TEOLOGIA EM FOCO

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

O SERMÃO ESCATOLÓGICO DE JESUS



INTRODUÇÃO

Jesus continuou a última semana do Seu ministério em Jerusalém ensinando Seus apóstolos sobre os eventos futuros. Seu discurso é conhecido como o sermão profético no monte das Oliveiras, chamado assim porque era lá que Cristo se sentava para ensinar (v.3).

O Sermão Escatológico de Jesus também é conhecido como O Sermão do Monte das Oliveiras, devido ao local em que foi proferido. Esse sermão pode ser encontrado nos Evangelhos de Mateus (cap. 24), Marcos (cap. 13) e Lucas (cap. 21 e algumas referências no capítulo 17).

Para muitos estudiosos o Sermão Escatológico de Jesus, principalmente o relato do Evangelho de Marcos, é como um “Pequeno Apocalipse”. A verdade é que qualquer estudo escatológico que seja coerente com as Escrituras, obrigatoriamente, precisa considerar o Sermão Escatológico de Jesus. De forma resumida vamos analisar esse importante sermão de Cristo.

I. ESBOÇO DO SERMÃO ESCATOLÓGICO

O discurso pronunciado no Jardim das Oliveiras aconteceu na terça-feira depois que se acabaram as controvérsias com os líderes judeus nos átrios do templo. Pode ser dividido da seguinte forma:

1. Marcos 13.1-4: As perguntas dos discípulos. A destruição de Jerusalém e do Templo em 70 d.C.

2. Marcos 13.5-13: O Princípio das Dores. As condições características da presente dispensação.

3. Marcos 13.14-23: A crise que viria. A Grande Tribulação e a destruição de Jerusalém como tipificação dela.

4. Marcos 13.24-27: O segundo advento de Cristo. A Segunda Vinda de Cristo e o Julgamento Final.

5. Marcos 13.28-37: Instruções referentes à necessidade de se vigiar. Exortação à vigilância.

II. DISCURSO DE DESPEDIDA DE JESUS

1. O nosso texto de prédica é um dos discursos de despedida de Jesus. Foi proferido, portanto, no seu tempo de paixão.

2. Cristo despede-se, porque vai em direção ao seu calvário, ao seu martírio e à sua morte. Não fala somente do seu fim, mas do fim, da finalidade de toda a humanidade, quando acontecer a sua segunda vinda.

3. O nascimento, a morte, a ressurreição, a ascensão e pentecoste fazem parte da primeira vinda de Cristo. A segunda está por vir.
III. A DESTRUIÇÃO DE JERUSALÉM E DO TEMPLO

Embora em alguns versículos existam profecias que se referem a dois períodos, podemos fazer um esboço do Sermão Escatológico de Jesus em Marcos 13 da seguinte forma:

1. As perguntas dos discípulos - (13.1-4).
O sexto registrado em Marcos, ocorre fora do templo, no Monte das Oliveiras, segundo o comentário de Hendriksen, no fim da terça-feira da semana em que o Cordeiro Pascal seria imolado. Os discípulos mostram para Jesus, enquanto este se afastava do templo, a beleza monumental do Santuário.

Vs. 1-2. “E, saindo ele do templo, disse-lhe um dos seus discípulos: Mestre, olha que pedras, e que edifícios! 2. E, respondendo Jesus, disse-lhe: Vês estes grandes edifícios? Não ficará pedra sobre pedra que não seja derrubada.”

2. A primeira declaração de Cristo foi acerca da destruição do templo de Jerusalém.
Este era o templo que Herodes o Grande iniciou sua restauração desde 19 a.C. Este Herodes não era o mesmo dos dias da crucificação de Cristo (ano 30). O primeiro foi o responsável pela matança dos inocentes em Belém, o segundo, seu filho Herodes, Antipas, participou de seu julgamento.

Este templo não era tão grande e glorioso quanto o de Salomão, mas com muito ouro, prata, mármore. Herodes, o Grande, era idumeu, e não havia comprovação genealógica de que descendesse dos judeus, então, para ser agradável aos judeus, tomou algumas medidas populares como a construção do templo, porque isto trazia ganhos políticos.

Herodes não poupou recursos. O muro que cercava o templo era de enormes pedras brancas que pesavam uma tonelada. Os viajantes viam de longe a beleza do templo.

A empolgação dos discípulos com as pedras e os edifícios do templo era uma reação natural diante de sua arquitetura esplêndida e majestosa; cada uma de suas pedras pesava toneladas. As descrições de Josefo (Antiguidades judaicas) expressam sua magnificência. Não havia nada como ele em todo o mundo. Belíssimas pedras de mármore branco com ornamentação de ouro compunham a estrutura de mais de 30 m de altura que começou a ser construída por Herodes em 20 a.C. e foi completada por seu descendente em 66 d.C. Quando Jesus disse que não ficará pedra sobre pedra que não seja derribada, isso certamente chamou muito a atenção. Porém, essa profecia se cumpriu em 70 d.C., quando o general romano Tito saqueou a cidade. O arco de Tito ainda continua em Roma, na via Ápia, diante da entrada do Fórum, em cujos muros está retratada a conquista de Jerusalém por Tito.

“...não ficará pedra sobre pedra...” Jesus usou a forte construção negativa dupla dos gregos duas vezes neste versículo a fim de negar que ficaria pedra sobre pedra. Era positivamente certo que o Templo seria completamente destruído, um fato confirmado pela história quando em 70. A. D. O Templo e a cidade foram deixados em ruínas, sob o comando de Tito. O Arco de Tito, comemorando a sua vitória, ainda existe em Roma. Bíblia de Genebra.

3. Jesus profetiza a destruição do templo. Os discípulos na certa não queriam acreditar que o Templo de Deus seria destruído e arrasado outra vez eles estavam impressionados com a arquitetura do templo e sua grandeza, mas Jesus não está nem um pouco impressionado com sua imponência e profetiza sua destruição em termos fortes (Mc 13.2).

Quando os discípulos chegaram ao Monte das Oliveiras para passar a noite, os 3 discípulos mais chegados se aproximam com duas perguntas:

V. 3b “Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?”
A preocupação dos apóstolos não era quando o templo de Jerusalém seria destruído. A história nos conta que no ano 70 o General Tito, comandou uma legião de soldados romanos, os quais destruíram a cidade de Jerusalém, colocando os judeus para fugirem de suas terras.

4. Como seria destruída Jerusalém e o templo?
Mesmo dividindo o sermão da forma apresentada acima, existem referências à destruição de Jerusalém e do Templo em outras seções, principalmente em profecias de duplo cumprimento, ou seja, Jesus também usa a destruição de Jerusalém para tipificar os momentos associados à Sua Segunda Vinda. De forma resumida podemos pontuar esse evento da seguinte forma:

4.1. Jerusalém seria sitiada. Esse cenário era bastante improvável para qualquer habitante da época por que se tratava de um momento de grande paz com o Império Romana garantindo a tranquilidade.

4.2. Jerusalém seria destruída. A cidade seria queimada e sua população dizimada. Esse evento seria o juízo de Deus sobre aquela geração. Após pouco mais de três anos de cerco, o exército romano invadiu Jerusalém e à destruíram. Estima-se que mais de 600 mil judeus foram massacrados.

4.3. O Templo seria destruído. Herodes havia começado a reconstruir o templo por volta de 19 a.C., e nessa época ele estava em fase de acabamento, com abundancia de ouro, mármore e madeiras finas entalhadas. Era uma construção realmente imponente (vers. 1), mas Jesus afirma: “Não ficará pedra sobre pedra”. Tal como já havia acontecido em 153 a.C. com Antíoco IV Epifânio, mais uma vez o templo seria profanado e destruído. Até hoje existe em Roma o Arco de Tito, erguido pelos romanos para comemorar esse evento, onde é retratado em ilustrações o templo sendo saqueado. Bíblia de Genebra.

4.4. Dispersão. Os sobreviventes desse momento terrível seriam espalhados pelo mundo todo e ficariam dispersos.

A preocupação deles era com o fim. 1ª Pe 4.7 “E já está próximo o fim de todas as coisas; portanto sede sóbrios e vigiai em oração.”

IV. O PRINCÍPIO DAS DORES

O princípio das dores é o tempo em que estamos vivendo.
Vs. 3-4 “E, assentando-se ele no Monte das Oliveiras, defronte do templo, Pedro, e Tiago, e João e André lhe perguntaram em particular: 4. Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá quando todas elas estiverem para se cumprir.”

“...quando serão estas coisas...” A pergunta dos discípulos tem em vista a destruição do templo. A resposta de Jesus parece incluir tanto este evento específico como o tempo que conduz à vinda do Filho do Homem (v. 26; cf. Mt 24.3). Os eventos em torno da destruição do templo parecem anteceder e tipificar aqueles momentos associados à segunda vinda. Bíblia de Genebra.

“... que sinal haverá...” Jesus deixa claro que perturbações como guerras e desastres não são os “sinais” ou indicadores do tempo em que Ele retornará. Eles não nos dizem quando Ele voltará, mas que Ele voltará. Andrews Study Bible.

“... cuidado... vigiem...” V. 5 “E Jesus, respondendo-lhes, começou a dizer: Olhai que ninguém vos engane.”

“... Olhai...” Vigiai! Esteja alerta! Esteja de guarda! O maior foco deste capítulo. Existe o perigo da decepção e o perigo da complacência. Andrews Study Bible.

V. SINAIS DA VINDA DE JESUS

Nos dias atuais, estamos sendo privilegiados por Deus, pois temos acompanhado e certamente participado do cumprimento de diversas profecias, proferidas há séculos e referentes aos “tempos do fim”. É visível o que Deus tem feito, bem como, a ação do homem e do diabo, transformando em realidade a Palavra Bíblica.

Um dos mais enfáticos ensinamentos do Senhor Jesus foi que Ele um dia retornaria a esta terra e que os Seus fiéis saberiam quando seria.

Os sinais relativos à volta de Nosso Senhor Jesus Cristo estão alinhados numa série de profecias, cujo principal objetivo é alertar os salvos a estarem convenientemente preparados para o arrebatamento da Igreja. No sermão profético, faz-nos o Senhor esta advertência: Mt 24.33 “Igualmente, quando virdes todas essas coisas, sabei que Ele está próximo, às portas.”

Ao todo, podemos apontar mais de trezentos sinais e profecias referentes ao aparecimento iminente de Cristo. Sendo o tema de maior relevância das Sagradas Escrituras, assim devemos considerar os referidos sinais.

Apesar de parecerem sem importância aos olhos dos incrédulos, todos os sinais relativos à vinda de Jesus têm de ser bíblica e teologicamente considerados.

O fim dos tempos refere-se aos eventos que antecedem à segunda vinda de Jesus Cristo. E nós vemos que toda a Bíblia é escrita em torno do Senhor Jesus, o verdadeiro Messias e seu reinado. Sabemos que Deus revelou aos profetas do Velho Testamento os adventos tanto da primeira quanto da segunda vinda de Jesus Cristo e os finais dos tempos.

Há ainda outras expressões ao longo da Bíblia que também fazem menção a este mesmo período, por exemplo:

O fim - Mateus 24.14 “E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim”.

Últimos tempos – Judas 18 “Os quais vos diziam que nos últimos tempos haveria escarnecedores, que procuram gratificar seus próprios desejos irreverentes, que andariam segundo as suas ímpias concupiscências”.

O tempo do fim - Daniel 12.9 “E ele disse: Vai, Daniel, porque estas palavras estão fechadas e seladas até o tempo do fim”.

Última hora – 1ª João 2.18 “Filhinhos, é já a última hora, o fim desta era; e, como ouvistes que vem o anticristo, aquele que se oporá a Cristo disfarçando-se de Cristo, também agora muitos se têm feito anticristos, por onde conhecemos que é já a última hora (o fim)

Há ainda, inúmeras outras referências dentro da Palavra de Deus acerca deste mesmo período.

VI. SINAIS NA ÁREA RELIGIOSA

1. O surgimento de falsos Cristos. A primeira coisa que Jesus advertiu foi: Mc 13.6 “Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos.”

No evangelho segundo Mateus 24.4 Jesus diz: “Acautelai-vos que ninguém vos engane. Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos”. “Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui ou ali, não lhes deis crédito”.

Apareceriam muitos que iriam falar em nome de Cristo, quando não, afirmariam serem eles o Messias conseguindo enganar a muitos. A mensagem principal desses impostores será que o fim do mundo chegou. Essas pessoas começaram aparecer desde a época dos Apóstolos e perduram por toda a história do Cristianismo.

“...em meu nome...” Essas palavras referem-se à vinda de falsos messias, que reivindicarão a posição e a autoridade que só pertencem a Cristo. A predição foi cumprida em muitas ocasiões. Talvez a personalidade mais destacada fazendo tal reivindicação fosse Bar Cochba (132 A. D.).

Muitos “líderes” religiosos têm-se apresentado como Cristo ou dizendo que são os salvadores do mundo, mas estão enganando a muitos como profetizou o Senhor Jesus.

Muitos virão. No ano 130 d.C., Bar Kochba – líder de uma rebelião judaica contra os romanos – reivindicava ser o Messias e era aceito como tal por seus seguidores, e a lista (de supostos messias) tem crescido desde então. Bíblia de Genebra.

Nos últimos 50 anos, cerca de 1.100 líderes se apresentaram como cristo ou na condição de salvador do mundo.

2. Falsos profetas. Mc 13.22 “Porque se levantarão falsos cristos, e falsos profetas, e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos.”

De duas maneiras esses impostores conseguem uma posição de influência na igreja:

(a) Alguns falsos mestres e pregadores iniciam seu ministério com sinceridade, veracidade, pureza e genuína fé em Cristo. Mais tarde, por causa do seu orgulho e desejos imorais, sua dedicação pessoal e amor a Cristo desaparecem lentamente. Em decorrência disso, apartam-se do reino de Deus (1ª Coríntios 6.9-10; Gálatas 5.19-21; Efésios 5.5-6) e se tornam instrumentos de Satanás, disfarçados em ministros da justiça (2ª Coríntios 11.15);

(b) Outros falsos mestres e pregadores nunca foram crentes verdadeiros. A serviço de Satanás, eles estão na igreja desde o início de suas atividades (Mateus 13.24-28,36-43).

Estes falsos líderes transformam o Evangelho de Jesus em objeto de liquidação. Vendem às pessoas um lugar no céu; não tem nenhum escrúpulo de cobrar quantias vultosas por uma oração de libertação e cura. Negociam com os carismas de Deus, dizendo estarem incentivando a fé.

2ª Pe 2.3 “Também, movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme.”

Mt 24.11, 24 “E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.”

Aos Seus discípulos Jesus diz: “...que devoram as casas das viúvas, fazendo, por pretexto, largas orações. Estes receberão maior condenação” (Lc 20.45-47).

Na Bíblia encontramos uma relação de falsos líderes que podemos enquadrar como falsos profetas.
De acordo com o apóstolo Paulo, os que agem assim se tornam inimigos da cruz de Cristo, porquanto o seu Deus é o ventre e a sua glória é a vergonha (Fp 3.18-19); lobos cruéis (At 20.29-30); e ministros de Satanás (2ª Co 11.12-15).

3. Os sinais imediatos.

Jesus relaciona o que ocorrerá imediatamente antes do fim dos tempos, da segunda vinda do Filho de Deus. Nos versículos 9 a 13 e além da nossa perícope (v. 14ss.), fala das enormes tribulações que ocorrerão. Acontecerão terríveis perseguições por causa da fé. No de correr da história da cristandade, muitas pessoas sofreram o martírio Jesus, porém, fala de um sofrimento final muito grande.

3.1. A tortura e os julgamentos diante das autoridades seculares. Mc 13.9 “Mas olhai por vós mesmos, porque vos entregarão aos concílios e às sinagogas; e sereis açoitados, e sereis apresentados perante presidentes e reis, por amor de mim, para lhes servir de testemunho.”

Jesus também disse que os cristãos seriam perseguidos, e que haveria grande ódio para com eles, sendo que muitos seriam levados à morte por causa do nome de Jesus. Tais perseguições poderiam ser tão intensas que os próprios familiares ficariam uns contra os outros e entregariam quem professa o nome de Cristo.

Os sofrimentos que temos em vista neste texto têm a ver com a perseguição por causa do amor a JESUS CRISTO. O próprio JESUS é o primeiro a advertir os cristãos dessa possibilidade.

A palavra grega traduzida como “perseguirem” é dioko. Ela contém a ideia de caçar, correr atrás, como se persegue a um criminoso. De qualquer modo, essa palavra implica em algum tipo de abuso físico, de molestação física, maus tratos físicos.

Jesus profetizou que os cristãos seriam entregues aos tribunais e sinagogas, para serem julgados por causa da fé em Jesus Cristo, Seriam levados diante de reis e governadores, açoitados e também mortos. O objetivo é que dessem testemunho aos poderosos.

A perseguição dos cristãos começou a acontecer logo após o surgimento da igreja cristã. O livro de Atos registra a terrível perseguição dos judeus aos cristãos, antes da queda de Jerusalém. Depois houve dez perseguições promovidas pelo Império Romano (de Nero a Diocleciano). Na Idade Média e após a Reforma, as perseguições da Igreja Católica, foram de natureza indescritível, no Século XIX os comunistas e ateístas, e agora governos muçulmanos ou de pluralistas intransigentes, que não aceitam a fé cristã.

3.1. Acautelai (Mt 10.17-20; Lc 12.11-12). Vocês precisam ter cuidado. “... sinagogas... governadores e reis. Os seguidores de Jesus seriam perseguidos tanto na terra de Israel como em países estrangeiros.

Perseguições aguardam àqueles que se lançam à proclamação do evangelho em todo o mundo (v. 10). Bíblia Shedd.

3.2. Tribunais. A entrega dos seguidores de Cristo às autoridades religiosas. Sem dúvida, uma referência ao sinédrio local, ou tribunais, que se reuniam nas diversas sinagogas.

3.3. Açoitados. A infração dos regulamentos judaicos era sujeita ao castigo com açoites, sendo a pena máxima 39 açoites (v. 2ª Co 11.23, 24). Bíblia de Estudo NVI Vida.

2.4. Ódio e traição.
Mc 13.13. “E sereis odiados por todos por amor do meu nome; mas quem perseverar até ao fim, esse será salvo.”
“… trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se aborrecerão” (Mt 24.10b).
Temos visto uma crescente onda de ódio contra o cristianismo, principalmente por parte de países comunistas e por ditadores políticos comunistas como foi Hitler.

O texto trata propriamente dos sofrimentos que vêm aos cristãos porque eles amam a CRISTO. Como os ímpios odeiam a CRISTO, mas não podem fazer nada contra ele pessoalmente, eles atacam os seus irmãos mais novos, trazendo contra eles vários sofrimentos.

Os sofrimentos vaticinados por JESUS CRISTO, por causa de nosso amor a ele, são de vários modos: Sofrimento que vem em forma de perseguição física; injúrias; e pelas mentiras

Sofrimento pela nossa ligação a JESUS CRISTO. Por isso, JESUS CRISTO disse: “por causa do meu nome”. Na verdade, o ódio deles não é contra nós, mas contra o próprio JESUS. Se nos identificamos com ele, sofremos as consequências dessa identificação. O alvo real de Satanás ao nos ferir com mentiras e falsas acusações e ferir o Senhor JESUS, que é o seu inimigo maior. JESUS disse que “se o mundo vos odeia” é porque antes ele me odiou a mim. Se o Senhor sofre, os seus servos também haverão de sofrer porque os servos não são maiores do que o seu Senhor. Todas as perseguições que vêm ao Senhor, os servos também podem enfrentar, sendo tudo por causa do nome do Senhor (ver Jo 15.18-21). JESUS sempre será a razão do sofrimento de muitos cristãos, que nesse caso são chamados de bem-aventurados! Paulo reporta que a tribulação sofrida pelos cristãos é constante, pois, diz ele, “por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos entregues como ovelhas para o matadouro” (Rm 8.36). O catálogo de sofrimentos físicos foi dado pelo próprio Paulo, quando diante da perseguição por causa do seu amor a CRISTO (veja 2ª Co 11.23-27).

2.5. Nos últimos dias. O exemplo de e Estêvão (At 8.1-3), e a maneira como foi martirizado inserem-se no contexto de Mateus 5.10-12. Ele, como muitos ao longo da história do Cristianismo, selaram sua fé com o próprio sangue. Hoje, a situação não é diferente. Em muitos países, nossos missionários são executados sumariamente, por causa do Evangelho. É tarefa da Igreja orar por estes heróis da fé, pois esta luta não é carnal, mas contra as hostes de Satanás. Mas, a vitória é nossa, em nome de JESUS!

VII. SINAL NA POLÍTICA

1. Guerra e rumores de guerra.
Jesus relatou os acontecimentos que caracterizariam o Princípio das Dores.
Marcos 13.7-8 “E, quando ouvirdes de guerras e de rumores de guerras, não vos perturbeis; porque assim deve acontecer; mas ainda não será o fim. 8. Porque se levantará nação contra nação, e reino contra reino...”

As duas guerras mundiais do século XX foram interpretadas como sinais do fim do mundo. Quando Jesus falou sobre o levante de nação contra nação, o mundo ao redor do Mar Mediterrâneo estava sob a dominação romana. A hegemonia de Roma era incontestada. Cristo, porém, conhecia o âmago das estruturas sociais: há laços patriótico/nacionais, étnicos, raciais que são indeléveis. Mc 13.8a é uma visão profética de Jesus que permeia a história. No original grego, inclusive, é dito que se levantará etnia contra etnia (traduzido por nação em Almeida).

V. 8. Guerras são características de toda a dispensação, como também terremotos e fomes. A palavra dificuldades não se encontra nos melhores manuscritos gregos. Todas essas condições são descritas como sendo o princípio das dores. Assim, destacam-se do fim propriamente dito (v. 7). A palavra dores são realmente dores de pano, um termo que os judeus usavam para descrever as aflições e as desgraças que introduzirão a vinda do Messias.

Depois que Jesus disse que haveria guerras entre as nações, sempre, em algum lugar do mundo, houve uma guerra. Nunca mais existiu na terra um período de paz.

As estatísticas informam que, por dia, acontece em algum lugar da terra mais de 30 guerras, entre elas: de nível de rebelião política, greves, guerras civis e rebeliões de ordem geral.

Entre os anos de 1898 e 1991, houve centenas de conflitos armados no mundo, sendo que mais de 80 aconteceram nos últimos anos. Os pesquisadores constataram que o índice médio anual de mortes em guerras, no século XVI foi de 9.500 mortes. O índice subiu para 15 mil no século XVIII, 13 mil no século XIX e um espantoso 458 mil mortes anuais no século XX.

Durante a I Guerra Mundial morreram aproximadamente 9.718.000 pessoas, entre civis e militares. Na II Guerra morreram mais ou menos 55.238.000 pessoas também entre civis e militares.
As guerras provocam desavença na terra e os rumores de guerra deixam muitas nações inquietas. As ameaças, as competições entre os povos vêm aumentando, trazendo insegurança à população do planeta. Muitas guerras ficaram na história mundial deixando um saldo assombroso de miséria aqueles que foram atingidos, mas que sobreviveram ás catástrofes.

VIII. SINAIS NA ÁREA DA NATUREZA

Catástrofes naturais que estão acontecendo no mundo. Terremotos; ondas de frio; ondas de calor; erupções vulcânicas; furacões, ciclones, tufões e tornados.

1. Terremotos. Mc 13.8 “... e haverá terremotos em diversos lugares, e haverá...”
Os terremotos têm aumentado assustadoramente no século XX, como prova da vinda do nosso Senhor Jesus Cristo. O nosso século tem sido o mais castigado com diferentes tipos de terremotos e tremores de terra.
O Senhor diz que haveria terremotos em vários lugares. Isto é verdade? Vejamos a relação dos inúmeros terremotos, já acontecidos no mundo.
1.      Século 1º                       15 terremotos
2.      Século 2º                       11 terremotos
3.      Século 3º                       18 terremotos
4.      Século 4º                       14 terremotos
5.      Século 5º                       15 terremotos
6.      Século 6º                       13 terremotos
7.      Século 7º                       17 terremotos
8.      Século 8º                       35 terremotos
9.      Século 9º                       59 terremotos
10.  Século 10º                     32 terremotos
11.  Século 11º                     53 terremotos
12.  Século 12º                     84 terremotos
13.  Século 13º                     115 terremotos
14.  Século 14º                     137 terremotos
15.  Século 15º                     174 terremotos
16.  Século 16º                     253 terremotos
17.  Século 17º                     378 terremotos
18.  Século 18º                     640 terremotos
19.  Século 19º                     2.139 terremotos

Somente nesta última década, contando apenas os maiores, 8 lugares foram atingidos por este fenômeno natural incluindo o Haiti, Chile e Indonésia. No entanto nosso Senhor afirma que isto é o princípio das dores. Portanto, à medida que o tempo passa, a intensidade da dor aumenta, como o princípio das dores de parto de uma mulher.

Somente no século XX, no final de novembro de 1977, foram registrados 6.250 terremotos, que causaram prejuízos à humanidade. Sendo assim vale acrescentar que no século passado foram registrados mais terremotos que em todos os demais acima mencionados.; “...mas ainda não é o fim”

2. Poluição crescente. Essa poluição envolve as usinas petroquímicas, que com suas chaminés de fumaça química poluem o nosso oxigênio trazendo assim inúmeras doenças incuráveis, considerado pela medicina como peste do progresso. A poluição tem matado milhares de pessoas no mundo inteiro e não somente pessoas, mas também animais.

3. Efeito Estufa. Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora” (Rm 8.22).

Não é de hoje que os cientistas advertem que, se alguma coisa séria não for feita, o planeta terra entrará num caos. O efeito estufa acontece porque a grande poluição dos carros, indústrias, incêndios, etc., gera o acúmulo de gases que afetam a camada de ozônio causando seu desgaste. A camada de ozônio é responsável pela proteção do planeta pois funciona como um filtro dos raios solares, quando esta camada está prejudicada faz com que aumente a temperatura média da terra, causando assim um calor insuportável, e com isso as geleiras dos Polos Sul e Norte estão derretendo aos poucos, fazendo com que o nível do mar suba de maneira assustadora Os cientistas estão prevendo que nos próximos 40 anos as cidades situadas em nossos litorais, serão inundadas pelas águas do oceano, como é o caso de algumas cidades da Europa que já sofrem as consequências. Tudo isto que temos visto é um grito da natureza para que tomem providências antes que seja tarde.

4. Sinais no Sol. “Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas” (Lc 21.25).

O Sol foi o primeiro astro citado por Jesus. Ele disse que haveria sinais no sol, e realmente é o que estamos vendo hoje através de descobertas cientificas.

Sinais cósmicos precederão à vinda de Jesus e o mundo padecerá aflição sem igual.
“A luz da lua será como a do sol, e a do sol, sete vezes maior, como a luz de sete dias, no dia em que o SENHOR atar a ferida do seu povo e curar a chaga do golpe que ele deu” (Is 30.26).

Luz, nesta profecia refere-se ao calor, que será sete vezes maior que o atual, ou seja, igual à soma do calor de sete dias consecutivos. O calor da lua será como o calor do sol.

Esta profecia cumprir-se-á na sua íntegra na Grande Tribulação, mas já podemos sentir o seu efeito em nossos dias. Nos últimos anos o verão tem sido maior que nos anos anteriores, passando dos 40º.

Estudos realizados nas últimas décadas têm demonstrado através de relatórios científicos que de alguma maneira a humanidade irá acabar. Estes analisaram o nosso sistema solar e concluíram que o planeta terra já atingiu 90% do tempo de vida útil para a humanidade.

Os cientistas também estudaram a vida da estrela regente da nossa galáxia e descobriram que o hidrogênio (gás fundamental para a vida do sol), está sendo consumido sem reposição. E com isto ele crescerá como nunca aconteceu antes, fazendo com que a temperatura do planeta terra aumente descontroladamente. Neste aspecto os cientistas concordam com a Bíblia que diz que a terra será queimada: “Ora, os céus que agora existem e a terra, pela mesma palavra, têm sido entesourados para fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e destruição dos homens ímpios” (2ª Pedro 3.7).

Os cientistas sabem que existe uma força gravitacional desconhecida que levará a nossa galáxia a chocar-se com outra galáxia, destruindo todo o nosso sistema solar e vida humana.

Os cientistas, os meteorologistas, os ambientalistas e profissionais interessados neste campo fazem simpósio, palestra, convenções, e dão até previsões otimistas a respeito. Eles fazem projetos, estudam recursos, e muitas outras medidas são adotadas para prevenir as catástrofes que podem atingir a nossa atmosfera, o nosso planeta e as pessoas, de uma maneira indireta.

Não que sejamos pessimistas ou até mesmo conformados, mas cremos que o que está predito nas Sagradas Escrituras realmente acontecerá, como já vem acontecendo há vários séculos e nunca pôde, nem poderá ser contido nem evitado pelo homem. Por mais que se desenvolva, por mais que seja o avanço científico, industrial e tecnológico.

Angústia das nações em perplexidade pelo Bramido do Mar e das ondas – Lucas 21.25.

5. Aumento das marés. Todas as cidades litorâneas do planeta têm sido constantemente ameaçadas pela invasão das águas do mar provocadas por aumento das marés.

Uma reportagem do Jornal do Estado de São Paulo, afirma que o nível do mar está aumentando rapidamente, e que por volta do ano 2040 o mar já terá engolido cidades inteiras em todo o globo terrestre, e para ter-se ideia da catástrofe, o Cristo Redentor no Rio de Janeiro em breve só terá sua cabeça fora das águas do mar.

6. Chuvas torrenciais. Chuvas monstruosas como nunca houve têm provocado inundações constantes em diversas partes de nosso país. O mesmo tem acontecido na China, na Europa.

7. Calor excessivo em regiões inesperadas. Todos os anos, centenas de pessoas morrem na Europa em consequência de temperaturas superiores a 40 graus Celsius. No ano (2014) o Brasil sofreu com altas temperaturas que chegaram a quase 45º.

8. Tsunami. Os sinais da natureza mostram claramente que Jesus em breve voltará (Mt 16.1-3). Somente nos últimos anos presenciamos várias catástrofes seguidas com inúmeras vítimas.

No dia 26 de dezembro de 2004, o mundo foi abalado por uma das maiores tragédias provocadas pelas forças da natureza. Doze países no sudoeste asiático foram atingidos por uma onda gigantesca de 12 metros, que varreu cidades, povoados e ilhas, não deixando vestígio de civilização. Cerca de 230.000 pessoas morreram, inclusive crianças. Pais desolados, segurando a mão de seus filhos mortos e mães desesperadas, com os olhos para os céus, perguntando: Por quê? O que fizemos de errado?

Dentre toda esta tragédia, vimos àqueles que querem julgar Deus, culpando-o pelos acontecimentos. Filósofos e ateus julgaram Deus imponente e injusto por não ter evitado o terremoto e aproveitam para dizer que Deus não existe. E outros só se lembram de Deus quando acontecem cataclismos. Eles não se lembram de Deus nas coisas boas e agradáveis.

O Tsunami é mais um sinal da eminência volta de Cristo para buscar os Seus escolhidos e julgar as nações pecadoras. No ano de 2005 o furacão Katrina devastou Nova Orleans (EUA).

[...] Em 11 de março de 2011 o Japão e diversos países asiáticos foram atingidos por um terremoto de magnitude 8.9 que causou um grande tsunami de mais de 10m de altura. No Japão, as ondas percorreram mais de 10 km de terra. De acordo com as autoridades, houve 13.333 mortes confirmadas e cerca de 16.000 desaparecidos e danificou ou destruiu mais de 180.000 construções. Centenas de pessoas ficaram desabrigadas e milhões ficaram sem eletricidade, água e comida [SISMO E TSNAMI DE TOHOKU DE 2011 0 Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre [https://pt.wikipedia.org/wiki/Sismo_e_tsunami_de_Tohoku_de_2011].

9. Tornados. Os tornados parecem com cenas de filmes. Pessoas, casas, carros e animais sendo arrastados por ventos de 500 quilômetros por hora. Esta tragédia nada teve, porém, de efeitos especiais: foi real e abalou os EUA no mês de Maio de 2007.

Os tornados têm cerca de 1 km de largura e atingem a velocidade de 500 km/h. Sua força é suficiente para arremessar um caminhão a 85 km de distância e é chamado de F5.

Segundo os meteorologistas americanos do Centro de Previsão Climática da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), neste mesmo dia, 75 tornados atingiram vários estados dos EUA. Fora do previsto, no entanto, é a quantidade e intensidade com que estes fenômenos vêm ocorrendo atualmente. “Com as mudanças climáticas, podemos esperar uma década inteira com regiões sendo devastadas por ventos que estarão cada vez mais fortes” (ISTO É – 16 de Maio/2007 –Nº 1959 – ano 30).

Nos EUA, entre os meses de Março a Setembro, podemos traçar uma linha bem no meio do continente norte-americano, partindo de norte a sul. Esta linha é batizada pelos americanos, como "corredor dos tornados", que desabriga e mata milhares de pessoas todos os anos. Existem furacões que chegam a produzir ventos de 300 km/h, provocando a total destruição por onde passam. Até o Brasil, que jamais havia sido ameaçado por estas anomalias, agora sofre ataques de ciclones formados no Atlântico Sul.

As catástrofes (furacões, tsunami, aquecimento global, pestes, doenças) são sinais da vinda de Jesus. O que estamos vendo em nosso mundo atual são apenas as dores de parto, o pior está para acontecer na “Grande Tribulação”.

Isto já está lá no Apocalipse. O homem natural, aquele que crê em si mesmo e na natureza, como se a natureza existisse por si só, jamais quis dar ouvidos ao Apocalipse e sempre o teve por mentira, assim como toda a Bíblia.

Para os cristãos, no entanto, não são profecias de “terror” mas de advertência, pois é cumprimento das promessas do Senhor.

É exatamente como estamos vendo em nossos jornais televisivos. Notícias catastróficas previstas por cientistas globais, sobre problemas com clima, inundações, furacões, com previsões de doenças e mortes. E qual a visão do mundo? É procurar soluções próprias para “salvar” o planeta.

Fim do mundo? Sim, mas não para todos. Haverá novo céu e nova terra, já preparada, desde a fundação do mundo, para os que se salvam.

IX. SINAIS NA ÁREA SOCIAL

1. Pestes. Mc 13.8 “...fomes e tribulações. Estas coisas são os princípios das dores.” Mt 24.7: “... haverá fomes, e pestes...”. (Outra ref. Lc 21.11).

Jesus cita os sinais que caracterizarão o decurso inteiro dos últimos dias, e que se intensificarão à medida que o fim se aproxima. Quando Jesus fala sobre as pestes, refere-se sobre as doenças incuráveis que estão atacando os seres humanos no mundo inteiro. Os cientistas estão preocupados com as viroses que estão a cada dia mais resistentes. Apesar do avanço tecnológico, as pessoas estão morrendo de pestes, fome, AIDS, tuberculose, câncer febre amarela e outras doenças.

No mundo todo, morrem todos os anos 5 milhões de pessoas atacadas de malária; 3 milhões de tuberculose; 4 milhões de crianças morrem anualmente de doenças infecciosas. A diarreia mata 5 milhões de crianças abaixo de 5 anos de idade e 4 milhões de pneumonia. Existem 60 milhões de portadores de AIDS/HIV, com um índice de crescimento estimado em 100 por cento ao ano. Acrescente-se a estes números a estimativa de 16,8 milhões que morrem de doenças parasíticas; 13,3 milhões de doenças circulatórias; cinco milhões de doenças cardiovasculares; 4,3 milhões de câncer; 3,3 milhões de parto; 2,6 milhões de doenças relacionadas com o fumo e 401 mil suicídio anuais.
Poderíamos citar algumas das pestilências que ocorrem hoje no nosso mundo atual:

1.1. O câncer. A cada 10 minutos do nosso relógio, morrem uma pessoa de câncer, sendo como causas que contribuem para o crescimento do câncer: fumo, cigarro, drogas, bebidas alcoólicas, etc.

1.2. Peste Bubônica. A peste Bubônica matou milhares de africanos em Luanda.

1.3. Peste da Cólera. A crescente poluição dos alimentos contaminados por bactérias, essa contaminação tem matado milhares de pessoas.

1.4. Uma peste chamada AIDS. Esta doença tem sido considerada a pior de todas, pois com o aumento da depravação moral, o número de pessoas contaminadas, e que morreram no mundo já ultrapassou o número daqueles que morreram na 1ª e 2ª Guerra Mundial, e cada 18 segundos uma pessoa adquire o vírus da AIDS.

[...] Kevin De Cock, chefe do Departamento para HIV/ AIDS da Organização Mundial da Saúde, afirma que “existe ameaça de epidemia de AIDS entre Heterossexuais”, que a estratégia global pregada pela ONU e a OMS, é usada pelas principais organizações de combate às doenças, “tem errado o alvo” e que, fora da África, a AIDS é um problema grave “apenas entre homossexuais masculinos, usuário de drogas e os chamados ‘trabalhadores do sexo’ e seus clientes [Mensageiro da paz, Ano 78, nº 1.478, Julho de 2008].

1.5. Gripe aviária. A gripe aviária é uma doença causada pelo vírus H5N1. Sendo que este vírus está infectando todos os animais do planeta. O homem pode ser contagiado ao entrar em contado com um animal infectado.

Este vírus mata cerca de 30% dos pacientes. Mas pode dar origem a um novo vírus se for transmitido de homem para homens.

1.6. Gripe suína. Pesquisando na Wikipédia sobre a gripe aviária vemos: “Nome dado à doença causada por uma variedade do vírus Influenza (H5N1) hospedado por aves, mas que pode infectar diversos mamíferos.

[...] O Influenza pode ser dividido em três tipos: A, B e C. O tipo A subdivide-se ainda em vários subtipos, sendo os subtipos H1N1, H2N2 e H3N2, responsáveis por grandes epidemias e pandemias.

Novamente em uma doença com animais encontramos o H1N1, a mesma que é transmitida nos seres humanos.

A diretora-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, advertiu que o vírus da influenza A (H1N1) pode tornar-se mais resistente e espalhar-se pelo mundo. Além disso, segundo ela, existe a possibilidade de ele misturar-se com outras variedades de gripe nessas áreas. Margaret alertou os países sobre a importância de dividir-se amostras do vírus para enfrentar o problema, e que não se sabe que mudanças podem ocorrer, por exemplo, no vírus da gripe aviária, caso à influenza A (H1N1) se torne uma pandemia.

Margaret sugeriu que a ameaça de pandemia da gripe suína gera um ambiente para que os países resolvam a delicada questão da divisão dessas amostras de vírus. “O que o mundo mais precisa agora, urgentemente, é de informação em todos os níveis possíveis”.

A nova gripe já deixou 7.520 pessoas doentes, em 34 países, com 65 mortes, segundo o mais recente balanço da OMS. A gripe aviária infectou 423 pessoas, a maioria delas na Ásia, desde 2003. Porém a variedade aviária matou 258 pessoas, mais da metade dos contaminados. Os países membros da OMS tentam desde 2007 elaborar regras específicas, sob as quais dividirão amostras de vírus com o órgão global e com especialistas internacionais [Contágio da gripe. Disponível na internet: http://gripedoporco.com.br/tag/gripe-do-porco/ -acesso dia 11/11/2009].

[...] Os últimos boletins das secretarias estaduais de saúde indicam que 338 pessoas já morreram da gripe suína no Brasil, o que coloca o país entres os que apresentam mais vítimas fatais da doença em todo o mundo.

O médico infectologista Edmilson Migowisky responsabilizou diretamente o Ministério da Saúde pelo alto número de óbitos causados pela gripe no Brasil. Segundo ele, a política restritiva de administração do antiviral Tamiflu tem provocado mais mortes do que em outros lugares. O Brasil já é o terceiro pai em mortes no mundo, atrás de Estados Unidos e Argentina” [You pode. http://youpode.com.br/?tag=gripe-do-porco – aceso dia 11/11/2009].
Queremos dizer ao leitor, que a gripe-aviária, suína, é uma de várias gripes de animais que matarão pessoas do mundo inteiro. Além destas gripes, virão muitas outras que afetarão o mundo todo.

2. Fome. O Senhor nos falou também da fome... Somente em 1974 cerca de 4 milhões de pessoas morreram de fome. Fomes e flagelos: milhões de pessoas, especialmente crianças, têm morrido de fome em várias partes no mundo. No continente Africano milhões de pessoas têm morrido de fome. Em certas regiões da Índia Central 77% da população estão sofrendo de séries enfermidades devido à péssima nutrição. No Brasil, a subnutrição é uma realidade constante. A fome, a miséria e doenças tem sido o maior responsável por inúmeras ocorrências de óbito.

Um cálculo das Nações Unidas diz que pelo menos 100 milhões de crianças vão para a cama famintas, todas as noites.
Na Índia morrem de fome cerca de 300 pessoas por dia.
Na África morrem de fome cerca de 400 pessoas por dia.
No Brasil morrem de fome cerca de 2.000 por mês.

São mais hoje os que nascem do que os que morrem, por isso o aumento da população faz com que o alimento fique cada vez mais escasso.

O mundo caminha em direção de uma destruição final. As injustiças prevalecem no mundo, tragédias acontecem todos os dias (inundações, terremotos, acidentes causados por drogas licitas elididas tiram a vida de centenas de pessoas por ano, a fome, e pobreza de escala global), a fria vastidão do universo, a crueldade da natureza, a tirania e a tortura, a doença e morte, e o cômputo geral da miséria dos séculos. Todos esses sinais nos mostram que Jesus está voltando como prometeu.

x. Sinais Na Área e Moral

1. Drogas. A Organização Mundial da Saúde declarou que o mundo está sob os efeitos de uma epidemia de tabagismo, drogas e alcoolismo. No Brasil, o número de fumantes está aumentando 9% ao ano. O alcoolismo com seu efeito destruidor têm ceifado centenas de vidas; a droga então nem se fala, hoje você encontra até nos bares. O que será deste mundo?

Os governos no mundo inteiro não conseguem controlar o consumo de droga que cada dia vai aumentando assustadoramente. As drogas estão ceifando vidas jovens, alcançam adolescentes e penetram nas escolas: em 45% das escolas públicas do Brasil há tráfico de drogas. Pesquisa realizada pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas do Rio (Nepad) concluiu que 27 mil estudantes de escolas públicas do Rio usam drogas com frequência. “Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem impuros... nem bêbados herdarão o reino de Deus” (1ª Co 6.9-10).

2. O amor livre. Mt 24.12 “E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.”
A iniquidade é a transgressão da Lei de Deus; é a rebelião e a impureza do homem contra Deus. Aqueles que têm uma vida caracterizada pela prática da iniquidade não têm nenhum relacionamento com Cristo; ainda que reivindiquem profetizar e fazer prodígios em Seu nome (Mt 7.22,23; cf. Mt 13.41-43).

O comportamento iníquo está presente na história da humanidade desde a Queda de Adão. Mas ele não está estático, ao contrário, vem crescendo e se intensificando. A multiplicação da iniquidade pode ser facilmente percebida por todos os lados; e nas palavras de Jesus isto é um sinal de que o fim se aproxima. Saiba quais são os sinais do fim dos tempos.

2.1. Cada vez mais os valores estão sendo invertidos; cada vez mais a moralidade está sendo considerada inadequada; cada vez mais a mentira tem se tornado verdade nos ouvidos dos homens. Em nosso mundo hodierno, o homossexualismo, lesbianismo, prostituição, aborto, legalização da maconha etc, está sendo legalizado.

O pecado já é visto como o novo padrão a ser exaltado e seguido, enquanto que a santidade já é identificada como algo a ser reprovado e combatido. Mas chegará o dia em que Deus dará um basta e responderá à medida de pecado da humanidade com o derramamento de Sua santa ira sem mais mistura de misericórdia.

Nunca o homem esteve tão perto de uma peste social como vemos hoje em nossos dias. Esta peste corrompe a moral e a disciplina, atributos colocados por Deus em nossas vidas. Com a imoralidade posta em nossas ruas, a pouca vergonha tem aumentado assustadoramente.

Em nossos dias, a promiscuidade sexual e a maldade dos homens alcançaram níveis insuportáveis. O sistema mundial está falido, e não podia ser de outra maneira porque “o mundo jaz no maligno” (1ª Jo 5.19). Satanás é o deus deste mundo, e na sua ação devastadora ele deseja “matar, roubar e destruir”. Satanás é o maior inimigo do homem porque o homem é a obra-prima de Deus. Quando os homens se rebelam contra Deus, ficam automaticamente sob o domínio do maligno e, nesta condição, os desejos carnais predominam: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, iras, pelejas, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias (Gl 5.19-21).

2.1. A Palavra de Deus relata a decadência moral em nossos dias. O apóstolo Paulo em sua carta aos Romanos escreve dizendo: “Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram com os outros, homens com homens, cometendo torpeza (procedimento indigno), e recebendo em si mesmo a recompensa que convinha ao seu erro. E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, Ele os entregou a um sentimento pervertido, para fazerem coisas inconvenientes. Estão cheios de toda iniquidade, prostituição, malícia, avareza, maldade, engano e malignidade” (Rm 1.26-29).

Evidentemente que o desvio do homem mundano começa com sua rejeição ao Criador e consequentemente a troca na adoração. O Deus que merece a total reverência do homem, é substituído pelas coisas criadas. Daí este ser humano, incapaz de reconhecer os reais valores em sua busca de Deus, desce a um nível animalesco, com práticas devassas, espúrias, que nem mesmo entre os animais são encontradas. É por isso que Deus as entregou as paixões infames. A terrível verdade que os homens continuam a rejeitar a Deus, e Ele as abandona devido a ações cada vez mais imorais e autodestruidoras, e as recompensas destrutivas resultantes da promiscuidade, sejam físicas, emocionais e espirituais.

Quanto à imoralidade, parece não ter importância nenhuma, parece que a população já se acostumou a conviver com isto sem perceber o prejuízo que vem causando a humanidade.

Isto se chama incontinência. Esta é a doença que faz com que as pessoas não tenham domínio de si mesmas, isto é, não conseguem refrear seus impulsos naturais dominados pelo pecado. A Bíblia adverte enfaticamente acerca desta condição pecaminosa. A Palavra de Deus nos adverte a fazermos tudo em moderação (Gl 5.22; 2ª Tm 1.7). Porém, muitas vezes a incontinência leva as pessoas a rejeitarem a Deus, entregando-se à libertinagem, à prostituição e aos vícios infames.

O homossexualismo tem crescido assustadoramente em todo o mundo, superando mesmo as cidades de Sodoma e Gomorra. Os meios de comunicações, em grande número, estão sendo usados para cultuar a pornografia, a prostituição, o sexo livre e todo o tipo de imoralidades. As entidades educadoras não estão dando mais ênfase ao ensino religioso, mas ensinam os jovens de hoje a usar a camisinha. Infelizmente nossos governantes criam e aprovam leis que enfatizam a toda sorte de imoralidade. Cremos que os dias que estamos vivendo são piores que os dias de Noé e de Ló.

E hoje já não há preconceitos na sociedade, tudo pode, ou seja, os homens já se acostumaram com o pecado. O homem justo já sente vergonha de si mesmo.

Uma geração que se afundou na pornografia, violência, profanação, abuso de sexo e drogas. Há uma tragédia que envolve milhares de adolescentes grávidas, pois as clínicas de aborto estão proliferando assustadoramente.

Recentemente, devido a um escândalo ocorrido, a mídia publicou matérias referentes a uma seita que através de fotos de revistas pornográficas mostradas pelos líderes e dirigentes, incitando os devotos, na maioria menores de idade, a praticarem sexo explícito, com pretexto de ser relações com divindades. É necessário dizer que todos os que cometem torpeza ficarão fora do reino de Deus (1ª Co 6.9-10 Gl 5.19-21; Ap 21.8; Ap 22.15).

Na revista Isto É, de 16 de Novembro/2005 Nº 1883, traz uma reportagem dizendo que cerca de 1.700 padres e até bispos da igreja Católica estão envolvidos em crimes sexuais.

Segundo o Padre Alberto ele moveu uma ação contra o Bispo Antônio Sarto denunciando ao Vaticano que no dia em que o Bispo Antônio Sardo ordenou Alberto Mendes Pereira, a Padre, na mesma noite o levou ao seu quarto, trancou a porta e tentou agarrá-lo a força. E todos estes abusos são conhecidos do Vaticano, porém este clero ministerial é flexível a este tipo de imoralidade [Revista Isto É de 16 de Novembro /2005 Nº 1883].

A revista Isto é, publicou uma notícia dizendo que: “um homem (nome não revelado) morreu nos EUA num sítio frequentado exclusivamente por zoófilos (pessoas que fazem sexo com animais). Ele fez-se sodomizar por um cavalo! Diz à revista que o homem teve o cólon e alguns órgãos dilacerados e morreu de hemorragia interna. “Do médico legista aos investigadores, ninguém jamais viu algo semelhante”, disse o chefe de polícia Erik Sortland. Além de cavalos, o sítio do zoófilos possui cabras, ovelhas e cães. Este sítio situa-se no Estados de Washington, onde a zoofilia não é proibida pelo Código Penal” [Revista Isto é, - 27/07/2005, Nº 1867].

Este tipo de procedimento ilícito depravado e promíscuo Deus proibiu para os que estavam caminhando em direção a terra prometida (Êx 22.19; Êx 18.23). Hoje não caminhamos para chegar a lugar terrestre, mas caminhamos para chegar a uma pátria celestial. Portanto, para chegarmos lá precisamos estar com nossas vidas puras e limpas diante do Criador.

A crise moral é a luta sem sucesso para manter o pudor. A sociedade sofre de imoralidade crônica. Uma gravidez fora do casamento, que era raro acontecer, hoje é comum e parece não ter importância nenhuma; crianças de doze e treze vendendo seu corpo e mais, muitas delas engravidam com esta idade.

A estatística hoje diz, que em cada família existe: um drogado ou um homossexual, ou um aidético. São as consequências do pecado imoral da humanidade, que cada vez distancie de Deus.

Nos ensinos de Paulo ele adverte-nos dizendo: “Fujam da imoralidade sexual! Qualquer outro pecado que alguém comete não afeta o corpo, mas a pessoa que comete imoralidade sexual peca contra o seu próprio corpo” (1ª Coríntios 6.18).

3. Como foi nos dias de Noé e de Ló. Nos ensinos de Jesus, Ele mostra-nos que na Sua segunda vinda a este mundo estaríamos vivendo como os dias de Ló e de Noé: “E, como aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do homem. 27 Comiam, bebiam, casavam, e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio, e os consumiu a todos.” (Lc 17.26-27).

Os sinais da vinda de Jesus nas esferas moral, ética e comportamental estão relacionados, por analogia, com os dias de Noé e Ló, caracterizados, de modo geral, por quatro coisas: imoralidade, materialismo, indiferença e violência. Sua segunda vinda a este mundo estaríamos vivendo como os dias de Ló e de Noé:

“E, como aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do homem. 27 Comiam, bebiam, casavam, e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio, e os consumiu a todos.” (Lc 17.26-27).

Nos dias de Noé, os filhos de Deus (rapazes pertencentes à piedosa linhagem de Sete) casavam com as filhas dos homens, jovens que temiam ao Senhor (Gn 6.2; Mt 24.38). Havia casamentos mistos entre crentes e incrédulos. Os justos, em vez de permanecerem fiéis ao Senhor e leais à sua herança espiritual, cediam à tentação e se uniam às seguidoras da tradição e do exemplo de Caim. Em decorrência desse pecado, a natureza humana degradou-se (Gn 6.5), e o mundo se encheu de violência (vv. 11-13).

Os primeiros versos de Gênesis 6 descrevem a corrupção dos homens nos dias antediluvianos, dias quando os seus pensamentos eram maus continuamente. Vendo Deus que “a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente”, e que “a terra estava cheia de violência”, imoralidade e a injustiça entristeceu-se e resolveu destruir a raça humana, menos a família de Noé, com a qual perpetuaria o mundo. No meio de tão violento juízo, lembrou-se Deus da misericórdia oferecendo a Noé um meio de escape, a arca que o salvou.

A palavra “violência” no hebraico é chamac, que significa “injustiça, ser violento com, tratar violentamente”. O dilúvio só aconteceu em virtude da depravação humana e da violência.

“A terra estava corrompida à vista de Deus e cheia de violência. Viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra. Então, disse Deus a Noé: Resolvi dar cabo de toda carne, porque a terra está cheia da violência dos homens; eis que os farei perecer juntamente com a terra” (Gn 6.11-13).

A violência, a droga, assassinatos, roubos têm se multiplicado. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), morrem por ano em todo o mundo 1,6 milhões de pessoas, vítimas pela violência globalizada além de outras milhões de pessoas mutiladas por ataques.

A violência está em todo o lugar independente de raça posição social, religião, sexo e idade. O sequestro por exemplo, é uma das mais cruéis formas de violência, deixa sequelas psicoemocionais irreversíveis em indivíduos.

Nas sociedades globalizadas há violência doméstica envolvendo crianças e adolescentes, todavia o mais comum é contra a mulher: violência psicológica, assédio sexual, lesão corporal que é chamada de agressão física, cárcere privado, estupro. Os profetas Jó e Oseias proclamavam:

“A terra está entregue nas mãos dos perversos; e Deus ainda cobre o rosto dos juízes dela; se não é ele o causador disso, quem é, logo?” (Jó 9.24).

“O que só prevalece é perjurar, mentir, matar, furtar e adulterar, e há arrombamentos e homicídios sobre homicídios. Por isso, a terra está de luto, e tudo o que mora nela desfalece, com os animais do campo e com as aves do céu; e até os peixes do mar perecem” (Os 4.2-3).

[...] Os governos mundiais estão atônitos, numa sensação arrepiante de pavor pelo crescente aparecimento da crueldade e desprezo pela vida de outrem. O salmista Asafe relata este episódio: “...pois os lugares tenebrosos da terra estão cheios de moradas de violência” (Sl 74.20). [Leão Carlos. O rei Está Voltando. Pg. 11-15].

[...] O número de homicídios de crianças e adolescentes, segundo dados do Datasus apresentados pelo Unicef, passou de 5 mil casos por ano, em 1990, para 10,5 mil casos por ano em 2013. De acordo com a entidade ligada às Nações Unidas, 28 crianças e adolescentes são assassinados por dia no Brasil. O Unicef estima que, se as condições atuais forem mantidas, o país pode registrar 42 mil assassinatos de adolescentes entre 2013 e 2019 [http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/07/homicidio-de-criancas-e-adolescentes-no-brasil-e-grande-desafio-diz-unicef.html – acesso dia 13/07/2015].

Nos dias de Noé e de Ló as pessoas estavam despreocupadas, envolvidas no materialismo, corrupção, imoralidade, orgias e escândalos. “...comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento...”.

O mundo da época estava cheio de iniquidade a ponto de zombarem de Deus. Haviam esquecidos que existe um Criador um Deus soberano. Esta situação levou Deus a destruir os habitantes da terra nos dias de Noé. Cento e vinte anos foram o prazo que DEUS deu a geração de Noé para o arrependimento, e embora Noé, o pregoeiro da justiça advertisse o povo da aproximação do dilúvio, sua advertência não foi ouvida. Pouca atenção deu-lhe à admoestação.

4. Como nos dias de Ló. 28 Como também da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló: Comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; 29 Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma choveu do céu fogo e enxofre, e os consumiu a todos. 30 Assim será no dia em que o Filho do homem se há de manifestar.” (Lc 17.28-30).

Ló era um homem justo (2ª Pe 2.7-8) que viveu em uma cidade perversa, chamada Sodoma. Em Sodoma, e nas cidades vizinhas, o homossexualismo era uma prática comum. Certa vez, a Bíblia conta que os homens da cidade atacaram a casa de Ló desejando abusar dos anjos que ali foram enviados pelo Senhor. Aqueles homens pervertidos acharam que os anjos estivessem fazendo parte de uma festa (Gn 19.15; 13.13; 18.20,21). O pecado seria castigado, mas Deus não destruiria os ímpios e os justos. O Senhor demonstrou grande paciência com Ló e sua família, ajudando-os a saírem da cidade antes da destruição.

[...] O motivo que levou o Senhor a destruir as cidades de Sodoma e Gomorra vindo do céu fogo, foi à vida dissoluta de seus moradores. Homens abomináveis, ingratos, sem afeição natural, praticavam uma vida dissoluta, era blasfemos e sanguinários, muito apegados a bens materiais (cobiça), possuem olhares lascivos, além é claro, de serem grandes pecadores, sem limite de pecar, indivíduos devassos, nutriam desprezo ou versão às mulheres. Os moradores destas cidades, não somente praticavam sexo abominável (homens com homens, e mulheres com mulheres) como também eram perversos, sem piedade para com os bons. Ló vivia afligido pelo procedimento libertino destes habitantes. [Leão Carlos. O rei Está voltando. Pg. 53].

Assim como aconteceu uma destruição nos dias de Noé, onde Deus mandou chuvas quarenta dias e quarenta noites sobre a face da terra, e todos pereceram por causa do pecado, exceto Noé e sua família que obedeceram à voz do Senhor Deus, e também para Sodoma e Gomorra onde Deus mandou fogo e enxofre, salvando apenas a família de Ló, também haverá um grande juízo sobre a terra devido à multiplicação do pecado.

Nos dia de Noé Deus preparou uma arca para salvá-los; e para Ló e sua família Ele enviou dois anjos com a ordem de afastarem-se urgentemente da cidade. Porém, hoje Deus não vai construir uma barca e nem mandar Seus anjos para nos avisar, pois Ele já enviou o Seu Filho Jesus, para salvar todo aquele que n’Ele crê (Mc 16.16).

Deus avisou o povo antediluviano por intermédio de Noé que viria uma destruição em massa e livrou o justo Ló tirando da cidade de Sedoma e Gomora e destruindo-as com fogo do céu, porém, agora Ele adverte através de Sua Palavra que o mundo caminha para o fim. Os sinais que estão registrados nela nos mostram que Jesus está vindo buscar um povo Seu zeloso e de boas obras. Quem estiver preparado subirá em júbilo, mas os despreparados ficarão em grande agonia com juntamente com o Anticristo.

1.      Perda do amor fraternal.
“E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos” (Mt 24.12).

Os dias que antecederão a segunda vinda de Jesus serão marcados por sensível aumento da iniquidade sobre o mundo. As pessoas estarão, nesse tempo, mais propensas a certas enfermidades do espírito tais como egoísmo, perversão e crueldade.

Como grande parte do povo brasileiro acompanhou o caso da menina Isabela de 5 anos, que no dia 29 de Março 2008 foi brutalmente maltratada, espancada, sufocada por 3 minutos e por fim jogada no chão do sexto andar de um edifício no estado de São Paulo. Acreditamos que se tivéssemos um animalzinho de estimação e caso tivesse morrido em nossa casa ou apartamento, não faríamos o que fizeram com a menina Isabela. Isto é um crime bárbaro, maldoso, bestial que não se faz nem com um animalzinho irracional quanto mais com uma criança indefesa.

A iniquidade tem se multiplicado no mundo e a sociedade moderna já está conformando com este fato. Escândalos de toda a natureza têm aumentado. Ouvimos muito sobre corrupção e escândalos no âmbito político. A crise política é aquela que vemos os governantes num emaranhado sem saída, contrariando e contraindo mais dividas, gerando mais impostos, desemprego, miséria, fome e até em muitos lugares culminando em guerra civil.

Um aumento incrível da imoralidade, desrespeito e rebeldia contra Deus e abandono dos princípios morais caracterizará os últimos dias. A perversão sexual, a fornicação, o adultério, a pornografia, as drogas, músicas imorais, e as diversões sexuais e a imaginação através do pensamento do coração humano será má continuamente. Podemos ver que o homem se acostumou com a iniquidade.

Para perverter o sexo, assim como foi nos dias de Ló, quando o homossexualismo e todos os tipos de perversão sexual saturaram a sociedade. O Senhor Jesus nos diz em Sua Palavra que toda essa depravação fará minguar o verdadeiro AMOR.

X. PREGAÇÃO DO EVANGELHO NO MUNDO

Mc. 13.10. “Mas importa que o evangelho seja primeiramente pregado entre todas as nações.” 
Outro aspecto da dispensação é a pregação do evangelho pelo mundo inteiro. O fim (v. 7) não pode vir até que a tarefa evangelística seja primeiro completada. Mateus 24.14 conclui com a declaração então virá o fim, referindo-se ao final da dispensação.

Nesse período chamado de princípio das dores também haveria a pregação do Evangelho por todo o mundo. Isso não significa que o Evangelho seria pregado a todas as pessoas, mas que seria anunciado a todos as nações. O termo grego usado é ethne, e pode ser traduzido como “etnias”, “nações” ou “tribos”. Essa propagação do Evangelho começou ainda com os Apóstolos e, hoje, praticamente em todas as nações, até mesmo nas mais fechadas ao cristianismo, existem missionários anunciando o Evangelho.

O interessante é que mesmo com todas essas coisas Jesus alertou que ainda não seria o fim. Esses acontecimentos seriam como contrações de parto e, conforme o fim fosse se aproximando, essas contrações ficariam mais intensas. Por isso a expressão “Princípio de Dores” descreve perfeitamente esse período.

XI. O SINAL DA FIGUEIRA BROTANDO

Israel é o mais forte e claro prenúncio do eminente retorno de Cristo. Os três momentos escatológicos mais importantes na vida do povo escolhido são:
1. O renascimento de Israel como nação soberana.
2. A retomada de Jerusalém como capital única e indivisível de Israel.
3. A reconstrução do santo templo como lugar de adoração por excelência da nação judaica.

1. Israel – a figueira. Lc 21.29-31E disse-lhes uma parábola: Olhai para a figueira, e para todas as árvores; 30 Quando já têm rebentado, vós sabeis por vós mesmos, vendo-as, que perto está já o verão. 31 Assim também vós, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o reino de Deus está perto. 32 Em verdade vos digo que não passará esta geração até que tudo aconteça. 33 Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não hão de passar.”

Esta parábola da figueira encerra o “discurso escatológico” que encontramos nos três Evangelhos sinóticos, seguindo-se as advertências sobre a necessidade de vigiar e orar. Depois da descrição da violência característica dos poderes deste mundo, é confirmada a presença do Reino de Deus entre nós, como escatologia já realizada.

A mensagem de Jesus nada tem a ver com os apocalipses da época, reservados a um grupo restrito de iniciados. Jesus ensina publicamente, sem a preocupação de selecionar seus ouvintes. Embora só os discípulos o compreendam, sua doutrina deve ser anunciada a todos os povos. Basta abrir-se para Ele, para entender o conteúdo de seus ensinamentos.

A figueira e as demais árvores foram empregadas para ilustrar a parábola da escatologia. Vendo-as frutificar, é possível afirmar, sem perigo de engano, que o verão se aproxima.

Israel é simbolizado na Bíblia a três plantas: videira, oliveira e figueira. (Ver Joel 1.7; Oseias 9.10). Não é sem razão que a figueira aparece nos primórdios da Bíblia (Gn 3.7). Duas parábolas de Jesus ocupam-se dela (Lucas 13.6; 21.29), e mais o incidente da maldição da figueira perto de Betânia (Marcos 11.12-21).

Na parábola da figueira em estudo, Jesus prediz a certeza da restauração da nação judaica após o rigoroso “inverno” de desterro, sofrimento e dificuldade de toda espécie através dos séculos, desde o ano 65 a.C. quando os romanos ocuparam Jerusalém.

Tanto à figueira como o seu fruto são casos especiais em toda a botânica. Durante todo o inverno (outubro a março), a figueira fica sem folhas. Ao chegar o estio, os frutos surgem primeiro; depois as folhas. Esses primeiros figos que amadurecerem são chamado “temporãos” (Jr 24.2). São mais saborosos e por isso, mais apreciados. Há também os figos “de verão”, colhidos por volta de agosto. Surgindo as folhas e rebentos na árvore, o verão está para começar.

2. O renascimento de Israel como nação soberana. A figueira de Israel está agora mesmo brotando e cumprimento à Palavra de Deus.

A figueira que representa Israel, brotou quando foi reconhecida como nação, e recebeu de volta a sua terra, no dia 14 de maio de 1948 cumprindo com a profecia de Isaías: “Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisas semelhantes? Poder-se-ia nascer uma terra em um só dia? Mas Sião esteve de parto e já deu à luz seus filhos” (Is 66.8).

O próprio Messias antecipou a restauração de Israel, ao evocar o renascimento da figueira. A história nos conta que no ano 70 o General Tito, comandou uma legião de soldados romanos, os quais destruíram a cidade de Jerusalém, colocando os judeus para fugirem de suas terras. Desde aquele dia os judeus permaneceram um período de, aproximadamente 19 séculos longe de sua pátria. Mas, no final da 2ª Guerra Mundial, a ONU resolve estabelecer o patrimônio regional de cada nação destruída pela guerra. E, no ano de 1948, Israel foi contado como nação livre, dando o direito de cada judeu espalhado pelas nações de voltarem como sendo o último dos sinais da volta do Senhor Jesus, profetizado por Ezequiel 3-33 -36; Ezequiel 37-21-22.

3. A retomada de Jerusalém como capital de Israel. O fato mais extraordinário ocorrido durante a guerra dos seis dias, em junho de 1967, não foi a derrota infligida pelo exército de Israel as nações árabes. E, sim, a reconquista de Jerusalém que, desde que fora destruída por Nabucodonosor, em 568 a.C., vinha sendo pisoteada pelos gentios. Cumprindo-se a profecia de Jesus: “E cairão a fio da espada e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem” (Lc 21.24).

O tempo dos gentios (calendário profético para as nações), que teve início em 568 a.C., começa chegar ao fim.

4. A reconstrução do Templo de Salomão. Há fortes evidências proféticas de que, em breve, o Santo Templo será reconstruído na Cidade Santa (Dn 9.27; Mt 24.15; 2ª Ts 2.1-4). Isso pode ocorrer antes ou depois, do arrebatamento da Igreja. De uma coisa temos certeza: a Casa de Deus será reconstruída em Jerusalém. Essa possibilidade, por si própria, já se constitui num grande alerta aqueles que guardam a volta de Cristo.

Diante destes acontecimentos proféticos, só nos resta esperar o grande Rei voltar nas nuvens dos céus com grande poder para arrebatar a Sua Igreja (Jr 16.14-15).

O mundo caminha para o fim. O homem está destruindo as coisas perfeitas que Deus criou inclusive a sua vida. Mas, Deus não fará nada para mudar esta situação, pois por enquanto este mundo está sob a responsabilidade do próprio homem administrar, e Deus deixará que o desastre chegue ao ponto máximo, e no momento exato, Ele enviará o Senhor Jesus Cristo para mudar tudo, isto é, reparar todo mal que o homem causou.

Tanto o Antigo como o Novo Testamento falam de uma futura conversão de Israel (Zc 12.10; 13.1; Rm 11.25-29). Considera-se um verdadeiro milagre a sobrevivência do povo judeu durante todos estes séculos.

5. “Vede a figueira e todas as árvores” (Lc 21.29). A figueira como já vimos representa Israel, mas as outras árvores quem são? As outras árvores é uma referência as outras nações do globo. No v.28 vê-se a distinção entre Israel e as demais nações do globo no panorama profético dos últimos dias que precedem a volta de Jesus. Isto é, o que ocorre em, e, a Israel afeta o mundo todo. Como povo eleito de Deus, Israel é destacado das demais nações do globo (Êxodos 4.22; 33.16; Números 23.4).

Há ao mesmo tempo um despertar constante das nações do antigo Oriente Médio e contorno Mediterrâneo, bem como as do mundo ocidental, destacando-se as do chamado Terceiro Mundo. Todas deviam saber que estes fatos estão relacionados com Israel, nos eventos proféticos dos últimos dias.

6. “Perto está o verão” (v. 30). Nesta parábola da figueira Jesus afirma a certeza da sua vinda associando-se à precisão das leis da natureza, que são fixas, precisas e imutáveis.

Estas leis estão escritas nos céus. Jó, no remoto passado já perguntava: “sabes tu as ordenanças dos céus?” (Jó 38.33). O verão é principalmente a estação dos frutos maduros (2º Sm 16.1; Jr 40.10; 48.32). Época da colheita. É de fato apropriado neste contexto escatológico a menção do verão por Jesus.

7. “Quando virdes acontecer estas coisas” (v. 31). Ler vv. Precedentes: 20-27. O reino dos céus não se iniciará numa época de paz aqui na terra, mas de convulsões não apenas sociais, mas também naturais.

8. A vinda do Senhor (vv. 34-36). Virá como um laço ou armadilha como a dos caçadores, que desarma com incrível rapidez, apanhando a caça ou a ave. É evidente que aqui refere-se ao arrebatamento dos salvos, que será repentino (1ª Co 15.52), para livrar Israel e julgar as nações da terra. Isso ocorrerá algum tempo depois, de modo lento, como deixa claro Mateus 24.30, 31; 25.31; Zacarias 14.1-4; Apocalipse 1.7. O v.36 fala dos fiéis que serão poupados dos sofrimentos preditos neste mesmo capítulo da parábola da figueira. É a Igreja fiel, uma vez que Israel passará por essas provações. A igreja será guardada em um lugar secreto onde tem reservado no tempo da tribulação (Ap 12.6, 14).

Pelos sinais que estão sendo cumpridos, podemos afirmar que estamos nos últimos dias nesta terra. Cristo está voltando para buscar Sua Igreja mesmo que alguns tenham por tardia (2ª Pe 3.9). Que todos tenham esperança e esperem com paciência o Senhor que breve virá. Amem!

Pr. Elias Ribas
Dr. Em Teologia
Assembléia de Deus 

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

AS DOENÇAS DO NOSSO SÉCULO



Deus descreve em sua Palavra o caráter destes indivíduos: “São murmuradores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais e mães. São néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia. Embora tenham conhecimento da justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também aprovam os que as praticam” (Rm 1.30-32).

“Sabe, porém isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigo dos deleites do que amigo de Deus tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes. Pois entre estes se encontram os que penetram sorrateiramente nas casas e conseguem cativar mulherinhas sobrecarregadas de pecados, conduzidas de várias paixões, que aprendem sempre e jamais podem chegar ao conhecimento da verdade. E, do modo por que Janes e Jambres resistiram a Moisés, também estes resistem à verdade. São homens de todo corrompidos na mente, réprobos quanto à fé; 9 eles, todavia, não irão avante; porque a sua insensatez será a todos evidente, como também aconteceu com a daqueles (2ª Timóteo 3.1-9).

Os texto bíblicos acima tratam do modo de proceder de pessoas, que sob o aparente compromisso com a fé (v. 5), fazem dela instrumento para acobertar seus pecados, usos e práticas reprováveis diante de Deus, na sua conduta pessoal, no seu testemunho, no procedimento doméstico, no trato com o próximo e na sua religião simulada, como se fosse verdadeira (Tg 1.21-27). Os tais negam a eficácia da piedade, isto é, da santidade de vida. Tudo isto, por si só, demonstra os perigos e a gravidade da época presente. O fato predito no verso 5, podemos entender que só pode ocorrer no meio religioso.

[...] Nunca ocorreu, em toda a história, uma época semelhante aos dias atuais, onde é nítida a ausência de valores, a saber, de sentimento decoroso, vergonha, moral, caráter, respeito, corrupção e temor de Deus. Tais atributos constituem os verdadeiros alicerces para a vida individual e em sociedade. Contudo, o que se vê é o menosprezo a quem ainda se apega a esses princípios de vida e conduta estabelecidos por Deus, tidos pelos opositores da fé em Cristo como retrógrados, sem conteúdo ou sentido algum para a presente geração” [COUTO Lição Bíblica 4º Trimestre de 2005].
Como podemos depreender do texto bíblico em estudo, o pecado Original não afetou apenas o indivíduo, mas também seus relacionamentos. Dentre as enfermidades sociais desses tempos difíceis podemos destacar:

1. Desobediência aos pais e ingratidão. É de se notar que ao longo da história, a cultura anticristã tem incentivado a desobediência ao mandamento divino, explícito em Êxodo 20.12, que ordena aos filhos honrar pai e mãe. Entretanto, nada se compara a insubordinação obstinada dos filhos aos pais nesses últimos dias (Rm 1.30; 1ª Tm 1.9). Lembremos que a responsabilidade de educar os filhos não é dos avós, nem da escola e igreja, muito menos do Estado. Este dever é dos pais (Dt 6.6-7; Sl 137.3-5; Pv 22.6). A ingratidão, por sua vez, é uma consequência da apostasia destes últimos tempos. Sempre que há uma ascensão do paganismo e do pecado, os homens tendem à ingratidão (Rm 1.21).

2. Desamor e crueldade. Há por toda a parte pessoas desprovidas de “afeto natural”, isto é, que não têm afeição, amor e cuidado nem mesmo pela própria família. São pais desafeiçoados aos filhos, e filhos que não tem a menor consideração e carinho pelos pais (1ª Tm 1.9; Ef 6.1-4). Desde o passado distante têm caminhado juntos revelando a irracionalidade e a selvageria dos homens (Êx 1.22; 2º Rs 25.7). A Bíblia nos alerta sobre os que “respiram crueldade” contra seus desafetos (Sl 27.12). A falta de afeição dos ímpios faz com que até seus animais sofram (Pv 12.10; Nm 22.27). Não nos enganemos! Os “últimos dias” não serão menos violentos que os do tempo pró-dilúvio (Gn 6.5.11).

Como o nosso país é um país de impunidade, isso acontece todos os dias em algum lugar. Isto prova da maldade dos homens nestes últimos dias, pois são como os dias de Noé e de Ló.

3. Dureza de coração. O perdão e a reconciliação são atributos necessários à convivência social e religiosa. Porém, a Palavra de Deus nos adverte que nos últimos dias, os homens tornar-se-ão irretratáveis, “duro de coração”, e incapazes de perdoar. Nas regras de sobrevivência do mundo moderno não há espaço para a compaixão e perdão. Jesus, em Seu conhecido sermão do monte, condenou taxativamente o rancor vingativo, e enobreceu a mansidão e a graça (Mt 5.5, 9, 21-26; 11.29; Mc 11.25). A calúnia, no original “diábolos”, é outra doença terrível desse século. São caluniadores aqueles que se comprazem em depreciar a honra e a moral alheia (Tt 2.3). O difamador, diz a Bíblia, “separa os maiores amigos” (Pv 16.28).

4. Traição e hipocrisia. São desvios de caráter próprios de alguns executivos e políticos que se orgulham de enganar seus concorrentes e descumprirem suas promessas em razão de suas conveniências pessoais (Is 32.6; 12.1; 1ª Tm 4.2). Infelizmente, essas doenças atingem todas as áreas e níveis da sociedade (Is 9.17; Mt 6.2, 5, 16). Não nos esqueçamos que até no colégio apostólico houve um discípulo traidor e hipócrita (Mt 26.47-50; Jo 12.3-6). Assim como Judas muitos têm aparência de piedade, mas são lobos devoradores (Mt 7.15).

5. Aversão ao bem. Nos últimos dias, diz-nos a Palavra de Deus, os homens serão inimigos do bem e negar-se-ão a praticá-lo. Desprezarão os bons e amarão os maus (Sl 14.1; Pv 28.5; 2ª Tm 3.15).

Atualmente, a indústria do entretenimento tem induzido nossas crianças a gostarem de “heróis” de caráter explicitamente mau, seres demoníacos e monstruosos através de jogos eletrônicos e das histórias em quadrinhos. Contudo, o cristão deve ser “amigo do bem” (Tt 1.8).

6. Abuso do poder.
A autoridade não é superioridade. No que se refere a Deus, somos todos iguais diante dele, e isso inclui suas considerações pelo homem e pela mulher.

Ninguém tem o direito de intitular-se autoridade espiritual sem haver recebido de outra autoridade superior para exercê-la (1 ª Sm 13.8-14).

Jesus recebeu autoridade do Pai, passou-a aos apóstolos que por sua vez aos discípulos até chegar aos nossos dias (Jo 13.20), (Mt 10.1-4) e (Mt 28.18-20).

Abuso do poder diz respeito aos homens obstinados, orgulhosos, e atrevidos que abusam do poder temporário, cultuando a própria personalidade (Ez 28.5-8; Jo 19.10-11; At 12.20-23). Aqui também estão incluídos aqueles obreiros de ministérios independentes, que não obedecem nem prestam contas a ninguém (2º Cr 26.18-21). Reconsideramos o exemplo do servo que espancava os conservos na ausência de seu senhor (Mt 24.46-51). Líderes espirituais que se dominam donos da verdade sem amor e misericórdia maltratam a Igreja de Cristo.

A Escritura ordena que o ministro presida “com cuidado” e “governe bem” (Rm 12.8c; 1ª Tm 5.17).

7. Apego aos prazeres do mundo. A Bíblia vaticina que nos últimos dias os homens viverão em função do aprazimento deste mundo (Lc 12.19), isto é, serão “mais amigos dos deleites do que amigos de Deus”. O estilo de vida mundano, chamado atualmente de hedonismo, prega que o principal alvo da vida humana é a obtenção do prazer, a fim de evitar a dor e o sofrimento (Pv 21.17; 2ª Pe 2.13). Porém, a Palavra de Deus nos assevera: “glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus (1ª Co 6.20).

8. Orgulho e vaidade. Muitos se gabam de seus próprios atos e glorificam suas realizações com o único intuito de impressionar as pessoas. São os adeptos do culto à personalidade (Sl 4.2; 94.11; 144.4; Jr 2.5), os presunçosos, soberbos que desejam ardentemente fama social (Ec 1.2; Mt 23.2-7; Ef 4.17-19). Estes são os que se julgam superiores aos outros, desprezam os que estão abaixo de sua condição privilegiada (Pv 11.2; 16.18; 21.4).

9. Egoísmo e avareza. Fl 3.19 “Cujo fim é a perdição, cujo Deus é o ventre, e cuja glória é para confusão, que só pensam nas coisas terrenas”. 2ª Pe 2.3 “E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre as quais já de largo tempo não será tardia”.

Este gênero de pessoa são os amantes de si mesmo. Elas fazem que as pessoas sejam individualistas e nutram desejos irrefreáveis de alcançar seus interesses pessoais em detrimento do respeito e amor pelo outro.

O egoísmo é ambicioso e narcisista: adora a si mesmo (2ª Tm 3.2). Já o avarento, é amante do dinheiro”, é obcecado pelo lucro (Pv 21.6). Nestes últimos dias, o materialismo tem levado as pessoas a se digladiarem pelo vil metal e, infelizmente, as promessas de “fortuna fácil” tem atingido os púlpitos de muitas igrejas (1ª Tm 6.10). Todavia a Palavra de Deus é incisiva: “guardai-vos da avareza” (Lc 12.15-21; Hb 13-5).