TEXTO BASÍCO
1ª Tessalonicenses 4.14-17 “Porque, se cremos que Jesus
morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a
trazer com ele. 15- Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os
que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. 16- Porque
o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a
trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. 17- Depois
nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens,
a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.”
Quando usamos o termo “a vinda de Cristo”, estamos nos
referindo à segunda aparição pessoal de Cristo. No livro de Atos, quando Jesus
ascendeu ao céu, nos disse:
“Estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia,
eis que junto deles apareceram dois varões vestidos de branco, os quais lhes disseram:
Varões galileus, por que ficais aí olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre
vós foi elevado para o céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir (Atos
1.10-11).
A segunda vinda do Senhor é então, o evento ao qual nós
crentes em Cristo, esperamos com grande desejo, tal como faziam Paulo e Pedro,
os demais apóstolos e os crentes da igreja primitiva. Neste dia seremos
ressuscitados, transformados e vivificados.
A segunda vinda de Cristo é tão certa quanto à primeira. A
Bíblia fala cerca de 845 vezes sobre o retorno de Jesus à terra. No Novo
Testamento temos 318 predições sobre a volta de Cristo para buscar o Seu povo.
A segunda vinda será mais gloriosa no aspecto metafísico que
a primeira. Na primeira vinda Ele veio redimir a alma (Ef 1.7; Cl 1.14), na
segunda Ele virá restaurar o corpo (Rm 8.23). Na primeira vinda Ele veio numa
manjedoura (Lc 2.7), na segunda, virá em trono (Ap 20.11). Na primeira vinda
Ele veio como criança (Is 9.6; Mt 2.8, 13), na segunda, virá como Rei dos reis
e Senhor dos senhores (Ap 19.16). Na primeira vinda Ele veio em carne (Jo 1.14;
1ª Jo 4.2), na segunda, virá em glória (Ap 19.11). Na primeira vinda Ele entrou
em Jerusalém montado num jumentinho (Mt 21.7), na segunda, virá montado num
cavalo branco (Ap 19.11). Na primeira vinda Ele veio instituir a Igreja (Mt
16.18), na segunda Ele virá buscar a Igreja (Jo 14.3; Ap 22.7).
Para todo o cristão convertido a Cristo o momento mais
esperado de todos os dias de Sua vida, é que sem dúvida o dia do arrebatamento
da Igreja, neste dia todo aquele que recebeu a Jesus Cristo como Salvador de
sua alma irá encontrar-se com o Senhor nas nuvens, estando liberto para sempre
de qualquer tipo de provação, dor, angústia, lágrimas, tristezas, problemas
etc.
I. A CONFIRMAÇÃO BÍBLICA DA VOLTA DE CRISTO
Já tivemos muitos eventos importantes na terra: a destruição
dos seres humanos com o dilúvio, a destruição de duas cidades pecaminosas
chamadas Sodoma e Gomorra e a redenção efetuada por Jesus no alto do Calvário.
Todos esses eventos marcaram tremendamente a humanidade, porém, aguardamos
agora um dos maiores eventos que irá abalar o mundo inteiro; a vinda do Senhor
Jesus para buscar a Sua Igreja.
O Senhor Jesus
confirmou o Arrebatamento (Jo
14.2-3; Mt 24-27; 1ª Co 15.23; Tt 2.13). O Senhor afirmou que voltaria com a Igreja para reinar no milênio (Mt
24.30; Ap 1.7; Mt 16.27). Os apóstolos
afirmaram que Jesus voltaria (1ª Co 15.23; 1ª Co 1.7; 1ª Ts 4.16-18; 1ª
Jo 2.28; Tg 5-7). Judas o Apóstolo
também afirmou a vinda de Jesus (Judas v. 14). Os profetas do Antigo Testamento falaram da vinda do Senhor (Ml
3.1-5; Sl 24.7-10; Zc 14.4). Os anjos
afirmaram que o Senhor voltaria (At 1-10-11). A ceia do Senhor é uma confirmação da volta de Cristo (1ª
Co 11.23). Os sinais que ora se
cumprem, segundo as profecias da Bíblia, atestam que Jesus virá (Mt
24.3).
Se as profecias da Bíblia não estivessem cumprindo-se em
nossos dias, a nossa fé seria vã e sem esperança. Mas, damos graças Deus porque
Ele é justo e fiel. Nada Ele faz sem primeiro comunicar aos seus servos.
Porquanto temos a convicção de Sua volta e os que creem na sua vinda e obedecem
a Sua Palavra não ficarão envergonhados. Amem!
I.
PARA QUEM JESUS VIRÁ
Jesus virá para:
1. Virá só para a Igreja (Mt 25.6).
2. Levar Sua Igreja para Si
(Jo 14.31ª Ts 1.10).
3. Consumar a Salvação dos
Seus (Rm 13.11).
4. Glorificar os Seus (Ef
5.27; Rm 8.17).
5. Reconhecer publicamente os
Seus (1ª Co 4.5).
6. Recompensar a todos os
fiéis (Mt 16.27).
7. Ser glorificado nos Seus (2ª Ts 1.10a.).
8. Ser admirado pelos Seus (2ª Ts 1.10b.)
9. Revelar mistérios que ora tanto nos intrigam
(1ª Co 4.5).
II.
O QUE É ARREBATAMENTO
A palavra arrebatamento, no contexto da escatologia cristã,
é procedente do verbo grego harpazõ, e significa: Arrancar, levar, tirar
por força ou violência; tirar algo com rapidez e de forma inesperada, urgência
que Cristo irá tirar a Sua Igreja da terra.
O arrebatamento, por conseguinte, é retirada brusca,
inesperada e sobrenatural da Igreja deste mundo, a fim de que seja transportada
às regiões celestes, onde unir-se-á, eterna e plenamente, com o Senhor Jesus.
O arrebatamento da Igreja marca o início do chamado “O Dia
de Cristo” (1ª Co 1.8; 2ª Co 1.14; Fp 1.6; 2ª Tm 4.8).
Esse “dia” é relacionado com a Igreja, e vai do
arrebatamento à revelação de Cristo em glória. Este dia tem a ver com os
galardões e bênçãos a serem recebidas pela Igreja por ocasião da Sua vinda. “O
Dia do Senhor” ao contrário, associa-se com o julgamento das nações. O dia do
Senhor não é para a Igreja, mas para os pecadores, incrédulos e judeus e
começará após o arrebatamento da Igreja.
Em 2ª Tessalonicenses 2.2, a tradução correta é “dia do
Senhor” (Senhor em maiúsculas), indicando “Jeová”, conforme o estabelecido
internacionalmente pelos editores da Bíblia: Senhor = Jeová; Senhor = Adonai. A
expressão “dia do SENHOR” abrange o mesmo período da vinda de Jesus com relação
às nações gentílicas e Israel. Tem a ver com julgamento.
A Igreja será arrebatada ao encontro do Senhor, antes da
grande tribulação, que é também denominada na Bíblia de “ira do Cordeiro” (Ap
6.16,17).
III.
PORQUE O ARREBATAMENTO
1. Para fazer diferença entre
o justo e o injusto (Pv 11.8).
2. Para recompensar os justos
por todo trabalho feito a Deus (Ap 22.12).
3. Para premiar os vitoriosos
(p 3.5).
4. Para não deixar a Igreja
na grande tribulação (1ª Ts 1.10; 5.9; Ap 6.16-17).
5. Para vencer a morte (1ª Co
15.51-54).
IV.
A EXTENSÃO DO ARREBATAMENTO
No sentido pleno, a vinda de Jesus
abrange um período de 7 anos, compreendendo os três grupos de povos em que Deus
mesmo divide a raça humana: Judeus, gentios, Igreja de Cristo (1ª Co 10.32).
1. Para a Igreja. Jesus virá como o Seu
noivo celestial, a fim de levá-la para Sua glória.
2. Para Israel. Jesus virá como Seu
Messias, Salvador e libertador para introduzi-la no Milênio, o reino que sempre
lhe prometeu (2º Sm 7.16; Mt 25.34).
3. Para os Gentios. Jesus virá como Juiz e
Senhor dos senhores, para julgá-los. Será então a Sua poderosa manifestação
como Deus Forte, da profecia de Isaías 9.6.
V.
QUANDO SERÁ O ARREBATAMENTO
Por desconhecer a Palavra, muitos líderes espirituais
marcaram a volta de Jesus. Hoje serve de advertência: não devemos especular com
as coisas que Deus, em Sua inquestionável soberania reservou apenas para si.
Jesus é claro na Sua Palavra quando diz:
Mt 24.36, 42, 43, 44:
“Porém daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu nem o Filho,
mas unicamente meu Pai. Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o
vosso Senhor. Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que hora
viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que sua casa fosse arrombada. Por isso,
estai vós apercebidos também, por que o Filho do Homem há de vir à hora que não
pensais.”
Ninguém sabe o dia e a hora
em que Jesus voltará. Só Deus é quem sabe o dia, a hora, o ano e os
minutos que dar-se-á o grande dia de alegria para os salvos.
Ao transcrever o sermão profético de Nosso Senhor, o
evangelista Marcos registra uma ênfase que todos deveríamos levar em
consideração “Olhai, vigiai e orai”.
Mc 13.35-37: “Estai
de sobreaviso! Vigiai e orai! Não sabeis quando será o tempo. Portanto, não
sabeis quando virá o Senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar
do galo, se pela manhã cedo. Se Ele vier inesperadamente, não vos encontre
dormindo. O que vos digo, digo a todos: vigiai!”
Jesus respondendo aos Seus discípulos quando estavam
interrogando a respeito do futuro: “Não vos compete conhecer tempos ou épocas
que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade” (At 1.7).
Devemos, portanto, estar cônscios em afirmar: “O dia nem a
hora ninguém sabe”, mas uma coisa é certa: Jesus vem em breve!
VI.
COMO SERÁ A VINDA DE JESUS
1. Será uma descida do céu
(Mt 24.30; At 1.11; 1ª Ts 4.16). Todos os textos afirmam que Jesus virá do
céu, porque quando ressuscitou foi para o céu (Lc 24.51; Hb 4.14) e hoje está à
direita do Pai (Rm 8.34) e é de lá que voltará.
2. Num abrir e fechar de olhos (1ª Co 15.52). Num momento (no gr. átomos), unidade indivisível do tempo.
3. Será repentinamente. Mt 24.27, Jesus disse: “Pois assim
como o relâmpago sai do oriente e se mostra até o ocidente, assim será também a
vinda do Filho do Homem.” Embora o
povo esteja prevenido e até esperando o temporal, o relâmpago, contudo vem
causando um espanto, uma surpresa. Assim também a vinda de Jesus. Embora os
sinais estejam falando disto, Ele virá num momento quando ninguém pensa (Mt
24.44) ou espera (Mt 24.50) ou sabe (Mt 24.42).
O relâmpago aparece
com uma velocidade inexplicável. A velocidade de um relâmpago é 70
milésimos de um segundo. Assim também Jesus na Sua vinda. Vira “num abrir e
fechar de olhos” (1ª Co 15.52). Jesus vem num só instante, e quer encontrar o
Seu povo preparado.
4. Será o mesmo
horário no planeta (Lc 17.34-36).
Em alguns lugares será:
Noite: Vv. 34 “Digo-vos que naquela noite estarão
dois numa cama; um será tomado, e o outro será deixado”.
De madrugada: Vv.
35 “Duas estarão juntas, moendo; uma será tomada, e a outra será deixada”.
De dia:
Vv. 36 “Dois estarão no campo; um será tomado, e o outro será deixado”.
Se forem 14 horas no Brasil, no Japão serão 2 horas da
madrugada, em São Francisco, nos EUA, serão 9 horas da manhã. Em Londres 17
horas e em Moscou serão 19 horas.
O horário profético de Deus irá assinalar a meia noite, a
hora de maior escuridão e trevas sobre a terra. Quando a vida torna-se
insuportável neste mundo, o pecado estiver morando diante de sua porta, os
valores morais deixarem de existir, quando o mundo estiver mergulhado na
falência política, econômica, social e espiritual, quando não se tiverem
condições de viver mais no mundo, aí então dar-se-á o arrebatamento e o Senhor
virá buscar o seu povo, vamos esperar esse dia com muita oração e vigilância.
VII.
COMO VIRÁ JESUS
“Porque vós mesmos sabeis
muito bem que o dia do Senhor virá como o ladrão de noite” (1ª Ts 5.2).
1. Jesus virá como
ladrão. As ilustrações que a Bíblia traz a
esse respeito são: como se fora um ladrão que te assalta (1ª Ts 5.2). O povo
será tomado de surpresa. Acontecerá de forma e em momentos inesperados.
Ap 3.3: “Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e
arrepende-te. Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás
de modo algum em que hora virei contra ti.”
A expressão ‘virei como um
ladrão de noite’ (Ap 3.3) e ‘virá como um ladrão de noite’ (2ª Pe 3.10) e as
demais citações que contém esta expressão não significam que Jesus virá
escondido sem que ninguém perceba. O ladrão não avisa a hora da noite em que
vai arrombar a nossa porta e roubar a nossa casa, do mesmo modo Jesus não
avisará a hora em que virá buscar Seu povo. Então, Ele pede que vigiemos para
não sermos pegos de surpresa, porque será uma destruição total naquele dia.
“Vigiemos, pois, para que este dia não nos surpreenda”.
Uma das bem-aventuranças, do apocalipse é endereçada,
justamente, àqueles que se acham vigilantes: “Eis que venho como ladrão.
Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu,
e não vejas as suas vergonhas” (Ap
16.15).
O Senhor Jesus virá inesperadamente, e surpreenderá a muitos
que, ao invés de estarem vigiando, encontrar-se-ão com os cuidados desta vida e
nos prazeres deste mundo.
2. O ladrão virá sem
que seja observado. Assim virá Jesus. Ele desce até as nuvens, e ali
encontrará com Sua Igreja (1ª Ts 4.16-17). Quando, porém está escrito em
Apocalipse 1.7: “Eis quem vem com as nuvens, e todo olho o verá...”, não há
contradição alguma, pois nesta palavra refere-se ao momento quando Jesus,
depois da grande aflição, vier com a Sua Igreja e porá os pés no monte das
Oliveiras (Zc 14.4).
3. O ladrão sempre
leva algo de valor. O ladrão não vem para levar o lixo de sua casa. Não,
ele vem levar os tesouros, as joias, etc. Assim também acontecerá na vinda de
Jesus. Ele levará então as coisas de maior valor da terra. Deus falou dos Seus
servos que O temem, que serão para Ele o “seu particular tesouro (Mt 3.16-17).
Então se vê, onde estão os verdadeiros valores do mundo. O mundo verá que
aqueles crentes que oravam e cantavam louvores a Jesus, foram raptados porque
eram na verdade as pessoas de maior valor para Deus.
4. O ladrão leva
somente o que não lhe pertence. Mas Jesus, quando vier, somente virá “como
ladrão”, mas Ele não é ladrão, pois só levará os que pertencem a Ele (1ª Co
15.23), os que por Ele foram comprados por um bom preço (1ª Co 6.19-20), os que
resgatou com o Seu próprio sangue (At 20.28). Como é bom ter a certeza que
pertencemos a Jesus (Rm 8.16).
VIII.
NO
ARREBATAMENTO HAVERÁ OS SEGUINTES EVENTOS
De acordo com a primeira Epístola de Paulo aos
Tessalonicenses, o arrebatamento da Igreja de Cristo dar-se-á da seguinte
forma:
1ª Ts 4.16-17: “Porquanto
o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e
ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo
ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos
arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos
ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor.”
1. O próprio Senhor
Jesus Cristo. “Porque o mesmo Senhor… descerá do céu” (v. 16). O apostolo
Paulo dá ênfase ao senhorio de Jesus conquistado no Calvário quando diz: “o
mesmo Senhor”. Os vivos em Cristo e os mortos salvos receberão a ordem de
comando do próprio Senhor Jesus Cristo.
2. Voz do arcanjo. Ressoada
a trombeta de Deus, descerá o Senhor Jesus dos céus com alarido e com voz de
arcanjo (1ª Ts 4.16), Ele vem com Seu eficaz poder (Fl 3.20-21).
A tradução do texto diverge na
forma, mas não anula o fato conforme está escrito: “à voz do arcanjo” ou “com
voz de arcanjo” (v. 16). Este alarido é
acompanhado com a voz de um arcanjo, uma referência ao próprio Jesus (Jo 5.28,
“Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos
sepulcros ouvirão a sua voz”).
3. Os mortos em Cristo. Naquele dia, quando o Senhor voltar para o
arrebatamento, os mortos em Cristo ouvirão a voz de Seu chamamento.
“...e ressoada a trombeta de Deus...” As trombetas eram usadas para chamar Israel para
reunir nas ocasiões solenes (Lv 25.9; Nm 10.2). A voz de Deus era distinguida
como trombeta (Êx 19.16; Ap 1.10). A trombeta é mencionada acompanhando o
alarido e a voz de arcanjo. Podemos concluir que essa ocasião é solene e
marcada com a manifestação do poder divino de Jesus.
4. Transformação dos vivos.
Os que estivermos vivos seremos transformados, arrebatados e levados todos
ao encontro do Senhor “nos ares” (v. 17), “num abrir e fechar de olhos” (1ª Co
15.51-52) estarão na presença do Senhor, com corpos glorificados. A palavra
“mortos” diz respeito aos santos que ressuscitarão com corpos transformados em
corpo espiritual (soma - pneumatikon),
enquanto que, os corpos dos ímpios permanecerão em suas sepulturas até o dia do
Juízo Final (Ap 20.12). Assim como Cristo ressuscitou corporalmente, também, os
crentes salvos ressuscitarão corporalmente (Lc 24.39; At 7.55,56).
Este poder abrange “duma
extremidade a outra”. Onde estiver um crente seja no sepulcro ou vivo, até ali
chegará o poder de Deus, para arrebatá-los.
5. O encontro com o Senhor nos
ares. Nenhum escritor ou
artista, por mais hábil, jamais poderá imaginar e avaliar a grandeza do cenário
que envolverá o encontro da Igreja, a “noiva do Cordeiro”, Jesus Cristo nosso
Salvador. A ideias do crente ser por Deus arrebatado não é nova (Ez 3.12, 14;
Hb 11.15; At 8.39-40).
6. Num corpo incorruptível. A Igreja será
transformada e revestidos da eternidade e arrebatados “E assim como trouxemos a
imagem do terreno, assim traremos também a imagem celestial. A carne e o sangue
não podem herdar o reino de Deus. Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos
seremos transformados. Pois a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis,
e nós seremos transformados. Pois convém que isto que é corruptível se revista
da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade” (1ª
Co 15.49-53). Corpo como dos anjos
(Mt 22.30). Semelhante ao do Cristo
ressurreto (1ª Jo 3.26). Livres
de limitações terrenas (Jo 20.19). Num corpo de glória (espiritual) não
precisamos de portas para entrar, pode estar tudo fechado. Assim Jesus entrou,
assim nós também seremos.
7. Será um dia como
os outros. Muitos dos remidos do Senhor estarão envolvidos na Sua seara e
em oração, outros trabalhando normalmente misturados com os ímpios, outros
estarão nas igrejas, outros viajando, alguns andando pelas ruas, alguns
dormindo por causa do fuso horário, enfim, será um dia que todos nós estaremos
ocupados com alguma coisa e vai ser bem nesta hora que ninguém estiver
esperando que seja dada à ordem do
Senhor de tocar a trombeta do arrebatamento.
Esse encontro de ressuscitados e transformados nas nuvens,
será um dos mais belos e alegres eventos. Será de maneira gloriosa com muito poder e alegria, pois veremos o Senhor
que tanto amamos. A partir daí, pela ordem do Senhor, todos juntos,
subirão ao encontro d’Ele nos ares, quando tomarão o seu destino que é o céu.
Acabam-se sofrimento, angústia, tristeza, choro, hipocrisias, frio, calor,
perigos etc. Agora estamos plenamente seguros nas mãos de Cristo. E quem nos
arrebatará das Suas santas mãos?
O evento constituir-se-á num dos maiores milagres de todos
os tempos, por abranger, de maneira simultaneamente, diversos fatos que
ultrapassam todos os procedentes históricos do conhecimento humano.
IX.
A
IGREJA NÃO SERÁ SURPREENDIDA
1. Deus revelara que Elias
seria arrebatado. O Espírito de
Deus revelara a Elias (2º Rs 2.3-9), a Eliseu (2º Rs 2.3-5) e aos profetas (2º
Rs 2.3-5) que Elias seria arrebatado. Podiam dizer: “eu sei”. O aviso do
Espírito Santo foi muito claro, pois um acontecimento como este, não era
conhecido antes, mas todos entenderam nitidamente o que estava por acontecer.
Elias sabia que seria
arrebatado, mas nem para Eliseu ele podia avisar a hora exata, mas somente que
ficasse na expectativa (2º Rs 2.10). Porém ele estava esperando, preparado para
qualquer momento subir. Assim também será absolutamente impossível sondar ou
descobrir o dia em que Jesus há de voltar nas nuvens (Mc 13.32).
Elias vivia sempre
preparado e não carecia de um tempo para um especial preparo, pois para ele o
serviço a Deus era a expressão de uma vida em íntima comunhão com Deus. Assim
podemos nós também esperar Jesus trabalhando e cuidando dos nossos deveres.
Jesus falou dos que serão levados na Sua vinda, que uns estarão no campo,
outros estarão moendo e outros dormindo na cama (Lc 17.34-36). Ele disse também
que devemos fazer as obras daquele que nos enviou enquanto é dia (Jo 9.4).
Quando Ele ensinava através da parábola, a respeito do Senhor que dava minas
para que os seus servos negociassem com elas, disse: “Negociai até que eu
venha...” (Lc 19.13).
2. O arrebatamento de Elias. Enquanto Elias e Eliseu estavam “andando
e falando”, veio um carro de fogo e cavalos de fogo (2º Rs 2.11) e os levou. O
Senhor tem muitos carros (Sl 68.17), que são seres espirituais para arrebatarem
o profeta Elias (ver também: Ez 1.1-28; 10.122).
3. Elias é um tipo da Igreja. Assim como o Espírito Santo fez Simeão chegar
para o lugar onde Jesus estava, na Sua primeira vinda (Lc 2.25-29), assim
também Ele nos fará subir para o encontro com Jesus na Sua segunda vinda.
Seremos arrebatados (1ª Ts 4.16) para o encontro com Jesus (1ª Ts 4.17), assim
como foi o profeta Elias. Teremos então alcançado o fim da nossa fé, a
completude de nossa salvação (1ª Pe 1.9).
4. O arrebatamento não será surpreendido. Paulo prescreve a Igreja
tessalônica dizendo: “Mas, irmãos, acerca dos tempos e das épocas, não
necessitais de que se vos escreva. Pois vós mesmos sabeis muito bem que o dia
do Senhor virá como o ladrão de noite. Mas vós, irmãos, já não estais nas
trevas, para que esse dia vos surpreenda como um ladrão. Todos vós sois filhos
da luz, e filhos do dia. Nós não somos da noite, nem das trevas. Não durmamos,
pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios. Nós, porém, que somos do
dia, sejamos sóbrios, revestindo-nos da couraça da fé e do amor e tomando como
capacete a esperança da salvação.” (1ª
Ts 5.1-2; 4-6;8).
O dia do Senhor que Paulo refere-se aqui, é o “Dia do
Senhor”, o dia da ira do Cordeiro que serão derramados sobre o mundo durante a
grande tribulação.
“Pois vós...” (os crentes) os filhos da luz os quais não
serão surpreendidos por este dia. No evangelho segundo João Jesus diz: “Eu sou
a luz do mundo; quem me segue nunca andará na escuridão, mas terá a luz da
vida” (João 8.12). Quem estiver ligado a Ele não está em trevas, ou seja,
estamos com Ele na luz aguardando a sua volta que nos livra da ira futura (1ª
Ts 1.10).
5. O Espírito Santo é quem nos
avisará. Mc 13.34 “É como se um homem, que, partindo
para longe deixasse sua casa, desse autoridade aos seus servos, a cada um à sua
obra, e mandasse ao porteiro que vigiasse.”
Ao crente não é oferecida a
capacidade de saber, de antemão, o dia da volta de Cristo, mas devemos estar
prontos e vigilantes.
Esta parábola trata do homem
que deixou sua casa para a qual retornaria a qualquer momento refere-se claramente a Jesus Cristo, “...que partindo
para bem longe, para casa do Pai (Jo 14.1-4), Sua ascensão, separou-se dos
Seus. E deu-lhes, porém, autoridade para
que testemunhassem dele (Lc 24.46-47; At 1.8).
“... desse autoridade
aos seus servos”. Os servos referem-se à Igreja comprada com Seu sangue,
aqueles que receberam Jesus nos seus corações e O servem aqui nesta terra.
“...e ao porteiro Ele
ordena que vigie”. Trata-se daquele que
guarda uma porta ou uma portaria, controla a entrada e a saída, cuida da
segurança de um determinado patrimônio. O Antigo Testamento fala de porteiros
da cidade (2º Reis 7.9-11) que recebiam e repassavam notícias de perigos e boas
novas para dentro da cidade. Mas no Novo Testamento, o porteiro é o
Espírito Santo. Ele é a sentinela que vai anunciar a chegada do Noivo: “Mas, à
meia-noite ouviu-se um grito: Aí vem o noivo, saí ao seu encontro” (Mt 25.6). Esse grande personagem que
diz: “Aí vem o noivo, saí ao encontro”, é o Espírito Santo de Deus, é Ele quem
convence homem do pecado e do juízo, é o nosso penhor e quem adorna a Noiva
para Seu Noivo.
Mas a intenção de Jesus ao contar essa parábola era
enfatizar a necessidade que todos nós temos de nos manter vigilantes. Somos
ordenados a vigiar - nos mantermos atentos na esperança da volta de Jesus.
X.
QUEM
SERÁ LEVADO NO DIA DO ARREBATAMENTO?
Deus não está preso em dominação. A Bíblia declara que: “Ele
veio purificar para si um povo especial, zeloso e de boas obras” (Tt 2.14).
1. Os que nasceram de novo. “Em verdade em verdade te digo que
quem não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (Jo 3.3).
O novo nascimento é uma transformação de vida e de mente (Rm
12.1-2). Só vai subir quem nasceu de novo, e vive uma vida de testemunho e luta
pelo Reino de Deus na Terra.
Aqueles que nasceram de novo, arrependeram-se de seus
pecados e esperam a volta de Cristo com certeza subiram ao encontro do Senhor
Jesus.
2. Os que esperam Jesus. “Assim também Cristo,
oferecendo-se uma só vez, para levar os pecados de muitos, aparecerá a segunda
vez, sem pecado, aos que o esperam para a salvação” (Hb 9.28). Na parábola das 10 virgens Jesus diz: “Chegou o noivo.
As virgens que estavam preparadas entravam com Ele para as bodas. E fechou-se a
porta” (Mt 25.10).
3. Os que ouviram a Palavra do Senhor e creram. “Na verdade, na verdade vos digo que quem
ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não
entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” (Jo 5.24).
Jo 5.24-29 “
4. Os que confessaram a fé em Jesus Cristo. “A saber: Se com a tua boca confessares ao
Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos,
serás salvo. 10- Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se
faz confissão para a salvação. 11- Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele
crer não será confundido.” (Rm 10.9-11).
5. Os que guardam Seus mandamentos. “Bem-aventurados aqueles que guardam os seus
mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na
cidade pelas portas.” (Ap 22.14).
6. Os que amaram a
vinda de Cristo. “Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual
o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a
todos os que amarem a sua vinda.” (2ª Tm 4.8).
Pr. Elias Ribas
Assembleia de Deus
Blumenau - SC
Bacharel em Teologia
Seminário Gilgal – Cruz Alta RS.
Mestrado em Teologia – SEAMID
– Cascavel PR.
Dr. Em Teologia - SEAMID –
Cascavel PR.
Especialização em Apologética
– ICP - São Paulo.
Grego e Hebraico - Faculdade
Batista Pioneira – Ijuí RS.
Exegese Grego do Novo
Testamento - Faculdade Batista Pioneira – Ijuí RS.