu e todas as multidões do teu povo que se reuniram a ti, e serve-lhes tu de guarda! 

Preparação. 2ª Timóteo 3.14-17 “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, 15- E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. 16- Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; 17- Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.” 

2ª Timóteo 2.15 “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.” 

O Senhor nos chamou e nos chama ainda nos dias de hoje para fazer a sua obra e anunciar o Evangelho para todas as pessoas que ainda não foram alcançadas pelo Seu amor. Nesta carta a Timóteo, o apóstolo Paulo recomenda que o obreiro se apresente aprovado, sem motivo para se envergonhar, e que se dedique ao estudo da palavra. Manejar bem a palavra de Deus faz toda a diferença, é o plantar a semente certa, deixar o terreno arado para plantar a palavra da verdade no coração das pessoas. E assim com a convicção de que dará bons frutos. 

Que manejes bem a palavra de Deus.

Manejar no grego é o mesmo que ter habilidade, saber cortar, cortar em linha reta sem distorção, ter destreza (Paulo compara o obreiro com um soldado romano em uma luta). Paulo aqui fala do conhecimento que o obreiro precisa ter da Palavra de Deus. 

Disposição. Josué 1.1,6-9 “Moisés, meu servo, é morto; levanta-te, pois, agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel. 6- Esforça-te, e tem bom ânimo; porque tu farás a este povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria. 7- Tão-somente esforça-te e tem mui bom ânimo, para teres o cuidado de fazer conforme a toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que prudentemente te conduzas por onde quer que andares. 8- Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido. 9- Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te espantes; porque o Senhor teu Deus é contigo, por onde quer que andares.” 

O Senhor falou com Josué e o animou a continuar, pois Moisés estava morto e não podia mais fazer nada, ele, porém, deveria organizar o povo e se preparar para atravessar o rio Jordão. 

Deus começa garantindo que onde os pés deles tocassem, lhes pertenceria, ou seja, uma grande promessa de prosperidade. Por mais extensa e desafiadora que fosse a terra, ela seria deles. Ninguém conseguiria impedi-los de tomá-las. 

Contudo, Josué precisaria se esforçar, ter bom ânimo, ser obediente à Lei e meditar em tudo o quanto está escrito, de dia e de noite, todos os dias. Ou seja, ele deveria ter o hábito de refletir sobre tudo o que foi dito através de Moisés.

Como consequência, o Senhor estaria com Ele e faria prosperar a obra de suas mãos. 

Proteção. Marcos 13.33 “Olhai, vigiai e orai; porque não sabeis quando chegará o tempo.”

Na noite em que foi preso, Jesus foi para o jardim do Getsêmani com Seus discípulos para orar. Mas, enquanto ele orava sozinho, os discípulos adormeceram. Quando voltou, Jesus repreendeu os discípulos e os avisou que deveriam vigiar e orar, para não caírem em tentação (Mateus 26.40-41). No entanto, eles adormeceram outras duas vezes! 

Os discípulos não vigiaram e, quando chegou a hora de Jesus ser preso, todos fugiram e Pedro até negou Jesus três vezes. Eles não estavam prontos, por isso foram apanhados de surpresa. 

Vigiar significa ficar atento. Precisamos estar vigilantes porque o diabo está sempre procurando maneiras de nos destruir (1ª Pedro 5.8). Os ataques e as tentações podem surgir quando e onde menos esperamos. Quando baixamos a guarda, ficamos mais vulneráveis aos ataques. 

VI. JESUS NOSSO EXEMPLO 

Vou citar 3 versículos onde o apóstolo a Paulo escreve em suas cartas para nos ensinar. 1ª Coríntios 11.1 “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo”.

1ª Co 11.1 “Sede meus imitadores, como também eu o sou de Cristo.”

Ef 5.1 “Sede, pois imitadores de Deus, como filhos amados”. 

O Apóstolo Paulo não está se colocando igual ou querendo ser Jesus ao dizer “sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” e sim se mostrando através de sua própria vida um exemplo a ser seguido. Ou seja, assim como o Apóstolo Paulo imitou a Cristo ele quer que façamos a mesma coisa, não imitando a pessoa de Paulo e sim as suas atitudes. 

O Apóstolo Paulo não estava pedindo aos irmãos para imita-lo a ele próprio e sim o bom exemplo dado por ele, como discípulo de Cristo. 

Fp 3.17 “Sede também meus imitadores, irmãos, e tende cuidado, SEGUNDO O EXEMPLO que tendes em nós, pelos que assim andam.” 

O que Paulo faz que devemos imitar? Ser de Cristo, obviamente, e com a mesma determinação e entusiasmo que ele tinha. Isto afeta mais o ser do que o saber e o fazer. 

Imitador quer dizer parecidos ou semelhantes com alguém. E nós como cristão e filhos amados de Deus Pai devemos ser seus imitadores, ou seja, semelhante a Ele. Semelhantes no serviço (na Sua obra), na paciência, na humildade, na perfeição no amor etc. 

II. A CHAMADA DE MOISÉS 

Encontramos nestes dois capítulos o chamado de Deus a Moisés para tirar o povo do Egito. Moisés cuidava do rebanho do seu sogro, Jetro, o sacerdote de Midiã e chegou a Horebe. Ali avistou uma sarça em chamas e procurou saber o que era. Nesse momento Deus o chama e fala com ele.

Êxodo 3 é o capítulo da Bíblia que registra a convocação de Moisés para libertar o povo de Israel do Egito. O estudo bíblico de Êxodo 3 mostra como Deus se revelou a Moisés no Horebe, no meio de uma sarça ardente. 

Por isso Êxodo 3 é um capítulo essencial para a compreensão do restante da Escritura, pois não apenas introduz o início dos acontecimentos que culminaram na saída dos israelitas do Egito, mas também explica que todas as coisas estavam sendo governadas por Deus. Nesse sentido Êxodo 3 prova que Moisés de fato foi a pessoa que o próprio Deus escolheu para liderar o êxodo e ser o grande legislador de Israel. 

O esboço de Êxodo 3 pode ser organizado da seguinte forma: 

1. Deus fala com Moisés do meio da sarça ardente (Êxodo 3.1-6).

Êxodo 3 começa com Moisés apascentando o rebanho de seu sogro no deserto na região do Sinai. Apesar de árida, parece que aquela região mantinha algum tipo de pastagem que servia para o sustento dos rebanhos dos povos nômades. 

O texto bíblico diz que em certo momento Moisés chegou ao “monte de Deus, a Horebe” (Êx 3.1). Essa designação obviamente antecipava o fato de que aquele monte seria o local onde Deus haveria de se manifestar de forma especial, como num santuário, na história que estava por vir. Aquele era o Monte Sinai, também chamado de Monte Horebe na Bíblia. 

As Sagradas Escrituras prescreve que, naquele monte o Anjo do Senhor apareceu numa chama de fogo, no meio de uma sarça. Então Moisés percebeu que a sarça ardia em chamas, mas não se consumia (Êx 3.2). 

2. Deus conhece a aflição do seu povo (Êx 3.7-10). Depois disso o Senhor falou a Moisés que havia visto a aflição de seu povo no Egito; Ele havia ouvido o clamor dos israelitas e estava atento ao sofrimento deles (Êx 3.7). Então havia chegado o momento de Deus livrar o seu povo escolhido da mão dos egípcios e fazê-lo subir à Terra Prometida, uma terra produtiva e farta, uma “terra que mana leite e mel” (Êx 3.8). 

3. A auto revelação de Deus (Êxodo 3.11-15). A princípio Moisés se sentiu incapaz de participar da tarefa para a qual estava sendo comissionado. Por isso ele disse: “Quem sou eu para ir a Faraó e tirar do Egito os filhos de Israel?” (Êx 3.11). Mas tudo isso não era sobre Moisés, mas sobre Deus; a importância não estava sobre a pessoa de Moisés, mas sobre a pessoa d’Aquele que estava chamando Moisés. 

De fato, Moisés, em si mesmo, não era capaz de fazer nada daquilo. Ele era simplesmente um homem idoso, com cerca de oitenta anos de idade, que havia passado os últimos quarenta anos em Midiã após ter fugido do Egito. Porém, o que realmente contava era que Deus estaria com ele. Inclusive, Deus lhe garantiu que após os israelitas saírem do Egito, Moisés voltaria novamente àquela mesma montanha com eles para servir a Deus em adoração (Êx 3.12). 

Na sequência, Moisés antecipou uma pergunta que certamente seria feita pelos israelitas. Ele sabia que quando chegasse ao Egito dizendo aos israelitas ter sido enviado pelo Deus de seus pais, os filhos de Israel então desejariam saber qual era o nome de Deus (Êx 3.13). Na antiguidade o nome de alguém tinha um significado muito mais profundo do que em nossa cultura atual. Naquele tempo um nome não apenas era um designativo de uma pessoa, mas era uma expressão do seu caráter e personalidade. Então saber o nome pessoal de Deus significava conhecer o próprio Deus. 

Por isso a resposta que Moisés escutou do Senhor revelou de forma extraordinária o caráter inalcançável, a majestade inatingível e a eternidade inesgotável d’Aquele que falava com ele: “EU SOU O QUE SOU […] EU SOU me enviou a vós outros […] O SENHOR, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó, enviou a vós outros; este é o meu nome eternamente, e assim serei lembrado de geração em geração” (Êx 3.14,15).

O SENHOR DEUS...”. YAHWEH é o nome próprio de Deus Pai no antigo Testamento, escrito pelas quatro consoantes YHWH - o tetragrama termo derivado do grego τετραγράμματον, tetragrammaton, “conjunto de quatro letras”), que na Bíblia hebraica indica o nome próprio de Deus. 

É provável que esse nome venha do verbo hebraico para “ser”, no sentido de “Ele é”, ou então “Ele será”. Sem dúvida esse nome expressa a eternidade e a soberania do Deus auto existente que só pode ser definido por Ele mesmo. Ao homem é impossível determiná-lo, mas graciosamente Deus haveria de se auto revelar através de seus atos redentores, de modo a ser lembrado de geração em geração. 

Entenda o nome de do Eterno e o verbo EU SOU.

Em êxodo 3.14 o tetragrama YHWH é relacionado ao verbo “EU SOU”

Primeiro vem o nome de Deus YHWH e depois o verbo: אֶהְיֶה אֲשֶׁר אֶהְיֶה (EU SOU O QUE SOU). Deus se comunica com o personagem por via de uma certeza interior ou pelos sinais que lhe são apresentados. Deus falou a Moisés e lhe disse: “Eu sou YHWH…” (Êx 6,2). 

Eu Sou. O nome do Eterno é YHWH. O verbo, EU SOU, numa forma que produz, passado, presente e futuro ao mesmo tempo (EU ERA, EU SOU e EU SEREI. Quando os nomes do “ADONAI” ou “ELOHIM”, se escrevem em letras maiúscula, é uma tradução da palavra hebraica (YAHWEH).

Identificar o Deus que se revela a Moisés com o Deus que antes já havia se revelado a Abraão, a Isaac e a Jacó, os Patriarcas. Aqui está uma proposta de crise — a escolha de um caminho ou de uma fórmula de Fé, expressa por um paradigma anterior, o Deus dos Pais. 

4. A missão a ser executada (Êx 3.16-22).

Por fim, Moisés recebeu do Senhor a ordem para juntar os anciãos de Israel e explicar a eles que o Senhor haveria de tirar os filhos de Israel do Egito para levá-los à Terra Prometida (Êx 3.16,17). Esses anciãos, que eram os líderes das famílias que representavam Israel, haveriam de ouvir Moisés. 

Depois eles deveriam se apresentar diante do rei do Egito e lhe informar que YAHWEH, o Deus dos hebreus, havia lhes encontrado. Então eles tinham de pedir que Faraó os deixa-se partir para o deserto durante um período de tempo para que ali eles pudessem cultuar ao Senhor. 

Mas Deus avisou de antemão a Moisés que Faraó não haveria de liberar os filhos de Israel, por isso Ele os tiraria dali com “mão forte” (Êx 3.19). Isso significava que Deus haveria de estender sua poderosa mão para ferir o Egito através de grandes prodígios. Somente depois disso é que Faraó deixaria o povo de Israel partir (Êx 3.20). Deus ainda garantiu a Moisés que os filhos de Israel não sairiam do Egito de mãos vazias depois de tantos anos de servidão (Êx 3.21,22).

Pr. Elias Ribas

Dr. em Teologia

Assembleia de Deus

Blumenau - SC