TEOLOGIA EM FOCO

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

SEICHO-NO-IE

  
O movimento Seicho-No-Ie é uma mistura de Xintoísmo, Budismo e Cristianismo. Afirma ser a harmonia de todas “as coisas do universo e a reunião de todas as religiões”.

Ensinam que Cristo na Judéia, Buda na Índia e o Xintoísmo no Japão (que venera miríades de deuses) são manifestações do Deus absoluto AMENOMINAKANUSHI, e que todas as religiões têm como base fundamental uma verdade única, a de que todos os homens são filhos de Deus.

Concluem que a missão da Seicho-No-Ie é transmitir essa verdade única iluminando e vivificando todas as religiões e completando os ensinamentos de Cristo e de Buda que não haviam sido ainda suficientemente esclarecidos.

O emblema da Seicho-No-Ie é constituído de três partes: Uma parte externa com raios, é o sol, símbolo do Xintoísmo; parte branca, parecida com a cruz suástica, é a lua, símbolo do Budismo; a parte interna em forma de cruz, com as pontas picadas, também, símbolo do cristianismo, sendo que os três astros representados, Sol, Lua e Estrela, são símbolos do universo.

Seu próprio símbolo traduz a sua pretensa finalidade: Harmonizar todas as coisas do universo e reunir todas as religiões.

I.     HISTÓRICO

Após ter escrito o livro Crítica a Deus, tendo Judas como herói, MASAHARU TANIGUCHI, nascido em Kobe, no Japão, afirmou ter recebido a “revelação” e começou a escrever a revista Seicho-No-Ie (Lar do Progredir Infinito), que com o seu primeiro número publicado em 1930, deu início ao movimento Seicho-No-Ie, afirmando ser “O Movimento de Iluminação da Humanidade”.

Em 1932, Taniguchi publicou o livro A Verdade da Vida, obra que contém a filosofia do movimento, hoje com mais de 12 milhões de exemplares vendidos. Taniguchi publicou mais de 300 livros, todos tendo as curas milagrosas como principal ensinamento.

Em 1963, começou o movimento em diversos países, inclusive no Brasil, depois de uma visita de Taniguchi, adotando o nome de Igreja Seicho-No-Ie do Brasil. Embora em São Paulo o movimento seja bem mais forte, essa falsa igreja está espalhada por quase todos os estados da Federação, tendo feito adeptos principalmente entre aquelas pessoas que vivem atrás de curas.

Esta seita, como as suas “irmãs” tem a crendice na base da compensação no campo material: saúde, dinheiro e bem-estar. quando invocam o lado espiritual da vida, o fazem com a finalidade de trazer benefícios materiais, onde o corpo é o mais importante. Têm uma revista mensal chamada Acendedor, que se apresenta como sendo a revista que traz felicidade.

II.   DOUTRINAS

Deus. Amenominakanushi é o deus absoluto. As demais religiões o conhecem por diversos nomes, mas na realidade todas as crenças e todos os deuses levam a ele (Is 44.8; 45.22; Jo 4.24; 1ª Co 14.33).

Salvação. Ser verdadeiramente salvo é compreender porque a doença de cura; porque é possível ter uma vida financeira confortável e porque se pode estabelecer a harmonia no lar. Vê-se claramente o conceito materialista que têm da vida e particularmente da salvação (Jo 4.42; Ef 5.23; Mc 5.34; Ef 2.5,8; 1ª Tm 2.4).

Karma. Creem semelhante aos espíritas. Aliás, a Seicho-No-Ie é um armazém onde se encontra de tudo, ao gosto do freguês. Têm doutrinas espíritas, evangélicas (muito poucas), católicas, budistas, xintoístas, etc.

Dentre os “testemunhos” que publicam em sua revista, encontramos um de uma jovem que sofria de perturbações e ficou curada depois de ler uma prece da Seicho-No-Ie para o espírito de sua avó.

Céu. O Reino dos Céus, segundo ensinam, se faz aqui na terra mesmo. O homem pode viver um “reino do céu” desde que compreenda que não existem doenças, males, dores, etc (Jo 1.51;3.3; Hb 1.10; Ap 21.1).

Pecado. Como as doenças, os males e a morte, não existe. Essas coisas são ilusões da mente; não são existências reais porque Deus não os criou (Jo 1.29; Rm 5.13; 1ª Co 15.17; Jo 9.3-10).

Perfeição. Dizem que o homem é perfeito. “A mente em ilusão cria, pela imaginação, um estado completamente diferente do estado perfeito e harmonioso do JISSO” (Sl 119-96; Hb 6.1; Jo 9.31).

Jisso. É a realidade perfeita criada por Deus, a verdadeira existência, a natureza verdadeira do ser, ou o aspecto verdadeiro e perfeito do homem. O Jisso não se revela aos nossos sentidos. Dessa forma ensinam que o homem é perfeito, basta que compreenda seu estado.

Shinsokan.É uma oração, uma prece meditativa, uma prática espiritual, através da qual nós nos identificamos e nos tornamos um com Deus (com a perfeição, com o Jisso), fitamos a perfeição (Jisso) do verdadeiro EU, aprofundamos a convicção: “sou filho de Deus” e também purificamos o nosso ser, eliminando todos os pensamentos e sentimentos irregulares, tais como ódio, tristeza, ciúme, mágoa, cobiça, complexos, etc, que estão acumulados no nosso subconsciente. Conseqüentemente aparecem a saúde e a felicidade.

Caracteriza-se aí, perfeitamente, o pensamento estóico, onde se crê que o homem pode tornar-se insensível aos males físicos pela obediência irrestrita às leis do universo. Veja a incoerência: “purificamos o nosso ser eliminando todos os pensamentos e sentimentos irregulares...” Agora veja o que a Bíblia diz em 1ª João 1.7b, 9.

Reencarnação. A morte não significa o fim do homem verdadeiro. Significa que a alma do homem, sabendo que o corpo material que neste mundo lhe servia como veículo e instrumento já chegou ao seu limite de uso e não pode mais ser consertado, abandona-o e parte, a fim de mudar para um outro instrumento”. Veja o que diz a Palavra de Deus em Hebreus 9.27.



Orações. Têm orações para tudo. São preces, escritas na maioria pelo mestre Taniguchi. Há preces para encontrar o futuro cônjuge, para curar doenças, para resolver problemas, etc. Dessa maneira, o valor está na prece em si, e não na pessoa para quem ela é dirigida. Normalmente dirigem suas orações a Deus, que não é o do Bíblia, pois o espírito com que elas são feitas não se coaduna com o pensamento bíblico (Lc 11.1; Jo 14.13; 15.16; Rm 8.26).

A lei da causa e efeito. Dizem que as dores, os males e os sofrimentos, ou são projeções da mente ou têm uma causa primária. No primeiro caso basta livrar-se dos maus pensamentos ou da ilusão, e as dores, males ou sofrimentos desaparecem. No segundo caso, um obreiro da Seicho-No-Ie, iluminado, poderá ajudar a descobrir a causa e assim essas coisas serão eliminadas. Um exemplo que contam em uma das suas revistas é o de uma mulher que sofria desde criança de dores no ouvido. Médicos, igrejas e remédios não a conseguiram curar; indo a uma reunião da Seicho-No-Ie, lhe foi dito que ela, em algum tempo teria ouvido o conselho de alguém mais experiente e não o aceitou. A mulher lembrou-se de que uma tia falecida lhe tinha dado um conselho para que não namorasse um rapaz e ela não aceitou. Daí, a solução foi simples: Foi aconselhada a ler alguns textos sagrados da Seicho-No-Ie para o espírito dessa tia, o que a mulher fez durante alguns dias, ficando então curada.

A mente é a força criadora. “Há um poder infinito na mente que tanto pode criar (imaginar) as coisas negativas, quanto às positivas”. Acreditam na existência de dois egos ou “eus”, um positivo e um negativo, sendo que o eu positivo deve lutar para superar o negativo. O positivo, no caso, é o verdadeiro aspecto do Jisso, enquanto que o negativo é criado pela ilusão da mente.

O mestre. Taniguchi é sempre citado como O MESTRE. Suas palavras são infalíveis e “iluminadas”. Tudo o que escreve torna-se doutrina da seita. Taniguchi diz ser a “trombeta”, caseado em Mateus 24.27-31 e que os que se reúnem ouvindo o clangor dessa trombeta, são os anjos dos céus que têm a missão de reunir os escolhidos que estão espalhados pelos quatro cantos do mundo.

Missão sagrada. É o ato de assinar do próprio punho o seu nome em um livro que chamam Registro Espiritual, comprometendo-se a contribuir financeiramente para com o Movimento de Iluminação da Humanidade. Este livro, é enviado ao Japão e é depositado na Arca Sagrada para receber diariamente as vibrações da luz das orações Shinsokan e Kanro. No Hoou na Igreja Matriz do Japão.

É prometido àqueles que se tornam membros da “missão” as benéficas orações da Igreja matriz, graças, saúde, harmonia no lar e prosperidade.

Acendedor. É a revista da Seicho-No-Ie. Dizem ser a revista que traz a felicidade ou ainda, a Luz do Amor, Sabedoria e Prosperidade. Nela, Taniguchi e seus “apóstolos” transmitem uma mensagem para cada dia do mês, onde disseminam a sua falsa doutrina.

Como as Testemunhas de Jeová, fazem campanhas especiais para que tal literatura alcance o maior número possível de pessoas, levando-as aos lares, vendendo-as em bancas de jornais, livrarias, etc. Dendoin, ou “divulgadora” é a pessoa que se torna vendedora dessa revista.


A Paz Mundial, a pregação de milagres, a felicidade e o paraíso terrestre são preocupações máximas de seus adeptos. Como já afirmamos, têm de tudo por lá, é um verdadeiro supermercado preparado para atender a todos. Queimam incenso, cultuam aos antepassados, citam passagens bíblicas e creem no Nirvana, como os budistas. Um verdadeiro festival de heresias e doutrinas diabólicas.

Pr. Elias Ribas

FONTE DE PESQUISA 

1.      AIRTON EVANGELISTA DA COSTA. O Espiritismo e o Espírito Santo. Disponível: http://www.palavradaverdade.com/print2.php?codigo=2295 – Acesso DIA 10/01/2011.
2.      BÍBLIA EXPLICADA, S.E.McNair, 4ª Edição, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
3.      BÍBLIA PENTECOSTAL, Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Corrigida, Edição 1995, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
4.      BÍBLIA SHEDD, Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil – 2ª Edição, Sociedade Bíblica do Brasil, Barueri, SP.
5.      BÍBLIA DE ESTUDO PLENITUDE, Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Corrigida, 1995, Sociedade Bíblica do Brasil, Barueri, SP.
6.      CLAUDIONOR CORRÊA DE ANDRADE, Dicionário Teológico, p. 286, 8ª Edição, Ed. CPAD, Rio de janeiro, RJ.
8.      DELVACYR BASTOS, seitas e heresias, Escola Teológica Filadélfia, Cascavel PR, Email - prdelvacyr@hotmail.com.
9.      ELIENAL CABRAL, lições bíblicas, 1º trimestre 2007, Ed. CPAD, Rio de Janeiro RJ.
10.  ELINALDO RENOVATO DE LIMA, lições bíblicas, 3º trimestre 2004, Ed. CPAD, Rio de Janeiro RJ.
11.  ELINALDO RENOVATO DE LIMA, lições bíblicas, 4º trimestre 1991, Ed. CPAD, Rio de Janeiro RJ.
12.  ELIEZER LIRA, lições bíblicas, 1º trimestre de 2006, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
13.  EZEQUIAS SOARES SILVA, lições bíblicas, 2º trimestre de 1997, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
14.   EZEQUIAS SOARES, lições bíblicas, 2ª trimestre de 2006, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
15.  FRANCISCO DA SILVEIRA BUENO, Dicionário Escolar da Língua Portuguesa, 11 ª Edição, FAE, Rio de Janeiro RJ.
16.  JOSÉ ELIAS CROCE, Lições bíblicas, 1º trimestre 2000, Ed. Betel.
17.  JOHN LANDERS, Religiões mundiais, Juerp, Rio de Janeiro, 3ª Edição, 1994.
18.  PAULO MIGLIACCI ME, Cientista propõe fim do “culto a Darwin”, Seite -E:\EVOLUÇÃO.mht – acesso dia 22/02/2009.
19.  RAIMUNDO OLIVEIRA, Heresiologia – 2ª Edição – EETAD, São Paulo SP.
20.  RAIMUNDO OLIVEIRA, Lições Bíblicas, 1º Trimestre de 1986, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ.
21.  RAIMUNDO DE OLIVEIRA. Seitas e Heresias: Um Sinal do Fim dos Tempos. Rio de Janeiro: CPAD, 2002. Disponível: http://desmascarandoseitas.blogspot.com/2008_12_01_archive.html - acesso dia 10/01/2011. 
22.  RELIGIÕES MUNDIAIS, Seminário Teológico AMID, Cascavel, PR - e-mail: se.amid@hotmail.com
23.  SEITAS E HERESIAS, Escola de educação teológica Elohim, São Paulo, SP.
24.  SÉRIE APOLOGÉTICA, ICP, Volomes I ao VI, Instituto Cristã de Pesquisa, Site, www.icp.com.br
25.  SEITAS E HERESIAS, SEAMID, Cascavel – PR, se.amid@hotmail.com

sábado, 7 de setembro de 2013

ASTROLOGIA




É a astrologia uma seita falsa? Pode-se considerar heresias os seus métodos? É uma ciência, uma arte, uma religião ou mero charlatanismo? Essas perguntas e outras que podem passar na mente do leitor poderão ser respondidas à medida que examinamos o assunto nas linhas que se seguem.

I.     HISTÓRICO

Do grego “ástron”, astro e “lógos”. Palavra, dissertação, discurso, temos a palavra “astrologia”, que tem a sua principal forma de expressão através do Horóscopo, do grego “hóra”, instante, divisão do dia, hora, e “skopéo”, examino, que observa etc.

A Astrologia é uma ciência divinatória que supõe a influência dos astros sobre o curso dos acontecimentos e sobre o destino dos seres humanos. Pretende que a posição dos corpos celestes num dado momento (o do nascimento da criança) condicione seu futuro, favorável ou desfavorável. A vida torna-se, então, previsível e predizível, pelo exame do céu. Tudo fica a depender da exata configuração do firmamento na hora do nascimento do homem, que é a base dos horóscopos.

Pelos documentos antigos que podem ser encontrados na biblioteca Assíria, sabe-se que a ideia do homem adorar, cultuar e mesmo pensar ser dirigido pelos astros data desde os primórdios da humanidade. Aí estão os verdadeiros princípios da astrologia. Suas raízes são místico-religiosas; a identificação dos planetas como deuses, na Babilônia e Assíria, levou à noção de que tais planetas, tendo presidido a nascimentos, não poderiam deixar de influir na vida dos nascidos.

No seu começo, a astrologia era privilégio da classe sacerdotal, portanto, puramente religiosa. Como os reis tinham funções sacerdotais, passou a ser chamada “arte real” e era aplicada para descobrir o destino do rei e do Estado teocrático oriental.

Depois da evolução da Astronomia, esta sim, a ciência que estuda os astros, a astrologia pretendeu se assemelhar a ela, mas no decorrer do tempo o sentido divinatório e pagão da astrologia, sempre ligada a adivinhação fez com que as duas caminhassem separadas.

II.   OS ASTROS-DEUSES

Segundo Ptolomeu (90-168 d.C), já se previam os eclipses em 747 a.C. O curso do Sol e de outros planetas havia sido estabelecidos por volta do ano 1000 a.C. Cinco planetas do sistema solar eram conhecidos. A eles se juntaram o sol e a lua, e formou-se então o número místico sete. A astrologia fez a cada um a correspondência de uma divindade maior: Marduk ou Nebiru (Júpiter), Ishtar ou Milita (Vênus) Ninurta ou Ninih (Saturno) Nebo ou Nabu (Mercúrio) Nergal ou Meinodhac (Marte), Sin ou Nannaru (Lua), Samas ou Shamash (Sol). Esses deuses-planetas eram chamados “intérpretes”, pois permitiam interpretar o futuro, o qual era na realidade a realização da vontade dessa “assembléia divina”.

“Deuses não descem a minúcias”. Assim, a crença num destino escrito nas estrelas não implicava na aceitação de um cego determinismo. Isso iria permitir, na Idade Média, a aceitação, embora relutante, da astrologia pela Igreja Católica.

Quando nasceu a Astrologia, pensava-se que o Sol, a Lua e os planetas giravam em torno da terra, cada signo correspondendo assim a uma determinada organização da faixa (ou cinto) celeste, mas com as revolucionárias descobertas da Astronomia, na época de Galileu e seus sucessores, os cálculos astrológicos entraram em grande confusão.

Já havia mais que sete planetas, ao passo que o Sol e a Lua deviam ser riscados do rol planetário. Não era a Terra o centro do universo, mas o Sol, de quem a Lua era apenas um satélite; dessa maneira a astrologia sofreu golpe mortal e hoje, embora adaptada para os nossos conhecimentos, não passa de uma crença em que sobrevivem resíduos do paganismo e misticismo antigos.

III.  QUE É O ZODÍACO?

A Astrologia tomou esse termo da astronometria (ciência que estuda as opiniões e os movimentos dos astros) do grego “astro”, mais “metria”, medição, mensuração.

O centro do Sol descreve na esfera celeste um círculo máximo. Sua trajetória aparente é plana e situada no plano que contém a Terra. A tal plano, dá-se o nome de “eclíptica”, pois os eclipses só se produzem quando a Lua o atravessa. A zona limitada pelos dois círculos paralelos situados a 80,5 de cada lado da eclíptica, recebe o nome de “zodíaco”.

Esta zona, por onde circulam os planetas do sistema solar, foi cortada em doze casas de 300 cada, nas quais o Sol parece progredir à razão de 10 por dia; em outras palavras, a nossos olhos, ele percorre cada casa em um mês: esses os signos do zodíaco. Assim, a expressão “ter nascido sob o signo de Carneiro”, por exemplo, significa ter vindo à luz durante o período da primavera - de 21 de março a 21 de abril - durante o qual o Sol residia na primeira casa do zodíaco, pois que a tradição o faz começar em Áries (carneiro).

IV.  OS SIGNOS DO ZODÍACO

A astrologia moderna se baseia na história envolvida nos signos do zodíaco. Como, porém, podemos explicar a existência desses signos? Quando os consideramos, descobrimos que não passam de invencionices e que são muitos especiais e peculiares.

Uma mulher com um ramo em uma das mãos e algumas espigas de milha na outra; um touro que se arremete furiosamente; dois peixes atados um uma corda pela cauda; um homem derramando a água de um vaso; e assim por diante. Mesmo para o observador mais despreocupado ou despreconceitoado, está claro que nada existe, em absoluto, na disposição das estrelas, que sugira as várias figuras com as quais são identificadas no zodíaco.

V.   CRENDICE POPULAR

Os hindus têm a astrologia como base fundamental de sua religião, o mesmo acontecendo com outros povos orientais. No Ocidente, a astrologia é largamente difundida e consultada. Astrólogos montam seus “consultórios” e distribuem para jornais, revistas, gibis ou mesmo revistas especializadas os seus horóscopos. Nos programas de rádio e televisão, principalmente nos noticiosos não faltam as informações astrológicas que exploram a boa fé popular. A técnica de adivinhação usada pela astrologia é a principal em uso corrente em todo o mundo ocidental.

VI.  A ASTROLOGIA E A BÍBLIA

Embora alguns estudiosos (ou curiosos) tentem combinar a astrologia com a Bíblia, as referências específicas encontradas nas Escrituras à astrologia, são realmente poucas e colocadas dentro do título geral de adivinhação, que é terminantemente proibida, como sendo uma forma de idolatria e abominação aos olhos do Senhor:

- Deus falou ao povo de Israel contra essa prática que considerava como erro dos pagãos dos dias primitivos:

“Guarda-te de levantares os olhos para os céus e, vendo o sol, a lua e as estrelas, a saber, todo o exército do céu, não sejas seduzido a inclinar-te perante eles, e dês culto àquelas coisas que o Senhor teu Deus repartiu a todos os povos debaixo de todos os céus” (Dt 4.19).

- Se tal “ciência” fosse verdadeira, a Bíblia a apoiaria. Eis o que está escrito em Isaías 47.13:

“Cansaste-te na multidão dos teus conselhos; levantem-se pois agora os agoureiros dos céus, os que contemplam os astros, os prognosticadores das luas novas, e salvem-te do que há de vir sobre ti”.
- Na “limpeza” do rei Josias, encontramos em 2º Reis 23.5:

“Também destituiu os sacerdotes que os reis de Judá estabeleceram para incensarem sobre os altos nas cidades de Judá, e ao redor de Jerusalém, como também os que incensavam a Baal, ao sol e à lua, e aos planetas, e a todo o exército dos céus”.

- Não são os astros que governam nossas vidas, e sim Deus, que nos põe em contato com Jesus Cristo:

“Deus, é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar” (1ª Coríntios 10.13).

- A Bíblia ainda nos recomenda a fugir da idolatria:

“Portanto, meus amados, fugi da idolatria” (1ª Coríntios 10.14).

A Astrologia é de origem pagã e idólatra. Seus “sacerdotes” são na maioria espiritualistas (espíritas) e se envolvem com o ocultismo. Quando não o são, fazem da astrologia uma profissão que é uma das mais rendosas no momento, explorando, comercialmente suas “predições.”

Como essas predições só podem dar certo ou errado, a percentagem de acerto é de 50 %, sem contar com os “acertos” que encaixam bem para qualquer pessoa como: “você tem um grande problema para resolver”; “Há alguém na sua vida”; “Você vai passar por uma dificuldade”; “Cuidado com o seu relacionamento com a pessoa amada”; “Cuidados com a Saúde”, e cousas assim. Em quem não se encaixam essas predições?

A volta do oriente sobre o ocidente, ilustrada por livros diversos e pelo crescimento da Astrologia, do Espiritismo, da Teosofia e demais seitas e pensamentos orientais, tornou-se possível pela apostasia de grandes grupos do mundo ocidental que anteriormente se diziam cristãos, tendo na Igreja Católica seu principal representante.

Cabe aos verdadeiros cristãos o combate a essas abominações para que elas não tentem substituir a fé na direção divina e providencial:


“Porque dois males cometeu o meu povo: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas rotas, que não retêm as águas” (Jeremias 2.17).

Pr. Elias Ribas

FONTE DE PESQUISA 

1.       BÍBLIA EXPLICADA, S.E.McNair, 4ª Edição, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
2.    BÍBLIA PENTECOSTAL, Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Corrigida, Edição 1995, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
3.      BÍBLIA SHEDD, Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil – 2ª Edição, Sociedade Bíblica do Brasil, Barueri, SP.
4.      BÍBLIA DE ESTUDO PLENITUDE, Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Corrigida, 1995, Sociedade Bíblica do Brasil, Barueri, SP.
5.      CLAUDIONOR CORRÊA DE ANDRADE, Dicionário Teológico, p. 286, 8ª Edição, Ed. CPAD, Rio de janeiro, RJ.
6.      DELVACYR BASTOS, seitas e heresias, Escola Teológica Filadélfia, Cascavel PR, Email - prdelvacyr@hotmail.com.
7.      ELIENAL CABRAL, lições bíblicas, 1º trimestre 2007, Ed. CPAD, Rio de Janeiro RJ.
8.  ELINALDO RENOVATO DE LIMA, lições bíblicas, 3º trimestre 2004, Ed. CPAD, Rio de Janeiro RJ.
9.  ELINALDO RENOVATO DE LIMA, lições bíblicas, 4º trimestre 1991, Ed. CPAD, Rio de Janeiro RJ.
10.  ELIEZER LIRA, lições bíblicas, 1º trimestre de 2006, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
11.  EZEQUIAS SOARES SILVA, lições bíblicas, 2º trimestre de 1997, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
12.   EZEQUIAS SOARES, lições bíblicas, 2ª trimestre de 2006, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
13.  FRANCISCO DA SILVEIRA BUENO, Dicionário Escolar da Língua Portuguesa, 11 ª Edição, FAE, Rio de Janeiro RJ.
14.  JOSÉ ELIAS CROCE, Lições bíblicas, 1º trimestre 2000, Ed. Betel.
15.  JOHN LANDERS, Religiões mundiais, Juerp, Rio de Janeiro, 3ª Edição, 1994.
16.  RAIMUNDO OLIVEIRA, Heresiologia – 2ª Edição – EETAD, São Paulo SP.
17.  RAIMUNDO OLIVEIRA, Lições Bíblicas, 1º Trimestre de 1986, Ed. CPAD, Rio de Janeiro, RJ.
18.  RAIMUNDO DE OLIVEIRA. Seitas e Heresias: Um Sinal do Fim dos Tempos. Rio de Janeiro: CPAD, 2002. Disponível: http://desmascarandoseitas.blogspot.com/2008_12_01_archive.html - acesso dia 10/01/2011.
19.  RELIGIÕES MUNDIAIS, Seminário Teológico AMID, Cascavel, PR - e-mail: se.amid@hotmail.com
20.  SEITAS E HERESIAS, Escola de educação teológica Elohim, São Paulo, SP.
21.  SÉRIE APOLOGÉTICA, ICP, Volomes I ao VI, Instituto Cristã de Pesquisa, Site, www.icp.com.br
22.  SEITAS E HERESIAS, SEAMID, Cascavel – PR, se.amid@hotmail.com

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

RELIGIOSIDADE QUE MATA


A liberdade em Cristo é tão exagerada que não temos a mínima condição de compreendê-la em sua plenitude, e ao vivermos em um estado de graça, usufruímos dessa imensa e doce liberdade. Mesmo com tantas referências bíblicas alguns tem se encontrado no estado de servidão, que preferem ou sem saber vivem neste estado e carregam um sobrepeso sobre os ombros. 

Segundo o apostolo Paulo: “... por causa dos falsos irmãos que se intrometeram, e secretamente entraram a espiar a nossa liberdade, que temos em Cristo Jesus, para nos porem em servidão (Gálatas 2:4). 

O religioso segue sua filosofia, sua forma de cultuar, seus rituais, seus costumes e etc. E cria para si mesmo uma condição de prisioneiro de suas crendices. Claro que alguns são influenciados mesmos. 

Na religião há os bons e os maus, há uma lista de pecados estabelecidos, ali se encontra todos os pecados que não deve cometer. Se evitar o “proibido”, se manterá a conduta correta seguindo assim a vontade de Deus, e ele me amará (?!). 

Quando não se consegue seguir o padrão de santidade, há tristeza e desespero, pois a Lei pune com veemência o pecado, exclui a pessoa, expõe a pessoa, abandona a pessoa, disciplina o pecador. “Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, ..” (Hebreus 10:28).

Os religiosos mataram Jesus (Lc 23-13). Morte a Cristo! Decretaram os sacerdotes do Templo e os anciãos, eles continuam por aqui, e continuam matando.

Na graça há arrependidos e não-arrependidos, é como se houvesse um de chapéu branco e todos de chapéus pretos, todos de preto são os pecadores e o de branco é JESUS, uns preferem andar tortuosamente pelo mundo, outros optam por seguir Aquele de branco, que deixa um rastro, o caminho, e Ele é diferente, é simples e genuíno.

Não há lista de pecados, mas existe sim uma lista, a lista do que posso fazer e viver: Renunciar tudo e segui-lo, ser testemunha em todo o tempo em todo lugar, orar sem cessar e adorá-lo. Quando criamos este interesse por Ele e seus ensinamentos, não temos mais olhos para o pecado.

Em Jericó, Jesus surpreendeu os religiosos da época ao fazer um convite para ELE dormir na casa de Zaqueu, o publicano, o cobrador de impostos (Lucas 19.2), para as pessoas que testemunharam a cena, o Messias jamais aceitaria repousar na casa de um pecador, quanto mais um auto convite. E com Sicar? A Samaritana no poço de Jacó (João 4.13), um judeu não conversava com samaritanos, homens não se dirigiam as mulheres, fazia parte do costume local, mesmo assim Jesus dialogou com aquela mulher e ofereceu da água da vida. Se, somos imitadores Dele e fomos chamados para quebrar os paradigmas, a liberdade é imensa.

Sendo eu filho, posso tudo, mas a liberdade que temos é a de um herdeiro. Mas não devemos usar essa liberdade para bel-prazeres. “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor” (Gálatas 5.13).

Não precisamos de cordinhas, de controle, de monitoramento via satélite, o homem examine-se a si mesmo (1 Co 11:28), segundo a sua consciência por que o Espírito Santo habita em você (1 Co 6:19), porquê Deus não habita em Templos feito por mãos de homem (Atos 7:48), Ele habita naqueles que O confessaram.

Não devemos ser Cristãos da Lei que esperam o domingo para ouvir algo divino, você é o Templo de Deus e está sem expediente a semana toda. O Deus do templo está impedido de se manifestar, pois o Espírito Santo está dentro de você e de mim, quando nos juntamos constitui-se uma igreja de verdade, “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles”. (Mateus 18:20).

Converse com o Espírito Santo, peça a Ele perdão por este desprezo, pela forma que deixamos Ele de lado, Ele é o Espírito de Jesus, aqui na terra “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção”. (Ef 4.30).

Ezequias Anacleto

sábado, 31 de agosto de 2013

BAIXO ESPIRITISMO


I.     HISTÓRICO

ORIGEM REMOTA - A primeira sessão espírita aconteceu no jardim do Éden, quando o diabo agiu como guia espiritual, a serpente serviu de médium (cavalo) e Eva de assistente. Daquele momento em diante a religião espírita em suas mais diversas formas se proliferou pelo mundo todo. Na Babilônia, Egito, Canaã, China, Tibete, Índia, África em geral e muitas tribos indígenas, o espiritismo chegou a ser a religião oficial da maioria do povo. Mesmo as religiões não declaradamente espíritas tinham um pujante cunho de misticismo fetichista que as ligava diretamente às práticas ocultistas.

1.   Herança africana.
O Baixo Espiritismo, existente no Brasil é de origem africana. “Dois grupos étnicos africanos vieram realmente contribuir para a formação dos assim chamados ‘cultos afro-brasileiros’: os Sudaneses e os Bantos. No Brasil, tornou-se dominante a religião sudanesa, a dos Yoruba” (Baalen).

2.   Sincretismo afro-brasileiro.
Esta forma diabólica de culto foi transportada para o Brasil pelos navios negreiros que traziam escravos “do rio Congo, de Angola e de Moçambique”. Ao chegarem no Brasil, foram oficialmente proibidos pelo catolicismo de praticarem seus cultos. Para escaparem à perseguição que se seguiu, adotaram santos católicos como S.Jorge, S.Antonio e outros. Pela convivência com índios brasileiros, acrescentaram o nome de caboclos e divindades indígenas ao seu panteão e, mais tarde, idéias Kardecistas.

3.   Atualidade.
Tendo o catolicismo romano perdido seu monopólio no campo religioso e o país estando aberto ao pensamento ideológico, a proliferação dos terreiros espíritas é assustadora. Hoje o principal centro de proliferação e prática está no Rio de Janeiro. Em alguns lugares, catolicismo e Baixo Espiritismo já estão andando de mãos dadas. Muitos dos católicos professos crêem ou são adeptos do espiritismo. É muito grande a influência desta religião na cultura brasileira.
Muitas figuras importantes hoje estão ligadas ao Baixo Espiritismo: São políticos, empresários e outros que procuram nesta religião diabólica a solução de seus problemas, mas só encontram maldição e ruína.

II.   ADEPTOS

São comumente divididos em três categorias:

* ATIVOS - São os chefes de terreiros, os cavalos (médiuns), os cambonos (ajudantes diretos dos médiuns) e ogãs (figuras destacadas nos centros).


* PARTICIPANTES - São frequentadores assíduos, mas não compreendem perfeitamente o espiritismo. O procuram porque necessitam de um objeto de fé e porque creem que ali resolverão seus problemas mais imediatos.


* EVENTUAIS - Geralmente são católicos que só procuram os terreiros por interesse pessoal e esporadicamente. Recebem passes, fazem despachos e acreditam nos guias, mas não tem nenhum compromisso sério com a religião. Assim que se sentem satisfeitos, se afastam novamente.

III.  DOGMATISMO GENERALIZADO

Embora não tendo codificação fixa - muitos até zombam dos livros - alguns pontos são comuns a todos.

ENTIDADES ESPIRITUAIS - Todos creem nos espíritos - guias - os invocam com cânticos e danças próprias - geralmente o batuque - os incorporam e servem conforme os ditames de cada . Deus superior da religião sudanesa. Seu nome está esquecido no Brasil.

1. Orixás - São entidades divinas com nomes africanos, mas geralmente identificadas com santos católicos:
a. Oxalá é identificado com Cristo.
b. Xangô é S.João Batista e S. Jerônimo.
c. Yansã é S.Bárbara.Ogum é S. Jorge.
d. Oxossi é S. Sebastião.
e. Exú é o deus brincalhão dos Yoruba. Por sua habilidade em fazer o mal, é identificado com o diabo e é também o mais temido.
Estes e muitos são os chefes de “falanges” - termo tomado por empréstimo do exército grego, no tempo de Alexandre, o Grande. Em cada divisão se concentram miríades de demônios menores que são igualmente adorados.

2. Pretos Velhos - São almas dos antepassados africanos ou de algum adepto que se destacou na seita.

3. Caboclos - Almas de antepassados índios, podem representar uma pessoa ou uma tribo inteira.

IV.  HIERARQUIA PERSONAL

O princípio da autoridade está baseada principalmente no grau de desenvolvimento que o adepto alcançou.

1. Pai ou mãe-de-santo - São aqueles (as) que já alcançaram um grau mais alto de desenvolvimento espiritual, incorporam entidades mais elevadas - orixás - e são os chefes de terreiros. São temidos, adorados e invejados pelos demais adeptos; são chamados de pai (ou mãe) e sua autoridade é incontestável, visto que cada terreiro segue as orientações pessoais do líder.

2.) Filhos de santo ou cavalos - São aqueles que já incorporaram, mas apenas entidades menos elevadas, como pretos velhos e caboclos. Poucos incorporam orixás. São a verdadeira montaria dos demônios.

3. Cambonos - São os ajudantes diretos dos médiuns quando estes estão possessos. Transmitem os conselhos dos guias, fazem anotações e outras atividades pertinentes.
4. Ogãns - São “espécies de protetores prestigiosos” (Baalen). Servem também para “puxar o ponto” (dança) na invocação dos espíritos.

V.   SISTEMA DE CULTOS

Centro de Mesa - Na umbanda praticam também um sistema semelhante ao Kardecista: o médium incorporado assenta-se atrás de uma mesa e dá “consultas” aos clientes ou encarna um morto segundo o pedido do consulente. Este sistema é conhecido como linha branca, pois procura fazer somente o bem.

Terreiros - Estes são comuns em todas as divisões. Alguns usam atabaques (tambores) e pontos (danças) na invocação dos guias (espíritos). Outros apenas saúdam os ídolos do congal, o pai ou mãe-de-santo e incorporam em seguida. Dão passes, receitas, conselhos e a costumeira fórmula de proselitismo aos incautos: “você precisa desenvolver”, alguns prometem curas, solução de problemas pessoais, emprego, casamento, negócios, etc.

VI.  CRENÇAS COMUNS

Diretamente ligadas a toda sorte de espiritismo, estão as conhecidas práticas da simpatia, benzedura, uso de amuletos, breves, talismãs, consulta ao horóscopo, cartomantes, búzios, etc.

VII.     ÉTICA

Inexiste um sistema de ética definido. Cada grupo faz seu próprio sistema. Alguns problemas éticos salientes são:

1. Amor - Só é conhecido segundo os padrões egoísticos e sensuais do mundo pagão. O uso da violência é comum.

2. Moralidade - Não há um conceito de pureza moral à semelhança do cristianismo. Sexo ilícito, traição, separação, divórcio, desonestidade e competições são fatos comuns entre os adeptos.

3. Cerimônias - Não há conceito de pureza, cerimonial e nem de conservação da saúde. No Antigo Testamento os sacrifícios sangrentos eram regidos por uma severa lei de preservação ambiental e corporal dos ofertantes. As cerimônias sangrentas no Baixo Espiritismo são condenadas pela medicina e todas as regras de higiene conhecidas.

VIII.   DIVISÕES E DIFERENÇAS

No Brasil existem quatro divisões principais. Cada qual tem suas peculiaridades. Ás vezes se misturam ou então se tornam grandes rivais.

1.   Umbanda.
a)   O vocábulo Umbanda significa “do lado de Deus ou do bem”
b)   “É um misto de espiritismo, Kardecista, catolicismo, budismo e mediunismo” (J. Cabral).
c)   Servem especialmente aos orixás, pretos velhos e caboclos, pela prática do bem e rejeitam aos exús, pois os consideram muito maus.
d)   Suas oferendas são de flores, velas, perfumes e enfeites.
e)   Predominam as roupas de cores brancas e azuis.
f)   Usam os atabaques e pontos na invocação de guias.

2.   Quimbanda.
a) Predomina o uso de cores vermelhas e pretas.
b) Os sacrifícios geralmente são sangrentos e a oferenda de animais é constante.
c) Servem principalmente aos exús. Procuram oferecer um sacrifício maior do que aquele oferecido na Umbanda, para conquistar os exús.
d. Preocupam-se especialmente em fazer o mal, segundo a solicitação dos adeptos ou frequentadores eventuais.
e) Consomem bastante marafa (cachaça) misturada com arruda e outras ervas.

3.   Candomblé.
Religião afro-brasileira que cultua os orixás, deuses das nações africanas de língua ioruba dotados de sentimentos humanos, como ciúme e vaidade. O candomblé chegou ao Brasil, entre os séculos XVI e XIX, com o tráfico de escravos negros da África Ocidental. Sofreu grande repressão dos colonizadores portugueses, que o consideravam feitiçaria. Para sobreviver às perseguições, os adeptos passaram a associar os orixás aos santos católicos, em um processo chamado de sincretismo religioso. Por exemplo, Iemanjá é associada a Nossa Senhora da Conceição; Iansã a Santa Bárbara.

Uma das festas mais conhecidas do candomblé brasileiro é a de Iemanjá, orixá feminino considerado a rainha dos mares e oceanos. A comemoração acontece no dia 2 de fevereiro, na Bahia, e na noite de 31 de dezembro, no Rio de Janeiro. Os devotos levam oferendas ao mar, e, segundo a tradição, Iemanjá surge envolta em espuma para recebê-las.

A Lavagem do Bonfim, em Salvador (BA), é um dos exemplos da fusão religiosa do catolicismo com o candomblé. O Senhor do Bonfim, homenageado no dia 11 de janeiro, é identificado como Oxalá. Os fiéis percorrem, em cortejo, um trajeto que começa no largo da Conceição e termina na Igreja de Nosso Senhor do Bonfim. No local é realizada a lavagem simbólica das escadarias da igreja, com água perfumada e flores.

Pais e mães-de-santo – Os pais-de-santo (babalorixás) e mães-de-santo (ialorixás) são os chefes do terreiro por indicação direta de um orixá. A escolha geralmente acontece nos cultos e, durante a revelação do santo, o aprendiz é tomado por tremores e sobressaltos. A segunda etapa dura quase um mês: internado no terreiro, o aprendiz tem a cabeça raspada, é banhado com sangue sacrificial de animais e, finalmente, promovido a filho ou filha-de-santo (iaô), sacerdote de um orixá. Concluída essa fase, o filho ou filha-de-santo ainda passa por uma preparação, que demora vários anos, até chegar a pai ou mãe-de-santo. Nos terreiros, além de chefiar os rituais, os babalorixás e as ialorixás recebem os fiéis em sessões individuais para revelar o orixá de cada um, tradicionalmente pelo jogo de búzios. A identificação do orixá, ou santo no sincretismo, ajuda o fiel a entender a própria personalidade. Para o fiel, cultuar o Candomblé significa equilibrar suas energias (axés) com as energias de seu orixá.

Ritos – Cada orixá tem uma rica história de narrativas míticas. Elas definem seu temperamento e seus gostos, suas cores, comidas, suas cantigas, rezas e tabus, ambientes e ligação com a natureza, situações associadas a ele e um grito pessoal, saudação que é usada para invocá-lo.

a)   Usam banhos e oferendas de comidas aos guias.
b)   Fazem diversas misturas de ervas com pó de cemitério, pó de osso e pedras para fechar o corpo, afastar mau olhado, fazer defumação, receberem benefícios, seduzir a pessoa desejada, etc. Tudo isto é comercializado com a finalidade de gerar fundos aos terreiros.
c)   “O sangue do Candomblé é verde” (J. Cabral). Usam sacrifícios sangrentos, mas o sangue é misturado com ervas brasileiras e contrabandeadas da África.
d)   Não invocam pretos velhos ou caboclos, mas sim os exús e adoram abertamente ao diabo. Aplicam-se principalmente à prática do mal.
e)   Usam a prática de “fazer cabeça”, i.é, vendem a alma aos demônios. Por isso a dificuldade que muitos adeptos têm para se converterem, pois temem aos demônios devido aos votos que fizeram.

4.   Macumba.
a)      É a mais profana e liberal das práticas espíritas. Não possui normas e nem se limita a qualquer sistema. Seu sincretismo não tem compromisso sério com nenhuma das outras práticas.
b)      Usam defumação antes de começar as sessões nos terreiros.
c)      Fazem uma prece a oxalá (Jesus) e aos orixás pedindo licença para começar a sessão.
d)     Quando realizam sessões para orixás e exús, geralmente são às sextas-feiras à meia-noite.
e)      Fazem oferendas da farofa, pipoca, cachaça e outras bebidas. Para descargas mais pesadas, usam também a pólvora. Normalmente colocam os despachos nas encruzilhadas, rios, no mar, nas matas ou nos cemitérios. Tudo é feito segundo a exigências do guia.

REFUTAÇÃO BÍBLICA

1.   Não idolatrar.
a)        O ídolo é uma usurpação do lugar e glória que pertence somente ao Senhor e também uma inversão de valores (Êx 20.4,5; Rm 1.23, 25).
b)        Deus condena com veemência a idolatria e os idólatras (Dt 4.23, 24; Ap 21.8).

2.   Não consultar espíritos e nem mortos.
a)        Deus falou através dos anjos (Dn 9.21-22), mas nunca permitiu que fossem invocados ou adorados (Ap 22.8-9).
b)        Os mortos não voltam para entrar em contato com os vivos (Ec 9.5-6; Lc 19.27-31).
c)        Quem consulta espíritos e mortos está servindo aos demônios (Lv 17.7; Lc 4.4,7).

3.   Não praticar feitiçaria.
a)        Deus condenou todas as formas de feitiçaria (Dt 18.10-14; Is 8.19,20), pois é um serviço direto a Satanás.
b)        A vida terrena dos feiticeiros é saturada de sofrimentos, pois não tem as benções de Deus (Is 8.21,22).
c)        No A.T. os feiticeiros eram punidos com a morte (Ex 22.18).
d)       A condenação eterna está reservada aos feiticeiros e àqueles que neles crêem
(Ap 22.15).

4.   Ter ética definida. 
a)        O cristianismo é uma religião de normas definidas. O amor à pureza e a tudo o que é verdadeiro são sua marca indelével (Lc 10.27; Jo 13.34; Rm 12.9-13,14; Ef 4.17; 6.9, etc.).
b)        Os cristãos não são salvos pela prática das boas obras, mas estas são uma consequência natural e obrigatória da salvação recebida (Ef 2.10).

5.   Amar e servir somente a Deus. 
a)        Este foi o propósito da criação. Deus não criou o homem para que andasse perdido e dominado por qualquer sorte de pecado ou crença espúria em qualquer espírito usurpador (Is 43.7).
b)        O homem só é beneficiado quando se dedica exclusivamente ao Senhor (Jo 14.1-3; 1ª Co 15.51-53).
c)        Este foi o exemplo e ordem do Homem Perfeito - Jesus (Mt 4.10). Também foi imitado pelas maiores e melhores personalidades que já viveram neste mundo: Paulo e Pedro (Gl 1.10; At 14.19), Agostinho, Lutero, Calvino, Knox, Moody, Robertson, George Washington, Billy Graham e outros milhões de exemplos.


O Baixo Espiritismo está entre as religiões mais degradadas que existem. Não apenas são vítimas do poder satânico, como também o invocam voluntariamente. Embora muitos não se importem com a Igreja do Senhor, suas práticas maléficas são uma pedra no sapato dos crentes. Isto porque são um reforço para o reino inimigo, o que resulta em natural antagonismo ao Reino de Deus. Somente pela Prática constante da oração fervorosa e da evangelização incansável é que os cristãos terão vitória sobre estas hostes malignas.

Pr. Elias Ribas

FONTE DE PESQUISA

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3.      BÍBLIA SHEDD, Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil – 2ª Edição, Sociedade Bíblica do Brasil, Barueri, SP.
4.      BÍBLIA DE ESTUDO PLENITUDE, Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Corrigida, 1995, Sociedade Bíblica do Brasil, Barueri, SP.
5.      CLAUDIONOR CORRÊA DE ANDRADE, Dicionário Teológico, p. 286, 8ª Edição, Ed. CPAD, Rio de janeiro, RJ.
6.      DELVACYR BASTOS, seitas e heresias, Escola Teológica Filadélfia, Cascavel PR, Email - prdelvacyr@hotmail.com.
7.      ELIENAL CABRAL, lições bíblicas, 1º trimestre 2007, Ed. CPAD, Rio de Janeiro RJ.
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