TEOLOGIA EM FOCO

sexta-feira, 26 de abril de 2013

A DIVINDADE DE JESUS


Todavia, os títulos e atributos apresentados aqui demonstram que Deus Jeová são nomes polissêmicos. Para conhecermos o texto, é necessário analisar com cuidado a quem se refere: ao Pai, ao Filho ou ao Espírito Santo, uma vez que as três pessoas são chamadas de Deus Jeová. Por causa destes atributos e títulos atribuídos igualmente ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, é que os unicistas ou unitarianos defendem sua doutrina. Por isso, tomamos o cuidado de apresentar esta doutrina dentro da hermenêutica bíblica.

I.         BASE  BÍBLICA

A Bíblia ensina que Jesus é verdadeiro Deus e verdadeiro homem: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, mas o mundo não O conheceu. O Verbo se fez carne, e habitou entre nós. Vimos à glória como do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” (João 1.1-3, 14).

O apóstolo João começa seu evangelho denominando Jesus Cristo “O Verbo”, que no grego é logos. Logos para João é uma pessoa, que comunica a realidade de Deus aos homens pela Sua encarnação. Jesus Cristo é O verbo: “Estava vestido com um manto salpicado de Sangue, e o nome pelo qual se chama é o Verbo de Deus” (Ap 19.13).

Jesus é a palavra (“Verbo”) viva (1.1-5). A Bíblia é a palavra escrita (2ª Tm 3.16; 2ª Pe 1.21). Jesus é o “pão da vida” (Jo 6.35) e em Mt 4.4 Ele disse: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus”. Portanto, comemos a sua carne ao receber e obedecer à Palavra de Deus (Jo 6.63).

“O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos apalparam, com respeito ao Verbo da vida” (1ª Jo 1.1).

João afirma o que ouviu e viu junto com os apóstolos, que Jesus Cristo veio em carne. As heresias gnósticas negaram a humanidade real do Senhor. Enquanto que o tema do Evangelho é: “Jesus é o Cristo” (Jo 20.31), o tema desta epistola é: “Cristo é Jesus”.

João afirma novamente que Cristo era o verbo…. a Palavra da vida eterna. O verbo se fez carne e habitou entre nós. Em Jesus, Deus tornou-se humano com a mesma natureza do homem, mas sem pecado. Jesus Cristo tinha duas naturezas, a natureza divina e a natureza humana.

O homem ao pecar procurou esconder sua nudez cobrindo sua nudez com folhas de figueira. Porém, Deus não aceitou as vestimentas que Adão fez para cobrir-se, pois as “folhas de figueira” significam meios humanos para a redenção, como religiões, filosofias, obras e justiça dos homens, que, para o Senhor são como trapo de imundície (Is 30.1; 64.6). A salvação é pela graça (Ef 2.8-9). “Folhas de figueiras” duram pouco e se desfazem, sob o calor do sol. Os recursos humanos que o homem cria para sua própria redenção, são frágeis, e de pouca duração na presença do “Sol da Justiça”, que é Jesus (Ml 4.2; Jo 8.12).

Ao invés de se limitar a proferir juízos inclementes e condenar o casal pecador, como bem mereciam, Deus decidiu encaminhar-lhes um raio de esperança, prometendo um futuro livramento através da semente da mulher, Cristo Jesus.

Deus vestiu-os (Gn 3.21), através de pele de um animal que foi imolado, o qual prefigura a obra de Jesus realizando por nós na cruz (Rm 4.25; 2ª Co 5.14-15).

Acreditamos piamente que a túnica de peles com que Deus vestiu a Adão e sua esposa requereu a imolação dum animal. Sem dúvida alguma houve derramamento de sangue, e aqui o princípio bíblico da substituição começou a ter lugar proeminente no processo redentivo da humanidade. Um animal foi morto para que Adão revivesse espiritualmente. Sem dúvida o sangue daquele animal simbolizava o sangue do Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (Jo 1.29). Por esta razão Deus enviou Seu Filho Jesus ao mundo. O qual sendo Deus tomou forma humana para oferecer em sacrifício sua vida para redenção dos pecadores. A Bíblia diz que o Cordeiro de Deus já tinha sido imolado antes da fundação do mundo. O plano para salvação da humanidade já estava no coração do Pai, do Filho e do Espírito Santo antes da queda do homem.

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16).

Deus enviou de onde? É lógico que Jesus veio do Pai; Pois Jesus estava na criação com o Pai. “Porque eu não tenho falado por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou...” (Jo 12.49). Esta Palavra tira toda a nossa dúvida, pois devemos crer que Jesus é Deus e estava com Deus, e não devemos aceitar as baboseiras dos falsos mestres. Na primeira carta de João ele prescreve dizendo:

Como o efeito do pecado de Adão estendeu-se muito além do primeiro homem, assim Cristo tem um efeito muito além de si mesmo Deus. Jamais algum homem poderia salvar o ser humano, somente Deus através de seu único Filho, Jesus Cristo. “(E a vida se manifestou, e nós a temos visto, e dela damos testemunho, e vô-la anunciamos, a vida eterna, a qual estava com o Pai e nos foi manifestada), o que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo. Estas coisas, pois, vos escrevemos para que a nossa alegria seja completa” (1ª Jo 2-4).

Quem estava com o Pai e nos foi manifesta? Pela Palavra de Deus cremos e afirmamos que o apóstolo do amor está falando do verbo de Deus da pessoa de Jesus Cristo. Para termos a comunhão com a Igreja, é necessário primeiro ter a verdadeira comunhão que é com o Pai e com o Filho… para que a nossa alegria seja completa.

Notemos a semelhança entre o Evangelho de João e sua carta concernente ao Verbo de Deus. Em ambos Cristo é a palavra: a expressão. No evangelho Ele expressa o que Cristo é – é a Palavra de Deus; na epistola Ele expressa o que a vida é – é a Palavra da vida. Se queremos saber o que significa a “vida eterna” podemos vê-la revelada em Cristo. Em resumo podemos dizer que é uma vida de intimidade com o Pai.

Este pequeno capítulo fala muito de comunhão. A palavra significa “comum interesse”, e podemos meditar sobre todos os interesses que temos em comum com o Pai e o Filho.

“Replicou-lhes Jesus: Se Deus fosse, de fato, vosso pai, certamente, me havíeis de amar; porque eu vim de Deus e aqui estou; pois não vim de mim mesmo, mas ele me enviou” (Jo 8.42).

Podemos ver como neste trecho Cristo revela a verdade a respeito do Pai e de si mesmo: “...porque eu vim de Deus” (o pai); “...mas ele me enviou”.

Aqui, Jesus declara um princípio fundamental da salvação, a saber, a evidência de sermos verdadeiros filhos de Deus, (nascidos de novo da parte de Deus) está na nossa demonstração de amor a Jesus. Então, devemos manifestar uma fé sincera e obediente. Do contrário é falsa a nossa fé.

1.   Jesus Criador.
Jesus é incomparável e Criador de tudo quanto existe. Ele, sendo Deus e estava juntamente com o Pai e o Espírito Santo na criação de todas as coisas, as visíveis e as invisíveis. O apóstolo Paulo prescreve em Colossenses 1.16-17: “Pois nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para Ele. 17 Ele é antes de todas as coisas. Nele tudo subsiste”.

Paulo afirma a atividade criadora de Cristo, todas coisas, tanto as materiais, quanto as espirituais. E todas as coisas subsistem e são sustentadas por Ele.

“Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele, iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder; o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir, não só no presente século, mas também no vindouro. E pôs todas as coisas debaixo dos pés, e para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja” (Ef 1.17-22).

Jesus já nasceu como o Cristo de Deus (Lc 2.11). O destruidor é o Diabo, mas Jesus veio para nos trazer vida (Jo 10.10). Jesus de Nazaré continua vivo; foi em seu nome que o coxo foi curado (At 3.6). É o herdeiro e Criador: “Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho. A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo” (Hebreus 1.1-2).

Estes dois primeiros versículos estabelecem o tema principal deste assunto. No passado, o instrumento principal de Deus para Sua revelação foram os profetas, mas agora Ele tem falado, ou se revelado pelo Seu Filho Jesus Cristo, que é supremo sobre todas coisas.

2.    Jesus o Messias do Pai.
O tema central da Bíblia é Jesus Cristo. Negar a divindade de Cristo é negar a autoridade da Bíblia, é o mesmo que se tornar inimigo da cruz. A Bíblia diz que: “Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo” (1ª Co 3.11).

“Reunidos os fariseus, interrogou-os Jesus: Que pensais vós do Cristo? De quem é filho? Responderam-lhe eles: De Davi. Replicou-lhes Jesus: Como, pois, Davi, pelo Espírito, chama-lhe Senhor, dizendo: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés? Se Davi, pois, lhe chama Senhor, como é ele seu filho? E ninguém lhe podia responder palavra, nem ousou alguém, a partir daquele dia, fazer-lhe perguntas” (Mt 22.41-46).

Os fariseus tinham estudado muito sobre a natureza do Messias. Conheciam o Messias como o filho de Davi, mas não o Senhor de Davi e como o Filho de Deus.

Os unicistas têm deturpado o evangelho, seguindo suas ideias e revelações de espíritos enganadores, ludibriando assim a fé de milhares de pessoas e arrastando consigo para o inferno. Se negares a Cristo como Divino é desistir da vida eterna; “Aquele crê no Filho tem a vida eterna, mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece” (Jo 3.36).

A negação da divindade de Jesus é a principal causa que exclui os unicistas do meio evangélico. Ora se Jesus não fosse Deus também não teríamos redenção eterna, nem vitória total contra o mal, nem evangelho nenhum para pregar aos perdidos. Também a Bíblia seria um conjunto de mentiras.

“De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça?” (Hb 10.29).

2.        Os que estão em Cristo Jesus.
“Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Rm 8.1). Paulo acaba de demonstrar que a vida sem a graça de Cristo é derrota, miséria e escravidão do pecado. Agora, em Rm 8, Paulo nos diz que a vida espiritual, a liberdade da condenação, a vitória sobre o pecado e a comunhão com Deus nos vem pela união com Cristo, mediante o Espírito Santo que em nós habita. Ao recebermos o espírito Santo e sermos por Ele dirigidos, somos libertos do poder do pecado e prosseguimos adiante para a glorificação em Cristo. Essa é a vida cristã normal, segundo a plena provisão do evangelho.

II.      PROFECIAS REFERENTES À VIDA E OBRA DE JESUS CRISTO

PROFECIA
ASSUNTO
CUMPRIMENTO
1 Is 7.14 O nascimento virginal de Cristo Mt 1.23
2 Is 40.3 Jesus precedido por João Mt 3.3
3 Is 42.1-4 Revestido com poder do Espírito Santo Mt 12.18,28
4 Is 9.1,2 O ministério de Jesus na Galiléia Mt 4.15
5 Is 53.9 A vida de Jesus sem pecado 1ª Pe 2.22
6 Is 53.4 A cura de enfermos Mt 8.17
7 Is 56.7 A purificação do templo Mt 21.13
8 Is 53.7,8 A morte na cruz I Pe 2.24
9 Is 25.8 A vitória sobre a morte I Co 15.55
10 Is 28.16 A salvação oferecida pela fé Rm 10:.1
11 Is 59.20 A volta de Jesus Rm 11.26
12 Is 45.23 Todo o joelho se dobrará perante Ele Fp 2.10
13 Is 49.1 O nome de Jesus Lc 1.30-33
14 Is 49.2 A Palavra em sua boca tinha poder AP 1.16; 19.15
15 Is 49.6 Luz para os gentios Jo 8.12
16 Is 49.7 Rejeitado por seu povo – Israel Jo 1.10-11
17 Is 49:7 Adorado por todos – glória futura Fp 2.6-9

III.   AS CREDENCIAIS DE JESUS

1        Jesus é salvador?
Jeová é o Salvador (Is 43.11; 45.21; Os 13.4).
Jesus é o Salvador (Tt 1.3-4; 2.13; 3.4-6; 2ª Pe 1.1).

2        Jesus tem autoridade para perdoar pecados?
Jeová perdoa pecados (Is 43.25).
Jesus perdoa pecados (Mc 2.5-10; Lc 5.21-25; 1ª Co 8.12; Ef 4.32).

3        Jesus é preexistente?
Jeová é eterno (Sl 90.2).
Jesus é eterno (Mq 5.2; Jo 1.1; 8.58; Cl 1.17; Hb 7.3).

4        Jesus é o Filho de Deus?
Como os ouvintes entenderam a declaração de Jesus de que Ele era o Filho de Deus? Mateus 16.17 “Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus”. (Outras ref. Jo 5.18; 10.28-33).

IV.   A RESSURREIÇÃO DE JESUS
  • Jesus afirmou que ressuscitaria corporalmente (Mt 12.40; Jo 2.19-22).
  • O corpo de Jesus não foi encontrado no túmulo (Lc 24.1-6).
  • Jesus afirmou aos discípulos que não era um espírito, mas que tinha corpo com carne e osso (Lc 24.36-43).
  • Jesus disse a Tomé para que tocasse nele. Será que Tomé estava sendo enganado por Jesus? (Jo 20.27).
  • Estevão viu Jesus como o Filho do Homem em pé (At 7.55-56). Jesus, como mediador entre Deus e os homens, ratem seu corpo de homem (1ª Tm 2.5).
  • Em Jesus habitava corporalmente toda a plenitude da divindade (Cl 2.9).
Paulo mostra que o fato histórico da ressurreição de Cristo é fundamental ao Evangelho. Sem um Cristo ressurreto, não teríamos Evangelho nenhum para anunciar! “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã a nossa fé. Se mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E ainda mais: os que dormiram em Cristo perecem” (1ª Co 15.14,17-18).

Paulo confessou abertamente que a ressurreição de Cristo era um fato absolutamente fundamental à sua pregação, pois sem essa ressurreição, não havia mensagem alguma de salvação e nem esperança para se pregar.

Cristo fala da sua ressurreição. “Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei” (Jo 2.19). Cristo mesmo afirmou que Sua futura ressurreição seria o sinal pedido pelos judeus.

De todas as religiões existentes no mundo, o cristianismo é a única que teve seu fundador ressurreto. De fato, os primeiros apóstolos demonstravam a autenticidade do cristianismo baseado no fato da ressurreição do Senhor Jesus Cristo. É interessante notar que a maioria das mensagens apresentadas no livro de Atos enfatiza a morte, sepultamento e ressurreição (At 1.22; 4.33; 17.18-31).

1.    O valor da ressurreição.
 Cristo considerou tão importante a Sua ressurreição que permaneceu quarenta dias na terra após ressuscitar para apresentar e mostrar muitas provas incontestáveis. At 1.3 a estes também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das coisas concernentes ao reino de Deus.

Não somente os crentes em Jesus consideram o fato da ressurreição de Cristo como de suprema importância de sua fé, também os inimigos de Cristo se puseram desmentir esse acontecimento, destruiria pela base a fé cristã.

A recusa de muitos em admitir e confessar o fato da ressurreição não é novidade do século XX, pois tal atitude se manifestou logo após a ressurreição do Mestre! Lemos em Mateus 28.12-15 diz: “Reunindo-se eles em conselho com os anciãos, deram grande soma de dinheiro aos soldados, recomendando-lhes que dissessem: Vieram de noite os discípulos d’Ele e o roubaram, enquanto dormíamos. Caso isso chegue ao conhecimento do governador, nós o persuadiremos, e vos poremos em segurança. Eles, recebendo o dinheiro fizeram como estavam instruídos. Esta versão divulgou-se entre os judeus até o dia de hoje”.

Outros indivíduos, não querendo admitir o fato da ressurreição, preferem acreditar que Jesus apenas desmaiou, mas não morreu. Tal teoria não convence as pessoas de mente sadia e bem intencionadas, o mesmo Cristo reapareceu em pleno vigor físico e mental; não estado de fraqueza ou semi-inconsciência. Além disso, os mesmos soldados que crucificaram Jesus cravaram uma lança no Seu lado esquerdo, e observaram que das Suas feridas saíram sangue e água, do qual João foi também testemunha ocular (Jo 19.34-35).

Os fisiologistas dos nossos dias são unânimes em declarar que tal efusão de água e sangue dos órgãos vitais do corpo resulta da morte do organismo previamente ocorrida.

Outros críticos incrédulos preferem dizer que Jesus apareceu apenas em espírito. Porém, Jesus fez questão de comer na presença de muitas testemunhas após Sua ressurreição, comprovando assim a qualidade física do seu corpo ressurreto. “Vede as minhas mãos e os meus pés, que Sou Eu mesmo; apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que Eu tenho” (Lc 24.39).

É mais correto concluir que aqueles que não creem, nem aceitam a ressurreição corporal do Senhor Jesus Cristo, adotam tal atitude para por meio dela tentarem acalmar sua consciência e daí evitarem a responsabilidade de responder à chamada pessoal e insistente de Jesus Cristo em seus corações, para que creiam no Evangelho, se arrependam, abandonem as vis imaginações humanas, as heresias e recebam a salvação que Jesus lhes oferece graciosamente.

2.   A veracidade do relato da ressurreição.
 Havendo examinado vários argumentos contrários à ressurreição, vamos ver as evidências que comprovam a veracidade desse fato histórico.

A.     Túmulo vazio.
“E, olhando, viram que a pedra já estava removida; pois era muito grande. Entrando no túmulo, viram um jovem assentado ao lado direito, vestido de branco; e ficaram surpreendidas e atemorizadas. Ele porém, lhes disse: Não vos atemorize; buscai a Jesus, o Nazareno, que foi crucificado; Ele ressuscitou, não está mais aqui; vede o lugar onde o tinham posto”. Em primeiro lugar, temos a evidência do sepulcro vazio (Mc 16.4-6).

B.     Os lençóis deixados em ordem.

“Ambos corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro; E, abaixando-se, viu os lençóis de linho; todavia não entrou. Então, Simão Pedro, seguindo-o, chegou e entrou no sepulcro. Ele também viu os lençóis” 
( Jo 20.4-6).


Há, em segundo lugar, a evidência da mortalha e toalha de linho que envolveram o corpo de Jesus, deixadas em perfeita ordem dentro do sepulcro. Foram deixadas da maneira que estavam sobre o corpo do Senhor! Pedro e João notaram este fato ao chegarem ao túmulo. Ora se Jesus tivesse simplesmente despertado de um desmaio, ou se Seu corpo tivesse sido roubado às pressas, como explicar os panos mortuários deixados em ordem.

C.     O testemunho dos soldados.
“E eis que houve um grande terremoto; porque um anjo do Senhor desceu do céu, chegou-se, removeu a pedra e assentou-se sobre ela. O seu aspecto era como um relâmpago, e suas vestes, alvas como a neve. E os guardas tremeram espavoridos e ficaram como se estivessem mortos” (Mt 28.2-4).

Em terceiro lugar, ouviu-se, da boca dos próprios guardas, em seu relatório aos anciãos judaicos, o caso da aparição de um fulgurante anjo do Senhor, que removeu a pedra da porta do sepulcro de Jesus. É evidente que Jesus para sair do túmulo não precisava da pedra removida nem de terremotos. O anjo veio e removeu a pedra para que as testemunhas oculares contemplassem o sepulcro vazio, bem como os panos mortuários de Jesus, por Ele deixados em perfeita ordem ao ressuscitar. Ele se levantou e saiu dentre esses panos sem os desarrumar! Aleluia!

D.     Os testemunhos dos discípulos.
Em quarto lugar veremos as palavras do apóstolo Paulo em 1ª Co 15.3-7 “Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras. E que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E apareceu a Cefas e, depois, aos doze. Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem. Depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos”.

Essas são as testemunhas vivas naqueles dias e que atestavam terem visto a Jesus ressurreto durante o período de quarenta dias antes da sua ascensão. Todos os onze apóstolos viram-no e com Ele falaram. Depois um grupo de quinhentas pessoas também viram-no pouco antes da sua ascensão. João afirma claramente (Jo 7.5) que, no início do ministério de Jesus, seus próprios irmãos não criam nEle. Sabemos que eles passaram a crer e permaneceram fiéis a Jesus após Sua ressurreição, pois At 1.14 menciona como estando no cenáculo com os demais discípulos por ocasião do Pentecostes.

Durante os quarenta dias que permaneceu na terra após a Sua ressurreição, Jesus apareceu às seguintes pessoas:

  • A Maria Madalena                                                        Jo 20.11-18
  • Aos dez sob portas fechadas                                        Jo 20.19-23
  • Aos onze, inclusive Tomé                                             Jo 20.26-29.
  • Aos sete, à beira do Mar da Galiléia                             Jo 21.1-14.
  • A Pedro                                                                         Lc 24.34; 1ª Co 15.5.
  • A Maria Madalena e a outra Maria                               Mt 28.1-10.
  • A Joana, Maria e as demais mulheres                           Lc 24.1-10.
  • Aos onze num monte da Galiléia                                  Mt 28.16-17.
  • Aos dois, no caminho de Emaús                                   Lc 24.13-35.
  • Aos quinhentos Galileus                                               1ª Co 15.6.
  • A Tiago                                                                         1ª Co 15.7.
  • A todos os apóstolos                                                     1ª Co 15.7.
  • A Paulo                                                                         1ª Co 15.8; At 9.3-7.
  • A Estevão                                                                     At 7.35-60.

Essa é a relação das verdadeiras Testemunhas de Jesus, porém cabe a cada um escolher em acreditar se as testemunhas-de-jeová os as verdadeiras testemunhas da ressurreição de Cristo.

Pr. Elias Ribas

quarta-feira, 10 de abril de 2013

COMO FORAM IMPLANTADOS OS USOS E COSTUMES NAS IGREJAS ASSEMBLÉIA DE DEUS


Quando os missionários Gunnar Adolf Vingre e Daniel Högberg ou Berg, como ficou conhecido) fundaram a primeira igreja pentecostal do Brasil em 18 de junho de 1911, denominaram-na Missão da Fé Apostólica.

Entretanto sete anos depois, Gunnar Vingre e Daniel Berg, agora acompanhados dos missionários Otto Nelson e Samuel Nyströem, acharam por bem mudar o nome da igreja de Missão Apostólica para Assembleia de Deus. 

Os missionários Adina e Otto Nelson, quando chegaram ao Rio de Janeiro em 1945, ocasião em que o missionário assumiu a presidência das Assembleias de Deus em São Cristóvão, RJ. Em 1946, durante sua gestão, seria publicada a polêmica resolução sobre vestimentas. 

1. A POLÊMICA DAS RESOLUÇÕES DA ASSEMBLÍEA DE DEUS NO RIO DE JANEIRO PUBLICADO NO MENSAGEIRO DA PAZ. 

Após a fala de bruno Skolimowski, o pastor José Teixeira rego, iniciando um dos debates mais marcantes da Convenção de 1946, aproveita as palavras de Skolimowski para ler um artigo publicado no Mensageiro da Paz que criou a maior polêmica em todo o Brasil naquele ano. O artigo em questão tratava-se das resoluções tomadas pelo presbitério da Assembleia de Deus em São Cristóvão, RJ, assinadas em nome do ministério da igreja e impondo regras de vestimentas às irmãs. O texto polêmico foi publicado na página 3 da 1ª quinzena de julho de 1946, exatamente como se segue: 

Resolução das Assembleias de Deus em São Cristóvão, Rio de Janeiro. 

As assembleias de Deus, tanto neste país como em todo o mundo, estão hoje em grande perigo de serem invadidas pelo espírito de mundanismo, como tem acontecido às igrejas das denominações; e, quando isso acontecer, o Espírito Santo fica triste e sem liberdade de ação e, por fim, tem que retirar-se, tanto do crente em particular como de uma igreja, onde esse espírito terrível tem liberdade de entrar. 

Deus sabia desde o princípio que a mulher é a parte mais fraca e mais facilmente tentada pela vaidade, por isso nas Sagradas Escrituras como as mulheres que professam o nome de Jesus devem vestir-se e pentear-se (1ª Pe 3.1-5). 

O ministério desta igreja sente uma grande responsabilidade, especialmente entendendo que é a igreja-mãe de todas as igrejas do Distrito Federal e do Estado do Rio de Janeiro. Por isso, este ministério, como os irmãos membros da mesma, sentem que esta igreja deve ser um exemplo de modéstia e santidade para todas as igrejas consideradas filhas. Ainda mais, a igreja está situada na capital federal e, portanto, deve ser um exemplo para todas as igrejas do Brasil. 

Em vista do exposto, a igreja unanimemente, na sua sessão ordinária de 4 de junho de 1946, resolveu o seguinte:

Não será permitido a nenhuma irmã membro desta igreja raspar sobrancelhas, cabelo solto, cortado ou tingido, permanente ou outras extravagâncias de penteado, conforme usa o mundo, mas que se penteiam simplesmente como convém às que professam a Cristo como salvador e rei. 

2.      Os vestidos devem ser suficientes compridos para cobrir o corpo com todo o pudor e modéstia, sem decotes exagerados e as mangas devem ser compridas. 

3.      Se recomenda às irmãs que usem meias, especialmente as esposas dos pastores, anciãos, diáconos professoras de Escola Dominical, e dos que cantam no coro ou tocam. 

4.      Esta resolução regerá também as congregações desta igreja. 

5.      As irmãs que não obedecem ao que acima foi exposto serão desligadas da comunhão por um período de três meses. Terminando este prazo, e não havendo obedecido à resolução da igreja, serão cortadas definitivamente por pecado de rebelião. 

6.      Nenhuma irmã será aceita em comunhão se não obedecer a estas regras de boa moral, separação do mundo e uma vida santa com Jesus. 

Estamos certos de que todas as irmãs que amam ao senhor Jesus cumpriram, com gozo, o que foi resolvido pela igreja. 

Após ler o texto acima para os convencionais, o pastor José Teixeira Rego “analisou o artigo”, criticando-o que no que foi seguido por outros convencionais. 

Outros irmãos falaram bastante nesse assunto, mostrando a tristeza e descontentamento que o referido artigo produziu. 

O assunto foi considerado tão sério que, pela primeira vez na história da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, houve uma sessão extraordinária à noite, apenas para tratar do assunto. Às 19h. os convencionais voltaram a se reunir dando continuidade no assunto da reunião anterior, acerca do artigo em forma de lei publicado no Mensageiro da Paz. Escreve o 1º secretário José Menezes que “outros irmãos cometeram e refutaram o referido artigo com novos argumentos e maiores esclarecimentos”. 

A ata da Convenção Geral de 1946 não nos diz que explicações do ministério são essas, mas o texto bíblico (Sl 5.6) aludido por ele fala dos mentirosos e fraudulentos. Pelo jeito, foi um discurso duro. 

Como mais a frente, em um trecho da ata de 1946, o secretário José Menezes retifica sua alusão ao ministério da igreja carioca como responsável pela resolução em debate, afirmando que o presbitério de São Cristóvão era o verdadeiro responsável pela mesma, infere-se que Nyström estava sugerindo, ao citar salmos 5.6, que era o presbitério da AD em São Cristóvão teria liberado sem a concordância da liderança local. 

Otto Nelson em nenhum momento se manifestou na Convenção em Recife sobre a polêmica resolução. Porém, comentários da época dão conta de que as resoluções foram influenciadas pelas críticas das AD de Madureira, que era muito rígida na área de costumes. 

Aproveitando a informação de que a resolução fora publicada em desacordo, “o irmão Kolenda propõe seja redigido um artigo para ser publicado no Mensageiro da Paz corrigindo e afastando aquele que causou tanta perturbação nas igrejas”. O pastor José Bezerra da Silva “propôs que fosse nomeada uma comissão da Convenção para [o artigo pessoal] ser publicado conforme a proposta de Kolenda”. Ouvidas as propostas, a decisão dos convencionais foi que, em vez de uma comissão, apenas uma pessoa confeccionaria o artigo-resposta. 

A escolha recaiu sobre o irmão Samuel Nyström que se entenderá com a convenção a respeito em reunião posterior. 

Tendo alguns irmãos exigido maior firmeza da parte da Convenção, informou o presidente que a missão que representa [a missão sueca] também não está de acordo com a resolução da Assembleia de Deus no Rio de Janeiro, publicada no Mensageiro da Paz. 

A retratação da igreja carioca foi publicada na edição da 2ª quinzena de janeiro de 1947 do Mensageiro da Paz, assim como se segue: 

“O Ministério da Assembleia de Deus do Rio de janeiro deseja fazer público que, de acordo com a igreja, retira as regras publicadas no Mensageiro da Paz da 1ª quinzena de julho, estabelecidas para as irmãs membros da igreja, pois sem elas as irmãs obedecem a Palavra de Deus”. 

2.      DANDO LUGAR À OPERAÇÃO DO ESPÍRITO 

Já o artigo doutrinário de Samuel Nyström sobre a polêmica foi publicado já na edição da 1ª quinzena de Janeiro de 1947. Por seu conteúdo ter sido aprovado pelos convencionais em Recife, o artigo tem naturalmente peso de resolução de Convenção Geral. Devido à sua importância, transcreveremos na íntegra o artigo do irmão Nyström. 

Em qualquer tempo, ou circunstância, devemos lembrar-nos que não se consegue fazer a obra do Senhor por força e nem por mios violentos, resoluções ou imposições, mas a obra do Senhor se realiza pela intervenção divina criativa de Deus e pela lei do crescimento externo da obra do Senhor, mas igualmente quando se tratar do crescimento interno desta, tanto individual como coletivamente. 

Mesmo durante a dispensação da Lei, a Lei não conseguiu outra coisa senão descobrir e pôr o pecado em atividade, tendo como resultado a morte. Paulo disse: “Outrora, sem a lei, eu vivia; mas, sobrevindo o preceito, reviveu o pecado, e eu morri. E o mandamento que me fora para vida, verifiquei que este mesmo se me tornou para morte. Porque o pecado, prevalecendo-se do mandamento, pelo mesmo mandamento, me enganou e me matou” (Rm 79-11). Enquanto a fé não tinha vindo, a Lei teve um alvo como pedagogo, conduzir homens a Cristo. Mas, tendo vindo a fé, não estamos mais de baixo do pedagogo (a Lei), e nem devemos fazer ressuscitar leis ou inventar outras leis para que não fiquemos no lugar dos gálatas, que foram chamados insensato e a respeito dos quais Paulo temia que todo o seu trabalho tornasse vão (Gl 2.2; 2.21; 4.11). 

“De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé” (Gl 3.24). “Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio” (Gl 3.25). 

Cristo veio com a graça e, então a Dispensação da Lei se encerrou. Em lugar do mandamento prévio, que foi ab-rogado por sua fraqueza e inutilidade, pois ‘a Lei nada fez perfeito’; foi introduzida uma melhor esperança, pela qual nós chegamos a Deus: Cristo que é nosso sacerdote, segundo o poder de Deus uma vida indissolúvel (Hb 7.16-19). Portanto, o que realmente tem valor para nós é ‘a fé que opera por amor’ por isso não nos justificamos pela Lei ou leis, para não sermos decaídos da graça e separados de Cristo (Gl 5.6). 

Estatutos de ordenanças para os que morreram em Cristo não tem utilidade nenhuma, segundo as palavras de Paulo: 

“Vocês morreram com Cristo e por isso estão livres dos espíritos maus que dominam o Universo. Então, por que é que vocês estão vivendo como se fossem deste mundo? Não obedeçam mais a regras como estas: “Não toque nesta coisa”, “não prove aquela”, “não pegue naquela”. Todas essas proibições têm a ver com coisas que se tornam inúteis depois de usadas. São apenas regras e ensinamentos que as pessoas inventam. De fato, essas regras parecem ser sábias, ao exigirem a adoração forçada dos anjos, a falsa humildade e um modo duro de tratar o corpo. Mas tudo isso não tem nenhum valor para controlar as paixões que levam à imoralidade” (Cl 2.19-23). 

A ordenança para manifestar humildade e severidade para o corpo servem para satisfazer a carne, o erro, e elas com facilidade arranjam os que se julgam mais santos do que outros, isto resulta em inchação vã, e cria o espírito de fariseus, que é o maior impedimento para as bênçãos de Deus. 

Ao contrário, o que vem sendo operado pelo Espírito Santo quebranta e derrete as durezas do coração, operando a verdadeira humildade, e esta não tem o enfeite exterior como base de santificação ou para ser membro de uma igreja, mas o homem novo, nascido pelo Espírito e dirigido pelo Espírito. O homem que está escondido no coração se conhece por um vestido incorruptível, por espírito manso e tranquilo, que é de grande estima diante de Deus (1ª Pe 3.3-4). 

Este nascido do Espírito, seja homem ou mulher, não procura se exibir nem com vestidos nem com sabedoria ou seus talentos, nem com o que possui materialmente, e ainda menos com seus dons e posição espiritual, o que seria o cúmulo da vaidade. Não é um apaixonado por modas e as mudanças, mas é discreto na sua aparência. Não se veste para que o vestuário chame atenção pela sua extravagância para a sensualidade, nem se veste para que todos o notem pelo seu modo esquisito de trajar. 

Há muitos países e também muitas foras de trajar neste mundo, bem como muitos climas diferentes, e tudo isso deve ser considerado, mas com a Palavra diz: ‘Com modéstia e sobriedade’. O que a Escritura ensina em relação a este assunto é que as mulheres devem ser castas e tementes a Deus tantos as que são casadas como as moças e, então, tais obedientes como Sara, não produzirão escândalos. Temos as advertências neste sentido em 1ª Timóteo 2.9-10 e 1 Pedro 3.1-6, e convém atentar para a palavra inspirada, então o Espírito Santo operará em vós o que for digno e de boa fama, e sereis agradáveis a Deus. 

Lembremo-nos também que há muitas coisas que são igualmente perigosas para a obra do Senhor, que só pelo Espírito Santo poderão ser removidas, como o amor ao dinheiro que nem sempre ostenta com a ‘lapela da avareza’ para se ver, entretanto é a raiz de todos os males. O homem ostentando justiça própria, criticando tudo e todos, é um indivíduo perigoso para o avanço e a unidade da obra do Senhor, porque é difícil para o convencer e a seus adeptos. 

Mas, é pelo poder do Espírito do Senhor que a obra de Deus irá avante. Ele verdadeiramente só se pode servir dos que são humildes, prontos para deixar os seus próprios planos para edificação da igreja e da sua santificação, e a deixar o Espírito Santo usar a Palavra de Deus para este fim. Então, será ‘Deus o que opera eficazmente em vós tanto o querer como o perfazer, segundo a sua boa vontade (Fp 2.13). 

Sabemos que, apesar dessa resolução, algumas igrejas mantiveram por longo tempo regras muito rígidas [legalistas] quanto a penteados e vestimentas. 

3.      CONVENÇÃO GERAL DE 1975. 

Reunião esta realizada nos dias 20 a 24 de janeiro de 1975, na cidade de Santo André SP. O assunto polêmico sobre os usos e costumes que já tinha sido revogado, volta à tona. Porém com acréscimo de mais tradições humanas contrariando os ensinos de Jesus (Mt 15.1-9). 

“Ser-me-eis santos, porque eu, o SENHOR, sou santo e separei-vos dos povos, para serdes meus” (Lv 26.20). 

A convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, reunida em Santo André SP, reafirma o seu ponto de vista no tocante aos sadios princípios estabelecidos como doutrinas na Palavra de Deus. A pedido do pastor Túlio Barros Ferreira é lida pelo pastor Geziel Gomes. 

1.      Uso de cabelo crescido pelos membros do sexo masculino.

2.      Uso de traje masculino por parte dos membros ou congregados do sexo feminino.

3.     Uso de pintura nos olhos, unhas e outros órgãos da face.

4.      Corte de cabelo por parte das irmãs.

5.     Sobrancelhas alteradas.

6.      Uso de minissaias e outras roupas contrárias ao bom testemunho da vida cristã.

7.      Uso de aparelho de televisão.

8.      Uso de bebidas alcoólicas.

[Extraído da História da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil. Pg. 218-224]. 

Devemos analisar que os congressistas contrariaram o artigo doutrinário de Samuel Nyström sobre a polêmica foi publicada já na edição da 1ª quinzena de Janeiro de 1947. 

Aqui foi usado um texto bíblico isolado para criar uma série de normas como meio de santificação! Assim como os fariseus faziam nos dias de Jesus. 

“Hipócritas! Bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens” (Mt 15.7-9). 

4.      CONVENÇÃO GERAL DE 1995. 

Na convenção geral de 1995, na direção do pastor Antônio Dionísio os convencionais tiveram um novo debate mais acalorados acerca da questão doutrina e costumes.

 O pastor Raimundo Soares de Lima, Indaiatuba SP, chegou até a propor a exclusão de todos os pastores e igrejas consideradas liberais (aqueles que não concordavam com os usos e costumes das Assembleias de Deus – grifo do autor), e que só ficasse na Convenção Geral os considerados “conservadores (Radicais – grifo do autor). 

O pastor Túlio Barros Ferreira, por sua vez defendeu o conservadorismo, mas fez uma ressalva: “Não envergonhemos nossos irmãos publicamente, mas admoestemo-lo com amor e espírito de mansidão, para que os mais fracos sejam reerguidos na fé”. 

Ao final dos debates, como já adiantamos, foi aceita a proposta de as igrejas orarem sobre o assunto enquanto o Conselho de Doutrina da CGADB analisaria a questão. Durante os anos que se seguiram, a questão foi debatida principalmente nas edições que se seguiram do Encontro de Líderes da Assembleia de Deus (Elad). 

No Elad de 1999, realizado no Rio de Janeiro, foi apresentado uma resolução sobre o assunto, que depois foi acatado por uma comissão especial, formados pelos pastores Esequias Soares, Íris Goulart Seixas, Elienai Cabral, Nelson Lutchemberg e Martim Alves da Silva. 

A resolução do 5º Elad foi publicada na revista Obreiro nº 11, de junho de 2000. A seguir, seguem trechos da resolução: 

Princípios são bases estabelecidas por Deus para orientação da sociedade humana e que estabelecem parâmetros, dentro dos quais o homem é aceito e se relaciona com o Criador. (....) Tradição é a transmissão de ensinos, práticos, crenças de uma cultura de uma geração a outra. A palavra grega para tradição é paradosis, usada no sentido negativo (Mt 15.2 e Gl 1.14), e também no sentido positivo (2ª Ts 2.15). Quando se coloca a tradição acima da Bíblia ou pé de igualdade com ela, a tradição assume uma conotação negativa. Muitas vezes é usada simplesmente para camuflar nossos pecados. O problema dos fariseus e de algumas igrejas hodiernas é justamente por receber a tradição como Palavra de Deus. Disse alguém: “Tradição é a fé viva dos que agora estão mortos, e tradicionalismo é a fé morta dos que agora estão vivos”. 

O primeiro ponto que precisa ser expresso numa linguagem atualizada: “sadios princípios (tradição) estabelecidos como doutrina na Palavra de Deus – a Bíblia Sagrada – e conservados como costume nas Assembleias de Deus no Brasil”. O texto não faz distinção entre doutrina e costume. O livro O Manual do Caped, edição de 1999, CPAD, Rio de Janeiro, página 92 DIZ: 

“Há pelo menos três diferença básica entre doutrina bíblica e costume puramente humano. Há costume bons, e maus. A doutrina bíblica conduz a bons costumes. Igrejas há que têm um somatório de bons costumes, mas quase nada de doutrina. Isso é muito perigoso! Seus membros naufragam com facilidade por não terem o lastro espiritual da Palavra de Deus. 

A palavra grega usada como “doutrina” no NT é didache, que, segundo o dicionário Conciso Grego – Espanhol Del Nuevo Testamento, significa: o que se ensina, ensino, ação de ensinar, ação de ensinar, instrução” (Jo 7.16-17; At 5.28; 17.19). [...] O Léxico do NT Grego/Português, de F. Wilbur Gingrich e Frederich W. Danker, Vida Nova, São Paulo, 1991, página 56, diz que didasskalia é: Ato de ensino, instrução (Rm 12.7; 15.4 e 2ª Tm 3.16). Num sentido passivo – aquilo que é ensinado, instrução, doutrina (Mc 7.7; 1ª Co 14.6 e 2ª Tm 1.10; 4.6; 2ª Tm 3.10 e Tt 1.9). 

À luz da Bíblia, doutrina é o ensino Bíblico normativo. 

Doutrina é um ensino da Bíblia normativo, terminante, final, derivado totalmente e exclusivamente das Sagradas Escrituras, como regra de fé para a Igreja, para seus membros, vista na Bíblia como expressão prática na vida do crente. Elas são santas, divinas, universais e imutáveis. 

Os costumes, por sua vez, são em si, regionais e temporais, porque ocorre na esfera humana, sendo inúmeros deles gerados e influenciados pelas etnias, etaridade, tradições, culturas, crendices populares, individualismos humanismo, estrangeirismo ignorâncias, fanatismos e carnalidade do cristão (segundo este termo do Novo Testamento 2ª Co 3.1-3). 

A salvação é um ato da graça de Deus pela fé em Jesus. A Bíblia ensina que somos salvos pela fé em Jesus (Rm 3.28; Gl 2.16; Ef 2.8-10 e Tt 3.5). Todos os crentes são salvos porque um dia ouviram alguém falar de Jesus e creram nessa mensagem. Ninguém fez absolutamente nada para ser salvo, a não ser ter fé em Jesus. Como consequência da salvação, temos o fruto do Espírito (Gl 5.22). Cristianismo é religião de liberdade no Espírito e não um conjunto de regras e ritos. Acrescentar algo mais que a fé em Jesus como condição para a salvação é heresia e desvio da fé cristã (Gl 5.1-4). Mas ir além da liberdade cristã, explorando os limites, é libertinagem (Gl 5.13). A fé cristã requer compromissos e por isso vivemos uma vida diferente do mundo. Do contrário, essa fé seria superficial e não profunda, como encontramos no apóstolo Paulo (Gl 2.20). 

Quando os gentios de Antioquia se converteram à fé cristã, a igreja enviou Barnabé para discipular aqueles novos crentes (At 11.20-22). Ele entendia que os costumes só deviam ser mantidos quando necessários, pois ensinar costumes, culturas e tradições como condição para a salvação é heresia e caracteriza seita. Barnabé sabia que a tradição judaica era mais uma forma de manter a identidade nacional e que isso em nada implicaria na salvação desses novos crentes. Portanto, não seria necessário observar o ritual da lei de Moisés (At 15.19-20). 

Os judeus não eram mais crentes que os gentios por causa dos costumes, e nem consideravam os gentios menos crentes do que eles. Pedro pregava o evangelho aos da “circuncisão” (judeus), enquanto que Paulo pregava os da “incircuncisão”, (gentios) (Gl 2.7-9). Não se trata de dois evangelhos, mas um só (Gl 1.1-8). 

[....] Proibições sem a devida fundamentação bíblica, é fanatismo. Quem faz de sua religião seu deus não terá Deus para sua religião. [História da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil. Pg. 578-582]. 

A Igreja foi chamada para combater o pecado e não criar pecados, pecado é pecado, sempre foi e nunca deixará de ser, quanto a usos e costumes foram na realidade criados uma série de ensinos onde se dizia ser pecado, quando a palavra de Deus dizia não é, usos e costumes fez mais mal a igreja do que bem e isso é fato. 

FONTE DE PESQUISA

História da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil. CPAD. 1ª Edição/2004. Rio de janeiro, RJ. 

Pr. Elias Ribas

Blumenau –SC.

Recomendo ler os estudos nos links abaixo para o leitor possa tirar todas suas dúvidas acerca de usos e costumes com base bíblica: 

USOS E COSTUMES: http://pastoreliasribas.blogspot.com.br/2012/02/usos-e-costumes.html 

AS ROUPAS E ADORNOS NOS TEMPOS DE JESUS CRISTO: http://pastoreliasribas.blogspot.com.br/2012/02/as-roupas-e-adornos-nos-tempos-de-jesus_5428.html 

AS ROUPAS PARA AS MULHERES À LUZ DE DEUTERONÔMIO - 22-5: http://pastoreliasribas.blogspot.com.br/2011/12/calcas-compridas-para-as-mulheres-luz_20.html 

USO DO VÉU E CABELOS SEGUNDO 1ª CORÍNTIOS 11: http://pastoreliasribas.blogspot.com.br/2011/11/uso-do-veu-e-cabelos-1-corintios-11.html

ADORNO DA MULHER CRISTÃ: http://pastoreliasribas.blogspot.com.br/2012/01/adorno-da-mulher-crista.html

 DISTORÇÕES DOUTRINÁRIAS PARA COM AS MULHERES: http://pastoreliasribas.blogspot.com.br/2012/01/distorcoes-doutrinarias-para-com-as.html

 O QUE REALMENTE É VAIDADE: http://pastoreliasribas.blogspot.com.br/2012/01/o-que-realmente-e-vaidade-em-primeiro.html

 A CONDENAÇÃO DAS FILHAS ALTIVAS DE SIÃO - ISAÍAS 3.16-26: http://pastoreliasribas.blogspot.com.br/2012/01/condenacao-das-filhas-altivas-de-siao_16.html

 OS FARISEUS ENSINAM OUTRA DOUTRINA: http://pastoreliasribas.blogspot.com.br/2012/07/os-fariseus-ensinam-outra-doutrina.html

  A FALSA DOUTRINA DOS FARISEUS: http://pastoreliasribas.blogspot.com.br/2012/07/falsa-doutrina-do-fariseus.html

 O FARDO DOS FARISEUS: http://pastoreliasribas.blogspot.com.br/2012/07/o-fardo-dos-fariseus.html

 EM BUSCA DA LIBERDADE: http://pastoreliasribas.blogspot.com.br/2012/04/em-busca-da-liberdadeo-termo-cristao_29.html

 SALVOS NÃO NECESSITAM DE CABRESTO PARA SERVIR A CRISTO: http://pastoreliasribas.blogspot.com.br/2012/05/salvos-nao-necessitam-de-cabresto-para.html

 JESUS E OS FARISEUS: http://pastoreliasribas.blogspot.com.br/2012/05/jesus-e-os-fariseus.html

 ADVERTÊNCIA DE JESUS CONTRA OS FALSOS MESTRES: http://pastoreliasribas.blogspot.com.br/2012/05/advertencia-de-jesus-contra-os-falsos.html

 COMO IDENTIFICAR UM FARISEU: http://pastoreliasribas.blogspot.com.br/2012/07/a-controversia-dos-fariseus.html

 OS FARISEUS ESTABELECEM A SUA PRÓPRIA JUSTIÇA: http://pastoreliasribas.blogspot.com.br/2012/07/os-fariseus-estabelecem-justica-propria.html

 O APÓSTOLO PAULO EM DEFESA DO EVANGELHO: http://pastoreliasribas.blogspot.com.br/2012/06/paulo-na-defesa-do-evangelho.html

 OS FARISEUS NA ERA APOSTÓLICA: http://pastoreliasribas.blogspot.com.br/2012/06/os-fariseus-na-era-apostolica.html

 AS CARACTERÍSTICAS DOS FARISEUS: http://pastoreliasribas.blogspot.com.br/2012/06/as-caracteristicas-dos-fariseus.html

 OS FARISEUS SÃO PEDRAS DE TROPEÇO: http://pastoreliasribas.blogspot.com.br/2012/08/os-fariseus-sao-pedras-de-tropeco.html

 OS FARISEUS NÃO TÊM MISERICÓRDIA: http://pastoreliasribas.blogspot.com.br/2012/08/os-fariseus-nao-tem-misericordia_4.html

 A HIPOCRISIA DOS FARISEUS: http://pastoreliasribas.blogspot.com.br/2012/08/a-hipocrisia-dos-fariseus.html

 O PERIGO DO FARISAÍSMO: http://pastoreliasribas.blogspot.com.br/2012/09/o-perigo-do-legalismo.html


sexta-feira, 5 de abril de 2013

PNEUMATOLOGIA



I. INTRODUÇÃO

Pneumatologia é a consideração das Escrituras concernente ao Espírito Santo. Muito erro e confusão existe em nossos dias no tocante à personalidade, às operações e às manifestações do Espírito Santo. Eruditos conscientes, mas equivocados, têm sustentado pontos de vista errôneos a respeito desta doutrina. Inclusive Hebert Lockyer diz: “O erro de tratar o Espírito Santo de uma maneira impessoal pode ser reconstituído até o terceiro século quando a teoria foi estabelecida que o Espírito Santo era uma mera influência, uma aplicação de energia divina e poder, uma emanação de Deus”. O Espírito Santo não é uma força impessoal. Este ponto é especialmente importante agora por causa das tendências panteístas que estão nos influenciando através das religiões orientais.

No N.T., o Espírito Santo é mencionado quase 300 vezes, e muita proeminência é dada à Sua Pessoa e trabalho. O p´roprio entendimento do Espírito Santo é básico, inclusive a muitas doutrinas – inspiração da Bíblia, muitos aspectos importantes da salvação, e muitos facetas da vida cristã. É vital para a fé de todo crente cristão, que o ensino bíblico a respeito do Espírito Santo seja visto em sua verdadeira luz e mantido em suas corretas proporções.

II. O ESPÍRITO SANTO É UMA PESSOA

1. Gramaticalmente.

A gramática no grego, nos mostra que “o Espírito Santo é uma pessoa”. Uma evidência da personalidade do Espírito Santo é o uso do pronome masculino ao representá-lo. A palavra grega para espírito é pneuma que é substantivo do gênero neutro. A própria gramática nos ensina que quando um pronome é substantivo por um substantivo, o pronome deve ser do mesmo gênero (pessoa e número) como o substantivo.

Mas no N.T. grego, isto nem sempre é o caso quando pronomes são substituídos pela palavra Espírito. João 16.13-14 diz: “Quando (ele) (ekeinos) vier, porém, o Espírito (pneuma) da verdade, ele (incluído no verbo) vos guiará a toda a verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir. Ele (ekeinos) me glorificará, porque há de receber do que é meu e vô-lo há de anunciar”.

Nestes dois versículos o pronome “ele” (subentendido em português) no verso 13 “quando (ele vier” e no verso 14 “Ele me glorificará” é masculino, onde esperaríamos um pronome neutro - (ver também Ef 1.13b, 14): “…fostes selados com o Santo Espírito da promessa. O qual é o penhor da nossa herança…”, onde a palavra traduzida “o qual é atualmente o pronome masculino no grego.

Estes dois exemplos de má gramática são excelente teologia, pois mostra que o Espírito Santo não é uma coisa neutra, mas uma pessoa definida. Também em João 15.26: “… o Espírito da verdade, que dele procede, esse (ekeinos)…”. O uso do pronome masculinos em vez de neutro, mostra que o Espírito é uma pessoa.

Há ainda um testemunho que precisa ser mencionado: é o uso do substantivo masculino (parakletos) empregados por Cristo ao referir-se ao Espírito Santo (Jo 14.16-17). O próprio Cristo era Consolador dos discípulos (1ª Jo 2.1) e consolou-os diante da iminência de deixá-los, prometendo-lhes outro Consolador (parakletos).

Esta palavra “outro” (Jo 14.16 é alllos que expressa uma diferença numérica) e denota outro da mesma espécie ou tipo. Aqui, então, Jesus ia enviar um outro como Ele mesmo. Tudo o que Jesus era para Seus discípulos, o outro Consolador havia de ser, e ainda mais (devido às limitações humanas de Jesus) – uma pessoa que viria substituir outra pessoa. Noutras palavra, o Espírito Santo dá prosseguimento ao que Cristo fez aqui na terra.

Consolador. Jesus chama o Espírito Santo de “Consolador”. Trata-se da tradução da palavra grega parakletos, que significa literalmente “alguém chamado para ficar ao lado de outro para ajudar”. É um termo rico de sentido, significando Consolador, Fortalecedor, Conselheiro, Socorro, Advogado, Aliado e Amigo.

Ele possui as características de uma pessoa: “inteligência, emoção e vontade ou volição”.

Quando falamos em “pessoa” normalmente pensamos em seres humanos. Um ser humano possui inteligência, emoção e vontade que distingue dos irracionais. Porém estas características fazem parte do homem interior, do ser imaterial. Por isso, é que usamos esta expressão ao Espírito Santo.

Em conexão com Cristo (Jo 16.14; 17.4). O Espírito Santo glorifica outro membro da Trindade, a saber, Cristo e Cristo ao Pai. Em Jo 16.14, o Espírito Santo está relacionado ao Senhor de tal maneira que podemos concluir que ambos são pessoas.

2. O Espírito Santo tem percepção intelectual ou capacidade de pensar.

“Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus. Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito, que nele está? Assim, também as coisas de Deus, ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus. Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente. Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais” (1ª Co 2.1-13- outras ref. Rm 8.27; NE 9.20; Jo 14.26; Is 11.2; Jo 15.26; 16.12-14).

Então, o Espírito Santo não é mero poder ou influência, e sim uma Pessoa dotada de intelecto que conhece as profundezas de Deus e no-las revela.

3. O Espírito Santo tem reação emocional ou a capacidade de sentir:

“E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção” (Ef 4.30 – outras ref. Is 63.10; Rm 8.26; Rm 15.30).

Ninguém pode entristecer a lei da gravidade ou fazer que o vento oriental se lamente. Portanto, a não ser que o Espírito Santo seja uma pessoa, a exortação de Paulo em Efésios 4.30, seria sem significado e supérflua.

4. O Espírito Santo tem determinação volitiva ou capacidade de escolher.

“Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente” (1ª Co 12.11 – Is 63.10; Is 59.19; At 13.2-4; 16.6-7; 15.28). Aquele que é impessoal não possui volição.

“Ou supondes que em vão afirma a Escritura: É com ciúme que por nós anseia o Espírito, que ele fez habitar em nós?” (Tg 4.5).

III. A EXISTÊNCIA DO ESPÍRITO SANTO

“Muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!” (Hb 9.14).

Se o Espírito Santo existe como Ser divino, Ele não é uma parte deste, mas é o próprio Deus Espírito (Jo 4.24). Ele tem existência própria, mas isto não significa que esteja separado da divindade. As pessoas da Trindade são distintas em suas manifestações, mas pertencem à mesma essência indivisível e eterna. O Espírito Santo não se originou em nada e em ninguém, pois tem origem em si mesmo. Ele é a expressão da unicidade de Deus. Nós e os anjos fomos criados e, por isso, dependemos do Criador. Mas o Espírito Santo não depende e nem precisa de alguém, embora queira e possa livremente relacionar-se com sua criação. Jesus declarou que o Pai tem vida em si mesmo (Jo 5.26). Se o Pai pertence á mesma essência divina do Filho, o Espírito Santo também possui existência própria e total independência de todas as coisas.

IV. OS ATRIBUTOS DO ESPÍRITO SANTO

Quando nos referimos ao termo “atributo”, falamos de algo que também pertence ao Espírito Santo. De fato, são propriedades qualitativas, jamais adquiridas ou acrescentadas, mas pertencentes a Ele eternamente. Um atributo é uma qualidade ou característica inerente em um ser. Destacaremos apenas dois atributos.

1. A imutabilidade.

Ela é própria do Espírito Santo. Significa que Ele está livre de toda a mudança (Ml 3.6). Tudo o que se diz a respeito dele, como Deus Espírito, é perfeito e imutável. Este atributo não é exclusivo de uma pessoa da Trindade, mas pertence às três (Rm 1.23; Hb 1.11).

2. Eternidade (Hb 9.14).

Ela é um atributo intrínseco na divindade. Por isso, o autor da carta aos Hebreus identifica o Espírito Santo como “o Espírito Eterno”. Ele transcende a todas as limitações temporais. Dois outros termos ligados à eternidade ilustram e aclamam ainda mais este atributo. O Espírito Santo é infinito e imenso. Por infinidade, entende-se que sua existência não tem fim. Nada confina o Espírito Santo no espaço, nem o retém no tempo. Por imensidade, compreende-se que o Espírito é total, pleno e completo. Ele na se divide, mas pode estar presente em toda parte com todo o seu Ser (Sl 139.7-12).

3. Ele é Santo (Ef 4.30-31; Rm 1.4).

Embora o homem possa possuir uma santidade relativa, santidade absoluta pertence a Deus; e sendo que esta santidade é atribuída ao Espírito Santo no Seu próprio nome, é um indício de sua deidade (Ef 1.3).

V. O ESPÍRITO SANTO NA CRIAÇÃO

Muito tempo antes que fosse criado o homem, e mesmo antes que houvesse mundo, o Espírito Santo existia. Em Gn 1.2 descreve-se a terra como uma massa informe, vazia e envolta em trevas. Um raio de esperança penetrava na escuridão: “O Espírito de Deus se movia sobre a face das águas”. Todos os 3 membros da Trindade tomaram parte na criação. O Pai exerceu volição e planejou a obra da criação; o Filho por Sua vez, executou esse plano. O Espírito Santo também contribuiu com a Sua cooperação que é especialmente a de conceder vida. Assim foi na criação e assim foi na ressurreição de Jesus; assim também é quando alguém nasce de novo. É o Espírito Santo quem provê a vida espiritual, seja para uma pessoa, seja para a Igreja.

O Espírito Santo é o provedor e sustentáculo da natureza, obra sobre a qual o livro de Jó tem muito que informar, por exemplo, em Jó 26.13, lemos: “E Pelo Seu Espírito ornou os céus”. A palavra “ornar” significa decorar ou adornar. Com que estão adornados os céus? Noite resplandece com o brilho dos corpos celestes. Os astrônomos estudam as mudanças de cor das estrelas. Quem não aprecia a beleza da aurora e do sol poente? O Cristão, muito especialmente, fica encantado com essas maravilhas porque também conhece o Artista cuja mão pinta tão lindas cenas. O salmista disse no Salmo 33.6: “Pela Palavra do Senhor foram os céus e todo o exército deles pelo Espírito de Sua boca”. O “Espírito de Sua boca” é o Espírito Santo que ajudou na criação dessas maravilhas encontradas no Universo. (Outras Ref. Jó 33.4 e Salmos 29.1).

VI. O ESPÍRITO SANTO NO NOVO TESTAMENTO

Embora tenha sido muito poderoso o ministério do Espírito durante o Velho Testamento, encontramos no Novo Testamento que Seu ministério será ainda mais amplo, considerando a Sua manifestação na vida e no ministério de Jesus Cristo e na Igreja por Ele estabelecida. Durante 400 anos aproximadamente, antes do nascimento de Jesus, o Espírito Santo não falou aos homens. Nenhuma voz profética havia proclamado a mensagem de Deus ao seu povo. Então, de repente, inaugura-se um período de atividade espiritual incomum; um velho sacerdote e sua esposa, Zacarias e Isabel, ouviram um mensageiro celeste dizer -lhe que, contrariando a natureza, eles teriam um filho. Essa profecia cumpriu-se com o nascimento de João Batista, que era “cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe” (Lc 1.15). O próprio pai, Zacarias, também foi cheio do Espírito Santo em razão do que proferiu a maravilhosa profecia concernente ao menino, registrada em Lc 1.67-79.

“Zacarias, seu pai, cheio do Espírito Santo, profetizou, dizendo:...” (Lc 1.67).

“E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6.39). Trata-se de uma referência à glória de Cristo na cruz (ver 12.23-24). O Espírito não pode ser concedido na sua plenitude, enquanto o caso do pecado não for resolvido. O termo “Espírito”, aqui, diz respeiro à totalidade da obra do Espírito Santo no crente, tanto a regeneração (20.22) como no batismo no Espírito (At 2.4).

VII.O ESPÍRITO SANTO OPERANDO EM CRISTO

1. O Nascimento Virginal - Lucas 1.26-45.

Um anjo apareceu a uma virgem por nome Maria, em Nazaré, anunciando-lhe que pelo Espírito Santo conceberia e daria à luz um filho. O Salvador do mundo. O anjo também apareceu a José, com quem ela era desposada, assegurando-lhe que a gravidez seria resultante da agência do Espírito Santo.

2. Apresentação no Templo - Lucas 2.31-36.

Após o nascimento de Jesus, em Sua apresentação no templo, outra vez o Espírito manifestou-se de modo especial. A Simeão Ele revelou a verdadeira identidade desse menino, dizendo-lhe que era o Messias Prometido. Simeão, um homem sobre quem o Espírito Santo estava, veio pelo mesmo Espírito ao templo, no momento oportuno, e por Ele falou concernente a Jesus, a quem tomou nos braços.

“Revelara-lhe o Espírito Santo que não passaria pela morte antes de ver o Cristo do Senhor. Movido pelo Espírito, foi ao templo; e, quando os pais trouxeram o menino Jesus para fazerem com ele o que a Lei ordenava, Simeão o tomou nos braços e louvou a Deus, dizendo: Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra; porque os meus olhos já viram a tua salvação, 31 a qual preparaste diante de todos os povos: luz para revelação aos gentios, e para glória do teu povo de Israel” (Lc 1.26-32).

3. Jesus, o Servo de Jeová - Filipenses 2.5-8.

Após um período de aparentemente menor atividade, o Espírito Santo tomou a manifestar-se de um modo especial na vida de Jesus. Melhor entenderemos essa atividade, se compreendermos como Jesus esvaziou-se de Sua glória, experiência está mencionada em Fp 2.7, onde está dito que Cristo era co-igual com Deus, sim, era o verdadeiro Deus; fazia parte da Deidade. Embora gozando dessa posição elevadíssima, Ele voluntariamente renunciou-a, tomando-se homem, a fim de sofrer a morte. Ele despojou-se da glória que tinha junto com o Pai, antes que o mundo existisse, Jo 17.5. Vindo ao mundo em corpo humano, Ele voluntariamente tomou sobre Si a forma de servo.

Através do ministério do Espírito Santo, Ele tornou-se dependente de Deus. Limitou-se a operar obras sobrenaturais pelo poder do Espírito Santo, no qual confiou.

Esta verdade deverá encorajar os crentes de hoje, pois eles também poderão receber o mesmo poder que operou em Cristo o do Espírito Santo.

4. O início do ministério - Mateus 3.13-17.

Quando Jesus foi batizado por João no Rio Jordão, o Espírito Santo “desceu sobre Ele, assinalando o início do Seu Ministério. Que cena aquela! Ao imergir Jesus, o Filho de Deus, o João Batista viu o sinal que Deus lhe indicara”. Sobre aquele que vires descer o Espírito Santo e sobre Ele repousar (Jo 1.35). Assim, quando os céus se abriram e o Espírito Santo desceu em forma de pomba, João percebeu que contemplava o próprio Cristo.

5. O ministério público.

O Espírito Santo operou de uma maneira especial no ministério do Filho de Deus. Primeiramente, o Espírito conduziu-o ao deserto para ser tentado ou provado pelo Diabo.

Mt 4.1-10. Marcos descrevendo o mesmo incidente, emprega um termo mais forte: impeliu-o. Quem pensaria que o Espírito Santo “impeliria” Jesus a ser tentado? Vamos lembrar que o Espírito não levou Jesus ao deserto, para então abandoná-lo aos ataques de Satanás. Em verdade foi pelo Espírito que Jesus ganhou a vitória sobre toda a tentação, usando Ele a espada do Espírito, a Palavra de Deus (Hb 4.12).

Ungiu Seu ministério público (At 10.38). A seguir teve início Seu Ministério de 3 anos e meio, tão repleto do poder de Deus, no qual enfrentou e venceu todos os inimigos da humanidade. Os Demônios fugiram ante a Sua presença; a lepra desapareceu ao toque de Sua mão; as vistas que nunca enxergaram, viram; abriram-se os ouvidos aos surdos; tal ministério não tinha precedentes na história humana.

A própria natureza obedeceu à Sua ordem “aquietai-vos”, acalmando a fúria da tempestade. As águas do mar solidificaram-se sob seus pés. Ele multiplicou pães e os peixes de modo a alimentar milhares.

A própria morte perdeu seu poder ante a Palavra de Cristo, dizendo à filha de Jairo: “Talita cumi”, ou ao filho único da viúva, “moça, eu te digo” ou “Lázaro, para fora!”; a Sua voz se fez ouvida nas regiões dos mortos, ordenando-lhes o retorno da vida. A pregação de Jesus era diferente da de qualquer outro homem. “Nunca homem algum falou como este homem”, disseram aqueles que O ouviram. Não era somente o conteúdo de Sua mensagem, como também a maneira de expressar, que causava admiração. Havia força e tremenda autoridade do Seu falar que transformava a vida de Seus ouvintes. Sim, esse maravilhoso ministério de Cristo era o resultado do poder do Espírito Santo, a Terceira Pessoa da Trindade, que nele operava. Cristo exerceu Seu ministério, não como divino apenas, mas sim como um homem perfeito, ungido pelo Espírito Santo.

A começar no dia de Pentecostes, o Espírito Santo tem estado em atividade incomum, muito especialmente desde o início do século XX, quando surgiu o moderno movimento pentecostal. Entendemos que este derramamento do Espírito representa um dos importantes sinais do regresso de Jesus a este mundo.

A proeminência que o Espírito Santo em Sua obra ocupa, nestes dias, torna imperativo que os crentes sejam bem informados acerca da Terceira Pessoa da Trindade. A pessoa que se aprofunda, biblicamente, neste assunto desfrutará de ricas experiências espirituais, pois é através do Espírito que Cristo se revela ao mundo.

É pelo Espírito que Cristo opera com poder na Sua Igreja.

Precisamos de Sua plenitude. Os tempos que atravessamos são tempestuosos e Satanás, sabendo que seu tempo é curto, opera vigorosamente contra Deus e contra a Sua causa.

Somente pelo poder do Espírito Santo poderemos vencer essas forças diabólicas assestadas contra nós.

Enquanto estudamos acerca da natureza e do ministério do Espírito Santo, não nos contentemos com apenas um conhecimento superficial do assunto, mas imploremos ao Senhor, a plenitude dessa bênção e do poder que o Espírito Santo veio ao mundo suprir.

6. Na ressurreição de Jesus.

“Se, porém, Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito é vida, por causa da justiça. Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita” (Rm 8.9-11).

Como se pode ver, Paulo alude sem menor constrangimento às três pessoas da Trindade: o Pai que ressuscita, o Filho ressuscitado e o Espírito da ressurreição. E tem mais: a ressurreição de Cristo é o penhor e o padrão da nossa ressurreição. O mesmo Espírito que o ressuscitou haverá de nos ressuscitar. O mesmo Espírito que dá vida ao nosso espírito (v.10).

VIII. O ESPÍRITO SANTO NA IGREJA

Tendo se realizada a ascensão de Cristo à destra do Pai, o Espírito veio ocupar um lugar ainda mais proeminente entre os homens.

Cristo prometeu aos Seus discípulos que receberiam poder lá do alto, afim de que cumprissem a Grande Comissão que lhes ordenara (At 1.8). O Senhor identificou essa experiência dizendo-lhes que dentro de poucos dias seriam batizados com o Espírito Santo (At 1.5).

1. Pentecostes.

No Cenáculo, os 120 seguidores de Cristo esperavam a vinda do Espírito Santo, a qual verificou-se no dia de Pentecostes. Esse evento Poderoso, incluindo Línguas como que de fogo, experiência que encheu os corações desses irmãos, possibilitando-lhes falar línguas por eles desconhecidas, mediante poder sobrenatural.

2. Os Atos do Espírito Santo.

O livro de atos bem poderia ser chamado “Os Atos do Espírito Santo”. Qual era o poder que transformou os homens? Qual a razão de tantos milagres operados na Igreja do primeiro século? Como se explica a divulgação tão rápida do evangelho nesse tempo, iniciando um movimento que perdura em nossos dias? Essa foi à obra do Espírito Santo.

Espírito Santo pode ser definido como um fluido que emana de Deus Jeová, porém não se trata de uma pessoa coexistente com Ele, como ensinam as religiões organizadas”.

Em At 5.3,4 diz: “Mentiste ao Espírito Santo... mentiste a Deus”.

No Sl 139.7.12, vemos o Espírito Santo como onipresente; a onipresença é um atributo de Deus.

Em At 10.19,20, o Espírito Santo fala com uma pessoa e chama a Si mesmo “Eu”.

Sl 143.10 O Espírito Santo guiando-nos. Somente uma pessoa pode guiar outra. Uma influência ou poder não pode.

3. Na adoração.

Como precisamos que o Espírito Santo inflame nossa adoração! Como nosso espírito precisa ser estimulado pelo Espírito Santo para que a nossa adoração seja verdadeira. A Palavra de Deus nos diz: “Por isso, vos faço compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus afirma: Anátema, Jesus! Por outro lado, ninguém pode dizer: Senhor Jesus senão pelo Espírito Santo” (1ª Co 12.3).

Se não podemos dizer que Jesus é o Senhor sem Ele, como podemos adorar em espírito sem o poder do Espírito Santo? Deve haver uma revelação do Espírito Santo em nosso espírito, permitindo-nos adorar a Deus, que é Espírito, em espírito.

“O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm 8.16).

O Espírito Santo nos transmite confiança de que, por Cristo e em Cristo, agora somos filhos de Deus (Jo 1.12). Ele torna real a verdade de que Cristo nos amou ainda nos ama e vive por nós no céu, como nosso mediador (Hb 7.25). O Espírito Santo nos revela que o Pai nos ama como seus filhos por adoção, não menos do que Ele ama Seu Filho Unigênito (Jo 14.21-23; 17.23). Finalmente, o Espírito cria em nós o amor e a confiança que nos capacita a lhe clamar “Aba, Pai” (Rm 8.15).

IX. OS NOMES DO ESPÍRITO SANTO

A prova da personalidade do Espírito Santo certamente não inclui a prova de que Ele é Deus. O contrário é verdade, porém, pois se Ele é Deus Ele deve ser também uma pessoa como Deus é. A negação da deidade e da personalidade normalmente vão juntas, embora alguns creiam que Ele é uma pessoa sem ser que Ele é também divino. Mais argumentos da deidade do Espírito Santo são os nomes divinos que lhe são atribuídos.

A essência corpórea do Espírito não é oposta à idéia da transcendência do Espírito, que é contra toda a existência carnal.

O Espírito Divino é mencionado no Antigo Testamento sob diversos nomes, e suas atividades podem ser vistas através da dispensação. Embora designações como “Espírito de Deus”, “meu Espírito”, “seu Espírito”, Espírito Santo”, e outras sejam vistas, a expressão mais comum é “Espírito de Yahweh”, ou “Espírito de YHWH”.

Uma vez que a esfera do AT é a prática, a espiritualidade de Deus no sentido filosófico não pode ser encontrada em suas páginas. A doutrina do Espírito não foi uma idéia central nem mesmo constante na religião hebraica, mas em alguns períodos “o Espírito desempenhou um papel proeminente na vida nacional”.

Knudson Albert C., apresentou três significados distintos da palavra “espiritualidade” aplicada a Deus:

“Ela significa que Deus é um espírito distinto da existência material ou física. Ela significa que Ele é livre da fraqueza da carne, e é um poder sobremundano, superior às forças da natureza. Ela significa também que há um lado interior em sua personalidade, lado racional e ético, e que é aí que Sua natureza essencial é encontrada”.

As limitações da espiritualidade de Deus no AT são devidas à ênfase sobre a personalidade de Iawé, com os resultantes antropomorfismos e a externalidade da adoração.

1. Espírito de Deus.

São muito significativos os nomes e títulos do Espírito Santo, pois esses revelam muito, concernente à obra e natureza. Por exemplo, às vezes, como em 1ª Co 3.16 é chamado “O Espírito de Deus”. Isso significa que Ele mantém uma relação especial para com o Pai tal qual Eliezer, o servo de Abraão que representou seu senhor quando foi buscar a esposa para o filho Isaque (Gn 24). Assim o Espírito Santo está cumprindo a obra de Deus em preparar uma esposa (a igreja Universal) para Cristo durante a dispensação atual.

Este nome retrata o Espírito Santo como alguém que procede da parte de Deus. Ele é enviado pelo Pai e pelo Filho. (Outras ref. At 5.3-4 e 2ª Co 3.17-18).

2. Espírito de Jeová.

“Repousará sobre ele o Espírito do SENHOR, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do SENHOR” (Is 11.2).

Este nome se refere ao Espírito Santo como Aquele por meio de Quem os profetas falavam.

3. O Espírito do Senhor.

“O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados” (Is 61.1).

Ele chamado de “Senhor”. O Espírito Santo é identificado como Deus nessas passagens, de modo tal que comprova a Sua Divindade. Em Lc 3.21,22, o Espírito Santo é chamado “Senhor”. O original aqui é Kurios = senhor supremo.

Este título mostra o Espírito Santo como agente por intermédio de Quem é exercida a soberania de Deus.

4. Espírito de Vida.

“Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte” (Rm 8.2).

Esta “lei do espírito de vida” é o poder e a vida do Espírito Santo, reguladores e ativadores operando na vida do crente. O Espírito Santo entra no crente e o liberta do poder do pecado (cf. Rm 7.23). Ele não é apenas o Espírito vivo, mas também, é o Espírito que transmite vida.

Um dos mais sublimes nomes do Espírito Santo é o “Espírito de vida” (Rm 8.2). A vida que Jesus prometeu a Seus seguidores torna-se uma realidade através do Espírito Santo. Seu poder aniquila o poder do pecado e da morte. A cura divina também é efetuada em nossos corpos pelo mesmo Espírito, Rm 8.2; 1ª Co 12. O dia chegará quando Ele ressuscitará os nossos corpos mortais, como ressuscitou o corpo de Jesus.

5. Espírito de Adoção.

Nós, como crentes, regozijamo-nos no fato de sermos herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, Rm 8.17. De que maneira isso se torna realizado? Pela operação do Espírito que em Rm 8.15 é chamado “Espírito de Adoção”. O testemunho íntimo do Espírito em nossos corações nos faz compreender que de fato somos os filhos de Deus, adotados para sermos participantes da família celestial.

6. Espírito Santo.

“Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?” (Lc 11.13). O caráter e essencial do Espírito é salientado neste nome. Ele santo em pessoa e caráter, e também é o autor direto da santidade do homem.

A razão do Espírito Santo ser chamado de santo com mais freqüência que as demais Pessoas da Trindade, não é porque Ele seja mais santo que as outras duas, pois a santidade infinita não admite graus. Ele é assim oficialmente designado porque Sua obra é santificar. Se refere ao Espírito Santo cuja a santificação de crentes é a evidência de Cristo ter sido apontado Filho de Deus em poder e sendo agora exaltado.

O Espírito Santo tem valor inexplicável para o cristão. O caminho da Santidade é trilhado quando permitimos que o Espírito Santo cumpra em nós o Seu ministério. Ele é santo, esta santidade se transmite a quem anda pelo Espírito. Oxalá todos os crentes compreendessem bem que Ele vive em nós, renovando-nos segundo a imagem de Deus, criando em nós o anelo pela santidade, possibilitando uma vida vitoriosa. O segredo da Santidade é uma Pessoa, e esta Pessoa é o Espírito Santo.

7. Espírito da graça.

Em Hb 10.29 faz-se referência ao “Espírito de Graça”. Todo evangelho é um Evangelho de Graça. Deus amou o mundo de tal maneira, que deu Seu Filho sem reservas. O Senhor Jesus oferece Seus dons simplesmente por Graça. “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras para que se glorie” (Ef 2.8,9). De perfeito acordo com o Pai e o Filho, o Espírito Santo apresenta os tesouros celestiais em qualidade de dons gratuitos para o homem, trazendo a este mundo Espírito único do Pai e de Seu Filho e a proposta da Graça. Ele recusa tratar com aqueles que querem negociar Suas bênçãos. Jamais aceitará retribuição por Seu trabalho. Não permitirá jamais que se lhe atribuam méritos em retribuição por Seus dons. A graça é a Lei fundamental do Seu ministério; o Espírito é especialmente o “Espírito de Graça” (Zc 12.10).

8. Espírito de oração.

Em Zacarias 12.10 se faz referência ao Espírito Santo com o nome de Espírito de Oração. Do mesmo modo o apóstolo Paulo diz o seguinte: “E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis”.

E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito, e é Ele que segundo Deus intercede pelos santos, Rm 8.26-27. Em 1ª Co 14.2 diz: “Porque se eu orar em língua estranha, o meu Espírito ora bem, mas meu entendimento fica sem fruto. Que farei, pois? Orarei com espírito, mas também com o entendimento”.

Isso designa particularmente o dom de línguas como o mistério de oração no espírito. O Espírito Santo é tão eficiente e competente em virtude de ser Deus mesmo e conhecer todas as coisas, que está capacitado na forma preeminente para dirigir a vida de oração do crente.

Ao falar por meio dos crentes cheio do Espírito Santo, mediante o dom de línguas, ou inspirando-lhes o entendimento, o Espírito Santo se constitui no poderoso Espírito de Súplica. Como é necessário que os crentes estejam cheios do Espírito de Súplica! Quanto poder-se-ia realizar para o reino de Deus na atualidade se os crentes cheios do Espírito Santo se dedicassem ao ministério da intercessão, permitindo que o Espírito de Súplica ore por meio deles, de acordo com a vontade de Deus?

9. Espírito da Verdade.

Estudaremos agora a revelação divina, no sentido de que o Espírito Santo é o Espírito de verdade - Jo 16.13. Na profecia de Isaías com respeito à vinda do Messias, tal como se registra no capítulo 11.2-3, o Espírito do Senhor se menciona como o “Espírito de sabedoria e de inteligência, Espírito de conselho e de fortaleza, Espírito de conhecimento e de temor a Jeová. E deleitar-se no temor do Senhor”. Temos aqui sete vocábulos referentes ao Espírito de Verdade. Dos sete Espíritos este é o único que se define com sete termos. Quando Cristo informava aos discípulos com respeito à descida do Consolador, que devia ocupar Seu lugar aos discípulos, afirmou que a obra e ministério especial desse Consolador seria de Ensinar-lhes todas as coisas (Jo 14.26; 16.13). Foi Cristo quem lhe deu o título de “Espírito de Verdade”, declarando ainda que “quando o Espírito de verdade viesse testificaria dele” (João 15.26). Uma vez que o Senhor Jesus é a Verdade, (Jo 14.16), é de esperar que o Espírito de Verdade testificará de Cristo, que é a verdade. Pela terceira vez o Senhor denomina o Espírito Santo como o Espírito de Verdade, em Jo 16.13. Declara que “Ele guiará em toda a verdade” e, ainda, “porque há de receber do que é seu e vo-lo há de anunciar”.

10. Espírito de Glória.

O último dos sete espíritos de Deus é o “Espírito de Glória” 1ª Pe 4.14; Rm 8.18. O que sofre vitupérios por causa de Cristo, não somente experimentará o Espírito de Glória em seu ser, senão que a glória que nele reside manifestar-se-á no último tempo. Pelas feridas do corpo e do Espírito, o Espírito de Glória acumula Sua Glória em nossa vida para o dia da redenção. Desta maneira proporciona nossa glorificação e do mesmo modo se glorifica o Senhor. Este foi o Espírito que repousou sobre Estevão, em circunstâncias que seus inimigos rangiam os dentes e se preparavam para matá-lo, At 7.55. Estevão foi glorificado, pois o Senhor se pôs de pé para recebê-lo. Cristo também foi glorificado pela lealdade resoluta e a devoção desse Seu servo.

11. O Consolador.

Cristo mesmo, ao anunciar a descida do Espírito Santo, menciona-o como “Consolador” (Jo 14.16). Em nenhuma outra parte das Escrituras há um título do Espírito Santo, revelando-o tão misericordioso. Os discípulos estavam atribulados. Necessitavam consolo divino. Jesus fez face a esta necessidade, prometendo-lhes o Dom, o qual lhes proporcionaria abundante consolo. O consolo que o Espírito Santo lhes daria não seria uma mera compaixão; de fato, Ele sararia as feridas de seus corações ao comunicar-lhes valor e fortaleza. Todo crente deve permitir que o Espírito Santo realize esse ministério em sua vida, At 9.31.

12. Espírito de Cristo.

A terceira pessoa da Trindade é chamada também o “Espírito de Cristo” (1ª Pe 1.11). Alguns erroneamente têm pensado que havia e há dois Espíritos diferentes. Mas esse não é o caso. O crente não recebe dois Espíritos, mas sim o Espírito Santo que vem em nome de Cristo, que o envia. A obra especial do Espírito é glorificar o Filho de Deus, e por esta razão tem o nome “Espírito de Cristo”.

“Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele” (Rm 8.9).

É evidente que o mesmo Espírito significa ambos: Espírito de Deus e Espírito de Cristo.

Todo o crente, desde que o momento que aceita Jesus Cristo como Senhor e Salvador, tem o Espírito Santo habitando nele. “E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele”. E se não é dele então é de quem?

Esse nome mostra a relação do Espírito com o Messias, o Ungido de Deus. O próprio Espírito é que unge.

13. O Espírito de Seu Filho.

“E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!” (Gl 4.6).

O Espírito de Seu Filho produz, no coração do crente, o Espírito filial, dando-lhe a certeza que é um dos filhos de Deus.

Espírito de Cristo ou Espírito Santo de Jesus e o Espírito de Deus, não se referem a espíritos diferentes, mas são nomes dados a Sua personalidade, que mostram a harmonia entre a Trindade Divina.

14. Espírito de Jesus Cristo

“Porque estou certo de que isto mesmo, pela vossa súplica e pela provisão do Espírito de Jesus Cristo, me redundará em libertação” (Fp 1.19).

Comparar com At 2.32-33: “A este Jesus Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas. Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis”.

Ver Isaías 11.2 e comparar com Hebreus 1.9). Este nome identifica o Messias divino como o homem Jesus, e mostra a relação que o Espírito Santo sustenta com Ele, conforme aqui indicado.

São dados nomes ao Espírito Santo que revelam Sua relação com o Filho de Deus em Seu estado pré-existente, durante a Sua vida terrena, e após Sua ressurreição.

15. Espírito que sonda.

O Espírito Santo Sonda as profundezas de Deus (1ª Co 2.10-11) Não quer dizer que Ele sonda para saber ou descobrir, como não quer dizer isso também em Rm 8.27; Ap 2.23; Sl 139.1.

Expressa a atividade do Espírito Santo em lançar Sua luz sobre as profundezas de Deus para aqueles em quem Ele habita.

■O Espírito Santo fala (Ap 2.7; At 8.29; Hb 13.7; At 10.19; Jo 16.13; Mt 10.20).

■O Espírito Santo intercede (Rm 8.26; Zc 12.10; Jo 16.7).

■O Espírito Santo ensina (Jo 14.26; 15.25-26; 16.12-14; Mc 9.20; Lc 12.12; 1ª Co 2.13; Gl 4.6; Rm 8.16; 1ª Tm 4.1; 1ª Pe 1.11; 2ª 1.21; Is 11.2-3; Sl143.10).

■O Espírito Santo guia e conduz (Rm 8.14; At 16.6-7; Gl 5.18; Lc 2.27; At 10.19-20).

■O Espírito Santo chama os homens e os comissiona (At 13.2; 20.28; Is 61.1).

■O Espírito Santo convence o mundo (Jo 16.8.11; Gn 6.3).

■O Espírito Santo santifica (separa pessoas para o uso divino) (1ª Pe 1.2; Rm 15.16; 2ª Ts 2.13; At 15.8-9; 1ª Co 16.11).

■O Espírito Santo capacita o crente (At 1.8; cp. Lc 24.49).

■O Espírito Santo consola (Jo 14.16; 16.7; At 9.31).

■O Espírito Santo ouve (Jo 16.13).

■O Espírito Santo ama (Rm 15.30).

■O Espírito Santo pene e castiga (At 5.1-11).

■O Espírito Santo revela (1ª Co 2.10; Ef 3.5; At 20.23).

■O Espírito Santo faz lembrar (Jo 14.26).

■O Espírito Santo convida (AP 22.17).

■O Espírito Santo glorifica a Jesus (Jo 16.14).

■O Espírito Santo inspira (2ª Pe 1.21).

■O Espírito Santo peleja (Is 63.10).

■O Espírito Santo livra ou liberta (Rm 8.2).

■O Espírito Santo controla (Ef 5.18).

■O Espírito Santo fortalece (Ef 3.16).

■O Espírito Santo coloca-nos no corpo de Cristo (1ª Co 12.13).

Aquele que sonda, sabe, fala, testifica, revela, convence, muda, esforça-se (Gn 6.3), move, ajuda, cria, santifica, inspira, faz, intercessão, manda nos afazeres da Igreja, realiza milagres e ressuscita os mortos – não pode ser um mero poder, influência ou atributo de Deus, mas deve ser uma pessoa. (STRONG).

Pr. Elias Ribas


FONTE DE PESQUISA



1. BÍBLIA PENTECOSTAL, Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Corrigida, Edição 1995, CPAD, Rio de Janeiro RJ.
2. BÍBLIA SHEDD, Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil – 2ª Edição, Sociedade Bíblica do Brasil, Barueri, SP.
3. BÍBLIA DE ESTUDO PLENITUDE, Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Corrigida, 1995, Sociedade Bíblica do Brasil, Barueri, SP.
4. CLAUDIONOR CORRÊA DE ANDRADE, Dicionário Teológico, p. 286, 8ª Edição, Ed. CPAD, Rio de janeiro, RJ.
5. FRANCISCO DA SILVEIRA BUENO, Dicionário Escolar da Língua Portuguesa, 11 ª Edição, FAE, Rio de Janeiro RJ.
6. GILMAR SANTOS. Teologia Sistemática. Faculdade de Teologia de Goiânia.
7. IBADEP, Religiões e seitas, 1ª Edição, 2003, Site, www.ibadep.com
8. ICP, Instituto Cristã de Pesquisa, Série Apologética, Volomes I ao VI, Site, www.icp.com.br
9. JOSÉ ELIAS CROCE, Lições Bíblicas, 1º trimestre 2000, Ed. Betel.
10. Sociedade bíblica do Brasil: Concordância exaustiva do conhecimento bíblico. Sociedade bíblica do Brasil, 2002; 2005.
11. Strong James: Léxico hebraico, Aramaico e grego - Sociedade bíblica do Brasil
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