Usamos o termo
“ascensão” como referencia àquele evento da vida de Jesus Cristo já ressurreto,
em que Ele
foi visto visivelmente transladado para o céu na presença dos Seus discípulos.
I. A ASCENSÃO NAS PROFECIAS
A ascensão de Cristo vaticinada
no Sl 110.1 “Subiste às alturas,
levaste cativo o cativeiro, recebeste homens por dádivas...”. Cristo várias
vezes vaticinou Sua ascensão. Em Jo
6.62 Jesus diz: “Que serás, pois, se virdes o filho do homem subir para
o lugar onde primeiro estava?”.
II. O REGISTRO BÍBLICO DA ASCENÇÃO DE JESUSregistro da ascensão de Jesus
Em At 1.9-11, lemos: “Ditas estas palavras, foi Jesus elevado às
alturas, à vista deles, e uma nuvem O encobriu dos seus olhos. E, estando eles
com os olhos fitos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois varões vestidos
de branco se puseram ao lado deles, e lhes perguntaram: Varões galileus, porque
estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu,
assim virá do modo como o vistes subir”.
“Então, os levou para Betânia e,
erguendo as mãos, os abençoou. Aconteceu que, enquanto os abençoava, ia-se
retirando deles, sendo elevado para o céu” (Lc 24.50-51).
É interessante notar que, em contraste com o frequente e
repentino aparecimento do Senhor Jesus no intervalo de quarenta dias após Sua
ressurreição, a Sua ascensão deu-se lentamente. Este evento ficou
permanentemente gravado na mente dos discípulos que o contemplaram quando subia
para o céu, onde iria ficar até a Sua segunda vinda. Ascensão constitui marco
divisório na vinda de Cristo. O período do seu ministério terreno se estende do
seu nascimento até sua ascensão. Após a ascensão, Ele entra na segunda etapa do
Seu ministério, intercedendo por nós no céu e mostrando-se o Cristo da
experiência espiritual através da operação do Espírito Santo na vida dos
crentes aqui na terra.
III. A NATUREZA DO CORPO RESSURRETO DE CRISTO
Jesus ressurreto: “E, retirando-se elas apressadamente do sepulcro,
tomadas de medo e grande alegria, correram a anunciá-lo aos discípulos. E eis
que Jesus veio ao encontro delas e disse: Salve! E elas, aproximando-se,
abraçaram-lhe os pés e o adoraram. Então, Jesus lhes disse: Não temais! Ide
avisar a meus irmãos que se dirijam à Galiléia e lá me verão” (Mt 28.8-10).
“Ao cair da tarde daquele dia, o
primeiro da semana, trancadas as portas da casa onde estavam os discípulos com
medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco! E,
dizendo isto, lhes mostrou as mãos e o lado. Alegraram-se, portanto, os discípulos
ao verem o Senhor” (Jo 20.19-20).
“Falavam ainda estas coisas
quando Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: Paz seja convosco! Eles,
porém, surpresos e atemorizados, acreditavam estarem vendo um espírito. Mas ele
lhes disse: Por que estais perturbados? E por que sobem dúvidas ao vosso
coração? Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e
verificai, porque um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho.
Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés” (Lc 24.36-40).
Em primeiro lugar a natureza do
corpo ressurreto de Cristo exigia Sua ascensão ao céu. O Seu corpo glorificado
já não estava sujeito às leis e limitações terrenas, sendo já vivificado pelo
Espírito Santo e pronto para Sua reentrada no céu.
IV. A PERSONALIDADE DE CRISTO
A personalidade de Cristo também
exigia Sua ascensão. Como foi de ordem sobrenatural. Sua entrada neste mundo,
mediante a encarnação no ventre de Maria, assim também devia ser de ordem
sobrenatural Sua partida da terra para o céu.
V. A COROAÇÃO DA OBRA DA COROAÇÃO
A ascensão coroa a obra da
redenção no céu. O plano de redenção foi posto em marcha quando Cristo deixou
Seu lar celestial, habitando em excelsa glória com o Pai, para assumir forma
humana mediante a encarnação. A obra de redenção efetuada por Jesus através da
Sua morte e ressurreição é declarada completa ao voltar Ele ao Seio do Pai,
evidenciando a plena realização do Seu ministério na terra. À destra do Pai,
Jesus reassumiu sua posição de autoridade, para em seguida enviar sobre a
Igreja o consolador prometido: o Espírito Santo (Jo 16.7), o que ocorreu no dia do Pentecostes (At 2.4).
Pr. Elias Ribas
pr.eliasribas2013@gmail.com.br