TEOLOGIA EM FOCO

sexta-feira, 6 de junho de 2014

A ASCENSÃO DE CRISTO



 Usamos o termo “ascensão” como referencia àquele evento da vida de Jesus Cristo já ressurreto, em que Ele foi visto visivelmente transladado para o céu na presença dos Seus discípulos.

I. A ASCENSÃO NAS PROFECIAS

A ascensão de Cristo vaticinada no Sl 110.1 “Subiste às alturas, levaste cativo o cativeiro, recebeste homens por dádivas...”. Cristo várias vezes vaticinou Sua ascensão. Em Jo 6.62 Jesus diz: “Que serás, pois, se virdes o filho do homem subir para o lugar onde primeiro estava?”.

II. O REGISTRO BÍBLICO DA ASCENÇÃO DE JESUSregistro da ascensão de Jesus

Em At 1.9-11, lemos: “Ditas estas palavras, foi Jesus elevado às alturas, à vista deles, e uma nuvem O encobriu dos seus olhos. E, estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois varões vestidos de branco se puseram ao lado deles, e lhes perguntaram: Varões galileus, porque estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu, assim virá do modo como o vistes subir”.

“Então, os levou para Betânia e, erguendo as mãos, os abençoou. Aconteceu que, enquanto os abençoava, ia-se retirando deles, sendo elevado para o céu” (Lc 24.50-51).

É interessante notar que, em contraste com o frequente e repentino aparecimento do Senhor Jesus no intervalo de quarenta dias após Sua ressurreição, a Sua ascensão deu-se lentamente. Este evento ficou permanentemente gravado na mente dos discípulos que o contemplaram quando subia para o céu, onde iria ficar até a Sua segunda vinda. Ascensão constitui marco divisório na vinda de Cristo. O período do seu ministério terreno se estende do seu nascimento até sua ascensão. Após a ascensão, Ele entra na segunda etapa do Seu ministério, intercedendo por nós no céu e mostrando-se o Cristo da experiência espiritual através da operação do Espírito Santo na vida dos crentes aqui na terra.

III. A NATUREZA DO CORPO RESSURRETO DE CRISTO

Jesus ressurreto: “E, retirando-se elas apressadamente do sepulcro, tomadas de medo e grande alegria, correram a anunciá-lo aos discípulos. E eis que Jesus veio ao encontro delas e disse: Salve! E elas, aproximando-se, abraçaram-lhe os pés e o adoraram. Então, Jesus lhes disse: Não temais! Ide avisar a meus irmãos que se dirijam à Galiléia e lá me verão” (Mt 28.8-10).

“Ao cair da tarde daquele dia, o primeiro da semana, trancadas as portas da casa onde estavam os discípulos com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco! E, dizendo isto, lhes mostrou as mãos e o lado. Alegraram-se, portanto, os discípulos ao verem o Senhor” (Jo 20.19-20).

“Falavam ainda estas coisas quando Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: Paz seja convosco! Eles, porém, surpresos e atemorizados, acreditavam estarem vendo um espírito. Mas ele lhes disse: Por que estais perturbados? E por que sobem dúvidas ao vosso coração? Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho. Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés” (Lc 24.36-40).

Em primeiro lugar a natureza do corpo ressurreto de Cristo exigia Sua ascensão ao céu. O Seu corpo glorificado já não estava sujeito às leis e limitações terrenas, sendo já vivificado pelo Espírito Santo e pronto para Sua reentrada no céu.

IV. A PERSONALIDADE DE CRISTO

A personalidade de Cristo também exigia Sua ascensão. Como foi de ordem sobrenatural. Sua entrada neste mundo, mediante a encarnação no ventre de Maria, assim também devia ser de ordem sobrenatural Sua partida da terra para o céu.

V. A COROAÇÃO DA OBRA DA COROAÇÃO

A ascensão coroa a obra da redenção no céu. O plano de redenção foi posto em marcha quando Cristo deixou Seu lar celestial, habitando em excelsa glória com o Pai, para assumir forma humana mediante a encarnação. A obra de redenção efetuada por Jesus através da Sua morte e ressurreição é declarada completa ao voltar Ele ao Seio do Pai, evidenciando a plena realização do Seu ministério na terra. À destra do Pai, Jesus reassumiu sua posição de autoridade, para em seguida enviar sobre a Igreja o consolador prometido: o Espírito Santo (Jo 16.7), o que ocorreu no dia do Pentecostes (At 2.4).

Pr. Elias Ribas

pr.eliasribas2013@gmail.com.br

domingo, 1 de junho de 2014

O PODER DA EXPIAÇÃO



Is 53.10 – Todavia ao Senhor agradou o moê-lo, fazendo-o enfermar: quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os dias; e o bom prazer do senhor prosperará na sua mão.

Expiação significa cobrir o pecado: isto é, não escondê-lo ou ocultá-lo de Deus, mas tem o sentido de pagar a dívida contraída.

“Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto” (Sl 32.1). 
“Logo muito mais agora, sendo justificado pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira” (Rm 5.9).
 “Sendo justificado gratuitamente pela graça, pela redenção que há em Cristo. Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus” (Rm 3.24 e 25).

A expiação opera 3 efeitos distintos: sobre o pecado, sobre o pecador e sobre o mundo.

I.      Seu efeito sobre o pecado

A. Remove o pecado através do sangue de Jesus: Nem por sangue de boda e nem de bezerros, mas pelo próprio sangue” (Hb 9.12).

“Sabendo que não foi com coisas corruptíveis como prata ou ouro, que foste resgatado da vossa vã maneira de viver que por tradição recebeste dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo como de um Cordeiro imaculado, e incontaminado” (1ª Pe 1.18-19).

B. Cancela o pecado e justifica o pecador: Havendo riscado a cédula que era contra nós e atirando do meio de nós cravando-a na cruz (Cl 2.14).

“E que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus” (Cl 1.20).

II. Seu efeito sobre o pecador


A expiação veste o pecador com o sangue do Cordeiro que é Jesus.

Romanos 3.22 o apóstolo Paulo diz que a expiação é a justiça de Deus para com os que nele creem.

“Cristo efetuou a expiação do pecado, tornando-se pecado por nós. Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que fossemos feito justiça de Deus” (2ª Co 5.21).

III. Seu efeito sobre o mundo

A expiação teve um duplo efeito em relação ao pecador: Individual e Universal.
Individual – Ex. salvação a Zaqueu, o publicano, conforme Lc 19.
Ao Mundo – 2ª Co 5.21 Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo.
Jo 1.29 Um efeito vindo de Jesus, que é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

A obra expiatória de Cristo no calvário foi completa, se ela não fosse o mundo estaria sob o peso da condenação Eterna. Hoje pregamos a Cristo crucificado que morreu por nossos pecados, mas ressuscitou para nossa vida. A expiação que Jesus realizou foi para redenção de nossos pecados e para nossa justificação.

Pr. Elias Ribas

pr.eliasribas2013@gmail.com.br