TEOLOGIA EM FOCO

quinta-feira, 3 de junho de 2021

A VERDADEIRA RELIGIÃO



INTRODUÇÃO.
Neste estudo iremos ver o significado de religião e quem é a nossa religião e sua função. Existem duas coisas que são bem diferentes: “religião” e “igreja”.

Religião é um conjunto de crenças e fé, num ser Criador, Eterno e sustentador de tudo quanto existe; é um conjunto de atitudes, práticas e regras associados a essas crenças. Prestar culto a Deus, ou a um poder superior de certo modo, doutrina, princípios.

A Igreja é a união de todos aqueles que foram chamados por Deus, os quais, pela ação do Espírito Santo, creem que Jesus Cristo é o Filho Unigênito de Deus enviado ao mundo para redimi-los de seus pecados. É por isso que a Igreja é definida como sendo o corpo de Cristo (Efésios 1.22,23). Porém o assunto que será evidenciado será religião.

I. O QUE SIGNIFICA A PALAVRA RELIGIÃO

A palavra religião vem do latim, religio, que significa “respeito pelo sagrado”. Já o termo “religare” e significa “ligar novamente”, “voltar a ligar” ou “religar” “unir” ou “atar”,

A palavra religare, significa ligar novamente no sentido de retornar às origens, ou seja, ao Criador.

II. PORQUE ESTUDAR RELIGIÃO?

1. Por causa do pecado do homem. Pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus”. O pecado se originou com Satanás (Is 14.12-14), entrou no mundo através de Adão (Rm 5.12).

O apóstolo Paulo diz em sua carta que todos pecaram, ou seja, o pecado separou o homem de Deus e perdeu a comunhão e a glória que desfrutava no Jardim do Éden.

O homem foi criado para ter um relacionamento perfeito com Deus, mas por causa de sua desobediência e rebeldia, escolheu seguir seu próprio caminho e seu relacionamento com Deus se desfez. Esse estado de independência de Deus, caracterizado por uma atitude de rebelião ou indiferença, é evidência do que a Bíblia chama de pecado. Portanto, o pecado desligou o homem de Deus.

2. O pecado de Adão suscitou morte. Rm 5.12 “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens porque todos pecaram”.

A transgressão de Adão é explicitada no relato da Queda (Gn 3), quando ele rejeitou seguir o caminho traçado por Deus para seguir seu próprio caminho, o resultado foi a condenação. Adão tinha uma recomendação: não comer da árvore do conhecimento do Bem e do Mal. O criador Lhes disse: “Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” (Gn 2,17).

A morte não é natural para a humanidade, mas é o resultado direto do pecado. “Porque o salário do pecado é a morte…” [separação espiritual de Deus] (Romanos 6.23).

3. O pecado desligou o homem do Criador. Isaías 59.2 “Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça.”

Em virtude do pecado de Adão, toda a humanidade está espiritualmente morta. Somente Deus pode dar-nos a nova vida e salvar-nos dessa terrível situação. Por Sua imensa misericórdia, o Senhor entregou Seu Filho por nos quando ainda éramos Seus inimigos. Ele nos amou muito antes de nós o amarmos (1ª Jo 4.9,10).

Mas suas iniquidades fizeram uma separação. A quantidade do que é dito é que eles não podem dizer que Deus mudou, como se ele tivesse desviado de sua disposição natural, mas que toda a culpa está em si mesmos; porque, por seus próprios pecados, eles, em certa medida, impedem sua bondade e se recusam a receber sua assistência.

III. O QUE DEUS FEZ PARA SALVAR A HUMANIDADE CAÍDA?

1. Enviou Seu filho para nos salvar. João 3.16 “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”

Deus não indicou uma igreja para salvar a humanidade, mas enviou o Seu próprio Filho para nos salvar.

Deus nos deu o que tinha de melhor, de mais precioso, para que fosse sacrificado naquela cruz e tivéssemos vida eterna.

O sacrifício foi feito de uma vez por todas. Mas somente aqueles que aceitam é que são salvos. É um cheque em branco e assinado. Basta preencher. Mesmo assim, muitos não o querem.

Jesus não veio para julgar o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele. Ele veio trazer salvação. Jo 3.17-18 “Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. 18- Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.”

2. Para aquele que Nele crê. Aquele que crê que Jesus é o Messias e reconhece como Senhor e salvador de sua vida, não entra em juízo. Da mesma forma que os que creem em Cristo são justificados em virtude de sua fé, os que não creem são condenados por sua falta de fé. Deus predestinou que os que creem sejam salvos e que os descrentes sejam condenados, mas deixou a critério de cada pessoa escolher crer ou não. Nesse sentido, o destino de crentes e descrentes foi, em perspectiva, decidido quando o plano da salvação foi formulado; mas é dada ao indivíduo a possibilidade de escolha. Esta é a predestinação bíblica. Por isso Jesus lhes disse: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.16- Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.” Mc 16.15,16).

3. Deus é santo e o homem é pecador. Um grande abismo separa os dois. O homem está continuamente procurando alcançar a Deus e a vida abundante, através de seus próprios esforços: vida reta, boas obras, religião, filosofias, etc… Porém, a Bíblia diz: “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam.” (Is 64.6).

4. O homem não pode salvar a si mesmo. Como já vimos que as nossas justiças para Deus são como trapo de imundícia. “Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer.” (Rm 3.10).

5. Deus se fez homem para cumprir o Seu plano de salvar a humanidade. É certo que, sendo Ele Deus, poderia salvar o homem sem precisar vir à terra, se encarnar. Mas sem derramamento de sangue não poderia haver remissão de pecados (Hb 9.22).

Deus também se tornou homem para mostrar que nos entende e tem um caminho melhor para nós. Ele viveu e sofreu como todos nós, mas não pecou. Jesus venceu o pecado e pode nos ajudar a vencer também (Hb 2.17-18).

 6. Jesus morreu em nosso lugar. Romanos 5.8 “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.”1ª Coríntios 15.3 “Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras.”

7. Jesus ressuscitou dentre os mortos. 1ª Coríntios 15.3-6 “…Cristo morreu pelos nossos pecados… foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e apareceu a Pedro e depois aos Doze. Depois disso apareceu a mais de quinhentos..”.

1ª Co 15.4 “E foi sepultado, e ressurgiu ao terceiro dia, segundo as escrituras”.

IV. O QUE FEZ JESUS POR NÓS

1. Nos reconciliou com o Pai. 2ª Co 5.20De sorte que somos embaixadores por Cristo, como se Deus por nós vos exortasse. Rogamo-vos, pois, por Cristo que vos reconcilieis com Deus.”

Deus tomou a iniciativa de ligar o abismo que nos separa dele ao enviar seu Filho, Jesus Cristo, para morrer na cruz em nosso lugar, pagando o preço de nossos pecados.

Por um homem entrou o pecado.

Romanos 5.15-21 “Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa. Porque, se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a graça de Deus, e o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos. 16- E não foi assim o dom como a ofensa, por um só que pecou. Porque o juízo veio de uma só ofensa, na verdade, para condenação, mas o dom gratuito veio de muitas ofensas para justificação. 17- Porque, se pela ofensa de um só, a morte reinou por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo.18- Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida. 19- Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos. 20- Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça; 21- Para que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo nosso Senhor.”

O apóstolo Paulo faz uma analogia entre Adão o representante ou progenitor de toda raça humana e entre Jesus Cristo o representante de uma nova humanidade.

O homem estava separado de Deus e, uma vez reconhecendo seu pecado, precisava de algo que o ligasse novamente a Deus. Por era razão Deus providenciou a salvação para o homem através de Seu Filho amado.

2. Nos deu vida. Efésios 2.1 “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados.”

Ef 2.4-7 “Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, - pela graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus irá mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus.”

2.1. Nos deu vida em Cristo Jesus. O versículo 5 tem sido traduzido assim: Estando nós também mortos em nossas ofensas, nos chamou para partilhar da vida de Cristo pela graça sois salvos.

Fomos vivificados. Sem Jesus estávamos mortos em nossos pecados, mas ao abrir o nosso coração para o evangelho (Ap 3.20), somos recebidos como filhos de Deus (Jo 1.12), por meio de Jesus Cristo.

“Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; aquele que não ama permanece na morte” (1ª Co 3.14). “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida” (Jo 5.24).

Do Seu poder vivificador, que se chama à vida os mortos e os assenta juntamente com Cristo nos lugares celestiais. (Vs. 5 e 6).

2.2. Jesus declarou o propósito de Sua vinda à terra com as seguintes palavras. João 10.10 “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”.

Jesus providencia esta vida melhor, oferecendo a solução para os problemas que tornam a vida difícil: culpa, insatisfação e medo. Ele não promete riqueza ou luxo, mas nos conforta com uma mensagem de um Pai amoroso no Céu, que cuida de seus filhos e que proverá as coisas de que eles verdadeiramente necessitam.

3. Jesus é o único caminho. João 14.6 “Respondeu Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim.”

Na vida em que peregrinamos existem dois caminhos “caminho de vida e caminho de morte”, o caminho largo e o caminho estreito.

Jesus disse em Mateus 7.13,14, que haveriam dois caminhos a se seguir. Um seria a porta larga, do caminho espaçoso, confortável, mas que levaria à destruição. Porém, ele disse que haveria também uma porta apertada, com um caminho estreito, sinuoso, difícil de se caminhar, mas que conduziria à vida. Ele foi enfático: “Esforçai-vos em entrar pelo caminho estreito... poucos são os que o acham”.

Portanto, Jesus diz que Ele é o único caminho, única verdade, e vida, e somente através Dele é que podemos chegar ao Pai. Por isso Jesus diz: “...porque sem mim nada podeis fazer.” (Jo 15.5).

Nunca houve e jamais haverá outro caminho que nos leve a Deus Pai. Jesus é a suprema ponte de ligação (religare) entre Ele o Pai. E nenhum outro há salvação (At 4.12).

4. Jesus é a nossa a paz. O profeta Isaías diz: “O castigo que nos traz a paz estava sobre Ele” (Is 53.5).

João 14.27 “Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo.”

João 16.33 “Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflição; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo.”

Cl 1.20 “E que, havendo por Ele feito a paz pelo seu sangue da sua cruz”.

Rm 5.1 “Sendo, pois, justificado pela fé, temos paz com Deus, por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo”.

Efésios 2.13-14 “Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto. 15 - Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio.”

5. Jesus é nossa redenção. Ef 1.7 “No qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça”.

De acordo com o latim a palavra é “redemptio” que vem de “redimere”, onde “emere” significa “comprar, obter ou ganhar”. Então a junção das palavras forma: recomprar ou reobter, ou seja: comprar de volta, obter novamente.

Em grego a palavra é “lutron”, literalmente significa resgate, preço de soltura ou o preço de um resgate. Que significa reabilitação, libertação, salvação, reparo, resgate.

A redenção cristã significa que a libertação do homem foi feita por meio de Jesus Cristo.

O pecado é uma ameaça mais séria contra nosso bem-estar do que qualquer perigo físico, econômico ou social, que enfrentemos. Entretanto, todos nós somos culpados de pecado e incapazes, por nós mesmos, de remover sua mancha. O pecado é violação da lei de Deus e somente Deus pode perdoá-lo. Ele providenciou nosso perdão através de Jesus.

Redenção é o ato ou efeito de remir ou redimir (se livrar, libertar, conseguir, resgatar).

Redenção é o ato de soltar escravos através de um preço.

1ª Pd 2.24 “Carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados”.

Depois de Seu sacrifício por nós, Jesus explicou como aqueles que estão perdidos no pecado podem ter a remissão dos pecados e serem salvos.

Lc 24.46-47 “Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém”. “Quem crer e for batizado ser salvo” (Mc 16.16).

6. Jesus é o único Salvador. “E dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.” (Mt 1.21).

“E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada.” (2ª Pedro 3.15), Jesus Cristo é o único e suficiente salvador da humanidade, porque Deus assim o determinou e isto não muda com decretos e sumulas do homem seja ele quem for só existe um salvador. O pecador perdido precisa reconhecer-se pecador, implorar o perdão de Deus por meio de Jesus Cristo isto através da Fé não há outro meio, recurso ou instrumento que possa dar ao homem real certeza de salvação só Jesus Cristo o nosso único é suficiente salvador. At 4.12 “E em nenhum outro nome há dado entre os homens, pelo qual devemos ser salvos”. 1ª Tm 1.15 Paulo diz: “...que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores dos quais eu sou o principal.” Lc 19.10 Jesus diz: Pois o Filho do homem veio buscar e salvar que se havia perdido.

7. Jesus é o único mediador. 1ª Tm 2.25 O apóstolo Paulo diz: “Porque há um só Deus, e um só mediador, entre Deus e os homens.”

Os homens não tinham como ter acesso a Deus, de modo que Deus providenciou um mediador e sumo sacerdote, Jesus Cristo-homem, o Ungido (escolhido) do Senhor escolhido entre milhares, encarregado de anunciar aos homens que Deus providenciou um resgate.

Em tudo o Verbo eterno encarnado tornou-se semelhante aos homens, pois só assim poderia ser misericordioso para com os pecadores e fiel sumo sacerdote para administrar aos homens o conhecimento de Deus.

“Por isso convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo” (Hb 2.17).

Nem uma religião tem um Salvador ressuscitado, que dá perdão dos pecados e vida eterna, somente Jesus Cristo. Por isso, meu amigo, dirija-se só a Jesus Cristo. Ele é o único que pode perdoar os seus pecados e lhe dar vida nova aqui e vida eterna no porvir.

8. Jesus é nosso advogado. 1ª Jo 2.1 João escreveu dizendo: Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; se, porém, alguém pecar, temos um advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo.”

Embora Jesus Cristo, nosso Senhor, tenha concluído sua obra de redenção na cruz, Ele continua seu ministério no céu, pois Jesus é nosso advogado junto ao Pai.

Mas quando um filho de Deus, que realmente converteu-se a Cristo e tem seu coração sincero na caminhada cristã peca, então o Senhor Jesus é nosso advogado e intercede por nós a nosso Deus e Pai, a fim de que nos livre do mal, nos faça arrependermo-nos de nosso pecado e nos consertemos com Ele, em vez de nos afastarmos e sermos destruídos, apegando-se à prática do pecado.

9. Jesus é o pão da vida. Alimento Espiritual. Jo 6.45, 50, 51 “Eu sou o pão da vida. 50 Mas aqui está o pão que desce do céu, do qual se o homem comer não morre. 51 Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer deste pão, viverá para sempre. Este pão é minha carne, que eu darei pela vida do mundo.”

O que significa comer do pão da vida? Significa crer em Jesus e considerá-lo como fonte pessoal de vida. Crer vai muito além do simples acreditar. Biblicamente, crer tem como sinônimo se entregar em confiança e dependência (cf. Salmo 37.5). O que Jesus quis dizer à multidão que o ouvia é que eles deveriam tê-lo como Deus, como a única e verdadeira fonte de vida, entregando-se em confiança e dependência a Ele.

10. Jesus é a luz do mundo. Is 9.2 Ele já profetizava dizendo: O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; e sobre os que habitavam na região da sombra da morte, resplandeceu a luz.

Éramos trevas. Efésios 5.8 “Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz”.

Quando Jesus, a luz do mundo, o Verbo (a Palavra) de Deus, fez-se carne e habitou entre nós, Ele ofereceu a luz a todos, dizendo: “Eu sou a luz do mundo” (Jo 8.12). João, porém, declarou: “E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam” (Jo 1.5, Ed. Revista e Corrigida). Por que as trevas não a compreendem? Encontramos a resposta para essa importante questão em João 3.19-20: “O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más. Pois todo aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem arguidas as suas obras”.

Jo 8.12 “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” Jo 12.46 “Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas.”

11. Jesus é a porta das ovelhas. Jo 10.7 “Eu sou a porta das ovelhas. V. 9 Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á”.

Jesus revela que Ele é a porta, sendo o único acesso, o único caminho através de quem a vida eterna é recebida (Jo 14.6), “ninguém vai ao Pai a não ser por Ele”. O acesso é por uma entrada única (Ef 2.18).

12. Jesus é o bom Pastor. Jo 10.11 “Eu sou o Bom Pastor: o Bom Pastor dá sua vida pelas ovelhas”.

Ninguém se compara a ele. Jesus é a manifestação e revelação do amor de Deus por nós. Não é à toa que ele recebeu este título, em seus dias, o bom pastor tinha pelo menos 4 funções:

·         Guiar as ovelhas;

·         Proteger as ovelhas;

·         Alimentar as ovelhas;

·         E salvar as ovelhas quando estivessem em perigo (buraco, perdida, etc.)

Jesus apresenta a si mesmo como bom pastor, e diz que está disposto a dar a Sua vida pelas ovelhas, algo que realmente acontece com a sua morte na cruz (João 10.11-15).

13. Jesus é pedra principal ou angular. Ef 2.20 “Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo Ele mesmo, Cristo Jesus, a Pedra Angular”.

At 4.11 O apóstolo Pedro diz: “Este Jesus é a Pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou pedra angular”.

A pedra angular é o elemento essencial que dá existência àquilo que se chama de fundamento da construção.

No Cristianismo, a Pedra Angular é simbolicamente representada por Jesus Cristo, o filho de Deus. Em diversas passagens da Bíblia Sagrada há referências sobre a pedra angular.

No Livro dos Salmos, capítulo 118, versículo 22, há uma metáfora sobre os construtores (a nação judaica) rejeitarem o mais importante elemento na construção do templo espiritual (Jesus Cristo, o Messias), conforme se lê: “A pedra que os edificadores rejeitaram, essa foi posta como pedra angular”. A Pedra Angular escolhida por Deus para edificar a Igreja, conforme a planta divina, foi Jesus Cristo.

Portanto, uma pedra angular na construção de um edifício é a base sólida que ele necessita para conseguir chegar à altura programada, sem cair. Para um cristão, Jesus Cristo é essa base fundamental na qual se assenta toda a construção da Igreja, formada por todos aqueles que acreditam na Palavra de Deus.

13.1. Jesus a pedra reprovada pelos homens. 1ª Pe 2.4,6 “E chegando-vos para Ele pedra Viva, reprovada na Verdade pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa. 6 Pois na Escritura se diz: Vede, ponho em Sião uma Pedra Angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será confundido”.

Jesus Cristo nosso Senhor e salvador, é a ‘pedra viva’ conforme citou o apóstolo Pedro e conforme escreveu o salmista Davi: “A pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se a pedra angular” (Sl 118.22). Embora os homens tenham reprovado a Cristo, a pedra viva aprovada por Deus, para Deus Ele é a pedra eleita e preciosa.

13.2. Jesus mesmo diz nos Seu evangelho que Ele é a pedra principal. Mt 21.42 “Nunca leste nas Escrituras; A pedra que os edificadores rejeitaram, essa se tornou a Pedra Angular; o Senhor fez isto, e é maravilhoso aos nossos olhos”.

A pedra. A figura é tirada da construção de uma casa. A principal pedra para o tamanho e a beleza é a que geralmente é colocada como a pedra angular.

13.3. Que os construtores rejeitaram. Por falta de beleza ou tamanho, ela foi deixada de lado ou considerada imprópria como pedra angular. Isso representa o Senhor Jesus, proposto aos judeus como fundamento ou pedra angular sobre a qual construir a igreja, mas rejeitado por eles – os construtores – por causa de sua falta de beleza ou beleza; isto é, do que eles consideravam agradável ou desejável (Isaías 53.2-3).

Lucas 20.17 “Mas ele, olhando para eles, disse: Que é isto, pois, que está escrito? A pedra, que os edificadores reprovaram, essa foi feita cabeça da esquina.”

13.4. Na tipologia no Velho Testamento. 1ª Co 10.4 “E beberam todos da Pedra espiritual que os seguia e a Pedra era Cristo”.

A rocha da qual saiu água para matar a sede dos israelitas (Êx 17.6; Nm 20.7-11; Sl 78.15-16). Alguns mestres judeus diziam que essa rocha acompanhou o povo durante as viagens pelo deserto. Segundo Paulo, a rocha era espiritual, ou seja, foi através dela que Deus preservou a vida de seu povo. Nesse sentido, era a presença do próprio Cristo entre o povo de Deus daquele tempo.

13.5. Jesus o único fundamento da igreja. Is 28.16 “Portanto assim diz o Senhor Deus: Vede, assentai em Sião uma pedra, uma já provada, pedra preciosa de esquina, que está bem firme e fundada; aquele que crer não será confundido.”

Colocar uma pedra angular em Sião significa que seu reino seria fundado em uma rocha e estaria seguro em meio a todas as tempestades que pudessem cair sobre ela.

O Targum (do Hebraico תרגום , no plural targumim) são as traduções, comentários em aramaico da Bíblia hebraica (Tanakh), processa isso: “Eu nomeio em Sião um rei, um rei forte, poderoso e terrível. Que a passagem diante de nós se refere ao Messias, não há dúvida. Ou seja, eu ponho uma base firme que nada pode mover. Eu a construo sobre uma rocha para que as tempestades e tempestades da calamidade não possam varrê-la: “Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha” (Mateus 7.24-25).

Romanos 9.33 “Como está escrito: Eis que eu ponho em Sião uma pedra de tropeço, e uma ROCHA de escândalo.

O apóstolo Paulo diz Romanos 10.11 “Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido.”

Jesus Cristo mesmo vai dizer que que ouve e pratica as Suas Palavras serão comparados aquele que construiu a casa sobre a Rocha e vindo o vento e a tempestade não puderam destruí-la. (Mateus 7.24-25).

E embora muitos tenha falhado e caído ao querem impor suas próprias ideias aos textos bíblico, o que não é permitido, ao examinarmos as Escrituras e mesmo como nossas limitações humanas vejo uma única mensagem cruzando de Genesis ao Apocalipse: Jesus Cristo, a Pedra Principal, Pedra Angular, Pedra de Tropeço e uma Rocha.

Daí a necessidade de conhecermos as Escrituras mais e mais.

13.6. Paulo também confirma que Jesus é o fundamento da Igreja. 1ª Co 3.11 Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.

obs: Jesus é o fundamento da Igreja somente por Ele é que o mundo deve ser salvo At 4.10-12 “era conhecido de vós todos, e de todo o povo de Israel, que em nome de Jesus Cristo, o nazareno, aquele a quem vós crucificastes e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, nesse nome está este aqui, são diante de vós.”

13.7. A igreja é um corpo. Ef 4.4-6 “Há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos”.

É bom para nós adorarmos e trabalharmos com outros indivíduos salvos, que são ligados conosco em Cristo por estes laços da união. Mas, se ingressamos em outro corpo (denominação), aceitamos outro senhor (autoridade religiosa) ou aderimos a outra fé (credo), estamos deixando a unidade pela qual Jesus orou, em João 17.20,21.

13.8. Jesus é a cabeça da Igreja. Efésios 5.23 “Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo.” 

14. Jesus é o Filho do Deus vivo. Mt 16.16 “Simão Pedro respondeu: Tu és o Cristo, o Filho do Deus Vivo”.

Jesus se revela como Cristo o Messias através da confissão de Pedro, essa confissão foi, como o próprio Cristo disse revelado pelo próprio Deus que, Pedro exaltou seu Filho, para que o mundo pudesse perceber que só existe uma forma de salvação, se achegando ao Filho de Deus e nos alicerçando na verdadeira Rocha que é o Filho de Deus Jesus Cristo nosso Senhor.

 

15. Jesus é nossa ressurreição e vida. Jo 11.25-26 Disse Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, nunca morrerá”.

Essa ressurreição, além disso, assume o caráter de grande revelação sobre como Deus é, quais serão os seus planos para o mundo e qual será o destino de todo ser humano; a sua mensagem central culmina na confirmação de que, apesar de todas as estruturas de morte que marcam a história do mundo, a vida finalmente triunfará sobre toda morte e toda negatividade, porque Deus é o Deus da vida. Disso Deus deu seu testemunho ao ressuscitar Seu Filho da morte. Dessa forma, a ressurreição permanece sendo, até o fim da história, a base e o ponto central de tudo aquilo em que, por nossa fé, acreditamos.

16. Somente Jesus Cristo pode dar-lhe a vida eterna. Jo 3.36 “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna, aquele que não crê no Filho não terá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanecerá”.

Salvação significa que recebemos vida eterna se tivermos uma relação pessoal com Deus. A Bíblia diz em João 17.3: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, como o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que tu enviaste.” O plano de Deus é salvar todas as pessoas, mas infelizmente nem todos aceitarão ser salvos.

Quando aceitamos o evangelho, recebemos a salvação e arrependemo-nos dos nossos pecados. A Bíblia diz em Atos 2.37-38: “E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos? Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo.”

A Bíblia ensina que quando confessamos com a nossa boca que Jesus é nosso Senhor e cremos no coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos somos salvos (Rm 10.9-10).

Crer é receber Jesus como único meio de salvação, crer é obedecer A Sua Santa Palavra.

17. Somos salvos pela graça. Efésios 2.8-10 “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. 9- Não vem das obras, para que ninguém se glorie; 10- Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.”

A declaração “pela graça sois salvos” significa que a salvação é obra de Deus e não do homem. O pecador é incapaz de salvar-se a si mesmo, pois seu coração é inclinado ao mal e sua vontade é escrava do pecado. Em outras palavras, à parte da obra da redenção o estado do homem é de morte espiritual.

A Salvação é graça de Deus entregue a nós por meio do sacrifício de Seu único Filho: Jesus Cristo; e não há nada que possamos fazer que se compare ao Sangue de Cristo derramado no Calvário.

Porém, quando salvos, somos transformados pelo Espírito Santo de Deus, e essa transformação gera frutos que podem ser vistos nas obras do Cristão.

Tiago escreve no capítulo 2.17-18 “Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma. 18- Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras.”

É claríssimo que as obras não são uma condição para a salvação, elas não (compram) a salvação, contudo elas não são excluídas da vida do Cristão, elas precisam ser uma evidencia de quem experimentou uma genuína experiência de conversão, quem passou por uma genuína conversão sabe a importância de “estender a mão”, pois é isso que constantemente vemos nas escrituras o nosso Jesus fazendo pelo próximo.

A graça de Deus perdoa e salva o pecador da maior de todas as condenações. Essa graça é a expressão do amor de Deus para com homens culpados e indignos. O apóstolo ainda explica que essa graça salvadora nos alcança através da instrumentalidade da fé. Por isso ele diz “pela graça sois salvos, por meio da fé”. Essa fé, porém, não é qualquer tipo de fé, mas é a fé genuína, cujo objeto é unicamente Cristo. Somente a fé em Jesus Cristo é o canal da graça salvadora. Saiba o que é a fé.

18. Tiago nos mostra alguns componentes necessários a vida Cristã verdadeira. A verdadeira religião é ajudar os outros e manter-se fiel ao Senhor. A Bíblia diz em Tiago 1-22-27 “E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos. 23- Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural; 24- Porque se contempla a si mesmo, e vai-se, e logo se esquece de como era. 25- Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade, e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecediço, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito.26- Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã. 27- A religião pura e imaculada para com Deus e Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo.”

Mas não é suficiente conhecer essas três leis…

Assim muito mais que teórico nosso evangelho será prático pois, será mais do que meras palavras incoerentes, evidenciará através das atitudes e obras uma genuína experiência de conversão pois mais do que apenas teórico será um evangelho prático, que testemunha de Jesus e conduz pessoas a também experimentarem essa conversão que transforma.

18.1. O que é a verdadeira religião? O texto lido acentua as características ou atitudes de quem vive a verdadeira religião, seguirmos a Cristo e seus mandamentos. Mas qual seria essa religiosidade que nos afasta de Deus? O texto de Tiago nos mostra a qual tipo de religião devemos nos afastar e qual devemos praticar.

Devemos nos afastar da religiosidade farisaica, baseada apenas em discursos e vãs discussões, mas que em obras são vazias. E devemos buscar ser praticantes da palavra de Deus, cumprindo seus mandamentos, seguindo os ensinamentos, exemplos e procedimentos de Jesus, assim como o texto nos diz vivendo de forma a glorificar a Deus evidenciando um evangelho prático e real.

“A religião que Deus, o nosso Pai aceita como pura e imaculada é esta: cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades e não se deixar corromper pelo mundo.”

Assim muito mais que teórico nosso evangelho será prático pois, será mais do que meras palavras incoerentes, evidenciará através das atitudes e obras uma genuína experiência de conversão pois mais do que apenas teórico será um evangelho prático, que testemunha de Jesus e conduz pessoas a também experimentarem essa conversão que transforma.

19. Você pode tornar-se um filho de Deus. Jo 1.12 “Mas, a todos quanto o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome”.

1ª Jo 3.2 “Amados, agora somos filhos de Deus, ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos, que, quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque assim como é o veremos”.

20. Deus ama você. Jo 3.16 Jesus disse: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.

Deus nos ama porque Ele é amor. Quando Deus criou o universo viu que tudo era bom, mas ao criar o homem disse, que era muito bom. Ele se satisfez em nos criar e ter um relacionamento conosco.

O Seu amor vai além da nossa compreensão. Jesus nos ama baseado no que Ele é (1ª João 4.16). O amor é parte da sua essência. Eu não o mereço. Nunca vou merecê-lo. Mas é inevitável para Ele.

Rm 5.8 “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores”.

Cristo morreu por nós... Em nosso lugar; para nos salvar da morte. Ele tomou o nosso lugar; e morrendo na cruz, nos salvou de morrer eternamente no inferno.

CONCLUSÃO. O pecado havia desligado o homem com o Criado, mas pelo Seu infinito amor Ele enviou Seu Filho Unigênito ao mundo, para salvar o homem, religar com o Pai. Ele se apresenta aos homens, como solução de todos os problemas e o único mediador com o Pai. Basta nos entregarmos a nossa vida a Cristo e Ele  tudo fará por nós como diz em Sl 37.5 “entrega o teu caminho ao Senhor, confia n’Ele e Ele tudo fará”. Portanto, “Não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.” (At 4.12). No evangelho segundo Mateus Jesus diz: “Porque o Filho do homem veio salvar o que estava perdido.” (Mt 18.11).

As pessoas perdidas necessitam mais do que perdão dos pecados. Elas precisam de recuperação daquela íntima união com Deus que perderam por seu pecado. Enviando Jesus ao mundo, “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo” (2ª Co 5.19).

Jesus declarou que só se pode chegar a Deus através dele. Ele disse: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6).

Muitos dos que desejam seguir a Cristo são repelidos pela multidão de igrejas e de doutrinas conflitantes ensinadas por aqueles que professam ser cristãos. Não precisamos fazer parte desta confusão. Jesus não a aprovou.

Pr. Elias Ribas

Assembleia de Deus

Blumenau - SC

quarta-feira, 19 de maio de 2021

A CHAMADA DE MOISÉS

 


Êxodo 3.1-15 “E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou o rebanho atrás do deserto, e chegou ao monte de Deus, a Horebe. 2- E apareceu-lhe o anjo do Senhor em uma chama de fogo do meio duma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia. 3- E Moisés disse: Agora me virarei para lá, e verei esta grande visão, porque a sarça não se queima. 4- E vendo o Senhor que se virava para ver, bradou Deus a ele do meio da sarça, e disse: Moisés, Moisés. Respondeu ele: Eis-me aqui. 5- E disse: Não te chegues para cá; tira os sapatos de teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa. 6- Disse mais: Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó. E Moisés encobriu o seu rosto, porque temeu olhar para Deus. 7- E disse o Senhor: Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores. 8- Portanto desci para livrá-lo da mão dos egípcios, e para fazê-lo subir daquela terra, a uma terra boa e larga, a uma terra que mana leite e mel; ao lugar do cananeu, e do heteu, e do amorreu, e do perizeu, e do heveu, e do jebuseu. 9- E agora, eis que o clamor dos filhos de Israel é vindo a mim, e também tenho visto a opressão com que os egípcios os oprimem. 10- Vem agora, pois, e eu te enviarei a Faraó para que tires o meu povo (os filhos de Israel) do Egito. 11- Então Moisés disse a Deus: Quem sou eu, que vá a Faraó e tire do Egito os filhos de Israel? 12- E disse: Certamente eu serei contigo; e isto te será por sinal de que eu te enviei: Quando houveres tirado este povo do Egito, servireis a Deus neste monte. 13- Então disse Moisés a Deus: Eis que quando eu for aos filhos de Israel, e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós; e eles me disserem: Qual é o seu nome? Que lhes direi? 14- E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós. 15- E Deus disse mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: O Senhor Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó, me enviou a vós; este é meu nome eternamente, e este é meu memorial de geração em geração”.

Introdução. Deus, ao longo da história, sempre chamou homens e mulheres para realizar sua obra. Chamou-os de todas as nações, dentro todas as classes sociais, ilustres e desconhecidos, jovens e velhos. Muitos atenderam prontamente e com alegria ao chamado do Senhor. Outros não; ficaram apresentando desculpas para não aceitar o chamado. Moisés foi um desses.

Moisés foi o homem escolhido por Deus para liderar o povo de Israel em sua libertação da escravidão no Egito. A história de Moisés na Bíblia está registrada entre os livros de Êxodo e Deuteronômio.

Moisés é considerado o principal personagem bíblico do Antigo Testamento. Ele foi o legislador por meio do qual Deus constituiu os hebreus como nação, e os conduziu até os limites da Terra Prometida. Moisés é reconhecido como o autor dos cinco primeiros livros da Bíblia.

I. A CHAMADA DE MOISÉS

1. Moisés era pastor de ovelha. E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou o rebanho atrás do deserto, e chegou ao monte de Deus, a Horebe (v.1).

2. A sarça ardente. Êx 3.2-3 “E apareceu-lhe o anjo do Senhor em uma chama de fogo do meio duma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia. 3 E Moisés disse: Agora me virarei para lá, e verei esta grande visão, porque a sarça não se queima.”

Sarça é um arbusto. A palavra “sarça” traduz o termo hebraico seneh, uma palavra que aparece apenas duas vezes na Bíblia, ambas referindo-se ao episódio da convocação de Moisés (Êx 3.2-4; Dt 33.16).

Trata-se da sarça comum, como outras plantas comuns, só que esta ardia sem ninguém ter-lhe ateado fogo e, ardendo, não se consumia.

O fogo é frequentemente utilizado nas Escrituras como símbolo para a presença de Deus, especialmente com relação a sua santidade consumidora, isto é, a pureza de sua santidade e sua ira em relação ao pecado como escreveu o autor de Hebreus (Hb 12.29; cf. Gn 3.24; Êx 13.21; 19.18; 1º Rs 18:24,38). Mais tarde, no próprio livro de Êxodo lemos que o Senhor desceu sobre o Sinai em fogo, de modo que todo o monte fumegava (Êx 19.18). Entenda melhor os atributos Divinos.

3. Apareceu o Anjo do Senhor. “E apareceu-lhe o anjo do Senhor em uma chama de fogo do meio duma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia” (v. 2).

O anjo do Senhor é uma teofania. O termo Teofania, vem do grego theophnaia, que por sua vez é uma palavra composta por dois vocábulos, também gregos: Théos, “Deus” e phanei, “aparecer”.

Teofania é o termo utilizado para descrever alguma manifestação visível de Deus, no A. T. e na forma que Ele quiser.

4. O método da chamada divina. Deus, ao ver Moisés se virava maravilhado para contemplar a sarça que não consumia, chamou do meio do fogo.

“E Moisés disse: Agora me virarei para lá, e verei esta grande visão, porque a sarça não se queima” (v. 3).

4.1. Deus chama Moisés pelo nome. “E vendo o Senhor que se virava para ver, bradou Deus a ele do meio da sarça, e disse: Moisés, Moisés. Respondeu ele: Eis-me aqui” (v. 4).

Deus chamo pelo nome e de forma repetida. “... Moisés, Moisés...! Deus continua a falar assim quando tem algo urgente, muito importante ou muito sério. Abraão, Abraão (Gn 22.11); Jacó, Jacó (Gn 46.2); Samuel, Samuel (1º Sm 3.10); Simão, Simão (Lc 22.31); Saulo, Saulo (At 9.4).

4.2. O conteúdo da mensagem.

“E disse: Não te chegues para cá; tira os sapatos de teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa” (v. 5).

4.3. Onde Deus se manifesta se torna santo. Por isso o crente tem que viver em santidade porque ele é o templo que Deus quer habitar.

A igreja do Senhor deve ser santa, pura e separada ao Senhor; Deus, porém é santo três vezes santo (Is 6.3).

As sandálias neste contesto representa a forma deste mundo. Moisés procurou fazer a obra de Deus do seu jeito, matado um egípcio, sujou suas mãos com sangue; usou a força de seu braço. Porém Deus iria tirar o Seu povo da escravidão com Sua mão forte, Moisés seria apenas um instrumento na mão do Senhor. Por esta razão o Senhor Deus pede a Moisés que tire suas sandálias, saia da forma do mundo e entre na forma do Senhor, ou seja, confie nele e deixe Deus agir, faça à vontade D’ele não a sua.

4.4. Devemos ter reverência.na sua presença.

5. Deus esclarece a chamada de Moisés, revelando a necessidade do povo.

E disse o Senhor: Tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores” (v. 7).

6. E desci afim de livrá-lo da escravidão.

Portanto desci para livrá-lo da mão dos egípcios, e para fazê-lo subir daquela terra, a uma terra boa e larga, a uma terra que mana leite e mel” (v. 8).

II. MOISÉS UM MODELO DE LIDERANÇA

1. Deus chama o seu escolhido.

Quando o Senhor escolheu e chamou Moisés para libertar seu povo, ele estava pastoreando ovelhas; um excelente aprendizado para quem mais tarde iria ser o pastor do povo de Deus, Israel (Sl 77.20).

É Deus que chama e separa aqueles que vão dirigir seu rebanho, e Ele continua vocacionando e capacitando para o santo ministério. O Senhor chama, mas cabe ao homem cuidar do seu preparo para ser útil a Deus.

O que muito nos edifica no versículo seis é Deus identificar-se não somente como “o Deus de Abraão e o Deus de Isaque”, mas igualmente como “o Deus de Jacó”. Ele é, portanto, o Deus de toda graça, compaixão e paciência, uma vez que Jacó teve sérios incidentes negativos na sua vida em geral (1ª Pe 5.10; Jo 1.14,16).

2. O preparo de Moisés (Êx 3.10-15).

Moisés foi chamado e recebeu treinamento da parte de Deus para que cumprisse sua missão com êxito. Deus ainda chama e prepara seus servos. Talvez Ele o esteja chamando para a realização de uma obra. Qual será sua resposta?

Moisés experimentou o silêncio e a solidão do deserto em Midiã (Êx 3.1). Em sua primeira etapa de 40 anos de vida viveu no palácio real e frequentou as mais renomadas universidades.

O conhecimento adquirido por Moisés, e empregado com sabedoria, foi-lhe muito útil em sua missão de libertador, condutor, escritor e legislador na longa jornada conduzindo Israel no deserto.

3. O objetivo da chamada divina (Êx 3.10).

O propósito divino era a saída do povo de Israel do Egito liderada por Moisés. Deus pode, segundo o seu querer, agir diretamente. Contudo, o seu método é usar homens e mulheres junto aos seus semelhantes. Hoje, em relação a muitas igrejas, Deus está dizendo à seus dirigentes:

“Tira o ‘Egito’ de dentro do meu povo”. É o mundanismo entre os crentes, na teoria e na prática; no viver e no agir, enfraquecendo e contaminando a igreja.

É Israel querendo voltar para o Egito (Êx 16.3; 17.3). Deus com mão poderosa tirou Israel do Egito, mas não tirou o ‘Egito’ de dentro deles, porque isso é um ato voluntário de cada crente que, quebrantado e consagrado, recorre ao Espírito Santo.

“Certamente eu serei contigo” (v. 12). Isso era tudo o que Moisés precisava como líder espiritual do povo de Deus. Hoje, muitos já perderam essa divina presença em sua vida e em seu ministério, por acharem que são alguma coisa em si mesmos, daí, a operação do Espírito Santo cessar em sua vida.

Paulo exclamou: “Nada sou” (2ª Co 12.11). Tudo que temos ou somos na obra de Deus vem d'Ele (1ª Co 3.7). Moisés foi chamado e preparado por Deus para que cumprisse sua missão com excelência.

Moisés foi sendo preparado dia a dia pelo Senhor a fim de que se tornasse o líder do seu povo e os conduzisse rumo à Terra Prometida.

Aprendemos com a segunda lição do trimestre que Deus vocaciona e chama líderes para sua obra, porém aqueles que forem chamados precisam fazer a sua parte preparando-se. Se você tem um chamado de Deus em sua vida, prepare-se. Faça a sua parte e deixe que o Senhor faça a dele.

4. Moisés é preparado para se tornar o libertador (Êx 3.1-22).

Moisés viveu seus primeiros anos de vida na casa de seus pais. Certamente uma família humilde, porém temente a Deus.

Em seu lar ele foi preparado para poder viver mais tarde no palácio de Faraó. Segundo os historiadores, como príncipe, Moisés teve uma educação primorosa, pois o texto bíblico de Atos 7.22 declara que ele foi “instruído em toda a ciência dos egípcios”.

O conhecimento adquirido por Moisés não foi certamente desperdiçado, mas muito o ajudou como líder do seu povo, profeta, escritor e legislador.

Deus tinha um propósito definido ao chamar Moisés, Ele também tem um propósito definido em sua vida. Porém, muitos não querem assumir um compromisso com Deus e a sua obra. Você deseja assumir um compromisso com o Todo-Poderoso?

Ao chamar Moisés, Deus foi bem enfático quanto ao seu propósito: “Para que tires o meu povo do Egito” (Êx 3.8-10).

Deus desejava redimir o seu povo e organizá-lo como nação a fim de que todas as famílias da terra fossem abençoadas.

O Senhor precisava de um único homem, Moisés, para redimir seu povo da escravidão. Na Nova Aliança, Deus também necessitava de um único homem, porém este deveria ser perfeito.

Então o Todo-Poderoso enviou seu próprio Filho, Jesus Cristo. Jesus atendeu ao Pai, se fez homem e habitou entre nós para nos libertar da escravidão do pecado (Jo 3.16).

Quantos, ao serem chamados pelo Senhor para alguma obra já não apresentaram uma lista vasta de desculpas? Com Moisés não foi diferente, ele também apresentou a Deus várias dificuldades. Porém, assim como nós, ele se esqueceu de que Deus é o nosso Criador.

Ele nos conhece melhor do que nós mesmos. As escusas de Moisés, assim como as nossas, não vão impressionar o Senhor. Confie naqu'Ele que está chamando você e não queira perder tempo com desculpas.

Quem sabe o Senhor não esteja também chamando você para a realização da sua obra? Evite as escusas. Confie no Senhor e permita que Ele use seus dons e talentos para que muitos sejam libertos da escravidão do pecado.

III. MOISÉS SE APRESENTA A FARAÓ (Êx 5.1-5)

1. Moisés diante de Faraó. Chegando ao Egito, Moisés e seu irmão Arão procuraram Faraó para comunicar-lhe a vontade de Deus para o povo de Israel. Quão difícil e arriscada era a tarefa de Moisés. Após o encontro que já tivera com Deus, ele estava preparado para apresentar-se ao rei do Egito. Faraó recusou de imediato o pedido de Moisés. Além de recusar deixar o povo ir embora, Faraó agora aumenta o volume de trabalho do povo (Êx 5.8,9). Moisés fez tudo como Deus lhe ordenara, porém, sua obediência não impediu que ele e seu povo sofressem. Talvez você esteja realizando alguma obra em obediência ao Senhor, mas isto não vai impedir que surjam dificuldades, problemas e aflições. Esteja preparado. Não podemos nos esquecer de que “por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus” (At 14.22). Enquanto estivermos neste mundo, estamos sujeitos às dificuldades (Jo 16.33).

2. A queixa dos israelitas (Êx 5.20,21). O povo hebreu fica descontente com Moisés e Arão e logo começam a murmurar. Certamente todos esperavam que a saída do Egito fosse imediata. Mas este não era o plano de Deus. Moisés, aflito com a piora da situação, busca o Senhor e faz várias indagações. Quem de nós em semelhantes situações, estando em obediência a Deus, na vida cristã e no trabalho, já não indagou: “Por que Senhor?”. Moisés não conseguia entender tudo o que estava ocorrendo, mas Deus estava no controle. Às vezes não conseguimos entender o motivo de certas dificuldades, mas não podemos deixar de crer que Deus está no comando de tudo.

3. Deus promete livrar Seu povo (Êx 6.1). A saída de Israel do Egito seria algo sobrenatural e esta promessa foi totalmente cumprida quando Israel, finalmente, saiu do Egito. Deus, nos seus atributos e prerrogativas, ia agora redimir o povo de Israel (v.6), adotá-lo como seu povo (v.7), e introduzi-lo na Terra Prometida. Todo o Israel, assim como os egípcios, teriam a oportunidade de ver o poder de Deus.

Depois do encontro que Moisés tivera com Deus, ele estava finalmente preparado para apresentar-se ao rei do Egito.

CONCLUSÃO

Neste estudo vimos como o Senhor Deus escolheu e preparou Moisés para que ele libertasse Seu povo da escravidão egípcia. Deus continua a levantar e preparar homens para a sua obra. Você está disposto a ser usado pelo Senhor? Moisés apresentou algumas desculpas, mas não foram aceitas. Não perca tempo com justificativas, mas diga “sim” ao chamado de Deus.

Pr. Elias Ribas

Assembleia de Deus

Blumenau - SC

terça-feira, 18 de maio de 2021

A VONTADE DO PAI

 


João 4.34 “Disse-lhes Jesus: A minha comida consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra”.

INTRODUÇÃO

O maior exemplo de vida segundo a vontade de Deus está em Jesus Cristo. A vontade de Deus e a de Jesus são a mesma coisa. Por isso o Mestre disse que seu sustento é cumprir os planos de Deus. Tudo que Jesus fez foi para cumprir o propósito de Deus e nos ensinar como viver segundo a vontade do Senhor.

A vontade humana é passageira e nem sempre é o melhor, mas a vontade de Deus é “boa, agradável e perfeita” (Rm 12.2). Por isso precisamos conhecer a vontade de Deus para nossas vidas.

Você conhece a vontade de Deus para sua vida?

Vamos estudar no evangelho de João onde Jesus usa a Palavra ‘vontade’, explicando qual é o plano de Deus para nossas vidas:

1. Nascer de Novo. João 1.13 “os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus”.

A primeira coisa que Jesus quer para nossas vidas é o Novo Nascimento. Quando nascemos de novo estamos começando uma nova vida de acordo com a vontade de Deus (Jo 3.7,8).

Jesus quer que você nasça de novo!

2. Obedecer a Deus. João 5.30 “Eu nada posso fazer de mim mesmo; na forma por que ouço, julgo. O meu juízo é justo, porque não procuro a minha própria vontade, e sim a daquele que me enviou”.

Obediência é outra característica da vontade de Cristo para nós. Quando obedecemos estamos deixando o nosso próprio querer para aceitar os planos Divinos para nossas vidas. Mas quando desobedecemos estamos nos sacrificando e por isso acontece tanto sofrimento no mundo (1º Sm 15.22).

Jesus quer que você obedeça!

3. Chamado Missionário.

João 6.38 “Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou”.

Cada um de nós tem um chamado de Deus para cumprir uma missão. Esta missão é exercer um ministério no Corpo de Cristo (1ª Co 12.12-27). Assim como Jesus foi enviado por Deus, também nos envia para pregar o evangelho (Mt 28.18-20).

Jesus tem um chamado para sua vida!

4. Ganhar vidas.

João 6.39 “E a vontade de quem me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia”.

A vontade de Jesus é ganhar as almas das pessoas para Deus. Foi por isso que morreu e comprou nossas vidas com o seu sangue. O propósito do inimigo é “roubar, matar e destruir”, mas Cristo veio para que “tenham vida e vida em abundância” (João 10.10). O plano Divino é para toda a humanidade (Tito 2.11).

Jesus quer ganhar vidas!

5. Fé.

João 6.40 “De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia”.

O diabo tentou o homem e a mulher semeando dúvida que os levou a pecar (Gn 3.1-4). A incredulidade é o maior obstáculo para a ação de Deus em nossas vidas. Por isso, o propósito de Jesus é que tenhamos fé para ver a glória de Deus (Jo 11.40) e acontecer o impossível (Mc 9.23).

Jesus quer que você tenha fé!

6. Conhecimento da Palavra.

João 7.16,17 “Respondeu-lhes Jesus: O meu ensino não é meu, e sim daquele que me enviou. Se alguém quiser fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo”.

Quando aprendemos as Escrituras conhecemos mais sobre Jesus (João 5.39), que é a própria Palavra de Deus encarnada (Jo 1.1 e 14) e somos limpos pela verdade que nos santifica (Jo 17.17).

Jesus quer que você conheça a Bíblia!

7. União dos cristãos.

João 17.24 “Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo”.

Jesus veio ao mundo e reuniu seus discípulos para formar sua Igreja e o seu plano é que todos estejam unidos como um Corpo (1ª Co 12.27). Como na Igreja Primitiva, devemos viver em comunhão com os irmãos (At 2.42-47).

Jesus quer que você viva em comunhão!

Busque a vontade de Jesus!

CONCLUSÃO

Quando amamos uma pessoa procuramos fazer tudo para agradá-la. Assim devemos também procurar fazer a vontade de Deus (Sl 37.4).

A vontade de Cristo é que após nascer de novo, obedeçamos a Deu, cumpramos nosso chamado missionário ganhando vidas, vivendo em fé e aprendendo a Palavra de Deus junto com os irmãos.

segunda-feira, 17 de maio de 2021

FALSOS PROFETAS



 Esboço de Jeremias 23:

23.1 – 4: “Ai dos falsos pastores...”

23.5 – 8: “O Senhor é a Nossa Justiça...”

23.9 – 15: “Contra os falsos profetas...”

23.16 – 22: “Não os enviei...”

23.23,24: “Deus de perto e de longe...”

23.25 – 40: “O destino dos falsos profetas...”

INTRODUÇÃO Ao estudar esta lição, você aprenderá a reconhecer os falsos profetas que falam mentiras em nome do Senhor.

Iniciaremos nossa jornada a partir de Jeremias 5.1-4. Desde o momento de sua chamada, Jeremias sabia que sua tarefa não seria fácil (Jr 1.17-19). Mas não imaginava, de início, de onde viria a oposição. Ele sabia que as reformas promulgadas pelo rei Josias não en­contravam guarida no coração do povo comum (Jr 5.4), mas acreditava que a liderança entenderia o recado divino. Quanto engano (Jr 5.5)! “Dai voltas às ruas de Jerusalém; vede agora, procurai saber, buscai pelas suas praças a ver se achais alguém, se há um homem que pra­tique a justiça ou busque a verdade; e eu lhe perdoarei a ela” (Jr 5.1). A idolatria e a imoralidade tomavam conta de todos (Jr 5.7). A liderança espiritual devia funcionar como a consciência da nação (Jr 5.30-31), mas não exercia seu papel. A maior oposição que Jeremias teve de enfrentar veio dos falsos profetas.

I. PROFETA X “PROFETA” (Jr 27-28)

1. Vamos nos rebelar?

Começou o reinado de Zedequias, o último rei de Judá. Os reis vizinhos enviaram mensageiros a Jerusalém (Jr 27.3), com o intuito de montar uma conspiração contra Nabucodonosor. Aquilo não funcionaria, e Deus mandou o recado por Jeremias de maneira bem dramática. O profeta foi ao encontro dos embaixadores usando sobre o pescoço “correias e canzis” (Jr 27.2), ou seja, um jugo de bois, com cordas e madeiras! A mensagem era clara: as nações só teriam paz andando em submissão ao rei Nabucodonosor (Jr 27.8,11), que colocou Zedequias no trono (2º Rs 24.17). Mas Nabuco­donosor não passava de um “servo” nos planos do Senhor, que o tinha colocado no trono de domínio sobre as terras (Jr 27.6). Afinal, quem reina é Deus, o Senhor (Jr 27.5)!

2. Vozes conflitantes.

Por que os reis não reconheceram que a conspiração estava destinada ao fracasso? (cf. Jr 27.9-10,14-15). Havia vozes falsas, enganosas, falando menti­ras com uma suposta autoridade espiritual. No caso das nações, além de pro­fetas, havia todo tipo de médium, “guia espiritual” (Jr 27.9). No caso do povo de Deus, eram profetas que falavam em nome do Senhor (Jr 27.15). Mas tudo era “mentira” (Jr 27.10,14,16). O interesse deles pela causa de Deus se limi­tava às coisas materiais, os “utensílios” do templo (Jr 27.16; 28.2-3).

3. Corpo a corpo.

No capítulo 28, aparece o profeta Hananias com sua mensagem de restauração completa “dentro de dois anos” (Jr 28.1-4). Ele contradisse tudo o que Jeremias falou – o jugo não vale nada, pois “quebrei o jugo do rei da Ba­bilônia” (Jr 28.2,4). É impressionante como, ao longo do capítulo, os dois homens são chamados de “profeta” (cf. v.5,10,12,15). Os dois falam em nome do Senhor: Hananias nos versos 2 e 11; Jeremias nos versos 14 e 16. Como é que o povo saberia em quem acreditar?

É um problema perene, antigo e atual. Moisés já o previa e deu dois tes­tes: primeiro – profecia que não se cum­pre não veio de Deus (Dt 18.20-22); segundo – profecia em nome de outros deuses, mesmo que se cumpra, é pecado mortal (Dt 13.1-5). O segundo teste já condena os profetas pagãos (Jr 27.9), e o primeiro teste serviu para desmascarar Hananias, pois os “dois anos” (Jr 28.3) se passaram, e nada mudou; enquanto isso, outra profecia, esta de Jeremias, teve seu cumprimento mais rápido (Jr 28.15-17).

4. Reagindo à mentira.

A reação de Jeremias nesse episó­dio pode servir de modelo para nós. Duas palavras resumem a reação de Jeremias: “Amém!” e “Será?”

“Amém!” (Jr 28.6). É claro que a mensagem de Hananias era bem mais popular do que a de Jeremias. Quem não quer uma mensagem de libertação (Jr 28.10-11), de restauração (Jr 28.3), enfim, de paz e vitória (Jr 6.14)? Jeremias também queria que tais expressões fossem a verdade. Como sabemos, Jeremias não tinha nenhum prazer em pregar o juízo: “nem tampouco desejei o dia da aflição” (Jr 17.16). Jeremias pregava na esperança de que sua profecia não fosse cumprida, de que o povo se arre­pendesse e encontrasse a misericórdia e o perdão de Deus.

“Será?” (Jr 28.7-9). O que importa é que o profeta fale a verdade, seja agradável ou não. E Jeremias nos dá um terceiro teste (além dos dois citados por Moisés): a palavra é coerente com o que Deus falou no passado? Em geral, os profetas de Deus são mensageiros de juízo. Mesmo o Profeta maior, o Senhor Jesus Cristo, falou muitas vezes sobre o juízo.

 

Você notou que Jeremias não diz “assim diz o Senhor” neste discurso dos versos 6-9? É coisa de lógica, que não precisava de revelação divina!

Duas palavras: “amém!” e “será?” E um silêncio. Quando Hananias che­gou ao extremo ultrajante de destruir o jugo simbólico que Jeremias portava, o profeta de Deus não reagiu de imedia­to. Com domínio próprio dado pelo Senhor, simplesmente “se foi tomando seu caminho” (28.10-12). Foi apenas “depois” (28.12) de um intervalo, no qual certamente buscou a orientação de Deus, que Jeremias voltou a responder com uma palavra não dele, mas do Se­nhor (28.13-16). O profeta entendeu que a ofensa feita era “contra o Senhor” (28.16) e que Ele ia julgar.

Jeremias para hoje

Você tem andado sob o jugo do Rei maior, Jesus Cristo (Mt 11.28-30)? Tem se interessado mais pelas coisas “santas” do que por uma vida santa? Tem discernido corretamente as mensagens ouvidas (seja na televisão, na internet, no rádio ou pessoalmente)?

II. DEUS FALA A RESPEITO DOS FALSOS PROFETAS (JR 23.9-40)

1. O mal da profecia falsa.

“O meu coração está quebrantado dentro de mim; todos os meus ossos estremecem; sou como homem embriagado e como homem vencido pelo vinho” (Jr 23.9). A forte reação de Jeremias mostra a serie­dade do problema. Os profetas estavam desrespeitando as “santas palavras” do Se­nhor, e dessa atitude fluíam muitos males.

1.1. Davam vazão à imoralidade sexual (Jr 23.10).

1.2. Encorajavam os outros no pecado. “...fortalecem as mãos dos malfeitores” (Jr 23.14), “fazem errar o meu povo” (Jr 23.32), contaminando toda a terra com a sua impiedade (Jr 23.15), como enchente que deixa um mar de lama nas casas atingidas.

1.3. Contradiziam diretamente a palavra do Senhor. “Não virá mal sobre vós” (Jr 23.17) é exatamente o contrário do que Deus falou no verso 12: “trarei sobre eles calamidade”. Falam sobre paz, mas não sobre pecado. Prometem alegria, mesmo sem arrependimento. Nisso imitam o pai da mentira (Gn 3.4).

2. A “sentença pesada do Senhor”

Enfim, falsos profetas: “furtam as minhas palavras, cada um ao seu compa­nheiro” (Jr 23.30), repetindo chavões que, mesmo sendo verdades, estavam desgastados e mortos, de tanta repetição. Um desses chavões era a expressão “sentença pesada do Senhor” (Jr 23.33). Nada há de errado na expressão em si, mas a repetição leviana, usada para legitimar qualquer ‘mensagem’ desses profetas mentirosos, chegou a ponto de Deus proibir seu emprego.

3. A profecia verdadeira.

Como é o ministério de um pro­feta verdadeiro? Quais as suas marcas? Podemos esboçar uma resposta a partir da acusação do verso 36: “pois torceis as palavras do Deus vivo, do Senhor dos Exércitos, o nosso Deus”.

3.1. O profeta genuíno traz uma pa­lavra viva, “do Deus vivo”. Não chavões mortos imitando outros. É uma mensagem que “vem da boca do Senhor” (Jr 23.16), não de algum livro (ou site!). O pro­feta genuíno “esteve no conselho do Senhor” (Jr 23.18); a palavra “conselho” aqui dá ideia de um cír­culo de amigos. É traduzida como “segredo” em Amós 3.7.

3.2. O profeta verdadeiro conhece a Deus na Sua grandeza majestosa como “Senhor dos Exércitos”. Aquele que enche os céus e a terra (Jr 23.23-24). Assim o profeta vive toda a vida na presença de Deus. Sabe da realidade de Seu juízo (Jr 23.15,19-20). Não se deixa enganar com “vãs esperanças” (Jr 23.16) e sonhos vazios (Jr 23.25-28).

3.3. O profeta genuíno conhece a Deus pessoalmente, como “o nosso Deus”, e compartilha do zelo que Deus tem por Sua casa (Jr 23.11), Sua terra (Jr 23.16), Seu povo (Jr 23.22,32), enfim, Seu próprio Nome. Para o profeta verdadeiro, o pior castigo é ser lançado fora da presença de Deus (Jr 23.39).

Jeremias para hoje

Que tipo de mensagens você mais gosta de ouvir? Quando seu pastor prega sobre pecado, você se alegra pelas palavras ditas ou você é daqueles que só querem ouvir coisas agradáveis aos ouvidos?

CONCLUSÃO

No capítulo 23 de Jeremias, obser­vamos que as mensagens falsas podem brotar de várias raízes: falsos deuses (Jr 23.13); coração humano (Jr 23.16); sonhos (Jr 23.25); palavras de outros (Jr 23.30). O Senhor se declara contra todos os que proferem tais mensagens (Jr 23.30-32) como se viessem de Deus. Em total contraste, a palavra que vem de Deus se faz sentir pelos seus efeitos (Jr 23.28-29). É “trigo” que alimenta a alma e nos dá força para servir e obedecer. É “fogo” que purifica e nos faz arder o coração para falar da grande salvação que temos em Cristo (cf. Lc 24.32-35). E é “martelo” que quebranta a dureza do nosso coração, trazendo-nos sempre de volta à depen­dência da graça do Senhor.